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Informe Pessoal de Contato Físico Deserto de Chilca, fevereiro de 2001 “O encontro físico se produzirá a seu tempo, e será como quando dois amigos se encontram num mesmo caminho, caminhando” OSSIM Introdução Não será nada fácil plasmar nestas linhas a experiência tão intensa, maravilhosa e profunda, que vivenciei novamente com nossos Irmãos Maiores da Missão RAHMA. Refleti muito todos estes meses que têm transcorrido desde que vivenciei aquele encontro programado em Chilca (24 de fev), compreendendo que o mais importante não é enfrentar um encontro imediato em si mesmo, senão poder compreendê-lo, refletir sobre sua mensagem e, por cima de tudo, saber transmiti-lo adequadamente. À diferência de outras ocasiões em que tive a maravilhosa oportunidade de encontrar-me com eles físicamente, nesta nova experiência acompanhei-os numa viagem extraordinária a bordo de uma de suas naves. Embora isto pareça incrível, fazia parte de um processo de contato que

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Informe Pessoal de Contato Físico Deserto de Chilca, fevereiro de 2001

“O encontro físico se produzirá a seu tempo,

e será como quando dois amigos se encontram

num mesmo caminho, caminhando”

OSSIM

Introdução

Não será nada fácil plasmar nestas linhas a experiência tão intensa, maravilhosa e profunda, que vivenciei novamente com nossos Irmãos Maiores da Missão RAHMA.

Refleti muito todos estes meses que têm transcorrido desde que vivenciei aquele encontro

programado em Chilca (24 de fev), compreendendo que o mais importante não é enfrentar um encontro imediato em si mesmo, senão poder compreendê-lo, refletir sobre sua mensagem e, por

cima de tudo, saber transmiti-lo adequadamente.

À diferência de outras ocasiões em que tive a maravilhosa oportunidade de encontrar-me com

eles físicamente, nesta nova experiência acompanhei-os numa viagem extraordinária a bordo de

uma de suas naves. Embora isto pareça incrível, fazia parte de um processo de contato que

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vínhamos preparando desde agosto de 1997, quando, num encontro imediato com o Guia Antarel,

os Irmãos Maiores me convidaram pela primeira vez para acompanhá-los.

Finalmente, no dia 24 de fevereiro deste ano, depois de seguir um intenso processo de preparação

e comprensão do convite, vivenciei a experiência mais profunda. Não é precisso dizer que, na

verdade, o contato e o ensinamento de semelhante vivência estão destinados a toda a Missão.

No presente informe tenho procurado dar a conhecer esta experiência em todos seus detalhes,

esperando que a mensagem possa chegar de uma forma clara e transparente. Senti que era importante compartilhar os momentos mais transcendentes antes, durante e depois do contato, já

que em todo momento me senti representando muitas pessoas e penso que tudo o que recebi e

compreendi deve chegar como uma ferramenta útil de entendimento e reflexão a outros irmãos que estão comprometidos com a Missão.

Espero que meu testemunho um de muitos e, mais ainda, a mensagem que surge deste novo encontro imediato com nossos Irmãos Maiores atinja aquele ponto de luz do caminhante

RAHMA, aquela fonte de energia ou força superior que nos tem mantido todos estes anos no caminho, com nossos erros e acertos, com nossas provas e aprendizagens, conseguindo

reconhecer-nos diante do contacto como sempre afirmaram os Guias: “como quando dois amigos

se encontram num mesmo caminho, caminhando...”

Os detalhes do contato

O dia 31 de dezembro de 2000 era a data propícia segundo as comunicações para ir ao deserto de Chilca e vivenciar um novo encontro imediato.

Aproveitando que no dia 25 de dezembro eu iria ao Povoado de Chilca levando uns brinquedos

que coletamos em Lima para as crianças, decidi ir ao deserto numa saída pessoal de preparação.

Para isso contratei um transporte que me levaria até a Base Militar que se encontra próxima ao desfildadeiro que empregamos para acampar. Dali continuaria a pé.

Nunca havia ficado tantos dias sozinho no deserto. A experiência foi extraordinária. Naquele silencio cósmico, com noites abertas e limpas, que em diversas oportunidades me permitiram

contemplar o deslocamento das naves a grande altura, descrevendo zigue-zagues e cruzando-se

outras vezes, senti não só a presença dos Guias, mas também de Deus mesmo. Aquele céu

noturno era muito especial, criando o ambiente adequado para interiorizar-me no convite que tinham feito para mim nossos Irmãos Maiores.

No dia 30 já me encontrava acompanhado de meus bons amigos dos grupos de Lima que estavam sabendo do convite: Hans Baumann, Lida Martell, Magaly Fernández e Jhon Abanto.

Na noite do dia 31, precisamente a “data do contato”, que tinha sido apoiada por claros

avistamentos programados pelas comunicações recebidas, à hora assinalada meia noite fez sua aparição num céu coberto de névoa um objeto alongado, com forma de charuto, emitindo poderosos clarões de luz prateada. A névoa desapareceu em torno dele e vimos, supresos, o objeto

em todos seus detalhes. Inclusive Hans chegou a observar um disco metálico perto da suposta

nave mãe. Era impressionante.

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Enquanto todos trocávamos opiniões no meio da algazarra que se criou diante de semelhante

avistamento, pessoalmente não pensei, naquele momento, em afastar-me do grupo e me dirigir à

colina “Los Anillos de Saturno” chamado assim por sua aparência , onde mais tarde,

segundo as mensagens, subiria à nave.

Minha atitude em relação ao possível contato me convidou a refletir. Como em outras ocasiões,

achava que minha preparação pessoal era insuficiente. Mas finalmente havia compreendido em que direção devia orientar meus passos.

Penso que não só devia orientar minha preparação para manter um estado sensível e sutil, premeditadamente conseguido pelo jejum e pelas valiosas práticas que desenvolvemos nos grupos

de contato. Tinha esquecido de liberar meus esquemas mentais sobre o encontro imediato

anunciado, um erro importante, tendo em conta que, já em diferentes ocasiões, havia enfrentado

experiências de contato físico, nos quais aprendi que o fluir com eles e vê-los como amigos

porque realmente é isso que são e não como “extraterrestres”, me permitiria estreitar laços com maior consciência e naturalidade. A isto devo acrescentar, como uma reflexão pessoal, que

tratando-se de uma experiência diferente, na qual não só os veria, mas também que subiria a uma de suas naves, tinha criado em mim uma grande expectativa. Na verdade me parecía inacreditável

estar a portas de tão extraordinária vivência. A mensagem era clara: Tinha que aquietar minha

mente e deixar-me fluir, como em outras ocasiões.

A nave se afastou lentamente. Retrocedeu por onde tinha vindo, ocultando-se entre a névoa numa

imagem de filme. No dia seguinte, um dos militares que esteve de guarda na Base de Chilca, sem

que lhe comentássemos nada, afirmou ter visto o mesmo objeto sobre o desfiladeiro. Foi uma lição para nós esta saída a campo aberto.

Quando tomamos o ônibus na rota panamericana que nos levaria a Lima, pensava na importância e objetivo do contato. Antes de abandonar o deserto, os Guias nos dizeram numa comunicação

simultânea, que as condições para afrontar a experiência seguiam ótimas nos seguintes três

meses.

Tinha que me preparar.

O convite e o objetivo do encontro físico

Segundo as mensagens, esta experiência permitiria encontrar-me de novo com Joaquín (Joaquel),

membro do Conselho dos 12 Menores, que tinha abandonado sua estada na Base Azul do Alto Paititi para permanecer temporariamente numa base orbital da Confederação, localizada detrás da

Lua, antes de retornar a Morlen.

O convite, além de afinar minha preparação pessoal pelo fato de conhecer o interior de suas naves

ou suas bases em nosso Sistema Solar com o objetivo de familiarizar-me mais com eles e

com o programa de contato procurava aproximar-nos das chaves necessárias para

compreender o momento que atualmente vive a Missão RAHMA, os resultados alcançados e tudo aquilo que ainda poderia estar pendente para a realização dos objetivos. E mais, nesta

experiência, Joaquín ofereceria informações esclarecedoras sobre sua própria pessoa e função

dentro da Missão.

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Tendo em conta, segundo as primeiras mensagens da Missão, que Joaquín foi designado por

ARCHER, do Conselho dos 24 Anciões, para selecionar espíritos potenciais que mais tarde participariam de um programa de contato chamado Sol na Tierra ou Missão RAHMA e que a ele

seriam dadas as chaves para a entrega definitiva do Livro das Vestiduras Brancas, era mais que

importante vivenciar um encontro direto com o ancião Mestre. Já em 1998 havia tido a

oportunidade de conhecê-lo num contato em Marcahuasi de San Juan de Iris, onde me disse da importância de conectar lugares de marcado significado para a Missão e que não tinham sido

visitados antes pelos grupos. Entre eles Joaquín mencionou a Serra do Roncador no Brasil em

agosto de 2000 os grupos do Uruguai realizaram a primeira expedição e o deserto de Gobi na Mongólia, onde há milhares de anos se estabeleceu pela primeira vez a Fraternidade Branca. A

viagem a Gobi seria a mais importante para a Missão.

A pesar de que mantivemos um prudente silêncio para enfrentar com responsabilidade este

convite para um novo encontro físico, tive mais de uma surpresa ao comprovar que outros

integrantes dos grupos haviam recebido informação precisa sobre isso. Encontrando-me no Uruguai, numa bela saída de trabalho em Punta Yeguas, Alejandro Szabo compartilhou comigo

uma extraordinária confirmação: Nas comunicações que havia recebido, o próprio Joaquín

afirmava que abandonaria a Base Azul para retornar a Morlen, e como se isto não bastasse, na

mensagem o Mestre advertia que entraria novamente em contato direto comigo: “Em Chilca ou em Marcahuasi, se as condições assim o permitirem”.

Em fevreiro me encontrava nos Estados Unidos, compartilhando com os grupos de Miami e San

José de Califórnia, difundindo a real mensagem do contato, em especial as profundas experiências e ensinamentos que têm produzido o encontro imediato com a Fraternidade Branca

dos Retiros Interiores.

Foi em Miami que os Guias, por meio de uma comunicação, reafirmaram a vigência do convite e sua importância:

“O Plano se encontra em seu justo processo. Disso falará o amado Mestre Joaquín. Chilca é um bom

lugar. Esteja preparado. Finais de fevereiro, inícios de março. Nesta ocasião virá sozinho e estará conosco

para comprovar uma vez mais a extensão da Missão e os trabalhos futuros que os envolvem”.

(Alcir e Guias de RAHMA Missão, 3 de fevereiro de 2001).

