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INSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO LUIZ FELIPE DE MEDEIROS FRIAS PLANEJAMENTO DE REDES LOGÍSTICAS: a consolidação da Petroquímica brasileira como estudo de caso Rio de Janeiro 2011

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INSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

LUIZ FELIPE DE MEDEIROS FRIAS

PLANEJAMENTO DE REDES LOGÍSTICAS: a consolidação da Petroquímica

brasileira como estudo de caso

Rio de Janeiro

2011

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LUIZ FELIPE DE MEDEIROS FRIAS

PLANEJAMENTO DE REDES LOGÍSTICAS: a consolidação da Petroquímica

brasileira como estudo de caso

Orientador: Peter Fernandes Wanke, D.Sc.

Rio de Janeiro

2011

Dissertação de mestrado apresentada ao

Programa de Pós-Graduação em

Administração, Instituto COPPEAD de

Administração, Universidade Federal do Rio

de Janeiro, como parte dos requisitos

necessários à obtenção do título de Mestre em

Administração

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Frias, Luiz Felipe de Medeiros.

Planejamento de Redes Logísticas: a consolidação da Petroquímica brasileira como estudo de caso – Rio de Janeiro, 2011.

220 f.: il

Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Instituto COPPEAD de Administração, Rio de Janeiro, 2011.

Orientador: Peter Fernandes Wanke

1. Planejamento de Redes Logísticas. 2. Logística. 3.

Administração – Teses. I. Wanke, Peter (Orientador). II.

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto COPPEAD

de Administração. III. Título.

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PLANEJAMENTO DE REDES LOGÍSTICAS: A CONSOLIDAÇÃO DA

PETROQUÍMICA BRASILEIRA COMO ESTUDO DE CASO

LUIZ FELIPE DE MEDEIROS FRIAS

Dissertação de Mestrado apresentada ao

Programa de Pós-Graduação em Administração,

Instituto COPPEAD de Administração,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

parte dos requisitos necessários à obtenção do

título de Mestre em Administração (M.Sc.)

Aprovada por:

Prof. Peter Fernandes Wanke, D.Sc. – Orientador (COPPEAD/UFRJ)

Prof. Otavio Henrique dos Santos Figueiredo, D.Sc. (COPPEAD/UFRJ)

Prof. Rafael Garcia Barbastefano, D.Sc. (CEFET-RJ)

Rio de Janeiro

2011

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AGRADECIMENTOS

Agradeço:

Primeiramente, a Deus.

A minha família: Cynthia e Eduardo Frias pelo incondicional apoio nos momentos de

alegria e tristeza – essa vitória só fez possível graças à presença de vocês;

A meu pai Luiz Armando Frias (em memória) que com certeza me ajuda onde estiver;

A minha esposa Ana Giménez, eterna amiga e companheira, pelo apoio e dedicação

incondicionais que foram primordiais para lograr tal êxito;

A Vovó Maria que desde sempre me acompanha e ensina os caminhos do bem;

Ao professor Peter Wanke que, desde os tempos de estágio, me ensina o fantástico

mundo da Logística;

Aos professores Otavio Figueiredo e Rafael Barbastefano pela participação na banca e

apreciação desse humilde trabalho;

A todos os professores e funcionários do Instituto Coppead que garantem a excelência

da instituição – em especial aos membros da Secretaria Acadêmica: Lucianita Barbosa e

Simone Tavares, inicialmente, e, posteriormente, a Cida, Mariana e Leonardo;

Aos amigos da turma 2008, minha turma original, com quem pude experimentar

diversos momentos de enriquecimento pessoal e profissional, com particular apreço por:

Joris Steinberg, Lior Sternberg, Luiz Henrique Fabião e Pedro Pereira Nunes;

Aos da turma 2009, em especial da turma de Operações: Guilherme Coutinho, Igor

Queiroz e Thiago Gomes pelo acolhimento e auxílio em meu retorno ao Coppead;

Ao amigo Leonardo Moraes do IMPA, pelos proveitosos debates sobre Programação

Matemática e Otimização; além, é claro, do auxílio em AIMMS; e

Finalmente, agradeço a PETROBRAS, em especial a Marcus Vinicius Magalhães pela

possibilidade de retorno ao curso de Mestrado que tanto agregou em minha vida.

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RESUMO

FRIAS, Luiz Felipe de Medeiros. Planejamento de Redes Logísticas: A Consolidação

Da Petroquímica Brasileira como Estudo De Caso. Rio de Janeiro, 2011. Dissertação

(Mestrado em Administração) – Instituto COPPEAD de Administração, Universidade

Federal do Rio de Janeiro, 2011.

No contemporâneo contexto de elevada concorrência e constante aumento da

complexidade na Logística, o Planejamento de Redes Logísticas (mais especificamente,

a determinação do número de instalações, sua localização e a alocação dos mercados

consumidores a elas) emerge como uma das principais decisões estratégicas a serem

tomadas na busca da manutenção da competitividade empresarial.

Primeiramente, a presente pesquisa desenvolveu um modelo de Programação Não

Linear Inteira Mista que contemplasse as principais componentes de custo envolvidas

no processo de Planejamento de Redes associadas à realidade brasileira: Transportes,

Estoques (muitas vezes, negligenciado na literatura) e Tributos.

Posteriormente, com o intuito de mensurar o valor associado ao tema e corroborar o

defendido pela literatura, promoveu-se uma aplicação do modelo desenvolvido. O

objeto de estudo foi a indústria petroquímica nacional que, recentemente, experimentou

um movimento de consolidação das duas maiores empresas do setor onde, por

conseguinte, a demanda por uma re-avaliação da sua rede se fazia iminente.

Finalmente, a partir das análises de sensibilidade realizadas, foi possível apreciar os

principais trade-offs relativos às premissas assumidas, com destaque para a constatação

das compensações entre os custos de transporte e o Imposto de Circulação de

Mercadorias e Serviços.

Palavras-chave: Planejamento de Redes Logísticas, Programação Não Linear Inteira

Mista, Indústria Petroquímica.

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ABSTRACT

FRIAS, Luiz Felipe de Medeiros. Planejamento de Redes Logísticas: A Consolidação

Da Petroquímica Brasileira como Estudo De Caso. Rio de Janeiro, 2011. Dissertação

(Mestrado em Administração) – Instituto COPPEAD de Administração, Universidade

Federal do Rio de Janeiro, 2011.

In the contemporary context of elevated competition and constant rise in logistic

complexity, the logistic planning networks (specifically, the determination of

installations’ number, their localization and allocation of consumer markets to them)

rise as one of the principal strategic decisions to make, looking for maintaining a

competitive business.

First, this research develop a model of Mixed Integer Non-Linear Programming that

contemplates the principal components of cost involved in the process of network

planning associated with Brazilian reality: Transport, Inventory (many times neglected

in the literature) and Taxes.

Second, in order to measure the value associated to the theme and corroborate to what is

defended in the literature, an application was created to the developed model. The

object of the study is a national petrochemical industry that recently underwent

consolidation of the two largest companies of the sector; therefore, the demand of

reevaluation of its network was imminent.

Finally through a sensitivity analysis, it was possible evaluate the principle trade-offs

related to the assumed premises, focusing on the verification of compensations between

the costs of transportation and VAT.

Keywords: Logistic Planning Networks, Mixed Integer Non-Linear Programming,

Petrochemical Industry.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Atividades que compõem a indústria química .............................................. 18

Tabela 2 - Produção mundial de petroquímicos básicos em mil toneladas (2006) ........ 23

Tabela 3 – Desinvestimentos da PETROQUISA ........................................................... 26

Tabela 4 – Divisão dos ativos da Ipiranga ...................................................................... 28

Tabela 5 – Demais armazéns utilizados pela empresa Braskem .................................... 32

Tabela 6 – Alíquotas intra-estaduais .............................................................................. 48

Tabela 7 – Alíquotas interestaduais ................................................................................ 49

Tabela 8 – Parâmetros utilizados na análise de sensibilidade. ..................................... 110

Tabela 9 – Parâmetros utilizados na validação conceitual do modelo ......................... 115

Tabela 10 – Comparativo entre as políticas de alocação de estoques de Montebeller

(2009) (a) e do modelo desenvolvido (b) .................................................................... 116

Tabela 11 – Estatísticas descritivas dos desvios entre as componentes de custo do

modelo de Montebeller (2009) e do modelo desenvolvido. ......................................... 118

Tabela 12 – Estimativa de demanda de petroquímicos básicos para cada fábrica ....... 130

Tabela 13 – Percentual de atendimento da demanda nos cenários Braskem (a) e Quattor

(b) ................................................................................................................................. 134

Tabela 14 – Percentual de atendimento da demanda na análise de sensibilidade que

desconsidera a componente de estoque ........................................................................ 143

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Cadeia produtiva de indústria petroquímica ................................................. 19

Figura 2 – A lógica de um ciclo de rentabilidade na indústria petroquímica mundial ... 21

Figura 3 – Estrutura acionária da Quattor Participações S/A ......................................... 29

Figura 4 – Atual estrutura acionária votante da Braskem .............................................. 30

Figura 5 – Rede logística da Braskem ............................................................................ 33

Figura 6 – Rede logística da Quattor .............................................................................. 34

Figura 7 – Triângulo de decisões logísticas ................................................................... 36

Figura 8 – Ilustração de custos de transporte ................................................................. 41

Figura 9 – Ilustração de política de estoque ................................................................... 43

Figura 10 – Ilustração de custos fixos ............................................................................ 44

Figura 11 – Trade-offs relevantes de custos em função do número de instalações ........ 45

Figura 12 – Geração de Débitos e Créditos .................................................................... 52

Figura 13 – Evolução do ICMS nas operações entre RJ → RJ → RJ ............................ 53

Figura 14 – Evolução do ICMS nas operações entre ES → RJ → RJ ........................... 54

Figura 15 – Evolução do ICMS nas operações entre RJ → RJ → ES ........................... 55

Figura 16 – Rede Logística considerada por Montebeller (2009) .................................. 90

Figura 17 – Rede Logística considerada....................................................................... 103

Figura 18 – Procedimento metodológico utilizado ...................................................... 111

Figura 19 – Rede logística da Nova Braskem .............................................................. 120

Figura 20 – Disposição geográfica da demanda ........................................................... 123

Figura 21 – Levantamento de distâncias rodoviárias ................................................... 125

Figura 22 – Curva de Fretes ......................................................................................... 126

Figura 23 – Fluxos da otimização da rede logística da Braskem ................................. 135

Figura 24 – Fluxos da otimização da rede logística da Quattor ................................... 136

Figura 25 – Fluxos da otimização da rede logística da Nova Braskem ........................ 137

Figura 26 – Elisão fiscal observada na análise de sensibilidade .................................. 145

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Evolução do faturamento de indústria química mundial ............................. 17

Gráfico 2 – Evolução dos ciclos da indústria petroquímica ........................................... 20

Gráfico 3 – Vendas trimestrais em toneladas de PE (a) e PP (b) ................................. 122

Gráfico 4 – Comparação dos custos de estoque ........................................................... 138

Gráfico 5 – Comparação dos custos de ICMS .............................................................. 139

Gráfico 6 – Comparação dos custos de transporte ....................................................... 140

Gráfico 7 – Comparação dos custos totais ................................................................... 140

Gráfico 8 – Evolução dos custos em função da restrição de atendimento direto da

fábrica ........................................................................................................................... 142

Gráfico 9 – Comparação entre custos de ICMS e transporte do cenário de referência e a

análise de sensibilidade ................................................................................................ 144

Gráfico 10 – Comparação entre os custos de transporte do cenário de referência e a

análise de sensibilidade ................................................................................................ 146

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 14

1.1. MOTIVAÇÃO E RELEVÂNCIA DO ESTUDO ........................................................................................... 14

1.2. OBJETIVOS DA DISSERTAÇÃO .......................................................................................................... 15

1.3. ORGANIZAÇÃO DA DISSSERTAÇÃO .................................................................................................... 15

2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO DE CASO: A INDÚSTRIA PETROQUÍMICA ............................... 17

2.1. CARACTERIZAÇÃO, PRODUTOS E ESTRUTURA PRODUTIVA ..................................................................... 17

2.2. O SETOR PETROQUÍMICO MUNDIAL ................................................................................................. 22

2.2.1. BREVE HISTÓRICO......................................................................................................................... 22

2.2.2. SITUAÇÃO ATUAL ......................................................................................................................... 22

2.3. O SETOR PETROQUÍMICO NACIONAL ................................................................................................ 23

2.3.1. HISTÓRICO .................................................................................................................................. 23

2.3.2. SITUAÇÃO ATUAL E A EMPRESA NOVA BRASKEM ................................................................................ 31

2.3.3. REDE LOGÍSTICA ........................................................................................................................... 31

2.3.4. SITUAÇÃO PROBLEMA - DESCRIÇÃO DO CASO A SER ESTUDADO .............................................................. 34

3. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................................ 36

3.1. PLANEJAMENTO DE REDES LOGÍSTICAS ............................................................................................. 37

3.2. ASPECTOS QUE INFLUENCIAM O PLANEJAMENTO DE REDES LOGÍSTICAS ................................................... 37

3.2.1. PRODUTO E DEMANDA .................................................................................................................. 38

3.2.2. SERVIÇO AO CLIENTE ..................................................................................................................... 39

3.2.3. CUSTOS LOGÍSTICOS ...................................................................................................................... 40

3.2.3.1. CUSTOS DE TRANSPORTE ............................................................................................................... 40

3.2.3.2. CUSTOS DE ESTOQUES ................................................................................................................... 41

3.2.3.3. OUTROS CUSTOS .......................................................................................................................... 43

3.2.3.4. CONCEITO DE CUSTO TOTAL ........................................................................................................... 44

3.2.4. ASPECTOS TRIBUTÁRIOS ................................................................................................................. 46

3.2.4.1. TRIBUTOS INCIDENTES EM OPERAÇÕES LOGÍSTICAS ............................................................................. 46

3.2.4.2. ICMS ........................................................................................................................................ 46

3.2.4.2.1 ESTRUTURA DE ALÍQUOTAS ............................................................................................................ 48

3.2.4.2.2 INCENTIVOS TRIBUTÁRIOS E GUERRA FISCAL ...................................................................................... 50

3.2.4.2.3 CÁLCULO DO ICMS ...................................................................................................................... 51

3.2.4.2.4 OUTROS IMPACTOS DO ICMS NAS REDES LOGÍSTICAS .......................................................................... 56

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3.3. MODELOS DE LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES ..................................................................................... 56

3.3.1. MODELOS DE LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES QUE DESCONSIDERAM OS CUSTOS DE MANUTENÇÃO DE

ESTOQUES ................................................................................................................................................ 57

3.3.2. MODELOS DE LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES QUE CONSIDERAM OS CUSTOS DE MANUTENÇÃO DE ESTOQUES

SIMPLIFICADOS ........................................................................................................................................... 65

3.3.3. MODELOS DE LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES QUE CONSIDERAM EFEITOS DE CENTRALIZAÇÃO DOS ESTOQUES 74

3.3.3.1. EFEITO PORTFÓLIO ....................................................................................................................... 74

3.3.3.2. EFEITO CONSOLIDAÇÃO ................................................................................................................. 80

3.3.3.3. MODELOS ................................................................................................................................... 82

3.3.4. MODELOS DE LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES QUE CONSIDERAM EFEITOS DE ASPECTOS TRIBUTÁRIOS ........... 93

4 MODELO PROPOSTO ................................................................................................................. 102

4.1. MODELO MATEMÁTICO............................................................................................................... 102

4.2. PREMISSAS, DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO CONCEITUAL ............................................................... 109

5 METODOLOGIA ......................................................................................................................... 119

5.1. DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DO MODELO RELATIVOS AO ESTUDO DE CASO .................................. 119

5.1.1. REDE LOGÍSTICA ......................................................................................................................... 119

5.1.2. PRODUTOS, DEMANDAS E PREÇOS ................................................................................................. 121

5.1.3. CUSTOS LOGÍSTICOS .................................................................................................................... 124

5.1.3.1. CUSTOS DE TRANSPORTE ............................................................................................................. 124

5.1.3.2. CUSTOS DE ESTOQUE .................................................................................................................. 127

5.1.4. SERVIÇO AO CLIENTE ................................................................................................................... 128

5.1.5. ASPECTOS TRIBUTÁRIOS ............................................................................................................... 128

5.2. ANÁLISE DE CENÁRIOS / SENSIBILIDADE .......................................................................................... 132

6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................................................. 134

6.1. ANÁLISE DE CENÁRIOS ................................................................................................................. 134

6.2. ANÁLISES DE SENSIBILIDADE ......................................................................................................... 141

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................... 147

7.1. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 147

7.2. IMPLICAÇÕES GERENCIAIS ............................................................................................................ 148

7.3. LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ........................................................................ 148

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................... 150

ANEXO 1 – TABELA DE ALÍQUOTAS DE ICMS ...................................................................................... 156

ANEXO 2 – DESENVOLVIMENTO DO MODELO .................................................................................... 157

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ANEXO 3 – CÓDIGO PARA A OTIMIZAÇÃO ESCRITO NA LINGUAGEM DO SOFTWARE AIMMS 3.11 .... 161

ANEXO 4 – POLÍTICAS DE ALOCAÇÃO DE ESTOQUES .......................................................................... 210

ANEXO 5 – REDE LOGÍSTICA DO ESTUDO DE CASO ............................................................................. 213

ANEXO 6 – EMPRESAS DO SETOR DE TRANSFORMAÇÃO DE MATERIAL PLÁSTICO ............................. 215

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1. INTRODUÇÃO

1.1. Motivação e Relevância do Estudo

Com o aumento da complexidade inerente a Logística (aumento do número de

produtos, maiores níveis de serviço, menores tempos de resposta, etc), cada vez mais, o

planejamento logístico faz-se crucial para a competitividade de uma empresa. É nesse

contexto, onde os profissionais da área tomam decisões estratégicas para gerenciar

incertezas, serviço ao cliente e custos na rede de distribuição (WANKE e ZINN, 2004).

Dentre tais decisões, o planejamento de redes logísticas – mais especificamente,

a determinação do número de instalações, sua localização a alocação dos mercados

consumidores a elas – aparece como a principal decisão dentro do processo de

planejamento logístico (BALLOU, 2006). Isso se justifica, graças à natureza dessas

decisões que envolvem elevados investimentos e impactam diretamente no custo total

de qualquer rede de distribuição (LACERDA, 2000), pois influenciam diretamente as

decisões relativas aos estoques e transportes.

Davariz (2006) pondera que os custos associados à mudança de uma concepção

equivocada de uma rede logística podem ser proibitivos, visto que envolvem decisões

de difícil reversão, como por exemplo: o investimento na compra de terrenos, na

construção de instalações e/ou a assinatura de contratos de prestação de serviço de

longo prazo.

Ballou (2001) acrescenta que a revisão da rede logística, por meio do uso de

modelos matemáticos, é capaz de gerar economias anuais da ordem de 5% a 15% dos

custos logísticos totais. Logo, em virtude disso, faz-se extremamente relevante a re-

avaliação constante das redes logísticas já existentes.

Especificamente para o caso da Logística brasileira, Yoshizaki (2002) constata

que a estrutura tributária nacional se apresenta como um aspecto adicional que impacta

diretamente o planejamento de redes no Brasil e, por conseguinte, na competitividade.

Portanto, a tamanha relevância do tema dentro da esfera estratégica empresarial

motivou a eleição do mesmo para o desenvolvimento da presente dissertação.

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1.2. Objetivos da Dissertação

A presente dissertação possui dois objetivos gerais. O primeiro deles é

desenvolver um modelo de programação matemática de planejamento de redes

logísticas que considere: custos de transporte, estoques e aspectos tributários. A partir

da utilização de Montebeller (2009) como ponto de partida, espera-se adotar premissas

menos restritivas que as do autor e, portanto, mais aderentes à realidade.

O segundo objetivo é realizar uma aplicação do modelo desenvolvido em um

estudo de caso. Para tanto, em virtude dos últimos movimentos de consolidação

experimentados pelo setor, optou-se pela indústria petroquímica nacional.

Além de orientações sobre a configuração e operação ótimas da rede logística a

ser estudada, o aferimento dos potenciais ganhos relativos à aplicação do modelo deve

ser alcançado primariamente durante a análise de cenários do estudo de caso.

Adicionalmente, a partir da realização de análises de sensibilidade, a apreciação dos

trade-offs relativos às principais premissas assumidas emerge como um objetivo

específico a ser perseguido.

1.3. Organização da Disssertação

O conteúdo da presente dissertação encontra-se organizado em sete capítulos. O

primeiro deles é reservado, principalmente, a justificar a importância do tema a ser

trabalhado bem como apresentar os objetivos a serem alcançados ao término do estudo.

O segundo capítulo proporciona a caracterização e o contexto em que o estudo

de caso se insere, desde um breve panorama mundial até os movimentos dentro da

indústria petroquímica nacional que motivaram a sua realização. Ao seu final é

apresentada a situação problema a ser trabalhada no estudo de caso.

O capítulo 3 tem por intuito apresentar o referencial teórico que subsidiou o

desenvolvimento da dissertação. Primeiramente, é abordado o tema planejamento de

redes logísticas e os principais aspectos que o influenciam, mas também,

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posteriormente, os modelos de programação matemática que direcionam a sua tomada

de decisão.

Em seguida, o quarto capítulo é destinado ao modelo matemático formulado.

Após a sua apresentação, são abordadas as premissas e procedimento metodológico de

desenvolvimento e validação conceitual utilizado.

No capítulo 5, a metodologia utilizada para o levantamento dos parâmetros

relativos ao estudo de caso é abordada. Durante a seção, são delineados os valores

necessários para a aplicação do modelo matemático. Em seu término, são definidas as

análises de cenários / sensibilidades desenvolvidas.

O penúltimo capítulo apresenta os resultados encontrados e os ganhos potenciais

decorrentes da aplicação do modelo proposto.

O último capítulo é direcionado às considerações finais, onde são sumarizadas:

as principais conclusões encontradas, as implicações gerenciais proporcionadas pela

pesquisa e as limitações/sugestões para estudos futuros.

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO DE CASO: A INDÚSTRIA PETROQUÍMICA

2.1. Caracterização, Produtos e Estrutura Produtiva

A indústria química apresenta extrema representatividade na economia mundial.

O faturamento desse setor está em constante ascendência desde os anos 90, com

destaque para a superação do patamar de três trilhões e quinhentos bilhões de dólares

em 2008 – vide Gráfico 1.

