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Impresso Imobiliário nº65

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Arquitetura, política, música, cinema, poesia, saúde, opinião, direito e os melhores negócios. Leia, baixe e compartilhe!

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s vésperas dos 50 anos do gol-pe militar torna-se necessárioum resgate da História para en-

tendermos o presente. Em 1964 oBrasil era um país politicamente re-partido. Dividido e paralisado. Criseeconômica, greves, ameaça de golpemilitar, marasmo administrativo. O cli-ma de radicalização era agravado porvelhos adversários da democracia. Adireita brasileira tinha uma relação deincompatibilidade com as urnas. Nãoconseguia conviver com uma demo-cracia de massas num momento deprofundas transformações. Temerosado novo, buscava um antigo recurso:arrastar as Forças Armadas para o cen-tro da luta política, dentro da velhatradição inaugurada pela República,que já havia nascido com um golpede Estado.

A esquerda comunista não ficavaatrás. Sempre estivera nas vizinhan-ças dos quartéis, como em 1935,quando tentou depor Getúlio Vargaspor meio de uma quartelada. Depoisde 1945, buscou incessantemente oapoio dos militares, alcunhando al-guns de “generais e almirantes dopovo”. Ser “do povo” era comungarcom a política do Partido ComunistaBrasileiro (PCB) e estar pronto paraatender ao chamado do partido numaeventual aventura golpista. As célu-las clandestinas do PCB nas Forças Ar-madas eram apresentadas como umademonstração de força política.

À esquerda do PCB havia os adep-tos da guerrilha. O Partido Comunis-ta do Brasil (PCdoB) era um deles.Queria iniciar a luta armada e enviou,em março de 1964, o primeirogrupo de guerrilheiros para treinarna Academia Militar de Pequim. AsLigas Camponesas, que desejavam areforma agrária “na lei ou na marra”,organizaram campos de treinamentono País em 1962 – com militantespresos foram encontrados documen-tos que vinculavam a guerrilha aCuba. Já os adeptos de Leonel Brizolajulgavam que tinham ampla base mi-litar entre soldados, marinheiros, ca-bos e sargentos.

Assim, numa conjuntura radicali-zada, esperava-se do presidente umponto de equilíbrio político. Ledo en-gano. João Goulart articulava sua per-manência na Presidência e necessita-va emendar a Constituição. Sinaliza-va que tinha apoio nos quartéis para,se necessário, impor pela força a ree-leição (que era proibida). Organizouum “dispositivo militar” que “corta-ria a cabeça” da direita. Insistia emque não podia governar com um Con-gresso Nacional conservador, apesarde o seu partido, o PTB, ter a maiorbancada na Câmara dos Deputadosapós o retorno do presidencialismo enão ter encaminhado à Casa os proje-tos de lei para tornar viáveis as refor-mas de base.

Veio 1964. E de novo foram cons-

À

Golpe à brasileira19 de fevereiro de 2014

OPINIÃO

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truídas interpretações para uso polí-tico, mas distantes da História. A as-sociação do regime militar brasileirocom as ditaduras do Cone Sul (Argen-tina, Uruguai, Chile e Paraguai) foi aprincipal delas. Nada mais falso. O au-toritarismo aqui faz parte de uma tra-dição antidemocrática solidamenteenraizada e que nasceu com o Positi-vismo, no final do Império. O despre-zo pela democracia rondou o nossopaís durante cem anos de República.Tanto os setores conservadores comoos chamados progressistas transfor-maram a democracia num obstáculoà solução dos graves problemas naci-onais, especialmente nos momentosde crise política. Como se a ampla dis-cussão dos problemas fosse um en-trave à ação.

O regime militar brasileiro não foiuma ditadura de 21 anos. Não é pos-sível chamar de ditadura o período1964-1968 – até o Ato Institucionaln.º 5 (AI-5) -, com toda a movimenta-ção político-cultural que havia noPaís. Muito menos os anos 1979-1985, com a aprovação da Lei de Anis-tia e as eleições diretas para os go-vernos estaduais em 1982. Que dita-

dura no mundo foi assim?Nos últimos anos se consolidou a

versão de que os militantes da lutaarmada combateram a ditadura emdefesa da liberdade. E que os milita-res teriam voltado para os quartéis gra-ças às suas heroicas ações. Num paíssem memória, é muito fácil reescre-ver a História.