Receberia a data definitiva do contato num trabalho de irradiação ao pé do Monte Shasta. No

trabalho, em que todo o grupo se sentiu acompanhado por projeções da Fraternidade Branca,

como se estivessem abraçando-nos e compartilhando seu amor, eu tive uma visão intensa na qual me mostravam a data do encontro: “24 de fevereiro”. Imediatamente depois, me veria

caminhando no deserto de Chilca, sozinho, em direção à cordilheira. Quando observei e senti com

clareza estas imagens, meus pensamentos me assaltaram: “Então irei sozinho. Mas eu gostaria de ser acompanhado no deserto por um grupo, para apoiar a experiência”.

Ao retornar a Lima, a confirmação não demoraria em aparecer.

O grupo de contato de Miraflores com quem me une uma grande amizade para minha surpresa, havia programado uma saída ao deserto de Chilca para o sábado, 24 de fevereiro. O

mais inquietante é que receberam uma comunicação de Alcir, que lhes dizia que iriam ao deserto

para apoiar-me com seus trabalhos, já que eu teria um encontro físico programado. Realmente

inacreditável!

Quando Hans Baumann me comunicou tudo isto, sem maior dúvida e com uma firmeza tão

especial que brotava de meu coração, decidi realizar finalmente a saída.

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No deserto de Chilca (24 de fevereiro de 2001)

Era meio-dia quando meus passos me dirigiram pelo desfiladeiro de Santo Domingo de los Olleros. Tinha deixado para trás a colinaf “IV Convención”, internando-me, segundo minha

intuição e indicações dos Guias, na direção leste, ou seja, para o lado da cordilheira.

O Sol era muito intenso. Um céu azul com poucas nuvens se mostrava como único acompanhante de minha caminhada silenciosa.

Quando deixei para trás a colina “Los Anillos de Saturno”, uma estranha sensação se apoderou de mim. Era como se alguém me estivesse abraçando, transmitindo-me amor e confiança. Então um

agradável cheiro de flores impregnou o lugar onde me encontrava, emocionando-me sem poder

explicar o que estava acontecendo. Respirei uma magia singular ali e grande seria minha

impressão ao comprovar que havia observado este lugar em sonhos pouco antes da saída. Haviam-me mostrado o lugar para que o reconhecesse? Seja como for, o lugar coincidia com o

ponto de contato da saída anterior (31 de dezembro de 2000). Além disso, minha própria intuição

me dizia, sem dúvida, que aquele era o lugar.

Tirei a mochila de minhas costas e coloquei no solo a bolsa de dormir. Só levava a bolsa, um

abrigo, água, uma pequena lanterna e um caderno de anotações.

Aproveitei o tempo explorando detalhadamente o lugar não é comum acampar ali e depois fiquei realizando práticas de relaxamento e meditação. Durante o trabalho, procurei criar

as condições para contatar com os Guias e consultá-los sobre o convite. A mensagem não

demorou em chegar: Sim, escreve:

Estamos por perto. Fica atento às 21h.

Nada deve inquietar-te. Vemos que já estás preparado para enfrentar a experiência. Agora poderás vir

conosco.

Lembra-te de que a verdadeira preparação não tem como seu único apoio os exercícios e práticas de meditação, mas também o autêntico compromisso e entendimento da Missão, assim como uma correta

atitude em harmonia com o espírito RAHMA.

Teu amor e honesta entrega te trouxeram aqui, independentemente de tuas dúvidas, que bem sabemos

obedecem ao esforço que empreendes por ser objetivo e equilibrado em relação ao processo. Mas será

hoje e assim tem sido disposto.

Estás preparado, Nordac, para que uma vez mais dês um passo importante em representação de muitos.

Amor e Luz,

ANTAREL 24 fev. 18h15

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A mensagem chegou com uma clareza especial, como se eles estivessem muito próximos.

Após refletir no conteúdo da mensagem, abandonei a zona do acampamento em direção à colina “Los Anillos de Saturno”, retornando pelo caminho. Assim, subi à colina e desci à esplanada que

se estende atrás dele. Então observei uma pessoa aproximar-se.

Depois da primeira surpresa, identifiquei Hans Baumann. Sabia que ele e os colegas do grupo acampariam em outro setor do deserto para apoiar a experiência, no entanto me chamou muito a

atenção encontrá-lo de repente no meio do nada.

Sabía que ia te encontrar se expressava contente, enquanto nos dávamos um abraço.

Que estás fazendo aqui? Que te fez vir até aqui? perguntei.

Tinha muito vontade de te ver antes da experiência. Sinto que se dará desta vez a experiência de contato. O grupo se encontra em “La Terracita” acampando e atento ao convite que te fizeram

os Guias. Antarel mesmo me disse que de todo jeito te vão levar…

Como é isso? perguntei intrigado

O que me impulsionou finalmente a te procurar foi uma mensagem mental que recebi de Antarel. Disse-me que subirás à nave. Inclusive me deu uma hora. Vou te dizer por via das

dúvidas: às 21h. Sentia que devia falar-te isso.

Hans, é a confirmação de uma mensagem que recebi há uns momentos! disse-lhe com

evidente emoção Tens que ir, amigo. Devo estar sozinho.

Eu sei respondeu sorridente Quando vires os Guias dá-lhes um abraço de minha parte.

(Risos).

Retornei à zona do acampamento com muita alegria. Estava anoitecendo e no céu já apareciam as

primeiras estrelas.

Cheguei sem dificuldade e me sentei na bolsa de dormir. Não tinha dúvida alguma de que o

contato se produziria naquela noite. O encontro com Hans me deixou mais convicto da situação, como se os próprios Guias tivessem querido dar-me uma confirmação adicional para que ficasse

seguro e confiante.

Ainda assim, quis assegurar-me da presença deles.

Por alguma razão que não conseguia entender, inquietava-me poderosamente uma colina diante

de onde eu me encontrava. Observava-a com insistência, como intuindo que detrás dela havia “algo” escondido.

Sem pensar muito, de pé e de cara para à colina, começei a gritar como um menino:

Sei que estão aqui! Podem vir quando quiserem! Finalmente compreendi! Podem vir porque desta vez sim assumirei o convite para ter uma maior consciência! Me escutam?

E para minha surpresa...

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Detrás da colina se mostraram intensos clarões de luz prateada, projeando-se de baixo para cima.

Tão fortes foram os resplendores, que inclusive Hans e o grupo que acampavam no outro lado do deserto também os viram.

Com esta palpável manifestação, imaginava que uma nave ia sair da colina no melhor estilo do

filme “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”. Mas depois dos clarões, o deserto novamente voltou â normalidade.

Não tive muito tempo para analisar a situação, quando um objeto luminoso passou a grande altura sobre o desfiladeiro. Como sua trajetória era uniforme, e se mostrava, ao que parece muito

longe, pensei na possibilidade de ser um satélite. Mas imediatamente apareceu um segundo

objeto, similar ao anterior, como se o estivesse seguindo.

Pedi, então, mentalmente aos Guias que, se fossem eles, fizessem um sinal de confirmação.

Imediatamente o segundo objeto acendeu intensamente uma luz dourada, pulsante, que depois se

foi concentrando à medida que ia se afastando do lugar. Curiosamente, ambos se perderam de- trás da colina que me chamava tanto a atenção.

No interior da nave

Recostado na bolsa, consultei meu relógio: 21h. Esperei uns minutos observando o céu, como

procurando algum sinal. Mas não vi nada. Os minutos transcorriam e tenho de confesar que fiquei

nervoso. E se a experiência, por alguma razão se postergasse novamente? Só de imaginar não podia evitar de pensar na importância desta vivência para a Missão. Então senti como se os Guias

me estivessem abraçando e uma voz na minha mente falou-me:

“Não te preocupes. Estaremos contigo daqui a pouco”.

Desconcertado por esta mensagem que, reconheço, cataloguei a princípio de “mentalismo consolador”, me sentei na bolsa de dormir, enquanto concentrava minha vista nas siluetas das

colinas.

Não tive que esperar muito.

Uma luz como nunca vi me “atingiu”, fazendo com que eu saltasse sobre a bolsa para ver do que

se tratava. Foi um resplendor branco prateado, não de cima para baixo, mas como se alguém da terra me tivesse iluminado com um potente refletor. A luz era estranha. Senti que tinha me

tocado, como se fosse plasma ou gelatina. Consultei novamente meu relógio. Eram 21h22.

Imediatamente, caminhando na minha direção, uma silueta de um ser muito alto se aproximou. De pé diante do personagem que, de repente, irrompia na tranquila noite do deserto, pude

observar que se tratava do Guia ANTAREL, vestido com um macação metálico prateado colado

ao corpo. Trazia um cinto e grandes botas que lhe chegavam quase aos joelhos. Seu rosto tão expressivo, cheio de paz e seu cabelo grisalho até os ombros me eram familiares. Já o conhecia.

Mas esta vez foi diferente. Encontrava-me muito mais tranquilo, menos nervoso do que em outras

experiências.

ANTAREL, com seu característico olhar mágico, como se o Universo inteiro estivesse fluindo a-

través dele, sorriu e me disse sem maior protocolo: “Já nos vamos...”

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Como das outras vezes, ouvi sua voz sem que ele movesse seus labios. Havia conectado sua mente com a minha.

Segui-o, caminhando praticamente a seu lado. Estava muito surpreso ao ver minha reação tão

natural diante de sua presença. Era de não acreditar! Olhei com detalhe suas botas, esperando que deixasse alguma pegada para mostrá-la aos colegas do grupo em alguma ocasião. Mas me dei

conta de que ANTAREL não pisava o solo, mas flutuava escassos milímetros. Não tinha contato

com o solo!

Subindo uma pequena colina nos encontramos numa esplanada. O céu, que até há uns momentos

se mostrava aberto e estrelado, se encontrava agora coberto por um estranho colchão de nuvens. Como se uma gigantesca lanterna tivesse sido colocada por cima deste colchão, uma tênue luz

amarelada caia para o solo formando um círculo luminoso de uns dez metros de diâmetro.

Do lado esquerdo deste círculo que se encontraba à minha frente havia uma pessoa de pé. Pela silhueta vi que se tratava de uma mulher de 1m70 de estatura. Aproximei-me dela um pouco,

vendo que usava um macacão similar ao de ANTAREL, mas mais escuro e também ajustado ao

corpo. Seu rosto era triangular, deixando entrever uma pele bronzeada, como se tivesse ficado exposta ao Sol. O cabelo loiro, muito claro e liso, caia por trás dos ombros. Aquela mulher, de

uns 40 anos, mostrou um doce sorriso, dando-me as boas-vindas. Eu sabia quem era. Como se eu

a tivesse conhecido desde sempre.

