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8/18/2019 Instalação Predial de Água Fria-parte2-Andréa
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Andréa B. Bertoncel Instalações Hidro-sanitárias 25Permitido cópia , com citação de fonte e autoria
Quando a reserva de consumo for armazenada na mesma caixa ou célulautilizada para reserva de combate a incêndio, devem ser previstos dispositivos queassegurem a recirculação total da água armazenada.
Abaixo o gabarito para instalação para reservatório residencial e predial.Reservatório para uma residência
Extravasor e Limpeza:
Mais conhecido pelo termo “ladrão” regulariza o nível máximo do reservatório eserve como alerta de não funcionamento da válvula de bóia.O diâmetro do extravasor normalmente é uma bitola comercial acima doalimentador predial ou da tubulação de recalque.
Ventilação:
É necessário para evitar:
- a retrosifonagem, que pode causar a entrada de germes provindos do sub ramaldo vaso sanitário- ocorrência de bolhas de ar na canalização acompanhando o fluxo de águaLocalização e instalação:
Deverá ser ligado à coluna de distribuição logo após o registroTer sua extremidade superior sempre acima do nível máximo de águaTer diâmetro igual ou superior ao da coluna de distribuição.
Para melhorar ainda mais o desempenho:
- instale o barrilete com um pequeno caimento no sentido do fluxo de água e eviteformar sifões nas instalações.- ter capacidade adequada (ver próximo capítulo)
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Andréa B. Bertoncel Instalações Hidro-sanitárias 27Permitido cópia , com citação de fonte e autoria
CCÁÁLLCCUULLOO DDEE CCOONNSSUUMMOO PPRREEDDIIAALL
Quantificando a população do edifício:
Para o cálculo de consumo residencial diário, consideramos cada dormitório comoocupado por duas pessoas e cada dormitório de serviço como uma pessoa.
Na falta de um levantamento da população do local, considerar os dados da tabelaabaixo:
TAXA DE OCUPAÇÃO EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS OU COMERCIAISLocal Taxa de Ocupação
Bancos Uma pessoa por 5,00 m2 de área
Escritórios Uma pessoa por 6,00 m2 de área
Lojas –Pavimentos Térreos Uma pessoa por 2,50 m2 de área
Lojas – Pavimentos Superiores Uma pessoa por 5,00 m2 de área
Museus e Bibliotecas Uma pessoa por 5,50 m2 de área
Salas de hotéis Uma pessoa por 5,50 m2 de área
Restaurantes Uma pessoa por 1,40 m2 de área
Salas cirúrgicas Oito Pessoas
Teatros, cinemas e auditórios Uma cadeira para cada 0,70 m2 de área
Conhecida a população, calcula-se o consumo diário, utilizando a seguinta tabela:ESTIMATIVA DE CONSUMO DIÁRIO DE ÁGUA
Tipo da Edificação Unidade Consumo [litro/dia]1. Serviço doméstico
Apartamento capita 200
dormitório 400Apartamento Luxo
quarto empregada 200
Residência Luxo capita 400Residência Médio Valor capita 150Residência Popular capita 150
Alojamento Provisório Obra capita 80Apartamento de Zelador capita 100
2. Serviço público Edifício de Escritório ocupante real 50Edifícios públicos ou comerciais per capita 50
Escola – Internato capita 150Escola – Externato aluno 50Escola – Semi Internato aluno 100Hospital e Casa de Saúde leito 250Hotel c/ Cozinha , Lavanderia hóspede 350
Hotel s/ Cozinha , Lavanderia hóspede 120Lavanderia Kg roupa seca 30
Quartel soldado 150Cavalariças cavalo 100Restaurante refeição 25
Mercado m2 de área 5
Garagem automóvel 50Posto de Serviço para automóvel automóvel 150Rega de Jardim m
2 de área 1,5
Cinema e Teatro lugar 2Igreja , Templo lugar 2Ambulatório capita 25
Creche capita 503. Serviço industrial
Fábrica – Uso Pessoal operário 70
Fábrica c/ Restaurante operário 100Usina de leite Litro de leite 5
