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HOSPITAL ANGELINA CARON PROVA TIPO 1 GERAL: Seleção de médicos residentes para PRMs sem pré-requisitos - 2017
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PRIMEIRA PARTE
MEDICINA COMUNITÁRIA, PREVENTIVA E DA FAMÍLIA
1. Quanto aos eventos adversos pós-vacinações, assinale as assertivas corretas [c] e as incorretas [i] e encontre
a alternativa com a sequência correta:
[ ] Todo evento que surge após a vacinação é, inicialmente, a ela relacionado, o que se denomina
associação temporal.
[ ] Deve-se orientar que em casos de ocorrência de sinais flogísticos no local da aplicação pode-se aplicar
compressa com gelo ou pomadas anti-inflamatórias.
[ ] A vacinação de pessoas com comprometimento imunológico, seja por doenças congênitas ou adquiridas,
deve ser orientada pelo centro de referência de imunobiológicos especiais (CRIE) de sua região.
[ ] Deve-se orientar a interrupção de antibioticoterapia 24 horas antes da vacinação, pois pode ocorrer
interferência na eficácia da vacina.
[ ] O relato da ocorrência de episódio hipotônico hiporresponsivo contraindica doses de reforços da vacina
DPT.
a. i, i, i, c, i
b. i, c, i, c, c
c. i, i, c, c, c
d. c, c, i, c, i
e. c, i, c, i, c
Vigilância dos eventos adversos pós-vacinação: cartilha para trabalhadores da sala de vacinação. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 2003.
2. Em uma Unidade de Pronto Atendimento uma paciente com 45 anos foi admitida com quadro de dor
abdominal de localização inicialmente epigástrica e mesogástrica, de início insidioso há 24 horas, a qual se
irradiou para o baixo ventre e fossa ilíaca direita associada a náuseas e vômitos alimentares e depois biliosos
com febrícula. Fez uso de anti-inflamatório para bursite de ombro.
História mórbida pregressa: cesarianas. Aparelho gastrointestinal: não evacuou desde ontem e nem eliminou
gases. Aparelho urinário: disúria e urina escura. Aparelho gineco-obstétrico: irregularidade menstrual e
corrimento amarelo. Exame físico: PA 90x50, pulso 100 BPM, REG, obesa, lúcida, palidez ++/4, CPP com
murmúrios vesiculares diminuídos nas bases. Abdomen globoso e distendido, renitente, doloroso à palpação
difusamente, ruídos hidroaéreos diminuídos. Assinale a alternativa CORRETA:
a. O diagnóstico de apendicite aguda é confirmado somente após a realização de ultrassonografia abdominal.
b. A possibilidade de colecistite aguda deve ser excluída, pois não é comum em pacientes mulheres obesas nesta
idade.
c. A possibilidade de coledocolitíase é excluída se a ecografia do abdomen mostrar dilatação de 10 mm da via
biliar e não visualizar cálculo no ducto colédoco distal.
d. O diagnóstico de pancreatite aguda deve ser excluído se a tomografia de abdomen não visualizar áreas de
necrose e coleção no pâncreas.
e. A possibilidade de apendicite aguda deve ser aventada se a paciente apresentar sinal de Blumberg e Rovsing
positivos.
WAY L, DOHERTY G. Cirurgia, Diagnóstico e Tratamento. 13ª Ed. 2011. TOWNSEND: Sabiston - Textbook of Surgery, 19th ED. 2012.
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3. A maioria dos cânceres de cavidade oral são carcinomas epidermóides. Embora a maioria ocorra em áreas de
fácil acesso ao exame clínico (como língua e assoalho da boca), o diagnóstico geralmente é realizado em
estágios avançados e alguns dos motivos são a falta de programas de prevenção, rastreamento dessas
doenças, a falta de conhecimento da população e dos profissionais. A respeito dos fatores de risco para
carcinomas de cavidade oral, assinale a alternativa INCORRETA:
a. A infecção oral pelo vírus do papiloma humano (HPV), sobretudo os sorotipos 16 e 18 é um fator de risco bem
definido para câncer bucal.
b. Etilismo é um fator de risco bem definido para essa afecção.
c. Pacientes imunossuprimidos possuem risco aumentado para câncer bucal.
d. Há sinergismo entre tabagismo e etilismo como fatores de risco para essa afecção
e. Candidíase oral é um fator de risco bem definido para câncer bucal.
ANSELMO-LIMA WT. Tratado de Otorrinolaringologia, 3ª edição, Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 2018
4. Segundo dados de diferentes estudos epidemiológicos, a prevalência da deficiência auditiva varia de um a
seis neonatos para cada mil nascidos vivos e de um a quatro para cada 100 recém-nascidos atendidos em
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Esta prevalência é considerada elevada se comparada a outras
doenças classicamente passíveis de triagem na infância, como a fenilcetonúria e a anemia falciforme
(Diretrizes da Atenção da Triagem Auditiva Neonatal. Ministério da saúde, 2012). De acordo com o Ministério
da Saúde, assinale a alternativa CORRETA a respeito à triagem auditiva neonatal:
a. Deve ser realizada em todos os recém-nascidos
b. Deve ser realizada apenas em recém-nascidos com indicadores de risco para perda auditiva, como
permanência em UTI por mais de cinco dias, e uso de ototóxicos como antibióticos aminoglicosídeos.
c. Crianças nascidas em domicílio, fora do ambiente hospitalar estão dispensadas de realizar o teste de triagem
auditiva, devendo-se apenas monitorar o desenvolvimento neuropsicomotor e aquisição da linguagem
d. Deve-se orientar aos pais que a criança com teste e reteste alterados precisará realizar cirurgia de implante
coclear no primeiro mês de vida
e. A triagem auditiva neonatal consiste somente em avaliação clínica e comportamental, dispensando qualquer
tipo de equipamento ou exame.
Diretrizes da Atenção da Triagem Auditiva Neonatal. Ministério da saúde, 2012.
5. Qual a alternativa CORRETA relacionado infecção viral com a etiologia tumoral?
1 - Linfoma A - Herpes vírus humano B
2 - Câncer de colo de útero B - Vírus da hepatite C
3 - Sarcoma de Kaposi C - Epstein-Barr Vírus
4 - Câncer Hepático D - Papilomavírus
5 - Câncer de pele E - Vírus da imunodeficiência adquirida
a. 1 – E, 2 – B, 3 – E, 4 – A, 5 – D
b. 1 – E, 2 – C, 3 – A, 4 – B, 5 – D
c. 1 – C, 2 – D, 3 – A, 4 – B, 5 – E
d. 1 – C, 2 – D, 3 – E, 4 – B, 5 – E
e. 1 – E, 2 – C, 3 – B, 4 – A, 5 – E
MALE,BROSTOFF, ROTH,ROITT- Immunology 8thed Elsevier2013 section 4 chapter22
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6. Paciente de 60 anos, diabético, hepatopata, com história de osteomielite foi submetido a desbridamento tibial
com perda sanguínea estimada de 300ml. Foi a seguir encaminhado, intubado em ventilação mecânica (FiO2:
0,6) à unidade de terapia intensiva onde evoluiu com hipotensão (pressão arterial sistólica de 50mmHg) e
frequência cardíaca de 120 bpm. Apresentou a seguinte gasometria arterial: PaO2 de 80mmHg, PaCO2 de
45mmHg, pH de 7,3, BE de -6 e SaO2 de 97%. Gasometria venosa mista: PaO2 de 60mmHg, PaCO2 de
50mmHg e pH de 7,25. A explicação para esses achados é:
a. Sepse
b. Hipovolemia
c. Infarto do miocárdio
d. Insuficiência cardiáca direita
e. Choque neurogênico
CANGIANI LM et all. Tratado de Anestesiologia- SAESP 8ª edição.
7. Após colisão automobilística, foi encontrado no solo um homem de aproximadamente 35 anos. Apresentava
hematoma em região frontal, murmúrio vesicular ruidoso e tiragem intercostal; pulso incontável, fino e
perceptível apenas em artérias carótidas; pupilas anisocóricas. A primeira medida deve ser:
a. Ventilação boca-a-boca
b. Elevação do mento
c. Observação do hálito
d. Massagem cardíaca externa
e. Acompanhamento da evolução pupilar
CANGIANI LM et all. Tratado de Anestesiologia- SAESP 8ª edição.
8. Litíase renal é uma doença frequentemente diagnosticada em Unidades de Pronto Atendimento, com
recorrência de aproximadamente 50% dos pacientes se não forem submetidos a nenhum tipo de tratamento. A
dor associada a cálculo ureteral é resultado de:
a. Obstrução e distensão da pelve renal
b. Irritação da mucosa ureteral pelo cálculo
c. Peristaltismo excessivo em resposta a obstrução
d. Irritação intramural do ureter
e. Extravasamento urinário por rompimento de cálice renal
Glenn S. Gerber and Charles B. Brendler. Evaluation of urologic patient: History, Physical Examination and Urinalysis. Campbell Walsh Elsevier 2012.
9. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que representa o principal fator de risco para acidente vascular
encefálico:
a. IMC>40 kg/m2
b. Diabetes mellitus
c. Hipertensão arterial
d. Dislipidemia
e. Tabagismo
Guzik Am Bushnell C. Stroke Epidemiology and Risk Factor Management. Continuum: Lifelong Learning in Neurology February 2017 - Vol. 23 - Issue 1, Cerebrovascular Disease - p 15-39.
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10. Sobre as diretrizes e cuidados do paciente portador de doença renal crônica marque verdadeiro [V] e falso [F]:
[ ] Grandes estudos epidemiológicos realizados com milhares de pacientes demonstraram uma relação inversa
entre a filtração glomerular e o risco de morrer por doença cardiovascular.
[ ] Dentre os fatores de risco para desenvolver doença renal crônica figuram: hipertensão, diabetes, histórico de
doença cardiovascular sendo o tabagismo não considerado fator de risco.
[ ] Para pacientes com doença renal crônica em estágio III, não diabéticos e com relação albumina/creatinina
urinária <30 o alvo de controle pressórico é <130/80 mmHg.
[ ] O tratamento dos fatores de risco modificáveis para a progressão da doença renal crônica e da doença
cardiovascular são controle de: glicemia, hipertensão arterial, dislipidemia, obesidade, doenças
cardiovasculares, tabagismo e adequação do estilo de vida
[ ] Para a avaliação da taxa de filtração glomerular, deve-se evitar o uso da depuração de creatinina medida
através da coleta de urina de 24 horas, pelo potencial de erro de coleta, além dos inconvenientes da coleta
temporal
a) V, F, V, F, V
b) V, F, F, V, V
c) F, V, F, F, F
d) F, V, V, V, F
e) V, V, F, F, V
Diretrizes clínicas para o cuidado ao paciente com doença renal crônica - DRC no Sistema Único de Saúde Ministério da Saúde – 2014.
