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IMPORTÂNCIA DA EFICIÊNCIA DA ARRECADAÇÃO DAS RECEITAS PRÓPRIAS MUNICIPAIS

PARA O EQUILÍBRIO FISCAL

Conselheiro Moises Maciel 1

CONSTITUIÇÃO DE 1988.

Os Municípios, não só, tem o direito a arrecadar assuas receitas, como também tem a obrigação constitucional de fazê-lo.

A cobrança e a arrecadação das suas receitas próprias são, portanto, obrigação doagente público municipal – com penalidades previstas na lei para quem não o fizer.


A EFICIÊNCIA DA ARRECADAÇÃO DAS RECEITAS PRÓPRIAS E SEUS REFLEXOS

A melhoria e a eficiência contínua da arrecadação das receitas próprias municipais e o controle dos gastos públicos, com certeza,

garantem o equilíbrio fiscal de qualquer governo.

E mais, toda a gestão que conseguir colocar em prática estas duasações, não só terá o almejado equilíbrio fiscal, como também, proporcionará

melhorias para a sociedade, garantindo os seus direitos fundamentais.


DIREITOS FUNDAMENTAIS – CONCEITO

Direitos fundamentais são os direitos básicos individuais, sociais,políticos e jurídicos que são previstos na Constituição Federal deuma nação.


BOM GOVERNO = DIREITO FUNDAMENTAL

• Não basta gerir nos padrões tradicionais, há de se ir além, gerir comcompetência e capacidade real de produzir resultados concretos,adotar padrões de boa governança, incorporar técnicas gerenciaisaos seus processos.


UMA BOA ARRECADAÇÃO DAS RECEITAS PRÓPRIAS É BASE DE SUSTENTAÇÃO PARA UM BOM GOVERNO QUE RESPEITA OS

DIREITOS FUNDAMENTAIS

• Arrecadação satisfatória das receitas próprias, faz com que o administrador tenha recursossuficientes para realizar as políticas públicas previstas e esperadas pela população;

• Outro tipo de ação estatal/governamental, nova atitude, surgimento de novas necessidades enovas demandas da sociedade.

• Governar - deixa de ser apenas aquele que mantem a ordem, garante direitos individuais esociais mínimos, regrar a ordem social e econômica em princípios e grandes linhas, começa aatuar com a chamada funcionalidade de gestão.

• Surge a chamada funcionalidade de gestão - não basta governar nos padrões tradicionais,tem que ir além.

• Ir além - gerir com competência e capacidade real de produzir resultados concretos, adotarpadrões de boa governança, incorporar técnicas gerenciais aos seus processos.

6Conselheiro Moises Maciel

A EFICIÊNCIA DA ARRECADAÇÃO DAS RECEITAS PRÓPRIAS E SEUS REFLEXOS


AÇÕES PARA A MELHORIA DA RECEITA PRÓPRIA MUNICIPAL


- Não instituir, prever e arrecadar impostos de sua competência leva a suspensão de transferências voluntárias;

- Ação de Improbidade Administrativa;

- Sanções previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal;

- Sanções junto ao Tribunal de Contas;

- Judicialização na área Saúde;

- Falta de capacidade financeira para atender as políticas públicas propostas no orçamento;

- Não atender os direitos fundamentais do cidadão;

- Dependência financeira temerária das transferências da união e estado;

- Impugnações de lançamentos;

- Sanções com relação a débitos, dívidas prescritas.


RISCOS INERENTES A UMA MÁ GESTÃO NAARRECADAÇÃO DAS RECEITAS PRÓPRIAS


Tribunal de Contas vê falhas na arrecadação de impostos e vai auditar cidades mineiras.