Grande animal 300Matadouro
Pequeno animal 150
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Andréa B. Bertoncel Instalações Hidro-sanitárias 28Permitido cópia , com citação de fonte e autoria
Estimativa de consumo diário:
CD= P x Q
CD = Consumo diárioP = populaçãoQ = consumo “per capita” em l/dia
Por exemplo:Edifício residencial Vamos calcular a estimativa de consumo de um edifício de apartamentos com 15andares, 4 apartamentos por andar contendo dois dormitórios sociais e um deempregada teremos:CD = 15 pavimentos x 4 aptos por andar x 5 pessoas/apto x 200 l/dia/pessoa =CD = 60.000 l/dia = 60 m3
Como foi falado a dimensão dos reservatórios deverá suprir o suficiente para doisdias de consumo = 60.000 x 2 = 120.000 ltsO reservatório superior poderá ser dimensionado com 2/5 da reserva =120.000/5x2 = 48.000 lts mais a reserva de incêndio – 20% do consumo diário = 12.000 lts
Portanto o reservatório superior deverá ter capacidade para = 12.000 + 48.000 =60000 lts = 60 m3 Reservatório inferior: 3/5 da reserva = 120.000/5 x 3= 72.000 ltsRESULTADO PARA O EDIFÍCIO:Consumo diário = 60.000 l/dia = 60 m3 Reservatório Superior = 60.000 lts = 60 m3 Reservatório Inferior = 72.000 lts = 75 m3
Residência com dois dormitórios sociais e um de empregada:Considerando 2 pessoas por dormitório social e um para o de empregada, temosum total de 5 pessoas x 150 lts/dia/pessoa = 750 lts/diaReservatório = 750 x 2 = 1500 lts. No mínimo devemos prever 25% a mais do
consumo diário para reservação, isso quer dizer que a reserva dessa residênciapoderá ter entre 940 e 1500 lts.RESULTADO PARA A RESIDÊNCIA:Consumo diário = 750 Lts/diaReservatório Superior = 1000 a 1500 lts.
Dimensionamento do Ramal Predial
Dimensionado o consumo diário o reservatório, tem-se agora que dimensionar oramal de distribuição predial.Para esclarecer melhor esse cálculo, primeiro veremos alguns princípios dehidráulica.
CONSUMO DIÁRIO = POPULAÇÃO x CONSUMO POR PESSOA
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Andréa B. Bertoncel Instalações Hidro-sanitárias 29Permitido cópia , com citação de fonte e autoria
NNOOÇÇÕÕEESS BBÁÁSSIICCAASS DDEE HHIIDDRRÁÁUULLIICCAA
Hidráulica
é uma palavra que vem do gredo e é a união de hydor = água, e aulos= condução/aula/tubo.
Parte da física, subdivisão da mecânica dos fluidos, que estuda ocomportamento dos fluidos e sua interação com as fronteiras dodomínio onde se encontra.
Trata sobre o transporte, a conversão de energia, a regulagem e ocontrole do fluido agindo sobre suas variáveis (pressão, vazão,temperatura, viscosidade, etc).
Pressão
É muito comum confundir pressão com força. A pressão, leva em conta não só aforça, mas também a área em que ela atua, temos que, pressão = força divididopela área.
Portanto, tem-se que a pressão exercida pela água sobre o fundo dos reservatóriodepende muito do formato da área de base do reservatório.Lembrando que força é calculado por Volume x peso específico do líquidoPeso específico da Água = 1.000 Kgf/m3Exemplo:
Comparando-se a altura dos reservatórios com a pressão, pode-se observar que apressão não depende da área, mas somente da altura do reservatório, ou seja, apressão é proporcional aos METROS DE COLUNA DE ÁGUA (mca).Considerando os exemplos da página anterior, temos:
Altura do reservatório Pressão
1 m 1.000 Kgf/m2 ou 1 mca2 m 2.000 Kgf/m2 ou 2 mca4 m 4.000 Kgf/m2 ou 4 mca
Uma vez que as pressões dependem somente da altura da coluna de líquido, pode-se concluir facilmente que as pressões em qualquer ponto no interior do líquido nãodependem do formato ou do volume do reservatório. Mas somente da altura.
