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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIANÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE MEDICINADISCIPLINA DE IMUNOLOGIA
Imunidade Antimicrobiana
Discentes: Alana Almeida Campione Docente: Drª Juliana P. Zuliani Aline Astafieff Rosa Nespoli Ana Elisa Kadri Castilho Camila Gomes Carina Aparecida Cabral da Costa Gabriela de Oliveira Toledo
Porto Velho - RO
Introdução
• Microrganismo Hospedeiro
Patógeno: Defesa:– Invasão – Resposta
Inata – Colonização – Resposta Adquirida– Evasão – Reposta diferente – Lesões teciduais e especializada para
cada tipo de M.O.
Doença infecciosa
• “(...) As doenças infecciosas que devastaram populações humanas através de toda a história ainda causam a morte de milhões a cada ano.”
(KINDT T. J., 2007)
- 11 milhões/ano- 5% do total de despesas gastas em pesquisas sobre saúde no mundo.- Países subdesenvolvidos.
Imunidade Antimicrobiana
Imunidade às Bactérias
Extracelulares
IntracelularesImunidade aos
Vírus
Imunidade aos Parasitas
Imunidade aos Fungos
Bactérias Extracelulares
Bactérias: Gram Positiva e Gram Negativas
Bactérias Gram PositivasParece: PeptidoglicanaEx: Clostridium tetani Staphylococcus aureus Streptococcus pneumoniae
Bactérias Gram NegativasParede: LipopolissacarídeosEx: Pseudomonas aeruginosasEscherichia coli Vibrio colerae
Imunidade às Bactérias Extracelulares
Staphylococcus aureus Escherichia coli
Corynebacterium dipftheriae Clostridium tetani
Bactérias Extracelulares• São capazes de se replicar fora das céls. do hospedeiro.
• A entrada das bactérias no organismo pelas vias naturais: TR, TGI e TGU;
Lesão de descontinuidade nas membranas mucosas ou pele.
• A defesa VIRULÊNCIA e a QUANTIDADE de patógenos inoculados. inóculos pequenos com baixa virulência –> fagócitos tissulares eliminam, defesa inata e inespecífica. Já inóculos grandes ou com maior virulência -> indução da resposta adaptativa e específica.
• Espécies patogênicas causam doença através de mecanismos:1. Induzem a INFLAMAÇÃO lesão tecidual
(ex: cocos piogênicos) infecção supurativa
2. Produzem toxinas: Endotoxinas e Exotoxinas
– Endotoxina (nas paredes celulares)LPS – Bactérias Gram-Negativas - ativador de macrófago
– Exotoxinas (secretado pelas celulas) 1. Citotóxicas – destroem as células2. Interferem com as funções celulares normais3. Estimulam produção de citocinas
Imunidade Inata
• Mecanismos de expulsão• Barreiras físicas/químicas
IMUNIDADE INATAMecanismos
Ativação do complemento
Via alternativa e Via da lectina
Fagocitose
Citocinas
Inflamação
Lesão tecidual
Sistema Complemento
• Via Clássica: ativada por certos isótipos de Anticorpos ligados a Antígenos;
• Via Alternativa: ativada na superfície das células microbianas na ausência de Anticorpos;
• Via da Lectina: ativada por uma lectina plasmática que se liga a resíduos de manose nos microrganismos.
Via Alternativa• Bactérias Gram-Positivas:– Peptidioglicana da parede celular – ativa a via
alternativa – formação de C3 convertase .• Bactérias Gram-Negativas:– LPS – ativa a via alternativa na ausência de
Anticorpo.• Bactérias que expressam manose – Via da
Lectina
Resultado: Opsonisação Fagocitose
O complexo de ataque a membrana lisa as bactérias (Neisseria). Os subprodutos do complemento participam na resposta inflamatória recrutando e ativando leucócitos.
Reconhecimento: receptores de Superfície
Fagócitos ↔ bactérias extracelulares receptores de manose e scavenger.