11. Assinale a alternativa INCORRETA em relação às declarações de óbitos (DO):
a. A emissão da DO é um ato médico, portanto ao ocorrer um óbito, o médico tem obrigação legal de constatar e
atestar o óbito através da DO.
b. Para não emitir DO em casos de óbitos fetais a idade gestacional deve ser ≤ 20 semanas, o peso ≤ 500 g e a
estatura ≤ 25 cm, exceto quando a família solicitar.
c. Em casos de óbitos por causas naturais ocorridos em estabelecimento de saúde, a DO deverá ser preenchida
exclusivamente pelo médico que prestava assistência ao paciente no momento do óbito.
d. O preenchimento do ítem “Causas da morte” em uma DO deverá ser feito pelo médico que atestou o óbito e
seus diagnósticos não podem ser alterados por outra pessoa que não o próprio, em documento à parte, ou
pela anulação da DO e preenchimento de outra.
e. Em localidades sem médicos o preenchimento da DO é de responsabilidade do Cartório de Registro Civil.
GUIA PRÁTICO PARA O PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO (DO). Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
12. Entre as opções abaixo, qual o método preferido para a avaliação de uma massa mamária sólida suspeita?
a. Observações sequenciais em curto período de tempo
b. Excisão cirúrgica
c. Ressonância magnética de mama
d. Biópsia com agulha grossa guiada por imagem
e. Ecografia mamária
HELEN KRONTIAS H, UMPHREY H, KIRBY IB. Diagnostic Approach to breast abnormalities. Mastery of surgery Wolters Kluer
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13. A respeito dos testes de sensibilidade a antimicrobianos é INCORRETO:
a. Um resultado que informa “sensibilidade” da bactéria causadora da infecção diante de um determinado
antimicrobiano, significa que esse antimicrobiano poderá causar a erradicação da bactéria infectante.
b. A determinação da concentração inibitória mínima de um antimicrobiano é útil em casos de infecções
localizadas em sítios corpóreos onde a penetração do antimicrobiano é baixa, como na endocardite, na
osteomielite.
c. Em pacientes imunocomprometidos recomenda-se o uso de um antibiótico que atinja concentrações bem
superiores à concentração inibitória mínima da bactéria no sítio infectado.
d. Com a eclosão de novos mecanismos de resistência à antimicrobianos, os métodos moleculares de
diagnóstico que caracterizam os genes que codificam a resistência, têm se tornado “padrão ouro” para essa
confirmação.
e. A realização de um teste de sensibilidade a antimicrobianos é mandatório mesmo quando o tratamento
empírico foi efetivo.
GALES AC, REIS AO. Teste de sensibilidade a antimicrobianos. Capítulo 34. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar – UNIFESP. SALOMÃO R, PIGNATARI ACC. Infectologia. 2006.
14. Parturiente relatando aborto espontâneo há um ano, moradora de área rural, sem acompanhamento pré-natal,
procurou assistência médica na rede pública de saúde apresentando laudo de ultrassonografia com
diagnóstico de interrupção da gestação de 24 semanas. Evidenciava lesões cutâneas não pruriginosas
caracterizadas como manchas avermelhadas (vermelho-cobre), arredondadas, localizadas
predominantemente em tórax, braços e abdomen. Não sabe dizer há quanto tempo ocorreu o início das
mesmas. PA= 120 x 90 mmHg, FC= 90 bpm, Temperatura= 36,8°C. Aparelhos cardiovascular e respiratório
normais. Exames da admissão: tipo sanguíneo: A (negativo), anti-HIV negativo, VDRL= 1:256, leucometria:
10.700 (4% de bastões, 67% de segmentados). Foi prescrito misoprostol 200 μg, via vaginal, 6/6 horas e
penicilina G benzatina 1.200.000 UI (IM-02 frascos-ampola), três doses (uma a cada semana). Quatro horas
após a administração da penicilina, a paciente apresentou rash cutâneo torácico e abdominal, mialgia intensa,
artralgia e febre aferida de 39ºC e mal estar geral. Foi medicada com dipirona, 1 g EV, e hidrocortisona 500
mg EV e houve melhora dos sintomas relacionados em duas horas.
a. O diagnóstico provável é de meningite meningocócica e Síndrome de Waterhouse-Friderichsen.
b. O diagnóstico provável é de doença de Lyme-símile brasileira ou síndrome Baggio-Yoshinari.
c. O diagnóstico provável é de Sífilis e reação de Jarish e Herxheimer.
d. O diagnóstico provável é de Síndrome de Nicolau.
e. Nenhuma das alternativas acima está correta
Boletim Epidemiológico - Secretaria de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde - Brasil - Volume 48 – 2017. LOPES AC. Tópicos em Clínica Médica . 2003. Capítulo 88.
15. Epilepsia em paciente gestante. Qual a droga de escolha?
a. Fenobarbital
b. Ácido valpróico
c. Levetiracetam
d. Lamotrigina
e. Fenitoína
Harden CL, Meador KJ, et al. Practice Parameter Update: Management issues for women with epilepsy - Focus on pregnancy (an evidence-based review): Teratogenesis and perinatal outcomes. Neurology July 14, 2009 vol. 73 no. 2, p 133-141.
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16. Qual a alternativa CORRETA relacionando a etiologia das imunodeficiências (coluna 1) com as respectivas
doenças (coluna 2):
Coluna 1 Coluna 2
1 - Imunodeficiência por anticorpos A - Doença granulomatosa crônica
2 - Imunodeficiência de células T B - Síndrome de Chédiak-Higashi
3 - Imunodeficiência combinada de células B e T C - Anomalia de DiGeorge
4 - Deficiência fagocítica D - Hipogamaglobulinemia
E - Deficiência de tuftsina
a. 3-A, 2-B, 1-C, 4-D, 4-E
b. 1-A, 1-B, 3-C, 2-D, 3-E
c. 2-A, 3-B, 1-C, 1-D, 2-E
d. 4-A, 4-B, 2-C, 1-D, 4-E
e. 3-A, 3-B, 4-C, 4-D, 1-E
ROBERTS RL, STIEHM R. Imunologia Clínica (Seção III) em: PARSLOW TG, STITES DP, TERR AI, IMBODEN JB. Imunologia Médica. Décima Edição.
17. Na Hanseníase multibacilar em crianças é correto afirmar que:
a. O tratamento com rifampicina deve ser semelhante ao tratamento em adultos.
b. No tratamento inclui também Dapsona na dose diária de 100mg.
c. A clofazimina não deve ser administrada em crianças com menos de 15 anos.
d. As alternativas a, b, c estão corretas
e. As alternativas a, b, c estão incorretas
Hanseníase. Secretaria da Saúde do Estado do Paraná.
18. As “repercussões” naturais indesejáveis do trauma cirúrgico são geralmente bem toleradas pelo organismo do
paciente operado, mas se a hipovolemia e o excesso hormonal persistirem, muitos efeitos indesejáveis
poderão complicar a evolução pós-operatória, assim sendo, marque verdadeiro [V] e falso [F] nas assertivas
abaixo e escolha a alternativa correta com a ordem de cima para baixo:
[ ] A acidose metabólica será ainda mais acentuada devido à hipóxia celular isquêmica da vasoconstrição
excessiva, somada à retenção de íons de hidrogênio e escórias metabólicas pela oligúria.
[ ] A embolia gordurosa poderá ocorrer devida à lipólise excessiva induzida pelas catecolaminas e pela presença
maciça de ácidos graxos livres na circulação.
[ ] Poderá ocorrer liberação excessiva de radicais livres derivados do oxigênio em razão da alta incidência de
fenômenos inflamatórios.
a) V, F, V
b) V, F, F
c) F, V, F
d) V, V, V
e) V, V, F
BOGOSSIAN L. Manual prático de pré e pós-operatório. Terceira Edição.Editora Rubio.
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19. Apresentou-se no centro médico municipal uma paciente com 62 anos relatando dor epigástrica intensa que
se irradiava para o dorso, associada a náusea e vômito. Há seis meses teve episódios de curtas durações de
dores no quadrante superior direito do abdomen depois de refeições ditas “pesadas” (gordurosas). Nega
tabagismo, mas ingeria diariamente uma taça pequena de vinho no jantar até o início dos sintomas recentes.
Exames laboratoriais demonstraram:
- Leucócitos= 16.000 / mm3, Glicemia= 220mg/dL, Desidrogenase láctica sérica= 387 UI/L, Aspartato amino
transferase= 250UI/L, Amilase= 263UI/L, Fosfatase alcalina= 285 UI/L.
Valores de Referência:
- Leucócitos= 4.600 a 10.000 / mm3, Glicemia= 69 a 99 mg/dL, Desidrogenase láctica sérica= 85 a 227 UI/L
Aspartato amino transferase 15 a 31UI/L, Amilase 25 a 115UI/L, Fosfatase alcalina 46 a 116 UI/L.
Você a encaminhou para um hospital de referência com a suspeita de pancreatite e depois de 48 horas de
internamento em enfermaria destacaram-se entre os exames laboratoriais:
- Queda do hematócrito em 10 pontos percentuais, leucócitos= 18.000 com desvio nuclear à esquerda
(11%).
Com os dados acima marque verdadeiro [V] e falso [F] nas assertivas abaixo e escolha a alternativa correta
com a ordem de cima para baixo:
[ ] O nível alto de amilase confirma a suspeita clínica da pancreatite associada ao alcoolismo.
[ ] Pode-se considerá-la moderadamente doente, hemodinamicamente estável e tem uma única característica
prognóstica para predição de mortalidade que é a leucocitose.
[ ] Ela provavelmente pode ser mantida na enfermaria, sem necessidade de terapia intensiva.
a) V, F, V
b) V, F, F
c) F, V, V
d) V, V, V
e) V, V, F
TOY – PATLAN. Casos clínicos em medicina interna. Terceira Edição. 2009
20. Assinale a alternativa INCORRETA:
a. Em campanhas populacionais massivas, para o tratamento de tricuríase recomenda-se a associação entre o
mebendazol e o albendazol, pois esses dois fármacos reduzem significantemente a contagem de vermes.
b. Em mulheres os oxiúrius podem vaguear pelo trato genital e penetrar na cavidade peritoneal, causando
salpingite ou até peritonite.
c. Na neurocisticercose o tratamento com corticoides deve ser interrompido com a antecipação de 30 dias para o
início do tratamento com anti-helmíntico.
d. 100mg/dia de doxiciclina, por no mínimo seis semanas, é indicação para o tratamento da filariose por
Wurchereria bancrofti.
e. O Antimoniato de N-metil-glucamina, o Isotionato de Pentamidina e a Anfotericina B não podem ser
administradas em portadores de leishmaniose gestantes ou com cardiopatias, nefropatias, hepatopatias e
doença de Chagas.
www.saude.pr.gov.br PHILLIPS MA, STANLEY SL. Quimioterapia das infecções por protozoários: amebíase, giardíase, tricomoníase, leishmaniose e infecções por outros protozoários. Em: Capítulo 50 – BRUNTON L, CHABNER BA, KNOLLMANN BC. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman
& Gilman. 2012.