PRESSÃO = FORÇAÁREA
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Por isso, as unidades usuais de medida de pressão indicam ou FORÇA PORUNIDADE DE ÁREA ou ALTURA DE COLUNA DE LÍQUIDO:
• kgf/cm2 (quilogramas por centímetro quadrado)• kgf/m2 (quilogramas por metro quadrado)• mca (metros de coluna de água)
O peso pode ser considerado uma força.
Vazão
Vazão é a quantidade de líquido que passa através de uma seção por unidade detempo. A quantidade de líquido pode ser medida em unidades de massa, de peso oude volume, sendo estas últimas as mais utilizadas.Por isso, as unidades mais usuais indicam VOLUME POR UNIDADE DE TEMPO:
• m3 /h (metros cúbicos por hora)• m3 /s (metros cúbicos por segundo)
• l/h (litros por hora)• l/min (litros por minuto)• l/s (litros por segundo)
A vazão está diretamente ligada ao nível de conforto. Quando maior a vazão, maiora velocidade do fluido e vice-versa. Pouca vazão causa desconforto ao usuário,vazão excessiva causa ruídos no sistema hidráulico e desperdício de água.
Q = V Q = vazão (m3 /s)t V = Volume de Fluido (m3)
t = Tempo em segundos (s)
Velocidade
O termo velocidade, em hidráulica, refere-se à velocidade média de escoamentoatravés de uma dada seção. Pode ser determinada dividindo-se a vazão pela áreada seção considerada.
As unidades usuais de medida indicam DISTÂNCIA POR UNIDADE DE TEMPO:
• m/min (metros por minuto)• m/s (metros por segundo)• ft/s (pés por segundo)
Por isso, deve-se sempre calcular a velocidade utilizando-se unidades coerentespara os valores da vazão e da área.
v= velocidade (m/s)v = Q Q = vazão em (m3 /s)
A A = área (m2)
VAZÃO = VOLUME DE ÁGUA TEMPO
VELOCIDADE = VAZÃOÁREA
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GOLPE DE ARIETE
Quando, ao descer com velocidade elevada, a água é bruscamente
interrompida, os equipamentos da instalação ficam sujeitos a golpes de
grande intensidade (elevação de pressão).
Por exemplo, se um líquido que está em uma canaleta é interrompidopor um dique, o nível da água subirá e transbordará para fora. Mas se isso
ocorrer dentro da tubulação, não terá saída e isso provocará um grande
aumento de pressão contras as paredes do tubo, podendo trazer sérias
conseqüências, rompendo tubulações e danificando aparelhos.
Denominados de golpe de ariete à variação da pressão acima e abaixo
do valor de funcionamento normal dos condutos forçados, em consequência
das mudanças de velocidade da água, decorrentes de manobras dos
registros de regulagem de vazões.
Esse nome deriva de um antigo artefato de guerra formado por um
tronco com uma cabeça de bronze (carneiro) que era usado para golpear
portas e muralhas para derrubá-las. Esse fenômeno produz um som que
lembra marteladas
Atualmente, alguns tipos de válvulas de descarga e registro de
fechamento rápido possuem dispositivos anti-golpe de ariete, os quais fazem
com que o fechamento da válvula de torne mais suave, amenizando quaseque totalmente os efeitos desse fenômeno. (lembrar disso na hora de
comprar).
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DDIIMMEENNSSIIOONNAAMMEENNTTOO DDAA TTUUBBUULLAAÇÇÃÃOO
DADOS BÁSICOS DE PROJETOS:
• DIÂMENTRO MÍNIMO: SABESP:3/4” OU 20mm
• PRESSÃO ESTANQUE MÁXIMA: 40 mca
• PRESSÃO DINÂMICA MÍNIMA: 0,5 mca
• CÁLCULO DAS PEDRAS DE CARGA: pelas fórmulas de Flamant ou Fair-
whipple-hsião para água fria pelos respectivos ábacos;
• VELOCIDADE DE MÁXIMO: V< 2,5m (D em m, V em m/s)
• PERDA DE CARGA NO BARRILETE: 8%=Jmax < 0,08 m/m
ESTIMATIVAS DAS VAZÕES
Nas instalações de água fria devem ser considerados os seguintes consumos:CONSUMO MÉDIO DIÁRIO: valor médio previsto para utilização num edifício em
24 horas. É utilizado no cálculo do ramal predial, hidrômetro, ramal de alimentação,
instalação de recalque e reservatórios. O cálculo já foi explicado anteriormente.