Reconhecer ANITAC foi para mim um dos momentos mais intensos do contato. Naqueles olhos

claros, que depois pude comprovar serem de uma cor verde água-marinha, fluia um amor

profundo e comovedor.

Notei então que trazia um objeto na mão direita. Parecia uma caixa negra de plástico.

Imediatamente, ANTAREL se dirigiu a mim e me pediu que ingressasse no interior do círculo.

No momento de fazê-lo, observei que no centro dele havia um círculo menor, de uns dois metros,

mas muito brilhante, tanto que me lembrava a luz das lanternas halógenas. Aquela luz pulsava.

Era muito forte. Tive certo temor de parar ali, mas o sorriso e tranquilidade que me transmitiu ANTAREL terminaram por dar-me o último impulso para dar o passo.

Nem bem ingressei nesse círculo, senti que uma força me esmagava e, imediatamente, como se me pegassem pelas panturrilhas, a mesma força me arrancou do solo com uma velocidade

incrível, acompanhada de uma intensa luz branca que me obrigou a fechar os olhos. Tudo

aconteceu num instante. De repente, encontrava-me de pé numa espécie de quarto branco que projetava luz por todas partes sem gerar sombras.

Meu coração começou a bater a mil por hora. Pensei que ia desmaiar. A situação era muito

intensa e quase não podia com ela.

Comecei a acostumar-me com a luz, observando que estava numa espécie de sala circular, com

uma porta ovalada em frente a mim, que se encontrava a uns centímetros por cima do nível do chão. Este também era branco e muito limpo, como os quartos de um hospital. Não me lembro do

teto.

Abaixei a vista, observando meus sapatos bege sobre um círculo luminoso, com uma estrutura

similar ao de um favo de vespas, pulsando uma débil luz azul claro. Saí dali em direção à porta,

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mas não pude avançar mais. Estava tremendo. Então me tocava o corpo, os braços, enquanto me

dizia: “Vamos Richard, isto não pode ser verdade. Não podes estar aqui...”

Mas um fato especial me tirou de meus pensamentos. Uma mão se apoiou em meu ombro direito.

Virei-me de imediato, observando que se tratava de ANITAC. Seus dedos eram muito similares

aos nossos, com exceção da ausência de unhas e da uniformidade de uma pele sem manchas ou marcas. Seu rosto de paz me tranquilizou, enquanto me dizia: “Realmente estás aqui NORDAC,

realmente estás aqui...”

Então apareceu ANTAREL, muito sorridente e, olhando-me fixamente, me disse: “Bem-vindo a

ORUM III. Acompanha-nos, iremos à sala de navegação”.

Preguntei-lhe então, ingenuamente, se tinha que ficar nu um fato frequente em outras

experiências de viagens espaciais, com o objetivo de “limpar” o contatado das toxinas da Terra e prover-lhe de roupa adequada para a navegação. Lembremo-nos, por exemplo, o caso de Castillo

Rincón e o do nosso irmão Sixto Paz, quando em 1987 acompanhou os Guias a Morlen . ANTAREL, observando-me risonho, simplesmente me respondeu: “Não é necessário nesta

oportunidade” e fez um sinal para que o seguisse por aquela porta oval. Depois me explicariam

que eles já tinham alinhado meu corpo a poderosas energias cósmicas no instante em que estava no deserto.

A porta oval dava para um corredor. Ingressou primeiro ANTAREL, depois eu e finalmente ANITAC. Por onde passávamos se acendia mais a luz branca que parecia sair de todas partes. Era

incrível. Então, não resisti a tentação de tocar as paredes desse corredor. Rocei com meus dedos a

parede, percebendo-a como se fosse de um plástico compacto ou fibra de vidro. O corredor teria uns 12 metros de longitude, era curvo e sempre ia girando para a esquerda.

Entramos num salão maior, também circular. Mas suas paredes pareciam metálicas. Dava a

impressão de ser una mistura de plástico e alumínio. O teto me recordava a cúpula de uma igreja, com muitas luzes e cristais das mais diversas aparências e cores. No centro deste salão havia uma

estrutura semelhante a um cogumelo, com uma espécie de cúpula de cristal, onde se mostravam

umas varetas de vidro embutidas. Chamara-me a atenção uma destas varetas que se encontrava num extremo do cogumelo. Então ANTAREL me disse: “É silício processado, que extraímos da

Terra”.

Em frente a mim estavam sentados, dando-me as costas, quatro seres carecas e magros. Pareciam estar controlando a nave. Um deles, o mais alto, levantou-se do assento branco que estava em

frente ao que me pareceu um painel de controle, sem alavancas nem botões, mas só luzes e

esferas de cristal de rocha embutidas até a metade num tabuleiro que sobressaia como se fosse uma pequena escrivaninha.

Aquele ser, de quase dois metros de altura, magro, com os olhos que pareciam marron claro

afundados no rosto, me parecia familiar. Sua pele era de um cobre quase chumbo. E seus braços um pouco mais compridos que os nossos. Vestia também uma espécie de traje colado ao

corpo, de uma peça só. Sua cor era um azul prateado, não de aspecto metálico, mas parecia sintético. De imediato soube que era MARDORX.

Era tão especial vê-lo sorrir, tendo em conta que praticamente não tem labios, senão uma pequena

rachadura como boca. Seus olhos eram pequenos, mas transmitiam tanto amor e conhecimento que qualquer homem ficaria comovido.

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Chamaram minha atenção seus dedos, longos e com uma espécie de carocinhos. Não pude evitar

desejar tocá-los. Mas não sabia como pedir. Então, como se tivesse ouvido meus pensamentos

de fato foi isso que ele fez esticou sua mão direita para que a tocasse. Virei-me de imediato para ver o rosto de ANTAREL, que estava detrás de mim, como procurando uma aprovação do Guia. ANTAREL assentiu sem perder o sorriso.

Então tomei coragem e aproximei minha mão direita, até tocar a palma e os dedos de

MARDORX. Ainda me parece incrível esta vivência. Lembro-me claramente de sua textura, como de jujuba, com um calor especial, uma sensação de estar intensamente vivo. Aproximei

minha mão esquerda também, tomando a mão de MARDORX com força. Meu coração parou

naquele instante. Quis chorar de tanta alegria. Estava realmente ali!

Depois disso, MARDORX me informou que eu os acompanharia a CELEA, uma base orbital que

possui a Confederação detrás da Lua e que nela me aguardava JOAQUÍN para entregar-me uma importante mensagem. Assenti com a cabeça e MARDORX voltou a ocupar seu assento.

Imediatamente, ANITAC se despediu e afastou-se por outra porta oval, deixando-me sozinho

com ANTAREL na sala de navegação. Os outros seres que eram parecidos a MARDORX, estavam muito concentrados em seus painéis de controle. Apenas viraram o rosto como

cumprimentando-me, voltando a suas atividades.

Decidi aproveitar este momento para fazer uma série de perguntas ao Guia, que se mostrava

aberto e disposto a orientar-me.

ANTAREL disse-lhe Qual é a explicação para uma série de visões que apareceram

antes do contato e que vejo terem se cumprido nos mínimos detalhes pouco tempo depois nesta

experiência? Foi minha premonição de tudo isto? Foram vocês?

Sabes que a mente pode adverti-los, por meio de visões, de futuros acontecimentos de

importância respondeu com calma , mas as imagens que observaste mostrando momentos do que seria nosso encontro, nós as inserimos em tua mente.

Com que objetivo?

Para que, quando ocorresse o encontro, teu subconsciente reconhecesse as cenas e assim pudesses aceitar melhor a experiência.

Entendo... E diga-me, por que sempre me chamam por meu Nome Cósmico? Por que não me chamam de outra maneira?

Quando nos dirigimos a vocês, procuramos falar à essência que são na realidade, à vibração

espiritual que os empurra para realizar grandes coisas. Quando lhes falamos, dirigimo-nos a seu real ser, por isso os chamamos pelo Nome Cósmico, para ser mais precisos a quem destinamos

nossa mensagem.

É verdade... Sentia que era assim... Diga-me, por que se ausentou de vez em quando nas comunicações que recebia?

Nós temos diversas trabalhos e funções me explicava sem deixar de olhar para mim mas muitas vezes com isso procuramos evitar um laço de dependência. Alternamos as conexões

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mentais com vocês para que não se identifiquem de maneira especial com algum Guia, senão com

a mensagem que lhes transmitimos.

ANTAREL, que pode me dizer de APU. Envolveram-se alguma vez com a Terra?

APU é um planeta subterrâneo me falava em tom reflexivo Todo nosso movimento se concentra sob a crosta montanhosa do planeta. Nossa raça não é originaria daquele lugar. Somos

navegantes espaciais, viajantes.

Há muito tempo prosseguiu colônias nossas se estabeleceram em Maldek. Em tempos mais recentes mantivemos certo contato com antigas culturas sul-americanas e lhes ensinamos

nossos antigos códigos de armazenamento de informação.

Refere-se ao quíchua e o aimará? perguntei de forma atropelada, procurando confirmar

um fato que já vínhamos rastreando.

Fizemos isso para acelerar a compreensão do Universo que rodeia os seres humanos. Quando decifrarem o significado profundo destes códigos de expressão, terão uma ferramenta importante

para compreender seu passado.

ANTAREL tinha razão. Curiosamente APU é uma palavra quíchua que se emprega para designar

o espírito protetor das Montanhas. Tendo em conta que APU é um planeta montanhoso, é muito

sugestivo pensar num vínculo entre os antigos idiomas indígenas da Sul-América com a civilização extraterrestre de Alfa Centauro.

Começo a entender muitas coisas disse-lhe.

Depois que tu chegares a CELEA, saberás mais de nós afirmou com certo ar de mistério.

ANTAREL, fale-me de CELEA...

Instalações extraterrestres na Lua

CELEA opera há mais de 10.000 anos respondeu devagar e calmo. Foi construída para cumprir duas funções: Equilibrar a órbita lunar e observar de perto a Terra. CELEA foi criada

para ser um ponto de observação estratégico e proteger o planeta de possíveis intervenções de civilizações extraterrestres negativas.

E a Lua? Tenho entendido que possuem instalações ali.

A Lua foi readaptada por nós. A Confederação a encontrou praticamente morta, envelhecida. Foi restituída, transformando-a numa verdadeira base-satélite. Nossas instalações ainda funcionam ali, concentradas especialmente em grandes galerias subterrâneas.

Então, é real aquela afirmação de que os soviéticos chegaram primeiro à Lua, antes que a missão Apolo XI dos norte-americanos?

Foi assim.

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Quando ocorreu isso?

