Upload
doankhanh
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
INFLUÊNCIA DA FAUNA EDÁFICA NA PRODUÇÃO ORGÂNICA DE
HORTALIÇAS FOLHOSAS PARA AGRICULTURA FAMILIAR NA REGIÃO SUL
DO RIO GRANDE DO SUL
INFLUENCE OF EDAPHIC FAUNA IN ORGANIC PRODUCTION OF LEAFY
VEGETABLES FOR FAMILY FARMING IN SOUTHERN RIO GRANDE DO SUL
Solange Machado Tonietto1, Tânia Beatriz Gamboa Araujo Morselli
2, José Manuel Ochoa
3,
Marciana Rubira da Silva Maciel4
1-Pós-Doutora em Agronomia, FAEM- UFPel; 2-Dra., Profa. do Dep. Solos-FAEM/UFPel;
3- M Sc. em Sistemas de Produção Sustentável, CATIE - Costa Rica
4- Mestranda em Agronomia SPAF-FAEM/UFPel
Fonte financiadora: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico eTecnológico/CNPq
mails: [email protected]; [email protected]; [email protected];
Grupo de Pesquisa 2: Segurança Alimentar e Agricultura Familiar
Resumo
A fim de estudar a mesofauna - ácaros e colêmbolos na adubação orgânica - esterco animal e
vermicompostagem na cultura da alface, foi conduzido um experimento em estufa de
novembro a janeiro, 2013/2014 na URCAMP-Bagé/RS. Os tratamentos foram constituídos
por resíduos orgânicos e vermicompostos de origem animal (bovinos e ovinos).
Semanalmente foram avaliadas as variáveis agronômicas na cultura e relacionadas com a
fauna edáfica. Foram avaliados adubos orgânicos, provenientes de estercos e vermicompostos
(bovinos e ovinos). O manejo dentro de estufa com práticas agrícolas menos agressivas ao
meio ambiente propiciam abundância considerável de organismos edáficos (colêmbolos e
ácaros). O vermicomposto bovino foi considerado o melhor tratamento para o cultivo de
alface em estufa; o cultivo em estufa associada a adubação orgânica acelera os parâmetros de
crescimento nas diferentes cultivares de alface; as sementes orgânicas da cv. Crespa-
Bionatur, oriundas dos campos de produção em sistema orgânico, em conjunto com adubação
orgânica refletiu na antecipação da colheita.
Palavras-chave: ácaros, colêmbolos e adubação orgânica.
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
Abstract
In order to study the mesofauna - mites and springtails in organic fertilizer - animal manure
and vermicompost on lettuce, an experiment was conducted in November oven at January
2013/2014 in URCAMP-Bagé / RS. The treatments were of organic material and
vermicompost the origin animal (bovine and ovine). Weekly were evaluated the agronomic
variables in culture and related to edaphic fauna. They were evaluated organic fertilizers,
manure from cattle and sheep and vermicomposting. The management in greenhouse with
less aggressive farming practices on the environment provide considerable abundance of
edaphics organisms (springtails and mites). The bovine vermicompost was considered the
best treatment for lettuce growing in greenhouses; cultivation in greenhouse associated with
organic fertilizer accelerates the growth parameters in different lettuce cultivars; organic
seeds of cv. Crinkly-Bionatur, coming from the production fields in an organic system,
together with organic fertilization reflected in anticipation of harvest.
Keywords: mites, springtails and organic fertilizer.
1. Introdução
A agricultura familiar contribui para a segurança alimentar, a estabilidade econômica e
o crescimento do País. Também gera empregos, agrega valor, distribui a renda no campo e
alimenta as cidades. Seu papel é, ainda, cada vez mais importante na produção de água e
energia e na conservação do meio ambiente (PLANO SAFRA, 2015/16).
Reafirmar o compromisso com a produção de alimentos mais saudáveis para
população brasileira e reconhecer seu papel na promoção de um modelo de produção cada vez
mais sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental é a proposta do Governo
Federal para a agricultura familiar.
A agricultura familiar apresenta-se forte na região Sul, onde 90,5% de seus
estabelecimentos agrícolas pertencem a essa categoria. Em seu conjunto, ocupa 43,8% da área
e é responsável por 57,1% do valor bruto da produção do setor a que pertence (EMATER,
2010).
O cultivo de espécies olerícolas, visando à comercialização, a cada ano, expande-se
para novas regiões do Rio Grande do Sul. A diversidade de solos, as diferentes condições
climáticas, a grande disponibilidade de água para irrigação e a tradição da agricultura familiar
fazem deste Estado um dos maiores produtores brasileiros. A constituição étnica do RS,
formada com diversos povos de origem européia, trouxe o hábito de cultivo de hortas para a
subsistência e segurança alimentar. Aos poucos, isso passou a ser atividade de renda e hoje
muitos agricultores transformaram-na em principal atividade da propriedade.
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
Estima-se que no Rio Grande do Sul sejam cultivados cerca de 69 mil hectares com
mais de 25 diferentes espécies olerícolas destinadas à alimentação humana. Essa atividade é
realizada por aproximadamente 35 mil agricultores que têm nessa atividade uma renda para
sua subsistência.
