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SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SANEAMENTO Filiado: Edição nº 104 - Maio/Junho de 2014 - Distribuição gratuita Site: www.saemac.com.br ACORDO ASSINADO! Foto: Divulgação Depois de meses em negociação e mais alguns dias passando pelo crivo dos saneparianos nas sessões de Assembleia Geral Extraordinária, a proposta feita pela empresa para o ACT 2014-2015 foi aprovada por 63,6% dos trabalhadores e o acordo já está assinado.

Informativo Saemac - Nº 104 - Maio/Junho de 2014

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Informativo oficial do Sindicato dos Trabalhadores no Saneamento (Saemac), que representa os trabalhadores da Sanepar.

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SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SANEAMENTO

Filiado:

Edição nº 104 - Maio/Junho de 2014 - Distribuição gratuita

Site: www.saemac.com.br

acordo assinado!

Foto: Divulgação

Depois de meses em negociação e mais alguns dias passando pelo crivo dos saneparianos nas sessões de Assembleia Geral Extraordinária, a proposta feita pela empresa para o ACT 2014-2015 foi aprovada por 63,6% dos trabalhadores e o acordo já está assinado.

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DIRETORIA EXECUTIVA

Gerti José NunesDir. Presidente - Cascavel

Joaquim Alves dos SantosDir. Financeiro - Cascavel

Anibaldo KlaisDir. Administrativo - Terra Roxa

Alvair Santa RosaDir. Divulgação e Imprensa - Curitiba

José Maria Amaral AlvesDir. Formação Sindical - Guarapuava

Josiane de OliveiraDir. Saúde e Seg. no Trabalho - Ponta Grossa

Luis Carlos Ferreira de LimaSecretário Geral - Cascavel

CONSELHO FISCAL EFETIVO

Aloísio Pinto Leal - Guaíra Juvelino Rabelo - Guaraniaçu

Lorival Quadros da Silva - Quedas do Iguaçu

SUPLENTES

Eloisa Aparecida Pereira Borges - MatelândiaCelso Narcisio Cosma - ClevelândiaCilmar Cezar de Oliveira - Cascavel

DIRETORIA REGIONAL

Osmar Daneluz - Dois VizinhosPedro Luiz Silva de Moraes - Telêmaco Borba

Romeu Cruzeta - Campo LargoVilson Fergs - Foz do IguaçuÁlvaro Lima Pinto - Curitiba

Rodrigo Picinin - Pato BrancoCeslau Elias Makovski - Curitiba

José Pires - Curitiba Fernando Martins dos Santos Neto - Curitiba

Davi Teles Carlos - MatinhosDjair Alaor da Silva - Curitiba

Danilo José da Silva - União da VitóriaRomerito Faria dos Santos - CascavelIsmael Guedes de Oliveira - Toledo

REPRESENTANTES REGIONAIS

Álvaro José Rechetelo - Rio NegroMárcio Luis Engelmann - Guaíra

Luiz Fernando de Moraes - CascavelRafael Canavarro Celestino - Piraí do Sul

Carlos Denis Ferreira - IratiGeraldo Luiz Mikowski - Ponta Grossa

Cláudio da Silva Rocha - CascavelJosé de Oliveira Martins - Pitanga

Eduardo Valenza - CuritibaAntonio de Moura - GuaíraDiego dos Santos - Curitiba

Mauri Dorigoni - Laranjeiras do SulValdir Valmórbida - Pato Branco

Sérgio Roberto P. da Silva - Assis Chateaubriand

DELEGADO A FEDERAÇÃO E CONFEDERAÇÃOJosé Maria Amaral Alves - Guarapuava

SUPLENTE - Gerti José Nunes - Cascavel

Nathália Trofino Sartorato Jornalista responsável

Kimberly Fernanda da RosaJornalista auxiliar

Rua Mobral, 464 - Jd. Maria Luíza Cascavel-PR - CEP: 85819-505

Fone (45) 3223-5161 / Fax: (45) 3224-5264 0800-600-5161 / Curitiba: (41) 3333-5719

E-mail: [email protected]

O Informativo SAEMAC é órgão oficial de divulgação do Sindicato dos

Trabalhadores na Captação, Purificação, Tratamento e Distribuição de Água e Captação e Tratamento e Serviços em Esgoto e Meio Ambiente de Cascavel e Regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.