A luta armada não passou de açõesisoladas de assaltos a bancos, seques-tros, ataques a instalações militares esó. Apoio popular? Nenhum. Argumen-ta-se que não havia outro meio de re-sistir à ditadura a não ser pela força.Mais um grave equívoco: muitos des-ses grupos existiam antes de 1964 eoutros foram criados pouco depois,quando ainda havia espaço democrá-tico. Ou seja, a opção pela luta arma-da, o desprezo pela luta política e pelaparticipação no sistema político, e asimpatia pelo foquismo guevarista an-tecederam o AI-5, quando, de fato,houve o fechamento do regime. O ter-rorismo desses pequenos grupos deumunição (sem trocadilho) para o ter-rorismo de Estado e acabou sendo usa-do pela extrema direita como pretex-to para justificar o injustificável: a bar-

bárie repressiva.A luta pela democra-

cia foi travada politica-mente pelos movimen-tos populares, pela de-fesa da anistia, no mo-vimento estudantil enos sindicatos. Teve emsetores da Igreja Cató-lica importantes alia-dos, assim como entreos intelectuais, que pro-testavam contra a cen-sura. E o MDB, estenada fez? E os seus mi-litantes e parlamentares que foramperseguidos? E os cassados?

Os militantes da luta armada cons-truíram um discurso eficaz. Quem osquestiona é tachado de adepto da di-tadura. Assim, ficam protegidos dequalquer crítica e evitam o que tantotemem: o debate, a divergência, a plu-ralidade, enfim, a democracia. Mais:transformam a discussão política emquestão pessoal, como se a discordân-cia fosse uma espécie de desqualifi-cação dos sofrimentos da prisão. Nãohá relação entre uma coisa e outra:criticar a luta armada não legitima o

terrorismo de Estado. Temos de refu-tar as versões falaciosas. Romper o cír-culo de ferro construído, ainda em1964, pelos adversários da democra-cia, tanto à esquerda como à direita.Não podemos ser reféns, historica-mente falando, daqueles que transfor-maram o antagonista em inimigo; oespaço da política, em espaço deguerra.

Marco Antonio Villa é historiador,autor do livro ‘Ditaduraà Brasileira’ (Ed. Leya).

Fonte: O Estado de São Paulo

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gente que sempre disse: “O povoquanto mais tem, mais quer”, agoranão vê muito sentido na frase.

O povo que mais tem, viaja de avião,tem férias no exterior, está com filhos emescola particular, paga plano de saúde, tro-ca o carro a cada dois anos... Quer mais oquê?

Ficar bonito e milionário com um prê-mio de loteria?

O que esse povo quer, político nenhumdo mundo dá. Nascer num país dos sonhose rico.

O povo que quanto mais tem mais temquer ter exclusividade em tudo... Em trata-mento, em apresentação, em estilo, emgostos, em vontades...

O povo que quanto mais tem mais tem,só quer é que o outro não tenha nada, praconta do seu status quo bater no fim domês.

Esse povo que tudo tem e que nadadoa, ainda faz pirraça pro que o outro con-quista.

“Que palhaçada essa história de bolsaisso, bolsa aquilo...”.

O povo que tudo tem, ainda sonha vi-ver num mundo onde todo mundo passefome.

“Aprendam a pescar!” - conselho co-mum da população urbana pra quem viveno sertão.

Vez ou outra esse povo faz pose de ci-dadão e reivindica:

“O povo quer saúde, escola, educação!”- refrão preferido do sujeito que mais ga-nha e que abate essas mesmas despesasdo seu imposto de renda.

O povo que mais tem, por mais quecobice e liste tudo o que mostra uma pro-

RE-ESCREVENDO A NOTÍCIA

O golpepaganda, muito mais do que compra, nãovai ter.