A produção para consumo próprio, o abastecimento local e a autonomia do Estado
devem ser o foco do trabalho das instituições envolvidas neste processo.
No município de Bagé, RS, em pesquisa de campo realizada pela (EMATER, 2010),
para elaboração de um plano de negócios para o setor hortigranjeiros, foi constatado que são
produzidas em sistema convencional 206,1 Mg ano-¹ de alface e consumidas 199,2 Mg ano
-¹,
demonstrando que a produção desta hortaliça no município atende a demanda local, uma vez
que Bagé localiza-se a 353Km da capital Porto Alegre, o que dificulta a chegada de hortaliças
folhosas frescas ao município.
A região da campanha é conhecida por sua grande criação de bovinos e ovinos. A
partir daí a necessidade da utilização do esterco animal como adubo na produção de
olerícolas, A agricultura ecológica prima pela não utilização de formas solúveis de adubos,
proíbe a utilização dos agrotóxicos e de outras práticas comuns na agricultura dita
convencional. Dessa forma a utilização de produtos oriundos da propriedade visa dar ao
produtor agroecológico autonomia, além de contribuir para a sustentabilidade da pequena e
média propriedade.
O uso de vermicomposto e dos estercos curtido de animais permitem melhorar a
fertilidade, além de ser excelentes condicionadores de solo, melhorando suas características
físicas, químicas e biológicas, como: retenção de água, agregação, porosidade, aumento na
capacidade de troca de cátions, aumento da fertilidade e aumento da vida microbiana do solo,
com reflexos imediatos nas culturas produzidas.
Atualmente há um interesse crescente pela sociedade brasileira, pela produção
orgânica de hortaliças, sendo conseqüência direta da exigência por parte dos consumidores
por alimentos mais saudáveis, produzidos em um sistema que respeite o meio ambiente e que
seja socialmente justo. Há tempos atrás as hortaliças produzidas no sistema orgânico eram
uma raridade no mercado, oferecidas em pequenas feiras ou comercializadas nas sedes de
associações de agricultura orgânica, por preços bem mais elevados em relação às hortaliças
produzidas no sistema convencional.
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
Hoje em dia, as hortaliças produzidas nesse sistema são facilmente encontradas nas
gôndolas dos supermercados e em outros pontos de venda do varejo das médias e grandes
cidades brasileiras e correspondem a 60% do volume de produtos orgânicos, um mercado que
movimenta anualmente US$ 300 milhões em nosso país.
Neste contexto, a utilização de compostos e vermicompostos oriundos de estercos
bovino e ovino, na produção de alface em horta orgânica, será uma opção racional e de baixo
custo para destinar esse materiais com evidentes benefícios agroecológicos para diferentes
produtores da região Sul do RS.
O presente estudo teve como objetivo avaliar a riqueza e abundância da mesofauna no
sistema solo-planta-estufa.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho de campo foi realizado no Centro de Ciências Rurais do Campus Rural da
Universidade da Região da Campanha (URCAMP), em Bagé/RS e compreendeu: coleta das
amostras de solo estratificadas; caracterização química do solo; instalação do minhocário
(produção do adubo orgânico; acompanhamento da vermicompostagem; avaliação da
mesofauna (ácaros e colêmbolos) nas caixas de vermicompostagem; retirada das minhocas
das caixas de vermicompostagem; produção das mudas de alface; peneiragem do material
vermicompostado; coleta dos vermicompostos para análises físicas e químicas; cálculos das
adubações para os diferentes tratamentos; adição dos adubos orgânicos nos diferentes
tratamentos; transplante das mudas de alface; acompanhamento do experimento; coletas
semanais dos organismos do solo (mesofauna) e da cultura estudada ao final do seu ciclo.
As tarefas laboratoriais executadas no projeto foram às seguintes: avaliação das
respostas agronômicas (fitomassa fresca e seca da parte aérea, fitomassa seca de raíz,
comprimento de raízes e razão parte aérea/sistema radicular) e avaliações da mesofauna - que
para a coleta dos organismos do interior do solo, as amostras de solo foram retiradas com
auxílio de cilindros -de volume conhecido (424 cm3). De forma aleatória os mesmos foram
distribuídos nos locais de estudo. Uma vez obtidas as amostras semanais de peso uniforme,
com umidade natural, os organismos do solo foram extraídos pelo Extrator ou Funil de
Tüllgren, que constam de funis metálicos de boca larga com diâmetro de 25 cm, peneira com
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
tela de 2 mm de diâmetro e suporte com lâmpada de 25 Watts. Posterior a extração, os
organismos foram colocados em recipientes fechados para procedimento de contagem dos
mesmos em lupa.
