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NÚMERO 5 -ANO 1 - MENSAL - MARÇO DE 2010 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 8 8 8 IMPRESSO DAS COMUNIDADES COMUNIDADES COMUNIDADES COMUNIDADES COMUNIDADES 8 8 8 MAR MAR MAR MAR MAR Ç Ç Ç O/2010 O/2010 O/2010 O/2010 O/2010 IMPRESSO DAS COMUNIDADES Apóie uma boa idéia! Anuncie aqui: [email protected] Movimentos sociais se reúnem para organizar sua participação no Fórum Social Urbano Pág.7 Ocupação Mama África luta por seu direito à moradia Pág. 5 Esporte e comemoração na Alarico de Souza Pág. 4 e 6 Pág. 3 Dando um rolé A Ititioca dá exem- plo de organização e promove grande manifesto Ciara (foto no detalhe, a direita) ficou feliz de ver a comunidade unida. Pág. 8 Quase 54 horas sem luz. Por: Fabio da Silva Barbosa Fotos: Fafá Moradores organizando a manifestação em frente a câmara municipal de Niterói De 14/03, domingo, até 16/03, terça, a comunidade da Ititioca (Rua D, Rua A, Vila Costa Monteiro, Rua Belo Horizonte e Rua Francisco Julião), Capim Melado e parte do Morro do Céu ficaram sem luz. Mais de dois dias de completa escuridão. Muitas pessoas perderam alimentos que tinham de ser mantidos na geladeira e comerciantes tiveram prejuízo com mercadorias que se estragaram. A questão só foi resolvida depois da comu- nidade organizar uma série de protestos. Durante esse tempo, foram feitos pedidos para a companhia responsável com- parecer ao local e resolver o assunto, mas não obtiveram resposta. Fecharam a rua, protestaram, mas nada foi feito. “Então entramos no ônibus e fomos para a Câmara dos Vereadores.” Conta Ciara, importante liderança comunitária que já esteve anteriormente em nossas páginas rei- vindicando melhorias para sua comunidade. E ela completa: “Nos manifestamos em frente a Câmara, em frente a Prefeitura e ainda fomos para a AMPLA. Só assim conseguimos resolver nosso problema. Aí eles vieram de manhã e ficaram até acabar de dar um jeito em tudo. Podaram árvores. Até um poste que tinha caído desde o Carnaval eles consertaram” Mas, Ciara destaca que o que mais gostou nisso tudo foi ver a união dos moradores locais. “O que mais me deixou feliz foi ver todo mundo junto. Tinham mais de 500 pessoas. Foi muito bonito. Eu queria agradecer muito a comunidade por isso.” Apesar da satisfação pelas con- quistas nessa batalha, Ciara tem consciência de que ainda há muito a ser feito. A água é outra preocupação que há muito tempo vem trazendo transtornos aos moradores. “Não cai água no posto do Médico de Família, no Colégio Vila Costa Monteiro, nem na CLIN.” Indigna-se. Outros pontos afetados pela falta d’água, ainda segundo ela, é a comunidade do Capim Melado e parte do Morro do Céu. “Na Rua D, metade tem água e metade não tem”. “Vamos fazer uma reunião para estudar o conflito da falta de água. Caso os respon- sáveis não solucionem o caso, vamos voltar a fazer barulho. Ninguém aguenta mais. Essa é nossa próxima meta.” Projeto Recomeçar e Grupo Unidos da Ititioca Parceria por uma comunidade melhor No mês de aniversário do Grupo de Futebol Unidos da Ititioca, Flávio de Araújo Silva, o popular Fafá, um dos representantes do Projeto Recomeçar e integrante do Grupo de Futebol, nos levou para um papo com alguns representantes deste. “O Grupo formado há 8 anos com o propósito de lazer entre amigos, tem aproximadamente 80 membros e não existe apenas como alternativa de entretenimento. Também promove iniciativas sociais, como a arrecadação de cestas básicas para pessoas necessitadas. O grupo ainda forneceu coletes e bola para o futebol de crianças do Recomeçar. O qual apoiamos plenamente.” Disse Izaías Ramalho da Conceição. “Nosso Grupo é responsável pela manutenção do único campo comunitário da Ititioca. Apesar desses esforços, ainda convivemos com dificuldades, como o córrego de esgoto em torno do campo, falta de alambrados, buracos, entre outros”. Afirma Jacksom Ferreira. Outro integrante, Leonardo Leite Cardoso, diz que durante a existência do Grupo, promessas foram feitas por políticos, mas nenhuma cumprida até hoje. Para finalizar, Fafá alegou que esse espaço é um dos poucos pontos de lazer que existem na comunidade, usado inclusive por crianças do Recomeçar e pede providências urgentes as autoridades. Esgoto em torno do campo gera dificuldades Projeto Recomeçar promove ação social na Ititioca em parceria com o Projeto Crer-sendo e a Escola Vila Costa Monteiro Por: Fabio da Silva Barbosa Fotos: Fabio da Silva Barbosa Mestre Akuma dá show de capoeira com seus alunos Parceria que deu certo Projeto Recomeçar, Projeto Crer- Sendo e escola Vila Costa Monteiro. Unidos pelo bem Fafá “Essa ação social irá acontecer todo 3° sábado de cada mês, trazendo alegria e bem estar aos moradores da Ititioca.” Maude “Para mim, está sendo uma integração muito boa. Temos o atendimento terapêutico e a aplicação de flúor que são importantes e a pessoa nem sempre tem condições de ter acesso.” Marília Aparecida Ação Comunitária Pág.8 Lucinho Jorginho Ciara Por: Fabio da Silva Barbosa Fotos: Fafá