Edição nº 104 - Maio/Junho 2014

ARTIgO

Copa do Mundo e o mercado de trabalho

O Ministério do Turismo divulgou a projeção da movimentação e dos gastos dos turistas durante o período da Copa do Mundo. Estima-se que 3,7 milhões de brasileiros e estrangeiros estarão em trânsito pelo país. Eles devem deixar na economia turística um total de R$ 6,7 bilhões ao longo dos jogos.

Considerando os turistas que estarão em viagens com o objetivo principal de participar de eventos relacionados ao torneio (jogos e Fan Fest), serão 1,9 milhão de visitantes, entre brasileiros e estrangeiros - e um desembolso direto de R$ 4,05 bilhões.

A geração de empregos promovida pela Copa do Mundo de 2014 deve impactar positivamente a economia, com previsão de aquecimento do mer-cado de consumo. Os efeitos multiplicadores deverão ser observados, so-bretudo, em três setores da economia: infraestrutura, consumo e turismo, onde devem ser criados cerca de 15 novos empregos para cada R$ 1 milhão de impacto direto. Isso implica em uma cadeia de efeitos positivos em cas-cata na área de empregos.

As profissões ligadas a áreas como construção civil, turismo, hotelaria, ser-viços e entretenimento têm chances de forte aquecimento. Os profissionais que trabalham com turismo devem ter aumento da demanda de trabalho antes, durante e depois do evento, já que a expectativa de exposição do País nestes anos deve gerar um aumento sustentável do fluxo de turistas internacionais.

Um balanço positivo no que tange ao aquecimento do mercado de traba-lho. Porém, devemos tomar medidas para assegurar o respeito aos direitos fundamentais do trabalhador, incluindo acordos firmados, saúde, seguran-ça, inclusão laboral e capacitação da mão de obra. Devemos garantir os di-reitos trabalhistas estabelecidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e as normas coletivas (acordos e convenções), devemos promover a segurança e a saúde no trabalho, com oferta de cursos de capacitação e ini-ciativas de inclusão laboral voltadas, especialmente, para jovens, mulheres, negros, migrantes e pessoas com deficiência.

O combate ao trabalho forçado e infantil, ao tráfico de pessoas, bem como à exploração sexual de crianças e adolescentes também faz parte da nossa missão.

Denílson Pestana, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores do Paraná faz uma análise positiva do maior evento

do futebol mundial que está sendo realizado este mês no Brasil

Em visita recente a Cascavel, Denílson visitou o Saemac e conversou com nossos representantes e diretores

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Em 2010, tivemos um processo eleitoral estadual que elegeu o atual governador do Paraná e também oca-sionou a troca de todo o quadro diretivo da Sanepar. Do governo anterior nós herdamos o mesmo número de di-retores, o que não aconteceu com a quantidade de car-gos comissionados. Antes eram aproximadamente 350 e hoje passam de 700, o que representa 10% do quadro efetivo de trabalhadores da Companhia. É um absurdo em quatro anos você dobrar o número de ‘cabides’ den-tro da empresa! Mas isso é um reflexo da vontade do eleitor, que ao eleger seus representantes está dando o ‘aval’ para atitudes como esta.

Porém, o processo de escolha dos nossos representan-tes acontece em todas as esferas, inclusive nos Conse-lhos dentro da própria companhia. Vamos relembrar a eleição do Conselho de Administração da Sanepar (CAD) de 2011, quando manifestamos o nosso apoio ao can-didato Hamilton Gimenes para ser o representante dos trabalhadores junto ao CAD. É evidente que temos a opção de apoiar ou não certo candidato e, na ocasião, decidimos apoiá-lo. Entretanto, as decisões tomadas por ele durante seu mandato nem sempre coincidiram com a nossa vontade. Na imensa maioria das vezes, tiveram endereço e interesses próprios.