O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro tratamentos e quatro
repetições, sendo cada parcela de área útil de 2,0m x 1,0m (2m2), com espaçamento de 0,25m
x 0,25m, constituindo-se de 32 plantas por parcelas, o que permitiu utilizar as plantas da parte
central do canteiro para as avaliações agronômicas. Os tratamentos utilizados foram: T1-
esterco curtido de bovinos, T2- esterco curtido de ovinos, T3- vermicomposto bovino e T4-
vermicomposto ovino. No experimento, as cultivares de alface estudada foram: Luiza,
Mimosa (vermelha) e Crespa (Bionatur).
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (Anova) e teste de
médias (Duncan 5%) de probabilidade no programa (Godoy SASM-Agri, 2001).
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 ADUBOS ORGÂNICOS
De maneira geral a adição dos adubos orgânicos ao solo proporcionou melhorias nas
condições físicas e químicas, aumentando os teores de macronutrientes, matéria orgânica e
reduziu os valores de alumínio (Tabela A e Tabela B).
Tabela A - Análise de solo, antes da instalação do experimento. FAEM/UFPel, 2013.
Análise
de Solo
pH MO P K Ca Mg CTC7 Al Argila
% -----mg L-1
----- -----------------cmolc L-1
---------------- %
5,0 1,80 24,3 73 9,0 3,4 23,7 1,1 34
Fonte: LAS/FAEM/UFPel
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
Tabela B- Análise de solo, após a colheita da cultura da alface, término do experimento.
FAEM/UFPel, 2014.
Análise
de Solo
pH MO P K Ca Mg CTC7 Al Argila
% mg L-1
cmolc L-1
%
6,4 2,20 50,1 107,92 11,64 4,11 19,3 0,42 34
Fonte: LAS/FAEM/UFPel
Os métodos utilizados para as determinações dos vermicompostos e dos estercos,
foram os recomendados por Tedesco et al, (1995), e as análises realizadas no Laboratório de
Química e Fertilidade do Solo do Departamento de Solos da FAEM/UFPel (Tabela 1).
Tabela 1- Caracterização dos vermicompostos bovino (VB) e ovino (VO), Estercos
bovino(EB) e ovino(EO), utilizados no experimento URCAMP/Bagé (RS), 2014.
Análise dos
Vermicompostos
C/N Nt P K Ca Mg
%
VB 14:1 1,68 0,79 1,74 0,80 0,62
VO 9,6:1 2,80 1,50 5,04 1,39 0,07
EB 14,7:1 1,70 0,90 1,40 0,14 0,15
EO 15:1 1,40 1,36 2,24 0,90 0,40
Fonte: LAS/FAEM/UFPel
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
3.2 VARIÁVEIS AGRONÔMICAS ESTUDADAS
Na (Tabela 2), abaixo, verifica-se que para fitomassa fresca e seca da parte aérea,
fitomassa seca da raíz, comprimento de raízes e razão parte aérea/sistema radicular, houve
+diferença significativa entre os tratamentos, pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade.
Tabela 2. Fitomassa Fresca da Parte Aérea (FFPA), Fitomassa Seca da Parte Aérea (FSPA),
Fitomassa Seca da Raíz, Comprimento de raízes (CR) e Razão Parte Aérea/Sistema Radicular
na cultura da alface, observados no período pós-colheita, Bagé (RS), URCAMP, 2014.
*Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Duncan, a 5%
de probabilidade.
A) Fitomassa Fresca da Parte Aérea (FFPA)
No experimento, para a variável fitomassa ou massa de matéria fresca da parte aérea,
destacou-se o Vermicomposto Bovino (VB), que diferiu estatisticamente dos demais
tratamentos.
Adubação Orgânica FFPA
(g. planta -1
)
FSPA
(g. planta -1
)
FSR
(g. planta -1
)
CR
(cm)
RPA/SR
EO 126,29b 9,94a 5,66a 7,6c 0,57a
EB 123,60b 8,54c 4,36c 11,2b 0,51c
VO 119,22b 8,66b 4,24c 11,8a 0,49d
VB 150,02a 9,49a 5,12b 5,7d 0,54b
Média 129,78 9,16
4,85 9,08 0,53
CV (%) 29,11 13,87 11,46 1,70 2,06
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
CÂMARA (2001), avaliando diferentes compostos orgânicos na produção de mudas
de alface, verificou superioridade dos compostos orgânicos em relação aos substratos
comerciais em relação à massa fresca da parte aérea.
Com a adubação orgânica, a maior massa de matéria fresca obtida, leva a uma maior
sobreposição foliar durante o período após a colheita (SANTOS et al., 2001), acarretando
maior contato de parte da superfície foliar com superfície mais úmida, e menor déficit de
pressão de vapor nestas condições, ocorrendo uma menor perda de água nas planta
(AMARANTE, 1988), quando comparadas às de menor crescimento. Ao lado deste
mecanismo, há relato da presença de colênquima mais espessa em plantas fertilizadas
organicamente (SCHUPHAN, 1974), aumentando, assim, a resistência à difusão de vapor
d'água.
Segundo TURAZI et al. (2006), como o nitrogênio é responsável pela expansão
celular, plantas maiores e mais pesadas apresentariam maior teor desse nutriente.