Gráfico 1 – Evolução do faturamento de indústria química mundial

Fonte: ABIQUIM (2010)

Essa indústria caracteriza-se por uma vasta gama de produtos para as mais

diversas aplicações. Com base na Classificação Nacional de Atividades Econômicas

(CNAE) 2.0, pode-se verificar tamanha abrangência na tabela a seguir:

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2005 2006 2007 2008

US$

Bilh

õe

s

Faturamento da Indústria Química Mundial

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Fabricação de produtos químicos

inorgânicos

Fabricação de cloro e álcalis

Fabricação de intermediários para fertilizantes

Fabricação de adubos e fertilizantes

Fabricação de gases industriais

Fabricação de produtos químicos inorgânicos não especificados

anteriormente

Fabricação de produtos químicos

orgânicos

Fabricação de produtos petroquímicos básicos

Fabricação de intermediários para plastificantes, resinas e fibras

Fabricação de produtos químicos orgânicos não especificados

anteriormente

Fabricação de resinas e elastômeros

Fabricação de resinas termofixas

Fabricação de resinas termoplásticas

Fabricação de elastômeros

Fabricação de fibras artificiais e

sintéticas Fabricação de fibras artificiais e sintéticas

Fabricação de defensivos agrícolas e

desinfestantes domissanitários

Fabricação de defensivos agrícolas

Fabricação de desinfestantes domissanitários

Fabricação de sabões, detergentes,

produtos de limpeza, cosméticos,

produtos de perfumaria e de higiene

pessoal

Fabricação de sabões e detergentes sintéticos

Fabricação de produtos de limpeza e polimento

Fabricação de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene

pessoal

Fabricação de tintas, vernizes,

esmaltes, lacas e produtos afins

Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas

Fabricação de tintas de impressão

Fabricação de impermeabilizantes, solventes e produtos afins

Fabricação de produtos e preparados

químicos diversos

Fabricação de adesivos e selantes

Fabricação de explosivos

Fabricação de aditivos de uso industrial

Fabricação de catalisadores

Fabricação de produtos químicos não especificados anteriormente

Fabricação de produtos

farmoquímicos Fabricação de produtos farmoquímicos

Fabricação de produtos

farmacêuticos

Fabricação de medicamentos para uso humano

Fabricação de medicamentos para uso veterinário

Fabricação de preparações farmacêuticas

Tabela 1 – Atividades que compõem a indústria química

Fonte: ABIQUIM (2010)

O setor petroquímico encontra-se inserido no referido contexto, com

significativa relevância para o mesmo – uma vez que responde por 30% de seu

faturamento global (WONGTSCHOWSKI, 2002). Tal segmento sempre fora

caracterizado como a parcela da indústria química, cujos principais insumos são

oriundos, principalmente, do petróleo e/ou do gás natural (WONGTSCHOWSKI,

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2002). Todavia, o avanço da utilização de insumos de origem renovável também tem

sido incorporado ao setor, o que lhe confere uma maior complexidade bem como a

altera os seus paradigmas originais. A figura abaixo ilustra os principais produtos e

insumos da indústria petroquímica clássica, bem como a sua estrutura produtiva.

Figura 1 – Cadeia produtiva de indústria petroquímica

Fonte: Gomes et al (2005)

Como se pode constatar na ilustração anterior, sua estrutura produtiva é

composta por três segmentos interligados:

O primeiro deles é formado pelas empresas de primeira geração, intituladas centrais

petroquímicas (AZUAGA, 2007) – responsáveis pela produção dos denominados petroquímicos

básicos: eteno, propeno, buteno, butadieno, benzeno e para-xileno;

As empresas de segunda geração beneficiam as commodities do elo anterior para produção dos

petroquímicos intermediários que posteriormente serão utilizados pelas empresas de terceira

geração (GOMES et al, 2005) – com especial destaque para as resinas e elastômeros;

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Por fim, o último componente da cadeia transforma os petroquímicos intermediários em

produtos de consumo para as mais diversas aplicações, que permeiam desde a construção civil ao

setor de embalagens (NAKANO, 2003 apud AZUAGA, 2007).

A alta integração entre as empresas desse setor, predominante na primeira e

segunda geração, merece particular destaque em sua caracterização. Com o intuito de

conferir maior competitividade, objetiva minimizar os custos logísticos associados à

obtenção de insumos, com forte tendência a localizar-se à montante da cadeia de

suprimentos, ou seja, mais próximo da oferta de matérias-primas primárias.

A intensidade em capital é outra particularidade de extrema relevância para a

indústria, uma vez que impõe barreiras à entrada de novos competidores, uma condição

de oligopólio concentrado e, principalmente, movimentos cíclicos de investimentos,

preços e margens de lucros das empresas (AZUAGA, 2007); o gráfico a seguir ilustra

tal questão.

Gráfico 2 – Evolução dos ciclos da indústria petroquímica

Fonte: CMAI (2003)

Com relação a tal ciclicidade, Braskem (2011) reitera o exposto no parágrafo

anterior, e complementa que as taxas de operação da indústria refletem o balanço oferta

e demanda mundial. Dessa forma, a tomada de decisão de novos investimentos ocorre

0

50

100

150

200

250

300

350

400

1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009

Índ

ice

19

82

: 10

0

Rentabilidade da Indústria Petroquímica - EUA

9 anos 7 anos 10 anos

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em períodos em que as referidas taxas estão mais elevadas e, por conseguinte, as

margens estão mais atrativas. Quando tais investimentos previstos têm sua operação

iniciada, há um consequente excesso de capacidade produtiva no período – dado que há

uma taxa mínima de operação para a viabilidade econômica dentro da indústria

petroquímica. Como consequencia, há um impacto direto nas margens de contribuição e

uma redução generalizada das taxas de operação. A Figura 2 esquematiza a estrutura

desses ciclos.

Figura 2 – A lógica de um ciclo de rentabilidade na indústria petroquímica mundial

Fonte: Kupfer (2004)

Adicionalmente, cabe ressaltar que a volatilidade dos preços de petróleo,

derivados e das taxas de câmbio aparece como outro fator que contribui fortemente para

a manutenção dessa condição (KUPFER, 2004).

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2.2. O setor Petroquímico Mundial

2.2.1. Breve Histórico

A indústria petroquímica é oriunda dos Estados Unidos e teve seu início efetivo

no princípio da década de 1920, a partir da produção de solventes industriais a base de

isopropanol. A história desse segmento está fortemente vinculada ao setor petrolífero e

teve seu desenvolvimento impulsionado pela emergência do automobilismo, dos

plásticos e dos padrões de consumo estadunidense (BASTOS, 2009).

Durante a Segunda Guerra Mundial, graças às aplicações de cunho bélico –

tolueno e glicerina para fabricação de materiais explosivos, a petroquímica conseguiu a

sua consolidação. Desde então até os anos 70, além dos Estados Unidos, a Europa e o

Japão experimentaram acelerada ascensão no setor, que passou a apresentar sobreoferta

de capacidade.

Durante a década de 1970, a expressiva escalada dos preços do petróleo –

proveniente das mudanças geopolíticas promovidas pela formação da Organização dos

Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e das duas subsequentes crises energéticas

mundiais – foi o estopim para o início de uma reestruturação do setor petroquímico que

perdura até a contemporaneidade (BASTOS, 2009). Tal fato caracteriza-se pela

formação de grandes grupos de presença global que se formam a partir de um contínuo

processo de fusões, aquisições e/ou incorporações dos principais participantes do setor

(BRASKEM, 2010 e BASTOS, 2009).

2.2.2. Situação Atual

A produção de petroquímicos básicos está geograficamente concentrada na Ásia

– responsável por, aproximadamente 40% do montante mundial, seguida da América do

Norte e Europa – vide Tabela 2.

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Eteno Propeno Butadieno BTX Total %

América do Norte 33.492 22.621 3.111 23.61 82.834 26

América 5.59 3.784 420 4.143 13.937 4

Europa 26.818 20.79 3.551 23.113 74.272 23

Oriente Médio e África 12.891 3.376 403 5.646 22.316 7

Ásia e Oceania 36.816 34.631 3.853 50.253 125.553 39

Total 115.607 85.202 11.338 106.765 318.912 100

Tabela 2 - Produção mundial de petroquímicos básicos em mil toneladas (2006)

Fonte: CMAI (2003)

Braskem (2010) constata que o perfil geográfico de produção dos petroquímicos

de segunda geração (resinas termoplásticas) é extremamente semelhante ao apresentado

anteriormente com exatidão para os três principais produtores.

O mesmo autor constata que, até o ano de 2014, o continente asiático e o Oriente

Médio serão os maiores responsáveis pela adição de capacidade produtiva de

petroquímicos – aproximadamente 40 milhões de toneladas; e que haverá uma grande

descontinuidade de produção na América do Norte e Europa. Assim, vislumbra-se como

perspectiva futura, a transição do eixo clássico para o Oriente.

2.3. O Setor Petroquímico Nacional

2.3.1. Histórico

A indústria petroquímica brasileira teve início no princípio da década de 1950.

Nesse momento inicial, foram instaladas fábricas de pequeno porte no estado de São

Paulo que produziam Poliestireno a partir de matéria-prima importada. Graças à criação

da empresa Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), em 1953, e ao início de operação

da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), fez-se possível iniciar o suprimento

nacional de matérias-primas petroquímicas para as indústrias que se instalaram nas

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imediações da refinaria (AZUAGA, 2007). Até o fim da referida década, o Estado

facultou o desenvolvimento do setor à iniciativa privada (PERRONE, 2010).

O Estado confirmou, desde 1960, a relevância da petroquímica para a matriz

industrial do país. A partir de então, um novo modelo foi concebido para desenvolvê-la,

denominado tripartite – onde cada empresa do setor deveria ser constituída pela

participação do Estado, da iniciativa privada nacional e de um grupo privado

multinacional que forneceria a tecnologia necessária para o processo produtivo. Esse

modelo tinha como principais finalidades: a transferência tecnologia para os parceiros

nacionais e a sua capacitação para atuar no setor (AZUAGA, 2007).

O auge da fase marcada pelo modelo Tripartite aconteceu entre as décadas de

1970 e 1980. Em 1972, a implantação do primeiro pólo petroquímico, em Mauá no

Estado de São Paulo, foi o primeiro grande acontecimento que marcou a consolidação

do setor. O Estado foi fundamental para viabilizá-lo, visto que planejou e investiu

diretamente no empreendimento.

Em 1978, o pólo de Camaçari – Bahia – foi concebido e, posteriormente, em

1982, o pólo petroquímico de Triunfo (Rio Grande do Sul) também teve sua operação

iniciada. Adicionalmente, cabe ressaltar que todos os pólos nacionais do país tiveram as

suas capacidades ampliadas até o fim da década de 1990.

Em todo esse processo, a participação do Estado se deu através da estatal

Petrobras Química S/A (PETROQUISA) – subsidiária da PETROBRAS, que atuava no

desenvolvimento da petroquímica nacional através do planejamento, financiamento,

definição dos participantes (nacionais ou estrangeiros) e arranjos societários do setor

(CÁRIO, 1997 apud AZUAGA, 2007; PERRONE, 2010). O fato da PETROQUISA

sempre deter participação acionária relevante em todos os investimentos realizados,

garantia uma presença sólida do Estado.

No contexto da crise financeira experimentada pelo país no início da década de

1980, iniciou-se um movimento de contestação do modelo tripartite adotado

anteriormente e de que uma reestruturação do setor fazia-se necessária.

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O Programa Nacional de Desestatização (PND) deu início ao processo de

reestruturação do setor petroquímico no princípio da década de 1990 e objetivava,

principalmente, a redução do déficit público e o fortalecimento dos mercados de capitais

locais.

A desestatização ocorreu efetivamente entre 1992 e 1996 quando, as

participações acionárias estatais cabidas à PETROQUISA foram vendidas de forma

polarizada e majoritariamente aos grupos nacionais privados que já compunham as

empresas do setor (tabela a seguir). Todavia, mesmo com o PND, a PETROQUISA

manteve uma participação minoritária nas empresas de primeira geração e em algumas

de segunda geração.

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Empresa Data do Leilão Valor (US$ Milhões) (1)

Compradores

Petroflex 10/04/1992 180 Suzano, Unipar, Copene

Copesul 15/05/1992 527 Polisul, PPH

Álcalis 15/07/1992 75 Fragoso Pires

Nitriflex 06/08/1992 26 Itap

Polisul 11/09/1992 55,4 Ipiranga, Hoechst

PPH 29/09/1992 42,9 Odebrecht

CBE 03/12/1992 10,9 Unigel

Poliolefinas 19/03/1993 86,1 Odebrecht

Oxiteno 05/09/1993 54 Ultra

PQU 25/01/1994 289,1 Carbide, Polibrasil, ODB

Coperbo 16/08/1994 26,4 Petroflex, Copene

Acrinor 16/08/1994 12,3 Copene, Rhodia

Polialden 17/08/1994 17 Econômico

Ciquine 17/08/1994 24,1 Econômico

Politeno 18/08/1994 45,6 Econômica, Suzano

Copene 15/08/1995 270,4 Norquisa, Previ, Petros

CPC 29/09/1995 99,7 Odebrecht

Salgema 05/10/1995 139,2 Odebrecht, Copene

CQR 05/10/1995 1,6 Salgema

Nitrocarbono 05/12/1995 29,4 Prono, Pet. da Bahia

Pronor 05/12/1995 63,5 Petroquímica da Bahia

CBP 05/12/1995 0,1

Polipropileno 01/02/1996 81,2 Suzano

Rio Polímeros 01/02/1996 3,1

Deten 18/06/1996 12,1 Una, Unipar

Polibrasil 26/09/1996 99,5 Suzano

EDN 26/09/1996 17 Dow

(1) Valor da Participação da PETROQUISA

Tabela 3 – Desinvestimentos da PETROQUISA

Fonte: Perrone (2010)

Tal processo modificou o eixo da indústria petroquímica nacional – centrado,

originalmente, nas participações da PETROQUISA – para os sócios privados nacionais

presentes no setor. O Grupo Odebrecht foi o que experimentou o maior crescimento

desde então (PERRONE, 2010).

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O formato como foi conduzida a desestatização proporcionou o surgimento de

empresas com baixos níveis de integração e diversificação que não estavam adequadas

às características estruturais do setor petroquímico internacional. Por conseguinte, a

competitividade da petroquímica brasileira reestruturada já nasceu desfavorável.

Em 2000, o Banco Econômico – relevante sócio capitalista da indústria

petroquímica nacional – entrou em crise financeira que, posteriormente, resultou em

intervenção do Banco Central do Brasil (BCB). Este, por sua vez, decidiu pela alienação

dos ativos do Banco Econômico no pólo petroquímico de Camaçari (PERRONE, 2010).

Os ativos do referido banco estavam concentrados na Conepar, holding da

Norquisa – controladora da Copene Petroquímica do Nordeste S/A, principal

fornecedora de matéria-prima do pólo – foram, posteriormente, ofertados em leilão

conjunto com os ativos dos grupos Odebrecht e Mariani. No ano de 2001, após dois

leilões fracassados, os dois grupos em questão assumiram uma nova posição nesse

processo, com o objetivo de adquirir os ativos, até então, em posse da Conepar.

Dessa maneira, foi agendado um terceiro leilão, em 25 de julho de 2001, onde o

consórcio Odebrecht / Mariani arrematou os ativos do Banco Econômico e criou a base

para a criação da primeira empresa petroquímica nacional integrada.

Em meados do ano seguinte, foi criada a companhia Braskem S/A – Braskem – a

partir incorporação dos ativos petroquímicos dos grupos Odebrecht e Mariani pela

Copene Petroquímica do Nordeste S/A.

Em 2005, Braskem e PETROQUISA constituíram a Petroquímica Paulínia S/A

(PP S/A), uma joint venture responsável pela operação de uma unidade industrial de

polipropileno (PP) que foi implantada em Paulínia, no interior do Estado de São Paulo.

O ano de 2007 foi de especial destaque para o setor petroquímico nacional. Dois

movimentos marcaram esse período e deram início a um novo estágio para a

petroquímica brasileira. O primeiro deles foi a aquisição dos ativos da Ipiranga por

PETROBRAS, Braskem e Grupo Ultra.

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A Ipiranga operava nos setores de refino de petróleo, petroquímico e distribuição

de combustíveis (IPIRANGA, 2006 apud AZUAGA, 2007). A tabela a seguir apresenta

como a operação de aquisição foi compreendida:

Ativo Empresa Observação

Refinaria Ipiranga Braskem; Grupo Ultra;

PETROBRAS

Participação societária: 33,3%; 33,3%;

33,3%, respectivamente

Distribuidora de

Combustíveis Ipiranga

Grupo Ultra;

PETROBRAS

Grupo Ultra: ativos da distribuidora

localizados nas regiões Sul e Sudeste;

PETROBRAS: ativos localizados nas

regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

Participações Petroquímicas

no Pólo de Triunfo

Braskem; PETROBRAS Participação societária: 60%; 40%,

respectivamente

Tabela 4 – Divisão dos ativos da Ipiranga

Fonte: Perrone (2010)

Cabe ressaltar que a Braskem reforçou ainda mais o seu controle na Companhia

Petroquímica do Sul (Copesul) – empresa de primeira geração responsável pelo

fornecimento dos petroquímicos básicos para o pólo de Triunfo.

O segundo grande acontecimento do ano foi a aquisição da Suzano Petroquímica

pela PETROBRAS em conjunto com a União de Indústrias Petroquímicas S/A

(UNIPAR). Posteriormente, as duas empresas aportaram parte de seus ativos no

segmento petroquímico e constituíram a Quattor Participações S/A (Quattor); a figura a

seguir ilustra o arranjo societário formado. Tal empresa já nasceu com expressivo porte

e se tornou a segunda maior petroquímica brasileira.

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Figura 3 – Estrutura acionária da Quattor Participações S/A

Fonte: Perrone (2010)

Em novembro de 2007, PETROBRAS e Odebrecht acordaram que seria

realizada uma incorporação de ativos de PETROBRAS e PETROQUISA – ações da

Copesul, Ipiranga Petroquímica, Ipiranga Química, Petroquímica Triunfo e PP S/A – na

Braskem e, por conseguinte, ambas teriam sua participação acionária elevada.

Segundo Braskem (2010), somente em 30 de setembro de 2008, o Conselho

Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou a incorporação dos ativos da

Ipiranga Petroquímica, PP S/A e Ipiranga Química junto a Braskem. Já a integração da

Petroquímica Triunfo só foi aprovada pelo mesmo órgão em meados de 2009.

Em 22 de janeiro de 2010, após a celebração de um acordo de investimentos

entre Odebrecht, PETROBRAS, Braskem e UNIPAR, a Braskem anunciou a aquisição

do controle acionário da Quattor. Dentre as etapas da operação de incorporação de

ativos destaca-se: a criação da empresa BRK Investimentos Petroquímicos S/A (BRK)

com as ações ordinárias nominativas (com direito a voto) de Braskem pertencentes à

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Odebrecht e PETROBRAS (em posse da PETROQUISA); o aumento de capital na

Braskem por meio de oferta privada de ações; a aquisição por parte da Braskem da

participação acionária da UNIPAR na Quattor Participações S/A (60% do capital total),

por R$ 647,3 milhões; a incorporação por parte da Braskem das ações de Quattor

(inclusive os 40% detidos por PETROBRAS/PETROQUISA); e a aquisição das

participações acionárias da UNIPAR na Polibutenos (33%) e na Unipar Comercial e

Distribuidora S/A (100%). Por fim, a estrutura das ações com direito a voto é delineada

a seguir:

Odebrecht PETROBRAS

BRK

53,8% 46,2%

Outros

Acionistas

Braskem

Braskem

PetroquímicaQuattor

Braskem

AméricaQuantiQRiopol

100% 100%100% 100% 100%

93,2%

4,0%

2,9%

Figura 4 – Atual estrutura acionária votante da Braskem

Fonte: Braskem (2011)

A consolidação de tais ativos posicionou a Braskem como a maior empresa

petroquímica das Américas em capacidade de resinas termoplásticas (PE, PP e PVC) e

como a oitava maior do mundo em capacidade produtiva de resinas. Entretanto, a

operação conjunta das duas empresas só se fez possível após a aprovação do CADE.

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2.3.2. Situação Atual e a empresa Nova Braskem

Em 23 de fevereiro de 2011, o CADE aprovou integralmente a aquisição, por

parte da Braskem, dos ativos referidos na seção anterior e, por conseguinte, a empresa

passou a realizar sua operação industrial de maneira integrada.

Atualmente, no que diz respeito às resinas termoplásticas (PE, PP e PVC), a

empresa Nova Braskem (denominação adotada para a empresa formada a partir da

incorporação da Quattor pela Braskem) impera no mercado nacional a partir da

operação de suas 26 unidades industriais dispostas em cinco Estados (São Paulo, Rio de

Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas). A rede logística da empresa será

apresentada na próxima seção.

2.3.3. Rede Logística

A rede logística da Nova Braskem foi composta pela união das redes originais de

Braskem e Quattor. Assim, descrever-se-á, individualmente, a rede mapeada para cada

empresa antes do referido movimento.

A Braskem possuía unidades fabris de resinas (PE, PP e PVC) nos pólos

petroquímicos de Triunfo (Rio Grande do Sul) e Camaçari (Bahia), além de uma planta

produtiva de PP localizada em Paulínia (São Paulo); anexo a cada fábrica de resina, foi

mapeado um armazém associado. Adicionalmente, foram levantados outros centros de

distribuição (Tabela 5).

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Município Estado

Araucária Paraná

Barueri São Paulo

Guarulhos São Paulo

São Paulo São Paulo

Contagem Minas Gerais

Três Corações Minas Gerais

Duque de Caxias Rio de Janeiro

Joinville Santa Catarina

Recife Pernambuco

Rio Grande Rio Grande do Sul

Uruguaiana Rio Grande do Sul

Simões Filho Bahia

Tabela 5 – Demais armazéns utilizados pela empresa Braskem

Fonte: Adaptado de Braskem (2011)

A exceção da planta de PP em Paulínia, a empresa possui plantas de primeira geração

nos dois pólos petroquímicos mencionados anteriormente. O mapa a seguir ilustra a

rede logística mapeada para a empresa Braskem.

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Figura 5 – Rede logística da Braskem

Fonte: Adaptado de Braskem (2011)

Por sua vez, a Quattor detinha instalações industriais em Duque de Caxias (Rio

de Janeiro), no pólo petroquímico do ABC Paulista – nos municípios de Santo André e

Mauá (ambos no Estado de São Paulo) e em Camaçari (Bahia). No tocante às

instalações de armazenagem, foram mapeados três centros de distribuição pertencentes

à Unipar Comercial e Distribuidora S/A (empresa independente controlada pela Quattor

antes de sua incorporação) com localização nos seguintes municípios: Duque de Caxias

(Rio de Janeiro), Eldorado do Sul (Rio Grande do Sul) e Mauá (São Paulo). A Figura 6

apresenta a distribuição geográfica da rede.

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Figura 6 – Rede logística da Quattor

Fonte: Adaptado de Braskem (2011)

2.3.4. Situação Problema - Descrição do caso a ser estudado

A integração dos ativos de Braskem e Quattor na formação da nova empresa, por

si só, já é um motivador relevante para uma re-avaliação profunda da rede logística. Em

adição, Braskem (2011) vislumbra que, em 2011, R$ 400 milhões possam vir a ser

capturados em sinergias decorrentes da integração entre ambas as empresas; onde a

maior parte desse montante se concentra em iniciativas de cunho industrial e logístico.