VAZÃO MÁXIMA POSSÍVEL: vazão instantânea decorrentes do uso simultâneo
de todos os aparelhos. É determinada com base nas vazões mínimas de cada
aparelhos. É utilizado, por exemplo, no dimensionamento de uma bateria de
chuveiros de um quartel ou um conjunto de lavatórios de uma escola, etc.
VAZÃO MÁXIMA PROVÁVEL: vazão instantânea esperada com o uso normal dos
aparelhos, ou seja, levando-se em conta o uso não simultâneo dos aparelhos. É
utilizado para dimensionar as canalizações principais, tais como, colar ou barrilete,
colunas e ramais de distribuição, etc.
São três os métodos para determinação das vazões máximas prováveis:
I. Aplicação de dados práticos de consumo simultâneo:
É a aplicação de coeficientes de redução às somas das vazões dos usos prováveis e
simultâneos correspondentes.
Ex. Calcule a vazão de um ramal de distribuição que alimenta:1 bacia sanitária com válvula de descarga............................1,9 L/s
1bidê..............................................................................0,1L/s
1 chuveiro.......................................................................0,2 L/s
1 torneira de lavagem.......................................................0,2 L/s
Total 2,4 L/s
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Para 4 aparelhos pelo gráfico de HAROLD P. HALL, tem-se que a
porcentagem de uso simultâneo é 53%. Assim, a vazão de dimensionamento
seria:
Q = 0,53x2,4 = 1,27 L/s
Mas como a vazão mínima necessária para a bacia sanitária com válvula dedescarga já é maior que 1,27 L/s, estão adota-se:
Q= 1,9 L/s
II. Aplicação da teoria das probabilidades atribuindo pesos (MÉTODO DE
HUNTER).
A demanda é estimada atribuindo-se “PESOS” para cada aparelho sanitário e
relacionando-se a soma total de todos os aparelhos às vazões máxima prováveis.
Ex.: Para o exemplo anterior tem-se:
1 bacia sanitária com válvula de descarga ........................................6
1 bidê..................................................................................1
1 chuveiro............................................................................2
1 torneira de lavagem............................................................1
Total 10
Pela tabelas de pesos e vazões tem-se que: Q = 1,9L/s
III. Aplicação do método da NORMA BRASILEIRA
Consiste em atribuir “PESOS” (diferente dos Métodos de Hunter) aos diversos
aparelhos e relaciona-los com as vazões através da expressão:
A quantidade de cada tipo de peça de utilização alimentada pela tubulação, que estásendo dimensionada, é multiplicada pelos correspondentes pesos relativos e a somados valores obtidos nas multiplicações de todos os tipos de peças de utilização.
constitui a somatória total dos pesos (jP ).
Q = C√jPQ = Vazão estimada (l/s)C = coeficiente de descarga (0,3)
jP= soma dos pesos relativos de todas as peças alimentadas pela tubulação
VAZÃO =0,3 √√√√soma dos pesos
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Andréa B. Bertoncel Instalações Hidro-sanitárias 34Permitido cópia , com citação de fonte e autoria
Ex.: Para o exemplo anterior tem-se:
1 bacia sanitária com válvula de descarga.................................40
1 bidê...................................................................................0,1
1 chuveiro.............................................................................0,2
1 torneira de lavagem.............................................................0,5
Total 41,1
Pelo ábaco tem-se: Q = 1,9 L/s
Cálculo das instalações de água fria segundo a NBR 5626:
A norma NBR 05626/92 – Anexo A sugere seguir o seguinte roteiro para o cálculocompleto das instalações prediais de água fria:
Passo Atividade Coluna daplanilha
1 Preparar o esquema isométrico da rede e numerar seqüencialmentecada nó ou ponto de utilização desde o reservatório ou desde a entradado cavalete
2 Introduzir a identificação de cada trecho da rede na planilha (verpág.20)
1
3 Determinar a soma dos pesos relativos de cada trecho 24 Calcular para cada trecho a vazão estimada em l/s- Eq. 1 35 Partindo da origem de montante da rede, selecionar o diâmetro interno
da tubulação de cada trecho, considerando que a velocidade da águanão deve ser superior a 3 m/s. Registrar o valor da velocidade e o valorda perda de carga unitária de cada trecho – Eq.2
4,5 e 6
6 Determinar a diferença de cotas entre a entrada e saída de cada
trecho, considerando positiva quando a entrada tem cota superior à dasaída e negativa em caso contrário.