Impresso Das Comunidades 5

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NÚMERO 5 -ANO 1 - MENSAL - MARÇO DE 2010 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

88888 IMPRESSO DAS

COMUNIDADESCOMUNIDADESCOMUNIDADESCOMUNIDADESCOMUNIDADES88888 MARMARMARMARMARÇÇÇÇÇO/2010O/2010O/2010O/2010O/2010

IMPRESSO DAS

COMUNIDADES

Apóie uma boa idéia! Anuncie aqui: [email protected]

Movimentos sociais se reúnempara organizar sua participação

no Fórum Social Urbano Pág.7

Ocupação MamaÁfrica luta por seudireito à moradia Pág. 5

Esporte e comemoração na Alaricode Souza Pág. 4 e 6

Pág. 3

Dando um rolé

A Ititioca dá exem-plo de organizaçãoe promove grandemanifestoCiara (foto no detalhe, a direita) ficou feliz dever a comunidade unida.Pág. 8

Quase 54 horas sem luz.Por: Fabio da Silva BarbosaFotos: Fafá

Moradores organizando a manifestaçãoem frente a câmara municipal de Niterói

De 14/03, domingo, até 16/03, terça, acomunidade da Ititioca (Rua D, Rua A, VilaCosta Monteiro, Rua Belo Horizonte e RuaFrancisco Julião), Capim Melado e parte doMorro do Céu ficaram sem luz. Mais de doisdias de completa escuridão. Muitas pessoasperderam alimentos que tinham de sermantidos na geladeira e comerciantes tiveramprejuízo com mercadorias que se estragaram.A questão só foi resolvida depois da comu-nidade organizar uma série de protestos.

Durante esse tempo, foram feitospedidos para a companhia responsável com-parecer ao local e resolver o assunto, masnão obtiveram resposta. Fecharam a rua,protestaram, mas nada foi feito. “Entãoentramos no ônibus e fomos para a Câmarados Vereadores.” Conta Ciara, importanteliderança comunitária que já esteveanteriormente em nossas páginas rei-

vindicando melhorias para sua comunidade.E ela completa: “Nos manifestamos emfrente a Câmara, em frente a Prefeitura eainda fomos para a AMPLA. Só assimconseguimos resolver nosso problema. Aíeles vieram de manhã e ficaram até acabarde dar um jeito em tudo. Podaram árvores.Até um poste que tinha caído desde oCarnaval eles consertaram”

Mas, Ciara destaca que o que maisgostou nisso tudo foi ver a união dosmoradores locais. “O que mais me deixoufeliz foi ver todo mundo junto. Tinham maisde 500 pessoas. Foi muito bonito. Eu queriaagradecer muito a comunidade por isso.”

Apesar da satisfação pelas con-quistas nessa batalha, Ciara temconsciência de que ainda há muito a serfeito. A água é outra preocupação que hámuito tempo vem trazendo transtornos aosmoradores. “Não cai água no posto doMédico de Família, no Colégio Vila CostaMonteiro, nem na CLIN.” Indigna-se.Outros pontos afetados pela falta d’água,ainda segundo ela, é a comunidade doCapim Melado e parte do Morro do Céu.“Na Rua D, metade tem água e metade nãotem”.

“Vamos fazer uma reunião para estudar oconflito da falta de água. Caso os respon-sáveis não solucionem o caso, vamos voltara fazer barulho. Ninguém aguenta mais.Essa é nossa próxima meta.”

Projeto Recomeçar e GrupoUnidos da Ititioca

Parceria por uma comunidade melhor

No mês de aniversário do Grupo de Futebol Unidos da Ititioca, Flávio de AraújoSilva, o popular Fafá, um dos representantes do Projeto Recomeçar e integrante doGrupo de Futebol, nos levou para um papo com alguns representantes deste.

“O Grupo formado há 8 anos com o propósito de lazer entre amigos, temaproximadamente 80 membros e não existe apenas como alternativa de entretenimento.Também promove iniciativas sociais, como a arrecadação de cestas básicas para pessoasnecessitadas. O grupo ainda forneceu coletes e bola para o futebol de crianças doRecomeçar. O qual apoiamos plenamente.” Disse Izaías Ramalho da Conceição.

“Nosso Grupo é responsável pela manutenção do único campo comunitário daItitioca. Apesar desses esforços, ainda convivemos com dificuldades, como o córregode esgoto em torno do campo, falta de alambrados, buracos, entre outros”. Afirma JacksomFerreira.