• Fagócitos ↔ bactérias opsonizadas receptores do complemento.
• Ativação dos fagócitos secreção de citocinas, induzindo infiltração de leucócitos nos sítios de infecção.
• As citocinas também induzem manifestações sistêmicas da infecção (febre e síntese de proteína de fase aguda).
IMUNIDADE ADQUIRIDA• Principal resposta protetora contra Bactéria ExtracelularResposta HUMORAL; Produção de Anticorpos pelos Plasmócitos
– Respostas de Acs vão atuar contra os Ags da PC e toxinas secretadas e associadas à célula:• Polissacarídeos (Ags T-independentes)• Proteínas (Ags T-dependentes)
Neutralização de ToxinasEliminação de Microrganismos
Mecanismos utilizados pelos anticorpos T-independentes para combater infecção:
1. Neutralização – isótipos IgG e IgA2. Opsonização – subclasses de IgG3. Ativação do Complemento (clássica) – IgM e IgGs
Anticorpo + Antígeno + C3b do complemento Opsonina e fagocitose
• O anticorpo ainda pode se ligar diretamente a toxina e neutralizá-la e posteriormente eliminação pelas células fagocíticas.
• Em alguns casos, bactérias gram-negativas: ativação do complemento leva diretamente a lise do organismo.
• A ativação do complemento também induz a produção de moléculas imunes efetoras - desenvolvimento de resposta inflamatória amplificada e mais eficaz.
• Por exemplo,
Isso causa a degranulação dos mastócitos resultando em vasodilatação e extravasamento dos linfócitos e neutrófilos do sangue para o espaço tissular.
C3a C4a C5a
Anafilo-
toxinas
Antígenos proteicos das Bactérias Extracelulares ativam T helper CD4+
T helper CD4+ produzem citocinas que estimulam produção de anticorpo.
Citocinas: Induzem inflamação local atividade fagocítica dos macrófagos
INF- γ ativa os macrófagos
TNF e Linfotoxina desencadeia a inflamação
COMO AS BACTÉRIAS CAUSAM DANOS AO HOSPEDEIRO?
DestruiçãoTecidual
Endotoxinas: componentes da
parede celular bacteriana
Exotoxinas: secretadas pelas
bactérias
Indução da inflamação Produção de toxinas
Endotoxinas• Componente estrutural (lipopolissacarídeo) das
bactérias Gram-Negativas.• Lipídeo A: efeito tóxico.• Efeito tóxico devido à resposta:
Super-estimulação na secreção de citocinas.Ativação da cascata do complementoAtivação da via da coagulase
CHOQUE SÉPTICO
• Proteínas secretadas, tóxicas para células.
• Solúveis, podem se disseminar no hospedeiro.
• Vários tipos de classificação:
• Grupo I- SUPERANTÍGENOS. Não processadas pelo macrófágo. Ligam ao MHC II e aos LT simultaneamente.
• Grupo II- Lesam da MP de vários tipos celulares (fagócitos, hemácias) - morte celular.
• Grupo III- Interferem na função.
A – tóxica ; B – ligação receptores específicos.
Exotoxinas
Contribuição da Resposta Imune à Patogênese bacteriana
• Sistema Imune também pode causar doença:Superprodução de citocinas:
Choque séptico:Endotoxinas – Bact. Gram Neg – macrófagos IL-1 e TNF
Intoxicação Alimentar:Causada por estafilococos – exotoxinas
Sindrome do Choque Tóxico:Exotoxinas - Superantígenos
Respostas Patológica ao Lipopolissacarídeo bacteriano
Efeitos Lesivos da RI
• CHOQUE SÉPTICO: consequência patológica mais grave da infecção por Bactérias Gram-Negativas, induzida por citocinas (TNF, INF- γ e IL-12) e NO.
Colapso Vascular Coagulação Intravascular Disseminada Distúrbios metabólicos
• INFLAMAÇÃO: neutrófilos e macrófagos em reações de erradicação da infecção também causam dano tecidual pela liberação de espécies reativas de oxigênio e enzimas lisossômicas.