• “A palavra é desconehcimento”, disse o presidente do tribunal, Cláudio Terrão, destacando que o despreparo de prefeitos é uma das principais causas. Abaixo, o G1 lista dados informados pelo TCE, explica pontos do diagnóstico, repercute com as cidades e ouve um especialista sobre a legislação. (https://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/tribunal-de-contas-ve-falhas-na-arrecadacao-de-impostos-e-vai-auditar-cidades-mineiras.ghtml)

•


LEVANTAMENTO DO TCE/MG

853 Municípios / Período de 2013 a 2016

• 1) Em cada 4 Municípios a arrecadação de IPTU foi de ZERO reais;

• 2) Em 568 dos 853 Municípios, as receitas provenientes de transferências da União e do Estado, correspondeu a mais de 80% do total arrecadado;

• 3) Em 163 cidades os repasses da União e do Estado representaram mais de 90% do total da arrecadação;

• 4) Em 2016, 75 das 853 cidades mineiras arrecadaram menos de R$ 5.000,00 de IPTU;

• 5) Em 116 Municípios a receita arrecadada com todos os impostos não ultrapassou 70% da estimada.


Firjan revela que apenas 95 municípios brasileiros têm excelência na gestão orçamentária

“A situação fiscal é difícil ou crítica para quase 65% dos municípios brasileiros, enquanto a excelência na gestão fiscal estárestrita a 2% das cidades do país.” (https://iaf.jusbrasil.com.br/noticias/3058857/firjan-revela-que-apenas-95-municipios-brasileiros-tem-excelencia-na-gestao-orcamentaria)

Um terço dos municípios do País não gera receita nem para pagar salário do prefeito“Em cidades com menos de 20 mil habitantes, mais de 90% da receita vem de transferências da União e dos Estados,segundo dados da Firjan; no Congresso, está em tramitação um projeto de lei que permite a criação de mais 400municípios” (https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,um-terco-dos-municipios-do-pais-nao-gera-receita-nem-para-pagar-salario-do-prefeito,70002473456)


https://iaf.jusbrasil.com.br/noticias/3058857/firjan-revela-que-apenas-95-municipios-brasileiros-tem-excelencia-na-gestao-orcamentaria

Em 2016, 81,7% dos municípios brasileiros, ou seja, 3.714, não geraram nem 20% de suas receitas. Estadependência é maior quanto menor é o tamanho do município, conforme ilustra o gráfico 2.

Conselheiro Moises Maciel

Até 5 mil De 5 a 10 mil De 10 a 20 mil De 20 a 50 mil De 50 a 100 mil De 100 a 500 mil Mais de 500 mil Numero de habitantes

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Gráfico 2: Receita Própria% RCL – Por porte de municípios (Média)

• Temos municípios com base econômica forte e que têm condição de fazer umaboa arrecadação, enquanto há outros que têm uma administração tributária boa,mas a base econômica é fraca.

• Assim sendo, não basta que a cidade tenha uma boa base de taxação – comopor exemplo a existência de mansões para cobrar o IPTU ou a prestação deserviços chamados sofisticados, como uma consultoria especializada – se nãohouver um bom mecanismo de fiscalização que resulte na arrecadação.

• É preciso que os municípios se preparem para os impactos de um grandeinvestimento, tendo consciência de que aquilo pode se tornar algo temporário, ea arrecadação voltar a cair. O que acontece é que na maior parte dos casos oplanejamento não é feito e as despesas, por outro lado, podem se tornarpermanentes.

• A maioria das cidades vivem com as contas no vermelho, especialmente no fimde ano, quando se veem diante da impossibilidade de adiar dívidas para o anoseguinte.