Outro integrante, Leonardo Leite Cardoso, diz que durante a existência do Grupo,promessas foram feitas por políticos, mas nenhuma cumprida até hoje. Para finalizar, Fafáalegou que esse espaço é um dos poucos pontos de lazer que existem na comunidade,usado inclusive por crianças do Recomeçar e pede providências urgentes as autoridades.

Esgoto em torno do campo gera dificuldades

Projeto Recomeçar promove ação social na Ititioca em parceriacom o Projeto Crer-sendo e a Escola Vila Costa Monteiro

Por: Fabio da Silva BarbosaFotos: Fabio da Silva Barbosa

Mestre Akuma dá show de capoeira comseus alunos

Parceria que deu certo

Projeto Recomeçar, Projeto Crer- Sendoe escola Vila Costa Monteiro.

Unidos pelo bem

Fafá“Essa ação social irá acontecer todo 3°sábado de cada mês, trazendo alegria e bemestar aos moradores da Ititioca.” Maude“Para mim, está sendo uma integração muitoboa. Temos o atendimento terapêutico e aaplicação de flúor que são importantes e apessoa nem sempre tem condições de teracesso.” Marília Aparecida

Ação Comunitária Pág.8

LucinhoJorginho

Ciara

Por: Fabio da Silva BarbosaFotos: Fafá

ALÉM DOS MUROS - JUL/09ALÉM DOS MUROS - JUL/09ALÉM DOS MUROS - JUL/09ALÉM DOS MUROS - JUL/09ALÉM DOS MUROS - JUL/09

EDITORIAL Escrevendo cartas

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Vi o número 3 agora.Ficou muito legal a capa.Destaque para as letras.Varzea das Moças tá assim mesmo?Jomar VicenzaNiterói, RJ

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Valeu!Ficou show a matéria!Cris SamanArtista Plástico

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Material bem legal!Ótimas idéias!É isso aí!Gledson ViniciosJornalista ComunitárioRio de Janeiro

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Eu, Máximo de Freitas, marceneiro,Residente na Rua Geraldo Martins, 43,Jardim Icaraí, estou há muito tempocurtindo este pronunciamento que vemde pessoas sérias, com compromisso

com um ideal e com o respeito com oseu leitor. Espero que vocês tenham umfuturo mais que promissor. É tudo queeu desejo para este veículo mais queimportante para mim.ParabénsMáximo de FreitasMarceneiroRua Geraldo Martins, 43, JardimIcaraí, Niterói, RJTel: 2710-0224

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Hoooooooooo...Parabéns!Bruno BotelhoPé PequenoNiterói, RJ

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Olá, Fábio!Recebi ontem à noite o envelope com o‘Impresso das Comunidades’. Parabénspelo ‘layout’ chamativo da capa/contracapa. Obrigado pela reportagem.Amanhã levarei os exemplares àreunião do Conca. Ficamos àdisposição para troca de idéias e expe-riências comunitárias.Mantenhamos o contato.Antônio Manoel GóesC O N C ARio de Janeiro

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Penso que o trabalho que vocês têmfeito é ótimo.Tenho certeza que muita gente tambémconsidera muito bom.Fernando GualdaMúsicoIrlanda

ESTE ESPAÇO É SEU. E-MAIL: impressodascomunidades

@hotmail.com

Fórum Social UrbanoPor: Fabio da Silva Barbosa / Foto: Fabio da Silva barbosa

Movimentos e organi-zações sociais do Riode Janeiro estão semobilizando para oFórum Social Urbano,que acontecerá do dia23 a 26 deste mês, noCentro Cultural daAção da CidadaniaContra a Fome, na RuaAvenida Barão de Tefé75, Bairro da Saúde.Trata-se de armazém portuário edificado em1871, restaurado em 2002, que hoje acolheeventos políticos, artísticos e culturais. Oespaço tem 14.000 metros quadrados,oferecendo amplas condições para a realizaçãode várias atividades simultâneas, colocaçãode banquinhas, etc.O Fórum terá como objetivo possibilitar odiálogo, a troca de experiências, a expressãoda diversidade e fortalecer as articulações demovimentos sociais e organizações do mundointeiro.

O Fórum estará firmado sobre quatro eixos:- Criminalização da Pobreza e ViolênciasUrbanas- Megaeventos e a Globalização das Cidades- Justiça Ambiental na Cidade

Estivemos no último dia 2 em umareunião, no escritório do MST, no Centrodo Rio, que contou com membros do co-letivo LUTARMADA e do APAFUNK.Entre os temas discutidos para organizaremsua participação no evento, o lançamentoda campanha “PELO FIM DA GUERRAINTERNA DA PERIFERIA” e uma noitecultural, com apresentações de Funk e HipHop, estiveram na pauta.