COMPLICAÇÕES TARDIAS(SEQUELAS DE INFECÇÕES)
• Geração de anticorpos produtores de doença. • Infecções estreptocócicas podem se manifestar semanas ou
meses depois que as infecções locais foram controladas. Febre reumática – Infecção faringiana Streptococcus β-
hemolitico: Anticorpos contra proteína M, reação cruzada com proteínas do sarcolema miocárdico e a miosina. Depósito no coração – CARDITE.
Glomerulonefrite pós-estreptocócica é uma sequela de infecções na pele ou orofaringe. Anticorpos produzidos formam complexos- depósito nos glomérulos renais causando nefrite.
MECANISMOS DE EVASÃO DAS BACTÉRIAS EXTRACELULARES
• Bactérias gram positivas e gram negativas contém ác. Siálico que inibem a ativação do complemento pela via alternativa.
• Bactérias com cápsulas ricas em polissacarideos são mais resistentes a fagocitose do que cepas homólogas com deficiência da cápsula.
Mecanismos de evasão das bactérias extracelulares.
• Neutralização de anticorpos: Proteínas A (estafilococos), impede ligação à
região Fc da IgG (Proteína G estreptococos).• Variação genética dos antígenos de
superfície: Ex Escherichia coli e gonocos – variação das
pilosidades. Haemophilus influenza alteração química
do LPS.
Mecanismos de evasão e fatores de virulência
Mecanismosantifagocitários
Inibição ou inativaçãodo complemento
Parede bacteriana e pili
Presença de cápsulaImpede a ligação docomplemento
Troca de material genético
Mecanismos de evasão imunológica Exemplos
Variação antigênica Neisseria Gonorrhoeae, E. coli e Salmonela typhimurium
Inibição da ativação do complemeto Muitas bactérias
Resistência á fagocitose Pneumococo
Remoção de intermediários de oxigênio reativo
Estafilococos coagulase- positivos
Difteria - Corynebacterium diphteriae
• Causada por exotoxina (tox) secretada – virulência: bloqueia a síntese de proteínas.
• Coloniza o trato nasofaríngeo;• Toxina causa destruição dos tecidos adjacentes
formação de uma membrana fibrosa – sufocação: lesão miocárdio e neurológica.
• Toxicidade resulta do efeito inibitório da cadeia da toxina na síntese protéica.
• A imunização do toxóide inclui produção de antitoxina – reforço de 10 anos.
Superantígenos
• Exotoxinas • Staphylococos aureus : SEA, SEB, SEC, SED, SEE
e a TSST• Exotoxinas pirogênicas do estreptococos e
toxinas do Micoplasma estão estruturalmente e funcionalmente relacionadas a essas enterotoxinas.
• TSS – Síndrome do Choque Tóxico
Superantígenos
Superantígenos
• As enterotoxinas estafilocócicas são potentes mitógenos de células T.
• Estimulam linfócitos virgens em cocentrações de 10 ⁹ M. ̄�
• Aproximadamente 1 em cada 5 linfócitos T respondem particulamente ao CD4.
• Sintomas agudos são febre, coagulação intravascular disseminada e choque cardiovascular.
• Resposta mediada por citocinas como TNF.
Superantígenos
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade a bactérias intracelulares
• Capacidade de sobreviver e de se reproduzir dentro dos fagócitos.
• São capazes de se tornarem inacessíveis a substâncias microbicidas.
• Requer mecanismos da imunidade mediada por células.
• A resposta de cada hospedeiro determina as consequências patológicas.
• Imunidade Natural e Imunidade Adquirida.
Imunidade a bactérias intracelularesProdução de INF-
Expressão de indução de ligantes ativadores
Estimula macrófagos e células dendríticas a produzirem IL-12
Imunidade Natural
• Neutrófilos e, mais tarde macrófagos tentam destruir a bactéria, a qual apresenta resistência no fagossomo.