Desperta do sonho. Impossível ter semtrabalhar. A realidade começa a fazer co-branças pra aquele sujeito que agora sepercebe num movimento global onde todomundo corre, sobe, desce e ganha.

Esse povo que quanto mais tem caiuna real de que, fazendo bem as contas,vai poder ter carro importado e comprarmais uns três imóveis, um pra cada filhoque já nasceu pescando... Isso se o talhomem de bem não for um devasso eperder tudo na partilha do divórcio.

O povo que tem mais poderia investiragora em elevação moral, em cultura e par-ticipação política. Mas prefere desligar amente em superficialidades e se indignarcom os problemas que ele mesmo causa -paga propina, corrompe agente público, so-nega, remunera mal o funcionário, joga lixopela janela do carro, aplaude a violênciacomo perpetuidade da violência e ainda en-sina a prole a fazer igual.

Pelas contas, o povo que tem mais vaicontinuar feliz e tendo o que seu dinheiropode comprar...

“Tenho, logo existo.”Mas a conta do bem estar individual não

fecha... Continuam incomodados, como sea unha do pé estivesse encravada...

É que o povo que antes não tinha nada,hoje também tem mais e quer chegar aos40 tendo o mesmo que todo mundo tem.

Isso fez de todo privilegiado que já nas-ceu pescando, só mais um na multidão.

O povo que mais tem está desconten-te e não quer mais nada. Não participa, nãocolabora e não mais se interessa. O povoque mais tem só não quer é perder os pri-

vilégios e nisso, criou-se uma equivocadadisputa pelo monopólio da prosperidade,num jogo que no fim, restam sempre per-dedores.

Meu nome é Malu Aires. Não tenho mui-

to porque daqui não levo nada. O que é

seu por direito, é seu por direito. O que é

meu por direito, é meu por direito.

A

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á vida após a morte e a morte ésó uma ilusão criada pela nossaconsciência.

Essas afirmações não vieram de umlíder religioso, mas sim de um cientis-ta renomado, que se baseia na físicaquântica.

Enquanto muitos colocam ciênciae fé como elementos antagonistasquando se trata de falar sobre temascomo a existência da alma ou da vidaapós a morte, Robert Lanza, um cien-tista renomado quer mudar esse qua-dro.

Para Lanza, autor do livro “Biocen-trismo: Como a vida e a consciênciasão as chaves para entender a verda-deira natureza do Universo”, a vida éapenas uma atividade do carbono euma mistura de moléculas que durapor tempo determinado.

O professor da Faculdade de Medi-cina da Universidade Wake Forest, Ca-rolina do Norte concorda que, quandonosso corpo morre, logo se decompõe.Mas essa ideia de “morte” existe ape-nas porque há milhares de anos ensi-na-se que morremos.

Afinal, nossa consciência associaa vida à existência do corpo

Segundo o biocentrismo defendidopor Lanza, a morte não dever ser vistacomo algo definitivo, o fim de tudo.

Quando o ser humano entender queo espaço e o tempo são convenções,não existem realmente, poderemos vero mundo como ele é, sem limiteses-paciais ou lineares.

Para ele e outros físicos teóricos, nos-sa “mistura de moléculas e atividade docarbono” volta para o Universo, ondecontinua existindo, mas como parte dele.

Um dos teóricos do chamado uni-verso biocêntrico, ele explica que abiologia e a vida real originam ouniverso, e não o contrário. Para citarum exemplo, Lance diz que, quandouma pessoa vê o céu, diz que é da corazul, mas não significa que o céu sejaazul, apenas o percebemos assim.

Nossa consciência dá sentido aomundo e pode ser alterada, mudandonossa interpretação da realidade. Ouseja, espaço e tempo são apenas “fer-ramentas mentais”. Logo, a morte e aideia da imortalidade podem coexistirnum mundo sem limites ou espaço li-near.