B) Fitomassa Seca da Parte Aérea (FSPA)
Para massa de matéria seca da parte aérea, houve diferença estatística entre os
tratamentos, sendo que o melhor foi o Esterco Ovino (EO), seguido do Vermicomposto
Bovino (VB), Vermicomposto Ovino (VO) e Esterco Bovino (EB). As respostas encontradas
para esta variável foram superiores às obtidas por Huber (2008), que no tratamento
vermicomposto bovino (VB) encontrou valores variando de 3,86 a 6,33. Enquanto, neste
experimento para este mesmo tratamento (VB) foi encontrado o valor de 9,49. Neste
experimento os valores variaram de 8,54 (EB) a 9,94 (EO) entre os tratamentos.
C) Fitomassa Seca da Raíz
Quanto a fitomassa seca de raízes, embora não tenha diferença estatística entre
tratamentos, o valor médio encontrado (4,85g planta-1
) foi inferior ao encontrado por
MORSELLI (2001), que obteve valores médios de fitomassa seca da raiz de 7,41g planta -1
semelhante aos resultados médios encontrados por HUBER (2008).
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
Ainda na (Tabela 2), verifica-se que, para fitomassa fresca e seca da parte aérea,
comprimento de raízes e razão parte aérea/sistema radicular, houve diferença significativa
entre os tratamentos, pelo mesmo teste.
D) Comprimento de raízes
Para a variável comprimento de raízes houve diferença significativa entre os diferentes
tipos de adubação orgânica, sendo que o (VO) conferiu maior comprimento às raízes de
alface, seguido do (EB) e (EO), o menor comprimento das raízes foi observado quando
adubado com (VB). TIBAU (1984) salienta que o ácido indol-acético encontrado na urina
dos animais tem um poderoso efeito estimulante das raízes.
E) Razão parte aérea/Sistema radicular
Com relação à razão parte aérea/sistema radicular houve diferença estatística entre os
tratamentos e o melhor resultado encontrado foi para o tratamento (EO), seguido do (VB),
(EB) e (VO). Os resultados obtidos no presente trabalho foram superiores aos encontrados por
HUBER (2008), que encontrou o valor médio de 0,44, enquanto neste experimento o valor
médio foi de 0,53. No entanto, MORSELLI et al. (2001), encontrou valores maiores nesta
cultura quando trabalhou com os adubos orgânicos: Vermicomposto Bovino Sólido (BS),
Vermicomposto Bovino Líquido (BL), os valores foram de 1,47 e 2,85 respectivamente.
3.3 ESTUDO DA FAUNA EDÁFICA
A decomposição é um processo essencialmente biológico, em que os organismos,
invertebrados e microrganismos, são os principais agentes da desestruturação física e química,
que ocorre após a senescência de partes ou até de indivíduos inteiros. Nos ecossistemas
terrestres, os invertebrados, também chamados de fauna do solo ou fauna edáfica, podem estar
associados ao processo de decomposição no compartimento serrapilheira do solo (YANG &
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
CHEN, 2009), em razão da existência de grande diversidade de recursos e dos micro-habitats
nesse compartimento (SILVA, 1998).
Em solos sob vegetação natural, os recursos biológicos resultam de processos de
adaptação às condições ambientais, refletindo os mecanismos de evolução do ecossistema
como um todo (GIRACCA, 2005). Dessa forma, os organismos do solo são influenciados
pelo clima, solo, qualidade e quantidade do recurso vegetal, atividade humana e tipo de
manejo do solo (LAVELLE, 1996).
A fauna do solo exerce importante papel na ciclagem de nutrientes (CARRILLO et al.,
2011), uma vez que é responsável pela regulação da comunidade de microrganismos
decompositores da matéria orgânica e fragmentação desse material (YANG & CHEN, 2009),
influenciando direta e indiretamente no ciclo da matéria e no fluxo de energia ao longo dos
ecossistemas terrestres. Além disso, esses organismos apresentam grande contribuição para a
agregação do solo (OLIVEIRA et al., 2012), por meio de suas ações mecânicas (construção de
ninhos e escavação) e modificando os materiais do solo pela deposição de compostos
orgânicos (BIGNELL, 2006).
Diferentes fatores podem influenciar a distribuição, composição, abundância e atividade
alimentar da fauna do solo (SIMPSON et al., 2012). SIMPSON et al. (2012) enfatizam os
possíveis efeitos das mudanças climáticas sobre a atividade da fauna edáfica, principalmente
ao que se refere à influência na umidade do solo (HOLMSTRUP et al., 2012). Em solos sob
vegetação natural, os recursos biológicos resultam de processos de adaptação às condições
ambientais, refletindo os mecanismos de evolução do ecossistema como um todo (GIRACCA,
2005). Dessa forma, os organismos do solo são influenciados pelo clima, solo, qualidade e
quantidade do recurso vegetal, atividade humana e tipo de manejo do solo (LAVELLE, 1996).