• Bactéria ativa células NK.
• Célula NK ativa macrófagos.
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade Natural
Fonte: ABBAS, Abul K. ; LICHTMANN, A.; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. Elsevier, Rio de Janeiro, 2008. 6ª edição.
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade Natural
• Não erradica a bactérias, é necessário resposta adquirida.
• Participa do controle do crescimento bacteriano.
• Ex.: Camundongo infectado com Listeria monocytogenes.
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade Adquirida
• Imunidade mediada por células
– Pode ser transferida para animais inativos adotivamente apenas por meio de linfócitos T.
– Linfócitos T reconhecem antígenos protéicos de microrganismos intracelulares que são apresentados na superfície de células infectadas, como peptídeos ligados a moléculas próprias do MHC.
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade Adquirida
Fonte: ABBAS, Abul K. ; LICHTMANN, A.; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. Elsevier, Rio de Janeiro, 2008. 6ª edição.
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade Adquirida
• Imunidade mediada por células
– Dois tipos de reações que atuam cooperativamente:1. Ativação dos macrófagos pelos sinais derivados de
células T helper - resulta na morte dos microrganismos fagocitados.
2. Lise de células infectadas por meio de linfócitos T citotóxicos.
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade Adquirida• Células T CD4+ diferenciam-se em Th1.
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade Adquirida
• INF- liberado por células Th1 estimulam os macrófagos a produzirem substâncias microbicidas. Ex: espécies reativas de oxigênio, óxido nítrico e enzimas lisossômicas.
• Estimula também produção de anticorpo IgG opsonizantes e fixadores de complemento, os quais promovem a fagocitose do microrganismo.
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade Adquirida
• Células T CD8+ são ativadas se:
– antígenos bacterianos forem transportados dos fagossomos para o citosol.
– bactérias escaparem dos fagossomos e entrarem no citoplasma das células infectadas .(Neste caso as substâncias microbicidas não são mais eficazes, a destruição de células infectadas é feita pelos linfócitos T citotóxicos.)
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade Adquirida
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade Adquirida
Fonte: ABBAS, Abul K. ; LICHTMANN, A.; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. Elsevier, Rio de Janeiro, 2008. 6ª edição.
• As duas linhas de resposta caminham cooperativamente.
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade Adquirida
• Pela alta resistência para sobreviver dentro dos macrófagos, as bactérias provocam uma estimulação antigênica crônica e a ativação da célula T e do macrófago podem resultar na formação de granulomas. (DTH)
+ Essas células ficam marcadas para eliminação.
- Pode causar dano tecidual grave.
Imunidade a bactérias intracelulares
Imunidade Adquirida
• A resposta de cada hospedeiro determina as consequências patológicas.
Imunidade a bactérias intracelulares
Hanseníase
• Mycobacterium leprae• Transmissão por vias aéreas• Contato pessoal frequente• 30.298 casos novos detectados em 2011 no
Brasil.• Incidência 15%.• Lepromatosa e/ou tuberculóide
Imunidade a bactérias intracelulares
Hanseníase
• Lepromatosa• Anticorpos específicos• Imunidade mediada por células
• IL-4 e IL-10• INF-
Nº bactérias
Ativação de macrófagos inadequada
Lesões destrutivas na
pele
Imunidade a bactérias intracelulares
Hanseníase
• Tuberculóide• Imunidade mediada por células• Anticorpos específicos
• INF- e IL-12
Granulomas ao redor de nervos
Disfunção na sensibilidade
periférica/ lesões
traumáticas secundárias
Lesões teciduais e nº
bactérias
Imunidade a bactérias intracelulares
Hanseníase
• Diagnóstico: • Alteração na sensibilidade em lesões cutâneas em área
periférica• Nervos tronculares periféricos espessados• Lesões cutâneas características• Baciloscopia de lesões cutânea positiva.