Em março de 1969

Inacreditável...

Que isso não te surpreenda interveio ANTAREL já em tempos da Segunda Guerra Mundial a Alemanha Nazi tentou alcançar a Lua, conseguindo quase atingir seu propósito...

Isto é difícil de aceitar. Por que esta obsessão com a Lua?

Pelo que temos nesse satélite. Tecnologia que se poderia empregar para fins bélicos.

Fala-se inclusive que os próprios Norte-americanos nunca estiveram na Lua e que

tudo foi uma montagem organizada pela NASA acrescentei .

Sim, estiveram, mas não disseram a verdade ao mundo afirmou ANTAREL . Por isso viram-se obrigados a fabricar imagens de uma descida do módulo na Lua já que as fotografias

originais os comprometiam demasiado.

Aquele encobrimento de informação analisava como que querendo apreender uma ideia

, manipulação mundial e outras coisas que ficamos sabendo aos poucos... Quem realmente está

por trás de tudo isso? Fala-se, inclusive, de uma espécie de governo oculto que conspira em níveis impensáveis. Alguns acreditam que se trata de uma conspiração judaica.

Não é assim. A verdadeira conspiração é controlada por forças negativas presas neste planeta, que sabem infiltrar-se e influenciar grandes líderes do mundo e também tenebrosas organizações

por tras deles para precipitar o caos e a desordem. Mas como sabem, seu trabalho está conseguindo inclinar a balança para a luz. Há muitos segredos, mas nenhum deles é alheio à força

transformadora do amor.

Os governos sabem das bases que existem em nosso Sistema Solar?

Sim, mas não nas dimensões que teorizam.

Quantas bases há em nosso Sistema?

Temos dezessete bases orbitais, sem ter em conta as bases de adaptação.

Bases de adaptação? disse, intrigado.

Satélites artificias, como já fizemos com Fobos em Marte... Ouvir tudo isto de ANTAREL era impresionante. Era palpar as reais dimensões de um

desdobramento extraterrestre para ajudar num processo de evolução que comprometia de maneira

especial o nosso planeta.

Parecia-me tão insólito estar a bordo de uma nave extraterrestre... Não sentia movimento algum.

E o ambiente era como o de uma sala provida de um sutil ar acondicionado.

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ANTAREL, é possível que eu veja como é a nave por fora?

MARDORX virou-se e me fez um sinal com sua mão direta para me aproximar.

Observa me disse.

E sobre o painel de luzes que manipulava, mostrou-se uma tela que parecia rectangular,

feita de luz e gás. A claridade era impresionante. Via um objeto com forma de disco,

prateado e ligeiramente achatado na parte posterior, como uma lâmpada. Contrastava

com um vazio escuro e dezenas de linhas brancas, luminosas e delgadas, que pareciam ir

em direção contrária à trajetória da nave.

Como podem ver a nave de fora? decidi perguntar .

Nossos veículos não se deslocam sozinhos respondeu MARDORX sempre são acompanhados por nossas sondas de observação (Caneplas). Neste momento nos acompanham

três. Você está vendo a imagem que transmite a sonda oeste. Sobre nós temos outra observando...

Então introduziu sua mão numa luz que se assemelhava a uma bolha de sabão azul e a imagem

na tela mudou, mostrando agora a nave de cima. Depois fez o mesmo e mostrou a nave por

baixo...

Esta é a imagem que transmite a terceira sonda. Viaja debaixo de nós MARDORX parecia divertir-se com a explicação e meu rosto de surpresa.

As pessoas não vão acreditar nisto, tudo o que estou vivenciando...

Não te preocupes por isso disse ANTAREL . Tua estada conosco e o que te transmitirá JOAQUÍN chegará àqueles que têm de receber tal experiência e mensagem. Relaxa que já estamos chegando.

E na tela, agora via parte da Lua, como se a estivéssemos sobrevoando à baixa altura e, detrás

dela, um objeto que flutuava no meio da escuridão, mas brilhando. Era como uma bola de golf. Dirigimo-nos para lá.

Aquilo é CELEA me explicava ANTAREL em uns instantes estaremos lá dentro.

CELEA: Base Orbital

Não senti movimento algum quando a nave entrou na Base Orbital. Tudo foi muito tranquilo. Só

soube que a nave tinha estacionado quando ANTAREL comentou.

Depois ingressamos através de outra porta oval. Nesse instante me despedi de MARDORX.

Como com ANITAC, não o veria mais o resto da experiência.

O corredor se uniu com outro mais amplo, mas desta vez reto e, à medida que avançávamos, este

se tornava cada vez maior , a ponto de simular aqueles grandes corredores que se utilizam nos

aeroportos.

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Já estamos dentro de CELEA disse ANTAREL.

Mas... Em que momento entramos? Em que momento saímos da nave?

ANTAREL só sorria.

Tudo estava muito calmo. Apenas sentia uma pequena vibração, ou som muito tênue, como um

zumbido, que parecia envolver todo o lugar.

Agora me encontrava caminhando com ANTAREL num corredor de grandes proporções.

Presumo uns 10 metros de largura e possivelmente uns 15 de altura. Todo o corredor, piso e

paredes eram brancos como os da nave que nos trouxe a CELEA. Em alguns setores se mostravam umas pranchas prateadas, como placas numa parede; ali pude observar figuras, como

ideogramas. Sentia que não eram decorativas, mas que cumpriam algum tipo de função. O teto

tinha estruturas similares ao cristal de rocha. Eram enormes e de muitas cores.

Depois, em ambos os lados do corredor que transitávamos, vi grandes vitrines ou janelões. Então

observei claramente um bonito jardim, com flores belíssimas, das mais variadas formas e cores.

Tão vivas, tão reais, que de só ver isto senti que estava contemplando um dos espetáculos mais bonitos de minha vida. Nunca meus olhos tinham visto algo tão especial.

Pensava então nos mundos, nas regiões mais belas do Universo, de onde poderiam ter trazido estas flores e vegetação tão diversa para elaborar uma espécie de estufa.

Tudo o que vês NORDAC... me interrompeu suavemente o Guia trouxemos da Terra...

Meu coração deu um solavanco… Tudo era da Terra! Compreendi então, como nunca antes, toda

a beleza que possui nosso planeta e da qual não somos conscientes e nem respeitamos.

Nisso, em direção contrária a nossa, vinham caminhando três seres vestidos com trajes cinza

colados ao corpo. Eles eram carecas, magros e de 1.60 de estatura aproximadamente. Passaram

ao nosso lado acenando com a cabeça, saudando. Logo seguiram como se nada tivesse havido.

Minha presença ali não lhes chamou a atenção.

São cientistas ANTAREL apressou-se a me explicar. Estão de passagem. Vêm de Epsilon.

Novamente ANTAREL lia meus pensamentos e inquietudes. Pouco a pouco me acostumei a isso, a ponto de interatuar com rapidez nas conversações. Era a mesma coisa falar com eles em voz alta

ou pensar. Imediatamente respondiam.

Tive sensações muito fortes nesta experiência. Cheguei a sentir-me parte deles. Não os via alheios

a mim. Inclusive, por alguma razão que não compreendo, conhecia as instalações desta base.

Sabia onde estavam localizados os corredores, as portas que devíamos cruzar, tudo. Até ao ponto de perceber o que ocorria em outros setores da base. A princípio me surpreendi em extremo, até

que cheguei a acostumar-me.

Sabia que ANTAREL me levava por um setor de CELEA onde não existe muito tráfego. Em todo momento me senti acompanhado por um amigo de sempre, que me conhecia à perfeição.

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Devo mostrar-te algo disse o Guia olhando-me fixamente. Segue-me.

Viramos à esquerda depois de avançar por um longo trecho. Neste setor havia cilindros e caixas

octagonais de uma cor alaranjada, empilhadas em um lado. Havia outros objetos ali, mas não lembro muito bem deles. À nossa direita, se localizava uma grande porta trapezoidal, que

imediatamente me lembrou os janelões de pedra de Machu Picchu e outros sítios arqueológicos

que são atribuídos aos incas.

Acho que a porta media uns quatro metros de altura por uns três de largura. Sua cor era vermelha

e, na estrutura que parecia metálica, tinha um símbolo parecido com um “W” negro em baixo relevo. ANTAREL se dirigiu a ela sem parar.

Eu segui ANTAREL e vi que a porta se “desarmou”, obrigando-me num ato reflexo a retroceder.

Na verdade a porta havia se aberto só com a aproximação do Guia e ela se dividiu, por assim dizer, numas cinco partes que se ocultaram nos extremos. Depois que me recompus desta situação

surpreendente, segui o Guia por uma espécie de rampa com uns corrimãos, que nos conduzia a

um segundo nível. Ali nos encontramos diante de uma grande vitrine.

Observa disse-me, assinalando o janelão com seu dedo indicador.

E vi algo realmente incrível...

São humanos! exclamei O que estão fazendo aqui?

Numa grande sala, muitas pessoas de todas as raças e idades, vestidas com um suéter branco,

caminhavam devagar, em paz, como em estado de meditação. Em seus rostos via-se uma

felicidade profunda. De repente cruzavam-se e se tocavam suavemente nas mãos, um roçar muito sutil. Todos faziam a mesma coisa.

Foram resgatados de teu planeta, de guerras, acidentes naturais e mais, com o seu consentimento, para ser preparados e ser novamente inseridos na sociedade sob uma nova

perspectiva explicava o Guia.

Que estão fazendo? Por que caminham e se tocam assim?

Estão se sentindo, se reconhecendo... É o primeiro que lhes ensinamos quando estão conosco, antes de dar-lhes qualquer tipo de informação. O ser humano esquece com facilidade sua

capacidade de conectar-se com sua própria espécie, de sentir aquela conexão que os agrupa e

ainda mais o contato consigo mesmo. Nós os ensinamos para recuperar aquela sensibilidade que

perdem facilmente no modo de vida que construíram na Terra.

Então, não todos eram levados a Morlen (Ganímedes)...

Muitos, inclusive, não tiveram de abandonar a Terra. Encontram-se também em nossas bases submarinas e subterrâneas.

Como retornarão? Todos retornarão à Terra? perguntei intrigado .

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Já estão retornando. E como também sabes, em silêncio, com o objetivo de precipitar uma mudança de dentro que não desperte suspeitas e ajudar o mundo em seu processo de

transformação. Outros retornarão em novos nascimentos. Logo saberás mais sobre isso...

O Guia virou-se e me pediu que o acompanhasse. Então caminhamos até deter-nos num arco que

marcava a entrada de um grande salão.

Espero-te aqui disse-me. Ali dentro te espera o Amado Mestre JOAQUÍN. Abre teu

coração para compreender e presta atenção a tudo o que te será revelado...