Para deixar mais claro, vamos exemplificar. Na épo-ca em que estávamos discutindo a posição da Sanepar que se recusava a pagar o PPR no percentual de 25% do montante distribuído aos acionistas, tendo o sindica-to, inclusive, ingressado com ação judicial referente aos pagamentos de 2011 e 2012, o nosso representante junto ao CAD enviou e-mails dizendo que a empresa estaria aberta à discutir o pagamento do PPR desde que fosse no percentual de 12,5% e nunca dos 25% que pleiteáva-mos. Na ocasião, alguns trabalhadores também enca-beçaram abaixo-assinado tentando aprovar a proposta da empresa. A sorte dos saneparianos é que a maioria não se deu por vencida e hoje temos um PPR de 25%. Um avanço maravilhoso que conquistamos sem o apoio de mais ninguém a não ser dos trabalhadores que repre-sentamos.

No mesmo período, existia uma pendência com relação ao plano de saúde dos empregados admitidos a partir de março de 2002. Em nenhum momento vimos aquele que se dizia ser nosso representante interferir junto ao CAD para que fosse revogada a decisão que determinou o cancelamento do subsídio por parte da empresa para estes trabalhadores. Ele teve três anos, ou seja, um man-dato inteiro para encabeçar uma defesa em torno deste assunto, porém não o fez. Estranhamente, no processo

eleitoral deste ano que elegeu o seu substituto, o companheiro Hamilton veio em defesa des-ta questão. Um pouco tarde para levantar esta bandei-ra, né?

Outra questão que nos intriga é que nosso ‘ex--representante’ sempre ha-via demonstrado uma grande preocupação em relação à venda de ações da Sanepar e, recentemente, quando o assunto ficou em evidência, ele se posicionou favorável a isto, contradizendo tudo aquilo que já havia defendido no passado.

Quanto à terceirização das atividades-fim da Compa-nhia, que sempre foi objeto de manifestações e ações judiciais por parte do Saemac, também nunca vimos o nosso representante no CAD se posicionar em contrapo-sição, fato que é no mínimo questionável, considerando que todos os processos de terceirização passam obriga-toriamente pelo Conselho.

Não bastasse tudo isso, na eleição do CAD deste ano conseguimos constatar que existe uma grande diferença entre o que nos remete a fazer a nossa consciência com aquilo que discursamos e o que colocamos em prática. Neste caso, a consciência perdeu.

Em abril, o discurso do nosso ‘ex-representante’ era de que havia defendido o PCCR e o ACT em reunião do CAD daquela semana. “Em que pese alguns conselheiros de-fenderem uma régua “mais econômica”, acredito que os argumentos apresentados por mim foram decisivos...”, dizia o e-mail enviado por ele. Porém, se pegarmos a ata referente àquela reunião veremos que nem o PCCR e muito menos o ACT foram discutidos. Será que o CAD debate assuntos tão importantes sem contemplá-los na ata? Com isso, só nos resta imaginar que este discurso serviu para induzir os trabalhadores na hora de votar na eleição do CAD que estava por vir, pois muitas vezes os saneparianos não consegue acompanhar estes fatos.

Portanto, queremos deixar muito claro que para todo cargo comissionado existe um comprometimento com a diretoria da empresa e, caso este comprometimento não seja evidenciado no discurso ou na prática, a exonera-ção é certa. Não podemos nos iludir achando que algum comissionado vá defender os direitos dos trabalhadores. Devemos ficar atentos aos nossos representantes e estar sempre questionando ‘quem será que ele está de fato representando?’.

No duelo entre a consciência, o discurso e a prática, a consciência foi derrotada

EDITORIAl

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EVEnTOs

Nos dias 22, 23 e 24 de maio, os representantes do Saemac estiveram em Ourinhos (São Paulo) para partici-par do Seminário Nacional sobre Previdência promovido pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente (Fenatema).

O evento, que contou com a presença do presidente do Saemac Gerti José Nunes, do diretor-financeiro Joaquim Alves dos Santos, do secretário-geral Luis Carlos Ferreira de Lima e do diretor regional de Curitiba José Pires, abor-

Saemac participa de Seminário sobre Previdência promovido pela Fenatema

Evento com duração de três dias reuniu diversas entidades sindicais em Ourinhos, São Paulo

dou temas como a Previdência Social, Complementar e seus riscos, a Previdência Pública/Privada, o Fator Previ-denciário e Seguro de Medicamentos e Veículos.