• Tratamento: MTD - dapsona, rifampicina e clofazimina
• Doentes multibacilares e doentes paucibacilares
Imunidade a bactérias intracelulares
Tuberculose
• Mycobacterium tuberculosis• Via respiratória• Contato pessoal• 2 bilhões de infectados no mundo.• 111.000 número de casos do Brasil.• Lesões causadas, principalmente, pela R.I.
Imunidade a bactérias intracelulares
Tuberculose
fghMacrófagosCélulas Th1 e Tc
ativados
Intensa produção de
INF-
Resistência de lise bacteriana
Ativação continuadaGranuloma
Bloqueio das Bactérias
NecroseFibrose
Doença clínica
Imunidade a bactérias intracelulares
Tuberculose
Imunidade a bactérias intracelulares
Tuberculose
• Diagnóstico: DTH cutâneo*
• Tratamento: isoniazida, rifampicina, estreptomicina, pirazinamida e etambutol.
• Tratamento muito longo, gerando abandono.• Aumento da resistência aos antibióticos.
• Prevenção: vacina BCG
Imunidade a bactérias intracelulares
Evasão imunológica das bactérias intracelulares
Mecanismo de evasão imunológica
Exemplos
Inibição da formação de fagolisossomos
Mycobacterium turbeculosis, Legionella pneumophila
Inativação de espécies de oxigênio e nitrogênio reativos
Mycobacterium leprae(glicolipídeo fenólico)
Ruptura da membrana dos fagossomos, escape para dentro do citoplasma
Listerina monocytogenes(proteína hemolisina)
Imunidade aos Vírus
Imunidade aos Vírus
• Microrganismos intracelulares obrigatórios• Citopáticos (RNA): replicação interfere na
síntese e função de proteínas desencadeando um ciclo lítico
• Não-citopáticos (DNA): Infecções latentes, que podem se disseminar, tornando-se líticas quando a resposta imune é comprometida
Imunidade Natural aos Vírus Reconhecimento de RNA e DNA
virais por receptores semelhantes a Toll (TLRs) endossômicos
dsRNA induz a produção de IFN tipo I - pela célula dendrítica (plasmocitóide)
Sensores citoplasmáticos de vírus proporcionam vias TLR-independentes de produção de IFN
RNA helicases que reconhecem RNA virais
• RIG-1 (gene indutível por retinóide-1)
• MDA-5
Imunidade Natural aos Vírus
IFNs tipo I (alfa e beta)Ativação da via JAK-
STAT: 2’-5’-oligo-adenilato sintetase
• Ativa a ribonuclease
Imunidade Natural aos Vírus
IFNs tipo I (alfa e beta) Indução da proteína
quinase dependente de dsRNA (PKR)
• Inibe a síntese protéica
Imunidade Natural aos Vírus
Células Natural Killer (NK)
IFN-alfa e IFN-beta induzem atividade lítica
IL-12Reconhecem células
infectadas que tiveram a expressão do MHC I bloqueada pelos vírus
Neutralização Viral pelos Anticorpos Humorais
IgASecretado nas células
epiteliais das mucosasVacina da pólio oral
atenuada
Neutralização Viral pelos Anticorpos Humorais
TH1 IFN-gamaI. Produção de isotipos de
anticorposII. Ligam-se aos receptores de Fc
dos fagócitosIII. Ativação complementoIV. Produtos do complemento ligam-
se à superfície do fagócitoV. Opsonização e fagocitoseVI. Expressão do MHC II e co-
estimuladores B7 na superfície dos fagócitos
VII. Ativação células T näives
Mecanismos Antivirais Mediados por Células
Células CTLs vírus-específicosT CD8+• Reconhecem antígenos virais citosólicos (endógenos)
associados a moléculas do MHC classe I em qualquer célula nucleada
Célula infectada tecidual pode ser fagocitada por uma APC profissional
• Processa antígenos virais e os apresenta às células T CD8+ näives
Proliferam-se na infecção viralAlgumas células T diferenciam-se em CTLs efetores
Mecanismos Antivirais Mediados por Células