7
7 Determinar a pressão disponível na saída de cada trecho, somando ousubtraindo à pressão residual na sua entrada o valor do produto dadiferença de cota pelo peso específico da água (10 kN/m3)
8
8 Medir o comprimento real do tubo que compõe cada trecho considerado 99 Determinar o comprimento equivalente de cada trecho, somando ao
comprimento real os comprimentos equivalentes das conexões.10
10 Determinar a perda de carga por trecho, multiplicando os valores dascolunas 6 e 10 da planilha
11
11 Determinar a perda de carga provocada por registros e outrassingularidades dos trechos
12
12 Obter a perda total de cada trecho, somando os valores das colunas 11
e 12 da planilha
13
13 Determinar a pressão disponível residual em cada trecho, subtraindo aperda de carga total (coluna13) da pressão disponível (coluna 8)
14
14 Se a pressão residual for menor que a pressão requerida no ponto deutilização, ou se a pressão for negativa, repetir os passos 5 a 13,selecionando um diâmetro interno maior para a tubulação de cadatrecho.
É utilizado o método de pesos relativos (unidades de carga) para odimensionamento dos ramais e sub-ramais de distribuição. Esse tipo de cálculopressupõe que nunca utilizaremos todos os equipamentos de uma única vez.
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Andréa B. Bertoncel Instalações Hidro-sanitárias 35Permitido cópia , com citação de fonte e autoria
A quantidade de água (vazões) que cada peça de utilização (torneiras, chuveiros,válvulas) necessita para um perfeito funcionamento, está relacionada com umnúmero chamado de “peso”, que, por sua vez, relacionam-se aos diâmetrosmínimos necessário ao funcionamento das peças.Os pesos relativos são estabelecidos empiricamente em função da vazão de projeto.
Ver tabela abaixo.
Passo 3 -jP= soma dos pesos relativos de todas aspeças alimentadas pela tubulaçãoVer tabela acimaColuna 2 da planilha
Passo 4 – Calcular a vazão para cada trecho – coluna 3 da planilha
Q =C√jP
Q = Vazão estimada (l/s)C = coeficiente de descarga (0,3)
jP = soma dos pesos
VAZÃO =0,3 √√√√soma dos pesos
jP = soma dos pesos
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Andréa B. Bertoncel Instalações Hidro-sanitárias 36Permitido cópia , com citação de fonte e autoria
Quando se tem distribuição indireta a Norma admite que a alimentação seja feitacontinuamente, durante 24 horas do dia e a vazão é dada pela expressão:
Q = CD86.400
Onde:Q = vazão em l/s
CD = consumo diário em l/dia86.400 = número de segundos no dia
Uma vez conhecida a vazão do ramal predial, tanto no caso de distribuição direta ouindireta, o serviço de água deverá ser consultado para a fixação do diâmetro.Geralmente, na prática, adota-se, para o ramal predial, uma velocidade igual a 0,6m/s, de tal modo a resultar um diâmetro que possa garantir o abastecimento doreservatóriomesmo nas horas de maior consumo.
Passo 5 – Calcular a vazão para cada trecho – colunas 4, 5 e 6 da planilhaDiâmetro – localizar no ábaco pela vazão
Calcular a velocidade pela fórmula:
v = 4 x 103 x Q x -1 x d -2 onde:v é a velocidade, em metros por segundo;Q é a vazão estimada, em litros por segundo;d é o diâmetro interno da tubulação, em milímetros.