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SEGUNDA PARTE
CIRURGIA GERAL
21. A seleção de pacientes para cirurgia antirrefluxo tornou-se muito mais fácil com o grande aperfeiçoamento do
tratamento clínico. Diante disso, assinale a alternativa INCORRETA quanto às indicações desta cirurgia:
a. O paciente deseja controlar os sintomas sem medicação
b. A terapia clínica não é mais eficaz
c. Doença do refluxo gastroesofágico com componente proeminente de regurgitação
d. Hérnia de hiato paraesofágico
e. Mucosa de Barret com displasia de alto grau ou adenocarcinoma
HEITMILLER RF, YOU CJ. Doença do Refluxo Gastroesofágico em: Cameron 100 edição Terapêutica Cirúrgica Elsevier 2013
22. Síndrome caracterizada por:
- Laceração linear na mucosa esofágica distal geralmente ao lado da curvatura menor;
- Causada por qualquer enfermidade associada a vômitos e ânsias violentos;
- Menos de 1% dos pacientes necessitam tratamento cirúrgico.
Assinale a alternativa CORRETA:
a. Síndrome de Mallory-Weiss
b. Síndrome de Zollinger-Ellison
c. Síndrome de Budd-Chiari
d. Síndrome de Mirizzi
e. Síndrome de Brown-Sequard
FISHER WE, BRUNICARDI FC. Cameron 100 edição Terapêutica Cirúrgica Elsevier 2013
23. Sobre o Linfoma Não Hodgkin podemos afirmar:
a. São os linfomas extranodais mais frequentes
b. Linfomas do trato gastrointestinal geralmente acometem múltiplos sítios, enquanto linfoma secundário tende a
ser observado em apenas um sítio.
c. Os pacientes com doença celíaca não apresentam risco relativo de desenvolvimento de linfoma
gastrointestinal.
d. Os pacientes portadores de HIV e contagens de células CD4 baixas são suscetíveis ao desenvolvimento de
linfomas de linfócitos B, que geralmente são de baixo grau e bom prognóstico.
e. Os tumores do tipo MALT não são associados à estimulação antigênica crônica, como observado na infecção
por Helicobacter pylori e nas doenças autoimunes, que provocam a proliferação de tecido linfóide.
HRABE JE, CULLEN JJ. Tratamento de Tumores do Intestino Delgado em: Cameron 100 edição Terapêutica Cirúrgica Elsevier 2013
24. Palpação do quadrante inferior esquerdo do abdomen que provoca dor no quandrante inferior direito é
denominada de:
a. Sinal do obturador
b. Sinal do iliopsoas
c. Sinal de Rovising
d. Sinal de Blumberg
e. Sinal de Murphy
MELTON GB, LI R, DUNCAN MD, HARMON JW. Apendicite Aguda em: Cameron 100 edição Terapêutica Cirúrgica Elsevier 2013
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25. Sobre tumores do estroma gastrointestinal assinale V (verdadeiro) ou F (falso):
[ ] É a neoplasia derivada de mesênquima mais comumente observada no trato intestinal, mas não é raro sua
ocorrência
[ ] Em 1998, Hirota et al. descreveram uma mutação de ganho de função do protooncogene KIT (CD117)
presente na maioria dos tumores do estroma gastrointestinal
[ ] A idade média dos pacientes com tumores do estroma gastrointestinal é de aproximadamente 60 anos e há
uma discreta predominância no sexo feminino.
[ ] A avaliação e o estadiamento pré-operatório de um tumor do estroma gastrointestinal primário geralmente
podem ser obtidos por meio de TC de abdomen e da pelve e radiografia de tórax
[ ] Os sítios mais frequentes de recidiva são os intratorácicos e o tempo médio de ocorrência da mesma é de 18
a 24 meses
a. V, F, V, F, V
b. V, F, F, V, F
c. F, V, V, F, V
d. V, V, F, V, F
e. F, V, F, V, F
KARAKOUSIS GC, DEMATTEO RP. Tumores do Estroma Gastrointestinal em: Cameron 100 edição Terapêutica Cirúrgica Elsevier 2013
26. Neoplasia de crescimento lento originária de células enterocromafins encontradas ao longo das criptas de
Lieberkuhn são denominados de:
a. Adenocarcinoma
b. Tumor neuroendócrino
c. Linfoma Hodgkin
d. Linfoma Não Hodgkin
e. Hamartomas
HRABE JE, CULLEN JJ. Tratamento de Tumores do Intestino Delgado em: Cameron 100 edição Terapêutica Cirúrgica Elsevier 2013
27. Prolapso hemorroidário que exige redução manual é classificada em:
a. Grau I
b. Grau II
c. Grau III
d. Grau IV
e. Grau V
FLOHR TR, FRIEL CM. Hemorródias em: Cameron 100 edição Terapêutica Cirúrgica Elsevier 2013
28. Qual o local mais frequente de câncer de pênis?
a. Glande
b. Corpo
c. Freio
d. Sulco Coronal
e. Escroto
Curtis A. Pettaway, John Davis. Tumor of the Penis. Campbell Walsh Elsevier 2012
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29. Anulada – pontuação concedida a todos os candidatos.
30. Sobre abscesso hepático é CORRETO afirmar:
a. É de baixa prevalência e deve ser diagnosticado e tratado rapidamente, uma vez que é fonte de significativa
morbidez e mortalidade.
b. O abscesso fúngico é o mais comum, geralmente causado por espécies Candida sp. e, diferente do abscesso
piogênico requer drenagem.
c. O abscesso amebiano é causado mais comumente pela Entamoeba coli.
d. Os microrganismos mais comumente isolados em abscessos hepáticos piogênicos são os Gram-positivos, no
entanto, devido ao maior uso de “stents” biliares permanentes, tem aumentado a ocorrência de infecções por
outros microrganismos como Pseudomonas sp., Streptococcus sp. e fungos.
e. Apenas 10% a 20% dos pacientes com abscessos hepáticos amebianos apresentam histórico de diarréia.
EDIL BH, PITT HA. Abscesso Hepático em: Cameron 100 edição Terapêutica Cirúrgica Elsevier 2013
31. A classificação de Bismuth é utilizada para os colangiocarcinomas na bifurcação dos ductos hepáticos. A figura
abaixo refere-se ao tipo:
a. Tipo I
b. Tipo II
c. Tipo IIIA
d. Tipo IIIB
e. Tipo IV
AHRENDT SA, PITT HA. Vias Bliares em : Sabiston 17a edição Tratado de Cirurgia Elsevier 2005
32. Sobre os exames complementares para avaliação da doença do refluxo esofágico (DRGE), assinale a
alternativa CORRETA:
a. Na endoscopia digestiva alta se utiliza somente a classificação de Los Angeles nos dias de hoje, não sendo
mais utilizada a classificação de Savary-Miller.
b. A manometria esofágica avalia adequadamente os esfíncteres esofágicos superior e inferior, não sendo um
exame adequado para avaliar a motilidade do corpo do esôfago.
c. Normalmente, um paciente deve ter pelo menos 60% de peristalse esofágica.
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d. O exame padrão-ouro para diagnóstico da DRGE é a pHmetria de 24 horas. O exame é considerado normal
quando o escore de DeMeester é inferior à 14,7.
e. A esofagografia não é um bom exame para caracterizar DRGE e hérnia de hiato.
SABISTON, D.C.JR. et al. - Tratado de cirurgia: As Bases Biológicas da Prática Cirurgica Moderna. 17a. e 18a. Edicoes. Rio de Janeiro.
33. Um paciente sofreu uma queda de nível e é levado ao Pronto-Socorro. Na avaliacao neurológica inicial
apresenta-se agitado, falando palavras incompreensíveis, sem obedecer a comandos simples. Apresenta
abertura ocular a dor e realiza movimento de localização da dor. Assinale a alternativa que apresenta o valor
da escala de coma de Glasgow e a classificacao de gravidade de traumatismo cranio-encefalico desse
paciente:
a. Abertura ocular: 3; resposta verbal: 3; resposta motora: 5; TCE moderado.
b. Abertura ocular: 2; resposta verbal: 2; melhor resposta motora: 4; TCE grave.
c. Abertura ocular: 3; resposta verbal: 3; resposta motora: 5; TCE grave.
d. Abertura ocular: 2; resposta verbal: 2; resposta motora: 4; TCE moderado.
e. Abertura ocular: 3; resposta verbal: 3; resposta motora: 4; TCE moderado.
Colégio Americano de Cirurgiões - ATLS Suporte Avançado de Vida no Trauma. 9a. Edição
34. A respeito dos métodos terapêuticos para tratamento da obesidade, assinale a alternativa INCORRETA:
a. A gastrectomia vertical, também chamada de sleeve, é considerada como um procedimento exclusivamente
restritivo. É mais bem indicada nos casos de pacientes superobesos e super-superobesos objetivando uma
significativa perda de peso em um procedimento com riscos menores.
b. O sleeve é um método irreversível e pode apresentar complicações de alta gravidade, como a fístula no
ângulo de His, deiscência da linha de grampos e estenose.
c. O balão intra-gástrico é utilizado como auxiliar no preparo pré-operatório para outros procedimentos
bariátricos. É indicado em pacientes com IMC acima de 27kg/m2 e contra-indicado em pacientes com hérnia
hiatal e doença do refluxo gastroesofágico.
d. O switch duodenal é um procedimento de bypass da secreção biliopancreática, que passa a ter contato com
os alimentos somente a 50-70 cm da válvula ileo-cecal, além da confecção de gastrectomia vertical.
e. No bypass gástrico em Y-de-Roux nota-se no pós-operatório elevação de hormônios como a grelina e
diminuição de hormônios como o PYY e a insulina.
SABISTON, D.C.JR. et al. - Tratado de cirurgia: As Bases Biológicas da Prática Cirurgica Moderna. 17a. e 18a. Edicoes. Rio de Janeiro.