Células Tc CD8+ e Th CD4+
Th1: produzem citocinas
IFN-gama: estado antiviral
IL-2: recruta precursores das CTLs em efetoras
Ativação das células NK
Evasão Imunológica pelos Vírus Variação antigênica Glicoproteínas de superfície
e epítopos Mutações pontuais e
redistribuições dos genomas de RNA
Pandemias de influenza (cepas diferentes), sorotipos de rinovírus e HIV-I
Vacinação profilática contra proteínas virais invariantes
Evasão Imunológica pelos Vírus Inibição do processamento antigênicoHSV 1 e 2: ICP47 bloqueia a TAPCitomegalovírus: Remoção de moléculas de MHC classe I do
REProdução de homólogos dos receptores a citocinasPoxvírus: codificam moléculas que se ligam a citocinas, agindo
como antagonistas competitivos das citocinasCitomegalovírus: molécula homóloga às proteínas do MHC I Vírus Epstein-Barr: BCRF1 homóloga à citocina IL-10, suprime
produção de citocina pelo subgrupo TH1, inibindo a ativação de macrófagos e células dendríticas
Evasão Imunológica pelos Vírus Infecções crônicas: falha das
respostas das CTLs Ativação da via PD-1, inibidora
das células T aos antígenos próprios
Respostas reduzidas das células T resultantes de infecção HIV
Falta de responsividade das células T mediada pela via PD-1
HIV: infecta células T CD4+, indutoras das respostas imunológicas a antígenos protéicos
Imunidade a parasitas
Helmintos e protozoários
• São agentes extremamente diferentes entre si em termos de estrutura, composição antigênica, localização no hospedeiro e mecanismos patogênicos.
• Maior morbidade e mortalidade que outros microorganismos infecciosos.
• Estima-se 1/6 da população mundial infectada.
• Desenvolvimento da imunoparasitologia.
Parasitas
• Complexos ciclos de vida, em que parte ocorre no homem e parte em outros hospedeiros;
• Estágio do parasita pode apresentar múltiplos alvos antigênicos, e mais de um estágio pode ocorrer em determinado momento no hospedeiro.
IMUNIDADE INATAo Localização extracelular- superfícies epiteliais e espaços intersticiais.
Ativam diferentes mecanismos de Imunidade Inata.a) Fagocitoseb) Ativação de Complemento
Principal resposta imune inata é a fagocitose e secreção de substancias microbicidas no caso de grandes parasitas.
Alguns Helmintos ativam via alternativa do complemento.
Freqüentemente apresentam capacidade de sobreviver e replicar-se dentro das células.
Imunidade adaptativa
• Parasitas variam sua propriedades estruturais e bioquímicas, seus ciclos de vida e mecanismos patogênicos. Logo,diferentes parasitas desencadeiam repostas imunes adaptativas distintas.
• Protozoários patogênicos sobrevivem dentro da célula do hospedeiro.
• Helmintos sobrevivem dentro em tecidos extracelulares.
• RESPOSTA CELULAR
• Localização :Intracelular a) Linfócito T citotóxicos - em celulas infectadas.b) TH1 - ativam macrófagos.
• RESPOSTA HUMORAL
• Localização :Extra e Intra-celuara) Opsonizaçãob) Ativação de complemento c) ADCC.
PROTOZOARIOS• Principal resposta aos que sobrevivem dentro
dos macrófagos Resposta Celular TH1.• TH1 ou TH2 = Resistência ou Suscetibilidade.• Testes com camundongos – Leishimania.
TCD4+
TH1
IFN-γ
Macrofágo
Morte do parasita
TH2
IL-4
Resistênciado Parasita
Lesão
• Tratamento de camundongos resistentes Anticorpo anti-IFN-γ Anticorpo anti-IL-4
Suscetibilidade Resistência
• Tratamento de camundongos deficientes em IFN-γ ou IL-4 IL-12 = Resistência.
IL-12 acentua produção de IFN-γ e desenvolvimento de células TH1.