Na esfera industrial, se faz possível o aprimoramento do planejamento de

produção e vendas das diversas unidades industriais – como a definição do melhor mix

de produção para cada planta. Na plataforma logística, enfatizam-se os ganhos com

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transporte, decorrentes do melhor planejamento de vendas para mercado interno e

externo, distribuição e armazenagem.

Portanto, dada a concepção da rede logística e o expressivo potencial de retorno

financeiro atrelado à formação da Nova Braskem, objetiva-se (através do estudo de

caso) determinar qual deveria ser a rede logística ótima para a empresa (design e

operação), além de verificar qual seria o ganho potencial atrelado a essa revisão da rede

logística.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

Dentre as diversas decisões empresariais de nível estratégico a serem tomadas na

esfera da cadeia de suprimentos, o planejamento logístico merece particular destaque

(BALLOU, 2006). Nesse contexto, constata-se que a definição da estratégia de

localização influencia diretamente, em todos os níveis de decisão (estratégico, tático e

operacional), as decisões relativas aos estoques e transportes – Figura 7 – e, por

conseguinte, impacta na competitividade da rede e qualidade do serviço prestado

(LACERDA, 2000; BALLOU, 2006; AMBROSINO e SCUTELLÀ, 2005).

Figura 7 – Triângulo de decisões logísticas

Fonte: Adaptado de Ballou (2006)

O planejamento da rede logística (também denominado projeto de rede) é a

parábola mais relevante dentro do processo de planejamento logístico (BALLOU,

2006).

Dessa maneira, com o intuito de fornecer ao leitor o embasamento teórico para a

apreciação da dissertação, o presente capítulo objetiva explorar o planejamento de redes

logísticas e aprofundar-se nos principais modelos matemáticos que suportam as

decisões relativas à estratégia de localização.

Estratégiade Instalações

Estratégiade Transporte

Estratégia de Estoque

Objetivos deServiço ao

Cliente

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3.1. Planejamento de Redes Logísticas

Davariz (2006) constata que o tema planejamento de redes logísticas é abordado

na literatura por diferentes denominações: localização de instalações, projeto de cadeias

de suprimentos e projeto de rede logística.

O planejamento da rede logística consiste em determinar a estrutura da cadeia

pela qual acontecerá o fluxo de produtos, desde os pontos de produção até os pontos de

consumo, de forma a contrabalançar os trade-offs existentes com os objetivos de serviço

ao cliente e a associada contribuição aos lucros da operação (BALLOU, 2001 e 2006).

Para Brandeau e Chiu (1989), a localização de instalações é “um problema de

alocação espacial de recursos”. Já para Ambrosino e Scutellà (2005) trata-se de “um

problema que consiste na determinação da melhor maneira de se transferirem bens para

os pontos de demanda, escolhendo-se a estrutura da rede (os elos da rede, os diferentes

tipos de instalações e operação nos diferentes elos, o número de instalações bem como a

sua localização) que minimize os custos totais da rede.”

Lacerda (2000) corrobora com as visões apresentadas por Ballou (2001 e 2006) e

Ambrosino e Scutellà (2005), e ressalta que as decisões relativas ao projeto de rede são

fortemente interdependentes entre si e que, não devem ser analisadas de forma

segmentada, uma vez que se pretende obter uma solução ótima, que atenda ao nível de

serviço desejado ao menor custo total da operação.

3.2. Aspectos que influenciam o Planejamento de Redes Logísticas

A necessidade de planejamento da rede de uma empresa nova é bastante evidente

(BALLOU, 2006). Para o caso de uma rede em operação, o mesmo autor observa que

determinados fatores são preponderantes e não devem ser negligenciados em um

eventual processo de reavaliação. Tais elementos são: demanda, serviço ao cliente,

características dos produtos da rede e custos logísticos.

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Yoshizaki (2002) constata que, especificamente para a realidade brasileira, os

aspectos tributários – em especial, a estrutura das alíquotas interestaduais do Imposto

sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – impactam diretamente na

concepção de uma rede logística.

No desenvolver da seção, os pontos levantados nos parágrafos anteriores serão

amplamente explorados.

3.2.1. Produto e Demanda

O principal objeto de estudo no planejamento de uma rede logística deve ser o

produto ou a classe de produtos que a compõe, já que representa o fluxo tangível da

cadeia e sua principal geração de receitas (BALLOU, 2006).

Fisher (1997) apud Davariz (2006) enuncia que a eficiência de uma cadeia de

suprimentos esteja fortemente atrelada ao projeto de rede que considere às

características dos produtos que fluirão.

Em consonância com o autor anterior está Wanke (2001). Para ele, o

dimensionamento da rede está associado aos mesmos elementos que influenciam as

decisões de alocação de estoques que, por sua vez, devem considerar as características

do produto e da demanda:

“As características do produto englobam a densidade de custos adicionados, ou

seja, a razão entre o CPV do produto e seu volume ou peso, além do grau de

obsolescência e de perecibilidade. As características da demanda englobam o giro, ou

seja, a razão entre o nível de vendas e o nível médio de estoque resultante de uma

determinada política de reposição, e a amplitude de vendas, razão entre o nível máximo

e o nível mínimo de vendas.”

Adicionalmente, cabe ressaltar que a dispersão geográfica da demanda influencia

diretamente a configuração da rede e que substanciais alterações justificam a re-

avaliação de uma rede.

As decisões relativas à coordenação do fluxo de produtos afetam a alocação de

estoques e, por conseguinte, o projeto da rede (WANKE, 2001). Nesse contexto, deve-

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se verificar tanto o grau de visibilidade da demanda na cadeia de suprimentos quanto os

tempos do ciclo de re-suprimento e distribuição.

O mesmo autor pondera que existem dois tipos principais de políticas de

atendimento ao cliente: política de antecipação à demanda e de reação à demanda. Na

primeira, o fluxo de produtos é “empurrado” ao longo da cadeia em direção ao

consumidor final. Na segunda política, o fluxo de produtos é “puxado” pelo elo mais

próximo do consumidor final. Logo, é factível esperar que o projeto de rede suporte a

política de atendimento ao cliente adotada pela cadeia.

3.2.2. Serviço ao cliente

Como já observado, anteriormente, na Figura 7, os objetivos de serviços ao

cliente são importantes elementos na definição do planejamento logístico de uma

empresa. Dessa maneira, emergem como direcionadores da estratégia de localização e,

por conseguinte, do planejamento da rede.

É nesse contexto que a estratégia de estoques desponta para garantir o nível de

serviço requerido pela rede. Dentre as suas principais componentes, a decisão relativa à

alocação de estoques – centralização ou descentralização dos mesmos – merece

destaque (BALLOU, 2006; WANKE, 2001).

A centralização dos estoques é a postergação máxima do transporte dos produtos

para o atendimento do cliente (WANKE, 2001); onde a rede tende a ter o seu número de

instalações intermediárias (armazéns, centros de distribuição, etc) minimizado. Em

contrapartida, a descentralização significa a antecipação dos pedidos dos clientes

através da disponibilização do produto em instalações intermediárias (WANKE, 2001).

A definição dos níveis de estoque de segurança – mantidos ao longo da cadeia

para protegê-la das incertezas inerentes à operação (variações na taxas de consumo dos

clientes, na confiabilidade do re-suprimento, etc) – é outra decisão da estratégia de

estoques que devem ser levadas em consideração. Portanto, há de se considerar

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fortemente tais elementos da estratégia de estoques no processo de planejamento da

rede.

Por fim, cabe ratificar que caso haja alguma alteração dos níveis de serviço a

serem atendidos pela rede, seja por uma revisão estratégica e / ou por alteração dos

direcionadores competitivos, faz-se necessária uma reavaliação.

3.2.3. Custos Logísticos

Os custos logísticos compõem os aspectos fundamentais do planejamento ou

reavaliação de rede logística. Para a determinação “ótima” da rede, faz-se necessário

considerar as diversas compensações de custos (trade-offs) existentes em seu projeto.

3.2.3.1.Custos de Transporte

O custo de transporte corresponde ao pagamento por embarque entre duas

localizações geográficas (BOWERSOX et al, 2006); dentro dessa categoria, engloba-se

os seguintes custos: combustível, mão-de-obra, depreciação, manutenção, seguro do

veículo, impostos, pedágios e administração.

Os custos de transporte baseiam-se em duas dimensões principais: a primeira é a

distância a ser percorrida e a segunda, o volume a ser transportado (BALLOU, 2006).

Com relação ao tamanho da carga do transporte rodoviário, o mesmo autor constata que

os custos seguem um padrão semelhante ao da Figura 8b. Já no tocante à distância

percorrida, é razoável aproximar a evolução da estrutura da tarifa cobrada por uma

função linear crescente (Figura 8a).

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(a)

(b)

Figura 8 – Ilustração de custos de transporte

Fonte: Adaptado de Ballou (2006)

A estrutura de custos de cada modal é particular e a sua seleção na rede logística

deve contemplar aspectos adicionais ao custo, como por exemplo: disponibilidade,

tempo em trânsito, confiabilidade, etc. Por isso, durante as fases de planejamento, a

disponibilidade de cada modal deve ser uma premissa atrelada ao projeto de rede que

seja coerente com a estratégia de transportes.

3.2.3.2.Custos de Estoques

Os estoques são acumulações de matérias-primas, suprimentos, componentes,

produtos em processo e acabados que se encontram em vários elos da cadeia de

suprimentos (BALLOU, 2006). Segundo o mesmo autor, os estoques podem ser

subdivididos em cinco categorias preponderantes:

Estoques em trânsito: são os estoques que se encontram em deslocamento ao longo da cadeia,

entre diferentes pontos de estocagem e / ou de produção – esta categoria está fortemente atrelada

à Estratégia de Transportes adotada na rede;

Estoques especulativos: sua utilização é mais usual em economias inflacionárias, uma vez que

objetiva reduzir os efeitos das variações de preço no mercado – também podem ser instrumentos

de políticas de antecipação de compras;

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Estoques de ciclo: são estoques regulares e responsáveis pelo suprimento da demanda média

durante dois re-suprimentos consecutivos – essa categoria existe, pois consegue promover

economias de escala no processo de re-suprimento (GARCIA et al, 2006);

Estoques de segurança: excedem aos estoques de ciclo regular e são os responsáveis pela

proteção das incertezas ao longo das operações logísticas (variações da demanda e do tempo de

re-suprimento, principalmente); e

Estoques obsoletos: são as perdas de estoque que ocorrem quando há vencimento de validade,

extravio e / ou deterioração do mesmo.

Segundo Garcia et al (2006), os custos associados aos estoques estão divididos

em três grupos principais: custos de pedido, custo de manutenção de estoques e custos

de faltas de estoques.

Os custos de pedido são os custos referentes a uma ordem de re-suprimento. Já

os custos de faltas de estoque representam os custos incorridos quando não há estoque

suficiente para satisfazer a demanda da cadeia em um determinado instante.

Os custos de manutenção de estoques são aqueles proporcionais à quantidade

estocada e ao tempo de permanência em estoque. Assim, observa-se que os custos de

manutenção dependem dos níveis dos estoques médios mantidos ao longo da cadeia. O

custo mais importante em questão é o custo de oportunidade do capital atrelado aos

estoques mantidos.

O nível de estoque médio depende diretamente da estratégia de estoques adotada

pela empresa e, por conseguinte, da política de estoques adotada. Segundo Wanke

(2008), um armazém que tenha uma determinada demanda anual de um produto, deve

considerar diferentes freqüências de re-suprimento que, por sua vez, impactam

diretamente nos níveis de estoque médio.

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Figura 9 – Ilustração de política de estoque

Fonte: Adaptado de Wanke (2008)

No contexto do planejamento de redes, a consideração dos custos de manutenção

de estoques é extremamente relevante.

3.2.3.3.Outros Custos

Alguns outros custos adicionais podem ser considerados no projeto de rede.

Dentre eles, destacam-se os custos de abertura de instalações que correspondem aos

investimentos necessários para a abertura de uma instalação nova. A consideração dessa

categoria é primordial na concepção de uma rede logística nova. Os custos fixos de

operação compõem os custos que não variam de acordo com o fluxo de produtos dentro

da instalação. A variação de ambos os custos segue o padrão de uma função “degrau”

que é proporcional ao tamanho e ao número de instalações (FIGUEIREDO et al, 2003).

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Figura 10 – Ilustração de custos fixos

Fonte: Figueiredo et al (2003)

Outra categoria relevante que pode ser levantada no planejamento de uma rede,

refere-se aos custos de aquisição – que são os custos relativos de compra de matérias-

primas e os custos com o processamento de pedido. Tais custos podem estar inseridos

nos custos de pedido comentados na seção anterior.

Por fim, cabe ressaltar os custos de armazenagem e manuseio; sua variação

acontece de acordo com o processamento da instalação e correspondem aos custos do

conjunto de atividades necessárias para manter fisicamente e movimentar dentro das

instalações os estoques (BALLOU, 2006).

3.2.3.4.Conceito de Custo Total

Em linhas gerais, o custo total é a somatória de todos os custos relevantes

considerados no planejamento da rede logística. Tal conceito é o elemento central tanto

no escopo quanto no projeto de rede (BOWERSOX et al, 2006) e está atrelado aos

diversos trade-offs existentes entre os custos considerados.

Tais trade-offs ocorrem graças aos diferentes padrões de comportamento dos

custos logísticos envolvidos. Por isso que o projeto de rede objetiva encontrar uma

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estrutura de rede que minimize o custo total e respeite as restrições de nível de serviço

(AMBROSINO e SCUTELLÀ, 2005; FIGUEIREDO et al, 2003). A figura abaixo

ilustra as diversas componentes de custos e trade-offs.

Figura 11 – Trade-offs relevantes de custos em função do número de instalações

Fonte: Figueiredo et al (2003)

Dentre os principais conflitos trade-offs cabe destacar (BALLOU, 2006;

FIGUEIREDO et al, 2003):

Modal de transporte versus manutenção estoques: é a compensação mais clássica da Logística,

quanto mais rápido e confiável, mais dispendioso é o modal; tais características reduzem as

quantidades de estoque e, por conseguinte, os custos de manutenção de estoques se reduzem – a

situação inversa é análoga;

Disponibilidade de estoques versus falta: quanto maior a quantidade mantida em estoques, maior

é o custo de manutenção dos mesmos, em contrapartida, minimizam-se os custos associado à

falta de produto;

Número de instalações no sistema de distribuição versus custos: quanto maior o número de

armazéns / centros de distribuição, maior é o nível de serviço e menores são os custos de

transporte; todavia, aumentam-se os custos de armazenagem e manutenção de estoques; e

Tamanho do lote de produção versus custos de manutenção de estoques: quanto maiores são os

lotes de produção, menores são os setups associados e, por conseguinte, minimiza-se os custos

de produção – entretanto, tanto os estoques médios de produto se elevam quanto os custos de

manutenção de estoques.

Nº de Instalações

($)

Custo de oportunidade de

manter estoques

Custo de

Transporte

Custo Total da Rede

Custo Fixo de

instalação / operação

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3.2.4. Aspectos Tributários

3.2.4.1.Tributos incidentes em Operações Logísticas

Ribeiro (1999) conceitua os tributos que incidem sobre as operações logísticas

de uma organização como tributos transacionais, que ocorrem quando há a

“exteriorarização” de um fato gerador de um imposto – situação ou evento previsto

hipoteticamente em uma lei, de forma abstrata, mas que, uma vez ocorrido

concretamente na vida real, faz surtir para uma determinada pessoa física ou jurídica, a

obrigação de pagar tributo (KOYAMA et al (1996) apud SILVA, 2007). Yoshizaki

(2002) complementa que cada imposto possui um conjunto de fatos geradores

específicos.

Dentre as diversas operações logísticas estudadas por Ribeiro (1999) foi possível

constatar que a incidência dos seguintes tributos imperava: Imposto Sobre Circulação de

Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS); Programa de Integração Social (PIS);

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); Imposto sobre

Produtos Industrializados (IPI); Imposto de Importação (II); e Imposto sobre Operações

de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos e Valores Mobiliários (IOF).

Nesse contexto, o mesmo autor constata que o ICMS incide sobre todas as

operações logísticas mapeadas. Logo, dada a importância do referido tributo, a próxima

seção irá abordar especificamente, questões correlatas ao ICMS.

3.2.4.2.ICMS

O extinto Imposto sobre Vendas Mercantis (IVM), instituído pela Lei federal

no4625 de 31 de dezembro de 1922 (ROSA, 2000 apud YOSHIZAKI, 2002), foi o

precursor do ICMS. A incidência de tal tributo acontecia de forma cumulativa em toda a

cadeia, onde qualquer operação de venda era taxada em 0,3%. Tal imposto reduzia

drasticamente a competitividade dos elos mais a jusante da cadeia de suprimentos, além

de desfavorecer as empresas de menor porte e privilegiar as empresas integradas

verticalmente (ROSA, 2000 apud YOSHIZAKI, 2002).

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Em 1965, o Imposto de Circulação de Mercadorias (ICM) foi criado para

substituir a o IVC, uma vez que o último carecia de neutralidade, dado que privilegiava

as empresas de maior porte (ROSA, 2000 apud YOSHIZAKI, 2002). A estrutura do

ICM passou a apurar créditos e débitos ao longo da cadeia – os créditos eram

relacionados às entradas de mercadorias; já os débitos, às saídas.

A grande contribuição do ICM foi a adoção do princípio tributário da não-

cumulatividade, onde cada estágio da cadeia comercial recolhe apenas o imposto

calculado sobre a sua agregação de valor.

Por fim, com o advento da Constituição de 1988, o ICM foi sucedido pelo

ICMS. Segundo Rosa (2000) apud Yoshizaki (2002), a incidência do novo imposto foi

estendida aos serviços de transporte, comunicações e aos setores de energia elétrica,

petrolífero e mineral.

Isto posto, pode-se conceituar o ICMS como: um tributo indireto de competência

dos Estados e do Distrito Federal que possui como principais fatos geradores

(ZANLUCA, 2010):

Operações relativas à circulação de mercadorias;

Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas,

bens, mercadorias ou valores;

Prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a

emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação

de qualquer natureza;

Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência

tributária dos municípios;

Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de

competência dos municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à

incidência do imposto estadual.

A entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda quando se

tratar de bem destinado a consumo ou ativo permanente do estabelecimento;

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O serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

A entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis

líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização

ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado

onde estiver localizado o adquirente.

O tópico a seguir irá abordar a estrutura de alíquotas do ICMS.

3.2.4.4.1 Estrutura de Alíquotas

A determinação das alíquotas aplicáveis às operações interestaduais e de

exportação faz parte da competência do Senado Federal (CALCIOLARI, 2006). A

fixação das alíquotas máximas e mínimas nas operações intra-estaduais também é

atribuição do mesmo órgão; todavia, a definição das alíquotas intra-estaduais aplicadas

são deliberações estaduais que respeitam os limites estabelecidos a priori. Assim, cada

Estado da União possui uma alíquota definida para cada tipo de produto e/ou operação

comercial (compra, venda e transferência).

A partir da tabela do Anexo 1 – Tabela de Alíquotas de ICMS do Conselho

Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) é possível observar que as tarifas de

operações internas, ou seja, intra-estaduais variam entre 17% e 19%, conforme a

seguinte estrutura:

Origem / Destino: Alíquota

Rio de Janeiro 19%

Paraná, São Paulo

ou Minas Gerais

18%

Demais Estados 17%

Tabela 6 – Alíquotas intra-estaduais

Fonte: CONFAZ (2004)

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A tributação das operações interestaduais apresenta o seguinte padrão:

Origem:

:

Destino: Alíquota

Rio de Janeiro Região Norte, Nordeste, Centro-Oeste

ou Espírito Santo

8%

Rio de Janeiro Minas Gerais, São Paulo ou Região Sul 13%

Minas Gerais, São Paulo ou Região Sul Minas Gerais , Rio de Janeiro, São Paulo

ou Região Sul

12%

Minas Gerais, São Paulo ou Região Sul Região Centro-Oeste, Nordeste, Norte

ou Espírito Santo

7%

Demais Estados Região Centro-Oeste, Nordeste, Norte,

Sudeste ou Sul

12%

Tabela 7 – Alíquotas interestaduais

Fonte: CONFAZ (2004)

Adicionalmente, é factível constatar que em tal conjuntura tributária há um

inerente incentivo às operações interestaduais; isso se deve a uma política

governamental de favorecimento do consumo de mercadoria dos estados exportadores

pelos estados importadores. Viol (1999) corrobora o exposto e complementa que tal

diferencial de alíquotas favorece o conjunto de estados que recebe mercadorias com

alíquotas de 7% e 8%.

Dentro desse contexto, faz-se relevante ressaltar a relação direta entre a elisão

fiscal do ICMS e o planejamento de redes. Entretanto, deve-se, primeiramente,

conceituar elisão fiscal como:

“toda forma lícita de obtenção de vantagens tributárias, como por exemplo, a isenção ou

a postergação de algum imposto ou a redução de sua alíquota (PIRES, 1993 apud

ANDRADE, 2008).

A elisão fiscal é atingida através do planejamento tributário. No caso do ICMS,

o “turismo de produtos” – quando há um fluxo desnecessário de uma mercadoria e um

consequente aumento do custo de transporte – emerge como alternativa para redução do

montante de tributo devido (CASSONE, 1995).

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Assim, segundo Yoshizaki (2002), a atual estrutura do ICMS impacta fortemente

nos custos logísticos e, por conseguinte, no planejamento de redes logísticas. Portanto,

especialmente para o caso brasileiro, não se pode negligenciar a integração dos aspectos

tributários à Logística, sob penalidade de concepção de redes logísticas sub-ótimas.

3.2.4.4.2 Incentivos Tributários e Guerra Fiscal

Dada a estrutura exposta anteriormente, vale acrescentar que a concessão de

isenções, incentivos e benefícios relativos ao ICMS é parte integrante da atribuição dos

Estados. Entretanto, sua aprovação cabe ao CONFAZ – órgão do Poder Executivo que

tem como finalidade, a deliberação/regulamentação sobre as concessões estaduais de

vantagens tributárias acerca do ICMS.

Dessa maneira, Calciolari (2006) observa que, com relação à regulamentação do

ICMS, há uma descentralização de poder dentro da União.

Dentre os possíveis benefícios fiscais existentes, Netto (2003) apresenta os dois

mais relevantes:

Crédito financeiro, que consiste no financiamento subsidiado de parte ou do total do débito do

ICMS da empresa; neste caso, um fundo estadual faz o financiamento, em geral de longo prazo,

através de uma instituição bancária.

Crédito presumido, em que o Estado concede uma redução do montante do imposto devido

indicado na Nota Fiscal sem alterar esse montante no documento fiscal, de modo que a redução é

efetuada no momento do pagamento do imposto, e o comprador recebe o crédito integral

indicado na Nota Fiscal.

O mesmo autor afirma que o crédito presumido é mais eficaz na atração de

investimentos, pois promove a redução real do montante a ser recolhido pelo

contribuinte. Em contrapartida, na concessão de crédito financeiro, mesmo com o

desembolso estadual do financiamento, a receita futura proveniente do tributo não se

altera.