O reencontro com JOAQUÍN Entrei em um salão muito grande, semicircular. Como um coliseu em forma de ferradura.

O ambiente estava parcialmente iluminado. Era uma luz esverdeada. O teto, uma espécie de

abóbada com luzes hexagonais coloridas. O piso atapetado, suave, de uma cor entre o vermelho e o terracota. Tenho a impressão de que as cores que observava eram, em certa medida, diferentes

das que recordava ter visto na Terra. Percebia-as mais “vivas”.

Fiquei de pé quase no centro deste salão, e ali, numa espécie de estrado muito similar a uma pirâmide truncada, colado na parede circular, estava JOAQUEL (JOAQUÍN), e à sua direita

XENDOR, a quem reconheci de imediato.

JOAQUÍN estava vestido com uma toga dourada e um capacete meio alongado sobre a cabeça. Fez-me lembrar a aparência de ALCIR nos contatos físicos no Paititi. O Mestre, de traços

orientais, de certa idade, mas sem usar barba, observava-me fixamente, como se tivesse ficado

esperando há muito este encontro.

XENDOR é um homem forte e alto. Calculo algo como mais de 1m80. Moreno, de olhos claros,

embora não pudesse precissar a cor. Não tinha cabelo e estava todo vestido com um traje colado

ao corpo, de uma cor azul clara. Como JOAQUÍN, mostrava-se sorridente e satisfeito.

Amor e Luz, Amado Nordac JOAQUÍN iniciou o diálogo.

Amor e Luz... respondi com certa timidez.

Que não chame tua atenção estar aqui. Teu testemunho será importante, gerará uma ativação da recordação adormecida naqueles comprometidos com a essência RAHMA. Já iniciaram isso com seu trabalho em Paititi.

Por que Paititi é tão importante para vocês? decidi perguntar Qual é a transcendência de tudo o que fizemos em agosto de 2000 (expedições simultâneas a Paititi, a Serra do Roncador

e a Cueva de los Tayos)?

Você sabe muito bem… falou devagar o Mestre, enquanto XENDOR parecia desfrutar do momento.

Paititi é o Retiro Interior mais importante de Sul-América explicava JOAQUÍN ,

pois está ativo e guardando uma das ferramentas mais transcendentais da ascenção

interdimensional do planeta.

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O Disco Solar... disse.

É o Disco Cósmico que foi elaborado premeditadamente para este tempo, quando a Confederação decidiu estabelecer a Irmandade da Estrela na Terra. Por isso, irão, quando chegar

a hora, ao deserto de Gobi, para encontrar o último elo que os une com o Plano Cósmico e as Forças da Luz.

Não obstante se expressava com calma o Mestre , o Disco do Paititi que é protegido pela Fraternidade Branca não é o único. Existem outros doze discos repartidos pelo planeta, custo-

diados pelos guardiões em seus Retiros Interiores. Todos eles estão interconectados. Quando o Disco Solar do Paititi for ativado, conseguirá uma reação em cadeia com os outros Discos,

formando uma rede de energia que permitirá ao planeta Terra dar um verdadeiro salto cósmico e

reconectar-se com o Real Tempo do Universo.

Quando ocorrerá isso?

Quando estiverem prontos. E este momento deverá coincidir com um evento cósmico: a sincronia entre o Sol deste Sistema e o Sol Central da Galáxia.

O que ocorrerá com as esferas de energia que recebemos no Paititi? Como as ativaremos? perguntei.

Por estarem interconectadas, a ativação de uma delas comprometerá as outras. O despertar será progressivo, à medida que vão também ativando lugares e compreendendo. Além de possuir

informação, que num futuro poderão unir e entender para compartilhar, aquelas esferas de energia

lhes permitirá reunir os códigos de acesso a verdades mais profundas, protegidas e reservadas nos lugares mais sagrados da Terra.

Teremos que ir fisicamente a todos esses “lugares”?

Chegarão aos lugares menos pensados de teu mundo, Nordac disse XENDOR. Estão só começando o verdadeiro trabalho. A porta que cruzaram em agosto de 2000 com a Triangulação sugerida por nós, é de grande importância para a Missão. Agora enfrentarão encargos maiores.

Maiores?! exclamei, surpreso.

Existem mecanismos muito profundos que vão além de nossa existência disse JOAQUÍ- e vocês os puseram em marcha em sua última visita ao Paititi, onde tiveram que demostrar a si

mesmos até onde estavam dispostos a chegar. Com aquele ato de amor supremo, deram um grande passo, representando toda a Missão. Mas o processo continua. Ainda há muito por fazer.

Aonde conduz aquela porta que cruzamos? perguntei.

A uma revelação que os conecta com Jesus...

ISHTACAR: Guardião e Vigilante de mundos

Como observas prosseguia JOAQUÍN não estão só cruzando portas que já foram abertas ao longo do processo de contato. Estão tomando novas responsabilidades e

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compromissos. Novas experiências. Tudo estava destinado para este tempo em que trabalhariam

diretamente com o Governo Interno Positivo do planeta.

A dinâmica de nosso desdobramento é muito grande disse XENDOR . Compromete diversos aspectos. Por esta razão estás aqui, para que possas ver por ti mesmo e depois o

transmitas aos grupos que estão trabalhando na Missão.

Nesse instante, pela porta em forma de arco ingressou um ser no salão. Era um gigante. Penso que

mais alto que o próprio ANTAREL. Seu aspecto era nórdico. Corpulento. Vestido com um

macacão metálico-prateado colado ao corpo. Seu cabelo era muito branco. E surpreendeu-me observar que se deslocava com os olhos fechados. Ao vê-lo, senti que todo meu corpo estremecia.

Pensei que não ia suportar. A sensação de estar em frente a este personagem foi indescritível.

Ele é ISHTACAR JOAQUÍN apressou-se a explicar-me, enquanto eu tentava controlar minhas emoções diante do gigante que havia parado exatamente na minha frente. ISHTACAR é um Guardião e Vigilante. É quem coordena a quarentena de proteção que a Confederação dispôs

na Terra para protegê-la de intromissões de visitantes extraterrestres negativos.

Meu Deus... me dizia enquanto não desligava meu olhar daquele homem, de uns 40 anos de idade e que não se inquietava com minha presença. Era quase como se fosse um manequim.

Teu planeta é muito especial disse o Vigilante, mentalmente como os Guias, mas o tom de sua voz era muito diferente: era como se fosse na verdade muitas vozes ao mesmo tempo. Isso

está atraindo diversas civilizações, que tentam extrair da Terra tudo aquilo que possam conseguir.

De onde você é? perguntei um pouco confuso .

Isso não é importante agora, mas o que vou te falar é... respondeu firme. Como sabem, há

muito tempo explicava o Vigilante a Confederação concedeu a orientação do processo

terrestre a duas civilizações. Estas se encontravam nos grupos de estrelas que conhecem como Plêiades e Órion.

Os seres das Plêiades são uma raça de cientistas e os de Órion, por sua vez, são uma civilização guerreira. Isso criou o caldo de cultivo ideal para que o conflito cósmico se precipitasse a partir

dali. Afortunadamente a Confederação reagiu a tempo e conseguiu diminuir a tensão, deportando

os dissidentes para a Terra. Outro grupo, vencendo seu passado guerreiro, encontraria seu destino como guia e farol da humanidade ao deslocar-se para as luas de Júpiter, lugar que também se

transformou em sede do conselho regente da Galáxia, que antigamente funcionava em Órion.

Depois de tudo isso continuou com o relato, como querendo que eu descobrisse alguma coisa

se designou à civilização de Sírio a observação e assistência da Terra. Os seres de Sírio estavam qualificados para empreender projetos de inserção de conhecimento no planeta,

contribuindo de maneira importante para o desenvolvimento de antigas civilizações.

Os Órions que ficaram confinados na Terra, em outro plano ou dimensão, ficaram tentando não

só escapar em corpos novos, mas também estimular outras civilizações extraterrestres a vir à Terra, com propósitos de colonização e depredação da vida. Nós trabalhamos evitando tudo isso.

Devem saber acrescentou que os avanços científicos terrestres no terreno da clonação são extremamente perigrosos, já que nestes corpos poderiam introduzir-se estas entidades, que, de

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outras dimensões se encontram conspirando e influenciado grupos que afirmam estar em contato

com visitantes extraterrestres, quando na realidade se trata mais de uma manipulação das trevas.

Preciso perguntar! interrompi Se estão protegendo a Terra, por que continuam acontecendo casos de raptos ou abduções? Todos os casos são um fraude, ou vocês têm

problemas para o bloqueio?

Atê agora conseguimos anular qualquer tipo de intromissão, atuando com firmeza quando foi

necessário. As abduções, ainda que muitas vezes tenham sido realizadas por humanos na mente da testemunha, com elementos claros de manipulação, lamentavelmente, também têm-se

produzido raptos reais por mãos de visitantes extraterrestres, numa proporção maior do que

imaginam. Os seres que a levam a cabo já estavam aqui...

Então... isto quer dizer que chegaram antes que vocês?

Aplicamos a quarentena definitiva de proteção na Terra quando vimos as consequências da Segunda Guerra Mundial. Ao experimentar armas de destruição massiva estavam se expondo a

que outras civilizações se aproximassem de seu mundo. Quanto mais tecnologia bélica possuam e empreguem, mais chamarão a atenção de civilizações de similar condição vibratória. Por isso a

Confederação dispôs a quarentena para protegê-los da possível chegada de outras formas de vida

extraterrestre com intenções negativas.

Antes de que se establecesse a quarentena continuou na Terra já existiam algumas bases da Ursa Maior. Eles souberam introduzir-se silenciosamente, aproveitando que ainda não

tínhamos concretizado o cordão de proteção na Terra.

Quantas bases existem destes seres?

Possuem quatro instalações submarinas e subterrâneas. Duas delas perto dos EUA.

E não podem fazer algo? Não podem intervir?

Não na Terra! respondeu taxativamente Não temos permissão para isso. Além disso, alertaríamos demasiado o mundo com uma intervenção tão determinante de nossa parte.

Então, que acontecerá com estes seres?

Já está acontecendo respondeu com uma calma imperturbável Estão desaparecendo

por não poder controlar um vírus que os degenera. É questão de tempo.

A humanidade deve ser mais consciente da tecnologia que está desenvolvendo enfatizou . Quando interceptamos, sem outra opção, uma astronave de procedência negativa, procuramos que

o veículo se desintegre e não cheguem seus fragmentos a terra. Não conseguimos isso sempre em

todos os casos e aí está a tecnologia recuperada por alguns governos de seu mundo, sem saber que, com essa atitude, estão cavando sua própria cova. Nossas naves, algumas vezes, têm sido

impactadas em enfrentamentos e, ao ver que poderíamos cair em terra e, diante do perigo que

poderia ser gerado se nossa ciência ficasse em mãos erradas, não duvidamos em detoná-las...