“O LUTARMADA é um coletivo dehip hop de orientação comunista, quenasceu com o objetivo de se mobilizar paraluta contra-hegemônica, tendo comoinstrumento as nossas atividadesartístcas.” Explica Gas-PA

Por: Fabio da Silva BarbosaA partir deste exemplar, começamos

uma nova fase. Reparamos alguns erros e ali-mentamos a certeza de que o único caminhoque poderíamos chamar de correto, é ocaminho apontado por nossos corações, ocaminho que acreditamos. Carrego comigo,mais do que nunca, a convicção de que essaviagem pela estrada da comunicaçãocomunitária é primordial na busca por umaimprensa livre e autônoma

Até aqui está tudo ótimo e evoluindocomo deve ser. Agora é a hora da má notícia.Novamente me encontro sozinho nessaaventura. Por imposição das necessidades davida, meu companheiro Alexandre Mendesprecisou se afastar do jornal. Mas ele continuana luta. Organizando um grupo de trabalhona comunidade Bela Vista, em São Gonçalo,vem tentando sanar os problemas locais. Todasorte do mundo para ele e para nós todos.

* “… Tudo é um entre um milhão de ca-minhos. Portanto, você deve sempre manterem mente que um caminho não é mais do queum caminho; se achar que não deve segui-lo,não deve permanecer nele, sob nenhuma cir-cunstância. Para ter uma clareza dessas, é pre-ciso levar uma vida disciplinada. Só entãovocê saberá que qualquer caminho não passa

de um caminho, e não há afronta, para sinem para os outros, em largá-lo, se éisso que o seu coração manda fazer. Massua decisão de continuar no caminhoou largá-lo deve ser isenta de medo e deambição.

Olhe bem para cada caminho, ecom propósito. Experimente-o tantasvezes quanto necessário. Depois,pergunte-se, e só a si, uma coisa... Dir-lhe-ei qual é: Esse caminho temcoração? Todos os caminhos são osmesmos... Atravessam o mato, ou entramno mato. .. Já passei por caminhoscompridos, mas não estou em lugaralgum.

A pergunta de meu benfeitoragora tem um significado. Esse caminhotem um coração? Se tiver, o caminho ébom; se não tiver, não presta. Ambos oscaminhos não conduzem a parte alguma;mas um tem coração e o outro não. Umtorna a viagem alegre; enquanto você oseguir, será um com ele. O outro o farámaldizer a sua vida. Um o torna forte, ooutro o enfraquece.”

*Retirado do livro:“Os ensinamentos de Don Ruan.”De Carlos Castañeda

DIAGRAMAÇÃO: FABIO DA SILVA BARBOSA

REVISÃO: ANTÔNIO PAULO DOS SANTOS FILHO

DIRETOR: FABIO DA SILVA BARBOSA

EDITOR: FABIO DA SILVA BARBOSA

JORNALISTA RESP.: Fabio da Silva Barbosa Registro: 31310/RJ

EXPEDIENTE

Wesley Delírio Black e Gas-PA trocando uma idéia sobre o lançamento,no Fórum Social Urbano, da campanha “PELO FIM DA GUERRAINTERNA DA PERIFERIA”

- Grandes Projetos Urbanos, ÁreasCentrais e Portuárias

PELO FIM DA GUERRAINTERNA DA PERIFERIA

“A gente vive se matando, irmão, por quê? Não me olheassim, eu sou igual a você.” (Racionais)

Por: Fabio da Silva Barbosa

Um grande empenho pela campanha“PELO FIM DA GUERRA INTERNA DAPERIFERIA” já começou aqui no Rio deJaneiro. A idéia tem todo o apoio do coletivode Hip Hop carioca “LUTARMADA”. Quetêm integrantes como Wesley Delírio Black,que conhece muito bem essa realidade.Morador de Acari, ele contou que veio deuma cidade onde a violência juvenil era muitogrande em Minas Gerais. “De onde eu vimtodo mundo tinha uma galera. Quem não tinhatava perdido. E era briga de galera contragalera o tempo todo. Saí de lá para me afastardisso.”

O movimento “Hip Hop MilitanteQuilombo Brasil”, do Maranhão, temdivulgado muito essa campanha. Ele lançouum manifesto explicando toda a situação efazendo uma proposta de paz para podertrabalhar em cima de uma luta por melhorescondições de vida para todos. Aqui no Rio aidéia já ganhou também a adesão doAPAFUNK (Associação dos Profissionais eAmigos do Funk), movimento que surgiupara lutar contra o preconceito que existia emcima do ritmo. Nodia 23, deste mês, o Coletivo

LUTARMADA estará lançandoofialmente a campanha no Fórum SocialUrbano, Rio de Janeiro, durante asatividades do dia.

“Manipularam nossasconsciências de tal modo que

não conseguimos ver quemnos explora, quem desvia

dinheiro público, quem faz asleis que só nosprejudicam...”