IL-12 adjuvante de vacina.
• Alguns protozoários
ainda estimulam resposta
especifica de anticorpo e
CTLs semelhante aos
vírus citopáticos.
HELMINTOS• Principal mecanismos : TH2 das células T
auxiliares T CD4+. IL-4 Cel.B IgE - superfície do helminto. IL-5 estimulação e produção de eosinófilos.
Eosinofilos x Outros LeucócitosProteína de seus grânulos podem ser mais tóxicas
para os helmintos. Grânulos acidófilo com componentes
enzimáticos: MPB- Proteína básica principal : afeta mobilidade dos helmintos,destruindo-os. Pouco se sabe sobre o mecanismo de degranulação.
• Lesão tecidual Resposta granulomatosa com fibrose
concomitante.Ex:esquistossomose.
• Infestações crônicas e persistentes.Formação de complexos antígeno - anticorpo
específicos.
Resistência• A maioria das infecções é crônica.
Fraca imunidade inata,
Capacidade dos parasitas de escaparem ou resistirem à eliminação pelas respostas imunes adaptativas,
Resistência a morte fagocítica,
Resistência à lise mediada pelo complemento,
Proteção(tegumento),esconderijos(cisto),
Antibióticos antiparasitários nem sempre eficazes.
Helmintos são acessíveis,porém indivíduos infectados carregam poucos parasitas.
EVASÃO DOS MECANISMO IMUNE• Redução da imunogenicidade. Modificação de antígeno durante ciclo no hospedeiro:
a) Alteração Estagio –Específica; Estágios teciduais maduros produzem antígenos diferentes dos produzidos
nos estágios infecciosos.Ex: malaria.
a) Variação continua dos antígenos de superfície. Variação programada na expressão dos genes que codificam o principal antígeno de superfície. Variações de parasitemia sanguínea.
Dificuldade de vacina eficaz.
o Inibição da resposta imune – anergia
cel.T, imunossupressão não especifica,defeito na ativação da célula T.
Imunidade a Esquistossomose
• As respostas imune do hospedeiro humoral e celular possuem papel protetor.
• Imunidade concomitante.• Citotoxicidade mediada por IgE e eosinófilo
tem sido sugerido como mecanismo de morte do verme adulto.
• Verme adulto se cobre com antígenos do hospedeiro para enganar o sistema imune (sistemas ABO e histocompatibilidade).
Imunidade a Esquistossomose
3ª. Fase Crônica Fêmea: 300 ovos/dia TH2 modulada. Granulomas menores
mediados por TH2Protetores de hepatócito mas produzem
fibrose
2ª. Vermes amadurecem, oviposição Resposta muda: TH1 diminui e aparece uma
resposta TH2 induzida por antígenos dos ovos
1ª. 3–5 semanas esquistossómulos e adultos
imaturos migrando Resposta dominante T helper
1 (TH1)
Imunidade a Esquistossomose
Ovos
Macrófagos
Células epitelióides secretando
TNF- a e PGF
Céulas gigantes multinucleadas
Linfócitos TTh1 e Th2
Imunidade a Esquistossomose
Imunidade a Leishmaniose
• As formas promastigotas se opsonizam com C3b ou C3bi para se ligarem ao CR1 e CR3 nos macrófagos e serem internalizados.
Imunidade a Leishmaniose
Forma cutânea : Resposta do tipo TH1
Forma cutânea mucosa:Presença simultânea das
respostas TH1 exagerada e TH2 produção de IgG1 e IgG3
Imunidade a Leishmaniose
Forma cutânea difusa: resposta TH2 exarcerbada com níveis elevados de Ac IgG1 e IgG4
Forma visceral: Níveis altos de IL4 e IL10 com inibição de macrófagos e ploriferação policlonal de LB com produção de anticorpos inespecíficos.
Imunidade a Leishmaniose
Susceptível Baixa produção de IL-
12; Baixa produção de IFNγ; Elevada produção de IL-
4 e IL10. PadrãoTh2
ResistenteElevada produção de IL-12;Elevada produção de IFNγ;Baixa produção de IL-4 e IL-10.PadrãoTh1.
