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III anno DOMINGO, £6 DE ABRIL DE 1903 1 í N." c ,3 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERÀRIO E AGRÍCOLA issignatura H semestre, Soo réis. Pagamento adeantado. 11 B Anno, 1S000 réis; _ ------------ ,t, ....... parn o Brazil, anno, 2S5oo réis (moeda fonej. Avulso, no dia da publicação, 20 réis. EDITOR — José Augusto Saloio iq, I.» — RUA DIREITA — ALDEUALLKGA ICIUPIIIA !i II B 19, I.° H % Publicações Annuncios— 1.3 publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto esp;cial. Os auto- graphbs náo se Restituem quer sejam ou não publicados. PROPRIiiTARlO — José Augusto Saloio E X P E D IE N T E Acceitam-se eons graíi- jão quaesquer noticias que sejjam <le iuíeresse publico. C Noticiam os jornaes o facto de uma pobre crean- ça, de nove a dez annos, soffrer maus tratos e in- clemencias por parte da mãe e do homem que com esta vive. Todo o rigor da lei é pouco para similhantes miseráveis. A justiça deve punir com a maxiina pena estas creaturas que de mães teem o nome, peores que feras, que mal tratam com dureza impla- cavel esses pequenos entes que não teem culpa de te rem vindo ao mundo. Na infância, na edade dos sonhos, das chimeras, em que nós todos archite- ctamos o mais risonho por vir, já essa creança soffre os maiores martyrios, é vi ctima das mais infames atrocidades. Como ha de ella encarar auspiciosa mente o futuro, se no pre sente só tem maguas, se quasi no começo da vida apenas encontra dores e soffrimentos? As creanças, que são os homens e as mulheres do futuro, devem ser tratadas com o maximo carinho, devem receber os bons exemplos c a educação sa lutar. Condemnando-as aos trabalhos-mais arduos, espancando-as brutalmen te pelo mais simples pre texto, faz-se com que ellas se tornem más, reservadas, hypocritas, tendo medo de tudo e de todos, em vez de serem, expansivas, juviaes, com essa alegria tão pura e sã que é própria da mocida de. Em vez do riso franco e communicativo, a dure za no semblante, o receio no olhar, a desconfiança °o coração. Estas lindas flores, que deviam des abrochar á luz pura e ra diante do sol, ficam estio ladas e emmurchecidas pe tos maus tratos das mães! Envergonham e aviltam a humanidade essas mise ráveis, femeas unicamente, sem mais nada, sem pejo, sem vergonha, sem pundo nor, que arrastam vergo nhosamente na lama o mais puro sentimento que exis te no mundo, o amor ma ternal ! A lei devia arrancar-lhes das mãos as- victimas a quem enchem de torturas e marcar-lhes na fronte, com um ferro em braza, o stygma de: Miseráveis! JOAQUIM DOS ANJOS. XoVos livros de Triaada- <le C'«eIho. — JLivros «le lelínra paca as ereaaa- ças. Estão impressos e devem apparecer brevemente nas livrarias seis novos livros de Trindade Coelho, sen do dois de direito, um pa ra o povo e tres para as creanças: — Annotações ao Coligo Penal e á legisla ção penal em vigor, um volume de mais de Soo paginas em 8.° grande: In cidentes em Processo Civil, 3oo paginas: Pão Nosso ou leituras elementares e encyclopedicas para uso do povo, um volume illus- trado de mais de 5oò pa ginas; e tres livros de lei tura para a escola prima ria: 0 Primeiro Livro dc Leitura, 15o paginas, des tinado ás creanças da i.a > classe: 0 Segundo Livro de Leitura , 200 paginas, para a 2.a e 3.a classes; e 0 Terceiro Livro de Lei tura , 3oo paginas, desti nado á a.a classe. ___ » O primeiro daquelles volumes é editado pela Empreza Editora da Histo ria de Portugal, rua Au gusta, 95; e os restantes pela casa Aillaud & C.a de Paris, com filial em Lis boa, rua do Ouro, 242. Os tres livros de leitura para a escola primaria são apresentados ao concurso official, cujo praso termi na no dia 3o do corrente, e são intensamente portu- guezes, admiravelmente editados e illustrados, cons tituindo, além de uma vas ta e methodica lição decoi sas tendente a ministrar á creança noções praticas, de applicação immediata aos usos e necessidades di vida, um interessante tra tado de educação moral, sob a fórma, tão simples Como engenhosa, de p queninos contos. Ao contrario do que tem succedido- até hoje, os tres livros de leitura de Trindade Coelho são com pletamente originaes, e não simples collecções de tre chos a vulsos de auctores differentes, e desenvol vem todos um verdadeiro plano, formando, na varie dade enorme dos seus as sumptos, dispostos com rigoroso methodo, uma unidade perfeita de dou trina e a mais vasta e in tensa lição de coisas, es sencialmente portuguezas, que tem enriquecido en tre nós livros congéneres. Uma infinidade de so berbas gravuras feitas ex pressamente em Paris, mui tas das quaes reproduzem as nossas construCções, o mobiliário caseiro das nos sas províncias, as nossas alfaias agrícolas, os instru mentos das nossas artes e dos nossos officios, os nos sos animaes e os nossos vegetaes, e até os nossos trajes e costumes popuia- es de várias regiões e sce- nas da vida agricola, ru ral e maritima do paiz e das ilhas dos Açores e da Madeira, faz d’esses tres volumes de Trindade Coe lho, no seu total de 65o paginas, uma obra ao mes mo tempo didatica e pa triótica— enlevo das cre anças pelo seu pittoresco, e intensa e preciosa lição na singeleza clara da sua inguagem. E’ firme proposito do sr. dr. Trindade Coelho que o preço dos seus livros de instrucção primaria e popu lar seja inferior a real a pagina. Deve ter logar no dia 17 do proximo mez de maio, um excellente passeio flu vial, a bordo de um dos melhores vapores da Par ceria dos Vapores Lisbo- nenses, promovido pela distincta «Academia de Instrucção e Recreio Fa miliar Almadense». O va por deve partir de Caci- lhas em direcção a esta villa, onde lerá alguma demora, seguindo depois para Alccchete, local des tinado a este passeio. AGRICULTURA Capadura «la flor das ar vores A capadura da flor das arvores fruetiferas tem si lo récommendada como auxiliar da fecundação da flor e desenvolvimento do fructo. Este meio é pouco co nhecido e pouco usado; é esse motivo que nos leva á mencionar aqui algumas ex- per.encias comparativas, que depõem bastante em seu favor, feita ha uns an nos para cá por vários agri cultores. Numa contra latada, ou corrimão de pereiras Beur- ré-Clairgeau, applicou-se o systema da capadura da flor aos primeiros indiví duos do renque, isto é, cor tou-se com as unhas, ou á thesoura, o grupo de flo res que sobressahe 110 cen tro cie cada ramalhete flb- ral. Foi ahi que nasceram os fructos mais volumosos. Á s arvores que se se guiam no mesmo alinha mento fez-se uma opera ção Contraria: supprimi- ram-se-lhes as flores de ao contrario de cada ramalhe te, conservando as do meio. Foi ahi que se deram as pe ras mais pequenas. . Finalmente a producção foi variável nas ultimas pe- eiras da mesma linha, e por conseguinte situadas em condições eguaes. Uma macieira reinetta branca, podada em fórma de cordão horisontal bila teral, que foi sujeita á mes ma experiência, capando- se a flor do meio num dos braços somente, produziu nesse logar uma duzia de maçãs ao passo que o ou tro ramo não deu um só | fructo, apesar de ter egual florescencia. Intentámos applicar este systema á vinha por ter no tado que a extremidade do cacho fiorescia mais tarde do que o resto, e que além cíisso em Thomery corta vam esta sumidade quando o bago começava a ama durecer; nós supprimi- mol-a na occasião da flo rescencia. Cepas da especie Chas- se-las-Coulard, que foram sujeitas a esta operação, produziram cachos mais grados e bellos.'Seria este um excellente meio para oppòr á ressicação de cer tos vidonhos. Recommendamol-a qua- si tanto como a incisão an- nular que, praticada na epocha da florescencia, e por baixo do cacho, apres sa a maturação e faz des envolver mais as uvas, qua lidades estas bem precio sas na estacão das vindi- » mas. A incisão annuiar das cepas velhas tem-nos dado resultados magníficos. A vara comprida, tendo-se- lhe feito a incisão na base, fructifica melhor, ao passo que o sarmento de substi tuição ou reserva, podado curto se desenvolve mais. Em summa, estes dors processos são simples, de facil execução e não can- > çam as plantas. E' trabalho q le poderia ssr feito con venientemente por mulhe res ou creanças. Conhecemos mais de uma operação de cultura que custa sacrilicios e não offerece as mesmas vanta gens. Vingarem os fructos em maior nume,ro, terem um volume relativamente superior e amadurecem mais cedo, são já hoje ti- lulos incontestáveis, e que bem merecem que lhes dispensemos um instante a nossa attenção. Sejsbora dos Prazcrc» Na ultima segunda feira, 20 do corrente, sahiram desta villa muitas familias para o campo acompanha das dos costumados far néis, com o fim cie comnie-