35. Assinale a alternativa CORRETA a respeito das doenças benignas do esôfago:
a. Os anéis vasculares geralmente tornam-se aparentes como uma obstrução esofagiana em adultos jovens.
b. A Síndrome de Plummer-Vinson refere-se ao desenvolvimento de disfagia cervical em pacientes com anemia
por deficiência de ácido fólico.
c. Os divertículos de Zenker, como todo divertículo de tração, devem ser tratados cirurgicamente.
d. Os divertículos epifrênicos são divertículos de pulsão que aparecem no terço médio do esôfago, geralmente
do lado esquerdo.
e. O tratamento definitivo da acalásia consiste no rompimento das camadas mucosa e submucosa na área do
esfíncter esofagiano inferior.
SABISTON, D.C.JR. et al. - Tratado de cirurgia: As Bases Biológicas da Prática Cirurgica Moderna. 17a. e 18a. Edicoes. Rio de Janeiro.
36. Qual melhor método para avaliar massa renal?
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a. Urografia excretora
b. Ultrassonografia
c. Tomografia computadorizada
d. Ressonância magnética
e. Arteriografia renal
Steven C. Campbell and Brian R. Lane. Malignant Renal Tumors. Campbell Walsh Elsevier 2012
37. Não é indicação para intervenção cirúrgica urgente, no trauma torácico:
a. Drenagem de 1.500 ml de sangue na drenagem torácica
b. Perda de ar maciça pelo dreno torácico
c. Tamponamento cardíaco
d. Rompimento do diafragma
e. Drenagem de 100 ml/h de sangue por 3 horas
J. Wayne Meredith and j. Jason Hoth. Thoracic Trauma. Mastery of surgery Wolters Kluer 2012
38. Sobre as hérnias epigástricas é INCORRETO afirmar:
a. As hérnias epigástricas são duas a três vezes mais comuns em mulheres.
b. Localizam-se entre o processo xifóide e o umbigo.
c. Assim como as hérnias umbilicais, as hérnias epigástricas são mais comuns em indivíduos com uma
decussação aponeurótica simples.
d. Os defeitos são pequenos e frequentemente há dor desproporcional ao seu tamanho devido ao
encarceramento da gordura pré-peritonial.
e. Geralmente, o reparo é acompanhado do fechamento simples do defeito fascial semelhante às hérnias
umbilicais.
Sabiston, Tratado de Cirurgia, 17 edição; capitulo 42, página 1213.
39. A medida imediata mais importante no tratamento do pneumotórax aberto é:
a. Intubação endotraqueal.
b. Cirurgia para fechamento do ferimento.
c. Infusão de cristalóides através de dois cateteres calibrosos.
d. Oclusão do ferimento com curativo de três pontas.
e. Toracotomia na sala de emergência.
Julio Coelho, Manual de Clínica Cirúrgica, 2009, pg 197
40. A primeira manobra para melhorar a oxigenação de um paciente com trauma de tórax é:
a. Intubar o doente
b. Drenar o tórax
c. Administrar oxigênio
d. Realizar toracocentese
e. Realizar toracotomia de emergência
Julio Coelho, Manual de Clínica Cirúrgica, 2009, pg 196
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TERCEIRA PARTE
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
41. Paciente multípara, 46 anos, relata ter encontrado nódulo na mama esquerda medindo 1cm durante um auto-
exame, há 3 semanas. Sua última mamografia foi há 14 meses cujo laudo foi BI RADS 1 . Em relação ao
rastreamento do câncer de mama, assinale a alternativa falsa:
a. Recomenda-se mamografia diagnóstica (não de rastreamento) a toda mulher acima de 35 anos que apresente
massa mamária.
b. O ultrassom é indicado em mulheres abaixo de 35 anos, naquelas com implantes mamários e com terapia
hormonal
c. A conduta inicial neste caso é biópsia excisional do nódulo mamário
d. O ultrassom das mamas auxilia na diferenciação de nódulos císticos e sólidos
e. A ressonância magnética é útil como auxiliar da mamografia de rastreamento nas mulheres com fatores de
risco para o câncer de mama
Tratado de Ginecologia – Câncer de Mama - Berek e Novak
42. Paciente de 22 anos, nulípara, diabética, hipertensa, apresenta sangramento uterino anormal secundário à
leiomioma uterino. Iniciou o tratamento com análogo de GnRH há tres meses e obteve melhora importante do
sangramento uterino, assim como redução do volume uterino ( 750 para 400cm³). Refere sintomas
vasomotores leves. Qual a última opção de tratamento para a paciente?
a. Manter o análogo de GnRH
b. Manter o análogo de GnRh por 6 meses e depois entrar com progestágeno para manter a atrofia endometrial
c. Realizar miomectomia após a utilização do análogo de GnRh
d. Realizar a embolização das artérias uterinas após a utilização do análogo de GnRh
e. Realizar a histerectomia após a utilização do análogo de GnRh
Manual de Ginecologia e Obstetrícia do Johns Hopkins – Leiomiomas Uterinos
43. A dor pélvica crônica é uma patologia comum na ginecologia, muitas vezes exigindo a realização da
videolaparoscopia diagnóstica para sua elucidação. São características da dor pélvica:
a. Episódios de dor cíclica na região pélvica, com duração de pelo menos 3 meses e com intensidade capaz de
interromper as atividades rotineiras da paciente
b. Episódios de dor na região pélvica, que podem ser cíclicas, com duração de pelos menos 6 meses e com
intensidade capaz de interromper as atividades rotineiras da paciente
c. Episódios de dor na região pélvica, que pode ser cíclica, com duração de pelo menos 3 meses e com
intensidade capaz de interromper as atividades rotineiras da paciente
d. Episódios de dor na região pélvica, cíclica, com duração de pelo menos 6 meses e com intensidade capaz de
interromper as atividades rotineiras da paciente
e. Episódios de dor na região pélvica, que pode ser cíclica, com duração de pelos menos 9 meses e com
intensidade capaz de interromper as atividades rotineiras da paciente
Tratado de Ginecologia – Dor Pélvica e Dismenorréia - Berek e Novak
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44. Correlacione as colunas considerando os tipos de perdas urinárias pela uretra, a seguir, assinale a alternativa
que apresenta a sequência correta:
1. Incontinência urinária de esforço
(IUE)
2. Incontinência urinária de urgência
3. Incontinência urinária mista
4. Incontinência urinária por
transbordamento
[ ] é a perda de urina que ocorre associada a desejo súbito e
imperioso de micção. Em geral está acompanhada de sintomas
irritativos
[ ] ocorre em pacientes com bexiga flácida. Em geral, ocorre em
mulheres com distúrbios neurológicos
[ ] pode ou não estar acompanhada de distopia genital. Os quadros
de defeito esfincteriano intrínseco são mais graves
[ ] é a associação entre a IUE e a incontinência urinária de urgência
a. 3-4-1-2
b. 2-1-4-3
c. 2-4-1-3
d. 3-1-4-2
e. 1-2-4-3
Manual de Ginecologia e Obstetrícia do Johns Hopkins – Uroginecologia e Cirurgia Pélvica Reconstrutiva
45. Os seguintes achados podem ser encontrados nas vaginoses bacterianas, exceto:
a. O pH dessas secreções é menor que 4,5
b. A microscopia mostra um número aumentado de células indicadoras ou cluecells
c. O odor vaginal piora após o período menstrual.
d. O teste das aminas da secreção vaginal libera um odor de peixe
e. As secreções vaginais são bolhosas de cor acinzentadas
Tratado de Ginecologia -Infecções Geniturinárias e Doenças Sexualmente Transmissíveis - Berek e Novak
46. Paciente de 7 anos apresentou menarca há 1 mês. Ao exame físico observa-se: estadiamento de Tanner M3 e
P3, galactorréia e ausência de sinais de virilização. Radiografia de punho: idade óssea atrasada; ressonância
magnética de crânio normal; FSH e LH em níveis puberais e TSH elevados. O diagnóstico mais provável é:
a. Puberdade precoce constitucional
b. Tumor de suprarrenal
c. Síndrome de McCune Albright
d. Hipotireoidismo
e. Feminização testicular
Tratado de Ginecologia –Puberdade - Berek e Novak
47. Teorias imunológicas foram postuladas na etiologia da endometriose. Assinale a alternativa incorreta:
a. Vários estudos tem demonstrado níveis elevados de interleucina 6 e fator α de necrose tumoral no líquido
peritoneal da pacientes com endometriose
b. O fator inibitório de migração (MIF) parece contribuir para um maior número de macrófagos em torno das
células endometrióticas
c. As células matadoras naturais (NK) são atraídas para esse ambiente, as evidências mostram a grande
atividade citotóxica destas células na endometriose
d. Os macrófagos ativados produzem o fator de crescimento endotelial vascular na endometriose
Manual de Ginecologia e Obstetrícia do Johns Hopkins –Endometriose
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48. Assinale a alternativa incorreta em relação ao câncer de vulva:
a. Os sintomas mais comuns são o prurido vulvar, uma tumoração ou uma massa. Porém a maioria das pacientes
é assintomática no momento do diagnóstico
b. Os fatores de risco do carcinoma vulvar são semelhantes ao carcinoma do colo uterino
c. O tratamento da lesão primária e dos linfonodos inguinais é determinado conjuntamente
d. Fator prognóstico individual mais importante é o estado dos linfonodos
e. A idade média por ocasião do diagnóstico é de 65 anos
Tratado de Ginecologia - Câncer Vulvar - Berek e Novak
49. Paciente de 55 anos, GIII PIII, menopausa há 3 anos, vem ao consultório para consulta de rotina. Nega
patologias associadas e não tem queixas.Quais exames não devem ser solicitados:
a. Mamografia
b. Glicemia
c. Hemograma
d. Lipidograma
e. FSH
Manual de Ginecologia e Obstetrícia do Johns Hopkins –Endometriose
50. Paciente de 27 anos com queixa de ciclos menstruais irregulares secreção mamária presente. Seus exames
mostram: prolactina 110ng/Ml,níveis séricos de tsh e t4 normais e a ressonância magnética do crânio
evidencia um macroadenomahipofisário. Fez uso de brocriptina por 2 meses, mas interrompeu o tratamento
pelos efeitos colaterais. Indica-se:
a. Ressecção transfenoidal
b. Radioterapia
c. Carbegolina
d. Anticoncepcional hormonal oral
e. DIU de levonorgestrel
Tratado de Ginecologia - Distúrbios Endócrinos - Berek e Novak
51. Sobre o tratamento do trabalho de parto prematuro, assinale a alternativa incorreta:
a. O uso de agentes tocolíticos deve ser iniciado assim que se concluir pelo diagnóstico de trabalho de parto