“Acredito que o Fator Previdenciário tenha sido o des-taque, já que é um tema que influencia diretamente na vida dos trabalhadores. Neste sentido, a Federação nos fez ficar ainda mais alertas para continuar na luta pelo fim deste fator que só traz impactos negativos para a aposentadoria”, conta Joaquim.

Reunião da diretoria da NCST-PR em Curitiba

Na manhã do dia 03 de junho, os diretores do Saemac Joaquim Alves dos Santos, Josiane de Oliveira e Anibaldo Klais, e o presidente Gerti José Nunes estiveram reunidos na sede da Nova Central Sindical de Trabalhadores do Pa-raná em Curitiba para participar de uma reunião da diretoria da entidade. Entre os assuntos estavam alguns informes da diretoria, as finanças da NCST-PR, eleições 2014 e outros.

Fotos: Fenatema

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é bOm sAbER...

O representante dos trabalhadores no CAD está eleito No dia 23 de abril, os saneparianos puderam votar

através da Intranet da Sanepar em um dos 13 candidatos ao cargo de representante dos trabalhadores no Conse-lho de Administração da empresa. A apuração dos votos ocorreu no dia 24 e o vencedor foi Edson Roberto Micha-loski, que recebeu 1.286 votos (28,9% do total).

O candidato que o Saemac apoiou, Elton Evandro Ma-rafigo, ficou em segundo lugar, com 921 votos (20,7% do total). Assim como acontece em todo processo eleitoral, nem sempre os melhores são os eleitos. Agora só nos resta esperar que possamos realmente contar com nos-so representante no CAD para nos auxiliar nos processos de negociação com a empresa. Confira ao lado os nú-meros finais da votação.

Muito obrigado, companheiros!“O processo eleitoral que elegeu o representante dos trabalhadores no Conselho de

Administração da Sanepar já chegou ao fim. Apesar de eu não ter alcançado a vitória, gostaria de agraceder imensamente o apoio e os mais de 900 votos recebidos. Muito obrigado a todos os representantes sindicais, amigos e colegas de trabalho que acredi-taram em mim. É muito importante saber que eu tenho o respaldo e a confiança de todos vocês. Continuarei firme em minha luta diária como presidente do Siquim para garantir melhorias na qualidade de vida de todos os saneparianos.”

Elton Evandro Marafigo

Estamos mais fortes a cada dia!Ao longo destes 17 anos de história,

aprendemos uma lição preciosa e, sem ela, talvez não tivéssemos chegado até aqui: um sonho sonhado sozinho é ape-nas um sonho, mas um sonho sonhado junto se torna realidade!

O Saemac não seria nada sem o apoio e a confiança que nossos filiados deposi-tam em nós! Compreendemos a impor-tância de cada sanepariano que se jun-ta ao Saemac e com isso nos revigora e nos enche de forças para continuarmos lutando por melhorias para toda a classe trabalhadora.

Por isso, queremos desejar as boas-vin-das aos novos filiados! Entre os meses de janeiro e maio deste ano, 85 saneparia-nos encaminharam ao Saemac suas fi-chas de filiação. Sintam-se em casa!

Já era esperado e chegou: reajuste de

5,38% no SaneSaúde!Você que é beneficiário do SaneSaúde já pode ir se preparando

para desembolsar mais dinheiro se quiser manter o seu plano de saúde junto à Fundação Sanepar. A diretoria da Sanepar aprovou e o Conselho de Representantes da Fundação ratificou um reajuste de 5,38% sobre a contribuição da empresa e dos empregados, a ser lançado já no contracheque de junho.

Para nossa grata surpresa, o percentual calculado com base no Índi-ce Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou dentro daquilo que foi concedido de reajuste salarial aos saneparianos no nosso ACT, situação que não ocorreu em anos anteriores, quando o reajuste do plano de saúde foi maior do que o reajuste do salário do trabalhador.