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DOMINGO, £6 DE ABRIL DE 1903

1 í

N." c,3

S E M A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R À R I O E A G R Í C O L A

i s s i g n a t u r a Hsemestre, Soo réis. Pagamento adeantado. 11

BAnno, 1S000 réis; _ ------------,t,.......parn o Brazil, anno, 2S5oo réis (moeda fonej. Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— José Augusto Saloio iq, I.» — R U A D IR E IT A —ALDEUALLKGA

I C I U P I I I A !iIIB

19, I.° H%

P ublicações

A nnuncios— 1.3 publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto esp;cial. Os auto- graphbs náo se Restituem quer sejam ou não publicados.

PROPRIiiTARlO— José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

Acceitam-se eons graíi-

jão q u a e sq u e r noticias

que sejjam <le iuíeresse

publico.

CNoticiam os jornaes o

facto de uma pobre crean- ça, de nove a dez annos, soffrer maus tratos e in- clemencias por parte da mãe e do homem que com esta vive.

Todo o rigo r da lei é pouco para similhantes miseráveis. A justiça deve punir com a maxiina pena estas creaturas que de mães só teem o nome, peores que feras, que mal­tratam com dureza impla- cavel esses pequenos entes que não teem culpa de te­rem vindo ao mundo.

Na infância, na edade dos sonhos, das chimeras, em que nós todos archite- ctamos o mais risonho por­vir, já essa creança soffre os maiores m artyrios, é vi­ctima das mais infames atrocidades. C om o ha de ella encarar auspiciosa­mente o futuro, se no pre­sente só tem maguas, se quasi no começo da vida apenas encontra dores e soffrimentos?