prematuro, respeitadas as contraindicações para seu uso
b. Nifedipina é o tocolítico de primeira escolha
c. A administração de corticoides para o amadurecimento pulmoral fetal se constitui na principal estratégia para a
redução da morbidade e mortalidade perinatal associadas à prematuridade
d. Há evidências que justificam o uso rotineiro de antibióticos no trabalho de parto prematuro com o objetivo de
prolongar a gestação e aumentar a eficiência da tocólise
e. Não há nenhum benefício comprovado para o recém-nascido prematuro do uso rotineiro do fórceps e da
episiotomia
Obstetrícia – Zugaib – Prematuridade
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52. Sobre as alterações fisiológicas que ocorrem na gravidez, assinale a alternativa incorreta:
a. Diminuição da resistência vascular periférica
b. Diminuição do volume de reserva expiratório
c. Redução do TSH sérico no início da gestação
d. Aumento dos níveis do fator XI da coagulação
e. Elevação dos triglicerídeos séricos
Obstetrícia – Zugaib – Repercussões da Gravidez no Organismo Materno
53. Assinale (V) verdadeiro ou (F) falso considerando a fisiopatologia da infecção puerperal e, a seguir, assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta:
[ ] a infecção puerperal do trato genital ocorre mais frequentemente no local da implantação placentária, na
laceração ou episiotomia após parto vaginal ou na ferida operatória após cesariana
[ ] o potencial para infecção é maior em nascimentos por parto vaginal comparados àqueles por cesariana
[ ] os organismos endógenos do trato genital são polimicrobianos e consistem de bactérias aeróbias e anaeróbias
[ ] as bactérias envolvidas em doenças sexualmente transmissíveis, como Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia
trachomatis, são causas comuns de endometrite pós-parto
a. V – F– V – F
b. F – V – V – F
c. V – F – F – V
d. F – V – F – V
e. F – F – V - V
Obstetrícia – Zugaib – Infecção Puerperal
54. Com relação as alterações periódicas da frequência cardíaca fetal (FCF), faça a correlação entre a primeira e
a segunda colunas. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
1. Desacelerações tardias
2. Desacelerações precoces
3. Desacelerações variáveis
4. Acelerações
[ ] a queda da FCF coincide com o pico da contração
[ ] desacelerações recorrentes e simétricas que se iniciam após o período de
decalagem de 20 segundos
[ ] desacelerações recorrentes que não tem relação temporal, de forma fixa,
com as contrações uterinas
[ ] elevação abrupta da FCF em relação à linha de base
a. 4 – 3 – 2 -1
b. 3 – 4 -1 – 2
c. 3 – 1 – 4 – 2
d. 2 – 3 – 4 – 1
e. 2 – 1 – 3 – 4
Obstetrícia – Zugaib – Avaliação da Vitalidade Fetal
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55. Em relação as anomalias cromossômicas, assinale a alternativa incorreta:
a. As trissomias dos cromossomos 21, 18 e 13, síndrome de Turner e triploidia são as anomalias cromossômicas
mais comuns
b. A medida da transluscêncianucal deve ser realizada entre 11 e 13 semanas e 6 dias
c. O rastreamento bioquímico deve ser feito no primeiro trimestre de gestação
d. São marcadores de anomalias cromossômicas a transluscêncianucal, osso nasal, golfball nas câmaras
cardíacas
e. O intestino hiperecogênico também pode ser encontrado na fibrose cística
Obstetrícia – Zugaib – Rastreamento das Anomalias Cromossômicas
56. São fatores de risco para o descolamento prematuro de placenta, exceto:
a. Diabete
b. Hipertensão arterial
c. Tabagismo
d. Idade materna avançada
e. Multiparidade
Manual de Ginecologia e Obstetrícia do Jonhs Hopkins – Sangramento do Terceiro Trimestre
57. Qual a alternativa incorreta em relação aos valores do líquido amniótico medidos pela ultrassonografia?
a. ILA ≤ 5cm = oligodramnio
b. Bolsão unico ≤ 2cm = oligodrâmnio
c. ILA ≥ 25 cm = polidramnio
d. Bolsão único entre 2,1 – 8 cm = normal
e. ILA entre 8,1 e 25 = normal
Manual de Ginecologia e Obstetrícia do Jonhs Hopkins – Sangramento do Terceiro Trimestre
58. São as três principais causas de hemorragia no pós-parto:
a. Atonia uterina, laceração do trajeto e retenção placentária
b. Atonia uterina, coagulopatia e retenção placentária
c. Descolamento prematuro de placenta, placenta prévia e atonia uterina
d. Placenta prévia, coagulopatia e retenção placentária
e. Vasa prévia, descolamento prematuro de placenta e atonia uterina
Obstetrícia – Zugaib – Intercorrências obstétricas
59. Quanto as gestações gemelares com transfusão feto-fetal, é verdadeiro afirmar que:
a. As alterações observadas ocorrem devido à presença de fístulas artério-arteriais superficiais placentárias
b. Ocorre shunt unidirecional em decorrência de anastomoses vilosas arteriovenosas profundas
c. O feto transfundido tem menor débito urinário que o feto transfusor
d. O risco de fenômenos tromboembólicos é ausente no período neonatal
e. Nenhuma das anteriores
Obstetrícia – Zugaib – Gestação Múltipla
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60. O determinismo do parto depende, em especial, do aumento:
a. Da relação estrógeno-progesterona
b. Dos estrogênios
c. Da progesterona
d. Da prolactina
e. De estrogênios, o que diminui a formação de gap junction
Obstetrícia – Zugaib – Parto e Puerpério
QUARTA PARTE
PEDIATRIA
61. São consideradas situações de risco para o filho de mãe adolescente, exceto:
a. Abandono
b. Prematuridade
c. Obesidade
d. Violência
e. Nenhuma das alternativas acima está correta
Tratado de Pediatria da SBP, 2ª Ed, pág.:477
62. Paciente de 6 anos, menina, dá entrada no pronto atendimento com queixa de dor abdominal há 1 dia, trazida
pela vizinha, pois a mãe estaria trabalhando. Ao exame criança adota posição fetal, dificultado a avaliação
clínica. Você solicita a saída da acompanhante, suspeitando de que a criança estaria envergonhada. A criança
se deixa examinar e abdomen encontra-se flácido, sem outras alterações. Relata também dor em genitais.
Suspeitando de abuso, assinale o agente agressor mais comum estatisticamente e a conduta mais adequada.
a. Vizinhos, solicita avaliação da ginecologia.
b. Mãe, acolhimento, boletim de ocorrência e avaliação por perito legal.
c. Pai, acolhimento e conselho tutelar.
d. Padrastos, avaliação ginecológica.
e. Vizinha, conselho tutelar e solicita detenção da acompanhante.
Tratado de Pediatria da SBP, 2ª Ed, pág.: 261
63. São recomendações de puericultura, para acompanhamento da criança, avaliações periódicas, como propostas
de calendário, EXCETO:
a. Consulta de orientação aos pais pré-concepção.
b. Consulta na sala de parto e na alta da maternidade.
c. Consulta semestral ou anual após 24 meses de vida até 10 anos de idade.
d. Consulta no final do 1° mês, 2 meses, 3 meses, 4 meses, 5 meses, 6 meses, 9 meses, 12 meses, 18 meses e
24 meses.
e. Consulta após 24 horas da alta da maternidade.
Tratado de Pediatria da SBP, 2ª Ed, pág.: 185
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64. Paciente de 13 anos, menino, veio encaminhado para você com queixa de agressividade. Primeiro filho, pais
sempre observaram atraso global de desenvolvimento. Andou e falou com 3 anos. Até hoje dificuldade de
linguagem e dificuldade de aprendizado, com várias reprovações na escola. História de crise convulsiva febril
com 1 ano de idade. Ao exame agitação, contato visual pobre, repulsa ao toque quando examinado e
estereotipias em mãos. Orelhas grandes e proeminentes, bem como face alongada com prognatismo
mandibular. O diagnóstico mais provável e conduta:
a. Autismo, encaminha para o neuropediatra.
b. Síndrome do X Frágil, encaminha para estudo genético com análise do gene FMR1 no DNA do sangue
periférico.
c. Esquizofrenia, encaminhamento para psiquiatra.
d. Síndrome de Marfan, pesquisa no sangue periférico de fibrilina 1 (FBN-1).
e. Síndrome de Prader-Willi, encaminha para geneticista para análise genética do cromossoma 15.
PROPED ciclo 3 vol. 2 pág.: 67
65. Paciente com história de tratamento inadequado de asma, 9 anos, menino. Dá entrada no pronto atendimento
agitado, consciente, hidratado, acianótico, com fala entrecortada. P= 28 kg, FR= 46 ipm, FC= 130bpm,
SatO2=90%, tiragem intercostal e sibilos difusos. Apresenta cerca de 1 crise /mês de duração superior a 5 dias.
Última internação há 2 meses. Qual a classificação da crise em questão e as condutas a serem tomadas:
a. Crise moderada a grave, instituição de beta-2-adrenérgico associado a um anticolinérgico, oxigenioterapia,
corticóide sistêmico.
b. Crise grave, beta-2-adrenérgico EV contínuo, oxigênio em máscara a 100%, sulfato de magnésio e corticóide
EV.
c. Crise moderada, oxigenioterapia, inalação com beta-2-adrenérgico, solicita RX de tórax e hemograma para
avaliar necessidade de antibiótico ainda na emergência.
d. Crise moderada, RX de tórax, hemograma, inalação com Fenoterol e corticóide inalatório.
e. Crise grave, solicita gasometria, RX de tórax, hemograma, uso de Salbutamol dosimetrado, corticóide
sistêmico.
PROPED ciclo 3 vol. 2 pág.:90
66. Criança de 5 anos dá entrada no pronto atendimento com febre de início há 3 dias. Procurou unidade de
saúde sendo diagnosticado como rinofaringite e conduzido com antitérmico e soro fisiológico nasal. Há 1 dia
dor abdominal com hábito intestinal adequado, fezes e urina normais. Previamente hígida. Ao exame: BEG, P
= 21 kg, T= 38,2, FR = 35 i, FC= 120 bpm, SatO2 = 97%. Orofaringe e otoscopia normais. Tiragem intercostal
leve, sopro tubário em 1/3 inferior do tórax esquerdo. BRNF sem sopros. Abdomen flácido, sem
visceromegalias. Diagnóstico mais provável e conduta:
a. Adenite mesentérica por rinofaringite, amoxicilina VO.
b. Rinossinusite, RX de seios da face e amoxicilina em dose elevada.
c. Pneumonia, RX de tórax, dipirona, inicia amoxicilina e solicita retorno em 24 horas.
d. Apendicite aguda, ecografia abdominal, hemograma e avaliação da cirurgia pediátrica.
e. Pneumonia com derrame pleural, RX de tórax, hemograma, hemocultura, ecografia de tórax, cefalosporina de
terceira geração (Ceftriaxona).