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Atualmente, Calciolari (2006) observa que, os Estados concedem benefícios e

isenções a revelia do CONFAZ. Tais medidas objetivam a atração de investimentos

privados que, posteriormente, alavancariam o desenvolvimento regional. A manutenção

dessas políticas desencadeia o fenômeno denominado como guerra fiscal (com especial

foco no ICMS) – definido pelo autor da seguinte maneira:

“A chamada guerra fiscal é conceituada como a exacerbação de práticas competitivas

entre entes de uma mesma federação em busca de investimentos privados.”

Todavia, Nascimento (2008) vislumbra que os potenciais benefícios a serem

usufruído pelo eventual vencedor de um conflito fiscal se restringem a uma visão de

curto prazo. No longo prazo, a manutenção da guerra fiscal corrói os benefícios iniciais

e se transforma em uma mera renúncia de arrecadação que, por conseguinte, reduz o

poder estadual de estímulo ao desenvolvimento e aumenta a dependência com relação

ao Governo Federal.

Do ponto de vista empresarial, tal fenômeno possui fatores positivos que

subsidiam a instalação de uma determinada facilidade, através da redução dos custos

associados a ela. Contudo, influencia negativamente a livre concorrência, já que coloca

as empresas que não tiveram acesso a tais benefícios em condições mais desfavoráveis

quando comparadas as que tiveram.

3.2.4.4.3 Cálculo do ICMS

A compreensão da forma de cálculo do ICMS é de extrema valia para o

entendimento adequado dos impactos da sua estrutura de alíquotas (fórmula abaixo):

Dessa maneira, dada uma operação hipotética dentro do Estado do Rio de Janeiro (cuja

alíquota é de 19%), onde o valor do produto é R$ 1000,00, gerar-se-ia um ICMS de:

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Dado o exemplo acima calculado, a estrutura de créditos e débitos do ICMS

pode ser visualizada na figura abaixo; onde há uma geração de débitos para o

estabelecimento de origem e de créditos para o de destino.

Figura 12 – Geração de Débitos e Créditos

Com o intuito de esmiuçar as questões mais relevantes relativas ao ICMS,

utilizar-se-á uma cadeia hipotética, a título de exemplificação. A rede em questão é

composta de três estágios: uma fábrica, um centro de distribuição (CD) e um cliente;

todos com localização no Estado do Rio de Janeiro.

O primeiro fluxo é uma operação de transferência de mercadoria entre a fábrica

e o CD que deverá ser tributada pelo seu preço de custo (YOZHIZAKI, 2002). Nesse

caso, o valor do produto, ou seja, o preço de transferência da fábrica para o CD (R$

1000,00) multiplicado pela quantidade vendida (1 unidade) é igual a R$ 1000,00.

Do ponto de vista do ICMS, a operação anterior gera um débito de R$ 190,00

para a fábrica e um crédito de igual valor para o elo subsequente – dada a forma de

cálculo do imposto apresentada em (3.1) e a alíquota de 19% aplicada em operações

intra-estaduais no Rio de Janeiro. Assim, a nota fiscal gerada tem um valor de R$

190,00 onde os R$ 190,00 excedentes recebidos são destinados ao pagamento do débito

gerado junto ao governo estadual.

Para a formação do preço de venda do CD, aplica-se uma margem de 10% sob o

custo de aquisição (R$ 1000,00) que leva a um preço final de

R$ 1100,00. A operação de venda também se dá para um cliente no Estado do Rio de

Janeiro e gera uma nota fiscal de R$ 1309,00; onde R$ 209,00 são referentes ao débito

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de ICMS. Entretanto, não se observa nenhuma alteração no resultado final do CD, dada

a manutenção de sua margem de R$ 100,00.

Sob a ótica do consumidor, o ICMS funciona como um custo adicional que está

atrelado ao preço pago. A figura a seguir ilustra o caso descrito nos parágrafos

anteriores.

Figura 13 – Evolução do ICMS nas operações entre RJ → RJ → RJ

A partir da rede do exemplo prévio, se a localização da fábrica fosse alterada

para o Estado do Espírito Santo, a operação inicial de transferência para o CD seria

tributada a uma alíquota de 12%, o que geraria créditos e débitos – recolhidos pelo

estado em questão – no valor de R$ 120,00 e uma nota fiscal de R$ 1120,00.

Todavia, apesar da alteração regional da fábrica, o resultado econômico

empresarial (composto pela fábrica e CD) se manteve inalterado. Do ponto de vista do

consumidor, também não se constata alterações no custo do produto.

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Figura 14 – Evolução do ICMS nas operações entre ES → RJ → RJ

Em um terceiro exemplo, onde se considera o atendimento de um consumidor

capixaba, pode se observar resultados mais interessantes. O suprimento do CD pela

fábrica, ambos no estado do Rio de Janeiro, não altera a estrutura de débito/crédito

calculada no exemplo inicial.

Entretanto, o atendimento do cliente via operação interestadual modifica o saldo

de ICMS do elemento central da cadeia. Essa operação, tributada a uma alíquota de

12%, gera uma alteração no saldo do CD; uma vez que deixa de ser devedor (R$ 19,00)

para ser credor em R$ 58,00. Por conseguinte, o valor da nota fiscal se reduz e passa a

ser R$ 1232,00; portanto, haveria economia real para o consumidor.

A empresa que passara a ser credora não teria seu resultado econômico alterado

se o governo restituísse os R$ 72,00 concebidos pelas diferenças de alíquotas aplicadas.

Outra alternativa, aparentemente, factível é a venda dos créditos para empresas que são

devedoras na mesma unidade federativa. O resumo do exemplo pode ser observado na

Figura 15.

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Figura 15 – Evolução do ICMS nas operações entre RJ → RJ → ES

A economia gerada para o consumidor pode gerar duas oportunidades a serem

exploradas pela empresa. Na primeira delas, vislumbra-se um potencial para ganho de

participação de mercado. Em comparação com o suprimento intra-estadual, o diferencial

de alíquotas de ICMS é benéfico e pode promover competitividade ao seu produto.

A segunda oportunidade é apropriação da economia gerada para o consumidor a

partir do diferencial de alíquotas, ou seja, a empresa aumentaria a sua margem de tal

maneira que o custo do produto para o elo seguinte fosse o mesmo de um fornecimento

intra-estadual.

Os exemplos anteriores esclarecem sob o ponto de vista fiscal que, dentro da

contemporânea estrutura do ICMS, a elisão fiscal emerge como alternativa de ganhos

econômicos. Contudo, não se pode negligenciar os outros componentes inerentes à rede

como, por exemplo: o aumento dos custos de transporte relativo ao “turismo” de

mercadorias não deve ultrapassar os ganhos com questão tributárias; o nível de serviço

prestado não deve ser impactado devido ao aumento do lead time de re-suprimento; etc.

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3.2.4.4.4 Outros Impactos do ICMS nas redes logísticas

Conforme constatado anteriormente, os impactos da atual estrutura de alíquotas

do ICMS são evidentes e não podem ser desconsiderados no Planejamento de Redes.

Em adição, observa-se que alguns outros fatores atrelados ao ICMS também

influenciam a rede de distribuição: a sonegação fiscal foi abordada por Yoshizaki

(2002) que estudou os impactos na rede logística quando integrantes da cadeia sonegam

o ICMS ou não se importam com o seu crédito; o prazo para compensação de Saldo:

explorado por Ribeiro (1999) que estudou a compensação do saldo de ICMS devido a

realizar-se antes ou depois do recebimento pelas vendas; e concessão de benefícios

tributários foi abordada por Silva (2007) e Carraro (2009), que investigaram os efeitos e

as possíveis distorções causadas pela concessão de incentivos fiscais em alguns estados

brasileiros e como influenciariam as decisões estratégicas relativas ao planejamento de

redes.

O escopo dessa dissertação se restringirá a considerar os impactos relativos ao

diferencial entre as alíquotas.

3.3. Modelos de Localização de Instalações

O objetivo da presente seção é o aprofundamento nos principais modelos

matemáticos que subsidiaram o desenvolvimento da teoria a relativa ao planejamento de

redes logísticas e, por conseguinte, suportam as decisões relativas à estratégia de

localização.

Tais modelos foram categorizados conforme sugestão de Montebeller (2009)

em: modelos de localização de instalações que desconsideram os custos de manutenção

de estoques; modelos de localização de instalações que consideram os custos de

manutenção de estoques de forma simplificada; e modelos de localização de instalações

que consideram os efeitos de centralização de estoques.

Adicionalmente, foi acrescida uma nova categoria relativa aos modelos de

localização de instalações que consideram os efeitos dos aspectos tributários.

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3.3.1. Modelos de Localização de Instalações que desconsideram os

Custos de Manutenção de Estoques

Segundo Ballou (2006), o trabalho de Thünen, em 1875, foi o precursor dos

estudos relativos à localização de instalações. Já para Owen e Daskin (1998), o tema

passou a ser formalmente abordado a partir do trabalho de Alfred Weber no início do

século XX; que objetivava encontrar a localização de um único armazém que

minimizasse a distância total entre a instalação e os diversos consumidores.

A extensa revisão bibliográfica dos principais problemas correlatos ao

planejamento de redes logísticas realizada por Owen e Daskin (1998) servirá de base

para o desenvolvimento da seção.

O primeiro modelo descrito é o de p–medianas – introduzido por Hakimi (1964),

buscava determinar a localização de instalações (sem limite de capacidade e com

localizações pré-estabelecidas) que minimizasse a distância média total entre elas e os

pontos de demanda. Em suma, o objetivo do problema é a minimização do custo total de

transporte. Sua formulação matemática é apresentada a seguir:

Conjuntos:

Índice para cada nó de demanda,

Índice para cada nó de potencial local para instalação.

Parâmetros:

Valor da demanda no nó i,

Distância entre o nó de demanda i e o nó de potencial localidade j,

Número de instalações a serem abertas.

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Variáveis de decisão:

Função Objetivo:

Sujeito às seguintes restrições:

A primeira restrição (3.3) garante que, obrigatoriamente, instalações terão

indicação de abertura. A restrição subsequente (3.4) é responsável por garantir que toda

demanda de um nó seja alocada a pelo menos uma instalação. Já a restrição (3.5)

assegura que só haverá alocação de demanda aos nós que tenham instalações abertas.

As duas últimas restrições garantem que as variáveis do problema sejam binárias, ou

seja, assumam apenas os valores 0 ou 1.

Em seguida, Owen e Daskin (1998) apresentam os problemas de cobertura – que

foram estudados inicialmente por Hakimi (1965) e posteriormente, por autores como:

Minieka (1970) e Elzinga et al (1972) (BRANDEAU e CHIU, 1989).

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O objetivo desse problema é minimizar o custo fixo de abertura de instalações

que respeitasse: distâncias / tempos máximos de atendimento e um número mínimo de

instalações necessárias para atender todas as demandas. A formulação mais clássica

desse problema é apresentada a seguir:

Conjuntos:

Conjunto de nós de demanda,

Conjunto de nós de potenciais locais para instalações,

Índice para cada nó de demanda,

Índice para cada nó de potencial local para instalação,

Parâmetros:

Menor distância entre o nó i e o nó j,

Custo da instalação no nó j,

Número de instalações a serem localizadas,

Distância máxima entre uma instalação e um ponto de demanda para que esta última seja considerada atendida (nível de serviço).

Variáveis de decisão:

Função Objetivo:

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Sujeito às seguintes restrições:

As restrições do problema (3.9) e (3.10), respectivamente, certificam que:

Todos os nós de demanda i serão atendidos por ao menos uma instalação; e

A variável do problema seja binária;

O problema de máxima cobertura é uma derivação do apresentado

anteriormente, onde a cobertura possível como solução se restringe a um conjunto

máximo de instalações definidas a priori. Sua primeira formulação foi proposta por

Church e Revelle (1974). Matematicamente, o problema é definido como:

Conjuntos:

Índice para cada nó de demanda,

Subconjunto de nós j que atendam a distância máxima em relação a um dado

nó i .

Parâmetros:

Demanda do nó i,

Distância entre o nó de demanda i e o nó de potencial localidade j,

Distância máxima entre uma instalação e um ponto de demanda para que esta

última seja considerada atendida (nível de serviço),

Número de instalações a serem localizadas.

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Variáveis de decisão:

Função Objetivo:

Sujeito às seguintes restrições:

Como já enunciado no nome do problema, o objetivo é a maximização do

atendimento da demanda. A restrição (3.12) garante que só haverá atendimento a partir

de uma instalação que respeite a condição de distância máxima, ou seja, faça parte do

subconjunto . Por fim, a restrição (3.13) tem o mesmo valor da (3.3); bem como as

(3.14) e (3.15) têm o propósito das restrições (3.10), que asseguram o valor binário às

variáveis do problema.

O problema de minimax ou p-centros – também abordado por Owen e Daskin

(1998) – objetiva a minimização da máxima distância entre os pontos de demanda e as

instalações mais próximas dos mesmos. A partir dos diversos autores que estudaram o

problema, foram constatadas duas principais variantes: na primeira delas – Vertex

Center Problem, as instalações podem ser localizadas somente em nós específicos da

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rede; já na segunda – Absolute Center Problem, a localização das instalações pode se

dar em qualquer posição da rede e é definida matematicamente como:

Conjuntos:

Índice para cada nó de demanda,

Índice para cada nó de potencial local para instalação.

Parâmetros:

Distância entre o nó de demanda i e o nó de potencial localidade j,

Número de instalações a serem abertas.

Variáveis de decisão:

Função Objetivo:

Sujeito às seguintes restrições:

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A exceção da restrição (3.20), que define a máxima distância entre os nós de

demanda i e as instalações mais próximas, as demais restrições são as mesmas relativas

ao problema de p–medianas.

Por fim, Owen e Daskin (1998) apresentam os problemas de localização que

consideram custos fixos de abertura de instalações e sem capacidade, os Fixed Charge

Facility Location Problems. Eles são derivações dos p–medianas onde se adiciona um

custo de abertura de uma instalação e se relaxa a restrição do número de instalações a

serem abertas (vide 3.3 e 3.13).

Com a adição de uma restrição de capacidade às instalações que limita o

atendimento de uma instalação a sua capacidade têm-se os Capacitated Facility

Location Problems (MIRANDA E GARRIDO, 2004). A seguir é apresentada a

formulação matemática de Nozick e Turnquist (2001) para o problema em questão:

Conjuntos:

Índice para cada nó de demanda,

Índice para cada nó de potencial local para instalação.

Parâmetros:

Custo unitário de transporte,

Demanda do nó i,

Custo fixo de abertura de uma instalação localizada no nó j,

Distância entre o nó de demanda i e o nó de potencial localidade j,

Capacidade da instalação localizada no nó j.

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Variáveis de decisão:

Função Objetivo:

Sujeito às seguintes restrições:

A restrição (3.26) garante que a capacidade de uma determinada instalação será

respeitada, ou seja, as demandas alocadas àquela instalação não ultrapassarão sua

capacidade de suprimento. As demais restrições são análogas as do problema

p–medianas.

Os dois últimos problemas abordados se mostram mais aderentes à realidade,

dada a sua maior abrangência e se aproximam mais do conceito de Custo Total

apresentado nas seções anteriores que direciona o Planejamento de Redes. Todavia,

como se pode observar, tais modelos “falham” em não considerar outra importante

componente de custo, a de manutenção de estoques.

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3.3.2. Modelos de Localização de Instalações que consideram os Custos

de Manutenção de Estoques Simplificados

A evolução da teoria associada ao planejamento de redes é evidenciada na

presente seção que, similarmente a anterior, irá explorar modelos de localização que,

por sua vez, incorporaram os custos de manutenção de estoques.

A simplificação anunciada acontece por causa das linearizações no tratamento

dos custos relativos aos estoques – dado que seguem uma abordagem de cobertura, em

que a demanda dos mercados atendidos por um armazém deve ser mantida em estoque

em todo horizonte de análise. Portanto, os estoques se apresentam como parâmetros de

entrada do problema e não podem ser otimizados durante sua resolução.

O primeiro modelo a ser explorado foi desenvolvido por Jayaraman (1998).

Denominado de FLITNET (Facility Location, Inventory, Transportation e Network) é

classificado como um modelo Programação Linear Inteira Mista (MIP, sigla em inglês)

que, em sua função objetivo considera:

+

Sua formulação matemática é apresentada em seguida:

Conjuntos:

Índice de potenciais fábricas,

Índice de potenciais armazéns,

Índice de nós de demanda,

Índice de produtos,

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Índice de modais de transporte.

Parâmetros:

Custo unitário de transporte para a entrega do produto l entre a fábrica i e o

armazém j pelo modal r,

Frequência de envio utilizando o modal r para o produto l com origem na

fábrica i e destino no armazém j,

Custo unitário de entrega do produto l entre o armazém j e o nó de demanda

k utilizando o modal r,

Lead time médio para a entrega do produto l entre a fábrica i e o armazém j

utilizando o modal r,

Custo de estoque de ciclo na fábrica i associado à entrega do produto l para

o armazém j utilizando o modal r,

Custo unitário de estoque do produto l na fábrica i,

Custo unitário de estoque do produto l no armazém j,

Custo unitário de estoque em trânsito do produto l utilizando o modal r,

Pedido de produto l pelo nó de demanda k,

Capacidade do armazém j,

Capacidade da fábrica i,

Custo fixo para abrir e operar o armazém j,

Custo fixo para abrir e operar a fábrica i,

Espaço ocupado pelo produto l,

Número de armazéns abertos,

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Número de fábricas abertas.

Variáveis de decisão:

Quantidade de produto l enviado da fábrica i para o armazém j através do

modal r,

Quantidade de produto l enviado do armazém j para o ponto de demanda k

através do modal r,

Função Objetivo:

Sujeito às seguintes restrições:

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O atendimento integral da demanda de cada nó é evidenciado na primeira

restrição (3.30). A seguinte (3.31) assegura que será respeitada a capacidade máxima do

armazém aberto. As restrições (3.32) e (3.35) garantem o limite de instalações abertas –

armazéns e fábricas, respectivamente – seja respeitado. Já a restrição (3.33) é

responsável pelo balanço de massa do armazém. Já a (3.34) é responsável por restringir

que a capacidade de armazenagem da rede seja no máximo igual a capacidade produtiva

da mesma. Por fim, (3.36) e (3.37) são restrições de não-negatividade dos fluxos

( e de valoração binária ( ).

O modelo de localização de instalações proposto por Ambrosino e

Scutellà (2005) também contempla os custos relativos a estoques. A rede logística em

considerada é composta por quatro diferentes níveis:

Nível 1: uma única fábrica com capacidade ilimitada que é responsável pelo suprimento do elo

subsequente, os armazéns centrais;

Nível 2: conjunto de potenciais armazéns centrais encarregados do fornecimento para os dois

níveis posteriores, os armazéns regionais / transit points (TPs) e os nós de demanda –

classificados em: clientes e grandes clientes;

Nível 3: conjunto de armazéns regionais e TPs que enviam aos clientes e grandes clientes;

Nível 4: composto por os todos os nós de demanda.

De acordo como os autores, as decisões relativas ao modelo podem ser

estratificadas em: decisões de localização: aonde se deve localizar os armazéns centrais,

armazéns regionais e os TPs; decisões de alocação: quais devem ser as alocações da

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rede logística: quais clientes serão alocados às instalações indicadas (armazéns centrais,

armazéns regionais e TPs); quais armazéns centrais suprirão os armazéns regionais /

TPs; e, finalmente, quais CDs serão supridos pela fábrica; decisões de roteirização –

dada a disponibilidade de diferentes veículos, quais devem ser as melhores rotas de

suprimento; e, finalmente, decisões de estoques: quais devem ser os fluxos de produto

entre os diferentes estágios da Rede, além de determinar qual o nível de estoque nos

armazéns centrais e regionais que respeita as suas capacidades de armazenamento.

A formulação matemática do modelo é apresentada a seguir:

Conjuntos:

Conjunto de clientes (nós de demanda),

Conjunto de grandes clientes,

Conjunto dos potenciais transit points (armazéns sem estoque),

Conjunto dos potenciais armazéns regionais,

Conjunto das potenciais instalações regionais,

Conjunto dos potenciais armazéns centrais,

Conjunto das fábricas existentes,

Conjunto dos modais de transporte,

Conjunto de nós para decisão de transporte de primeiro nível,

Conjunto de nós para decisão de transporte de segundo nível.

Parâmetros:

Demanda do cliente i,

Distância entre os nós g e h, para todo g, h ϵ W,

Capacidade do modal k, para todo k ϵ V,

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Capacidade da instalação j para todo j ϵ W U CD,

Custo de armazenamento unitário na instalação j, para todo o j ϵ W U CD,

Custo por quilômetro do modal k, para todo k ϵ V,

Custo fixo para o uso da unidade do modal k,

Custo fixo para o estabelecimento da instalação j,

Custo unitário de colocação de pedido com origem na fábrica u e destino no

CD j,

Custo unitário de estoque no armazém j,

Estoque inicial no armazém j,

Nível mínimo permitido de estoque no armazém j.

Variáveis de Decisão:

Quantidade de produtos enviados da fábrica p para o CD j,

Quantidade de produtos enviados do CD l para o transit point j, através do

veículo k,

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Função Objetivo:

Sujeito às seguintes restrições:

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As restrições (3.54) e (3.55) definem as capacidades de envio de produtos. As

restrições (3.39), (3.40), (3.41) e (3.42) se referem ao nível 2 e definem rotas que

incluam todos os clientes e uma única instalação. Analogamente, para o nível 1, as

restrições (3.43), (3.44), (3.45), (3.46), (3.47) e (3.48) definem rotas que incluam todos

os grandes clientes, os TPs abertos e um único armazém central. O alinhamento entre as

rotas de nível 1 e 2 é primordial para a viabilidade do problema e é assegurado pelas

restrições (3.56), (3.57), (3.58) e (3.59). Já (3.49) e (3.50) asseguram que a variável

(Quantidade de produtos enviados do CD para o TP , através do veículo ) é

positiva quando o CD e o TP forem visitados pelo mesmo veículo . A capacidade

dos veículos é respeitada graças às restrições (3.51) e (3.52). O papel de (3.53) é impor

que um veículo seja utilizado somente em um nível de rota. O conjunto final de

restrições (3.60 a 3.64) se refere aos valores que as variáveis podem assumir.

Os modelos anteriormente descritos na seção serviram de alicerce para inúmeras

derivações na literatura. Por exemplo, Jayaraman e Pirkul (1999) estenderam Jayaraman

(1998) para uma rede logística – composta de Instalações de Produção e Armazenagem

– que engloba múltiplas commodities.

Na literatura nacional, cabe destacar os trabalhos de: Davariz (2006) que

adaptou o modelo de Jayaraman (1998) para uma cadeia de suprimentos de biodiesel

que promovia uma otimização multi-periodal em dois intervalos de tempo dependentes

e subseqüentes. Por sua vez, o estudo de Martos e Yoshizaki (1999) relaxou algumas

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das restrições de Jayaraman (1998) e tornou independentes as decisões relativas a

transportes entre os arcos: fábricas / armazéns e armazéns / mercados.