Este reajuste terá validade até maio do ano que vem. O valor da co-participação em exames de ecografia, ultrassonografia e tomografia computadorizada também foi reajustado em 5,38%, passando de R$ 60,00 para R$ 63,23. A nova tabela de contribuições pode ser consul-tada no site www.fundacaosanepar.com.br.

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A negociação do ACT 2014-2015 começou ainda em dezembro de 2013, quando protocolamos a pauta de rei-vindicações que foi definida em conjunto com os trabalha-dores. A primeira reunião com a empresa, no entanto, só ocorreu no dia 26 de fevereiro. Na ocasião, os membros da Comissão de Negociação Coletiva da Sanepar discuti-ram conosco praticamente todos os itens da pauta e, em conjunto, elegemos os itens prioritários, aqueles de que não abriríamos mão, que são todos os já conquistados em nosso ACT anterior, com destaque para o ganho real, a gratificação de férias, o adicional de penosidade, auxílio--temporada para o litoral, auxílio-alimentação e abono in-denizatório.

A Comissão, então, se comprometeu a levar as nossas reivindicações ao conhecimento da diretoria da empresa e nos chamar para uma nova reunião, que só aconteceu mais de um mês depois, no dia 08 de abril. Pela promessa que nos havia sido feita na reunião anterior, esperávamos que desta vez a empresa já apresentasse uma proposta concreta, com valores estipulados para que pudéssemos levar à apreciação e deliberação dos trabalhadores.

No entanto, não foi o que aconteceu. A receptividade e a discussão foram muito boas, mas o resultado foi ZERO! Novamente, tivemos que apresentar nossos argumentos para todas as cláusulas já solicitadas em nossa pauta de reivindicações - coisa que já havíamos feito na primeira reunião. Tudo foi rediscutido, apenas para não perder o costume da morosidade na negociação. Pura perda de tempo! Da mesma forma, a Comissão de Negociação Co-letiva se comprometeu a novamente expor à diretoria tudo o que foi debatido na segunda reunião.

Algumas semanas depois, mais especificamente no dia 23 de abril, finalmente recebemos por e-mail uma propos-ta concreta (com valores) referente ao Acordo Coletivo de Trabalho 2014-2015, porém ainda incompleta. Alguns itens essenciais não foram contemplados e, por isso, o Saemac solicitou nova reunião para que a Comissão justificasse as ausências importantes na proposta.

A terceira reunião aconteceu no dia 30 de abril e nova-mente rediscutimos os itens prioritários da pauta. No cen-tro dos debates estavam a questão do vale-alimentação, do adicional de penosidade, do abono indenizatório e da gratificação de férias. Não podemos negar que obtivemos algum avanço, mas ainda pequeno frente ao que reivindi-cávamos e gostaríamos de alcançar.

EspECIAl

Com vocês, o ACT 2014-2015

Com relação ao vale-alimentação, a proporção foi traba-lhada em cima da tabela do DIEESE. No que diz respeito ao adicional de penosidade, o valor foi repassado conside-rando análise dos leituristas. Caso eles concordassem em retirar a ação de dano moral coletivo, passariam a receber a porcentagem relativa a março.

Na questão da gratificação de férias houve um reajuste importante: o valor subiu de R$ 575,00 para R$ 646,96, re-presentando um aumento de R$ 71,96, ficando este ligado a equivalência ao piso inicial operacional para todas as categorias. Já no abono indenizatório não houve avanços significativos. A Sanepar insistia em dizer que era impos-sível atender todos os itens da nossa pauta de reivindica-ções.

Diante disto, só nos restava deixar que os saneparianos decidissem o quão boa ou ruim era a proposta. Por isso, convocamos as sessões de Assembleia Geral Extraordiná-ria, que foram realizadas em 43 cidades entre os dias 12 e 22 de maio. Os 1.411 saneparianos que estiveram presen-tes votaram e decidiram, por maioria, APROVAR a proposta do ACT 2014-2015.

No total foram 898 votos favoráveis, 457 contrários, 49 abstenções e 7 votos nulos. Ou seja, 63,6% dos saneparia-nos disseram SIM à proposta, 32,4% disseram NÃO, 3,5% se absteram de votar e 0,5% anularam o voto.