As creanças, que são os homens e as mulheres do futuro, devem ser tratadas com o maximo carinho, devem receber os bons exemplos c a educação sa­lutar. Condemnando-as aos trabalhos-mais arduos, espancando-as brutalm en­te pelo mais simples pre­texto, faz-se com que ellas se tornem más, reservadas, hypocritas, tendo medo de tudo e de todos, em vez de serem, expansivas, juviaes, com essa alegria tão pura e sã que é própria da mocida­de. Em vez do riso franco e communicativo, a dure­za no semblante, o receio no olhar, a desconfiança °o coração. Estas lindas flores, que deviam des­abrochar á luz pura e ra­diante do sol, ficam estio­ladas e emmurchecidas pe­tos maus tratos das mães!

Envergonham e aviltam a humanidade essas mise­ráveis, femeas unicamente, sem mais nada, sem pejo, sem vergonha, sem pundo­nor, que arrastam vergo nhosamente na lama o mais puro sentimento que exis­te no mundo, o amor ma­ternal !

A lei devia arrancar-lhes das mãos as- victimas a quem enchem de torturas e m arcar-lhes na fronte, com um ferro em braza, o stygma de: Miseráveis!

JO AQ UIM DOS ANJOS.

X o V o s l i v r o s d e T r i a a d a - < l e C ' « e I h o . — J L i v r o s « l e le l ín r a p a c a a s e r e a a a - ç a s .Estão impressos e devem

apparecer brevemente nas livrarias seis novos livros de Trindade Coelho, sen­do dois de direito, um pa­ra o povo e tres para as creanças: — Annotações ao C oligo Penal e á legisla­ção penal em vigor, um volume de mais de Soo paginas em 8.° grande: In ­cidentes em Processo Civil, 3oo paginas: Pão Nosso ou leituras elementares e encyclopedicas para uso do povo, um volume illus- trado de mais de 5oò pa­ginas; e tres livros de lei­tura para a escola prim a­ria: 0 Prim eiro L ivro dc Leitura, 15o paginas, des­tinado ás creanças da i . a>classe: 0 Segundo L ivro de Leitura , 200 paginas, para a 2.a e 3.a classes; e 0 Terceiro L ivro de L e i­tura, 3oo paginas, desti­nado á a.a classe.___ »

O prim eiro daquelles volumes é editado pela Empreza Editora da Histo­ria de Portugal, rua A u ­gusta, 9 5; e os restantes pela casa Aillaud & C.a de Paris, com filial em Lis­boa, rua do O uro , 242.

Os tres livros de leitura para a escola prim aria são apresentados ao concurso official, cujo praso term i­na no dia 3o do corrente, e são intensamente portu- guezes, admiravelm ente editados e illustrados, cons­tituindo, além de uma vas­

ta e methodica lição decoi sas tendente a m inistrar á creança noções praticas, de applicação immediata aos usos e necessidades di vida, um interessante tra­tado de educação moral, sob a fórma, tão simples Como engenhosa, de p queninos contos.

Ao contrario do que tem succedido- até hoje, os tres livros de leitura de Trindade Coelho são com­pletamente originaes, e não simples collecções de tre­chos a vulsos de auctores differentes, e desenvol­vem todos um verdadeiro plano, formando, na varie­dade enorme dos seus as­sumptos, dispostos com rigoroso methodo, uma unidade perfeita de dou­trina e a mais vasta e in­tensa lição de coisas, es­sencialmente portuguezas, que tem enriquecido en­tre nós livros congéneres.

Um a infinidade de so­berbas gravuras feitas ex­pressamente em Paris, mui­tas das quaes reproduzem as nossas construCções, o m obiliário caseiro das nos­sas províncias, as nossas alfaias agrícolas, os instru­mentos das nossas artes e dos nossos officios, os nos­sos animaes e os nossos vegetaes, e até os nossos trajes e costumes popuia-

es de várias regiões e sce- nas da vida agricola, ru ­ral e maritima do paiz e das ilhas dos Açores e da Madeira, faz d’esses tres volumes de Trindade C o e ­lho, no seu total de 65o paginas, uma obra ao mes­mo tempo didatica e pa­triótica— enlevo das cre­anças pelo seu pittoresco, e intensa e preciosa lição na singeleza clara da sua inguagem.

E’ firme proposito do sr. dr. Trindade Coelho que o preço dos seus livros de instrucção prim aria e popu­lar seja inferior a real a pagina.

Deve ter logar no dia 17 do proximo mez de maio, um excellente passeio flu­vial, a bordo de um dos melhores vapores da Par­

ceria dos Vapores Lisbo- nenses, prom ovido pela distincta «Academia de Instrucção e Recreio Fa­miliar Almadense». O va por deve partir de Caci- lhas em direcção a esta villa, onde lerá alguma demora, seguindo depois para Alccchete, local des­tinado a este passeio.

A G R I C U L T U R AC a p a d u r a «la f lo r d a s a r ­

vores

A capadura da flo r das arvores fruetiferas tem si­lo récommendada como

auxiliar da fecundação da flor e desenvolvimento do fructo.

Este meio é pouco co­nhecido e pouco usado; é esse motivo que nos leva á mencionar aqui algumas ex- per.encias comparativas, que depõem bastante em seu favor, feita ha uns an­nos para cá po r vários agri­cultores.

N um a contra latada, ou corrim ão de pereiras Beur- ré-Clairgeau, applicou-se o systema da capadura da flor aos prim eiros indiví­duos do renque, isto é, cor­tou-se com as unhas, ou á thesoura, o grupo de flo­res que sobressahe 110 cen­tro cie cada ramalhete flb- ral. Foi ahi que nasceram os fructos mais volumosos.