Cálculo de Perda de Carga :Depende do comprimento do tubo, de seu material (rugosidade), do diâmetro e davazão:
Podem ser utilizadas as Expressões de Fair- Whipple-Hsiao: J (KPa)=20, 2×106×Q 1,88×d −4,88 para tubos de aço-carbono galvanizado e J (KPa)=8,69×106×Q 1,75×d −4,75 para tubos de plástico e cobre;
Onde:J = é a perda de carga unitária, em quilopascals por metroQ = vazão em l/sD = diâmetro do tubo em mm
Passo 6 – diferença de cota – pegar no projeto – coluna 7 da planilha
Vazão = Consumo diário86.400
Velocidade = 4 x 103 x vazão x -1 x diametro-2
Perda de carga unit.= 20, 2×106×vazão 1,88×diâmetro−4,88 aço carbono
Perda de carga unit.= 8,69×106×vazão 1,75×diâmetro−4,75 plástico e cobre
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ÁÁBBAACCOOSS EE TTAABBEELLAASS:: Valor da vazão máxima (Q máx.) em hidrômetros
Q máx. m3 /h Diâmetro nominalDN
1,5 15 e 20 3 15 e 20 5 207 2510 2520 4030 50
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Andréa B. Bertoncel Instalações Hidro-sanitárias 41Permitido cópia , com citação de fonte e autoria
Perdas de carga das conexões segundo seu material e diâmetro da tubulação
Galvanizado PVC/cobre
15 20 25 32 40 50 60 75 100 125 150
Joelho 90º 0,4 1,1
0,6 1,2
0,7 1,5
0,9 2,0
1,1 3,2
1,4 3,4
1,7 3,7
2,1 3,9
2,8 4,3
3,7 4,9
4,3 5,4
Joelho 45º 0,2 0,4
0,3 0,5
0,4 0,7
0,5 1,0
0,6 1,3
0,8 1,5
0,9 1,7
1,2 1,8
1,5 1,9
1,9 2,4
2,3 2,6
Curva 90º 0,2 0,4
0,3 0,5
0,3 0,6
0,4 0,7
0,5 1,2
0,6 1,3
0,8 1,4
1,0 1,5
1,3 1,6
1,6 1,9
1,9 2,1
Curva 45º 0,2 0,2
0,2 0,3
0,2 0,4
0,3 0,5
0,3 0,6
0,4 0,7
0,5 0,8
0,6 0,9
0,7 1,0
0,9 1,1
1,1 1,2
Tê fluxo direto 0,3 0,7
0,4 0,8
0,5 0,9
0,7 1,5
0,9 2,2
1,1 2,3
1,3 2,4
1,6 2,5
2,1 2,6
2,7 3,3
3,4 3,8
Tê fluxo lateral 1,0
2,3
1,4
2,4
1,7
3,1
2,3
4,6
2,8
7,3
3,5
7,6
4,3
7,8
5,2
8,0
6,7
8,3
8,4
10,0
10,0
11,1 Tê fluxobilateral
1,02,3
1,42,4
1,73,1
2,34,6
2,87,3
3,57,6
4,37,8
5,28,0
6,78,3
8,410,0
10,011,1
Saída detubulação
0,40,8
0,50,9
0,71,3
0,91,4
1,03,2
1,53,3
1,93,5
2,23,7
3,23,9
4,04,9
5,05,5
Entrada detan-que s/ borda
0,20,3
0,20,4
0,30,5
0,40,6
0,51,0
0,71,5
0,91,6
1,12,0
1,62,2
2,02,5
2,52,8
Entrada detan-que c/ borda
0,40,9
0,51,0
0,71,2
0,91,8
1,02,3
1,52,8
1,93,3
2,23,7
3,24,0
4,05,0
5,05,6
Registrogavetaaberto
0,10,1
0,10,2
0,20,3
0,20,4
0,30,7
0,40,8
0,40,9
0,50,9
0,71,0
0,91,1
1,11,2
Registro globoaberto
4,911,1
6,711,4
8,215,0
11,322,0
13,435,8
17,437,9
21,038,0
26,040,0
34,042,3
43,050,9
51,056,7
Registroangular
2,6 5,9
3,66,1
4,68,4
5,610,5
6,717,0
8,518,5
10,019,0
13,020,0
17,022,1
21,026,2
26,028,9
Válvula de pée crivo
3,68,1
5,69,5
7,313,3
10,015,5
11,618,3
14,023,7
17,025,0
20,026,8
23,028,6
30,037,4
39,043,4
Válvula de re-tenção leve 1,12,5 1,62,7 2,13,8 2,74,9 3,26,8 4,27,1 5,28,2 6,39,3 8,410,4 10,412,5 12,513,9
Válvula de re-tenção pesada
1,63,6
2,44,1
3,25,8
4,07,4
4,89,1
6,410,8
8,112,5
9,714,2
12,916,0
16,119,2
19,321,4
Galvanizado PVC/cobre
15 20 25 32 40 50 60 75 100 125 150
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Comprimento da
Tubulação
Perda dtrecho Soma
dos
pesos
Vazão
Estimada
Diâmetro Velocidade Perda de
Carga
Unitária
Diferença
de cota
Desce +
Sobe -
Pressão
Disponível
(14) +
10x(7)Real Equiva-
lente
Tubulação Reg
e o
L/s mm M/s KPal/m m kPa m m kPa Kp
