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ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDORIPCA e INPCDezembro 2006
1
Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2007
SISTEMA NACIONAL DE ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR
COMENTÁRIOSDezembro de 2006
1. No mês
ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO - IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de dezembro teve
variação de 0,48% e ficou acima da taxa de 0,31% registrada no mês de novembro. Em relação a
dezembro de 2005, quando havia ficado em 0,36%, o IPCA também foi maior.
Para cálculo do índice de mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de
novembro a 28 de dezembro (referência) com os preços vigentes no período de 28 de outubro a 28 de
novembro (base).
As principais causas da alta de novembro para dezembro tiveram origem na região
metropolitana de São Paulo, que passou de 0,26% para 0,92% de um mês para o outro. Esta região tem
a maior ponderação (33,06%) na fórmula de agregação dos índices regionais para cálculo nacional do
IPCA.
O grupo Transportes atingiu 2,91% em São Paulo e teve contribuição de 0,63 ponto
percentual tendo em vista que, ao passar de R$ 2,00 para R$ 2,30 a partir de 30 de novembro, a tarifa
dos ônibus urbanos teve reajuste de 15,00%. Este resultado foi apropriado, quase integralmente, no
índice de dezembro. Ou seja, a variação dos ônibus urbanos em São Paulo ficou em 14,50%, com
contribuição de 0,42 ponto percentual. Naquela região ocorreu aumento, também, nas tarifas dos ônibus
intermunicipais, cujo reflexo do reajuste médio de 12,00% vigente desde 30 de novembro se refletiu em
11,85% no índice do mês. Houve aumento, ainda, nas tarifas de táxi, cuja variação de 10,23%, foi em
2
decorrência de reajuste ocorrido no dia 09 de dezembro. E mais. As tarifas de trem e metrô ficaram mais
caras, ambas com variação de 9,05% em virtude do reajuste de 9,52% em 30 de novembro.
Além de São Paulo (de 0,26% para 0,92%) , somente as regiões metropolitanas do Rio de
Janeiro (de 0,20% para 0,31%) e de Porto Alegre (de 0,13% para 0,23%) apresentaram alta de
novembro para dezembro. Conforme mostra a tabela a seguir, foi São Paulo (0,92%) a região
metropolitana que apresentou a taxa mensal mais elevada, enquanto as mais baixas ficaram com Salvador
(0,15%) e Curitiba (0,15%).
REGIÃOPESO
REGIONAL(%)
VARIAÇÃO (%)
NOVEMBRO DEZEMBRO ACUMULADA
São Paulo 33,06 0,26 0,92 2,63Goiânia 3,73 0,43 0,39 2,58Brasília 3,37 0,55 0,34 4,22Rio de Janeiro 13,68 0,20 0,31 4,01Belo Horizonte 10,83 0,35 0,30 4,96Recife 4,11 0,34 0,24 2,91Belém 4,15 0,50 0,24 3,16Porto Alegre 8,92 0,13 0,23 2,68Fortaleza 3,87 0,27 0,23 2,61Salvador 6,86 0,30 0,15 3,20Curitiba 7,42 0,63 0,15 2,50
Brasil 100,00 0,31 0,48 3,14
No IPCA, o grupo Transportes atingiu variação de 1,14%, o que levou a uma contribuição
de 0,24% ponto percentual e o fez responsável exatamente pela metade da taxa de 0,48% do mês. Os
ônibus urbanos tiveram suas tarifas mais caras em 4,61% por influência não só de São Paulo, mas
também do Rio de Janeiro, região onde foi apropriada variação de 4,21% em razão do reajuste de
5,26% a partir de 04 de dezembro, quando a tarifa modal passou de R$ 1,90 para R$ 2,00. Foram eles,
3
os ônibus urbanos, os responsáveis pela maior contribuição individual no mês: 0,17 ponto percentual.