Oscilações de temperatura e umidade e características das estações do ano são fatores que
influenciam a densidade faunística (FERNANDES et al., 2011). Alguns autores ressaltam a
sensibilidade de grupos taxonômicos da fauna a períodos secos (FERNANDES et al., 2011),
enquanto outros apresentam estratégias de sobrevivência de organismos, que migram para
ambientes (compartimentos solo serrapilheira) mais favoráveis (CORRÊA NETO et al., 2001;
MOÇO et al., 2005). Embora seja muito importante no processo de ciclagem de nutrientes, a
dinâmica da fauna edáfica em áreas agrícolas ainda é pouco conhecida.
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
Com as modificações impostas pelo uso do solo, e em particular pela agricultura, a fauna
e os microrganismos edáficos são influenciados pelos impactos provocados pelas práticas
agrícolas em diferentes graus de intensidade (ALVAREZ et al., 2001).
O maior potencial de avaliação da qualidade do solo está na análise da diversidade da
fauna do solo, que apresenta resposta mais rápida do que os outros atributos do solo, servindo,
como bioindicador mais sensíveis às alterações ecológicas (BARETTA, 2003).
A determinação da sua população e diversidade é de fundamental importância para
avaliar as interações biológicas no sistema solo/planta (GIRACCA et al., 2003), elucidar os
processos de ciclagem de nutrientes e, dessa forma, proporcionar subsídios para a
compreensão do funcionamento dos ecossistemas.
Os resíduos orgânicos decompostos sob vermicompostagem são resultantes não somente
da ação dos microrganismos e minhocas como também da mesofauna (ácaros e colêmbolos)
que uma vez adicionados no solo contribuem para a melhoria da qualidade do solo (HUBER
et al, 2011). A mesofauna é representada por animais que medem 0,2 a 2,0 mm e incluem
ácaros, colêmbolos dentre outros.
Em sistemas conservacionistas (Sistemas Agroflorestais-SAFs), incluindo quintais
florestais, que se assemelham ao sistema natural, a oferta de refúgio e a alta disponibilidade
de matéria orgânica, para macro e microrganismos, sem que haja grandes perturbações
advindas de manejo intensivo (LUIZÃO & SCHUBART, 1987), favorecem o
restabelecimento da fauna do solo e dos diversos benefícios decorrentes da atividade desses
organismos ao sistema. A diversidade em uma comunidade pode ser avaliada por diversos
índices.
Segundo (ODUM,1983), é necessário reconhecer os dois componentes básicos da
diversidade de espécies, porque eles podem responder diferentemente aos fatores geográficos,
desenvolvimentais ou físicos. Um componente principal é a riqueza de espécies, ou variedade
ou densidade de espécies - que é o número total de espécies, geralmente expresso para as
finalidades de comparação como uma razão de espécies/área ou uma razão de
espécies/número de indivíduos. O outro componente principal da diversidade é a
uniformidade ou equitabilidade na repartição de indivíduos entre as espécies.
Ainda, segundo esse mesmo autor há uma abordagem que se utiliza de índices de
diversidade. Um deles é o Índice de Shannon (H') - mede o grau de incerteza em prever a que
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
espécie pertencerá um indivíduo escolhido, ao acaso, de uma amostra com S espécies e N
indivíduos. Este índice atribui um peso maior a espécies raras.
Quanto menor o valor do índice de Shannon, menor o grau de incerteza e, portanto, a
diversidade da amostra é baixa. A diversidade tende a ser mais alta quanto maior o valor do
índice que considera a riqueza de espécies (S) e sua abundância relativa (pi).
O índice de Uniformidade de Pielou (e) é um índice de equitabilidade, que se refere ao
padrão de distribuição dos indivíduos entre as espécies.
Neste estudo, quanto à composição relativa dos grupos taxonômicos, as maiores
ocorrências no período estudado foram: Collembola e Acarina. Sendo que os demais
indivíduos encontrados (Diptera e Formicidae) não ultrapassaram 1 % do total.
3.3.1 Avaliação de Colêmbolos Edáficos
Os colêmbolos pertencem à classe Insecta, Subclasse Apterygota e Ordem Collembola e
representam insetos apterigotas mais primitivos (COLEMAN e CROSSLEY, 1995).
Integram, juntamente com os ácaros, a maior população da mesofauna edáfica. A alimentação
dos colêmbolos é constituída principalmente de fungos ou de resíduos vegetais (COLEMAN e
CROSSLEY, 1995; LAVELLE, 1996) e também constituem uma importante fonte de
alimento para outros organismos predadores como aranhas, coleópteros e ácaros. Segundo
SAUTTER & SANTOS (1991), os colêmbolos são considerados bioindicadores da qualidade
do solo, pois caracterizam as condições edáficas através de sua flutuação populacional,
ecossistemas, condições climáticas e manejo do solo.
Os colêmbolos ocorrem apenas em ambientes úmidos, embora alguns deles possam
resistir à dessecação. As populações de colêmbolos são maiores na superfície dos materiais,
especialmente onde a macroporosidade é maior, ainda que também sejam encontrados em
áreas mais profundas. Os hábitos alimentares destes animais variam muito, desde bactérias,
hifas e esporos fúngicos, material orgânico em decomposição, fezes, plantas ou animais vivos.