A maioria dos cientistas diria que oconceito de vida após a morte ou é umabsurdo, ou, no mínimo, improvável.Porém, os físicos teóricos defendemque existem outras dimensões, onde

a existência é percebida de outra ma-neira. O que significaria que a mortepode existir “num sentido total”.

Para ele, a física quântica ainda temmuito a ser explorada e pode alterar amaneira como os seres humanos sem-pre perceberam a existência.

Segundo diferentes tradições reli-giosas, o ser humano é composto deuma parte imaterial, chamada de alma.Para judeus e cristãos, de fato a mortetotal não existe, pois a alma permane-ce, passando apenas para um outroplano ou dimensão, que pode ser o céuou o inferno.

Miguel Galli TerapeutaQuântico/Holistico

[email protected] Com informações Daily Mail

e Seu History.

SAÚDE

Pesquisa - “Um dos maiores cientistas da atualidade

afirma que a vida continua após a morte”

H

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Dona Adelaide é uma assídua leitora do IM-PRESSO IMOBILIÁRIO, e com sua perspicácia, lucidez

e humor, colabora com suas opiniões, que publica-

mos com muito gosto.

Nasceu em 1915 e suas posições às vezes não ca-

bem no que hoje entendemos por “politicamente cor-

reto”.

Quando indignada, costuma praguejar e soltar al-

guns impropérios.

Fala Dona Adelaide!

FALA DONA ADELAIDE

Envie sua opinião sobre as posições deDona Adelaide, seja também nosso colaborador.

[email protected]

Amulher do meu bisneto comprou um carro novo! Todafamília ficou muito feliz! A moça é de boa família,trabalhadera... até casou de noiva! Tem que ver asfoto e os filme... acho que é erquiteta ou manicure,

ou professora! Bom, não sei direito... é alguma dessascoisa. Ela é tão bela... Benzadio! Parece uma princesa! No-tro dia, ela foi me levá no médico. Que eu tava precisandode uns remédio. Me dói tudo as perna... Chegô com umcarro grande. Parecia um tanque de guerra. O carro erapreto. Os vidro preto, umas roda grande, que nem de tra-tor de fazenda. Ela falô: Entra bisa, querida! Mas deu umtrabalhão porque o carro é muito grande. Eu uso cadeirade roda, cáspite! Vá bene! Fumo.

No meio do caminho, a menina começou a ficar nervo-sa. Dirigia que nem um caminhonero. Falava uns palavrão,chingava os otros motorista, dava uns solavanco. Eu játava quase vomitando. Mas ela virava pra mim e ria: Tágostando bisa? Eu não podia era vomitá no carro novo!Teve uma hora que na frente do carro dela parou um outrocarro grandão. Parecia até maior que o carro dela. Aí elacomeçou a buzinar que nem doida e falar palavrão. Eu falei:Calma filha... Acho que ela nem ouviu. Abriu o vidro echingou. Então, no carro da frente foi abaxando o vidro esaiu uma cabeça de cachorro. Branquinho, de cabelo cache-ado que nem uma ovelha. Latia ardido e com raiva. Des-pois, saiu uma cabeça de mulher. Ela tinha uns oclãos escu-ro e tava com um telefone grudado na orelha. A mulherdos oclãos gritou: Tá com pressa, passa por cima sua vaca!Minha bisneta começou a bater nas direção do carro cãsduas mão. Gritava um monte de palavrão e se descabelavatoda. E o cachorro cara de ovelha latia mais. Os outro car-ro buzinava. Na calçada, uns home que tava numa constru-ção começaro a rir e gritar. As duas lôca gritava. O cachor-ro latia. Os home ria e gritava. Os carro buzinava. Chegouum guarda. Aí eu dei graças à Deus. Mas quando eu achavaque tudo ia terminar, elas desceram dos carro e começa-ram a se estapear. O guarda, coitado tentava separar. Oshome, invêis de ajudar, ria e gritava. Aí, o cachorro de carade ovelha fugiu pela rua. A mulher dos oclãos saiu corren-do atrás do bicho. Os home ria e corria atrás também. Oguarda gritava. As loca gritava. O povo da rua gritava. Ca-bou que foi tudo pará na delegacia. Meu Bisneto foi mebuscá e me levou pra casa. Perdi minha hora no médico.Catzo, no meu tempo as mulher do curtiço era mais edu-cada. Ninguém tinha ido pra facurdade e nem dirigia carro.Nóis só brigava por causa de home e de filho. E cachorrotinha cara de cachorro, não de ovelha! Da outra vêiz vô detaxi. Escreveu o que eu mandei? Então, manda.