“Você sabe quantas escolas dariapara construir na periferia com os

R$ 20 milhões que o deputadoEdmar Moreira (DEM-MG) desvioupara construir o seu luxuoso castelomedieval em meio a uma comunidade

pobre? Você sabe quantas casasdaria para construir com os mais de

R$ 300 bilhões que o governoLula tem dado de mãos beijadas

para os donos de bancos?”Contatos com o Quilombo Brasil:www.quilombourbano.blogspot.com

Trecho do manifesto

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COMUNIDADES

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Apóie uma boa idéia! Anuncie aqui: [email protected] A COMUNIDADE SOB A ÓTICA DE QUEM MORA NELA - WWW. deleydeacari.blogspot.com

Caros amigos,Em sintonia com os objetivos doeditor, eis que se abre hoje uma janela,uma oportunidade para novos poetas,prosadores, cantadores da vida,pesquisadores da alma.Sabemos que o poeta existe, está poraí, no meio de vocês, pode ser um devocês, atravessando a rua, andandono mesmo ônibus, com medo damesma polícia, fazendo frente a todasas dificuldades que a espécie enfrentadiariamente.Por que não se mostra?Por que a poesia é, principalmentepara o jovem, uma coisa difícil deperceber. Primeiro, ele pensa que háalguma coisa errada com ele, algumacoisa que o diferencia dos demais.Não lhe chama a atenção tanto asbrincadeiras, os divertimentos, asseduções com que lhe acenam amigose vizinhos. Precisa estar sozinho,muitas vezes. Precisa rabiscar (aindaque não mostre) alguma coisa do quesente. O que será? Como definir oque sente? Como expressarexatamente o sentimento, a idéia?Como se faz um poema? O que é umpoema? E o que é essa angústia (seráangústia?) essa sede que não é deágua?Não adianta resistir e pensar: isso nãoé importante, é inútil, não vai me levara nada. Tenho que terminar o meucurso e dar um jeito na vida. Tenhoque pagar as contas.Sim, amigo poeta, certamente tem.Todos temos. Mas o que se passa emvocê, que é diferente, é que você nãodeve fugir ao chamado da poesia.Não deve achar que é inútil, porqueé dali que sairá a grande alegria e ogrande tormento da sua vida. Dela nãose foge. Ela, sim, pode fugir de você,se não a olhar, se não a acalentar epensar nela todos os dias,procurando traduzir seu sentimento,

expressando seu amor ou sua ira,exaltação ou dúvida.Esta é a primeira coluna, portanto nãotemos ainda nenhuma revelação dequem queira penetrar no universo dapoesia. Para começar, por isso,destino o espaço ao grande poetabrasileiro, nascido em União dosPalmares, nas Alagoas, mas por meroacaso. Onde ele mora mesmo édentro de quem o conhece. Vivo,enorme, imortal, mesmo passados107 anos. Seu nome é Jorge de Limae o poema é:

Por: Helena Ortiz

POESIA PARA QUEM PRECISA

Poemado

nadadorA água é falsa, a água é boa.

A água é mansa, a água é doida,

aqui é fria, ali é morna,

a água é fêmea.

Nada, nadador!

A água sobe, a água desce,

a água é mansa, a água é doida.

Nada, nadador!

A água te lambe, a água te abraça

a água te leva, a água te mata.

Nada, nadador!

Senão, que restará de ti, nadador?

Nada, nadador.

Jorge de Lima

Do livro:“Poemas - Jorge de Lima”[selecão de Gilberto MendoncaTeles]Global Editora e Distr. Ltda1994, SPEnviado por:Fernando Tanajura Menezes

Nada, nadador!

ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTAAAAA

Raymundo Araújo Filho

Mais uma novidade. Agora teremos sempreum cantinho qualquer para entrevistas ecomeçaremos com esse grande ativista, sem-pre empenhado nas lutas populares e porcausas sociais. Infelizmente, por nosso es-paço ser limitado, não conseguimos colocaresse bate papo na íntegra, mas vocês pode-rão conferí-lo de cabo a rabo em breve noblog. Então, vamos em frente que a hora éessa. Quebra tudo.

Veterinário? Ativista? Quem é RaymundoAraújo?Sou um cara que, na verdade DETESTAPolítica. Mas, conheço um ditado que faznão me alienar, e a manter o ativismo. É dovelho Aporelly (O Barão de Itararé – queconheci ainda vivo na ABI, onde era levadopor minha mãe e meu pai) “Os vivos sãoGovernados Pelos MUITO vivos”Sou veterinário homeopata com trabalhosna agricultura e agroindústrias familiaresecológicas, totalmente desempregado eindexado por quem detém praticamente100% das verbas para o setor, isto é, ogoverno e seus apaniguados. É o preço quepago por ter opinião. E não reclamo disso,apenas constato. De onde vem tanta indignação?Acho que da minha criação, influênciasfamiliares e afetivas. E de uma observaçãoda realidade como ela é. Traduzo a minhaindignação na letra de um artista itineranteque conheço, de nome Escaramuça, que diz:

Então como é que é a Paz/ Sem JustiçaSocial?/(bis)

Os Pobres nas Favelas e os SemTerra

Mendigos e Crianças Sem Teto Então Quem Quer a Paz

Sem Justiça Social? É a Burguesia Dona do capital

(bis). Você sempre fez críticas severas em relaçãoa atitude dos movimentos sociais diante dogoverno Lula. Qual atitude , em sua opinião,que esses movimentos deveriam ter com oatual governo? Independência e mobilização popularpermanente, meu caro. Em grandes jornadasde Ação Direta.