São ativos na fragmentação de restos de plantas, que depois serão desdobrados por
microrganismos (RICHARDS, 1978). Esses organismos são sensíveis a mudanças antrópicas
(BARETTA, FERREIRA, SOUSA et al., 2008).
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
DAMÉ (1995), estudaram a fauna de colêmbolos subterrâneos de cinco campos não
cultivados e com uma boa cobertura herbácea. Encontraram a maior abundância de animais na
camada superficial do solo (0-10 cm), constatando uma alta correlação do carbono orgânico,
umidade e teor de fosfato com a população de colêmbolos.
MENEZES et al. (2007), observaram um maior número de colêmbolos em sistemas de
produção diversificado (SPD), quando comparado com sistemas de mata nativa (SMN),
devido à rotação de culturas, há um maior aporte de resíduos orgânicos provenientes da
adição de esterco de frango neste sistema (SPD), maior aporte de matéria orgânica, bem como
restos culturais e roçado deixados sobre o solo, implicando numa maior abundância da fauna
edáfica. O que não foi diferente neste experimento, já que na estufa onde ocorreu o estudo,
anteriormente houve cultivo de outras culturas (rotação de culturas) e portanto um maior
aporte de matéria orgânica.
Na Índia, CHOUDHURI & ROY (1968), apud DAMÉ (1995), estudaram a fauna de
colêmbolos subterrâneos de cinco campos não cultivados e com uma boa cobertura herbácea.
Encontraram a maior abundância de animais na camada superficial do solo (0 – 10 cm),
constatando uma alta correlação do carbono orgânico, umidade e teor de fosfato com a
população.
A população de colêmbolos foi quatro vezes maior que a de ácaros conforma Tabela 3,
abaixo, como o experimento foi realizado no verão, onde as temperaturas são maiores (acima
de 30°C), possivelmente houve influência da temperatura sobre a população de colêmbolos.
Na estufa, a umidade gravimétrica ficou em torno dos 40% e a do ar acima dos 60%.
Avaliando o número de colêmbolos através do funil de Tüllgren (que identifica a
mesofauna em profundidade no solo), o Vermicomposto Bovino (VB) e o Vermicomposto
Ovino (VO) foram estatisticamente superiores aos demais tratamentos Esterco Ovino (EO) e
Esterco Bovino (EB).
3.3.2 Avaliação de Ácaros Edáficos
No funil de Tüllgren, apenas o tratamento (VB) foi estatisticamente superior aos demais.
Discordando dos dados de Huber (2008), que encontrou os maiores valores para ácaros no
tratamento (EO).
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
Verificou-se que o vermicomposto bovino (VB) foi o melhor tratamento, pois apresentou
um maior número de ácaros.
DAMÉ et al. (1996), relata que a presença desses indivíduos serve como indicador da
condição biológica do solo, dada sua sensibilidade às alterações ambientais.
Tabela 3. Número médio de ácaros e colêmbolos obtidos com o método Funil de Tüllgren
nos tratamentos, Bagé (RS). 2014.
Tratamentos Funil Tüllgren
ÁCAROS
Esterco Ovino (EO) 357b
Esterco Bovino (EB) 355b
Vermicomposto Ovino (VO) 304c
Vermicomposto Bovino (VB) 525a
COLÊMBOLOS
Esterco Ovino (EO) 108c
Esterco Bovino (EB) 103d
Vermicomposto Ovino (VO) 517b
Vermicomposto Bovino (VB) 617a
Total 2.886
Médias seguidas por letras distintas, minúsculas para cada coluna (entre tratamento), diferem
entre si pelo teste de Duncan a 5%.
Em relação à diversidade da fauna no período estudado, verificou-se que ela foi maior no
mês de janeiro, no qual o valor do índice de Shannon registrado foi de 1,18 e confirmado pelo
alto índice de Pielou encontrado (0,99), sendo 83,5 % do grupo Collembola e 13,6 % do
grupo Acarina, confirmando a alta diversidade da fauna nesse período, indicando que esses
organismos possuem papel importante na ciclagem de nutrientes em área de estufa.
A camada superficial do solo (0 - 0,10 m) apresentou maior densidade de organismos,
possivelmente em decorrência das melhores condições de aeração e disponibilidade de
alimentos, uma vez que, há grande concentração de raízes e aporte de material orgânico nessa
camada do solo (MARTINEZ & SANCHES, 2002).
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
LIMA et al. (2007) observaram que, nas áreas sob cultivo orgânico, cerca de 80% de toda
a fauna ocorreram na camada superficial (0-10 cm), talvez em decorrência das melhores
condições de aeração e disponibilidade de alimento.
4. CONCLUSÃO / CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização de adubos orgânicos, provenientes de vermicompostos bovino e esterco
ovino, propiciaram maior número de colêmbolos ao final do experimento;
O vermicomposto bovino foi considerado o melhor tratamento para o cultivo de alface
em estufa;
O papel da fauna edáfica na dinâmica da matéria orgânica no sistema solo-planta-
estufa é fundamental no retorno de nutrientes essenciais para o crescimento e incremento de
biomassa nas plantas de alface. Além de contribuir para a estruturação física do solo, através
da participação nos processos bioturbação do mesmo.