A seguir, com 0,04 ponto percentual, vieram as tarifas dos ônibus intermunicipais, 3,52%
mais caras em decorrência, principalmente, de São Paulo (11,85%), com aumento também em Fortaleza
(2,92%) e Belo Horizonte (2,40%). As tarifas de táxi, com variações de preços em São Paulo
(10,23%) e Goiânia,(5,49%), ficaram, em média, 2,55% mais caras, enquanto as tarifas de metrô
(9,05%), e trem (9,05%), reajustadas somente em São Paulo, apresentaram variações médias de 6,47%
e 6,07%, respectivamente.
Vestuário (de 0,65% para 1,00%) e condomínio (de 0,08% para 0,81%) também
mostraram alta de um mês para o outro, enquanto o cigarro (de 4,63% para 1,88%), embora de forma
menos intensa, exerceu influência no IPCA.
Já os alimentos (de 1,05% para 0,39%), apresentaram resultado bem menor do que o de
novembro. Os principais itens que estiveram em queda no mês de dezembro encontram-se na tabela a
seguir.
VARIAÇÃO (%)ITEM
NOVEMBRO DEZEMBRO ACUMULADA
4
Tomate 29,63 -16,17 -24,16Batata inglesa -2,21 -0,84 -41,23Carnes 1,63 -0,43 0,70Frango 5,77 -0,86 0,82Leite pasteurizado -0,34 -0,45 3,40Lingüiça 1,03 -1,14 0,80Açúcar refinado -3,05 -1,19 15,74Carne seca 3,24 -2,09 -9,66Leite em pó 0,06 -0,73 -9,30Bacalhau -3,55 -5,36 -4,43Feijão carioca 3,03 -0,81 0,92Alho -4,05 -1,92 9,12Azeite 0,74 -3,24 -3,63Feijão preto -1,14 -1,07 -34,11
A seguir, os que se apresentaram em alta.
VARIAÇÃO (%)ITEM
NOVEMBRO DEZEMBRO ACUMULADA
5
Arroz 5,32 4,44 13,60Lanche 0,28 1,56 7,16Óleo de soja 5,22 10,10 15,50Refeição 0,59 0,43 4,58Cenoura -1,63 17,38 -15,22Cerveja -0,06 0,91 7,13Pescados 1,72 2,26 4,70Café moído 1,25 1,70 0,60Hortaliças 2,83 1,84 3,63Farinha de trigo 5,18 3,98 11,32Cebola 3,84 4,07 -34,08Ovo de galinha 0,76 1,45 -3,69Presunto 1,78 1,77 -10,66Farinha de mandioca 4,57 2,27 11,99Salsicha 0,31 2,33 -2,57
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário
de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país,
além do município de Goiânia e de Brasília.
ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR – INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,62% em
dezembro, acima da taxa de 0, 42% registrada no mês de novembro. A alta foi provocada por São
Paulo(de 0,42% para 1,48%) e Rio de Janeiro (de 0,14% para 0,51%), únicas regiões em alta.
Em dezembro de 2005 o índice havia ficado em 0, 40%.
No INPC do mês, os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,37% enquanto os
não alimentícios aumentaram 0,71%.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário
de 01 a 06 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país,
além do município de Goiânia e de Brasília.
6
Para cálculo do índice de mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de
novembro a 28 de dezembro (referência) com os preços vigentes no período de 28 de outubro a 28 de
novembro (base).
Enquanto maior índice regional foi registrado em São Paulo (1,48%). O menor ficou com
Salvador (0,10%).
A tabela abaixo contém os resultados por região pesquisada.
REGIÃOPESO
REGIONAL(%)
VARIAÇÃO (%)
NOVEMBRO DEZEMBRO ACUMULADA
São Paulo 25,64 0,42 1,48 2,71Goiânia 5,11 0,67 0,52 2,09Rio de Janeiro 10,16 0,14 0,51 3,73Belo Horizonte 11,08 0,44 0,40 4,56Recife 7,13 0,40 0,35 2,37Brasília 2,26 0,40 0,35 4,75Fortaleza 6,39 0,42 0,31 1,89Belém 6,94 0,56 0,28 2,65Porto Alegre 7,54 0,29 0,25 2,27Curitiba 7,16 0,71 0,21 1,74Salvador 10,59 0,39 0,10 2,55
Brasil 100,00 0,42 0,62 2,81
2. No ano
2.1) ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO - IPCA
7
O IPCA teve variação de 3,14% em 2006 e ficou 2,55 pontos percentuais abaixo do
resultado de 5,69% de 2005. Ou seja, foi praticamente a metade da taxa daquele ano. Constituiu-se no
IPCA mais baixo dos últimos cinco anos, cujos resultados foram: 12,53% em 2002; 9,30% em 2003;
7,60% em 2004; 5,69% em 2005; e 3,14% em 2006.