Á s arvores que se se­guiam no mesmo alinha­mento fez-se uma opera­ção Contraria: supprimi- ram-se-lhes as flores de ao contrario de cada ramalhe­te, conservando as do meio. Foi ahi que se deram as pe­ras mais pequenas. .

Finalmente a producção foi variável nas ultimas pe-

eiras da mesma linha, e por conseguinte situadas em condições eguaes.

Um a m acieira reinetta branca, podada em fórma de cordão horisontal bila­teral, que foi sujeita á mes­ma experiência, capando- se a flor do meio num dos braços somente, produziu nesse logar uma duzia de maçãs ao passo que o ou­tro ramo não deu um só

| fructo, apesar de ter egual florescencia.

Intentámos applicar este systema á vinha por ter no­tado que a extremidade do cacho fiorescia mais tarde do que o resto, e que além cíisso em Thom ery corta­vam esta sumidade quando o bago começava a ama­durecer; nós supprim i- mol-a na occasião da flo­rescencia.

Cepas da especie Chas- se-las-Coulard, que foram sujeitas a esta operação, produziram cachos mais grados e bellos.'Seria este um excellente meio para oppòr á ressicação de cer­tos vidonhos.

Recommendamol-a qua- si tanto como a incisão an- nular que, praticada na epocha da florescencia, e por baixo do cacho, apres­sa a maturação e faz des­envolver mais as uvas, qua­lidades estas bem precio­sas na estacão das vindi- »mas.

A incisão annuiar das cepas velhas tem-nos dado resultados magníficos. A vara comprida, tendo-se- lhe feito a incisão na base, fructifica m elhor, ao passo que o sarmento de substi­tuição ou reserva, podado curto se desenvolve mais.

Em summa, estes dors processos são simples, de facil execução e não can->çam as plantas. E' trabalho q le poderia ssr feito con­venientemente por mulhe­res ou creanças.

Conhecemos mais de uma operação de cultura que custa sacrilicios e não offerece as mesmas vanta­gens. Vingarem os fructos em m aior nume,ro, terem um volume relativamente superior e am adurecem mais cedo, são já hoje ti- lulos incontestáveis, e que bem merecem que lhes dispensemos um instante a nossa attenção.

Sejsbora dos P ra zc r c »

Na ultima segunda feira, 20 do corrente, sahiram desta villa muitas familias para o campo acompanha­das dos costumados far­néis, com o fim cie comnie-

2 O D O M I N G O

A MANUEL CASIMIROQuando o touro feroz entra na vasta arena E parece disposto a começar a lueta,E bello realmente, é uma bella scena

< Vêr a arte vencer a grande força bruta.

Vêr o homem, sereno, a affrontar o p rig o , Dominando uma fe ra — ousado lidador —A memória nos traz aquelle tempo antigo.Em que brilhavam tanto a força e o valor.

A o vêr-te, pois na arena, intrépido toureiro, Soberbo de vigor, d d rro jo e de firmeza, Saudamos todos nós o grande cavalleiro Que dd lustre e dá honra á arte portuguesa.

Brilhantissimo artista, artista dos de raça, Corajoso e audaz, energico e possante,Tu hoje vês aqui em palmas toda a praça Fazer-te uma ovação immensa e delirante!

JO A Q U IM DOS ANJOS.'

P E N S A M E NTOS

A virtude é a verdadeira medida do progresso das sociedades.— Anthero de Quental.

— E sempre fa c il viver com os seus inimigos, mas com os seus amigos, eis o difficil. — Bersot.

— A rhelorica que ensina a fa la r prefiro muito mais a rhelorica que ensina a estar calado. — Valtour.

— A natureza, dando-nos uma só lingua e dois ouvi­dos, parece que qui\ que ouvissemos muito e falassemos pouco.

— A espada é a penna com que o guerreiro escreve as suas leis: a penna é a espada com que o sabio vence as suas batalhas.

— Quem não sabe soffrer, não tem grande coração.

A N E C D O T A S

Um caçador acabava de malar a tiro um pombo, que ia voando a grande altura.

— Que perdulário aquelle! exclama um camponio, que vira cahir a ave anno fulminada. Podia muito bem ter poupado a polvora e o chumbo d'aquelle tiro, p o r­que o pombo, despenhando-se de uma tal altura, não podia deixar de fica r morto e bem morto.

11111 i I i 11 i 1111111 Hl 1111

— Voltaram os noivos da egreja. N o meio do lunch, disse a madrinha dirigindo-se á noiva:

— A minha afilhada estava tremula e commovida! 0 sim mal chegou a ouvir-se!

— Não me admira, respondeu a noiva; nunca me linha visto em similhante lance! Verão que para a ou­tra ve hei de estar mais á minha vontade, e fa la r mais alto.

i i ii i i im i i im iim m

Entre um gom m eux e uma bailarina:— Se não me parecesses tão bella e tão graciosa para

que t o havia de dizer?— Está claro! E se você me parecesse me?ios estúpido

porque não havia de dizer-lho!

m orarem o tradicional cos­tume da entrada das sestas. Q uasi todos os estabele­cimentos fecharam de tar­de, em consequencia dos seus proprietários quere­rem ir passar com suas familias o resto do dia ao campo.

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Desastres

No dia 20 do corrente foram num carro passeiar ao Samouco, dois rapazes de nomes Eduardo Pereira Rato e Abilio da Silva C a ­ria, tomando em seguida a estrada que conduz á praia. O Abilo, ao chegar a uma curva que a estrada faz,

■ foi cuspido do carro, des­locando o braço esquerdo.