As sementes da cv. estudada (Crespa-Bionatur), oriundas dos campos de produção em
sistema orgânico, em conjunto com adubação orgânica refletiu na antecipação da colheita;
O manejo dentro de estufa com práticas agrícolas menos agressivas ao meio ambiente
propiciam abundância considerável de organismos edáficos, onde estes tem papel importante
na ciclagem de nutrientes nestes ambientes.
5. IMAGENS DO EXPERIMENTO
Fonte:Tonietto,SM. (2013/2014).
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
Fonte:Tonietto,SM. (2013/2014)1.
1 Implantação do experimento na Universidade Regional da Campanha em 2013/2014, Bagé, RS. Execução dos
trabalhos laboratoriais na Universidade Federal de Pelotas em 2014/2015, Pelotas, RS.
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
5. REFERÊNCIAS
AMARANTE, C.V.T. do. Efeitos da perda de água sobre a fisiologia pós-colheita de
frutos, flores e folhas. Viçosa: UFV, 1988. 44p.
BACHELIER, G. 1978. La faune dês sols: son écologie et son action. Paris, ORSTOM. 391p.
Brasileira de Agrocomputação, V.1, N.2, p.18-24. 2001.
BARETTA, D.; FERREIRA, C. S.; SOUSA, J. P.; CARDOSO, E. J . B. N.
Colêmbolos (Hexapoda: Collembola) como bioindicadores de qualidade do
solo em áreas com Araucaria angustifolia. Revista Brasileira de Ciência do
Solo, v. 32 (número especial), p. 2693 -2699, 2008.
BIGNELL, D.E.Termites as soil engineers and soil processors. In:KONIG,
H.&VARMA, A., eds. Soil biology. Intestinal microorganisms of soil
invertebrates. 6.ed. Berlin, Springer -Verlag, 2006. p.183-220.
CÂMARA MJT. 2001. Diferentes compostos orgânicos e Plantmax® como
substrato na produção de mudas de alface. Mossoró: ESAM. 32p. (Monografia
graduação).
CARRILLO,Y.; BALL, B.A.; BRADFORD, M.A.; JORDAN, C.F. & MOLINA, M. Soil
fauna alter the effects of litter composition on nitrogen cycling in a mineral soil. Soil Biol.
Biochem., 43:1440-1449, 2011.
DAMÉ, P.R.V. Efeitos de queima seguida de pastejo ou diferimento sobre a vegetação e
mesofauna do solo de uma pastagem natural. Santa Maria, 1995. Dissertação (Mestrado em
Agronomia – Solos), Universidade Federal de Santa Maria, 1995, p. 1349-1353.
EMATER. Programa Estadual de Pecuária Familiar. Porto Alegre, RS: Secretaria Estadual
da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio. Disponível
em:<http://www.emater.tche.br/site/area/pecuaria.php>. Acesso em 23 de outubro de 2010.
FERNANDES, M.M.; MAGALHÃES, L.M.S.; PEREIRA, M.G.; CORREIA, M.E.F.;
BRITO, R.J. & MOURA, M.R. Influência de diferentes coberturas florestais na fauna do solo
na Flona Mário Xavier, no município de Seropédica, RJ. Floresta, 41:533-540, 2011.
GIRACCA, E.M.N. Efeito do calcário em atributos biológicos do solo. 2005. 60f. Tese
(Doutorado em Ciência do Solo) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria.
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
GODOY, C. V. SASM - Agri: Sistema para análise e separação de médias em experimentos
agrícolas pelos métodos Scoft - Knott, Tukey e Duncan. Revista Brasileira de
Agrocomputação,v. 1, n. 2, p. 18-24, 2001.
HUBER, A. C. K. Respostas agronômicas de alface sob adubação orgânica e
cultivo sucessivo em ambiente protegido. Tese (Doutorado em Produção
Vegetal - Pelotas, 2008. 123f.
HUBER, A. C. K., Estudo da Mesofauna (ácaros e colêmbolos) no processo da
vermicompostagem. Revista da FZVA, v. 18, n. 2 , 2011.
HOLMSTRUP, M.; SORENSEN, J.G.; MARALDO, K.; SCHMIDT, I.K.; MASON, S.;
TIETEMAD, A.; SMITH, A.R.; EMMETT, B.; SCHMELZ, R.M.; BATAILLON, T.;
BEIER, C. & EHLERS, B.K. Increased frequency of drought reduces species richness of
enchytraeid communities in both wet and dry heathland soils. Soil Biol. Biochem., 53:43-49,
2012.
LAVELLE, P. Diversity of soil fauna and ecosystem function. Biology International, vol. 33,
no 3.16, 1996.
LIMA, S. S. et al. Relação entre macrofauna edáfica e atributos químicos do solo em
diferentes agroecossistemas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 45, n.3 p. 322-331.
2010.
LUIZÃO, F. J.; SCHUBART, H. O. R. Litter production and decomposition in a terra-firme
forest of central Amazonia. Experientia, Bethesda, v.43, n.3, p.259-265, 1987.