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MMAATTEERRIIAAIISS:: Segundo a norma NBR 5626 os materiais utilizados em instalações de água friadeverão:
• garantir a potabilidade da água• deverão ter resistência ao ambiente instalado e à ação da água• devem apresentar desempenho adequado face as solicitações quando em uso
• devem ser protegidos contra a orrosão ou degradação (ver anexo D danorma)
Cito abaixo os materiais mais utilizados:
Materiais Metálicos:
Aço-carbono galvanizado
Vantagens DesvantagensPode ser utilizado imediatamente após ainstalação
Maior dificuldade na montagem
Maior resistência mecânica e às pressões Maior perda de pressãoMenor deformação Transmissão de ruídosIncombustível nas temperaturas normaisde incêndios nas edificações
Pode sofrer alterações em suaspropriedades físico-químicas através dacorrosão
Cobre
Vantagens DesvantagensPode ser utilizado imediatamente após ainstalação
Maior dificuldade na montagem
Maior resistência às pressões Transmissão de ruídos
Menor deformação CustoIncombustível nas temperaturas normaisde incêndios nas edificações
Materiais Plásticos:
PVC
Vantagens DesvantagensResistência à corrosão Degradação por exposição aos raios
ultravioletasBaixa transmissão de ruídos Produção de fumaça e gases tóxicos em
caso de queimaMaterial leve –fácil de transportar einstalar
Não pode ser utilizado imediatamenteapós a instalação a execução de juntasoldávelBaixa resistência ao calor (não usar paraágua quente)
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Polipropileno e Polietileno
Vantagens DesvantagensPode ser utilizado imediatamente após ainstalação
Requer mão de obra especializada
Maior resistência mecânica e às pressões Custo elevadoResistência à corrosão
Qualidade e segurança nas juntas /facilidade de manutenção
Principais conexões:
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Temos também todos os conhecidos dispositivos de controle de fluxo daágua:
Torneiras Misturadores Válvulas de Descarga
Torneira ou válvula de bóia Registro de pressão Registo de Gaveta
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GGGLLLOOOSSSSSSÁÁÁRRRIIIOOO::: PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DEÁGUA FRIA - definições extraídas da NBR 5626
Definições
Alimentador predialTubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água de usodoméstico. Aparelho sanitárioAparelho destinado ao uso de água para fins higiênicos ou para receber dejetose/ou águas servidas. Inclui-se nesta definição aparelhos como bacias sanitárias,lavatórios, pias e outros, e, também, lavadoras de roupa e pratos, banheiras dehidromassagem, etc. Automático de bóiaDispositivo instalado no interior de um reservatório para permitir o funcionamentoautomático da instalação elevatória entre seus níveis operacionais e extremos.
BarrileteConjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam ascolunas de distribuição, quando o tipo de abastecimento adotado é indireto.Caixa de descargaDispositivo colocado acima, acoplado ou integrado às bacias sanitárias ou mictórios,destinados a reservação de água para suas limpezas.Caixa ou válvula redutora de pressãoCaixa destinada a reduzir a pressão nas colunas de distribuição.Coluna de distribuiçãoTubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramaisConjunto elevatórioSistema para elevação de água.