Uma expressão que você sempre utiliza, é a

expressão Lulista. O que seria um Lulistatípico?Na verdade é Lullista.O Lullista típico é todo o sacripanta que sediz Socialista ou anticapitalista, mas selocupleta com as alianças com o Capital.Além dos direitistas que descobriram emLulla (e o que ele representa) e seus su-cessores como um maná para continuaremenriquecendo.O resto, não é Lullista. É gente sofrida queaceita, poque não trouxeram outra coisamelhor para eles.

Fale sobre os projetos relativos a memóriae ao nome de JB?Meu inesquecível, dileto e constante amigo,Professor João Batista de Andrade, paramim, representa, além de um generoso eafetivo amigo, um tipo de ativismo que estáem falta no país. Não que eu concordassecom ele em tudo, muito ao contrário até.Mas, o seu trabalho, que em política sechama Frente de Massas, era constante,natural e excelente. Nunca vi uma pessoaformar tantas consciências políticas comoele formava.Assim, fundamos, junto com algunspoucos amigos de verdade, o CentroPopular João Batista de Andrade (CEPO JB),sem registro ou formalidades, que se reúnena Praça Getúlio Vargas, em Icaraí, mais oumenos de 15 em 15 dias, aos Domingos pelamanhã, para acionarmos várias lutascomunitárias, como são a da transformaçãodo Cine Icaraí no Centro Popular de CulturaProf. João Batista de Andrade (CEPOC JB),em iniciativa parecida com a do CineODEON no Rio, barrando a especulaçãoimobiliária que ali pretende fazer umShopping e transformar a Praça GetúlioVargas em uma Garagem Subterrânea. A mensagem final:Não se faz omeletes sem quebrar ovos! Enem revolução, sem enfrentamento.Todos que queiram receber meus artigospolíticos, que escrevam para [email protected]

Na Grota doSurucucu,deslizamentossão frequentes

Um rolé pelas comunidadesProblemas!Problemas!Problemas! Problemas!Por: Fabio da Silva Barbosa

Fotos: Fabio da Silva BarbosaJorge deOliveira,Presidente daSouza Soares,mostra que osproblemastratados emnosso últimonúmero aindapersistem

Além do saneamento, problema tratado emreportagem especial no número 1 do Impresso,a pavimentação é outro ponto crítico nascomunidades. Demos um giro em algumasdelas para registrar o problema. No Bela Vista,em São Gonçalo, uma verdadeira cratera nomeio da rua tornou o acesso, que já era difícil,ainda pior. No Boa Vista, no bairro do Fonseca,Niterói, a situação não é muito diferente. OEucalipto, também no Fonseca, precisa urgentede obras. As ruas estão em estado precário. O

Viçoso Jardim foi vítima de deslizamentosnas chuvas do início do mês, causando a-cidentes fatais. Em Anchieta, no subúrbiocarioca, pessoas também perderam a vidaem deslizamentos. Na Torre Branca, RioCumprido, o fato se repetiu. Em todas aslocalidades, moradores e lideranças co-munitárias vêm notificando ás autoridadessobre o péssimo estado das ruas e encos-tas, mas, segundo eles, “Essas autoridadessó aparecem quando o pior já aconteceu.”

RicardoVice

Eleições no Zulu

Por: Fabio da Silva Barbosa

Por: Fabio da Silva Barbosa

Por: Fabio da Silva BarbosaGuilherme Santos Silva, 40,

morador do Zulu,Santa Rosa, gostaria dereativar um antigo projeto que já ensinoumuitos jovens de sua área uma profissão.Durante os 10 anos que trabalhou em umaoficina na Rua Mario Viana, próxima acomunidade, orientou como pintar e fazerlanternagem em carros.“Gostaria de voltar a ensinar os jovensa trabalhar. Botar essa garotada nomercado de trabalho. Já ensinei muitagente que hoje em dia é profissional.”Conta Guilherme.

Atualmente ele trabalha em umaoficina no Bairro de Icaraí e avisa que láestá com vagas abertas para polidor. “Éuma área com muitas oportunidades”

Quem se interessar em apoiar essaidéia e ajudar na profissionalização devários jovens pode entrar em contatocom Guilherme através do jornal.

Nas eleições para Presidente da Associaçãode Moradores da Alarico de Souza (Zulu), acomunidade resolveu manter o mesmo grupode trabalho que vinha atuando no local. LuizFernando ganhou para Presidente daAssociação e Ricardo Monteiro é o atual Vice-presidente. A comunidade ficou em festa emuitos moradores nos procuraram para dardepoimentos sobre. Abaixo, transcrevemosalguns deles.