Com isto, protocolamos ofício e ata do resultado e no dia 29 de maio assinamos o acordo com a Sanepar. Ainda que a proposta tenha sido aprovada, ela não foi unânime. Não podemos desconsiderar a rejeição de mais de 30% dos saneparianos. Muita gente ficou descontente, mas foi feita a vontade da maioria.

Não podemos deixar de dizer também que dentro da área de representação do Saemac, menos de 50% dos tra-balhadores participaram das sessões de Assembleia para decidir uma questão tão importante como é o ACT. Aquele que se omite desvaloriza todo o esforço daquele que se impõe, que opina e que vota. De uma maneira ou de outra, a reclamação dos descontentes sempre acaba chegando à diretoria da empresa. Mas para isto é preciso reclamar, é preciso participar ativamente da atividade sindical. De que vale o Saemac realizar assembleias em todas as regiões, inclusive nas cidades pequenas, se os saneparianos não demonstram o interesse em participar? Aos 1.411 sanepa-rianos que compareceram às sessões, fica aqui o nosso parabéns! Que sirvam de exemplo para os colegas.

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PPR 2013As dificuldades que enfrentamos ao longo dos

anos quando o assunto é o Programa de Participa-ção nos Resultados (PPR) nos ensinaram a valorizar cada conquista. Para começar, foram 13 anos lutan-do por um PPR que fosse linear e, consequentemen-te, mais justo. Conseguimos e isso se tornou lei. O próximo passo era garantir que o valor destinado à distribuição aos trabalhadores fosse equivalente a 25% do montante distribuído aos acionistas.

Nos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010, a Sanepar seguiu rigorosamente este critério para o PPR. A coi-sa só começou a mudar e a se complicar em 2011, quando a diretoria da empresa, ‘submissa’ ao Go-verno e privilegiando os acionistas, reduziu o nosso percentual a 12,5% daquilo que os sócios-privados recebiam. Em compensação, a fatia do bolo dos acionistas só crescia...

Para assegurar o direito já adquirido nos anos an-teriores, o Saemac foi às ruas! Convocamos greves e paralisações para pedir a volta do PPR de 25%, mas nada disso foi suficiente para sensibilizar a Sanepar. Sem alternativas ‘amigáveis’, recorremos à Justiça. Ingressamos com uma ação reivindicando que a Companhia repassasse aos trabalhadores 25% do montante distribuído aos acionistas, independente deste montante representar 50% ou 25% do lucro da empresa no ano.

Enquanto a ação tramitava, mantivemos o diálogo com os diretores da Sanepar, na tentativa de solucio-nar o impasse de maneira mais rápida e descompli-cada. A nossa insistência deu certo!

Depois de mais de 40 sessões de assembleia reali-zadas este ano, 78,4% dos saneparianos aprovaram a proposta feita pela Sanepar, onde a empresa “se propõe a modificar a base de cálculo do PPR, para o PPR de 2013 a ser pago em 2014, além do limite má-ximo de 25% dos dividendos obrigatórios, que sem-pre foi o critério que serviu de base para o cálculo do benefício, para que também sejam considerados, na referida base de cálculo, os dividendos adicionais e/ou juros sobre o capital próprio que eventualmente venham a ser concedidos aos acionistas privados, podendo chegar a até mais 25% do lucro líquido, a partir de 27 de agosto de 2013, dependendo do atin-gimento de metas e indicadores complementares”. Agora, assegurado em Acordo Coletivo, o PPR de 25% se tornou uma realidade na vida de todo sane-pariano. Parabéns, companheiros!

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DIREITO TRAbAlhIsTA

Vale-transporte é direito do trabalhador!

O vale-transporte é direito do trabalhador e foi instituído pela Lei 7.418/1985 e regulamentado pelo Decreto 95.247/1987. A Lei 7.418/1985 determina que o empregador antecipe ao em-pregado o vale-transporte para utilização específica em des-locamento para o trabalho e retorno à residência, através de sistema de transporte coletivo público, urbano ou intermunici-pal e/ou interestadual, com características semelhantes aos urbanos.