Pode-se constatar que os modelos apresentados na seção negligenciaram os

custos associados aos estoques de segurança, que podem ser uma componente

extremamente relevante na rede logística e impactar fortemente em sua configuração.

3.3.3. Modelos de Localização de Instalações que consideram Efeitos de

Centralização dos Estoques

Para um melhor entendimento da presente seção, faz-se necessário

primeiramente, definir o que seria os efeitos da Centralização de Estoques; também

intitulada de Efeito Portfólio (PE, da sigla Porfolio Effect, em inglês).

Para tanto, o primeiro tema a ser abordado será o PE. Em seguida, abordar-se-á,

brevemente, o Efeito Consolidação (CE, da sigla Consolidation Effect, em inglês) que é

uma versão expandida do PE.

Por fim, os modelos de localização de instalações que consideram efeitos de

centralização dos estoques serão apresentados.

3.3.3.1. Efeito Portfólio

A regra da raiz quadrada (Square Root Law) – Maister (1976) – é a evidência

teórica precursora de todos os efeitos relacionados à centralização de estoques. Segundo

o autor, tanto para os estoques de ciclo quanto para os estoques de segurança: quando há

consolidação em único sistema centralizado – com um único ponto de estoque – de um

sistema descentralizado, originalmente, com instalações; a seguinte relação é

verdadeira (para a demonstração matemática, vide Maister, 1976):

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Dentre as principais premissas consideradas para tal conclusão, cabe destacar

que:

Não há transferência de produtos entre as instalações;

O modelo de gestão de estoques utilizado pelas instalações é o lote econômico de compra (LEC);

O custo de colocação de pedido é fixo e igual para todas as instalações;

O lead time de re-suprimento é o mesmo para todas as instalações;

A variância do lead time de re-suprimento é nula;

Os estoques de segurança são dimensionados em cada instalação aplicando-se o mesmo fator de

segurança;

A política de estoque de segurança adotada na instalação centralizada é a mesma utilizada pelas

instalações descentralizadas;

Todas as instalações possuem os mesmos valores de demanda e desvio-padrão da demanda;

A correlação entre as demandas é nula.

O trabalho de Zinn, Levy e Bowesox (1989) – apoiado na regra da raiz quadrada

– enunciou o PE, que mensurava a economia percentual proporcionada pela

centralização dos estoques de segurança. As premissas consideradas pelos autores

foram:

Não há transferência de produtos entre as instalações;

O lead time de re-suprimento é o mesmo para todas as instalações;

A variância do lead time de re-suprimento é nula;

Os estoques de segurança são dimensionados em cada instalação aplicando-se o mesmo fator de

segurança;

A política de estoque de segurança adotada na instalação centralizada é a mesma utilizada pelas

instalações descentralizadas;

A demanda total permanece a mesma após a centralização;

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A demanda de cada instalação é uma variável aleatória independente e normalmente distribuída;

A correlação entre as demandas pode ser diferente de zero.

As equações abaixo apresentam, matematicamente, o PE:

Onde:

Estoque de segurança no local i,

Estoque de segurança agregado para um determinado produto se o estoque

for consolidado,

Desvio-padrão da demanda no local i, j e centralizado, respectivamente,

Coeficiente de correlação dos pontos de demanda i e j,

Fator de segurança que indica a quantidade de desvios-padrão da demanda que

será mantida em estoque,

Quantidade de armazéns no sistema.

A equação (3.67) aponta que o PE depende diretamente da correlação entre as

demandas a serem consolidadas. Adicionalmente, os autores propuseram o conceito de

Magnitude (3.69):

A formulação do PE a partir do conceito de Magnitude (vide ZINN, LEVY e

BOWESOX, 1989) proporcionou aos autores concluírem que o PE não sofre impacto

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direto pelos valores absolutos dos desvios-padrão da demanda nas instalações, mas sim

pela relação entre eles. Por fim, também foi possível concluir que a regra da raiz

quadrada – proposta por Maister (1976) – é um caso específico do PE, onde ρij = 0 e

.

Mahmoud (1992) generaliza a versão do PE introduzida por Zinn, Levy e

Bowesox (1989), que passa a contemplar a centralização dos Estoques de Segurança de

n instalações em m instalações (tal que ). Posteriormente, o mesmo autor

propõe o Portfolio Quantity Effect (PQE); que é uma medida de mensuração da redução

na quantidade de Estoques de Segurança proporcionada pelo PE.

Evers e Beier (1993) desconsideraram, principalmente, as premissas relativas à

variância / variabilidade do lead time e propuseram uma nova extensão do PE de Zinn,

Levy e Bowesox (1989) que permitia a centralização de n instalações para m,

onde :

Onde:

Estoque de segurança na Instalação descentralizada j,

Estoque de segurança na Instalação centralizada i.

Para alcançar sua formulação final do PE, os autores realizaram uma expansão

dos componentes de (3.70). A primeira delas, diz respeito ao estoque de segurança que

passou a ser calculado conforme a equação abaixo:

Onde:

Fator de segurança para a instalação centralizada ou descentralizada x,

Desvio-padrão da demanda na instalação centralizada ou descentralizada x.

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Em seguida, passou a ser calculado conforme o desvio-padrão da demanda

durante o lead time (BOWERSOX e CLOSS, 2006):

Onde:

Lead time da instalação centralizada ou descentralizada x,

Demanda média da instalação centralizada ou descentralizada x.

Por conseguinte, o PE passou a ser:

Onde:

Fator de segurança as instalações centralizadas,

Fator de segurança as instalações descentralizadas,

Desvio-padrão da demanda na instalação centralizada j,

Desvio-padrão da demanda na instalação descentralizada,

Lead time médio da instalação centralizada j,

Lead time médio da instalação descentralizada i,

Demanda média da instalação centralizada j,

Demanda média da instalação descentralizada i,

Desvio-padrão da demanda para a instalação centralizada,

Desvio-padrão da demanda para a instalação descentralizada i,

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Desvio-padrão do lead time para a instalação centralizada j,

Desvio-padrão do lead time para a instalação centralizada i.

Uma variável adicional ( ) que representa a proporção da demanda da

instalação descentralizada transferida para a instalação centralizada foi introduzida.

Dessa maneira, reformula-se (Demanda média da instalação centralizada ) como:

Onde:

Proporção da demanda correspondente à instalação descentralizada i alocada

para a instalação centralizada j (onde e ).

Faz-se relevante destacar que a igualdade garante a manutenção da

premissa original de que a demanda total permanece inalterada após a centralização.

Por sua vez, a variância da demanda para a instalação centralizada j:

Onde:

Covariância da demanda entre as instalações descentralizadas i e l,

Coeficiente de Correlação entre as instalações descentralizadas i e l.

Por fim, a formulação estendida do PE de Evers e Beier (1993) é apresentada

como:

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Onde, as premissas consideradas são:

Não há transferência de produtos entre as instalações;

Os estoques de segurança são dimensionados em cada instalação aplicando-se o mesmo fator de

segurança;

A política de estoque de segurança adotada na instalação centralizada é a mesma utilizada pelas

instalações descentralizadas;

A demanda total permanece a mesma após a centralização;

A demanda de cada instalação e os lead times são variáveis aleatórias independentes e

normalmente distribuídas.

3.3.3.2. Efeito Consolidação

A partir da incorporação dos estoques de ciclo à formulação do PE de Evers e

Beier (1993), Evers (1995) enuncia o CE. Sua formulação inicial deriva de (3.70) e é

mostrada a seguir:

Onde:

Estoque de ciclo da instalação centralizada j;

Estoque de ciclo da instalação descentralizada i.

Para o autor, o CE é composto de duas componentes distintas: o PE que é

relativo ao estoque de segurança e o Order Quantity (OQ) relacionado com o estoque de

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ciclo. Em adição, foi adotado o LEC como modelo de pedido e, por conseguinte, o

estoque de ciclo passa a ser:

Onde:

Demanda alocada na instalação centralizada ou descentralizada x;

Custo fixo de colocação de pedido da instalação centralizada ou

descentralizada x;

Custo unitário de manutenção de estoque na instalação centralizada ou

descentralizada x.

Com a substituição de pela formulação da demanda (3.74) de Evers e

Beier (1993), tem-se, por conseguinte, a versão expandida final do CE:

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Por fim, deve-se destacar as premissas à luz da formulação apresentada:

A demanda total do sistema é a mesma tanto antes quanto depois da centralização;

Não há transferência de produtos entre as instalações;

Os lead times são variáveis aleatórias independentes;

As demandas são variáveis aleatórias independentes;

Os lead times e demanda são independentes entre si;

Todas as instalações, tanto antes quando depois da centralização, usam o mesmo fator de

segurança para o dimensionamento dos estoques de segurança;

O modelo de gestão de estoques de ciclo é do tipo LEC e PP.

3.3.3.3. Modelos

Doravante, serão apresentados os principais modelos de localização de

instalações que consideram efeitos de centralização de estoques. O primeiro deles é o de

Das e Tyagi (1999) que objetiva a maximização do PE a partir da minimização dos

estoques de segurança através da centralização dos estoques. Sua formulação é

apresentada em seguida:

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83

Conjuntos:

Índice de uma instalação centralizada,

Índice de um mercado consumidor.

Parâmetros:

Número de instalações centralizadas,

Demanda do mercado consumidor j,

Variância da demanda do mercado consumidor j,

Covariância entre os mercados j e k ,

Correlação entre as demandas dos mercados consumidores j e k,

Desvio-padrão da demanda dos mercados j e k, respectivamente,

Lead time de re-suprimento,

Fator de segurança para dimensionamento dos estoques de segurança.

Variáveis de Decisão:

Função Objetivo:

Sujeito às seguintes restrições:

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Na função objetivo (3.81), o radical da raiz quadrada –

– corresponde a Variância da demanda

agregada de uma instalação centralizada . A restrição (3.82) garante que da demanda de

todos os mercados consumidores será atendida. A partir das conclusões do estudo, os

autores robustecem a necessidade de consideração dos custos relativos aos estoques de

segurança.

Croxton e Zinn (2005) propuseram uma extensão de um modelo clássico de

localização – custos fixos de operação das instalações e custos de transporte – que

contempla os custos de manutenção de estoques relativos aos estoques de segurança.

Com a utilização da regra da raiz quadrada (MAISTER, 1976) na modelagem

dos estoques, os autores conseguiram eliminar a não-linearidade relativa aos mesmos e,

por conseguinte, assumiram as mesmas premissas do modelo original. Tal abordagem

foi considerada pelos mesmos o maior atrativo de seu modelo. A formulação

matemática é apresentada a seguir:

Conjuntos:

Índice de uma potencial localidade para uma fábrica,

Índice de uma potencial localidade para um armazém,

Índice de um mercado,

Índice de um produto.

Parâmetros:

Número total de fábricas,

Número total de potenciais localidades para os armazéns,

Número total de mercados,

Número total de produtos,

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Número total de armazéns na rede, ,

Custos fixos associados à operação do armazém j,

Custo unitário de transporte entre a fábrica i e o armazém j,

Capacidade dá fábrica i para o produto h,

Demanda do produto h no mercado k,

Custo de estoque associado ao produto h, armazenado em s instalações.

Variáveis:

Unidades do produto h enviadas pela fábrica i para o armazém j,

Quantidade de produtos h enviadas do armazém j para o mercado k,

Variável binária que indica a localidade j para a abertura de um armazém,

Variável binária que indica o armazém j para o armazenamento do produto h,

Variável binária que indica o uso dos s armazéns para o armazenamento do

produto h.

Função Objetivo:

Sujeito às Seguintes restrições:

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A restrição de limite de capacidade da fábrica é garantida pela equação (3.85). Já

o balanço de massa da rede e o atendimento pleno da demandas dos mercados são

assegurados pelas restrições (3.84) e (3.86), respectivamente. As restrições

subseqüentes (3.87 e 3.88) são responsáveis por garantir que o fluxo de produtos só

ocorrerá entre instalações abertas. A restrição (3.89) assegura que uma instalação

armazena uma classe de produtos somente, se estiver aberta. Cabe a última dupla de

restrições (3.90 e 3.91) definir o valor da variável responsável pelo cálculo dos estoques

de segurança – ; onde a primeira delas assegura que a armazenagem do produto h

será de competência de s instalações. Finalmente, a restrição (3.91) garante que cada

produto será armazenado somente por uma configuração de instalações centralizadas.

A incorporação dos efeitos de centralização dos estoques nos modelos expostos

anteriormente na presente seção (DAS e TYAGI, 1999; e CROXTON e ZINN, 2005)

pode ser considerada como simplificada; dado a não consideração dos estoques de ciclo.

Os modelos que serão apresentados em seguida, já podem ser categorizados como

não-simplificados, uma vez que contemplam, simultaneamente, as duas principais

componentes de estoque.

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Das e Tyagi (1997) propõem um modelo que objetiva determinar qual é a

melhor configuração de uma rede logística, a partir da determinação direta da alocação

das demandas dos mercados consumidores às instalações disponíveis. O custo total da

rede é apresentado a seguir:

Onde:

Custo agregado de colocação do pedido,

Custo agregado de manutenção do estoque de ciclo,

Custo agregado de manutenção do estoque de segurança,

Custo agregado de transporte.

Como se pode observar, a consideração dos estoques de ciclo e segurança já se

apresenta como um diferencial. Adicionalmente, deve-se atentar para três de suas

principais premissas: a primeira delas é de que não há correlação entre as demandas dos

mercados; a segunda considera que cada mercado deve ser atendido somente por uma

instalação; e a terceira assume que o modelo de gestão de estoques é o LEC e ponto de

pedido.

Assim, a formulação matemática é:

Conjuntos:

Índice de um armazém,

Índice de um mercado consumidor.

Parâmetros:

Demanda do mercado consumidor j,

Demanda média do mercado consumidor j,

Variância da demanda do mercado consumidor j,

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Custo unitário de transporte entre o armazém j e o mercado i,

Custo unitário de estoque por unidade de tempo,

Custo unitário de re-suprimento,

Lead time de re-suprimento entre a fábrica e o armazém [semanas],

Nível de serviço prestado pelos armazéns,

Número de desvios padrão da distribuição normal correspondente ao nível de

serviço prestado.

Variáveis de Decisão:

Função Objetivo:

Restrições:

Onde:

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Demanda agregada semanal de todos os mercados atendidos pelo armazém i,

Demanda semanal agregada média de todos os mercados consumidores

atendidos pelo armazém i

Variância da demanda semanal agregada de todos os mercados

consumidores atendidos pelo armazém i ,

Lote Econômico de Compra para o armazém i =

A restrição (3.94) assegura a exclusividade de suprimento de cada mercado

consumidor a um único armazém. Já a restrição seguinte, garante que a variável de

decisão do modelo assuma valores binários.

Por fim, o último modelo a ser apresentado nessa categoria é o do autor

brasileiro Montebeller (2009). A consideração dos custos de manutenção dos estoques

de ciclo ( ) e segurança ( ), aliada às premissas menos restritivas que as de

Das e Tyagi (1997) foi a grande contribuição do autor. Adicionalmente, o custo total da

rede contempla: os custos relativos à colocação de pedido ( ), re-suprimento

( ) e distribuição ( ) para os mercados.

A rede logística é apresentada em seguida:

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Figura 16 – Rede Logística considerada por Montebeller (2009)

Fonte: Montebeller (2009)

De antemão, a partir da análise da ilustração anterior, já se faz possível constatar

a ausência da restrição de exclusividade de atendimento aos mercados (presente em

DAS e TYAGI, 1997), ou seja, qualquer mercado pode ser abastecido simultaneamente

por múltiplos armazéns. As premissas consideradas por Montebeller (2009) foram:

A fábrica fornecedora possui localização fixa e pré-determinada;

Os mercados consumidores possuem localização fixa e pré-determinada;

As localidades potenciais para os armazéns são pré-determinadas e finitas;

O sistema trabalha apenas com um produto;

As demandas dos mercados são variáveis aleatórias independentes, correlacionadas e com

desvios-padrão diferentes de zero;

Os lead times de re-suprimento são variáveis aleatórias independentes e com desvios-padrão

diferentes de zero;

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Os mercados podem ser atendidos por mais de um armazém;

São considerados os estoques de ciclo e de segurança nos armazéns;

São desconsiderados os estoques na fábrica e nos mercados;

É utilizado o mesmo fator de segurança para dimensionamento do estoques de segurança. Este é

baseado no nível de serviço exigido pelos mercados;

O modelo de gestão de estoques utilizado nos armazéns é o LEC e ponto de pedido;

Os custos unitários de re-suprimento são função do lead time da fábrica para cada armazém,

sendo medidos em valor monetário/unidade/dia;

Os custos unitários de distribuição entre os armazéns e os mercados são função das distâncias

entre eles, sendo medidos em valor monetário/unidade.

A formulação matemática do problema em questão é apresentada a seguir:

Conjuntos:

Índice de um mercado,

Índice de um possível armazém na rede.

Parâmetros:

Número total de mercados,

Número de possíveis localidades para um armazém,

Custo unitário de colocação de pedido no armazém j,

Custo unitário de manutenção de estoques no armazém j,

Demanda média do mercado i,

Correlação entre as demandas médias dos mercados i e l,

Lead time médio de re-suprimento do armazém j,

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Desvio-padrão da demanda do mercado i,

Desvio-padrão do lead-time de re-suprimento do armazém j,

Nível de serviço no armazém j (fator de segurança que reflete o nível de

proteção em relação aos stock-outs),

Custo unitário de transporte na distribuição entre mercado i e armazém j,

Custo unitário e diário de re-suprimento da fábrica para os armazéns.

Variáveis:

Proporção da demanda média do mercado i atendida pelo armazém j, tal que

.

Função Objetivo:

Sujeito às seguintes restrições:

Onde:

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A restrição (3.101) assegura que a demanda de todos os mercados seja plenamente

atendida.

Assim, a partir do referido modelo, Montebeller (2009) tem particular

contribuição à literatura de planejamento de redes porque apresenta uma formulação

menos restritivas para o problema de localização de instalações ao considerar sem

simplificações os custos de estoque de ciclo e de segurança de maneira não-linear;

considera as incertezas da demanda e do lead-time de re-suprimento, além das

correlações existentes entre os mercados; e flexibiliza a forma de alocação dos estoques

para que o atendimento dos mercados a partir de múltiplas instalações se faça possível.

3.3.4. Modelos de Localização de Instalações que consideram Efeitos de

Aspectos Tributários

Nesta subseção serão apresentados alguns dos principais modelos de localização

de instalações da literatura brasileira que incorporaram alguma componente relativa aos

aspectos tributários nacionais (leia-se ICMS, principalmente) em sua modelagem.

Yoshizaki (2002) pode ser considerado o precursor deles. O autor tomou como

base o modelo de localização proposto por Geoffrion e Graves (1974), onde a rede

logística é composta de três elos: fábricas, armazéns e mercados. As condições de

contorno do problema são enumeradas a seguir:

1. Cada fábrica suporta apenas uma única linha de produtos;

2. Cada fábrica possui capacidade para atender a demanda total desses produtos;

3. As localizações das fábricas possuem fixas e pré-determinadas;

4. As potenciais localizações dos armazéns são pré-determinadas;

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5. A demanda total de cada produto deve ser satisfeita;

6. O processamento em cada armazém não deve exceder a capacidade associada ao seu custo fixo

anual;

7. A distribuição física é realizada com o auxílio de um operador logístico;

8. As entregas podem ser feitas diretamente dos depósitos das fábricas aos varejistas, ou por

intermédio de armazéns;

9. Um mesmo mercado pode ser atendido por diferentes armazéns ou direto da fábrica;

10. Mercados importantes são atendidos em prazos determinados;

11. Cada mercado é formado por varejistas que desejam o crédito de ICMS (não sonegam) e por

varejistas indiferentes ao crédito (podem sonegar o imposto).

12. É considerada apenas a cadeia de produtos acabados. Logo, serão desconsideradas as cobranças

de ICMS relativas à agregação de valor na mercadoria devido a processos de transformação;

13. Não são considerados os custos de estoque do sistema.

A função objetivo é composta de quatro parcelas: três delas dizem respeito aos

custos de transporte da rede – nos seguintes fluxos: fábricas para armazéns, fábricas

para mercados e armazéns para mercados; e uma se relaciona com a abertura e operação

dos armazéns. A formulação matemática do problema é detalhada a seguir:

Conjuntos:

Índice das fábricas,

Índice dos armazéns,

Índice dos mercados,

Índice dos produtos,

Nível do armazém (indicador para custo fixo e capacidade do armazém),

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Nível de tributação ( para tributo incorporado na função objetivo – cliente

indiferente ao crédito de ICMS; e 2 para o tributo não ser incorporado na função

objetivo – cliente quer o crédito do ICMS).

Parâmetros:

Capacidade do armazém j no nível de capacidade n,

Capacidade da fábrica i para o produto p,

Custo unitário de transferência entre a fábrica i e o armazém j,

Custo unitário de distribuição entre o armazém j e o mercado k,

= Custo unitário de distribuição entre a fábrica i e o mercado k,

Custo unitário de transbordo do produto p para o armazém j,

Custo fixo do armazém j com capacidade n,

Taxa de ICMS na mercadoria na distribuição a partir do armazém j para o

mercado k,

Taxa de ICMS na mercadoria na distribuição a partir da fábrica i para o

mercado k,

Custo (preço) médio do produto p (no qual incide o ICMS),

Fator linear de indicação de nível de tributação (0 ≤ FICMS ≤ 1),

Demanda do produto p no mercado k,

Demanda do produto p no mercado k com nível de tributação s,

determinado conforme se pode observar:

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96

Quando o 1, admite-se que todo o sistema paga 100% do ICMS; quando

0, admite-se que todo o sistema ignora o ICMS (sonega).

Variáveis:

Quantidade transferida do produto p da fábrica i para o armazém j com

nível de tributação s,

Quantidade distribuída do produto p do armazém j para o mercado k

com nível de tributação s,

Quantidade transferida do produto p da fábrica i para o mercado k com

nível de tributação s,

Função Objetivo:

Sujeito às seguintes restrições:

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O pleno atendimento das demandas dos mercados é garantido pela restrição

(3.107). As duas restrições seguintes (3.108 e 3.109) asseguram que as capacidades das

fábricas e dos armazéns abertos sejam respeitadas. A indicação de abertura de um

armazém em cada localidade potencial é observada pela restrição (3.110); contudo, caso

o nível do armazém seja igual a 1, o modelo interpreta que não deve haver

movimentação nem custo associado àquela instalação. O balanço de massa dos

armazéns é garantido pela equação (3.111). O último conjunto de restrições (3.112 a

3.114) é responsável pela não negatividade dos fluxos da rede. O nível de serviço é

contemplado a partir da eliminação dos arcos (das fábricas para os mercados) e

(dos armazéns para os mercados) que não respeitavam uma distância máxima definida.

Por fim, a partir de seu estudo de caso, Yoshizaki (2002) constata que, para a

realidade brasileira, o trade-off entre os custos logísticos e os aspectos tributários

(ICMS) influencia o planejamento de redes e, por conseguinte, não pode ser

negligenciado. Vale ressaltar a importância do autor, uma vez que seu trabalho original

subsidiou diversos estudos que investigam tais trade-offs.