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DIREITO

Importante questão vem surgindo nosTribunais do País a respeito dos imó-veis adquiridos por meio do programa

Minha Casa Minha Vida do Governo Fede-ral, e que, posteriormente são vendidosa terceiros, infringindo, em tese, a finali-dade social do programa habitacional.

Neste sentido, vale mencionar que oprograma Minha Casa Minha Vida foi ins-tituído como meio de conceder um be-nefício social a pessoas de baixa renda,com o propósito específico de adquirir atão sonhada casa própria. Esse benefícioé custeado por meio de recursos fede-rais, logo, trata-se de incentivo pago como dinheiro público, com vistas a garantirum dos direitos fundamentais do cidadão,consagrado no inciso XXII, do artigo 5ºda Constituição Federal.

Ocorre que o conflito está justamen-te no fato da venda do imóvel a terceiros,por meio dos conhecidos “contratos degaveta”, desvirtuar a finalidade do incen-tivo concedido, na medida em que ferecláusula constante do contrato celebradocom o agente financeiro, que prevê queo imóvel adquirido por meio do Progra-ma Minha Casa Minha vida deve ser desti-nado à moradia própria do contratante ede sua família.

Segundo entendimento recente do

Tribunal Regional Federal da 4ª Região,por meio do voto do Juiz Federal NicolauKonkel Júnior, convocado para atuar noTribunal, a compra direta de imóvel resi-dencial com contrato de parcelamento ealienação fiduciária no Programa MinhaCasa Minha Vida, celebrado com a CaixaEconômica Federal, expressa claramenteque o imóvel é destinado à moradia pró-pria do contratante e de sua família, comisso, o julgador ressaltou que o desviodessa finalidade leva ao vencimento ante-cipado da dívida.

O caso versava sobre uma beneficiáriado programa, que é moradora da cidadede Joinville (SC), a qual foi acionada judi-cialmente pela CEF após vender seu apar-tamento adquirido pelo Programa MinhaCasa Minha Vida em menos de um ano,por contrato de gaveta. A ré comprou oimóvel em 22 de março de 2012 e o re-vendeu em 11 de outubro do mesmoano.

“Na hipótese, embora contempladacom o benefício social para aquisição dacasa própria, a contratante transferiu aposse direta do bem a terceiro (por meiode contrato particular de ´compromissode compra e venda´), atraindo contra sios reflexos do vencimento antecipado dadívida junto ao Fundo de Arrendamento

Residencial (FAR)”, afirmou o magistrado.Como a ré não tem recursos para saldar adívida, o imóvel deve ser devolvido à CEF.

Esse parece ser o entendimento quevem tomando corpo no Judiciário, e res-salva a necessidade de se observar asobrigações contraídas pelo beneficiário doprograma social, tendo em vista se valerde um incentivo custeado pelo GovernoFederal que exige que o imóvel seja des-tinado à moradia do adquirente e de suafamília, e, quando isso é quebrado, con-sequências sérias podem advir, como nocaso em destaque, que acabou ocasionan-do a retomada do imóvel pela Caixa Eco-

Caixa retoma imóvel adquirido por

meio do Minha Casa Minha Vida

nômica Federal e consequente nulidadedo contrato de gaveta celebrado com oterceiro, fica, portanto, o alerta.