Meu Deus... Mas por que tanto cuidado em acessar a tecnologia extraterrestre? Pelo mesmo perigo que geramos na Segunda Guerra Mundial ao empregar bombas atômicas?

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Estás compreendendo... Devem saber que detectamos um importante foco de tensão nos EUA. Isto poderia precipitar decisões de natureza bélica que afetariam a paz do planeta. Tudo isto será

gerado a partir do oriente, já o verão. O emprego de armas sofisticadas pode conduzi-los a um

erro muito grave.

O Vigilante trouxe a minha mente uma comunicação que recebi no Monte Shasta no dia 11 de

fevereiro, que falava do trabalho dos grupos nos EUA.

A mensagem dizia textualmente:

“Nos EUA é necessário a unidade e trabalho em conjunto dos grupos para contrapor o foco de tensão que

emana desta região do planeta.

Não esqueçam que se encontram numa das zonas mais densas do mundo, onde é fácil se esquecer do

caminho para a luz, de sentir e compreender que existe um Plano emanado do Alto e que espera a maior

consciência e disposição do homem. Desta região do mundo se tomarão importantes decisões para a paz

mundial diante de eventos de marcada tensão no Oriente. Por isso, mais que nunca, a Missão precisa dos

grupos trabalhando em sintonia e gerando um foco mental de irradiação positiva para enfrentar com amor

tudo isto” (11 fevereiro 2001).

Começo a compreender tudo... refletia A Confederação não tentou nunca um diálogo mais direto com os Governos para alertá-los de tudo isso?

Tivemos encontros diretos com três governos de teu mundo, França, a União Soviética e os EUA. Mas como supusemos, não estavam preparados para compreender. Desde então,

aproveitando a carreira espacial, fizemos chegar mensagens de alerta a diversos governos por meio dos astronautas terrestres, muitos deles ainda em contato mental conosco. Temos avançado

muito neste aspecto. Já comprovarás por ti mesmo, já que um deles te contatará na Terra.

Como nós, os seres humanos, podemos ser perigosos... pensava.

E a que altura podem chegar em atos de amor, o que observamos e aprendemos! Interveio com firmeza o gigante Guardião. A natureza guerreira do ser humano é parte da natureza

extraterrestre que herdaram...

Que está querendo me dizer com isso? perguntei, olhando JOAQUÍN que, como XENDOR, observava a conversação em silêncio.

No sangue dos seres humanos existem padrões genéticos de Órion. Foram introduzidos desde

o princípio disse ISHTACAR, sério e firme . São, geneticamente, filhos de Órion...

Temos genes de uma raça extraterrestre guerreira? Somos de certa forma “descendentes” dos Órions? Isto tem a ver com o conflito? Com o ciúme que algumas civilizações de Órion tinham

do ser humano ao desenvolver-se o Plano Cósmico?

Sabes disso porque és parte de tudo isso... disse, falando bem devagar e sempre sem abrir os olhos.

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Que sentes, Nordac?... era JOAQUÍN que me falava, como querendo precipitar em mim um descobrimento.

Sinto que se conseguimos um estado de amor disse-lhe de integração absoluta com o Plano, restituindo aquela ordem perdida do qual tanto nos tem falado, vencendo inclusive nossa natureza guerreira herdada de Órion, demonstraríamos que sim, é possível alcançar dimensões

superiores através do amor e da fé. Produzir-se ia uma expansão, uma redenção cósmica...

Demostrar-lhes-íamos que, sim, é possível!

Tu sentiste e entendeste... É isso aí disse JOAQUÍN.

Então ISHTACAR abandonou a sala. Nunca abriu os olhos, no entanto, se deslocou como se

estivessem abertos.

No diálogo, o Guardião e Vigilante também me disse sobre um terceiro grupo de Órion, que

consiguiu escapar do conflito, ficando atualmente errante no espaço. Estes seres se

transformaram numa raça poderosa, com a intenção de chegar em algum momento à Terra e reclamá-la como sua. Segundo ISHTACAR, no Egito encontraria uma chave que fala deste

“retorno de Órion”. Mas como ele disse, o verdadeiro enfrentamento em que se envolve o ser

humano está acontecendo, na realidade, num terreno totalmente diferente, e que não é o espaço, mas em nosso próprio interior.

Embora pareça incrível, espera-se que o ser humano desperte em si mesmo uma “chave”

adormecida, que compromete um elo extraterrestre e tudo isso inclinaria a balança para a luz, como vimos comprovando na experiência de contato.

Também me explicaram que a criação da Fraternidade Branca na Terra não só visava à proteção da verdadeira história da humanidade e o equilíbrio de forças manifestadas no mundo. A

Fraternidade Branca também teria uma função de “proteção” da humanidade, com menos

restrições que os própios Guardiões e Vigilantes. Os Mestres, por serem híbridos e terem códigos genéticos humanos, poderiam atuar com maior libertade.

Segundo ISHTACAR, me dizeram tudo isso para sermos conscientes do real desdobramento e

dinâmica do programa de contato, em todas suas facetas. E que deveríamos continuar trabalhando sem nos deixar distrair por nada, já que estávamos muito perto de atingir uma verdadeira

transformação. Ele disse também que nosso esforço e trabalho estava contribuindo positivamente

no processo e que não estamos sozinhos.

Mosteiros nos Andes e as Chaves do Conhecimento Oculto

Agora entendes por que estás aqui? disse-me JOAQUÍN Eu notava agora que a sala tinha perdido a luminosidade esverdeada, tornando-se de uma luz dourada muito suave.

Qual é o seguinte passo? O que nos resta fazer na América do Sul depois da Triangulação de

agosto? perguntei.

Como parte daquela preparação que os levará ao encontro definitivo com a Fraternidade

Branca respondeu XENDOR, ante uma indicação de JOAQUÍN em viagens guiadas por

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nós conectarão pontos de ligação com o Governo Interior, Mosteiros secretos que estão na

cordilheira dos Andes e que têm conexão com o Livro das Vestiduras Brancas.

Estes mosteiros continuou são parte de missões secundárias que, como RAHMA, têm sua essência nos desígnios do Plano Cósmico. Os lugares onde iniciarão estas conexões são três e

se encontram no Peru.

Onde estão aquelas pessoas? Quando e como devemos fazer isso?

Encontrarão os mosteiros ao leste de Marcahuasi, ao norte de Cusco e ao norte de Puno. Tu sabes quem irá. É uma responsabilidade que comprometerá diversos irmãos dos grupos em

escala internacional. Espera com calma o momento que saberemos apoiar-te disse XENDOR.

E a viagem ao Monte Sinai? perguntei É a consequência de nossa recente expedição ao Paititi? Que encontraremos lá?

Conectarão com uma das chaves de acesso ao conhecimento interveio JOAQUÍN

As Chaves do Conhecimento Oculto... respondi. Que são exatamente? Já tivemos acesso a elas?

Há três chaves de acesso e já conhecem duas delas: A Chave da Recordação e a Chave do

Retorno explicava com voz suave o Mestre ancião.

A Chave da Recordação é a etapa atual da Missão em si mesma: O Sétimo de RAHMA. Um

momento que foi predestinado para que pudessem recordar quem realmente são, a essência do programa de contato e seu trabalho como missionários no mundo. A Chave da Recordação ou

Sétimo de RAHMA se ativa neste tempo em que saberão o instante em que chegaram a formar

parte da Missão. Mostramos-lhes a chave desde o início e não é outra senão o Nome Cósmico.

A Chave do Retorno continuou vibra no número 14, que marca o regresso daquilo que deve retornar. A ponte da restauração. A Chave do Retorno envolve a chegada ao mundo do

Mestre de Mestres, do Cristo Cósmico...

JOAQUÍN falava de chaves que, certamente, vínhamos observando e que no princípio não

soubemos entender em toda sua magnitude. Lembro-me bem de uma pesquisa que fizemos sobre

a Porta 14 ou Chave do Retorno:

“De tal maneira que todas as gerações, desde Abraão até Davi são catorze gerações; desde

Davd até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a

Babilônia até Cristo, catorze gerações...” A Bíblia (São Mateus 1: 17).

JESUS ou a Porta 14, “A Chave do Retorno” pois o Mestre tinha prometido voltar, se refletia

numericamente em diversos relatos simbólicos do mundo antigo e sempre com a profecia de um retorno sagrado. Desde os 14 passos ou “Via Crucis” que conduzem o Mestre à sua redenção no

Gólgota, a Inkarri, o Inca 14 que rertornaria do Paititi para restituir a luz no mundo andino. A

mensagem de esperança e mudança eram muito evidentes.

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Jesus e A Chave da Ascensão

A terceira chave tem a ver com o Mestre? perguntei emocionado .

Isso! respondeu JOAQUÍN A Chave da Ascensão se encontra no Monte Sinai, por isso tiveram que demonstrar aquele desprendimento de amor no Paititi e assim precipitar com isso a seguinte conexão que os levaria ao Egito e à própria essência do Mestre.

A Arca da Aliança... pensava A Chave da Ascensão se encontra na Arca que é custodiada pela Fraternidade Branca do Sinai! Agora entendo por que ALCIR, em 1996, nos disse

que o verdadeiro segredo estava dentro da Arca sagrada...

JOAQUÍN perguntei Que há exatamente dentro da Arca da Aliança? Concretamente, o que é a Chave da Ascensão?

É o arquivo de informação mais importante que a Fraternidade Branca da Terra protege

respondeu . A Arca foi construída por indicações de seres da estrela Taigeta (Plêiades) para que em seu interior pudesse conservar-se o testemunho genético de um projeto cósmico.

Na Arca da Aliança acrescentou devagar e calmamente protege-se o sangue do Mestre,

que contém a informação necessária de como um ser humano pode alcançar o sétimo nível de consciência.

Isto é impressionante! exclamei Isto poderia explicar a conexão entre Egito e Paititi e por que sempre nos disseram que todo aquele que fosse ao Paititi compreenderia a missão de

JESUS. Mas, como chegou o sangue ali? Qual é o objetivo de mantê-lo nesse lugar?

Isso sentirão no Sinai, mais além de tudo que possamos transmitir-lhes respondeu . Num futuro poderão assimilar tudo o que em breve enfrentarão para o cumprimento da Missão.