Em caso de trabalhadores que residem em uma cidade e trabalham em outra, a empresa dever fornecer o vale-trans-porte independentemente de distância, ou seja, não é requisito para concessão de vale-transporte uma distância considerável entre residência e trabalho, bem ainda, o fato de constar no bi-lhete “passagem rodoviária” não é motivo impeditivo ao direito do trabalhador.

Para fazer valer seu direito basta que o empregado informe ao empregador por escrito a sua necessidade, informando e comprovando primeiro seu endereço residencial e depois os serviços e meios de transportes mais adequados ao seu des-locamento residência-trabalho, e vice-versa.

O vale-transporte tem sua finalidade específica para o “trans-porte do trabalhador” para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa, por esta razão não pode ser fornecido por antecipação em dinheiro ou qual-quer outra forma de pagamento. O empregador apenas se exime de sua obrigação quando mediante recursos próprios ou contratados, proporciona aos seus funcionários veículos adequados para o transporte coletivo.

Havendo na localidade alguma empresa que faça o trans-porte coletivo de trabalhadores para o deslocamento residên-cia-trabalho e vice-versa, o empregador deve adequar-se à le-gislação pertinente e fornecer o vale-transporte ao funcionário.

A jurisprudência tem posicionamento pacífico quanto ao en-tendimento de que quando o vale-transporte não for concedi-do pelo empregador na forma legal, caberá indenização ao funcionário que custear as despesas para tal deslocamento, conforme segue abaixo posicionamento:

FUNDAÇÃO PÚBLICA. EMPREGADA CELETISTA. VALE-TRANS-PORTE. TRANSPORTE PÚBLICO INTERMUNICIPAL. A teor da legis-lação federal aplicável, a concessão de vale-transporte inde-pende da distância do trajeto entre a residência do trabalhador e o local da prestação de atividade ou mesmo do tipo de trans-porte público utilizado, se urbano ou rural, havendo vedação, apenas, ao ressarcimento de gastos com os serviços seletivos e os especiais-, hipótese não configurada. Apelo patronal im-provido. (TRT-1 - RO: 10773920115010282 RJ , Relator: Rosana Salim Villela Travesedo, Data de Julgamento: 28/08/2013, Dé-cima Turma, Data de Publicação: 16-09-2013).

Ressalte-se que a legislação autoriza o desconto mensal a ser feito pelo empregador na folha salarial do empregado que usufruir tal direito, em parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico ou vencimento.

Diante disto, obrigam-se os empregadores a fornecer vale--transporte a seus funcionários que declararem a necessidade do benefício, e informarem seu local de residência e serviços disponíveis para o transporte coletivo público, seja ele munici-pal ou intermunicipal.

Vales-transportes que não tenham sido concedidos no res-pectivo tempo deverão ser ressarcidos pelo empregador, me-diante indenização. A ação competente para ressarcimento de valores referentes ao vale-transporte não concedido é a ação trabalhista perante a Justiça Especializada do Trabalho.

A Dra. Marcia Fernanda C. Johann da Assessoria Jurídica do Saemac fala sobre o assunto

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CRíTICA

Esta é uma história sobre a incompetência, caracte-rística que no dicionário é descrita como a ausência de conhecimentos suficientes. O primeiro capítulo começa no dia 27 de janeiro deste ano, quando a incompetência da empresa fica evidente no ofício que o Saemac proto-cola solicitando um parecer a respeito da avaliação do desempenho dos trabalhadores no ano de 2013, que já deveria ter sido realizada. Vários dias depois, ficamos sabendo da boca dos saneparia-nos que finalmente os gerentes e coordenadores da Sanepar haviam iniciado a bendita avaliação, que é necessá-ria para a progressão dos trabalhadores no Plano de Gestão por Competência.

O problema é que os avaliadores estavam dizen-do por aí que a nota máxima ‘permitida’ era 8, e isso não era verdade. A avaliação sempre foi de zero a 10. O que aconteceu é que, caso o trabalhador fosse avaliado com nota superior a 8, o responsável pela avalia-ção precisaria justificar as razões que levaram o sanepariano a se destacar e receber uma nota alta.