— Tambem na noite de20 do corrente o carro do sr. José Rodrigues Pinto, se voltou no largo da C a l­deira, o que resultou Jacin­tho da Monica deslocar o braço direito e ferir o ros­to, e José Pataquinho e Ma- rianno Serrador tambem ferirem o rosto. Ao dono do carro e José Serrador, apenas foram cuspidos a curta distancia, não lhes succedendo, felizmente, a mais pequena belliscadura.

■— No dia 23, o filhinho mais velho do sr. Joaquim Freire C aria, ao passar pe-

-la Praça Serpa Pinto, pro­ximo do cano alli em con­strucção, foi em purrado po r um garoto, cahindo ao cano e ferindo o rosto.

T h e a tr o SSlecíro-Magico

Tem logar hoje neste theatro o beneficio de Ma­nuel Caixinha, tomando parte no espectáculo ama­dores d’esta villa.

Compõe-se este espectá­culo do seguinte: As com- moções e 0 creado dislrai- do, (comedias em i acto); As mães, poesia do di<tin- cto poeta, Joaquim dos A n­jos, A Paquerelle, Espiga e A florista, (cançonetas) pela distincta actriz F. A.; 0 meu chapéo e Nem mais nem menos, (cançonetas)

FO LH ETIM

Traducçáo de J. DOS AN JOS

D E P O I S dT p E C C A D OL ivro prim eiro

11

— Se o interior corresponde ao que se vê de fóra, não hesito e compro-o já, não é assim, Ellen? accrescentou sir Fabern.

— Decerto, respondeu ella. esta ha­bitação deve ser deliciosa; mas, con­tinuou, olhando para o A d rn n o, este senhor talvez fique de mal comnosco por tomarmos ; q'ii o logar d ’elle.

— Náo podia cá fitar, minha senho­ra; já cum pri a missão de que me en-

pelo actor Manuel Victor. Em um dos intervallos o nosso excel|ente amigo, sr. C a rlo s Herm enegildo de Mello, cantará algumas das suas canções.

Deve ser uma noite bem passada.

A m liencias

Responderam hontem no tribunal d’esta comarca, pot* queixa de Maria Izabel Canastreiro, Antonio Sa­pateiro, Custodio A gua­deiro e João Ratinho. Este ultimo foi condemnado em io dias de prisão, custas e sellos do processo, sendo os outros absolvidos.

— Tambem respondeu em policia correccional, por offensas corporaes, Luiz Runa, sendo condemnado em 5 dias de prisão.

— Manuel M orgado, res­pondeu tambem em policia correccional, por em bria­guez, sendo condemnado em 3 mezes de prisão.

Foi advogado de defeza nas tres audiências o sr. dr. Luciano Tavares Móra.

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Emrsessão de 27 do cor­rente, será resolvida a per­centagem das contribui­ções geraes do estado pa­ra constituir receita no futuro anno de 1904.

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Uma graciulia

Na noite de domingo ul­timo para segunda feira, quatro graciosos se entre- tiveram fazendo signaes de apitos, interrom pendo as­sim o serviço dos guardas nocturnos.

A «gracinha» parece-nos uma grande idéa para des­nortear os guardas, e po­derem os malandretes mais á vontade fazer o saque projectado, ou coisa simi­lhante.

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Durante a semana finda tem, em bora pouco, cho­vido todos os dias, pelo que se acham mais anima­dos os agricultores.

carregaram e estou em termos de vol­tar para Paris.

— Isso é que é mau, disse sir Fa­bern, porque se eu com prar esta propriedade e se, como espero, pu­der tomar posse d‘ella immediata- mente, isto é, d’aqui a alguns dias, muito desejaria offerecer-lhe aqui hospitalidade.

O Adriano respondeu a este offe- recimento com os seus agradecimen­tos e depois chamou a sr.a Telemaco, a quem deu a conhecer a; intenções de sir F; bem.

— Serio, o senhor quer comprar a casa? perguntou a sr.a Telem aco. cujo rosto, apesar dos seus esforços pat a não revelar o que sentia, expri­miu um accentu.ido desapontamnto.

— M u iti serio, replicou sir Fabern, um pouco surprehendido com a per- eunta. E u não faço as coisas no nr.

A sr.a Telem aco introduziu os vi? sitantes no pavilhão e começou a fa­zer-lhes p erco rrer os diversos apo­

sentos. Mas, em vez de lhes gabar o bom estado, de lhes fazer notar o lu­xo da mobilia, a belleza dos sitios

pittorescos que de todos os lados se descobriam, parecia fa rer a diiigencia para os desviar das intenções de com ­prarem a propriedade.

— E ’ assim que espera resolver sir Fabern a com prar o p ivilhão? per­guntou-lhe o Adriano, aproveitando um momento em que ficou a sós com ella.

— Náo tenho grande vontade de que elle o compre, respondeu a sr.a

Telem;:co; ha perto de vinte annos que vivo aqui e havia de me custar n n it > a sahir. Na minha edade não se muda assim de hábitos. Se ao menos

o seu amigo quizesse conservar-me no mesmo logar!

— Prometto lhe a minha protecção junto d’elles, sr.a Telem aco, mas com a condição de que desempenhará o seu cargo com mais alguma consciên­cia.

— A h ! comprehendo, o senhor de­seja que o seu amigo fique com o pa­vilhão da princeza.

— Efíéctivamente não me desagra­dava.