Consumo diárioValor médio de água consumida num período de 24 horas em decorrência de todosos usos do edifício no período.Dispositivo antivibratórioDispositivo instalado em conjuntos elevatórios para reduzir vibrações e ruídos eevitar sua transmissão.ExtravasorTubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios edas caixas de descarga. InspeçãoQualquer meio de acesso aos reservatórios, equipamentos e tubulações. Instalação elevatóriaConjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados a elevar a águapara o reservatório de distribuição. Instalação hidropneumáticaConjunto de tubulações, equipamentos, instalações elevatórias, reservatórioshidropneumáticos e dispositivos destinados a manter sob pressão a rede dedistribuição predial. Instalação predial de água friaConjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos, existentes apartir do ramal predial, destinado ao abastecimento dos pontos de utilização de
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água do prédio, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecidapelo sistema de abastecimento. InterconexãoLigação, permanente ou eventual, que torna possível a comunicação entre doissistemas de abastecimento.Ligação de aparelho sanitário
Tubulação compreendida entre o ponto de utilização e o dispositivo de entrada de
água no aparelho sanitário.Limitador de vazãoDispositivo utilizado para limitar a vazão em uma peça de utilização.Nível operacionalNível atingido pela água no interior da caixa de descarga, quando o dispositivo datorneira de bóia se apresenta na posição fechada e em repouso.Nível de transbordamentoNível do plano horizontal que passa pela borda de reservatório, aparelho sanitárioou outro componente. No caso de haver extravasor associado ao componente, onível é aquele do plano horizontal que passa pelo nível inferior do extravasor.Quebrador de vácuoDispositivo destinado a evitar o refluxo por sucção da água nas tubulações.
Peça de utilizaçãoDispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização da água e, em algunscasos, permite também o ajuste da sua vazão.Ponto de utilização (da água)Extremidade de jusante do sub-ramal a partir de onde a água fria passa a serconsiderada água servida.Pressão de serviçoPressão máxima a que se pode submeter um tubo, conexão, válvula, registro ououtro dispositivo, quando em uso normal.Pressão total de fechamentoValor máximo de pressão atingido pela água na seção logo à montante de uma peçade utilização em seguida a seu fechamento, equivalendo a soma da sobre-pressão
de fechamento com a pressão estática na seção considerada.RamalTubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais.Ramal predialTubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalaçãopredial. O limite entre o ramal predial e o alimentador predial deve ser definido peloregulamento da Cia. Concessionária de Água local.Rede predial de distribuiçãoConjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de distribuição, ramais esub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar água aos pontos deutilização.
Refluxo de águaRetorno eventual e não previsto de fluidos, misturas ou substâncias para o sistemade distribuição predial de água.Registro de fechamentoComponente instalado em uma tubulação para permitir a interrupção da passagemde água. Deve ser usado totalmente fechado ou totalmente aberto. Geralmenteemprega-se registros de gaveta ou esfera.
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Tubulação de recalqueTubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o ponto de descargano reservatório de distribuição.Tubulação de sucçãoTubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório inferior e oorifício de entrada da bomba.Válvula de descarga
Válvula de acionamento manual ou automático, instalada no sub-ramal dealimentação de bacias sanitárias ou de mictórios, destinada a permitir a utilizaçãoda água para suas limpezas.Válvula de escoamento unidirecionalVálvula que permite o escoamento em uma única direção.Válvula redutora de pressãoVálvula que mantém a jusante uma pressão estabelecida, qualquer que seja apressão dinâmica a montante.Vazão de regimeVazão obtida em uma peça de utilização quando instalada e regulada para ascondições normais de operação.Volume de descarga
Volume que uma válvula ou caixa de descarga deve fornecer para promover aperfeita limpeza de uma bacia sanitária ou mictório.
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Bibliografia
• CREDER, Hélio – Instalações Hidráulicas e Sanitárias – 6º Ed. – Rio de Janeiro LTC2006
• PRADO, Racine Tadeu e Vários Autores – Execução e Manutenção de SistemasHidráulicos Prediais – POlIUSP – PINi – 2000
• MACINTYRE, Archibald Joseph – Manual de Instalações hidráulicas e Sanitárias –Livros Técnicos e Científicos
• Manual Técnico de Instalações Hidráulicas e Sanitárias – TIGRE – PINI• Manual Técnico de Instalações Hidráulicas e Sanitárias – BRASILIT
Sites:www.sabesp.com.br http://www.uniagua.org.br/ http://www.ana.gov.br/ http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/A61.html