ARRECADAÇÃO PER CAPITA – RECEITA PRÓPRIA - 2016

Fonte AMM-MT

ARRECADAÇÃO PER CAPITA – RECEITA TOTAL – 2016 Fonte IGFM-MT/TCE–AMM-MT


MUNICÍPIO População RECEITA TOTAL Per capita

1 CUIABA 580.489 1.830.922.245,52 3.154,10

2 RONDONOPOLIS 215.320 634.840.045,99 2.948,35

3 SINOP 129.916 332.965.549,51 2.562,92

4 VARZEA GRANDE 268.594 460.624.067,80 1.714,94

5 SORRISO 80.298 259.564.148,88 3.232,51

6 LUCAS DO RIO VERDE 57.285 200.532.148,55 3.500,60

7 TANGARA DA SERRA 94.289 217.096.338,48 2.302,45

1 CUIABA 580.489 120.046.652,28 33.562.320,65 256.370.131,82 36.213.940,73 28.014.617,12 474.207.662,60 816,91

2 RONDONOPOLIS 215.320 31.562.276,47 11.974.786,52 63.522.760,01 9.604.039,33 16.595.753,73 133.259.616,06 618,89

3 SINOP 129.916 32.589.223,36 6.626.683,20 37.503.401,33 8.757.974,35 9.444.021,99 94.921.304,23 730,64

4 VARZEA GRANDE 268.594 12.236.276,68 6.263.618,54 33.046.712,63 8.697.382,71 8.107.819,35 68.351.809,91 254,48

5 SORRISO 80.298 10.601.836,69 5.671.068,97 25.475.093,60 4.386.665,48 2.118.695,92 48.253.360,66 600,93

6 LUCAS DO RIO VERDE 57.285 13.645.242,12 4.354.966,46 15.212.123,44 3.712.426,82 2.946.542,53 39.871.301,37 696,02

7 TANGARA DA SERRA 94.289 10.782.049,85 3.026.997,70 16.146.581,05 3.581.355,14 4.400.558,28 37.937.542,02 402,35

MUNICÍPIO População IPTU ITBI ISSQN Taxas Dívida Ativa Total Per capita

ARRECADAÇÃO PER CAPITA – RECEITA PRÓPRIA - 2016


10 CACERES 90.518 3.929.815,84 2.117.958,12 10.808.772,21 4.714.831,69 3.594.229,92 25.165.607,78 278,02

ARRECADAÇÃO PER CAPITA – RECEITA TOTAL – 2016


SONEGAÇÃO FISCAL DESTRÓI O BRASIL

• - NÚMEROS: (2016) ENTRE 400 E 500 BILHÕES DE REAIS.....

• (FONTE – Procuradoria da fazenda Nacional).

• - FLUXO ANUAL DE “DINHEIRO SUJO” (TRÁFICO DE DROGAS, CORRUPÇÃO, PROSTITUIÇÃO, ETC), PARA O EXTERIOR: U$ 900 BI.

• 100 BILHÕES DE REAIS POR ANO SERIAM SUFICIENTES PARA TIRAR O BRASIL DA CRISE FISCAL


PENA PARA SONEGADOR - IMPUNIDADE

• BRASIL – 2 A 5 ANOS . COM O PAGAMENTO DEIXA DE EXISTIR O CRIME.

• NA ALEMANHA – PENA MÁXIMA DE 10 ANOS.

• NO BRASIL, PORTANTO SONEGAR NÃO É CRIME POIS COM O PAGAMENTO A PENA NÃO SERÁ APLICADA.

• MESMO COM A EXISTÊNCIA DE FRAUDE DEIXA DE EXISTIR O CRIME COM O PAGAMENTO


• “Sonegar impostos não é crime. Só passa a ser crime quando há expediente fraudulento”, explica Bianca Xavier, sócia do setor tributário do escritório Siqueira Castro. “Se você paga o tributo está isenta a punibilidade mesmo quando houve fraude”, explica.

• “Entendo que ainda há uma sensação de impunidade”, complementa Arnaldo Marques de Oliveira Neto, coordenador acadêmico do MBA em Gestão Financeira e Econômica de Tributos da FGV Management.



UM BOM GOVERNO

25

“O mundo não é dos espertos, é das pessoas honestas e

verdadeiras. A esperteza, um dia, é descoberta e vira vergonha.

A honestidade se transforma em exemplo para as futuras

gerações. Uma corrompe a vida; a outra enobrece a alma.”

autor desconhecido

OBRIGADO PELA ATENÇÃO !

Moises Maciel

Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso

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