MARTÍNEZ, M. A.; SÁNCHEZ, J. A. Comunidades de lombrices de tierra (Annelida:
Oligochaeta) en un bosque siempre verde y un pastizal de Sierra del Rosario. Caribbean
Journal of Sciense, Mayaguez, v. 36, n. 1-2, p. 94-103, University of Puerto Rico, 2002.
MENEZES, et al. Estudo da Fauna Edáfica em dois ecossistemas no município de Morro
Redondo, RS, Brasil, 2007, p.1-5.
MOÇO, M.K.S.; GAMA-RODRIGUES, E.F.; GAMA-RODRIGUES, A.C. & CORREIA,
M.E.F. Caracterização da Fauna Edáfica em diferentes coberturas vegetais na região Norte
Fluminense. R. Bras. Ci. Solo, 29:555-564, 2005.
MORSELLI, T. B. G. A. Cultivo sucessivo de alface sob adubação orgânica em ambiente
protegido. Pelotas, 2001. 178f. Universidade Federal de Pelotas, 2001. Tese (Doutorado em
Agronomia - Produção Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, UFPel, 2001.
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
ODUM, Eugene. 1983. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara. 434p.
OLIVEIRA, M.I.L.; BENITO, N.P.; CAMARGO, A.J.A.; GUIMARÃES, M.F. &
BROSSARD, M. Atividade de colônias deCornitermes cumulans (Isoptera, Nasutitermitinae)
sobre estruturas edáficas macro e microagregadas em casa de vegetação. Semina Ci. Agrar.,
33:1733-1744, 2012.
QUIJANO, F. G. Efeito da adubação orgânica no desenvolvimento de duas cultivares de
alface em ambiente protegido. Pelotas, 1999. 116f. Universidade Federal de Pelotas, 1999.
Dissertação (Mestrado em Agronomia - Produção Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu
Maciel, UFPel, 1999.
PLANO SAFRA 2015-2016. Agricultura Familiar. Alimentos Saudáveis para o Brasil.
www.mda.gov.br/sitemda/site/files/cartilha.pdf.
RICHARDS, B.N. Introduction to the soil ecosystem. London: Longmam, 1978. 266p.
SANTOS, R. H. S. et al. Efeito residual da adubação com composto orgânico sobre o
crescimento e produção de alface. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 36, n. 11, p.
1395-1398. 2001.
SCHUPHAN, W. Nutritional value of crops as influenced by organic and inorganic fertilizer
treatments. Qualitas Planttarum, Dordrecht, v.23, n.4, p.333-358, 1974.
SILVA, R.F. Roça Caiçara: Dinâmica de nutrientes, propriedades físicas e fauna do solo em
um ciclo de cultura. Seropédica, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 1998. 165p.
(Dissertação de Mestrado)
SIMPSON, J.E.; SLADE, E.; RIUTTA, T. & TAYLOR, M.E. Factors affecting soil fauna
feeding activity in a fragmented lowland temperate deciduous woodland. PLoS ONE, 7:1-6,
2012.
TIBAU, A. O. Matéria Orgânica do Solo. In: Matéria Orgânica e Fertilidade do Solo. São
Paulo: Nobel, p.49, 1984
TURAZI CMV; JUNQUEIRA AMR; OLIVEIRA AS; BORGO LA. 2006.
Acúmulo de nitrato em alface em função da adubação, horário de colheita e
tempo de armazenamento. Horticultura Brasileira 24: 65-70
VIDAL, M.B. Cultivo de rúcula (Eruca sativa L.) sob adubação orgânica em ambiente
protegido. 2006.57f. Dissertação (Mestrado em Agronomia – Produção Vegetal) – Faculdade
de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas,
Pelotas - RS, 06 a 08 de julho de 2016
SBSP - Sociedade Brasileira de Sistema
WILLS, R.H.H.; LEE, TH.; GRAHAM, D.; McGLASSON, W.B.; HALL, E.G. Postharvest.
Westport : AVI, 1981. 163p.
YANG, X. & CHEN, J. Plant litter quality influences the contribution of soil fauna to litter
decomposition in humid tropical forests, southwestern China. Soil Biol. Biochem., 41:910-
918, 2009.
Agradecimentos:
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq, pelo
financiamento da Pesquisa e concessão da Bolsa de Pós Doutorado Sênior ao autor;
À querida Professora Tânia B. G. Araújo Morselli pela amizade, supervisão e inestimável
apoio e auxílio em minha vida profissional.
Ao Centro de Ciências Rurais do Campus Rural da Universidade da Região da Campanha
(URCAMP) e seus servidores, em Bagé/RS, pela acolhida e auxílio durante a fase
experimental.
Aos colegas que auxiliaram no trabalho minha gratidão.
Ao Sr. Sergio Luiz Brizolara Rosa, Servidor Técnico do Laboratório de Biologia de Solos da
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel- FAEM - Universidade Federal de Pelotas/UFPel,
pelo auxílio na execução deste trabalho.