A redução na taxa de 3,14% em 2006 foi determinada, basicamente, pelos seguintes fatores:
• Boa oferta de produtos agrícolas, com produção em 116,6 milhões de toneladas
contra 112,6 milhões colhidas na safra anterior. Um acréscimo de 3,6%. Alimentos
importantes no consumo das famílias ficaram estáveis durante o ano ou até se tornaram
mais baratos, a exemplo do feijão preto, com queda de 34,11%, e do leite em pó,
com –9,30%. No Rio de Janeiro e em Recife, os alimentos chegaram a apresentar
deflação no ano(-0,26% e –0,21%), respectivamente.
• Significativa influência do câmbio apreciado, mantendo relativa estabilidade nos preços
de alguns produtos como os de higiene pessoal (0,65%). Contribuindo para a redução
nos preços de outros, a exemplo dos aparelhos de TV, de Som e de Informática (-
12,07%) e artigos de limpeza (-2,29%). Assim, aliado à boa safra do ano, o câmbio
favoreceu o comportamento dos produtos agrícolas vinculados ao mercado internacional,
cujos preços se recuperaram nos meses finais do ano em decorrência de perspectivas
futuras. Com isto, no ano, óleo de soja ficou 15,50% mais caro e a farinha de trigo
passou a custar mais 11,32%.
• Contribuição de itens administrados – a energia elétrica, em função, principalmente,
das revisões tarifárias, apresentou variação de apenas 0,28% no ano. As contas de
algumas regiões ficaram mais baratas, a exemplo de Brasília(-7,51%) e Curitiba(-7,39%).
As maiores altas foram registradas em Goiânia(6,44%), Belo Horizonte(6,33%) e
Recife(4,62%). Destaca-se que o encargo de capacidade emergencial deixou de ser
cobrado (em 23 de dezembro de 2005). Foi com o objetivo de cobrir risco eventual de
desabastecimento que o encargo, conhecido como “seguro-apagão,” foi instituído em
8
fevereiro de 2002. Quanto ao item telefonia fixo, que a partir de 2006 passou a ser
regulado com base no comportamento de uma cesta de índices com o objetivo de melhor
representar as variações de custos no setor, apresentou queda de 0,83% no ano.
• Contribuição dos combustíveis – fecharam o ano em 2,30%. Embora 2,94% mais cara,
inexistiu reajuste nos preços da gasolina ao nível das refinarias. A alta foi influência de
período em que os preços do álcool subiram e levou à alteração de 25% para 20% em
sua composição com o objetivo de reduzir a demanda e coibir a alta do produto. O
álcool, por sua vez, fechou o ano com preços 5,10% mais baratos.
Do lado dos itens que exerceram pressão sobre o índice, os destaques foram:
• Alta nas tarifas dos ônibus urbanos – mesmo sem reajuste em quatro (Fortaleza,
Salvador, Curitiba e Goiânia) das 11 regiões pesquisadas e com uma delas em
queda,(Recife –3,04%) o aumento nas tarifas das demais levou a 8,11% no ano.
• Alta nos salários dos empregados domésticos - subiram 10,73%, acompanhando o
reajuste do salário mínimo, que passou de R$300,00 para R$350,00 (16,67%);
• Alta nos planos de saúde – mais caros em 12,30%, refletiram não só a combinação de
parte do reajuste praticado em 2005 com parte de 2006, quanto a diferença entre o
reajuste que vinha sendo praticado e o efetivamente cobrado por autorização da Justiça
nos contratos antigos (anteriores a 1999).