— Bem, conformar-me-hei com os seus desejos, disse a sr.a Telemaco suspirando.

Foi ter com as visitas, e mudando subitamente de lingugem para agra­dar ao Adriano, poz tanto zelo em destruir o mau effeito das suas obje- cçóes precedentes que, terminada a visita, sir Fabern pediu para falar ao

A cam ara deliberou em sessão de 6 do corrente incluir no prim eiro o,-Ca’ mento supplementar seguintes verbas:

Reforço da verba desti­nada á com pra do estan­darte, i 3o$ooo réis; repa­ro e limpeza de canos 600 $ 000 réis; urinoes 15o $000 réis; subsidio para trasladação de Al­meida G arrett, 20^000 réis.

OS D R A M A S D A COKTE

(Chronica do reinado de Luiz XV]Romance historico por

E. LADOUCETTEOs amores trágicos de Manon Les-

raut com o telebre cavalleiro de Grieux, formam o entrecho d’e.;te romance, rigorosamente historico,a que Ladoucette imprimiu um cunho de originalidade deveras encantador.

A corte de Luiz xv, com todos os seus esplendores e misérias, é escri­

ta magistralmente pelo auetor d'0 astardo da Rainha nas pnginas do

seu novo livro, destinado sem duvi­da a alcançar entre nós exito egual áquelle com que foi recebido em Pa­ris, onde se contavam por milhares os exemplares vendidos.

A edição portugueza do popular e commovente romance, será feita em fasciculos semanaes de 16 paginas, de grande fornvto, illustrados com íoberbas gravuras de pagina, e cons­tará apenas de 2 volumes.

3 0 réis o fascículo

4 0 0 réis o tomo

2 valiosos brindes a todos os assignantes

Pedidos á Bibliotheca Popular,Em­presa Editora, 162. Rua da Rosa, 162

- Lisboa.

A N N U N C I O S

ANNDNCIO

1)1

DO JUBATEJO( 3 .a Publicação)

Pelo Juizo de Direito de esta comarca, cartorio do i.° officio e execu:ão hypothecaria que move o Magistrado doJM .0 P.° de esta comarca, contra Pe­dro da Costa, d’Alhos Ve­dros, vae á praça á porta do T ribunal desta comar­ca, no dia 3 do proximo mez de Maio, pelas 12 ho-

=——

«maire», que estava encarregado de tratar da venda.

— Precisa que o acompanhe, meu pae? perguntou miss Ellen. Antes queria ficar aqui.

— Pois fica, minha filha; o sr. Her- vey fará o lavor de te fazer compa­nhia e esta senhora irá indicar-me a casa do «maire».

Estas palavras impressionaram mui­to 0 coração do Adriano, que se poz a bater precipitadamente. Proporcio­navam-lhe um encontro a sós que elle não se teria atrevido a solicitar.

Miss Ellen levantou a cabeça; o Adriano estava em pé, defronte d elia-

— Se hontem, quando a deixei, ma tivesse dito que vinha aqui hoje, dis­se elle, aconselhava-lhe que viesse an­tes ou depois das horas do calor.

iContinua]

O DOMI NGO 3

acçao, que o executado tem

ras da manhã, para ser vendido por preço supe­rior ao abaixo designado, 0 direito ereferidocomo eom proprietario, n0S prédios adeante rela­cionados, e dos quaes é usufructuaria Luiza Vio- lante da Costa, mãe do mesmo executado a sa­ber:

Umas casas que servem dadega com um pateo, si­tas no largo da M isericór­dia d’A lhos Vedros, no valor de 4$ooo réis. Umas casas para habitação si­tuadas no Largo da Mise­ricórdia da mesma villa no valor de ii$ o o o réis. Uma fazenda composta de terra de semeadura, vinha, arvores de frueto, pinhal e sobreiros, situada no Campo da Forca, da mesma freguezia d’Alhos Vedros, foreira em 3$ooo réis annuaes ao Marquez de Pombal, não constando que tenha laudemio, no valor de 20$000 réis.

São citados para a dita arrematação quaesquer crédores incertos nos ter­mos e para os effeitos do

,n.° i.° do artigo 844 do Codigo processo civil.

Aldegallega do Ribate­jo, 7 de abril de ig o 3.

Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

i.° Substituto e no impedimento doproprietário,

Anlonio Tavares cia Silva.

o ESCRIVÃO

José f ia r ia de Mendonça.

. A N N T J J S T C I O

Al,DEC

Pelo presente são cita­dos os crédores incertos ?ara assistirem á dita ar­rematação e ahi uzarem dos seus direitos, sob pena

revelia.

Aldegallega-do Ribatejo, 14 de abril de 1903.

O E S C R IV Á O

Antonio Augusto da Silva Coelho.

Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E p iR E IT O

i.° substituto,

Antonio Tavares da Silva.

( 3 . a P u b l i c a ç ã o )

No dia 10 do proxim o mez. de maio, pelo meio dia, á porta do tribunal judicial desta villa d’Alde- galiega, nos autos d’inven tario orphanologico a qu< se procede por obito de Anna Roza Ribeiro d’An- drade Galvão, viuva, mo radora que foi no sitio d; S. Sebastião da villa da Moita, se ha de vender e arrematar em hasta publi­ca a quem maior lanço of­ferecer sobre 0 valor da sua avaliação, uma mora­da de casas que -?e com- Põe de lojas, 1,° andar, com seu quintal, pôço, palheiro e cavallariça, situadas na i'Ua do Rozario, da villa da /Moita, foreira em 2$200 ’'eis annuaes a Frederico de Sousa e Mello, de Lis-

0a) avaliadas em 456$ooo reis.