PROPED ciclo 3 vol. 2 pág.:147
HOSPITAL ANGELINA CARON PROVA TIPO 1 GERAL: Seleção de médicos residentes para PRMs sem pré-requisitos - 2017
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67. Menino de 12 anos de idade dá entrada no pronto atendimento com história de náuseas, vômitos e dor
abdominal. Nega febre. Ao exame verifica-se: torporoso, taquipnéico, pálido, turgor sub-cutâneo diminuído e
mucosas muito secas. Tempo de enchimento capilar >3 seg. Diagnóstico provável e conduta:
a. Choque hipovolêmico, solução fisiológica 20 ml/kcal na primeira hora e inicia antibiótico para gastroenterite.
b. Choque hipovolêmico, solicita gasometria e eletrólitos, hemograma e inicia bicarbonato de sódio em soro
fisiológico 100ml/kcal na primeira hora.
c. Inicia solução fisiológica até 100 ml/kcal na primeira hora, verifica glicemia capilar pensando em cetoacidose
diabética, solicita gasometria, eletrólitos e glicemia.
d. Cetoacidose diabética, verifica glicemia e inicia insulina contínua 0,5 mg/kcal.
e. Choque hipovolêmico, soro fisiológico 20 ml/kcal e inicia droga vasoativa.
Medicina Intensiva em Pediatria Piva& Celiny 2ª Ed. 447
68. Em relação à analgesia da criança as alternativas abaixo estão corretas, EXCETO :
a. A escada analgésica de dois degraus é utilizada para o manejo da dor leve no primeiro degrau, com uso de
analgésicos e antiinflamatórios comuns e da dor moderada a grave no segundo degrau, sendo os opióides a
primeira opção nesse caso.
b. Devemos utilizar vias possíveis de administração, preferindo o uso de fármacos via oral.
c. A prescrição de medicações deve ter intervalos regulares.
d. O tratamento deve ser individualizado, com medicações e doses adequadas a cada paciente.
e. A monitorização da dor é o critério mais importante para decisão terapêutica, sendo o exame físico
dispensável.
Medicina Intensiva em Pediatria Piva& Celiny 2ª Ed. pág.: 1113
69. Pelo departamento de nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria são considerados critérios diagnósticos
de síndrome metabólica em pacientes de 10 a 16 anos, exceto:
a. Circunferência abdominal elevada.
b. Hipertensão arterial sistêmica (PAS ≥ 130 ou PAD ≥ 85 mmHg).
c. Hipertrigliceridemia (≥ 150 mg/dL).
d. HDL-C alta ( > 40 mg/dL).
e. Glicemia de jejum elevada (> 100 mg/dL).
PROPED ciclo 3 vol. 1 pág.: 110
70. Paciente de 10 anos de idade apresenta lesões recorrente em pele de localização em superfícies extensoras.
Pele extremamente seca. Fez uso de vários hidratantes e corticóides de média potência por tempo prolongado
com melhora temporária. Nega sintomas semelhantes na família. Irmão com rinite e mãe com asma.
Diagnóstico provável e uso de medicação que poderia beneficiá-lo:
a. Dermatite atópica, uso de corticóide sistêmico por tempo prolongado.
b. Escabiose, uso e Permetrina.
c. Dermatite atópica, uso de corticóide tópico de maior potência, uso contínuo.
d. Dermatite atópica, iniciar imunomodulador tópico.
e. Psoríase, corticóide de alta potência.
Tratado de Pediatria SBP, 2ª Ed., pág: 587
HOSPITAL ANGELINA CARON PROVA TIPO 1 GERAL: Seleção de médicos residentes para PRMs sem pré-requisitos - 2017
21
71. RN com 18 dias de vida dá entrada no PA com queixa de cansaço. Nascido de parto normal, 39 semanas, pré-
natal sem intercorrências, G1P1. PN= 3240 g. aleitamento materno exclusivo. Ao exame: FR= 70 ipm, FC= 195
bpm, T= 36,2° C. Taquipnéico, pálido, batimentos de aletas basais, tiragem intercostal acentuada, crepitantes
em bases, ausência de pulsos periféricos, fígado a 5 cm do rebordo costal direito. Diagnóstico e etiologia
prováveis:
a. Insuficiência respiratória aguda , broncoaspiração.
b. Insuficiência cardíaca, coarctação de Aorta.
c. Insuficiência respiratória aguda, pneumonia bacteriana.
d. Insuficiência cardíaca, estenose Pulmonar.
e. Insuficiência respiratória aguda, taquipnéia Transitória do RN.
Tratado de Pediatria SBP, 2ª Ed., pág:634
72. Anulada – pontuação concedida a todos os candidatos.
73. Adolescente de 14 anos com história de trauma em membro inferior direito há 4 meses. Há 30 dias dor
lancinante e aumento de volume em terço distal de coxa D ( próximo ao joelho). Nega febre. Ao exame,
aumento de volume e discreta hiperemia local. RX da lesão apresenta imagem “em raio de sol”, com elevação
do periósteo (triângulo de Codman). Diagnóstico do paciente em questão:
a. Osteossarcoma
b. Osteomielite
c. Sarcoma de Ewing
d. Fratura patológica
e. Cisto de Baker
Tratado de Pediatria SBP, 2ª Ed., pág:1817
74. São cardiopatias de hiperfluxo pulmonar, EXCETO:
a. Persistência do canal arterial
b. Tetralogia de Fallot
c. Comunicação interventricular
d. Truncus arteriosus
e. Comunicação interatrial
Tratado de Pediatria SBP, 2ª Ed., pág:633
75. Atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às seguintes afirmativas sobre o tratamento e etiologia da enterocolite
necrozante (ECN) em recém-nascidos (RNs) e marque a opção correta.
[ ] Frequentemente RNs submetidos à drenagem peritoneal tiveram de realizar laparotomia em um segundo
momento, além de terem um maior comprometimento do desenvolvimento neuropsicomotor no seguimento
pós-alta.
HOSPITAL ANGELINA CARON PROVA TIPO 1 GERAL: Seleção de médicos residentes para PRMs sem pré-requisitos - 2017
22
[ ] Não há consenso para o início da dieta em quadro de ECN. Indica-se, com base na prática clínica corrente,
um intervalo de 10 dias, com a recomendação de que esse prazo seja flexível, na observância de critérios
clínico-laboratoriais e de imagem.
[ ] Pneumatose intestinal, gás no sistema portal, alça distendida, neutrofilia e plaquetopenia indicam a
intervenção cirúrgica.
[ ] O uso do corticóide antenatal é o maior fator de risco para RNs desenvolverem ECN.
a. V – V – V – F
b. F – V – V – F
c. F – V – F – F
d. V – F – F – V
e. V – V – F – F
PRORN - Programa de Atualização em Neonatologia – ciclo 8 – volume 4
76. A hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido caracteriza-se por insuficiência respiratória grave
devido a persistência do padrão da circulação fetal. Esse quadro pode estar presente entre várias doenças
neonatais listadas abaixo, EXCETO:
a. Síndrome do desconforto respiratório.
b. Hérnia diafragmática congênita.
c. Sepse.
d. Asfixia perinatal.
e. Infecções congênitas (TORCHS)
PRORN - Programa de Atualização em Neonatologia – ciclo 13 – volume 2
77. Quais das seguintes manifestações clínicas são frequentemente relacionadas à infecção congênita sintomática
pelo Citomegalovírus?
a. Hidrocefalia obstrutiva e coriorretinite,
b. Catarata, cardiopatia congênita e surdez neurossensorial.
c. Microcefalia e surdez neurossensorial.
d. Hidropsia e aplasia da série vermelha.
e. Aplasia medular e cardiopatia congênita.
PRORN - Programa de Atualização em Neonatologia – ciclo 11 – volume 4
78. Em relação ao quadro radiológico de síndrome de aspiração de mecônio (SAM), é INCORRETO afirmar que:
a. Vários padrões radiológicos podem aparecer na SAM.
b. O quadro clássico é o de áreas de atelectasia com aspecto nodular, grosseiro e difuso alternando com áreas
de hiperinsuflação em ambos os campo pulmonares.
HOSPITAL ANGELINA CARON PROVA TIPO 1 GERAL: Seleção de médicos residentes para PRMs sem pré-requisitos - 2017
23
c. Podem-se observar somente áreas de consolidação lobar ou multilobar, ou apenas a presença de
hiperinsuflação pulmonar.
d. O acometimento radiológico correlaciona-se com o quadro clínico.
e. O exame radiológico é fundamental para a detecção de extravasamento de ar: enfisema intersticial,
pneumotórax e pneumomediastino.
PRORN - Programa de Atualização em Neonatologia – ciclo 8 – volume 2
79. Em relação à doença hemolítica perinatal, assinale a alternativa CORRETA.
a. O quadro clínico da doença hemolítica perinatal depende do grau de hemólise, da capacidade eritropoiética e
do tratamento aplicado intra-útero.
b. A icterícia, tipicamente, se manifesta nas primeiras 24 horas de vida com rápido aumento do nível sérico da
bilirrubina direta.
c. A exossanguineotransfusão deve ser realizada em todos os recém-nascidos acometidos.
d. O uso precoce de fototerapia de alta intensidade não controla o aumento do nível da bilirrubina nos pacientes
com grau leve e moderado de hemólise.
e. Ela é mais comum quando a tipagem da mãe é A, com fator Rh negativo.
PRORN - Programa de Atualização em Neonatologia – ciclo 6– volume 1
80. Recém-nascido (RN) com 39 semanas de idade gestacional, nascido de cesariana e com Apgar 9/10. Com 15
dias de vida consultou no pronto-socorro por febre e foi internado para observação. O resultado do
hemograma foi normal e na evolução apresentou persistência da febre, irritabilidade e crise convulsiva. Um
novo hemograma não apresentou alterações. Foi submetido à punção lombar, onde o líquor mostrou
pleocitose com hiperproteinorraquia. Foi iniciado tratamento com aciclovir.
Em relação ao caso clínico descrito acima, marque a alternativa CORRETA.
a. Como o RN não apresentava vesículas na pele é pouco provável que se trate de infecção neonatal por
herpes.
b. Como a mãe não relatava herpes vaginal ou labial durante a gestação, o diagnóstico de infecção neonatal por
herpes seria a última hipótese.
c. A conduta terapêutica foi adequada: RN com convulsão, hiperproteinorraquia e hemograma normal é
altamente sugestivo de infecção neonatal por herpes.
d. A conduta foi muito agressiva. O correto seria solicitar sorologias para herpes-vírus no sangue e no líquor do
RN e tratar apenas após a confirmação diagnóstica.
e. Como os exames confirmam uma meningite neonatal viral, não é necessário nenhum tipo de tratamento,
apenas sintomáticos.