Considerando os cinco últimos anos, observa-se na próxima tabela que, na perspectiva dos
últimos doze meses, 2002 apresentou taxas mensais crescentes em razão basicamente do efeito do repasse
da alta do dólar e o ano fechou com 12,53%, taxa anual que se constituiu na mais alta desde 1995. Já o
ano de 2003, visto também pela ótica dos doze meses, apresentou taxas relativamente elevadas em
9
continuidade à pressão do dólar sobre os preços ao consumidor e terminou com 9,30%, com os reflexos
da desvalorização da moeda nacional amenizados nos meses finais. O ano de 2004, por sua vez, ficou em
7,60% e mostrou que os efeitos da alta do dólar estavam ficando para trás. Em 2005, na taxa de 5,69%,
o resultado mensal mais baixo foi registrado no mês de junho (-0,02%). Abril, com 0,87%, ficou com o
maior índice em razão da concentração de aumentos nos preços dos alimentos e administrados como
ônibus urbanos, remédios e energia elétrica.
Em continuidade à trajetória descendente da inflação, 2006 fechou com o IPCA em 3,14% e
constituiu-se no menor resultado dos últimos cinco anos. Mostrou taxas mensais entre -0,21% (junho) e
0,59% (janeiro), intervalo bem menor do que os mensais de 2005 (entre -0,02% e 0,87%). Em
junho, quando ocorreu queda de 0,21% ficou evidenciada estabilização de preço e apenas duas das onze
regiões pesquisadas deixaram de apresentar deflação. Em janeiro, quando foi registrada a taxa mais alta,
de 0,59%, a pressão foi exercida pela alta do álcool combustível e das tarifas dos ônibus urbanos.Assim,
com altas pontuais, o ano de 2006 evidenciou um histórico de convergência para a estabilidade de preços.
A seguir, a série histórica de 2002 a 2006 e gráfico correspondente.
10
ANO MÊSNO MÊS 12 MESES
2002 JANEIRO 0,52 7,62FEVEREIRO 0,36 7,51MARÇO 0,60 7,75ABRIL 0,80 7,98MAIO 0,21 7,77JUNHO 0,42 7,66JULHO 1,19 7,51AGOSTO 0,65 7,46SETEMBRO 0,72 7,93OUTUBRO 1,31 8,45NOVEMBRO 3,02 10,93DEZEMBRO 2,10 12,53
2003 JANEIRO 2,25 14,47FEVEREIRO 1,57 15,85MARÇO 1,23 16,57ABRIL 0,97 16,77MAIO 0,61 17,24JUNHO -0,15 16,57JULHO 0,20 15,43AGOSTO 0,34 15,07SETEMBRO 0,78 15,14OUTUBRO 0,29 13,98NOVEMBRO 0,34 11,02DEZEMBRO 0,52 9,30
2004 JANEIRO 0,76 7,71FEVEREIRO 0,61 6,69MARÇO 0,47 5,89ABRIL 0,37 5,26MAIO 0,51 5,15JUNHO 0,71 6,06JULHO 0,91 6,81AGOSTO 0,69 7,18SETEMBRO 0,33 6,70OUTUBRO 0,44 6,86NOVEMBRO 0,69 7,24DEZEMBRO 0,86 7,60
2005 JANEIRO 0,58 7,41FEVEREIRO 0,59 7,39MARÇO 0,61 7,54ABRIL 0,87 8,07MAIO 0,49 8,05JUNHO -0,02 7,27JULHO 0,25 6,57AGOSTO 0,17 6,02SETEMBRO 0,35 6,04OUTUBRO 0,75 6,36NOVEMBRO 0,55 6,22DEZEMBRO 0,36 5,69
2006 JANEIRO 0,59 5,70FEVEREIRO 0,41 5,51MARÇO 0,43 5,32ABRIL 0,21 4,63MAIO 0,10 4,23JUNHO -0,21 4,03JULHO 0,19 3,97AGOSTO 0,05 3,84SETEMBRO 0,21 3,70OUTUBRO 0,33 3,26NOVEMBRO 0,31 3,02DEZEMBRO 0,48 3,14
VARIAÇÃO(%)
11
Dentre os grupos, as Despesas Pessoais foram as que mais cresceram: 7,23%. Artigos de
Residência foi o grupo de menor resultado: -2,72%.