Dr. Denisar Utiel RodriguesOAB/SP. 205.861

Especialista em direitoempresarial e securitário

[email protected] do escritório

AKR Advogados Associados

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ma das principais dúvidas que sur-gem na hora de construir ou refor-mar é a escolha do piso ideal. As

peças que funcionam bem no chão dosambientes internos nem sempre apresen-tam resistência para atuar como revesti-mento da área externa, por isso é im-portante tomar alguns cuidados e adqui-rir a melhor opção. A escolha do pisopara áreas externas, como garagens eáreas de lazer, requer cuidados. Mesmoque esses espaços não sejam usados comfrequência, aspectos como segurança,durabilidade, manutenção, conforto eestética precisam ser avaliados antes dequalquer decisão. Para uma escolha acer-tada, vale ficar atento a aspectos, comotráfego intenso de carros ou pessoas, ne-cessidade de drenagem da água da chuvaou grande incidência de sol no ambien-te.

Independente de tratar-se de laje,contrapiso ou mesmo outro piso pree-xistente, a superfície precisa ser plana,resistente e estar limpa. O material deassentamento também merece atenção,pois cabe a ele garantir a eficiência doconjunto diante de fatores como trepi-dação e movimentação térmica da base,causas comuns de rachaduras.

Como o cardápio de pisos para luga-res abertos é variado, o segredo paraacertar na escolha está em observar asnecessidades de cada área. Se tiver cri-anças ou animais de estimação, esqueçaas peças rústicas: em caso de quedas elaspodem provocar esfolamentos. Locaisque servem de estacionamento ou pas-sagem de carros pedem modelos resis-tentes a alto tráfego.

Confira na tabela abaixo as particula-

ridades de três op-ções: uma com pla-cas de tamanhos va-riados, outra molda-da no local e a últi-ma para pavimenta-ção drenante.

PORCELANATOCaracterísticasa) Composto de ar-gila, corantes e adi-tivosb) De 0,5 a 1 cm deespessura

c) Grande diversidade de cores e forma-tosd) Junta estreita entre as peçase) Textura rústica ou lisa, antiderrapantee praticamente sem porosf) Absorção nulag) Alta resistência a abrasãoh) Requer mão de obra treinada, comoceramista ou azulejistaBase e assentamentoa) Sobre laje, contrapiso e outros mate-riaisb) Com argamassa colante apropriadaManutenção e Limpezaa) Permite troca de unidades sem danifi-car o pisob) Limpeza com pano úmido e sabão neu-troTOTAL POR m2 INSTALADO = de R$ 90a R$ 170 (varia em função do formato,espessura e padronagem)

CIMENTADO POLIMÉRICOCaracterísticasa) Composto de cimento, areia e resinaacrílicab) De 1 a 1,5 cm de espessurac) Cores restritas, obtidas por tingimen-to do cimento ou pintura do piso pron-tod) Juntas de dilatação regulares e sem-pre que houver mudança de core) Textura quase lisa, antiderrapante epouco porosaf) Baixa absorçãog) Alta resistência a abrasãoh) Requer mão de obra treinada e acom-panhamento técnicoBase e assentamentoc) Sobre laje, contrapiso e pedrad) Com massa à base de cimento e resi-na

Manutenção e Limpezac) Reparos deixam aparentes os recortesd) Lavável com água e sabão neutro, acei-ta desengraxanteTOTAL POR m2 INSTALADO: de R$ 60 aR$ 75 (varia em função da espessura)

BLOCO DE CONCRETO INTERTRAVADOCaracterísticasi) Composto de concreto moldadoj) De 6 a 8 cm de espessurak) Cores restritas, obtidas por tingimen-to do cimentol) Juntas larga entre as peçasm) Textura rústica, antiderrapante e po-rosan) Média absorçãoo) Alta resistência mecânica e à abrasãop) Requer mão de obra treinadaBase e assentamentoe) Sobre laje, concreto e terraf) Com berço de areia e/ou pó de pedra,o que confere a ele a propriedade dre-nante

DIÁRIO DA CONSTRUÇÃO

Escolha de piso para áreas externas requer cuidadosEle deve tolerar cargas de veículos e pedestres, resistir às intempéries e manter boa aparência!