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O primeiro deles foi Pantalena (2004) que, a partir de uma adaptação do referido

modelo, revisitou a rede logística de uma empresa atuante na indústria química, cujo

regime de tributação do ICMS é diferenciado do apresentado no Anexo 1 – Tabela de

Alíquotas de ICMS.

Por sua vez, Morabito e Junqueira (2006) estudaram os efeitos do ICMS a partir

da aplicação de uma simplificação de Yoshizaki (2002) no estudo de uma rede logística

de distribuição de milho – mas também constataram o potencial de economia no custo

total da rede pelos aspectos tributários. Posteriormente, Morabito e Junqueira (2008)

aplicaram o seu mesmo modelo matemático em um estudo de caso mais abrangente e

quantificaram reduções da ordem de 25% no custo total da rede estudada.

Silva (2007), também baseado em Yoshizaki (2002), propôs um modelo de

planejamento de redes logísticas que além dos aspectos fiscais relacionados à circulação

de mercadorias, incorporou em sua modelagem considerações sobre os efeitos dos

incentivos fiscais baseados no crédito presumido de ICMS.

Yoshizaki (2008) aplicou o seu modelo original de 2002 para avaliar o novo

modelo de tarifas do ICMS, previsto para vigorar completamente em 2016, e constatou

que o turismo de mercadorias deve sofrer uma redução pouco expressiva.

Por fim, Carraro (2009) estendeu Yoshizaki (2002) e Silva (2007), com um

modelo de localização de instalações que considerava: custos fixos e variáveis dos

centros de distribuição e fábricas, custos de transporte (fluxos de transferência e

distribuição), benefícios fiscais e custos ambientais (créditos de carbono). As

conclusões relativas aos trade-offs entre a Logística e estrutura fiscal nacional

corroboram as dos demais autores mencionados anteriormente – todavia, não foi

observada relevância nos custos ambientais abordados.

O último modelo a ser explorado na seção é o de Wanke et al (2010). A

abordagem dos aspectos tributários foi simplificada quando comparada aos demais

autores acima mencionados; no entanto, se mostrou bastante aderente com a realidade

empresarial a luz do tema, pois contempla os principais aspectos fiscais de interesse.

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A rede logística do problema abrange somente um produto e é composta de três

estágios: fábricas, centros de distribuição e regiões de demanda. A função objetivo é

composta de duas componentes: a primeira delas, diz respeito aos custos de transporte

(relativos aos fluxos de transferência e distribuição de produtos); e a segunda, aos

custos fiscais relativos ao ICMS. Sua formulação matemática é:

Conjuntos:

Índice de fábricas,

Índices de centros de distribuição,

Índice de regiões de demanda.

Parâmetros:

Custo unitário de transporte da fábrica f para o centro de

distribuição j,

Custo unitário de transporte do centro de distribuição j para o centro

de distribuição jp,

Custo unitário de transporte do centro de distribuição j para a

região de demanda d,

Custo de produção do produto,

Preço de venda do produto,

Alíquota de ICMS incidente no fluxo da fábrica f para o centro de

distribuição j,

Alíquota de ICMS incidente no fluxo do centro de distribuição j para o

centro de distribuição jp,

Alíquota de ICMS incidente no fluxo do centro de distribuição j

para a região de consumo d,

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Crédito de ICMS acumulado pela fábrica f,

Demanda da região de consumo d.

Variáveis:

Quantidade de produto transportada no fluxo da fábrica f para o

centro de distribuição j,

Quantidade transportada de produto no fluxo do centro de

distribuição j para o centro de distribuição jp,

Quantidade de produto transportada no fluxo do centro de

distribuição j para a região de consumo d.

Função Objetivo:

Restrições:

Onde:

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A restrição (3.116) assegura o pleno atendimento da demanda das regiões de

consumo. As restrições (3.117) e (3.118) são responsáveis pelo balanço de massa dos

centros de distribuição. A última restrição (3.119) garante que o saldo de ICMS da rede

seja positivo; essa restrição é extremamente válida do ponto-de-vista empresarial pois

evita que capital da empresa seja empatado na acumulação de créditos e dependa do seu

repasse para outra companhia.

É factível observar que, nessa categoria de modelos, os custos relativos aos

estoques em nenhum momento foram aventados. Portanto, constata-se essa lacuna a ser

desenvolvida na literatura.

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4 MODELO PROPOSTO

A modelagem matemática da rede logística é a etapa mais crucial no processo de

planejamento da mesma, pois é nesse momento em que se desenvolve a estrutura de

integração da teoria com a realidade da tomada de decisão (DAVARIZ, 2006). Logo,

reservou-se um capítulo único para a mesma.

4.1. Modelo Matemático

O modelo proposto na dissertação foi desenvolvido a partir de uma extensão de

Montebeller (2009), apresentado anteriormente. Onde algumas de suas premissas

originais foram alteradas para que o modelo desenvolvido estivesse mais aderente com a

realidade e com o estudo de caso. Dentre as alterações, cabe destacar que modelo atual

considera:

k fábricas (com localização fixa e pré-determinada) em sua rede logística, onde ;

r produtos a serem transportados e estocados na rede, onde ;

Custos de transporte ($/unidade) relativos ao suprimento dos armazéns pelas fábricas, ao

invés de custos unitários de re-suprimento ($/unidade/dia) em função do lead time da fábrica

para cada armazém;

A possibilidade de distribuição direta da fábrica para os mercados; e

Aspectos tributários (ICMS) em sua modelagem.

A rede logística é composta de três estágios: o primeiro deles é referente às

instalações fabris; o segundo, por sua vez, ao conjunto de armazéns; já o terceiro elo

compete aos mercados consumidores. A Figura 17 apresenta o esquema da rede em

questão:

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103

Figura 17 – Rede Logística considerada

A composição do custo total da rede é:

Onde:

Custo total da rede,

Custo total de re-suprimento dos armazéns,

Custo de distribuição para os mercados,

Custo de manutenção dos estoques de ciclo e colocação de pedidos,

Custo de manutenção dos estoques de segurança,

Custo tributário relativo ao ICMS.

Evidencia-se que a componente relativa ao custo de distribuição para os

mercados ( ) é composta de duas parcelas distintas: a primeira delas é relativa ao

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atendimento ao mercado consumidor diretamente da fábrica e a segunda, à distribuição

escalonada através dos armazéns. Tal afirmação é elucidada pela equação 4.2:

Onde:

Custo de distribuição diretamente das fábricas,

Custo de distribuição através dos armazéns.

Com relação à última parcela do , faz-se relevante comentar que seu

cálculo apura o saldo de ICMS da rede, ou seja:

Onde, a primeira parcela contempla os débitos gerados a partir da circulação de

mercadorias das fábricas para os armazéns / mercados e dos fluxos dos armazéns para

os mercados. Finalmente, os créditos são aqueles acumulados pelas fábricas (em suas

aquisições de matéria-prima) e armazéns (pelo recebimento de mercadorias). A

formulação matemática dos aspectos fiscais foi desenvolvida simplificadamente e

baseada na apresentada por Wanke et al (2010).

Assim como Montebeller (2009), o modelo proposto possibilita o atendimento a

um mesmo mercado através de mais de um armazém (cross-filling) e considera

simultaneamente os estoques de ciclo, segurança, as demandas correlacionadas e a

variabilidade dos lead times de re-suprimento. Conforme o mesmo autor, a partir dessas

considerações, o modelo já se diferencia dentro da literatura, uma vez que a

consideração dos custos relativos aos estoques em grande parte modelos de localização

é simplificada através de linearizações ou negligenciada.

Adicionalmente, a consideração de múltiplas fábricas / produtos, da distribuição

direta através das fábricas e dos aspectos fiscais tornam o modelo proposto muito menos

restritivo e mais aderente à realidade.

O seu desenvolvimento conceitual se encontra no Anexo 2 – Desenvolvimento

do Modelo e sua formulação matemática é apresentada a seguir:

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105

Conjuntos:

Índice de um mercado,

Índice de um potencial armazém na rede,

Índice de uma fábrica,

Índice de um produto.

Parâmetros (entre parênteses: a unidade de medida):

Número total de mercados,

Número de possíveis localidades para um armazém,

k = Número total de fábricas,

r = Número total de produtos,

Custo unitário de colocação de pedido do produto p no armazém j para a

fábrica f ($/Pedido),

Custo unitário de manutenção de estoques do produto p no armazém j

($/Unidade),

Demanda média do produto p no mercado i (Unidades/dia),

Correlação entre as demandas médias do produto p nos mercados i e l,

Lead-time médio de re-suprimento do produto p da fábrica f para o

armazém j (dias),

Desvio-padrão da demanda do produto p do mercado i (Unidades/dia),

Desvio-padrão do lead time de re-suprimento do produto p da fábrica f

para o armazém j (dias),

Nível de serviço no armazém j para o produto p (fator de segurança que

reflete o nível de proteção em relação aos stock-outs),

Custo unitário de transporte na distribuição do produto p entre mercado i e

armazém j ($/unidade),

Custo unitário de transporte no suprimento do produto p da fábrica f para o

armazém j ($/unidade),

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106

Custo unitário de transporte na distribuição direta do produto p da

fábrica f para o mercado i ($/unidade),

Capacidade de produção do produto p da fábrica f (Unidades),

Custo unitário de produção do produto p na fábrica f ($/unidade),

Preço unitário de venda do produto p ($/unidade),

Alíquota de ICMS incidente no fluxo de mercadoria da fábrica f para o

armazém j (%),

Alíquota de ICMS incidente no fluxo de mercadoria da fábrica f

para o mercado i (%),

Alíquota de ICMS incidente no fluxo de mercadoria do armazém j

para o mercado i (%),

Crédito de ICMS acumulado pela fábrica f ($).

Variáveis:

Proporção da demanda média do produto p do mercado i atendida pelo

armazém j,

Proporção da demanda média do produto p do mercado i atendida

diretamente pela fábrica f

Variável binária que indica se a fábrica f realiza o suprimento do Produto p

para o armazém j.

Função Objetivo:

Sujeito às seguintes restrições:

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107

Onde:

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108

A restrição (4.5) garante que a demanda da Rede seja plenamente atendida

através das fábricas e / ou armazéns. A restrição seguinte (4.6) assegura que a

capacidade produtiva de cada fábrica seja respeitada.

A restrição (4.7) indica que o suprimento de cada armazém somente poderá ser

realizado por uma única fábrica. Destarte, faz-se com que seja proibido o fenômeno

denominado de Order Splitting, que ocorre quando um armazém gerencia de forma

independente o seu re-suprimento e divide os seus pedidos entre múltiplos fornecedores

(EVERS, 1999). Essa restrição está alinhada com a posição de Thomas e Tyworth

(2006), dada a ausência de evidências empíricas sobre o mesmo.

As três restrições em conjunto são responsáveis por preservar o balanço material

da rede. A restrição (4.8) certifica que o saldo de ICMS da rede seja devedor (positivo),

ou seja, que não haja acúmulo de créditos para posterior recuperação e, por conseguinte,

capital empatado. Por fim as últimas estabelecem os limites das variáveis de decisão,

sejam elas contínuas ( e ) ou binárias ( .

A modelagem não considera os custos relativos à abertura das instalações

(fábricas e armazéns) para estar aderente com a realidade de re-avaliação da rede

logística a ser apresentada no estudo de caso.

Dada a formulação matemática apresentada, o modelo proposto se enquadra

como um Problema de Programação Não Linear Inteira Mista (MINLP, sigla em

inglês). Quando comparada com problemas de MIP e Programação Não Linear (NLP,

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109

sigla em inglês), a resolução desse tipo de problema é muito mais complexa e

dispendiosa computacionalmente (GROSSMANN, 2002).

Por isso, além das contribuições científicas apresentadas a luz do planejamento

de redes, a presente dissertação também se propôs a subsidiar o desenvolvimento de um

campo ainda tão incipiente na literatura.

4.2. Premissas, Desenvolvimento e Validação Conceitual

O modelo de MINLP em questão foi desenvolvido na plataforma do software

AIMMS 3.11 – Advanced Integrated Multidimensional Modeling Software. Esse

ferramental é extremamente adequado para a modelagem de problemas de otimização

(FERREIRA et al, 2004). O código desenvolvido em linguagem do AIMMS 3.11 se

encontra no Anexo 3 – Código para a Otimização Escrito na Linguagem do Software

AIMMS 3.11.

Por ser uma expansão de Montebeller (2009), optou-se, primeiramente, pela

implementação do modelo do autor. Em seguida, conforme o experimento utilizado em

seu trabalho, foi realizada a geração de 10.000 cenários com valores aleatórios para os

parâmetros do problema que, por sua vez, seguiram o mesmo padrão de distribuição

uniforme contínua utilizado pelo autor. A tabela a seguir apresenta os limites da

distribuição uniforme de cada parâmetro. A aleatoriedade na geração de tais parâmetros,

por si só, já se apresenta como uma fonte de variabilidade que deve ser realçada para

uma correta apreciação dos resultados posteriores.

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110

Parâmetro Mínimo Máximo

($/Pedido) 17 67

($/Unidade/dia) 0,35 0,68

(Unidades/dia)

80 120

-1 1

(Dias) 1 5

(Unidades/dia) 3 30

(Dias) 0,5 2

1 1

($/Unidade) 0,5 1

($/Unidade/dia)

0,8 1

Tabela 8 – Parâmetros utilizados na análise de sensibilidade.

Fonte: Montebeller (2009)

Cabe ressaltar que nesse momento, foi utilizado o solver LGO 1.0 (Lipschitz-

Continuos Global Optimizer) para a otimização dos 10.000 cenários. Por fim, a

validação dos resultados foi realizada através da comparação das principais estatísticas

descritivas utilizadas pelo autor: políticas de alocação de estoques e custos da rede.

De posse desses resultados, deu-se início ao desenvolvimento do modelo da

dissertação. Conforme comentado anteriormente, algumas das premissas do modelo

original tiveram de ser alteradas. Dessa maneira, com o intuito promover o

desenvolvimento desse trabalho de forma consistente, fez-se necessário propor / seguir

um procedimento metodológico (figura a seguir) que norteasse cada alteração das

premissas originais de Montebeller (2009) e, por conseguinte, de sua modelagem.

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111

1

2

3

4

5

6

7

Sim

Não

Definição da Alteração na Modelagem

Desenvolvimento do Modelo deProgramação Matemática

Implementação do Modelo em AIMMS

Preparação, Implantação e Otimização dos 10.000 cenários

Consolidação e Análise

Aprovação nas Análises

Modelo Validado com a Nova Premissa

Figura 18 – Procedimento metodológico utilizado

Três etapas merecem destaque em sua caracterização: a primeira delas é a

relativa ao desenvolvimento teórico do modelo de programação matemática, que se

estendia desde a formulação do novo problema – definição de: conjuntos, parâmetros,

variáveis, restrições e função objetivo – até a proposição de novas premissas relativas.

A etapa 4 (Preparação, Implantação e Otimização dos 10.000 cenários) é crítica

para uma concepção correta, pois é nesse momento em que se realiza a conexão com os

cenários gerados inicialmente; já que o modelo de Montebeller (2009) sempre se

enquadra como um caso particular do modelo expandido. Portanto, a cada alteração

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112

realizada, promove-se uma validação do modelo do autor em questão. Posteriormente,

será exemplificado um caso que possibilitará um melhor entendimento.

Por fim, é na quinta etapa (Consolidação e Análise) onde se realiza as análises

necessárias para validação da modelagem proposta. Além da comparação entre as novas

estatísticas descritivas e as de Montebeller (2009), realiza-se, adicionalmente, para cada

um dos 10.000 cenários, uma comparação entre as componentes de custo da nova

função objetivo ( ) e os custos totais encontrados na implementação inicial do

modelo do autor (mencionada no início da seção). Caso não sejam verificados grandes

desvios entre os novos resultados e os originais, aprova-se a modelagem em questão.

Vale destacar que cada alteração de premissa / modelagem (por exemplo: a

consideração de produtos a serem transportados e estocados na rede) foi realizada

individualmente e que, a consideração de mais de uma nova premissa (modelo com

múltiplos produtos e aspectos fiscais, por exemplo) fez-se a partir da união de duas

premissas individualmente implementadas e também seguiu o referido procedimento.

Dentre todas as alterações realizadas, a consideração de fábricas pode ser

considerada como a de maior ruptura, porque a única que demandou a alteração da

tipologia original do problema (NLP) para MINLP. A partir de então, a utilização

isolada do solver LGO 1.0 se fez inviável e passou a ser substituída pelo algoritmo

AOA (AIMMS Outer Aproximation).

Na resolução dos problemas de MINLP, o AOA utiliza um conjunto de dois

outros solvers; um deles para a resolução de modelos MIP e o outro, para NLP. O

primeiro deles é o CPLEX 12.3 e o segundo o CONOPT 3.14G.

Deve-se realçar que tal alteração de solver é uma importante fonte de

variabilidade que se acrescenta aos resultados encontrados que, por sua vez, faz com

que os resultados encontrados nessa etapa se distanciem dos de Montebeller (2009).

Doravante, conforme colocado anteriormente, apresentar-se-á as etapas 3, 4 e 5

do procedimento (Figura 18) que direcionou o desenvolvimento do modelo proposto na

dissertação.

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113

A descrição do desenvolvimento teórico do modelo de programação matemática

se encontra dissecada no Anexo 2 – Desenvolvimento do Modelo, entretanto suas

premissas são enumeradas a seguir:

1. As fábricas têm sua localização fixa e pré-determinada;

2. Os mercados consumidores têm sua localização fixa e pré-determinada;

3. As possíveis localidades dos armazéns são pré-determinadas e finitas;

4. O número de armazéns é finito e no máximo igual ao número de possíveis localidades;

5. Há produtos a serem transportados e estocados na rede;

6. As demandas dos mercados são variáveis aleatórias independentes, com correlação e desvios-

padrão diferentes de zero;

7. A correlação entre a demanda de dois produtos distintos é nula.

8. Os lead times de re-suprimento entre as fábricas e os armazéns são variáveis aleatórias

independentes, com desvio-padrão diferente de zero;

9. Os mercados podem ser servidos por mais de um armazém, ou seja, pode haver cross-filling;

através da distribuição direta das fábricas ou até mesmo, simultaneamente, pelos armazéns e

fábricas;

10. São considerados os estoques de ciclo e estoques de segurança nos armazéns;

11. Não são considerados estoques para a fábrica e mercados consumidores;

12. São considerados os níveis de serviço requeridos por cada mercado na forma de um fator de

segurança que garante uma determinada probabilidade de não ocorrência de stock-outs. Além

disso, o fator é o mesmo para todos os armazéns e produtos;

13. O modelo de gestão de estoques nos armazéns é do tipo LEC e ponto de pedido;

14. Os custos unitários de transporte entre as fábricas e os armazéns (re-suprimento) são função das

distâncias entre os mesmos e são medidos em $/unidade;

15. Os custos de unitários de transporte entre os armazéns e os mercados dependem das distâncias

entre os mesmos e são medidos em $/unidade.

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16. Os custos de unitários de transporte entre as fábricas e os mercados dependem das distâncias

entre os mesmos e são medidos em $/unidade.

17. O ICMS é calculado no modelo somente pela agregação de valor do preço de venda em relação

ao custo de produção.

A preparação dos 10.000 cenários é a atividade mais importante da etapa 4

(Preparação, Implantação e Otimização dos 10.000 cenários), já que o modelo de

Montebeller (2009) pode ser considerado como um caso específico do modelo proposto.

Assim, faz-se necessário considerar a mesma rede logística do autor (Figura 16),

composta de: uma instalação fabril, cinco armazéns, cinco mercados consumidores e um

único produto a ser transportado.

O alinhamento entre os parâmetros também é primordial para uma validação

precisa, uma vez que é nesse momento em que se coloca o modelo desenvolvido na

mesma condição de contorno do problema de Montebeller (2009). A tabela a seguir

ilustra como tal alinhamento foi realizado:

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115

Parâmetro do modelo da dissertação

Parâmetro de Montebeller (2009)

Mínimo Máximo

($/Pedido)

($/Pedido) 17 67

($/Unidade/dia)

($/Unidade/dia) 0,35 0,68

(Unidades/dia)

(Unidades/dia) 80 120

-1 1

(Dias)

(Dias) 1 5

(Unidades/dia)

(Unidades/dia) 3 30

(Dias)

(Dias) 0,5 2

1 1

($/Unidade)

($/Unidade) 0,5 1

-

($/Unidade/dia) 0,8 1

($/Unidade) 0,8 5

($/Unidade) - Infinito

(Unidades) - Infinito

($/Unidade) - 0

($/Unidade) - 0

(%) - 0

(%)

- 0

(%)

- 0

($) - 0

Tabela 9 – Parâmetros utilizados na validação conceitual do modelo

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116

A adoção de parâmetros iguais a infinito ( , ) ou zero ( ,

, , , , ) objetiva desconsiderar

seus efeitos na otimização dos 10.000 cenários.

Finalmente, explorar-se-á a etapa de Consolidação e Análise. Após a otimização

dos 10.000 cenários e o tratamento dos resultados, é apresentado uma comparação entre

as políticas de alocação de estoques encontradas na validação do modelo desenvolvido e

as de Montebeller (2009):

Montebeller (2009)

Modelo desenvolvido

Política Configuração

da Rede Total

Política

Configuração da Rede

Frequência Total

Centralização Total

CET 9437

Centralização Total

CET 9375

Mista

SCE

563

Mista

SCE

625 SCE_CF

SCE_CF

SCE_CF_SI

SCE_CF_SI

SCE_SI

SCE_SI

Total 10000

Total 10000

(a)

(b)

Tabela 10 – Comparativo entre as políticas de alocação de estoques de Montebeller (2009) (a) e do

modelo desenvolvido (b)

Onde (vide Anexo 4 – Políticas de Alocação de Estoques, para representação gráfica das

políticas):

CET = centralização total;

SCE = sub-centralização;

SCE_CF = sub-centralização e cross-filling;

SCE_CF_SI = sub-centralização, cross-filling e sistema independente;

SCE_SI = sub-centralização e sistema independente.

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117

Em virtude da aleatoriedade dos parâmetros gerados, das alterações de premissas

e modelagem realizadas no modelo de Montebeller (2009) e, principalmente, da

mudança do solver utilizado na resolução do problema; os resultados encontrados pelo

modelo desenvolvido se mostram extremamente aderentes ao do autor (com

aproximadamente, 1% de desvio) e corroboram para sua validação conceitual.

Por fim, a última análise realizada diz respeito à comparação das componentes

de custo da função objetivo de cada modelo. Para tanto, utilizou-se como métrica, o

desvio percentual entre os custos do modelo e os encontrados na validação inicial de

Montebeller (2009):

Onde:

Desvio no cenário , tal que ;

Componente de custo do modelo desenvolvido no cenário ;

Componente de custo do modelo de Montebeller (2009) no cenário .