GRUPO VARIAÇÃO(%)
PESO
20052
2006 2006
Despesas Pessoais 5,21 7,23 9,5404Educação 7,05 6,24 7,0620Saúde e Cuidados Pessoais 5,27 5,99 10,7926Vestuário 7,41 5,07 6,5578Habitação 6,66 3,08 13,6444Transportes 8,97 3,02 20,6920Alimentação e Bebidas 1,43 1,22 20,5083Comunicação 6,39 -0,25 6,4489Artigos de Residência 2,77 -2,72 4,7534
VARIAÇÃO (%) EM 12 MESESIPCA
2002 a 2006
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
20,00
JANEIRO2002
JULHO JANEIRO2003
JULHO JANEIRO2004
JULHO JANEIRO2005
JULHO JANEIRO2006
JULHO
12
Produtos alimentícios
Os alimentos ficaram com 1,22%, bem abaixo do índice do ano. Alguns produtos se
destacaram com preços mais altos, a exemplo do arroz (13,60%), farinha de mandioca (11,98%) e
açúcar refinado (15,73%) e cristal (16,49%). Mas a maioria apresentou aumentos moderados a
exemplo do frango (0,82%) e das carnes (0,70%). Ou mesmo em queda como o tomate (-24,17%) e o
feijão preto (-34,12%).
Da variação de 1,22% do ano, no primeiro semestre os preços dos alimentos caíram 1,32%
e no segundo subiram 2,58%. Em 2005, a variação de preços havia sido de 1,99%, sendo alta de 2,33%
no primeiro e queda de 0,34% no segundo semestre do ano. A tabela a seguir contém os resultados
mensais do grupo Alimentação e Bebidas ao longo destes dois anos.
MÊS
VARIAÇÃO(%)
2005 2006
Janeiro 0,78 0,11Fevereiro 0,49 -0,28Março 0,26 -0,24Abril 0,81 -0,27Maio 0,65 -0,03Junho -0,67 -0,61Julho -0,77 0,09Agosto -0,73 0,07Setembro -0,25 0,08Outubro 0,27 0,88Novembro 0,88 1,05Dezembro 0,27 0,39
1º Semestre 2,33 -1,322º Semestre -0,34 2,58
Acumulado 1,99 1,22
13
Produtos não alimentícios
Os preços dos produtos não alimentícios aumentaram 4,23%, sendo 2,87% no primeiro
semestre e 1,32% no segundo. Em 2005 a alta havia sido de 6,77%, com 3,40% no primeiro e 3,26% no
segundo.
O principal impacto individual no índice do ano foi exercido pelo item Plano de Saúde , com
alta de 12,30% e 0,39 ponto percentual de contribuição. A seguir vieram as mensalidades escolares,
que ficaram 6,79% mais caras, as tarifas dos ônibus urbanos, com aumento de 8,11% e os salários dos
empregados domésticos, com 10,73%.
Abaixo, os principais itens que pressionaram o ano:
ITEM VARIAÇÃO(%)
CONTRIBUIÇÃO
2006 2006
Plano de saúde 12,29 0,38888Colégios 6,79 0,33247Ônibus urbano 8,11 0,29739Empregado doméstico 10,73 0,29717Recreação 6,21 0,21231Condomínio 7,02 0,14100Remédios 4,60 0,13937Gasolina 2,93 0,13969Ônibus intermunicipal 8,86 0,09722
14
Gás de botijão 7,50 0,09025Aluguel residencial 3,16 0,08503Telefone celular 5,61 0,08440Cigarro 11,26 0,08410Taxa de água e esgoto 5,03 0,07976Conserto de automóvel 5,10 0,06246
Em queda, os destaques foram:
ITEM VARIAÇÃO(%)
CONTRIBUIÇÃO
Mobiliário -2,54 -0,03591Artigos de limpeza -2,29 -0,01821Automóvel usado -3,25 -0,05743Televisor -19,27 -0,05258Aparelho telefônico -7,93 -0,03418Microcomputador -10,89 -0,03243Telefone fixo -0,84 -0,03140Passagens aéreas -9,64 -0,02833Álcool -5,11 -0,02127Multa -17,39 -0,01774Sabão em pó -4,57 -0,01733Áparelho de DVD -19,04 -0,01593
15
tabela a seguir, os resultados mensais dos não alimentícios ao longo dos últimos dois anos.