Pensei então na obsessão da Alemanha Nazi em possuir objetos sagrados relacionados com o

Mestre, tais como o Santo Graal, a Lança do centurião romano Longinos e a própria Arca da

Aliança. Procurava-se acessar o registro de informação genético do Mestre? Com que objetivo?

Deves saber que nesta nova etapa me interrompeu XENDOR ficarão em contato com forças de luz inteligentes, com seres do próprio Universo Mental. Aproxima-se um momento de

conexão cósmica para o qual devem estar preparados. Grandes mudanças se aproximam...

Como serão essas mudanças? Que sinais aparecerão no mundo?

Verão nos próximos acontecimentos mundiais interveio JOAQUIN . Quando nossas

naves forem detectadas com insistência, inquietando o espaço aéreo de diversos países numa enxurrada de observações sem precedentes, a humanidade tomará maior consciência de nossa

visita e aproximação. A tudo isto se somará um fato revelador do Vaticano, que fará tremer as

bases de uma das religiões mais influentes em teu mundo.

Seu trabalho como missionários em RAHMA ressaltou aponta para um trabalho conjunto com a Fraternidade Branca do planeta: preparar a chegada do Cristo. Nunca se esqueçam disso...

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Nesse instante notei que uma porta tinha se aberto a uns metros de onde eu me encontava, bem

junto de meu lado esquerdo na parede circular. Era trapezoidal.

Tu queres conhecer qual é a chave de salvação da humanidade? Desejas vê-la? me disse JOAQUÍN com firmeza.

Sim... respondi.

Quem é JOAQUÍN

Então XENDOR fez um sinal para que eu entrasse por aquela porta.

Caminhei devagar e com certo receio porque não sabia com que ia me encontrar. Mas não parei

e cruzei o marco daquela entrada que me conduziu a uma revelação inesperada.

Mas... São só espelhos! disse-me a mim mesmo. Era um sala de espelhos hexagonais. Não tinha nada. Só minha imagem refletida neles...

Foi nesse momento que senti o que JOAQUÍN deseajava que entendesse: que a chave somos nós mesmos. Nós somos a própria salvação e futuro da Humanidade.

Saí da sala com lágrimas no rosto. Não esperava isso. Havia se produzido em mim uma espécie

de expansão de consciência. Já novamente em frente a XENDOR e ao Mestre JOAQUÍN, fui sincero.

É verdade o que me transmitem... disse lhes . Mas não veem os erros que cometemos e que muitas vezes têm decepcionado ou fizeram cair outros irmãos que esperavam tanto de nós?

Por que continuam nos contactando, se demonstramos muitas vezes inconsciência e irresponsabilidade com os encargos que vocês tem compartilhado conosco?

Amado Nordac... disse muito devagar JOAQUÍN, enquanto XENDOR olhava para mim fixamente sem perder o sorriso. Os seres humanos veem com maior facilidade os erros de

aprendizagem de seus irmãos. Identificam rapidamente os aspectos negativos do companheiro, esquecendo muitas vezes as atitudes corretas e o potencial de serviço que nós detectamos.

Bem sabem que nunca estarão livres de cometer erros acrescentou , inclusive, de repeti-los em outras ocasiões. Mas vimos que são valentes para seguir adiante e não se abater, num processo que, graças a vocês, está próximo de cumprir os objetivos.

O Amor, amado Nordac, é a capacidade de dar tudo. De entregar e servir. Ser uma ferramenta útil

aos outros. Sempre lhes dizemos que RAHMA é Amar e o Amor é a força que mantém em equilíbro o Universo. É a ordem em si mesma. Sentes isso, não é verdade? Pois está em ti e em

cada ser humano. É a força que souberam utilizar para empreender cada esforço, para dar cada

passo em Missão. Vemos tudo isso há tempo.

Ainda não és consciente de tudo o que estão fazendo proseguiu o Mestre . Por meio de ti surgiram as chaves de aproximação para conectar com a Fraternidade Branca em novas viagens

de contato, inspirando a que outros se interessem por aquele caminho que leva aos Retiros

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Interiores. Tu tens sido corajoso para dar testemunho de nossos encontros contigo e arriscar

muito pela mensagem, comprovando que a luz sempre prevalece e que tudo se esclarece.

Não é a ti que estou falando disse , mas às pessoas que representas neste instante. O tempo chegou para que finalmente possam se reconhecer como caminhantes predestinados de

sempre...

Naquele momento uma série de imagens muito intensas e vívidas apareceram na minha mente. O

primeiro que observei foi o OVNI que na casa de meus pais, em 1988, quando tinha 14 anos,

experiência que marcaria uma etapa importante na minha vida e o contato com eles. Mas, para minha surpresa, vi outras imagens de quando era mais novo. Recordava então os passeios com a

família a um conhecido club campestre de Chosica, ao pé da cordilheira, em Lima. E como me

afastava pela noite em direção às colinas, para ver as estrelas dançarem sobre seus cumes,...

Sempre estivemos com vocês interveio JOAQUÍN. Nunca estiveram, nem estarão sozinhos. E não deixaremos de recordar-lhes a importante missão que têm entre as mãos. Não só

no interior do programa de contato, mas também como raça, como seres humanos.

O homem tem uma potencialidade extraordinária. Uma faísca de luz que, quando se acender, iluminará todos os cantos do Universo. No ser humano convivem muitas forças. O que necesitam

é orientá-as em harmonia com o Cosmos e harmonia significa estar em perfeita sintonia consigo

mesmo.

Devem atingir uma estabilidade espiritual que só conseguirão pela conexão com vocês mesmos

assinalou. Todos os seres humanos desejam alcançar a paz e a felicidade, no entanto, só a conseguem e a mantêm quando as coisas estão a favor. O homen é maior que o entorno que o

rodeia. É um ser multidimensional. Nele não há tempo nem espaço, mas a chave dos tempos que deve ser despertada. Missões de ajuda como RAHMA procuram aproximá-los de tudo isso...

JOAQUIN intervim como sabe tanto sobre os seres humanos?

Porque eu também sou... respondeu .

Não entendo....

Nasci na Terra expressou-se com suavidade, enquanto abaixava ligeramente o rosto, como

se estivesse observando suas recordações depois, fui levado a Morlen, onde cresci. Formei

parte do primeiro grupo de seres humanos a chegar às colonias de lá. Fui Governador de Colônia,

como atualmente acontece com nosso irmão XENDOR disse ele, olhando o Guia com

complacência . Mais tarde fui convidado a formar parte do Conselho dos 12 Menores,

representando, assim, os milhares de colonos que já se encontravam em Morlen. Tenho estado

muito tempo fora da Terra prosseguiu até que nos últimos anos da Terra, me estabeleci na Base Azul para seguir de perto o processo de contato com a Fraternidade Branca do Paititi.

Tive que adaptar-me novamente à vibração de meu planeta de origem…

Agora entendo muitas coisas respondi incluindo porque se mostrou naquele octaedro no contato de 1998.

Vim a CELEA como estação de passagem para entrevistar-me com ISHTACAR disse . Em breve retornarei a Morlen, onde estarei aguardando o momento em que parte da informação

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do Livro das Vestes Brancas, que protegemos na Cidade Cristal, possa ser finalmente revelada

numa viagem que permitirá que doze de vocês cheguem à sala onde funciona o Conselho dos 24 Anciões.

Isso será logo depois da viagem ao deserto do Gobi, não é verdade?

Isso mesmo! Primeiro deverão concluir sua parte na Terra.

Compreendo! exclamei Por isso lhe encarregaram a seleção dos espíritos potenciais que formariam parte da Missão RAHMA, assim como as chaves que conectam com a Fraternidade Branca e o Livro das Vestes Brancas. A Missão RAHMA é dirigida por um ser

humano!

Só formo parte de uma engrenagem que compromete muitas civilizações e entidades

esclareceu. Com o tempo, acessarão mais verdades que os ajudará a compreender. Comprovarão que mais que receber nova e abundante informação, deverão refletir, compreender e aplicar todas

as peças que, com o tempo, reuniram na experiência de contato.

Fecharam um ciclo no Paititi pontuou mas ainda lhes resta novas conexões na Cueva

de los Tayos e na Serra do Roncador.

Quando? Com que objetivo?

Agosto de 2002. Já receberão as orientações precisas, mas o objetivo já conhecem: acessar a história daqueles lugares. Isso lhes será revelado pelas mãos da própria Fraternidade Branca,

portanto devem estar preparados para um encontro direto.

Tudo isto é tão incrível... refletia viajar numa nave extraterrestre até aqui e escutar...

Não é a primeira, nem a última oportunidade que terás de subir fisicamente em uma de nossas

naves interveio JOAQUÍN com certo ar de mistério.

Não é a primeira? perguntei intrigado Já estive antes com vocês?

Não foi exatamente na mesma nave na qual MARDORX te conduziu até aqui disse

XENDOR rindo-se mas já conheceste o interior de uma delas numa experiência que não foi consciente para vocês, em janeiro de 1997, em Chilca.

Então recordei a experiência com o Real Tempo do Universo, no dia 31 de janeiro de 1997, em

Chilca. Retornávamos, com Sixto Paz e os companheiros do grupo Maranga, aos carros que

tinham ficado estacionados de um lado do caminho asafaltado, só cinco minutos de carro da

porteira da Base Militar que funciona atualmente ali. Eram 22h da noite quando dois objetos se aproximaram do grupo, para depois dividir-se em quatro e ir em “fila indiana” por trás das

colinas. Depois disso subimos nos carros e, ao chegar à porteira e ver o relógio, vimos, com

surpresa que era meia-noite... Havíamos perdido cerca de duas horas!

O grupo esteve com vocês! disse emocionado .

E voltarão a estar com consciência na medida em que estejam preparados enfatizou JOAQUÍN, que se mostrava contente por ter confirmado uma sensação que havia ficado em nós

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após aquela inesquecível experiência Ainda os aguarda uma conexão coletiva com o Real Tempo do Universo. As saídas programadas a Chilca e Marcahuasi formam parte de tudo isso.

Quando poderei compartilhar tudo o que estão me transmitindo? perguntei.

Seja cauteloso para transmitir este novo encontro respondeu o Mestre. Tomar-te-á tempo

assimilar a experiência e a informação. Não te preocupes com nada. Já providenciamos todo o necessário para que nada seja esquecido.

Poderás compartilhar a experiência no encontro internacional sugerido por nós em Monte

Shasta disse XENDOR. Dali em adiante se inicia uma etapa diferente para a Missão nos EUA e no mundo, na qual deven trabalhar mais intensamente, em unidade, procurando polarizar as

energias que se manifestam na Terra.

Então o salão tomou um brilho azul e tanto XENDOR como JOAQUÍN cruzaram seus braços no

peito.