As componentes de custo consideradas foram: custo total da rede, custo total de

transporte e custo total manutenção de estoques (ciclo e segurança).

A tabela a seguir apresenta as estatísticas descritivas dos desvios encontrados:

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118

Desvio Custo Total

Desvio Custo de Transporte

Desvio Custo de Estoques (EC+ES)

Média 0,16%

Média 1,15%

Média 2,53%

Erro-padrão 0,01%

Erro-padrão 0,05%

Erro-padrão 0,10%

Mediana 0,00%

Mediana 0,00%

Mediana 0,00%

Moda 0,00%

Moda 0,00%

Moda 0,00%

Desvio-padrão 1,42%

Desvio-padrão 4,50%

Desvio-padrão 10,13% Variância da amostra 0,02%

Variância da amostra 0,20%

Variância da amostra 1,03%

Contagem 10.000

Contagem 10.000

Contagem 10.000 Nível de Confiança(95%) 0,03%

Nível de Confiança(95%) 0,09%

Nível de Confiança(95%) 0,20%

(a)

(b)

(c)

Tabela 11 – Estatísticas descritivas dos desvios entre as componentes de custo do modelo de

Montebeller (2009) e do modelo desenvolvido.

Pelos resultados da Tabela 11 e por razões análogas a validação das políticas de

alocação de estoques apresentada anteriormente, faz-se possível validar o modelo da

dissertação.

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119

5 METODOLOGIA

5.1. Determinação dos Parâmetros do Modelo relativos ao Estudo de

Caso

O levantamento / determinação dos dados são cruciais para um correto

desenvolvimento do estudo de planejamento de redes logísticas, visto que subsidiarão o

modelo matemático na busca da solução ótima do problema (DAVARIZ, 2006). Dessa

maneira, a presente seção objetiva elucidar o racional utilizado para determinação dos

parâmetros do modelo; além de contemplar os principais aspectos relevantes para a re-

avaliação de uma rede logística (seção 3.2).

5.1.1. Rede Logística

Conforme colocado no segundo capítulo, após a consolidação da indústria

petroquímica nacional, em 2010, formou-se a Nova Braskem, cuja rede logística era

composta pela união das redes originais de Braskem e Quattor. A rede considerada no

escopo do estudo de caso é ilustrada pelo mapa a seguir:

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120

Figura 19 – Rede logística da Nova Braskem

Fonte: Adaptado de Braskem (2011)

Destarte, a partir da figura anterior, fez-se possível delinear dois conjuntos do

modelo matemático de MINLP a ser aplicado: o primeiro diz respeito às fábricas e o

segundo, aos potenciais armazéns da rede. O Anexo 5 – Rede logística do estudo de

caso apresenta a lista de fábricas e armazéns, bem como as respectivas capacidades

produtivas das unidades industriais ( ).

Por fim, de antemão, já se faz possível vislumbrar sinergias a serem capturadas a

priori na re-avaliação da rede logística, uma vez que não se justifica do ponto-de-vista

empresarial, a manutenção de armazéns distintos que operam de forma independente e

estejam localizados no mesmo município.

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5.1.2. Produtos, Demandas e Preços

A definição das famílias de produtos e das zonas de consumo são dois dos

principais elementos a serem determinados na etapa de levantamento de dados durante o

planejamento de uma rede logística (DAVARIZ, 2006).

De acordo com o relatado no capítulo 2 da dissertação, a empresa formada

responde pela liderança nacional no segmento de resinas termoplásticas: polietileno

(PE), polipropileno (PP) e policloreto de vinila (PVC). Entretanto, as sinergias

decorrentes da operação integrada, se verificam mais fortemente nos dois primeiros

produtos mencionados (PE e PP); onde ambas as empresas possuíam plantas industriais

e repartiam praticamente todo o mercado brasileiro. Portanto, o escopo do estudo de

caso se restringirá a esses dois produtos como componentes do conjunto de produtos do

modelo matemático.

Segundo Braskem (2011), as vendas das resinas de PE e PP são destinadas a um

portfólio de aproximadamente 1.300 clientes; onde os 10 maiores clientes responderam

por 27,4% da receita líquida total de vendas. Portanto, é factível constatar que os

mercados de atendimento da empresa são extremamente pulverizados.

Assim, para a definição do conjunto mercado, optou-se por agregá-los (por

Estado) conforme o panorama brasileiro do setor de transformação de material plástico

apresentado por ABIPLAST (2010). Isso se justifica, pois o setor de transformação –

laminados, embalagens, etc – é o consumidor direto das resinas em questão (Figura 1 e

BRASKEM, 2011). A demanda de cada Estado foi alocada integralmente ao município

que representa a sua capital, o que totaliza 27 elementos no referido conjunto.

Até a aprovação final do CADE, em 2011, a Braskem (2011b) divulgava

publicamente o volume de vendas trimestral no Brasil de cada produto e de forma

discriminada, ou seja, desagregada em Quattor e Braskem. Os gráficos a seguir

apresentam a evolução das vendas:

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122

Gráfico 3 – Vendas trimestrais em toneladas de PE (a) e PP (b)

Fonte: Adaptado de Braskem (2011b)

A utilização de tais dados no estudo de caso demanda duas considerações

importantes: uma delas relativa à desagregação geográfica das vendas trimestrais e a

-

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

1T09 2T09 3T09 4T09 1T10 2T10 3T10 4T10

PE (a)

Quattor

Braskem

-

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

1T09 2T09 3T09 4T09 1T10 2T10 3T10 4T10

PP (b)

Quattor

Braskem

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123

outra, à estimação das demandas e desvios-padrão diários (parâmetros e ,

respectivamente).

O rateio das vendas por Estado foi realizado proporcionalmente ao número total

de empresas do setor de transformação presentes nos mesmo, segundo ABIPLAST

(2010) – Anexo 6 –. Para o estudo de caso, optou-se por trabalhar com o último dado

disponibilizado pela empresa (4º trimestre de 2010); o mapa abaixo (Figura 20) ilustra a

disposição geográfica final da demanda.

Figura 20 – Disposição geográfica da demanda

Fonte: Adaptado de Braskem (2011b)

O desvio-padrão trimestral de cada mercado foi calculado sobre a desagregação

geográfica de cada período. Para que tais parâmetros estivessem alinhados com a

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124

unidade de medida referenciada no modelo matemático (unidades / dia), fazia-se

necessário estimá-los de forma não tendenciosa. Para tanto, aplicou-se as métricas

enunciadas em Levine et al (2005).

Vale ressaltar que, dadas as dificuldades de estimação, não se considerou a

correlação entre as demandas dos mercados no estudo de caso. Dessa maneira,

assumiu-se o valor nulo para o parâmetro .

Por fim, os preços de venda dos produtos (PE e PP) foram levantados em

US$/ton (dentro do período de análise) do portal especializado QuiMax Prices. Assim,

o parâmetro foi estimado a partir da média de cada produto para o quarto

trimestre de 2010.

5.1.3. Custos Logísticos

A presente subseção aborda como foram estimados os parâmetros relativos aos

custos logísticos relevantes à rede em questão: transporte e estoques.

5.1.3.1. Custos de Transporte

Primeiramente, é relevante destacar que a utilização exclusiva do transporte

rodoviário – com a consideração de um veículo padrão do tipo: carreta com cavalo

simples e 30 toneladas de capacidade – foi uma premissa assumida para o presente

estudo de caso. Tal premissa se justifica no precedente de que, em 2006, o modal

rodoviário respondera por, aproximadamente, 83% das resinas (PE, PP e PVC)

movimentadas pela Braskem (NTC e LOGISTICA, 2011).

Após a determinação de todos os nós da rede logística (fábricas, armazéns e

mercados), faz-se necessário, primeiramente, o levantamento das distâncias rodoviárias

entre eles.

O Sistema de Informação Geográfica (SIG) do portal eletrônico Guia Quatro

Rodas subsidiou tal tarefa. A relevância dessa etapa é muito expressiva, pois ela norteia

o cálculo consistente de parâmetros importantes do modelo matemático relativos ao

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125

lead-time de re-suprimento ( e ) e aos custos de transporte ( , e

). A figura a seguir, ilustra o relatório do levantamento de um arco rodoviário a

partir do SIG.

Figura 21 – Levantamento de distâncias rodoviárias

Fonte: http://mapas.viajeaqui.abril.com.br/guiarodoviario/

Para determinação dos lead times de re-suprimento ( ) em horas,

considerou-se 50 km/h como velocidade média de uma carreta no Brasil (INTELOG,

2006). Em seguida, dividiu-se por 24 para se obter o parâmetro alinhado com a unidade

de medida do modelo (dias). Já para o desvio-padrão ( ) foi assumido um

coeficiente de variação ( ) de 20% para cada lead time. Apesar da natureza

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126

de transporte desses dois parâmetros, sua utilização no modelo auxilia o cálculo dos

custos relativos à manutenção dos estoques de segurança.

Para o período de análise (4º trimestre de 2010), os custos de transporte ( ,

e ) foram estimados (R$/ton) para cada rota a partir da ferramenta “Zap

Frete online” da empresa Zap Logística. Por ser um serviço de acesso restrito aos

assinantes, não será possível um detalhamento maior do funcionamento do mesmo.

No entanto, após tal levantamento, foi calculada uma curva de frete da evolução

da tarifa estimada em função da distância a ser percorrida, conforme Ballou (2006)

sugere. A partir dela (Figura 22), observa-se que os valores levantados se encontram

aderentes com a relação enunciada pelo autor.

Figura 22 – Curva de Fretes

Fonte: Adaptado de Zap Logística (2011)

Uma ressalva importante é a conversão dos valores de fretes levantados em

R$/ton para US$/ton. Para tanto, foi extraído do site do Banco Central do Brasil, o valor

médio da cotação do dólar no período de análise (R$ 1,6962).

y = 0,1235x + 10,796R² = 0,9988

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

450,00

500,00

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

R$

/ t

on

Distância (km)

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127

5.1.3.2. Custos de Estoque

Os presentes custos se referem aos estoques de ciclo ( ) e segurança

( ) considerados na modelagem. Logo, será descrito como foi realizada a estimação

de cada parâmetro que compõem esses dois componentes.

Os custos unitários de manutenção de estoques ( ) foram determinados por

empresa, individualmente; ou seja, as instalações da Braskem possuem um distinto

das da Quattor. O índice produto influencia diretamente o parâmetro dado o seu preço

de venda; pois, os produtos há um custo de oportunidade de mantê-los em estoque.

A partir da formulação genérica do custo de manutenção dos estoques

apresentada por Wanke (2008), obtém-se a fórmula de cálculo considerada para :

Onde:

Custo de aquisição do produto p,

Custo Médio Ponderado de Capital (WACC, sigla em inglês) da instalação j.

O Custo de aquisição do produto foi estimado a partir do Custo do Produto

Vendido (CPV) trimestral agregado publicado nos demonstrativos financeiros da

empresa. Em seguida, para a determinação do , foi promovido um rateio do CPV

em função do volume de vendas no período (toneladas) em questão que resultou em um

valor de CPV por tonelada de produto vendido.

O anual de cada empresa foi extraído do relatório de avaliação da

operação de incorporação de ativos da Quattor pela Braskem elaborado por BBI (2010).

A divisão do por 365 objetiva estimar a taxa de desconto diária e, por

conseguinte, alinhar-se com a unidade de medida do ($/Unidade/dia).

Nesse momento, cabe retomar a premissa original relativa ao estoque de ciclo de

que o modelo de gestão de estoques dos armazéns é do tipo LEC e ponto de pedido; por

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128

isso, faz-se necessário determinar o parâmetro relativo ao custo de colocação do pedido

nas instalações de armazenagem ( ).

Em virtude da indisponibilidade de dados relativos aos custos dos armazéns da

empresa e do número de pedidos processados em um determinado período de tempo,

optou-se por buscar um valor típico que tivesse representatividade suficiente para não

comprometer a qualidade do estudo em questão. Para tanto, levantou-se junto a

operadores logísticos do mercado, o valor de US$ 100,00 por cada pedido processado e,

por conseguinte, assumiu-se tal valor para .

Com relação aos estoques de segurança, o último parâmetro a ser determinado é

o nível de serviço nos diversos armazéns da rede ( ). Dada a ausência de dados

disponíveis sobre o tema, assumiu-se o mesmo valor utilizado por Montebeller (2009),

que implica em uma probabilidade de, aproximadamente, 85% de que não haja falta de

produto durante o lead time de re-suprimento.

5.1.4. Serviço ao Cliente

Para o estudo de caso em questão, o serviço ao cliente a ser prestado pela rede

logística é contemplado a partir de duas componentes principais. A primeira delas, diz

respeito à restrição (4.5) que garante o atendimento da demanda de todos os mercados

consumidores; e a segunda se refere ao fator de segurança assumido para os estoques de

segurança a serem mantidos nos armazéns, ou seja, a garantia de acomodação das

variabilidades oriundas da demanda e / ou lead time.

5.1.5. Aspectos Tributários

A consideração do ICMS na re-avaliação da rede demanda alguns comentários.

Primeiramente, a partir da determinação da localização de cada nó da rede (em especial

o Estado), extraiu-se diretamente do Anexo 1 – Tabela de Alíquotas de ICMS, os

parâmetros relativos às alíquotas de ICMS aplicadas na circulação de mercadorias entre

eles – , e .

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129

A estimação do parâmetro referente ao crédito de ICMS acumulado pelas

fábricas da rede ( ) – oriundo de suas operações de compra / recebimento de

insumos – merece particular atenção, pois algumas considerações foram assumidas.

Inicialmente, cabe destacar que o acúmulo de débitos ou créditos anteriores ao

período de análise (4º trimestre de 2010) foi desconsiderado.

Em seguida, realizou-se um levantamento da produção (PE e PP) de cada

empresa no referido trimestre e, posteriormente, um rateio proporcional pela capacidade

de cada elemento do conjunto fábrica ( ). Adicionalmente, estimou-se (a partir

dos rendimentos divulgados por BRASKEM, 2011b) a necessidade de petroquímicos

básicos – eteno e propeno, para as respectivas produções de PE e PP no período. A

Tabela 12 sumariza o exposto no parágrafo.

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130

Município Estado Empresa Produto

(ton / dia)

Produção

Trimestre

(mil ton)

Demanda de

Petroquímicos

Básicos

(mil ton)

Camaçari BA Braskem PE 2.139 2.139 155

Paulínia SP Braskem PP 972 972 84

Triunfo RS Braskem PE 3.403 3.403 247

Triunfo RS Braskem PP 2.056 2.056 177

Camaçari BA Quattor PP 319 319 34

Cubatão SP Quattor PE 389 389 54

Duque de

Caxias RJ Quattor PE 1.500 1.500 209

Duque de

Caxias RJ Quattor PP 861 861 92

Mauá SP Quattor PP 1.250 1.250 134

Santo

André SP Quattor PE 1.000 1.000 139

Tabela 12 – Estimativa de demanda de petroquímicos básicos para cada fábrica

Fonte: Adaptado de Braskem (2011b)

Somente esses dois produtos (eteno e propeno) foram considerados, pois representam os

custos mais relevantes nos processos produtivos de PE e PP. Para a Braskem, por

exemplo, tais produtos responderam por, aproximadamente, 90% dos custos variáveis

associados às suas respectivas unidades fabris (BRASKEM, 2011).

O próximo passo foi mapear a origem do suprimento dos petroquímicos básicos.

O fornecimento de eteno – tanto para Braskem quanto para Quattor – é realizado

diretamente das plantas de primeira geração contíguas às de PE (BRASKEM, 2011);

logo, caracterizam um fluxo intra-estadual de circulação de mercadorias.

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131

Durante o ano de 2010, com relação ao propeno, o prognóstico é totalmente

distinto do anterior; pois 40,6% do produto utilizado nas plantas de PP de ambas as

empresas foi fornecido pela PETROBRAS. Por conseguinte, para uma correta

estimação dos créditos acumulados pelas unidades de PP, faz-se necessário apreciar

quais fluxos devam ter ocorrido.

Segundo Braskem (2011), o suprimento de propeno da planta de PP do pólo

petroquímico de Triunfo (Rio Grande do Sul) é compartilhado entre a Unidade de

Insumos Básicos do Rio Grande do Sul (UNIB-RS) da própria Braskem e a Refinaria

Alberto Pasqualini S/A (REFAP), da PETROBRAS. Conforme o mesmo autor, a

unidade industrial de Paulínia (São Paulo) é totalmente suprida por propeno da

PETROBRAS, por intermédio das Refinarias: Henrique Lage (REVAP) e Planalto

Paulista (REPLAN). Em ambos os casos, há a caracterização de operações intra-

estaduais de circulação que devem ser tributadas conforme a tabela do Anexo 1 –

Tabela de Alíquotas de ICMS.

Aproximadamente 75% do propeno utilizado nas plantas de PP da Quattor são

fornecidos pela PETROBRAS. Dentre as características públicas dos contratos de

suprimento (BRASKEM, 2011), cabe destacar que: a PETROBRAS se compromete a

vender e entregar propeno às plantas de PP da Quattor nos estados de São Paulo e Rio

de Janeiro para uso exclusivo como matéria-prima; além de garantir o fornecimento

anual de um total de 440.000 toneladas de propeno à Quattor.

De antemão, já se pode constatar que a planta de PP da Quattor localizada em Camaçari

(Bahia), não é suprida pela PETROBRAS. Logo, dado o exposto, assume-se que a

Unidade de Insumos Básicos do Pólo de Camaçari (UNIB-BA) da Braskem é a

responsável por tal fornecimento; o que caracteriza, novamente, uma operação intra-

estadual.

A produção agregada de propeno da Quattor – publicada por Braskem (2011) –

aproximadamente 96.000 toneladas, para o período de análise foi dividida

proporcionalmente pela capacidade produtiva de cada instalação de 1ª geração

petroquímica. Assim, as unidades de PP de São Paulo e Rio de Janeiro receberam

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132

73.000 e 23.000 toneladas de propeno, respectivamente, oriundas do próprio Estado em

que se localizam.

Por fim, o propeno adicional demandado (aproximadamente, 130.000 toneladas)

pela Quattor fora suprido via PETROBRAS. As demais refinarias da PETROBRAS que

forneceram tal produto localizam-se nos estados do Rio de Janeiro (Refinaria de Duque

de Caxias) e Paraná (Refinaria Presidente Getúlio Vargas). Portanto, considerou-se uma

operação intra-estadual de suprimento para a Planta de PP situada no município de

Duque de Caxias; e outra interestadual para a unidade de Mauá.

O preço médio de venda aplicado ao fornecimento dos petroquímicos básicos

descrito anteriormente foi levantado junto ao portal QuiMax Prices. Essa abordagem se

mostra bastante razoável, uma vez que, segundo Braskem (2011), os preços apurados

nas compras de eteno e propeno das Unidades de Insumos Básicos e da PETROBRAS

são referenciados a preços internacionais de mercado.

5.2. Análise de Cenários / Sensibilidade

Segundo Davariz (2006), o planejamento de redes logísticas é associado a

inúmeras incertezas: relativas a dados, premissas, etc. Com o intuito de minimizar os

riscos associados a elas, o mesmo autor pondera que a análise de sensibilidade seja

utilizada para conferir maior robustez às soluções encontradas.

A análise de cenários, por sua vez, se apresenta como outra importante

ferramenta utilizada na avaliação dos resultados de um modelo de localização de

instalações (SIMCHI-LEVI et al, 2003). A utilização dos dois ferramentais comentados

anteriormente se faz mandatória para uma correta concepção de rede logística.

A partir da situação problema apresentada na subseção 2.3.4, utilizou-se a

análise de cenários com o objetivo principal de quantificar os ganhos oriundos de uma

eventual re-avaliação da rede logística da empresa Nova Braskem.

Assim, fez-se necessário mensurar os custos logísticos de Braskem e Quattor,

caso suas operações acontecessem de maneira independente. Para tanto, aplicou-se o

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133

modelo proposto na otimização da rede logística de cada empresa (Figura 5 e Figura 6);

ressalta-se que nos referidos cenários, a demanda total a ser atendida individualmente

foi apresentada no Gráfico 3. Concomitantemente, promoveu-se a otimização da rede

logística da Nova Braskem. Os resultados encontrados serão apresentados no próximo

capítulo.

Adicionalmente, foram conduzidas análises de sensibilidade com o intuito de

compreender melhor a influência das principais premissas adotadas – possibilidade de

distribuição direta da fábrica, custos de manutenção de estoques e aspectos tributários –

sobre o comportamento a configuração da rede logística e das componentes de custo da

função objetivo (custos de transporte, manutenção de estoques e tributários).

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134

6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

6.1. Análise de Cenários

Conforme colocado anteriormente, para se verificar o potencial de agregação de

valor proveniente da operação integrada da Nova Braskem, fez-se necessário estimar os

custos das redes logísticas de Braskem e Quattor.

Cabe destacar que a operação de todas as instalações de armazenagem mapeadas

foi uma premissa assumida na tentativa de uma correta valoração dos custos logísticos

de cada rede. Assim, estabelece-se que, a otimização não indique o fechamento de

nenhuma instalação de armazenagem e, por conseguinte, as redes não se apropriem

completamente dos benefícios oriundos da aplicação do modelo.

Os fluxos dos cenários de Braskem e Quattor são apresentados nos mapas em

seguida (Figura 23 e Figura 24). A partir da análise de tais figuras, é possível constatar

que a distribuição direta impera frente à escalonada, dado que a utilização dos armazéns

é majoritariamente, destinada a mercados de menor demanda (Figura 20). A tabela

abaixo corrobora o exposto e mostra para cada cenário o percentual de atendimento em

cada modalidade de distribuição.

Braskem (a)

PE PP

Distribuição Direta 96% 95%

Distribuição Escalonada 4% 5%

Quattor (b)

PE PP

Distribuição Direta 98% 97%

Distribuição Escalonada 2% 3%

Tabela 13 – Percentual de atendimento da demanda nos cenários Braskem (a) e Quattor (b)

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135

Fabrica → Armazém (a)

Armazém → Mercado (b)

Fábrica → Mercado (c)

Figura 23 – Fluxos da otimização da rede logística da Braskem

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136

Fabrica → Armazém (a)

Armazém → Mercado (b)

Fábrica → Mercado (c)

Figura 24 – Fluxos da otimização da rede logística da Quattor

Com a manutenção da premissa de operação de todos os armazéns, a otimização

do cenário integrado (Nova Braskem) é apresentada na Figura 25.

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137

Fabrica → Armazém (a)

Armazém → Mercado (b)

Fábrica → Mercado (c)

Figura 25 – Fluxos da otimização da rede logística da Nova Braskem

Assim como nos dois cenários anteriores, a distribuição direta prevalece frente à

escalonada. Percentualmente, a distribuição direta responde por, aproximadamente, 94%

da demanda de resinas atendida. Nesse momento, deve-se atentar para a importância da

confiabilidade na entrega diretamente das instalações industriais.