M EM Ó RIA D E S C R IP T IV A

das villas de

CINTIIA E COI.LAllKS

e seus arredores

Nova edição profusamente illustra da com centenares de gravuras, e des­envolvida com grande numero de annotaçóes.

E D IÇ Ã O DE L U X OPublicação em cadernetas semanaes

de 16 pag:nas, com 8 gravuras pelo meno •, por 6o réis.

Pedidos á casa editora «A Camé­lia», Largo da M ise rico rd h — Cintra, ou aos seus agentes.

A N N T J J S N T C I O

COMARCA

( ã . a P « b ! I c a ç â o )

No dia vinte e seis do corrente, pelo meio dia, á porta do tribunal judicial d’esta villa, nos autos de acção executiva por divida

; foros que D. Antonio i Castro Pinto Sanches

Chatilhou, residente em Lisboa, move contra José Rodrigues Prosodio e mu­lher, residentes no sitio de Fernão Ferro, se ha de ven­der e arrem atar em hasta publica a quem maior lan­ço offerecer sobre o valor da sua avaliação, uma por­ção de terreno composto de vinha, terra de semea­dura e cazas, tudo em mau estado, sito na Barra Cheia, freguezia d’Alhos Vedros, foreiro ao auctor em 2$455 réis e uma gal­linha ou duzentos réis por ella, annualmente, avalia­do em 86$900 réis.

Pelo presente são sita- dos os crédores incertos para assistirem á dita arre­matação e ahi uzarem- dos seus direitos.

Aldegallega do Ribatejo, 3 de abril de 1903.

O ESCRIVÁO

Anlonio Augusto da Silva Coelho.

Verifiquei a exactidão.

O JUIZ D E D IR E IT O

i.° substituto

Antonio Tavares da Silva.

C A R V Ã O DE ROCKDas Companhias Reuni­

das G az e Electricidade de Lisboa, a 5 0 0 réis ca­da sacca de 45 kilos.

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— * A L D E G A L L E G A *—

JOSE DA SILVA 1 I B 1 E 0 & FILHOIO4

RELOJOARIA E OURIVESARIAS e m r iv a l

O proprietário d’este estabelecimento ro^a aos seus fre guezes a fineza de não comprarem em outra parte, mesmo em Lisboa, sem que prim eiro experimentem os modicos pre­ços d'este estabelecimento; porque no presente anno deter­minou fazer propaganda, muito util p it-a os seus freguezes: em prim eiro logar em vendas de ouro e prata, relogios e ou­tros artigos. Se comprarem mais barato em outra qualquer parte, devolve-se o seu dinheiro. Succede o mesmo em tra­balhos de relojoaria e ourivesaria. Soldas/em ouro e em pra­ta a 100 réis. Trabalhos para 03 coilegas,'20 p. c. de descon­to. Garantem-se os trabalhos sob pena de se devolver as im­porta icias justas, quando estes não estejam á vontade. Aos seus freguezes recommenda estar ás ordens para qualquer trabalho de occas áo.

T O D O S OS T R A B A L H O S S E G A R A N T E M PO R UM ANNO

P R A Ç A S E R P A F I N T O — Aldegallega

G M ID E7 ARMAZÉM DO COMMERCIO .!) — * D E

JOAO ANTONIO RIBEIRO5 9 , P R A Ç A S E R P A . P I N T O , 5 9 — A L D E G A L L E G A

in g u e m duvida que é este o estabelecimento que m elhor satisfaz as exigencias do publico, não só por nelle se encontrar todos os artigos que lhe dizem respeito como pela modicidade de preços por que são vendidos. Acaba elle de receber um gran­de e variadíssimo sortimento de fazendas da sua especialidade, constando dos seguintes artigos:

A s lindas saias de feltro bordadas afilo^elle e muitos outros artigos de modas e confeccões.

’ Ú L T IM A N O V ID A D E ! U L T IM A N O V ID A D E !Recommenda os finos diagonaes, estambres e cheviotes pretos, e bem assim

as finissimas sedas pretas, alpacas e armures.A este estabelecimento acaba de chegar um valioso fornecimento de machi­

nas de costura, o que ha de melhor. Vendas a prestações e a prompto com gran­des descontos.

Fesdo m ais barato!!!... T udo m ais barato!!!...

T O D A S AS N O I T E S H A E X P O S I Ç Ã O ! ! !Com pleto sortimento de cobertores de lã de differentes qualidades, havendo

com desenhos de completa novidade.Retrozeiro, fanqueiro e mercador. Encontram-se todos estes artigos no que ha

de mais moderno.

G R A N D E ARM AZÉM D O C O M M E R C IO«9oão Asstoisio I l i b e i r o

Praça Serpa Pinto, 5g, AldegallegaS E N H A B R IN D E .— Todos os freguezes teem direito a

uma senha por cada compra de 200 rs. ’

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Toucas, capas e vestidos Chailes e lenços para senhora

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RELOJOARIA GARANTIDADE 102

A V E L IN O M A R Q U E S C O N T R A M E S T R E

Relogios de ouro. de prata, de aço. de nickel, de plaquet, de phanta- sia. am eriíanos. suissos de parede, maritimos, despertadores americanos, des­pertadores de phantasia, despertadores com musica, suissos de algibeira com corda para oito dias.

Recom.nenda-se o relogio de A V E L IN O M A R Q U E S C O N T R A M E S T R E , um bom escape d’ancora muito forte por 5Sooo réis.