PERÍODO
NÃOALIMENTÍCIOS
VARIAÇÃO(%)
2005 2006MENSAL
Janeiro 0,52 0,72Fevereiro 0,62 0,60Março 0,71 1,14Abril 0,89 0,34Maio 0,44 0,14Junho 0,17 -0,10Julho 0,54 0,22Agosto 0,43 0,04Setembro 0,52 0,24Outubro 0,88 0,19Novembro 0,46 0,12Dezembro 0,39 0,50
ACUMULADOS
1o Semestre 3,40 2,872o Semestre 3,26 1,32No ano 6,77 4,23
16
Sobre os combustíveis, segue tabela com resultados mensais e outra com preços
médios.
VARIAÇÃO(%)MÊS
GASOLINA ÁLCOOL
2005 2006 2005 2006
Janeiro 0,06 1,19 -1,23 9,87Fevereiro -0,79 0,57 -1,44 2,88Março 0,71 2,78 0,57 12,85Abril 0,42 -0,09 0,51 -0,11Maio -0,64 0,44 -5,42 -11,06Junho -1,51 -1,60 -8,79 -8,77Julho 0,87 0,81 2,05 1,04Agosto 0,34 -0,40 1,58 -0,80Setembro 3,36 -0,05 1,41 -3,76Outubro 4,17 -0,11 10,48 -3,28Novembro 0,83 -0,17 2,52 -0,86Dezembro -0,18 -0,41 4,53 -0,71
Acumulada 7,76 2,94 5,64 -5,10
ÁREA
PREÇOS MÉDIOS(R$)
GASOLINA ÁLCOOL
17
Rio de Janeiro 2,514 1,665Porto Alegre 2,629 1,808Belo Horizonte 2,375 1,672Recife 2,587 1,591São Paulo 2,375 1,200Brasília 2,653 1,781Belém 2,535 2,115Fortaleza 2,631 1,840Salvador 2,563 1,658Curitiba 2,531 1,544Goiânia 2,532 1,440
Índices regionais
A região metropolitana de Belo Horizonte (4,96%) ficou com o maior índice tendo em vista,
principalmente, aumentos ocorridos nos alimentos (4,31%), taxa de água e esgoto (10,24%), gás de
botijão (11,03%), energia elétrica (6,33%), condomínio (11,42%), ônibus urbanos (12,12%),
gasolina (3,80%) e álcool (2,17%). O menor foi o índice de Curitiba (2,50%), muito próximo de
Goiânia (2,58%), Fortaleza (2,61%) e São Paulo (2,63%). Todas as regiões pesquisadas mostraram
índices abaixo do ano anterior.