Manutenção e Limpezaa) Permite troca de placas sem danificaro pisob) Lavável com jato de alta pressãoTOTAL POR m2 INSTALADO: de R$ 80 aR$ 160 (varia em função da quantidadeinstalada e espessura)

Cuidado para não cair!Ao revestir a área externa, é possível

apostar na combinação de materiais paraobter um efeito estético mais bonito,mas um fator que não podemos descui-dar é a segurança, a prevenção de aci-dentes começa pela eleição correta dospisos para determinados usos, evitandoassim acidentes graves e transtornos.

Ronaldo LeãoArquiteto e Urbanista com mestrado

em Inovação,Tecnologia e Desenho, pela Universi-

dad de Sevilla, na Espanha.www.moarquitetura.com

U

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MÚSICA

migo leitor, quem esperava uma turnê come-morativa do Oasis para o aniversário de 20anos do álbum “Definitely maybe” pode parar

de sonhar. A boa notícia é que o grupo vai lançaruma edição especial remasterizada no dia 19 demaio.

O disco abriu as portas do sucesso para a bandade Manchester e se consolidou como o álbum deestreia com vendagem mais rápida na história daInglaterra. Em todo o mundo foram mais de oitomilhões de cópias compradas pelos fãs.

O quinteto, então formado por Noel Gallagher,Liam Gallagher, Paul Arthurs, Paul McGuigan e TonyMcCarroll, também lançou quatro singles: “Super-sonic”, “Shakermaker”, “Live Forever” e “Cigarettes& Alcohol” que esgotaram rapidamente das prate-leiras.

As críticas sobre o primeiro trabalho da bandasão as mais positivas possíveis, alguns até conside-ram como o melhor disco de estreia de todos ostempos. O reconhecimento dos especialistas é uma

constante na carreira do grupo, em 2010 o álbum“(What’s the Story) Morning Glory” ganhou o títulode melhor disco britânico dos últimos 30 anos noprêmio “Brit Awards”.

O lançamento comemorativo vai incluir rarida-des e gravações inéditas. O material estará disponí-vel em CD, downloads digitais, além de uma ediçãoespecial de três CDs que incluirá também demos dabanda.

O Oasis encerrou as atividades em 2009, depoisdas constantes brigas entre os irmãos Gallagher. Nasequência Noel entrou em carreira solo, com o dis-co “Noel Gallagher’s High Flying Birds”, e Liam fun-dou a banda Beady Eye que já lançou dois discos:“Different Gear, Still Speeding” e “BE”.

A banda também deve lançar versões especiais dosálbuns “(What’s The Story) Morning Glory?” e “BeHere Now”, com a promessa de gravações inéditas.

Eduardo Vidal – [email protected]

Oasis celebra os 20 anos de

“Definitely maybe” com pacote especial

A

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CINEMA

No final deste mês ultrapasso meumeio século de existência. Paraos descrentes, agora é ladeira

abaixo. Os fiéis preferem o termo “es-cada acima”. Pessoalmente, nenhumadas opções me apetece ou anima mui-to. Entre outras coisas, o que vem pau-tando minhas condutas, conceitos eexpectativas nos últimos tempos, é oconhecimento das várias nuances so-bre fatos e acontecimentos que cerca-ram e cercam a humanidade, desdeque nos reconhecemos como tal. Ob-ter parâmetros é o melhor.

Obviamente, tenho tentado, namedida do possível, entender que nemtudo é verdade e que, certamente a ver-

Colecio-nava fi-gurinhasde fute-bol e re-cortes decarnavalda revis-ta “Oc r u z e i -ro”. Meutio Joa-q u i m ,um fei-rante bonachão, casado com uma deminhas tias, fazia deliciosas bacalhoa-das para toda a família ao som de “Ro-berto Carlos em ritmo de aventura”.Lembro-me vagamente de que, em umdestes momentos, todos pararam emfrente à TV. Em preto e branco todosos adultos vibraram rapidamente. Tem-pos depois, vim a saber que aquele

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Edição e Redação: José Pitombeira | João PitombeiraJornalista responsável: João Pitombeira MTB: 71.069/SPArte Final: Ney Tosca (16) 3019-2115Tiragem: 10.000 exemplaresImpressão: Gráfica Spaço (16) 3969-2904Sempre causando uma ótima impressão

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Bemvindos ao agora com sabores de ontemdade é mais uma de nossas faláciasretóricas.