Oxid m-se caixas d’aço com a maxima perfeição. Garantem-se todos os concertos.0 p ro p r etario d'est?; relojoaria compra ouro e prata pelo preco mais elevado.

l — K U A . D O F O Ç O — 1 - ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

COMERCIOTendo augmentado consideravelmente o sortimento deste conhecido e van­

tajoso estabelecimento, os seus proprietários, sem apregoar milagres, veem mais uma vez por este meio, pedir ao publico em geral que, quando qualquer com pra tenham de fazer ainda que insignificante, visitem e;te estabelecimento, afim de se integrarem das qualidades e preços por que são vendidofe os s j u s artigos. Não an- nunciam qualidades e preços impossiveis de se apresentarem ao com prador nem tão pouco com o fim de chamar a attenção do publico costumam annunciar o que não teem nem podem ter. Para prova da seriedade deste estabelecimento, são sufficientes as ausências feitas pelos seus freguezes, ainda mesmo os menos dedi­cados.

Vendem a todos pelo mesmo preço. Não dão brindes porque para isso ser- lhes-hia forçoso augm entar a percentagem sobre os artigos a vender e dahi re­sultaria não poderem fazer os preços que estão fazendo.

Como é sabido tem este estabelecimento, que garante vender muitos arligos ain­da mais baratos que em Lisboa, as secções de Fanqueiro— sortido grande; Retro- zeiro— não existe outro estabelecimento local com maior e mais completo sortimento; Modas— comquanto seja a secção de menos existencia, estão os proprietários muito satisfeitos com as suas escolhas; M ercador— sortimento sem rival, tendo já recebido alguns artigos para a estação de verão; Calçado— sortido efabricação esmerada, pois que os proprietários mandam fabricar p o r sua conta, motivo de garantia para a sua venda; Chapelaria— ha collecções dos formatos mais usados. Tem mais alguns artigos de D ecorador, taes como: passadeiras, jutas para reposteiros, pannos para meza, vitragens para cortinas, etc., etc.

Ganhar pouco para vender muito! Os muitos poucos fa iem muito!I* re ç o F ix o . T u d o s e m a u d a a e a s a d o ffregasez e d ã o - s e asasostfrâss cobíi p r e -

ços a apaeiai as re«|iaisiíarR U A D IR E IT A , 88 e 9 0 — R U A D O C O N D E , 2, A L D E G A L L E G A

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C a p i lé . l i t r o 'IS O r e i s . eosn g a r r a f a r é i sE M A IS B E B ID A S D E D IF F E R E N T E S Q U A L ID A D E S

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Encarrega-se de todos os trabalhos concernentes á sua arte.

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ESTEVÃO JO SE DOS REIS- «-COM *— y

mUWlh A L D E G A L L E N S EDE

• José A nton io N u n e s

N ’esle estabelecimento encontra-se á venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimá­veis fregueses e ao respeitável publico em geral.

Visite pois o publico esta casa.19 —L-A.X? G-O DA E G ilE JA -

A ld e g a l le g a «lo 81 if ra íc jo■1 9*A

JOSÉ DA ROCHA B ARBOSACosas o iíflcina «le C o r r e e i r o e S e i i e i r o

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qualidades, petroleo, sabão, cereaes, legumes, mantei- gas puras de leite da Ilha da Madeira e da Praia d’An- cora e queijos de differentes qualidades.

Todos estes generos são de prim eira qualidade e vendidos por preços excessivamente baratos.

------ ... . v. ---------

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D I A R I O D E NOTICIASA GUERRA ANGLO-BOER

Impressões do Transvaal

Interessantíssima narração das luc tas entre inglezes e boers, «illustrada» om numerosas zini o-gravur; s de «homens celebres» do I ransva.il e do

Orange. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mais cruenta-, daG U E R R A A X G L O -B O E R

P o r um funccionario da C ru z Verm elha ao serviçodo Transvaal.

Fasciculos semanaes de 16 paginas................. 3o réisTomo de 5 fasciculos ......................................... i 5o »A G U E R R A A N G L O B0 E R é a obra de mais palpitante actualidade.

N'ella são descriptas, «por uma testemunha presencial», as difíerentes phases e acontecimentos emocionantes da terrível guerra que t e m espanta Jo o mundo inteiro.

A G U E R R A A N G LO -l 0 E R faz passar ante os olhos do leitor todas as «grandes bat: lhas, combates» e «escaramuças» d'esta prolongada e acerrintH lueta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios de heroísmo e tenacidade, em que sáo egualmente admiraveis a coragem e de­dicação patriótica de vencidos e vencedores.

Os incidentes variadíssimos d’esta contenda e itre a poderosa Inglater ra e as duas pequ nas republicas sul-africanns, decorrem atravez de verda­deiras per pecias. por tal maneira dramaticas e pittorescas, que dão á GUER­RA A N G L O -B O E R . conjunctamente com o irresistível attractivo dum a nar­rativa histórica defs nossos d as, o enranto da leitura romantisada.

A Bibliotheca cio D IA R IO DE N O T IC IA Sapresentando ao publico esta obra em «esmerada edição,» e por um preço di­minuto, julga prestar um serviço aos .numerosos leitores que ao mesmo tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito conhecimento dos successOj que maL interessam o mundo culto n t actualidade.

Pedidos á Emprega do D IA R IO D E N 0 1 IC IA S Rua do D iario de Noticias, 110 — L IS B O A

Agente em Aldegallega — A. Mendes Pinheiro Junior.