“Desde quando Ricardo assumiu, temosmuitos benefícios. Ele se preocupa e correatrás de obras sociais e tem uma atençãoespecial com a creche e o saneamento. Semfalar com o empenho no esporte e lazer,trazendo eventos para cá.” Tânia Maria, 44

“Fico feliz de ter continuado otrabalho que vem sendo feito aqui.”Fitinho, 55

“Acho que ele é o melhor Presidenteque teve até hoje no morro. Sounascida e criada aqui... Ele faz muitopelas crianças.” Merides Barbosa 40anos

“Mantendo esse grupo poderemos darcontinuidade a tudo que vem sendofeito.” Marcão

“Ricardo, queremos de agradecer peloseu desempenho e afirmamos, comcerteza, que você é um grande guerreiro.Agarrando com fé e esperança essabatalha que foi pegar nossa comunidadecheia de problemas. Participamosconstantemente de suas tristezas aotentar resolver algo e dar errado. Mas,no fim, você sempre conseguia quedesse certo, pois você nunca desistiu.Você sempre será nota 10. De sua irmã,Catiana, sua mãe, seu pai, suas irmãsViviane e Rejane e sua esposa Eliane.”

Luiz FernandoPresidente

Uma idéia em busca de apoio

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Estrada Alarico de Souza, 618,Atalaia, Niterói, RJ - Tel: 2715-8557/9462-4007/9914-5987

Aceitamos:

Foto: Fabio da Silva Barbosa

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Cultura

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COMUNIDADES44444 MARMARMARMARMARÇÇÇÇÇO/2010O/2010O/2010O/2010O/2010IMPRESSO DAS

COMUNIDADES

Entre em contato: [email protected] de Cobrador - Busque no youtube e assista! A nova série de vídeos de Alexandre Mendes

Por: Fabio da Silva Barbosa

UM ANO DE BERRO - 365 DIAS DEUM ANO DE BERRO - 365 DIAS DEUM ANO DE BERRO - 365 DIAS DEUM ANO DE BERRO - 365 DIAS DEUM ANO DE BERRO - 365 DIAS DEFÚRIAFÚRIAFÚRIAFÚRIAFÚRIA

Oi! Eu, Piquiti, da Souza Soares, estouparticipando do Campeonato de Futebol

no Zulu.É muito bom. Pode vir para ver

Esporte e comemoração naAlarico de Souza

O registro do primeiro ano dehistória desse veículo completamenteindependente e alternativo está sendolançado pela Editora Independente, deBrasília, e pode ser adquirido pelo siteda mesma (www.editoraindependente.com.br).Para acompanhar os passos

Para quem achava que o veículo decomunicação impresso estava com os diascontados por causa da internet, o fanzine OBerro veio para mostrar que essas pessoasestavam enganadas. Feito na base da Xerox,essas 12 páginas mensais continuamresistindo, com muita poesia, contos e textos.

deste lançamento o blog Um Ano de Berrovem postando slides e endereços infor-mativos (www.umanodeberro.blogspot.com)Se você quer entrar em contato com a equipeque produz o zine, o e-mail é [email protected]. Existe também a opção da caixapostal (Cx Postal 100050, Niterói, RJ,Cep:24020-971).

O Campeonato de futebol do Zulu, nacomunidade Alarico de Souza (Zulu), SantaRosa, Niterói, continua mostrando resultado.Não só une toda a comunidade e diversasoutras que vêm participar do evento, comotransforma cada domingo de campeonato emuma enorme festa. As tradicionaisbarraquinhas ficam em volta do campo,reunindo todos em um animado bate-papo.Um clima de confraternização e amizaderealmente aconchegante deixa todos comgostinho de quero mais no fim de cada dia deesporte e laser.

Neste campeonato, um gosto a maisde vitória poderá ser sentido no ar, RicardoMonteiro e Luiz Fernando, os principaisresponsáveis pelo sucesso do campeonato,conseguiram continuar na presidência daassociação e mantiveram toda a equipe queos ajuda a realizar eventos como este (ver

Por: Fabio da Silva Barbosa

Autores: BARBOSA, Fabio da Silva.VASCONCELLOS, Alexandre MendesGUEDES JÚNIOR, Winter Bastos.Um ano de Berro: 365dias de fúria.Brasília: Editora Independente, 2010.Colaboradores: Francisco Bragança, AnitaRink, Tânia Roxo, Aline Naue, RenataMachado Seti Rodrigues e EduardoMarinho.Organização: Fabio da Silva Barbosa eWinter Bastos Guedes Júnior.Capa: arte de Alexandre MendesVasconcellos.Impresso na Gráfica BandeirantesEditora IndependentePedidos direto com a editora:www.editoraindependente. com.br

Dados do livro:

matéria na página 6).

“Lembro há 5 anos atrás,quando pegamos uma

comunidade com inúmerasnecessidades. Mas com muitaluta e trabalho dos amigos da

comunidade conseguimosnossas vitórias. Uma crechedigna para nossas crianças e

um campo de futebol que hoje éo maior laser da comunidade.

Mas, nossa maior conquista foia construção do nosso posto doMédico de Família que já é uma

realidade. Por isso morador,espero que essa nossa aliança

dure por muitos anos.”Ricardo, ex Presidente da

Associação de moradores e atualVice-presidente

Vai começar o Campeonatode Futebol do Cavalão

No cavalão, Icaraí, Niterói, a comuni-dade se apronta para começar seu campeo-nato de futebol. Moradores e a liderançacomunitária local já convidaram o Impresso.“Aguardo vocês lá” convoca o Presidenteda Associação de moradores.