Em meados de 1992, nossa Cia deteatro participou de duas edições doprograma Fanzine da TV Cultura de SãoPaulo. Tive então a oportunidade deconhecer o escritor Marcelo Rubens Pai-va, que na época apresentava o pro-grama. Marcelo era algo como um mitopara nossa geração. O sucesso mereci-do de seu livro “Feliz ano velho”, suapostura social, cultural e política oavalizava para tanto. Carregava em sio charme revolucionário de ser filhodo “desaparecido” Rubens Paiva e agalhardia de como enfrentava sua si-tuação física. Não nos tornamos ami-

gos. Fomos todos profissionais e gen-tis na ocasião. Ficou a impressão cer-teira sobre seu caráter. Ocorre que, coma recente comprovação sobre o queaconteceu a Rubens Paiva, seu assas-sinato (1971) pelos órgãos da repres-são e a necessária apuração sobre a lo-calização de seus restos mortais, emer-giu em mim as memórias, os sentimen-tos e um grande mingau ideológico.Assim, pensei em indicar-lhes doisbons filmes.

TREM NOTURNO PARA LISBOA

Uma das mais longas ditaduras doschamados tempos modernos ocorreuem Portugal. Antonio de Oliveira Sala-zar mandou e desmandou, com suasoligarquias e poderio militar por 35anos. Superou, ao menos em longevi-dade a Franco e Hitler. Sabe-se lá so-bre Fidel... Em 1974 eu tinha 11 anos.

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HQ

festejo era sobre uma certa “Revolu-ção dos cravos”. Hoje sei que ela mui-to reverberou por aqui e por outroscantos da terra. Esta indicação lida compersonagens destes tempos. Aliás, estefilme tem muita filosofia incutida. Vi-sagens de quem só tem por saída omar. Vale uma atenção.

ELENCO: Jeremy Irons, Mélanie Lau-rent, Jack Huston, Martina Gedeck, Bru-no Ganz, Christopher Lee.

DIREÇÃO: Bille August

NA ESCURIDÃO

Os desmandos que acontecem forado circui-to euro-peu às ve-zes pare-cem nãoser perti-nentes aoresto dom u n d o .Venezue-la, Equa-dor, Ar-gentina e

arredores tendem a não incomodartanto aos mercados financeiros. Afinal,o epicentro problemático esta sempreao leste do mundo. Foi sempre lá queo calo apertou. Temos no ocidente um“xerife” muito bem armado e determi-nando a ordem. Os EUA. Nada de ide-ologia neste breve comentário. Emdado momento falaremos sobre a im-portância da África e do Oriente mé-dio. Política é o fim! No mais, o serhumano é somente um detalhe. Este

filme trata de uma história real. Sobreas vicissitudes da guerra. Sobre o quetodos sofremos quando estamos obs-tinados por ideais, ódios e preconcei-tos. Geralmente retóricas de manobrapara o sofrimento geral e benesses dosmesmos. E como sempre, ficamos to-dos no esgoto da história.

ELENCO: Agnieszka Grochowska,Alexandre Levit, Benno Fürmann

Frank-Michael, Herbert KnaupDIREÇÃO: Agnieszka Holland

São filmes que nos contam históri-as verdadeiras (?) sobre tempos reais.Às vezes, pequenos detalhes podemmudar a certeza do todo. Restam-nosas mensagens morais sobre dignida-de, hombridade e caráter. Norteamen-tos tão necessários em tempos semnorte nenhum.

Jeff Gennaro é ator e diretor

da Cia Teatro Salada Vinte (São Paulo/SP.)

[email protected]

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