Já é momento de retornar, Nordac disse JOAQUÍN transmite todo nosso amor aos irmãos. Seguiremos apoiando teu trabalho e o de muitos outros comprometidos com a mensagem.

Cruzei, então, as mãos no peito, despedindo-me. Depois abandonei o salão, mas diferente de como havia entrado...

Entre outras coisas, JOAQUÍN me pediu para trabalhar em equipe nos grupos de contato,

recomendando-me puntualmente estreitar esforços com aqueles irmãos que estão envolvidos na difusão da mensagem e contato com a Fraternidade Branca. Novamente assinalaram a Espanha

como ponto estratégico para compartilhar, a partir dali, os resultados alcançados no contato com o

Governo Interior. Segundo JOAQUÍN, um dos motivos que compromete a Espanha é a planificação das últimas viagens da Missão, todos apontando ao Oriente e de maneira especial, ao

deserto de Gobi.

Também me perguntou por alguns irmãos dos grupos, surpreendendo-me o tipo de aproximação

e interesse que evidenciava o Mestre. Inclusive me fez chegar algumas mensagens de alento para

eles, observando que os Guias não só estão muito interessados em nosso avanço e trabalho na

Missão, mas também como pessoas.

Retorno de CELEA Ao abandonar o salão, encontrei ANTAREL aguardando de pé num extremo da porta. Saímos

pelo corredor que nos levaria de regresso, mas desta vez empregando outro caminho, mais curto e

próximo às naves.

Então lhe peguntei por ISHTACAR, sem dúvida uma das surpresas mais impactantes deste

encontro e por que não abria os olhos: “O que ocorre me disse ANTAREL é que nenhum humano pode olhar nos olhos de um Guardião e Vigilante...”

Subimos a uma nave similar à anterior, mas não o mesmo veículo. Não observei outros Guias conhecidos, só seres similares a MARDORX, de diferentes estaturas e cores de pele.

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Na nave, ANTAREL me explicou que RAHMA, Sol na Terra, além de representar a luz no

mundo numa missão extraterrestre de ajuda ao planeta, guardava em si mesma uma espécie de profecia astronômica esperada pela Confederação: a sincronia do Sol Central da Galáxia com o

Sol de nosso sistema. Este acontecimento cósmico, hoje conhecido graças ao legado Maya,

ativaria nosso Sol a ponto de afetar o campo geomagnético da Terra e o próprio campo aúrico dos

seres humanos, ativando códigos de informação e em geral um trânsito planetário.

Disse-me que nos próximos meses comprovaríamos como nosso Sol está sendo afetado com

maior frequência por esta conexão com o centro da galáxia. Estas mudanças cósmicas que, ao que parece, têm se produzido ao longo da história do planeta, ao comprometer o cinturão magnético

que envolve a Terra e que não é outra coisa senão o Registro Akásico ou memória matriz do

mundo, justificaram o armazenamento de toda a informação em registros físicos pela Fraternidade Branca, tanto nas famosas tábuas metálicas que conhecemos nas experiências de

contacto, como em cristais. Como se se tratasse de um “Back Up” diante do risco de perder

informação no computador.

Tinham se passado só uns minutos desde o momento que abandonamos CELEA quando

ANTAREL me disse que queria mostrar-me algo...

Então, a estrutura da nave pareceu ficar transparente, dando-me a impressão de estar flutuando. E

ali, no meio de uma escuridão intensa, brilhando, como se fosse uma jóia, a Terra...

O coração me apertou no peito. E uma vez mais, não pude conter as lágrimas. Era muito bela. As

fotografias da astronáutica que tinha observado sobre nosso planeta realmente não lhe fazem

justiça…

“Quando alguém vem conosco assinalou ANTAREL sempre lhe mostramos o planeta azul, para que tome consciência da maravilha que herdou...”

Depois disso ANTAREL me pediu que me sentasse numa poltrona de cor laranja. Parecia de

borracha e se ajustou suavemente a meu corpo. “Descansa e relaxa tua mente me disse o Guia

Recebeste muita informação. Descansa...”

Depois lembro-me de que estava caminhando no deserto de Chilca, em direção de onde tinha deixado minhas coisas, incluindo a saco de dormir. O céu estava nublado e o som de batidas

metálicas se deixavam ouvir sobre o grosso colchão de nuvens, enquanto a sombra de um objeto,

ao que parece muito grande e lenticular, se afastava, lançando clarões de luz prateada.

Tomando consciência de onde estava, olhei meu relógio, que em todo momento me acompanhou

durante o contato: ele indicava as 11h07. Parecia-me estranhíssimo que meu relógio só tivesse registrado umas duas horas de ausência, quando pessoalmente havia julgado um tempo muito

maior. Este detalhe me deixou uma sensação rarísima de perplexidade.

Tive muita dificultade para descansar. Para falar a verdade, apenas pude dormir um pouco. Fechava meus olhos e via tudo de novo.

No dia seguinte o grupo de apoio, com Hans à frente, me recebeu contente e curioso. Após compartilhar os acontecimentos e informações desta inesquecível saída, retornamos à cidade de

Lima.

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Reflexões

Em março de 2001, integrantes dos grupos de contato da Espanha, Chile e Peru, visitaram

as pirâmides de Gizé e finalmente o Monte Horebe na península do Sinai. Esta viagem,

que pode levar-se a cabo graças à excelente disposição e organização dos grupos de

contato de Valência, nos permitiu acessar não só as novas e inquietantes informações

sobre o Egipto e sua relação com Órion, mas também pudemos sentir e interpretar chaves

de conhecimento no Sinai que nos permitiram compreender a própria essência da missão

de Jesus.

Na Espanha, durante os encontros com os integrantes dos grupos de contato deste país,

vimos como em Antena 3 se difundia uma notícia importante no ámbito astronômico: a

tormenta solar mais intensa dos últimos dez anos que havia chamado a atenção dos

cientistas, pois estava afetando consideravelmente o campo magnético do planeta.

Naquele mesmo mês, Claude Vorilhon, líder francês do Movimento Raeliano, anunciava

a primeira clonação humana “oficial” para o mês de setembro. Para isso fundaram, em

1997, um laboratório de experimentação que denominaram “Clonaid”. O impacto desta

notícia foi de tal magnitude que The New York Times lhe dedicou oito páginas. O

movimento Raeliano, que tem pensado até em construir embaixadas em Israel e Egito

para receber raça extraterrestre que os contata quem? possui uns 55.000 adeptos

em 85 países. A advertência dos Guias tomava forma.

Em junho, umas setenta pessoas de EUA (San José, Los Angeles, San Francisco, San

Diego, Miami, Washington, New York, Texas) México, Nicarágua, Peru, Chile, Uruguai,

Bolívia e Espanha, nos reunimos no Monte Shasta, cumprindo assim as recomendações

dos Guias. Ali compartilhei pela primeira vez minha experência de contato.

No dia 11 de setembro, a humanidade ficou comovida com os atentados terroristas em

New York e Washington. O governo norte-americano, com forças de coalição da OTAN,

decidiu enfrentar o que chamou “o inimigo comum”: O Terrorismo Internacional.

Diversas fontes apontaram ao multimilionário saudita Osama Ben Laden, oculto em

alguma região de Afganistão, como o autor intelectual do atentado. Esta situação criou

grande expectativa no mundo ante uma possível guerra com armas de destruição massiva

(Afganistão possui armas atômicas e químicas).

Outro fato importante foi as imagens do atentado nas Torres Gêmeas do World Trade

Center, nas quais se podiam ver estranhos objetos estacionados no céu. Este detalhe se

tornava mais significativo ainda ao recordar que, no passado 24 de julho de 2000, de um

helicópetro se filmou um claríssimo OVNI sobre a “Grande Maçã” em New York. O

OVNI foi detectado saindo por trás de uma das torres gêmeas sugestivo para

depois aproximar-se com velocidade do helicóptero, e, como se tivesse ativado uma

espécie de campo magnético, saiu impulsionado para cima, deixando um rastro de

fumaça, possivelmente uma perturbação atmosférica pela velocidade com que se

deslocou.

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A presença OVNI em New York, meses antes que se produzisse o atentado e, inclusive,

nas tomadas que mostram o sinistro ao vivo, penso que a muitos nos convidou a

considerar uma possível intervenção extraterrestre de resgate, como já tem ocorrido em

outros casos, por exemplo, em 1986, quando explodiu o Challenger. Naquele momento

também se deram a conhecer imagens de um OVNI nas proximidades do ônibus

espacial, antes que este explodisse ante o olhar surpreso da NASA.

Para evitar maior especulação, sobretudo com um tema tão sério e delicado como este,

decidimos consultar os Irmãos Maiores numa comunicação:

“Sempre procuramos apoiá-los e protegê-los, dentro dos limites de nossa aproximação. Não obstante,

devem saber que nosso apoio em desastres de origem natural ou gerados pela ignorância humana, não

necessariamente comprometem um trabalho de resgate de nós, os Guias. A Confederação utiliza para isso

as diferentes bases que se encontram na Terra para os trabalhos de aproximação e apoio nestes casos,

atuando sempre, a base mais próxima do incidente.

Neste caso que nos perguntam, naves da Base submarina de Puerto Rico assistiram muitas vítimas.

Aqueles que resgatamos estão agora em nossas bases, em perfeito estado físico, mental e emocional.

Sabem que já temos trabalhado assim em outros eventos similares. Preparamos estas pessoas para o

retorno do qual lhes advertimos. Muitos deles se autoescolheram para contribuir na mudança e

transformação da humanidade, condição que nos permitiu intervir para resgatá-los, prepará-los, e inseri-

los na Terra sob uma perspectiva diferente...” (Oxalc, 18 de setembro de 2001).

O contato se encontra num momento particularmente especial. É neste instante que tudo

aquilo que recebemos amorosamente de nossos Irmãos Maiores deve levar-se à prática e

com isso contribuir com o processo de mudança e transformação da humanidade.

O encontro imediato em CELEA me permitiu compreender que nossa visão das coisas

deve ser mais simples e otimista, que o Plano guarda proporções impensáveis, mas ao

mesmo tempo nosso esforço e trabalho estão dando sim resultados. A mensagem dos

Guias foi muito clara neste sentido: Não só há esperança para a humanidade. Estamos

conseguindo!

Espero que esta maravilhosa experiência que vivenciei em representação de tantos irmãos

comprometidos com a Missão, nos permita acariciar ao menos a natureza real de um

contato que tem marcado de maneira especial nossas vidas. Porque tudo o que estamos

vivenciando não é de agora, mas de antes e para sempre.

Com amor na luz,

Ricardo González

Tradução: Ricardo Balestié