Imunidade a Malária
Imunidade a Malária
• 22%das crianças que residem em áreas endêmicas apresentam anticorpos detectáveis contra esporozoítas e 84% nos adultos.
• Dificuldades da resposta imune: Alterações maturacionais com alterações dos antígenos. Estágios intracelulares. Período do estágio mais acessível curto.
Liberação do antígeno CIRCUNSPOROZOÍTO.
Imunidade a Malária• A resposta imunológica a malária é espécie e
estágio específica.• As vacinas de malárias mais bem
caracterizadas são dirigidas contra esporozoítos.
• Vacinas experimentais com esporozoítas atenuados por irradiação por raios X.
Imunidade a MaláriaANTICORPO
RECONHECE PROTEÍNA CS circunsporozoíto (ASN-ALA-ASN-PRO)
EPÍTOPO DO ESQUIZONTE
NEUTRALIZAM A INFECTIVIDADE
Imunidade a Malária O principal antígeno
do merozoíto é a MSP-1 que contém uma região carboxiterminal altamente conservada que é utilizada como antígeno para imunização vem demosntrando resultados promissores.
Imunidade a Malária
• Vacinas de bloqueio da transmissão atuam nos estágios do ciclo de vida do parasita encontrados no mosquito.
• O índividuo imunizado contém anticorpos contra o antígeno Pfs125 presente na superfície dos zigotos e oocinetos.
Imunidade a Malária
• Os anticorpos ingeridos durante o repasto sanguineo neutralizam os zigotos e oocistos no mosquito impedindo a continuidade do ciclo.
Imunidade as Tripanossomíases causadadoras da Doença do Sono
• Os tripanossomas africanos - recoberto com uma glicoproteína variante específica (VSG).
• Cada tripanossoma possui cerca de 1000 genes que codificam diferentes VSGs, embora somente 1 esteja ativo.
• Quando um indivíduo é infectado ele fabrica anticorpos contra o VSG expresso inicialmente pela população de tripanossomas.
Imunidade as Tripanossomíases causadadoras da Doença do Sono
Imunidade as Tripanossomíases causadadoras da Doença do Sono
Imunidade a Fungos
Imunidade aos Fungos
• O principal mecanismo de defesa contra fungos é desenvolvido pelos fagócitos que os destroem por meio da produção de NO e reativos intermediários do oxigênio.
• Adicionalmente, há participação de IFN-γ, aumentando a função de neutrófilos e macrófagos.
Imunidade aos fungos• A Candida albicans Pacientes infectados com HIV
apresentam alta prevalência da infecção por C. albicans com envolvimento de esôfago, estômago e intestino, sendo comuns infecções recorrentes.
Em crianças que apresentam alteração na resposta imune celular e distúrbios endócrinos o quadro raro de candidíase mucocutânea crônica é descrito.
Imunidade aos Fungos
• Paracoccidioidomicose• Inalação de conídios leveduras no
pulmão• hormônio 17-b-estradiol
Forma Polar Positiva Forma polar Negativa
Progressão lenta Progressão rápida
Imunidade humoral + Imunidade humoral ++++
Imunidade celular ++ Imunidade celular
Granulos compactos Granulos desorganizados
Baixo número de fungos Alto número de fungos
Imunidade a bactérias intracelulares
Referências Bibliográficas• ABBAS, A. K. ; LICHTMANN, A.; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular.
6ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.• BRASIL. Novos casos de hanseníase caem 15% em um ano. Disponível
em: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=1498&CO_NOTICIA=13692. Acesso em 13 fev 2012.
• KINDT T. J., GOLDSBY R. A., OSBORNE B.A. Imunologia de Kuby. 4ª edição. Revinter, 2002.
• LOPES, A.C. Tratado de Clínica Médica. 2ª edição.São Paulo: Roca, 2009.
Obrigada!