PRORN - Programa de Atualização em Neonatologia – ciclo 6 – volume 4
QUINTA PARTE
CLÍNICA MÉDICA
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81. Homem, 45 anos, alcoolista, D4 de internamento hospitalar com diagnóstico de pacreatite aguda, apresenta-
se apático, sonolento, pele fria, PA= 085/40 mmHg, FC: 145 spm, diurese de 20 ml na última hora. Na
Gasometria Arterial foram verificados os seguintes resultados: pH: 7,15; PaO²=55 mmHg, PaCO²=28 mmHg,
bicarbonato=15 mEq/l, BE= -9, SatO²: 92%, Na=145 mEq/l, K+=6,1 mEq/l, Cl-=118 mEq/L. Qual a melhor
hipótese diagnóstica ?
a. Alcalose hiperclorêmica
b. Acidose metabólica
c. Acidose metabólica com Ânion-gap diminuído
d. Alcalose respiratória
e. Acidose metabólica + hipoxemia.
Medicina Interna - Harrison - 19.ed. Parte 2, Seção 7.
82. É critério para o diagnóstico de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS):
a. Temperatura acima de 36⁰C
b. Frequência cardíaca acima de 90 bpm
c. Contagem de leucócitos menor que 5000 mm³
d. Frequência respiratória acima de 18 ipm
e. PaCO2 maior que 35mmHg
Tratado de Anestesiologia- SAESP 8ª edição. Editora Atheneu. Autores: Luiz M. Cangiani, Maria José C. Carmona, Marcelo Luis A. Torres, Carlos O. Bastos, David Ferez., Enis D. Silva,Leonardo Teixeira D. Duarte, Maria A. Tardelli
83. Mulher, 25 anos, há um ano com dispnéia progressiva, episódios frequentes de palpitações e dispnéia
paroxística noturna. Ex. físico: FC: 74 spm, PA: 105x60 mmHg, estase jugular a 45º, edema de mmii 2+/4+,
ritmo cardíaco regular, B1 hiperfonética e ruflar diastólico no ápice cardíaco; estertores crepitantes nas bases
pulmonares; fígado a 06 cm da borda costal direita. ECG com ritmo sinusal, sobrecarga atrial esquerda e
hipertrofia ventricular direita. Medicações: digoxina 0,25 mg/d e furosemida 40 mg/d. ASSINALE A
ALTERNATIVA INCORRETA:
a. A digoxina é indicada nos casos de estenose mitral para aumento do inotropismo do ventrículo esquerdo
debilitado pela barreira valvar
b. O diagnóstico mais provável é de estenose mitral, podendo ser confirmado pela ecocardiografia que irá avaliar
as condições anatômicas e fisiológicas da válvula mitral, influenciando a conduta a ser tomada.
c. A melhor forma de tratamento invasivo para a estenose mitral na gestante é a valvoplastia percutânea por
balão. Deve-se evitar ao máximo usar o método no primeiro trimestre de gestação devido ao risco de mal-
formação no feto exposto à radiação do procedimento.
d. Os episódios de palpitações podem ser decorrentes de fibrilação atrial paroxística. O exame de Holter
eventualmente registraria esta arritmia.
e. Na radiografia simples de tórax são esperados sinais de congestão pulmonar com linhas ´´B de Kerley´´e
aumento do átrio esquerdo, revelado pelo sinal do duplo contorno.
Medicina Interna - Harrison - 19.ed. Parte 10, Seção 4.
84. Mulher, 32 anos, com dor torácica há duas semanas, sem relação com a atividade física e que inicialmente
melhorou com o uso de analgésicos. Refere ter sido usuária de drogas ilícitas injetáveis e ter tratado
tuberculose no passado. Evoluiu com taquicardia, hipofonese de bulhas, dispnéia, palidez, hipotensão arterial
HOSPITAL ANGELINA CARON PROVA TIPO 1 GERAL: Seleção de médicos residentes para PRMs sem pré-requisitos - 2017
25
(PA=80x60 mmHg), estase jugular e aparecimento de pulso paradoxal. Radiografia simples de tórax: aumento
global da área cardíaca. Assinale a alternativa CORRETA em relação ao diagnóstico e à MELHOR conduta
terapêutica imediata:
a. Tromboembolismo pulmonar; trombólise com estreptoquinase
b. Derrame pericárdico; diurético IV
c. Insuficiência cardíaca congestiva; diuréticos e nitratos IV
d. Tamponamento Cardíaco; pericardiocentese
e. Miocardiopatia restritiva; diurético IV
Medicina Interna - Harrison - 19.ed. Parte 10, Seção 4.
85. Qual lesão mamária benigna está mais associada a um aumento de risco de câncer de mama?
a. Ectasia ductal
b. Adenose esclerosante
c. Fibroadenoma
d. Hiperplasia ductal atípica
e. Metaplasia apócrina
Helen Krontiras, Heidi Umphrey and kirby I. Bland. Diagnostic Approach to Breast Abnormalities. Mastery of surgery Wolters Kluer 2012
86. Mulher, branca, 36 anos, dona de casa, procura atendimento devido a cansaço, fraqueza e desânimo há vários
anos, que se intensificaram nos últimos quatro meses. Ultimamente vem dormindo mais do que o habitual. Tem
quatro filhos, com 12, 11, 9 e 5 anos de idade. Seu apetite é bom e sua alimentação saudável. Nega perda de
peso neste período. Ao exame físico: nada digno de nota. Ao hemograma: Hemoglobina-10,2 g/dl, Volume
Corpuscular médio=59 fL, Hemácias=5,02x1012 /L, Neutrófilos= 4,4x109 /L, Plaquetas=285.000, Reticulócitos
2%. O sangue periférico demonstra moderada hipocromia, hemácias em alvo e alguns eliptócitos. As dosagens
de ferritina, ferro sérico, TIBC (Capacidade total de transporte de ferro), Vitamina B12 e folato estão normais,
assim como as provas de função hepática e tireoidea (T4L e TSH), eletrólitos e uréia. As sorologias para vírus,
pesquisa de células LE, FAN e Fator Reumatóide foram negativas. Em relação ao presente caso clínico, trata-
se provavelmente de:
a. Anemia hemolítica autoimune, que pode ter sido desencadeada por uma doença autoimune
b. Anemia de doença crônica, sendo necessária a investigação de neoplasias e outros teste de verificação da
função da tireóide
c. Hemoglobinúria paroxística noturna, com perda de ferro pela urina
d. Eliptocitose hereditária associada com quadro de depressão
e. Talassemia
Medicina Interna - Harrison - 19.ed. Parte 7, Seção 2.
87. Em relação à dengue, assinale a alternativa CORRETA:
a. Exames para confirmação de dengue são obrigatórios, mas não são essenciais para conduta clínica. Na
primeira coleta de sangue, solicitar realização das sorologias após o 5º dia de doença.
HOSPITAL ANGELINA CARON PROVA TIPO 1 GERAL: Seleção de médicos residentes para PRMs sem pré-requisitos - 2017
26
b. em crianças, deve-se suspeitar de dengue na presença de febre com duração de pelo menos 10 dias,
hepatomegalia, linfadenomegalia e epistaxe
c. Os exames de imagem recomendados são radiografia de tórax (PA, perfil e incidência de Laurell) e
ultrassonografia de abdome. O exame radiográfico é mais sensível para diagnosticar derrames cavitários,
quando comparados à ecografia.
d. No diagnóstico diferencial, a chikungunya cursa com leucopenia, neutropenia e plaquetopenia mais intensas
que a dengue nos exames laboratoriais.
e. Ainda no diagnóstico diferencial, a ausência de exantema e de conjutivite auxiliam no diagnóstico a favor de
Zika em relação a dengue.
Ministério da Saúde, DENGUE, Diagnóstico e Manejo clínico, Adulto e criança, 5ª edição. 2016.
88. Em relação a hipersensibilidade imediata tipo I, é CORRETO afirmar, EXCETO:
a. Dessensibilização não funciona para controle
b. Alérgenos inalatórios causam asma e rinite
c. Proteínas alimentares podem elevar IgE
d. São causas comuns de alergia alimentar: Leite, Soja, Ovos e Amendoim.
e. Mastócitos não são vistos na circulação, mas existem no tecido conjuntivo e superfícies mucosas
Male,Brostoff,Roth,Roitt- Immunology 8thed,Elsevier 2013 section5, chapter 23
89. Sobre a Síndrome de Guillain-Barré, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
[ ] Embora a apresentação clássica seja a diminuição de força muscular dos membros inferiores, ascendente,
com arreflexia, existe em 50% das vezes o comprometimento de pares cranianos
[ ] A etiologia autoimune e, na grande maioria da vezes é associada a alguma forma de colagenose.
[ ] O diagnóstico é suportado por exame liquórico, que inicialmente se apresenta com proteinorraquia e após
duas semana há aumento da celularidade (dissociação proteinocitológica). Assinale a alternativa que
apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a. V-F-F
b. V-F-V
c. V-V-F
d. F-F-V
e. F-V-F
Medicina Interna - Harrison - 19.ed. Parte 17, Seção 3.
90. Qual a alternativa CORRETA a respeito de púrpura trombocitopênica imune?
a. Esplenomegalia é um achado comum.
b. Sua forma aguda é comum na infância e tende a ser auto-limitada
c. O tratamento de escolha é a esplenectomia
d. O hemograma freqüentemente apresenta anemia e leucocitose com linfocitose
e. Devemos usar transfusão de plaquetas sempre que a contagem de plaquetas for menor que 20.000.
Kasper, Fauci , Hauser, Longa, Jamuson and Loscalzo - Hill harrison's principles of internal medicine 19th edition – Mcgraw Hill
91. Homem, 32 anos, assintomático, teve sua doação de sangue recusada no hemocentro devido aos seguintes
resultados de exames: HBsAg negativo, Anti-HBcAg IgG positivo, Anti-HBsAg positivo. Assinale a alternativa
que melhor analisa o perfil sorológico do paciente e a conduta tomada pelo hemocentro
HOSPITAL ANGELINA CARON PROVA TIPO 1 GERAL: Seleção de médicos residentes para PRMs sem pré-requisitos - 2017
27
a. Hepatite B prévia e resolvida. A doação foi recusada por razão de natureza epidemiológica
b. Portador crônico do vírus B. A doação foi recusada para prevenir a transmissão desta doença para o preceptor
c. Hepatite B aguda em resolução. A doação foi recusada para prevenir a transmissão desta doença para o
preceptor.
d. Não é possível definir as condições atuais da doença com apenas os exames solicitados. O paciente deve ser
encaminhado ao ambulatório e outras sorologias (anti-HBe e HBeAg) devem ser solicitadas para melhor
elucidação do quadro.
e. Vacinação prévia contra hepatite B. A doação não deveria ter sido recusada.