Notas EsportivasNotas EsportivasNotas EsportivasNotas EsportivasNotas Esportivas

Basquete de Rua em JaperiEm Japeri, Rio de Janeiro, a Central

Única das Favelas (CUFA) em parceria coma Prefeitura e a Secretaria Municipal de Edu-cação, promove o Circuito Municipal deBasquete de Rua. Para informações e parti-cipar acesse o site da CUFA, ou da Liga In-ternacional de Basquete de Rua (LIIBRA).

Sítio do MuriloPara quem curte esportes radicais,

vale a pena dar uma olhada nos vídeos do“Sítio do Murilo”, no youtube, e conheceras verdadeiras bicicletas voadoras. Espor-te, música e atitude em uma série de vídeos

expostos de forma gratuita na internet.

Ocupação Mama África luta porseu direito à moradia

Por: Fabio da Silva BarbosaFoto: Fabio da Silva BarbosaNo bairro de São Domingos, em

Niterói, existem algumas ocupaçõesurbanas que vêm lutando por seu direito amoradia. A Ocupação Mama África,localizada nos números 48 e 50 da RuaPassos da Pátria, é uma delas e vem seorganizando para garantir sua permanênciano local. André de Paula, militante da FrenteInternacionalista dos Sem-Teto (FIST), quejá possui um histórico sólido na luta pelosdireitos humanos e pelo direito a moradia, éum dos apoiadores da causa e advogadoda ocupação.

São aproximadamente 36 famíliasmorando no lugar. Em sua maioria mulheres,das quais, boa parte veio de um orfanato.Celina dos Santos, 32, passou por essaexperiência e se dispôs a contar um poucode sua história. “Vivi desde que era bebêno orfanato. Quando completei 18 anos fuijogada na rua, sem nenhuma preparaçãopara sobreviver no mundo. Eu e minhascompanheiras de orfanato paramos naOcupação Mama África. Agora o Prefeitoquer nos descartar igual a lixo. Procuramosa FIST. Ela que nos dá apoio. Estamos con-seguindo também apoio do Sindicato dosPetroleiros e do padre da igreja local. Agorairemos tentar buscar o auxílio dosprofessores e alunos da Universidade (daUFF) que fica aqui perto.”

Mas a história da ocupação éainda mais antiga. Quando as meninascomeçaram a chegar, já havia moradorescomo Maria Alves da Silva, 64. Aocupação, para ela, tem um forte vínculocom a própria história de vida queconstruiu. “Vivo aqui há muito tempo.Meu filho chegou com 10 anos e hoje jáé um homem. Ele estudou, eu meaposentei...”

No sábado, dia 13, aconteceu umaconfraternização no lugar, onde compa-receram vários movimentos e represen-tantes de outras ocupações para prestarsolidariedade a luta. Cada um falou sobresua experiência pessoal e de como po-deria colaborar.

Outra pessoa que dá todo o apoioa ocupação é a cantora Andréia Dacal.Conhecida por fazer um ReggaeMilitante, ela nos falou sobre o problema.“As ocupações dos casarões e seu usosocial estão aquém do ideal, é precisoainda conquistar infra-estrutura, acessoa ferramentas que contribuam para ocrescimento e desenvolvimento daspotencialidades culturais e produtivas dacomunidade, para que isso se some naresolução dos problemas conhecidos einerentes a vida construída em meio àmarginalização dos direitos civis, per-tencentes a todos, independente daorigem. No entanto, sabemos que o

Estado brasileiro pouco ou nada quersaber dessa parte da história. Vivemosem um período critico para as lutassociais. Onde, por trás do véu da socialdemocracia e do estado civil de direito,se esconde a barbárie, violência, racismoe preconceito entranhado nas veias devários segmentos da sociedade em todasas escalas de poder, como herança

ideológica da falsa moral pregada no períododa colonização, que encontrou em argumentosabsurdos, motivos suficientes para garantirquase 400 anos de exploração humana,primeiramente com os indígenas e suces-sivamente com os africanos.”

Para finalizar ela nos falou sobre seucarinho pelos moradores. “São pessoasincríveis e me sinto extremamente grata porpoder utilizar um pouco do conhecimentoque adquiri e tive acesso, em prol da conquistapor mais espaço e representatividade por partedas mulheres da Mama África. Firmamos nossaamizade, sendo tudo isso alimento fundamentalpara começamos essa relação construtiva eduradoura, motivada pela vontade maior dever em nossa cidade a manifestação da justiçasocial e união, materializada com a conquistapor parte da comunidade, da posse definitivade suas casas , já conquistadas por excelência e direito pelo tempo , resistência e históriaconstruída, já que a comunidade está con-solidada ha mais de 20 anos, com váriosadolescentes nascidos no local, filhos dasmães mulheres, ontem meninas, em sua maioriaórfãs de seus pais e do Brasil que ignora ,ameaça e oprime a população por conta deinteresses econômicos , comprometimentoelitista e negligenciando as feridas contidasem seu passado.”

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