REGIÃOPESO REGIONAL
(%)VARIAÇÃO
ACUMULADA(%)
2005 2006
Rio de Janeiro 13,68 5,34 4,01Porto Alegre 8,92 6,18 2,68
18
Belo Horizonte 10,83 6,24 4,96Recife 4,11 7,10 2,91São Paulo 33,06 5,38 2,63Brasília 3,37 6,24 4,22Belém 4,15 6,06 3,16Fortaleza 3,87 5,64 2,61Salvador 6,86 5,78 3,20Curitiba 7,42 4,79 2,50Goiânia 3,73 6,37 2,58
Brasil 100,00 5,69 3,14
ÔNIBUS URBANOS – IPCA
TARIFAS E VARIAÇÕES (%) - DEZEMBRO 2006
AM PREÇOANTERIOR
REAJUSTE NOVO PREÇOR$
2º REAJUSTE PREÇOATUAL
R$ACUMULADO
NO ANODATA % DATA % %
RJ 1,80 19/01/06 5,56 1,90 04/12/06 5,26 2,00 11,11
POA 1,75 01/02/06 5,71 - - - 1,85 5,71
BH 1,85 - - - - - 1,85 *
REC 1,65 13/05/06 -3,00 - - - 1,60 -3,00
SP 2,00 30/11/06 15,00 - - - 2,30 15,00
DF 2,50 01/01/06 21,05 - - - 3,00 21,05
BEL 1,25 06/05/06 8,00 - - - 1,35 8,00
19
FOR 1,60 - - - - - 1,60 *
SAL 1,70 - - - - - 1,70 *
CUR 1,80 - - - - - 1,80 *
GOI 1,80 - - - - - 1,80 *
BR 5,26
RESULTADOS ACUMULADOS (%) NO ANO,ITENS ADMINISTRADOS E MONITORADOS
IPCADEZEMBRO 2006
ITEM VARIAÇÃO(%)
CONTRIBUIÇÃO
2005 2006 2005 2006
Avião 28,13 -9,64 0,1729 -0,02228Emplacamento e Licença 16,21 1,18 0,0417 0,00921Metrô 16,03 7,93 0,0336 0,02044Ônibus Interestadual 14,49 6,14 0,0195 0,02202Taxa de Água e Esgoto 13,38 5,03 0,2434 0,07976Ônibus Intermunicipal 12,35 8,86 0,1327 0,09722Plano de Saúde 12,02 12,29 0,3027 0,38888Óleo Diesel 11,38 0,68 0,0108 0,00061Trem 10,55 6,87 0,0065 0,00692Ônibus Urbano 10,44 8,11 0,5180 0,29739
20
Cartório 10,07 4,06 0,0167 0,00011Pedágio 10,05 0,79 0,0054 0,00104Energia Elétrica Residencial 8,03 0,27 0,3741 0,01058Gasolina 7,76 2,93 0,3349 0,13969Óleo 6,85 11,99 0,0108 0,00761Telefone Fixo 6,68 -0,84 0,2311 -0,03140Telefone Público 5,80 2,18 0,0095 0,00576Telefone Celular 5,62 5,61 0,0137 0,08440Táxi 3,99 9,16 0,0170 0,03081Gás Encanado 3,29 4,81 0,0028 0,00445Gás de Botijão 0,25 7,50 0,0041 0,09025Correio 0,00 0,00 0,0000 0,00000Jogos de Azar -0,47 0,00 -0,0010 0,00000Remédios 6,00 4,60 0,2389 0,1394
2.2) ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR – INPC
O INPC fechou o ano de 2006 com taxa de 2,81%. Os alimentos ficaram com 0,94%,
enquanto os não alimentícios aumentaram 3,59%. Em 2005 o resultado do ano foi 5,05%, com alta de
1,43% nos alimentícios e 6,59% nos não alimentícios.
Os resultados por grupo foram:
GRUPO VARIAÇÃO(%)
PESO
2005 2006 2006
Transportes 8,97 4,83 0,63295Vestuário 7,41 5,00 0,33071Educação 7,05 6,02 0,44433Habitação 6,66 3,01 0,42220Comunicação 6,39 -0,49 -0,01574Saúde e Cuidados Pessoais 5,27 4,64 0,64382Despesas Pessoais 5,21 6,85 0,66953
21
Artigos de Residência 2,77 -2,42 -0,13109Alimentação e Bebidas 1,43 0,94 0,24751
Dos índices regionais, o maior foi verificado em Brasília (4,75%). O menor foi o de
Curitiba (1,74%).
REGIÃOPESO REGIONAL
(%)VARIAÇÃO
ACUMULADA(%)
2005 2006
Rio de Janeiro 10,16 5,01 3,73Porto Alegre 7,54 5,78 2,27Belo Horizonte 11,08 5,35 4,56Recife 7,13 7,18 2,37São Paulo 25,64 4,29 2,71Brasília 2,26 4,69 4,75Belém 6,94 5,32 2,65Fortaleza 6,39 4,61 1,89Salvador 10,59 5,62 2,55Curitiba 7,16 3,28 1,74Goiânia 5,11 6,11 2,09Brasil 100,00 5,05 2,81
22