Cada um deve ser avaliado conforme o seu potencial. Se eu mereço 9 ou 10 pelo meu trabalho, por que vou receber um 8? Essa nota não foi, em momento algum, limita-da pela diretoria da Sanepar como alguns coorde-nadores e gerentes estavam espalhando. O que existem são critérios de avaliação que aí ficam a cargo dos ge-rentes explicarem para os GGs e dos GGs explicarem para a diretoria. O trabalhador não pode sair prejudica-do nesta avaliação porque é mais cômodo dar-lhe um 8 do que justificar um 10.

Ficamos sabendo de algumas localidades em que, inclusive, o coordenador estava enviando a avaliação

preenchida por e-mail e o trabalhador precisaria apenas assinar e devolver. Isso está muito errado! Que tipo de avaliação é essa que nem ao menos é feita na presença do trabalhador? Assim fica fácil, já que ele não consegue nem se defender para tentar rever a nota que recebeu..

Não é a toa que o descontentamento dos trabalhado-res foi geral! A modalidade de avaliação promovida pe-los gerentes e coordenadores da Sanepar em nada so-mou, apenas dividiu os trabalhadores. Em alguns locais até foi feita corretamente, com os avaliadores sentando e discutindo com os saneparianos a nota que eles me-

reciam. Neste caso, alguns ganharam 8, 8.5, 9 ou até mesmo 10! Em contrapartida, muitos receberam no “máximo” a nota 8 e outros que tiveram desempe-nho semelhante aos de notas 9 ou 10 receberam 5 ou 6...

De qualquer forma, sabemos que a incompetência, neste caso, não é dos avaliadores, considerando que

eles não foram preparados pela empresa para fazer essa avaliação. Ou é isso ou uma mas-

sa de trabalhadores não tem feito a sua parte para garantir os bons resultados da Sanepar... Acho que nem precisa-mos dizer que a segunda hipótese não faz o menor sentido, né? Basta dar uma olhadinha nos números do último balanço anual da empresa. Para a maioria dos trabalhadores,

o envolvimento com a empresa é muito maior do que o envolvimento com a pró-

pria família. Isso, por si só, já é argumento su-ficiente para uma boa nota.

Por todos estes episódios que atestam a incompetên-cia da empresa, o Saemac discorda totalmente do resul-tado desta avaliação do PCCR.

A forma como foi aplicada e os critérios para contem-plação dos steps são absurdos e precisam ser contesta-dos. Os saneparianos, certamente, mereciam um reco-nhecimento diferente por todo o suor diário que deixam na empresa.

CADA Um DEVE sER AVAlIADO COnfORmE O sEU

pOTEnCIAl. sE EU mEREçO 10 pElO mEU TRAbAlhO,

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PCCR: quem são os verdadeiros incompetentes?O resultado da avaliação que a Sanepar fez do desempenho dos trabalhadores foi desastroso...

Page 12: Informativo Saemac - Nº 104 - Maio/Junho de 2014

Pensando em oferecer ainda mais conforto e comodidade aos saneparianos, o Balneário Gaivotas passou por algumas reformas nos últimos meses. Agora nossa sede recreativa em Matinhos possui chuveiros externos melhorados, novas chur-rasqueiras e um novo prédio de 750 m² com dois andares, onde no piso inferior ficarão as salas de jogos que contarão com mesas de bilhar e carteado, uma sala exclusiva para jogos de baralho e um bar. Outras novidades são a brinquedoteca e o berçário. No piso superior teremos ainda um amplo salão de eventos com capacidade para 250 pessoas, o que possibilitará a realização de cursos, palestras e outros eventos. O melhor de tudo isso é que já para a temporada todas essas melhorias estarão disponíveis. Os valores das diárias são sempre reduzidos para que o associado possa aproveitar e descansar sem se preocupar com o ‘bolso’. Se você ainda não conhece o Balneário Gaivotas, agora ele ficou imperdível!

O Balneário Gaivotas vai ficar ainda melhor!gAlERIA DE fOTOs

Fotos: Arquivo Saemac