Medicina Interna - Harrison - 19.ed. Parte 14, Seção 2.
92. Qual das seguintes alterações hematológicas NÃO se acompanha de risco maior para trombose?
a. Policitemia vera
b. Anemia megaloblástica
c. Hemoglobinúria paroxística noturna
d. Anemia falciforme
e. Trombocitemia essencial
Kasper, Fauci , Hauser, Longa, Jamuson and Loscalzo - Hill harrison's principles of internal medicine 19th edition – Mcgraw Hill
93. Mulher de 32 anos procura um cardiologista por estar apresentando hipertensão lábil acompanhada de
cefaléia, palpitações e ruborização intermitentes. Alega não conseguir fazer uso da medicação anti-hipertensiva
devido à baixa tolerância, com hipotensão durante o dia. Alega também que iniciou uso recente de metformina
após constatação de pré-diabetes. Diante deste quadro é mais apropriado:
a. Iniciar tratamento com diuréticos tiazídicos em baixas doses
b. Teste com administração do hormônio de liberação da corticotropina
c. Dosagem sérica dos hormônios tiroidianos
d. Dosar as catecolaminas urinárias
e. Prescrever um betabloqueador para controle dos sintomas
Medicina Interna - Harrison - 19.ed. Parte 16, Seção 1.
94. Em 2014 houve um fenômeno mundial na internet chamado de “desafio do balde de gelo” onde consistia-se em
jogar um balde de água gelada/com gelo sobre a cabeça de alguém para promover a conscientização sobre a
doença esclerose lateral amiotrófica (ELA) e incentivar as doações para pesquisas. O desafio ficou famoso,
principalmente em meados de 2014, após várias celebridades e nomes de empresas de tecnologia postarem
seus vídeos na internet fazendo-o. A esclerose lateral amiotrófica é uma doença decorrente da:
a. Neuropatia periférica consequente a lesões do sistema nervoso periférico
b. Neurodegeneração dos neurônios motores, com inclusões protéicas no corpo celular e nos axônios, que levam
a morte celular
c. Lesão dos microtúbulos dos dendritos, afetando a comunicação entre os neurônios
d. Distrofia motora decorrente de alterações nas placas motoras da musculatura esquelética
e. Atrofia muscular esquelética pela liberação exagerada de acetilcolina nas placas motoras.
Medicina Interna - Harrison - 19.ed. Parte 17, Seção 2.
95. Mulher, 28 anos, negra, apresentando há 20 dias febre, ganho de peso, redução do volume urinário,
sangramento gengival e epistaxes. Teve o pré-parto pré-termo devido à eclâmpsia, há cinco meses. Já
apresentou dois abortamentos não investigados. Ao exame clínico, constatou-se palidez cutâneo-mucosa,
HOSPITAL ANGELINA CARON PROVA TIPO 1 GERAL: Seleção de médicos residentes para PRMs sem pré-requisitos - 2017
28
úlcera oral palatina, equimoses, poliadenopatia, edema generalizado, PA: 180/120 mmHg, FC: 120 bpm.
Exames laboratoriais: Hb= 4,2 g/dl, Ht=17%, Urina tipo 1: proteínas +++; cilindros granulosos;
Plaquetas=28.000 céls/mm³; Radiografia de tórax= aumento da área cardíaca e borramento dos seios
costofrênicos; Tempo de Protrombina=normal;TTPa= aumentado (paciente/controle=1,5). Os diagnósticos
desta paciente são:
a. Poliarterite nodosa; infecção urinária.
b. Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo, coagulação intravascular disseminada; linfoma.
c. Leucemia aguda; choque circulatório devido à infecção urinária
d. Lúpus eritematoso sistêmico, nefrite lúpica; síndrome do anticorpo antifosfolipídeo
e. Sida; choque séptico.
Medicina Interna - Harrison - 19.ed. Parte 13 e Parte 15, Seção 2.
Utilize o caso clínico abaixo para responder as questões de número 96, 97, 98, 99 e 100.
Paciente RTB, 65 anos, masculino, hipertenso e diabético há mais de 20 anos, iniciou há dois dias quadro de
tosse produtiva com secreção amarelada. Nos dias seguintes a tosse piorou em intensidade e começou a se
associar à dispnéia, febre de 39ºC, anorexia, inapetência, sendo que após cinco dias de evolução do quadro
(sem tratamento específico) o paciente foi encontrado sonolento por seus familiares e encaminhado ao serviço de
emergência.
Dados vitais na admissão............................ - PA=80/40, FC=110, FR=28 T=39ºC
Exames Laboratoriais.................................. - Hemoglobina=10,5g/dl, Volume Globular=34%, VCM= 87fl,
HCM=27,8pg, Leucócitos=14.500 Bastões=14%,
Plaquetas=250.000, Na=127, K=4,2, Ca=7,5, P=5,0,
Albumina=3,0, Creatinina=2,4mg/dl (EFG=26/ml/min/1,73m2 -
CKD-EPI), Uréia=132mg/dl, ph=7,26, PO2=51mmHg,
PCO2=31mmHg Bicarbonato=16,7mmol/L, BE= -9,4mmol/L,
SO2=80%
Ultrassom de abdômen total........................ - Rins com sinais de atrofia de parênquima e aumento de sua
ecogenicidade. Sem outras alterações ao método
Tomografia de Crânio.................................. - Sinais de discreta atrofia cerebral (compatível com a idade) e
doença de pequenos vasos
96. Com base no caso clínico assinale a alternativa CORRETA:
a. Trata-se de paciente portador de Doença Renal Crônica estagio III-B, associada a provável injuria renal aguda
de causa multifatorial
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29
b. Impossível definir se há Doença Renal Crônica neste paciente uma vez que não há nenhum marcador de dano
renal crônico presente nos exames complementares realizados pelo paciente
c. Apesar de todos os fatores corroborarem para Doença Renal Crônica também fazer parte dos diagnósticos
deste paciente, é impossível afirmar (por definição), uma vez que não se conhece o tempo de evolução das
alterações renais.
d. Para o diagnóstico de Doença Renal Crônica, desconsiderando-se a cronologia, é obrigatório realizar mais
exames complementares, uma vez que, com limitadas informações relatadas no quadro clínico não há critérios
suficientes para o diagnóstico de DRC.
e. Todas as alternativas anteriores estão erradas.
KDOQI US Commentary on the 2012 KDIGO Clinical Practice Guideline for the Evaluation and Management of CKD - Am J Kidney Dis. 2014;63(5):713-735
97. Com base no caso clínico assinale a alternativa CORRETA:
a. Trata-se provavelmente de paciente com hiponatremia hipertônica devendo portanto o tratamento ser baseado
na correção da causa base, como por exemplo o tratamento da hipertrigliceridemia.
b. Trata-se provavelmente de hiponatremia hipotônica, devendo esta ser confirmada primeiramente pela
mensuração da osmolalidade sérica, sendo necessário avaliar na sequência o volume extracelular deste
paciente
c. Deve-se ter muito cuidado com a terapêutica da hiponatremia uma vez que a sua rápida correção pode levar
ao edema cerebral e consequente piora do nível de consciência
d. Todo paciente portador de hiponatremia deve ser tratado com reposição de sódio, independentemente da
etiologia
e. Todas as alternativas estão erradas.
Hiponatremia: conduta na emergência - Rev Bras Clin Med 2010;8(2):159-64
98. Com base no caso clínico marque a alternativa CORRETA:
a. O paciente possui quadro de acidose metabólica multifatorial, podendo trata-se de acidose lática também uma
vez que possui hipotensão arterial
b. A análise do anion gap é util para fins diagnósticos e sempre deve ser ajustado pela concentração plasmática
de albumina.
c. Entre as causas de acidose metabólica com ânion gap elevado, figuram a insuficiência renal cronica, acidose
lática, cetoacidose diabética e também intoxicação por metanol
d. O tratamento dos quadros de acidose devem-se basear principalmente na resolução da causa básica, mas
também pode-se utilizar, em situações graves, a reposição de bicarbonato endovenoso devendo-se sempre
ter cuidado pois acarretará na produção de CO2 e H2O
e. Todas as alternativas estão corretas
Abordagem clinica dos disturbios do equilibrio ácido-base - Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(2): 244-62
99. Com base no caso clínico assinale a alternativa CORRETA:
a. Frente ao quadro clinico do paciente uma das condutas iniciais é a expansão volêmica com cristalóides, sendo
usado como parâmetro de resposta a avaliação do estado hemodinâmico do paciente
HOSPITAL ANGELINA CARON PROVA TIPO 1 GERAL: Seleção de médicos residentes para PRMs sem pré-requisitos - 2017
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b. Um dos marcadores da melhora do estado hemodinâmico é o nível sérico do lactato, sendo recomandado
usa-lo como guia de hipoperfusão tecidual
c. A administração de antibióticos deve ser iniciada o quanto antes (dentro de uma hora do diagnostico), pois
modifica a sobrevida de pacientes sépticos
d. A procalcitonina pode ser usada para descontinuar o tratamento antibiótico de um paciente que possui
posterior limitada evidencia clinica de infecção.
e. Todas as alternativas estão corretas.
Surviving Sepsis Campaign: International Guidelines for Management of Sepsis and Septic Shock: 2016 - March 2017 • Volume 45 • Number 3
100. Com base no caso clínico anterior assinale a alternativa CORRETA:
a. A insulina e as catecolaminas beta-adrenérgicas diminuem a captação celular de potássio por estimular a
bomba de Na/K+ATPase
b. A acidose determina a entrada de potássio nas células, enquanto que alcalose trabalha no sentindo inverso,
determinado uma alteração na concetração sérica de potássio que em regra prática segue: para cada
alteração de 0,1 no pH há uma alteração recíproca de 0,6 no potássio sérico
c. A aldosterona é o maior regular do potássio corporal total, por seus efeitos na excreção de potássio pelo rim
d. Uma das medidas para a redução do potássio plasmático é a administração de gluconato de cálcio
endovenoso
e. Todas as alternativas estão erradas
Princípios de Nefrologia e Distúrbios Hidroeletrolíticos – Miguel Carlos Riella