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Pode-se constatar que, para a rede logística em questão, a utilização das

instalações de armazenagem caracteriza-se por dois apelos principais: o primeiro deles é

a função de consolidação de cargas para mercados de menor porte. Já o segundo é uma

função tributária que, por sua vez, auxilia na minimização dos custos totais da mesma;

na seção subsequente, tal constatação fica mais evidente.

Nesse contexto, cabe destacar que três armazéns: Contagem (MG), Três

Corações (MG) e Joinville (SC) respondem pela maior parte das resinas movimentadas.

Dessa maneira, faz-se possível indicar que a configuração física da Nova Braskem

possa ser “enxugada” e deve privilegiar a utilização de tais instalações.

Quando a premissa relativa à operação de todos os armazéns é relaxada, o

modelo tende a realizar a distribuição totalmente direta sem a utilização de nenhum

armazém; todavia, esse resultado, se apresenta com pouco sentido do ponto-de-vista

empresarial. Posteriormente, a premissa relativa a essa modalidade de distribuição será

explorada em uma análise de sensibilidade.

Doravante, a fim de quantificar os ganhos relativos à reavaliação da rede

logística, realizar-se-á a análise das três principais componentes de custos da função

objetivo. A primeira parcela é relativa aos custos de manutenção de estoques.

Gráfico 4 – Comparação dos custos de estoque

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

Braskem Quattor Nova Braskem

US$

/d

ia

∆ = US$ 2.011

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139

O acréscimo constatado é decorrente do ligeiro aumento de participação da

distribuição escalonada no atendimento da demanda total.

A operação integrada fora extremamente benéfica para os custos tributários da

rede logística. O gráfico a seguir confirma a afirmação anterior; adicionalmente,

constata-se que os ganhos relativos a essa componente foram os mais significativos

decorrentes da aplicação do modelo no estudo de caso.

Gráfico 5 – Comparação dos custos de ICMS

Também foi possível constatar redução nos custos logísticos de transporte. Tal

economia é decorrente de uma melhor alocação dos mercados consumidores à rede.

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

Braskem Quattor Nova Braskem

US$

/ d

ia

∆ = (US$ 190.986)

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Gráfico 6 – Comparação dos custos de transporte

Por fim, o gráfico 7 sumariza os custos totais dos cenários analisados. Dadas as

premissas consideradas, a economia diária decorrente da operação integrada da Nova

Braskem, através da aplicação do modelo proposto, é da ordem de US$ 240.000

(aproximadamente, R$ 406.000) por dia.

Gráfico 7 – Comparação dos custos totais

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

Braskem Quattor Nova Braskem

US$

/ d

ia

∆ = (US$ 51.297)

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

900.000

Braskem Quattor Nova Braskem

US$

/ d

ia

(∆ = US$ 239.626)

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141

Para o horizonte considerado na análise (4º trimestre de 2010), a economia potencial se

aproxima de 36,5 milhões de reais. Adicionalmente, conforme colocado anteriormente,

há perspectivas de ganhos adicionais em virtude do fechamento de armazéns

subutilizados pela rede logística. Tais valores se mostram aderentes com as perspectivas

de Braskem (2011), que estima a captura de R$ 400 milhões anuais em sinergias

industriais e logísticas decorrentes da formação da Nova Braskem.

A preponderância dos custos de transporte frente às demais componentes da

função objetivo é uma importante conclusão que pode ser extraída a partir dos cenários

anteriores.

6.2. Análises de Sensibilidade

Com o intuito de apreciar melhor os trade-offs observados no estudo de caso em

questão, a presente seção irá apresentar os resultados de algumas análises de

sensibilidade desenvolvidas.

A primeira delas é relativa à possibilidade de distribuição direta da fábrica. Dada

observância de predomínio dessa modalidade no estudo de caso, optou-se por limitar o

valor da variável associada a essa premissa ( ) e estudar o

comportamento das componentes da função objetivo. O gráfico abaixo sumariza a

referida análise:

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142

Gráfico 8 – Evolução dos custos em função da restrição de atendimento direto da fábrica

A presença dessa nova restrição força obrigatoriamente uma maior utilização

dos armazéns da rede e, por conseguinte, implica em maiores custos de manutenção de

estoques.

Graças a essa imposição, fez-se possível verificar o trade-off entre Logística e os

aspectos tributários, enunciado por Yoshizaki (2002). À medida que se observa um

aumento dos custos de transporte, também se constata uma redução dos custos relativos

ao ICMS. Isso se justifica graças ao estímulo ao turismo de produto proporcionado pela

estrutura atual de alíquotas do imposto.

Deve-se ressaltar que tal “passeio de mercadorias” não foi verificado no estudo

de caso, pois o incremento relativo aos custos de transportes e estoques supera a

potencial redução da parcela tributária.

A segunda análise realizada objetiva entender como a consideração dos estoques

influencia as soluções encontradas na análise de cenários. Destarte, realizou-se a

otimização da rede logística da Nova Braskem sem a consideração de tal componente.

Nesse cenário, a representatividade da distribuição escalonada se eleva bastante quando

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0

Custo de Transporte Custo de ICMS Custo de Estoque

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143

comparado com o cenário de referência – otimização da Nova Braskem exposto na

seção anterior.

PE PP

Distribuição Direta 68% 72%

Distribuição Escalonada 32% 28%

Tabela 14 – Percentual de atendimento da demanda na análise de sensibilidade que

desconsidera a componente de estoque

A comparação dos custos de transporte / ICMS entre o cenário referencial e a

análise de sensibilidade é apresentada no Gráfico 9. De antemão, constata-se, como na

análise anterior, o mesmo trade-off entre Logística e ICMS; onde um custo superior de

transporte é contrabalançado por um custo tributário inferior. Nesse caso, a ausência do

efeito dos custos relativos à manutenção dos estoques permite que tal compensação seja

evidenciada facilmente.

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144

Gráfico 9 – Comparação entre custos de ICMS e transporte do cenário de referência e a análise de

sensibilidade

Outra importante observação deve ser destacada na referida análise. A

participação dos três armazéns utilizados pela rede logística – Contagem (MG), Três

Corações (MG) e Joinville (SC) – caracteriza o fenômeno de elisão fiscal, conceituado

no capítulo 3.

A ilustração a seguir apresenta os fluxos que corroboram tal afirmativa; na

Figura 26a, observa-se o “passeio de mercadoria” desde os estados de São Paulo e Rio

de Janeiro através dos armazéns em Minas Gerais. Por sua vez, tal turismo fica ainda

mais notório na Figura 26b, onde a mercadoria produzida no Rio Grande do Sul circula

até Santa Catarina e, posteriormente, retorna ao Estado de origem.

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

Custo de ICMS Custo de Transporte

Cenário de Referência Análise de Sensibilidade

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Fluxos: SP/RJ→MG→SP e RJ→MG→BA (a)

Fluxos RS→SC→RS (b)

Figura 26 – Elisão fiscal observada na análise de sensibilidade

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146

Adicionalmente, conclui-se que, a consideração dos custos relativos aos estoques

onera profundamente a utilização dos armazéns na rede logística e, dessa maneira,

privilegia a distribuição direta.

A última análise de sensibilidade tem por intuito examinar como a presença dos

aspectos tributários impacta sobre a configuração da rede logística. Para tanto, foi

promovida a otimização da rede logística sem a presença dessa componente na função

objetivo.

A não consideração de tais custos implica em minimização do custo de

transporte, dado que não há estímulo para a utilização da distribuição escalonada. Por

isso, sua comparação deve ser realizada com a otimização do cenário de referência sem

a obrigatoriedade de operação de nenhum armazém (premissa assumida na seção

anterior). Os custos de transporte de ambos os cenários são apresentados no Gráfico 10.

Gráfico 10 – Comparação entre os custos de transporte do cenário de referência e a análise de

sensibilidade

A diferença nos custos de transporte evidenciada entre os dois cenários se deve

unicamente à consideração do ICMS. Novamente, se constata como os tributos

influenciam a concepção da rede logística.

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

Custo de Transporte

Cenário de Referência Análise de Sensibilidade

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

7.1. Conclusão

A presente dissertação explorou o planejamento de redes logísticas e objetivou

reiterar a sua relevância para a Academia. O alcance parcial de seus objetivos se deu a

partir da proposição de um modelo de programação matemática que contemplou os

custos logísticos relativos à transporte, manutenção de estoques e aos aspectos

tributários da realidade brasileira. A não linearização dos custos de estoques é um

diferencial contemplado pelo estudo. Com a consideração de tais componentes em sua

função objetivo, o modelo traz contribuições científicas à literatura do tema.

Em adição, por se tratar de um Problema de Programação Não Linear Inteira

Mista, há também uma contribuição ao campo da programação matemática. A utilização

do software AIMMS foi crucial para o correto desenvolvimento tanto do modelo

matemático proposto quanto do estudo de caso.

A partir da aplicação prática do modelo no estudo de caso foi possível atender

plenamente os objetivos delineados no escopo da dissertação. Após a conclusão da

análise de cenários, foi possível quantificar os ganhos relativos ao planejamento da

concepção / operação da rede logística estudada e corroborar a importância do tema.

Nesse contexto, constatou-se a preponderância dos custos logísticos de

transporte frente às demais componentes da função objetivo e, por conseguinte, o

porquê do favorecimento da distribuição direta frente à escalonada. Assim, o uso da

primeira modalidade evita que sejam incorridos custos adicionais de transporte e

estoque; cabe ressaltar que isso representa a minimização dos custos associados à

manutenção de estoques na rede logística.

A confiabilidade no atendimento aos consumidores direto das fábricas emerge

como uma importante questão que não pode ser negligenciada, uma vez que o nível de

serviço prestado pela rede se faz totalmente dependente dela.

Finalmente, através das análises de sensibilidade foi possível apreciar os trade-

offs relativos às principais premissas assumidas. Nesse momento, obtiveram-se

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conclusivas evidências das compensações entre os custos de transporte e a

contemporânea estrutura do ICMS.

7.2. Implicações Gerenciais

Os resultados observados no capítulo 6 fornecem valiosos insights aos

tomadores de decisão da indústria analisada e comprovam a relevância do planejamento

de redes logísticas para a realidade empresarial.

Os ganhos observados mostraram o valor inerente à re-avaliação na concepção /

operação da rede estudada. Mesmo com o prevalecimento dos custos de transporte

frente aos demais, o aspecto fiscal (leia-se ICMS) se apresentou como o principal

potencial de retorno financeiro a ser perseguido e, dessa maneira, foi possível

demonstrar o valor associado à questão dentro da atmosfera empresarial brasileira.

Portanto, para o design ótimo de uma rede, confirma-se o defendido por Yoshizaki

(2002) de que não é plausível a dissociação da Logística e do Planejamento tributário.

Por fim, dada a natureza do estudo de caso, é factível a consideração do

planejamento de redes logísticas como um importante ferramental capaz de subsidiar a

busca de sinergias em operações de fusões e aquisições de empresas.

7.3. Limitações e Sugestões para Pesquisas Futuras

A consideração dos custos relativos aos estoques nos armazéns coloca a

distribuição escalonada em posição desfavorável frente à distribuição direta. Portanto, a

premissa conceitual que não leva em conta a acumulação de estoques nas fábricas é uma

limitação que merece ser trabalhada em um estudo futuro.

O determinismo associado aos fluxos de atendimento dos mercados

consumidores (além de privilegiar a distribuição direta) aparece como uma limitação

que pode impactar fortemente o nível de serviço a ser prestado pela rede logística. Deste

modo, a consideração de uma variabilidade associada se apresenta como outra sugestão

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válida. Na mesma esfera, a consideração de diferentes modais de transporte emerge

como outro aspecto a ser trabalhado futuramente.

Para dar continuidade aos estudos dos trade-offs entre Logística e os aspectos

tributários brasileiros, sugere-se a inclusão de novos tributos (PIS, COFINS, etc) e a

concessão de benefícios fiscais na modelagem de redes logísticas futuras.

Especificamente com relação ao estudo de caso, observa-se que a forma de

agregação dos mercados consumidores deve ser aprimorada, uma vez que a disposição

de clientes na indústria petroquímica é bastante pulverizada (Braskem, 2011). A

correlação entre as demandas igualmente poderia ser analisada em um estudo de caso

futuro. Finalmente, a fim de se examinar as conclusões encontradas, sugere-se a

aplicação do modelo desenvolvido em outros estudos de caso.

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Anexo 1 – Tabela de Alíquotas de ICMS

DESTINO

UF AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO

OR

IGEM

AC 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

AL 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

AM 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

AP 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

BA 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

CE 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

DF 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

ES 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

GO 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

MA 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

MG 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 18% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 12% 12% 7% 7% 7% 12% 12% 7% 12% 7%

MS 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

MT 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

PA 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

PB 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

PE 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

PI 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

PR 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 12% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 18% 12% 7% 7% 7% 12% 12% 7% 12% 7%

RJ 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 13% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 13% 19% 8% 8% 8% 13% 13% 8% 13% 8%

RN 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

RO 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12%

RR 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12%

RS 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 12% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 12% 12% 7% 7% 7% 17% 12% 7% 12% 7%

SC 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 12% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 12% 12% 7% 7% 7% 12% 17% 7% 12% 7%

SE 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17% 12% 12%

SP 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 12% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 12% 12% 7% 7% 7% 12% 12% 7% 18% 7%

TO 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 17%

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157

Anexo 2 – Desenvolvimento do Modelo

No presente anexo, para uma melhor compreensão do modelo desenvolvido,

serão abordadas as principais considerações conceituais e de modelagem admitidas.

Dada a modelagem de Montebeller (2009) e a consideração de fábricas

distintas, o desenvolvimento conceitual do modelo proposto agrega uma consideração

do LEC para múltiplas fontes de fornecimento; assim, sua formulação passa a ser:

Onde:

Lote Econômico de Compra do produto para o armazém , através do

suprimento via fábrica .

A variável é incorporada aos cálculos do estoque médio e do número de re-

suprimentos:

Onde:

Estoque Médio do produto no o armazém ; e

Número de Re-suprimentos do produto para o armazém , através da

fábrica .

A restrição (4.7) que garante a exclusividade de suprimento, ou seja, evita-se a

ocorrência de order splitting. Dessa maneira, é assegurado que, dentre todas as

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158

possíveis combinações de suprimentos possíveis, somente uma ocorrerá e, por

conseguinte, as premissas originais do LEC se mantêm inalteradas.

Assim como em Montebeller (2009), os custos de manutenção de estoques de

ciclo e de colocação de pedidos foram calculados a partir do LEC. Portanto, o

passa a ser formulado como se segue:

Onde, a primeira parcela da somatória é relativa ao custo de manutenção de estoques de

ciclo e a segunda, ao custo de colocação de pedidos. A partir da substituição da

formulação do LEC apresentada anteriormente, tem-se:

Em seguida, realiza-se uma fatoração e simplificação da expressão e se obtém:

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159

Finalmente, após a racionalização do denominador da expressão anterior,

alcança-se a expressão final da componente .

Assim como no estoque de ciclo, a consideração de fábricas distintas implica

em complexidades adicionais no cálculo dos estoques de segurança, pois para cada

possibilidade de re-suprimento, há um estoque de segurança associado, conforme se

pode observar:

Onde:

Estoque de Segurança do produto a ser mantido no armazém , através do

re-suprimento da fábrica .

Todavia, devido à restrição (4.7) e a premissa que desconsidera a correlação

entre a demanda de dois produtos distintos, faz-se possível suprimir tais dificuldades e

garantir que, para um determinado produto, apenas um estoque de segurança será

mantido em cada armazém.

A possibilidade de distribuição direta foi incorporada ao modelo referencial a

partir da inclusão da variável A partir dessa modelagem e o acréscimo da

restrição (4.5), foi possível manter a formulação original relativa aos custos de

manutenção de estoques proposta por Montebeller (2009).

Cabe destacar que cada fluxo material foi calculado como no modelo referencial,

ou seja, a partir da multiplicação da proporção de atendimento da demanda de um

mercado – variáveis: e – por sua respectiva demanda ( . Tais valores

subsidiam os cálculos dos custos de transporte e tributários.

Conforme colocado anteriormente, para a incorporação dos aspectos tributários

relativos ao ICMS, fez-se necessário acrescer os seguintes parâmetros:

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160

, e , referentes às alíquotas aplicadas a cada fluxo;

, pertinente aos créditos acumulados a priori pela rede;

e , necessários para a valoração dos créditos e débitos de ICMS da rede;

Finalmente, com o acréscimo do parâmetro , foi possível adicionar a

restrição (4.6), que possibilita modelo em questão a ser classificado como capacitado.

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161

Anexo 3 – Código para a Otimização Escrito na Linguagem do Software AIMMS 3.11

MAIN MODEL Main_Dissertacao

SECTION Importacao

DECLARATION SECTION IN_DB

DATABASE TABLE:

identifier : IN_CEN

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "Cenario_Atual"

mapping : "Cenario" --> cen,

"Descricao" --> Cen_Descricao_Cenario(cen),

"id_grupo" --> Cen_id_grupo(cen),

"id_tipo_mercado" --> Cen_id_tipo_mercado(cen),

"id_produto" --> Cen_id_produto(cen),

"data" --> Cen_data( cen ) ;

DATABASE TABLE:

identifier : IN_CD

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "IN_cd"

mapping : "id_cd" --> Armazem,

"descricao" --> Armazem_Descricao ;

DATABASE TABLE:

identifier : IN_Fabrica

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "IN_plantas"

mapping : "id_planta" --> Fabrica,

"descricao" --> Fabrica_Descricao,

"Credito_Fab" --> Credito_Fab ;

DATABASE TABLE:

identifier : IN_Mercado

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "IN_mercado"

mapping : "id_mercado" --> Mercado,

"descricao" --> Mercado_Descricao ;

DATABASE TABLE:

identifier : IN_Produto

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "IN_produto"

mapping : "id_produto" --> Produto,

"descricao" --> Produto_Descricao,

"Preco US$/ton" --> Preco ;

DATABASE TABLE:

identifier : IN_CD_x_Mercado_x_Produto

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "IN_cd_x_mercado_x_produto"

mapping : "id_cd" --> CD,

"id_mercado" --> MERC,

"id_produto" --> PRD,

"CustoUnitTransp" --> CustoUnitTransp,

"ICMS" --> ICMS_CD_Mercado ;

DATABASE TABLE:

identifier : IN_CD_x_Produto

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "IN_cd_x_produto"

mapping : "id_cd" --> CD,

"id_produto" --> PRD,

"CustoManutEstoque" --> CustoManutEstoque,

"NiveldeServico" --> NiveldeServico ;

DATABASE TABLE:

identifier : IN_Mercado_x_Produto

data source : "BD_Dissertacao"

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162

table name : "IN_mercado_x_produto"

mapping : "id_mercado" --> MERC,

"id_produto" --> PRD,

"Demanda" --> Demanda,

"DesvPadDemanda" --> DesvPadDemanda ;

DATABASE TABLE:

identifier : IN_Planta_x_CD_x_Produto

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "IN_planta_x_cd_x_produto"

mapping : "id_planta" --> FAB,

"id_cd" --> CD,

"id_produto" --> PRD,

"CustoColocPedido" --> CustoColocPedido,

"LT" --> LT,

"DesvPadLT" --> DesvPadLT,

"CustoUnitTransp_Ressup" --> CustoUnitTransp_Ressup,

"ICMS" --> ICMS_Fab_CD ;

DATABASE TABLE:

identifier : IN_Planta_x_Mercado_x_Produto

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "IN_planta_x_mercado_x_produto"

mapping : "id_planta" --> FAB,

"id_mercado" --> MERC,

"id_produto" --> PRD,

"CustoUnitTransp_fab" --> CustoUnitTransp_fab,

"ICMS" --> ICMS_Fab_Mercado ;

DATABASE TABLE:

identifier : IN_Planta_x_Produto

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "IN_planta_x_produto"

mapping : "id_planta" --> FAB,

"id_produto" --> PRD,

"CapFab" --> CapFab,

"CPV" --> CPV ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : Importar

body :

empty IN_Cenario;

empty Otimizacao;

!Importa os dados do problema do BD Access

read from table IN_CEN;

read from table IN_CD;

read from table IN_Fabrica;

read from table IN_Mercado;

read from table IN_Produto;

read from table IN_CD_x_Mercado_x_Produto;

read from table IN_CD_x_Produto;

read from table IN_Mercado_x_Produto;

read from table IN_Planta_x_CD_x_Produto;

read from table IN_Planta_x_Mercado_x_Produto;

read from table IN_Planta_x_Produto;

!Atribui o valor 100 ao Parâmetro CustoColocPedido(FAB, CD, PRD)

CustoColocPedido(FAB, CD, PRD):=100;

!Atribui o valor "0" ao Parâmetro Correlacao(MERC, MERC1, PRD)

Correlacao(MERC, MERC1, PRD):=0;

!Ajuste de parâmetros

!Capacidade diária das fábricas

CapFab(FAB, PRD):=CapFab(FAB, PRD) / 360;

!Créditos de ICMS

Credito_Fab(FAB):=Credito_Fab(FAB) / 90;

!Credito_Fab(FAB):=Credito_Fab(FAB) * 1.05;

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163

!Demanda diária

Demanda(MERC, PRD):=Demanda(MERC, PRD) / 90;

!Desvio padrão da Demanda diária

DesvPadDemanda(MERC, PRD):=DesvPadDemanda(MERC, PRD) / 90;

! LT

LT(FAB, CD, PRD):=LT(FAB, CD, PRD)/24

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION Importacao ;

SECTION Exportacao

PROCEDURE

identifier : Limpar

body :

! Limpa do BD Access, os cenários registrados

empty OUT_CEN;

empty OUT_FO;

empty OUT_Fluxos_CD_MERC;

empty OUT_Fluxos_FAB_CD;

empty OUT_Fluxos_FAB_MERC;

empty OUT_PosOtimizacao_CD;

empty OUT_PosOtimizacao_FAB;

empty OUT_PosOtimizacao_FAB_CD;

empty OUT_W;

empty OUT_Wfab;

empty OUT_Y;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : Exportar

body :

!Registra informações do Cenário

Write Cen_Descricao_Cenario( cen ) to table OUT_CEN in merge mode;

Write Cen_id_grupo( cen ) to table OUT_CEN in merge mode;

Write Cen_id_tipo_mercado( cen ) to table OUT_CEN in merge mode;

Write Cen_id_produto( cen ) to table OUT_CEN in merge mode;

Write Cen_data( cen ) to table OUT_CEN in merge mode;

Write Cen_Observacao( cen ) to table OUT_CEN in merge mode;

!Registra componentes da Função Objetivo

Write Cen_Custo_Total(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_Custo_Transp(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_Custo_Ressup(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_Custo_Dist(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_Custo_Dist_Fab(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_Custo_Dist_CD(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_Custo_ECCP(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_Custo_ES(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_Custo_ICMS(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_CustoTotal_sem_ICMS(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_Custo_Estoque(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_CustoTotal_sem_Estoques(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_CustoTotal_sem_DistDireta(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_CustoTotal_com_NumeroArmazens(cen) to table OUT_FO in merge mode;

Write Cen_CustoTotal_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens(cen) to table OUT_FO in

merge mode;

!!Registra Fluxos

Write Cen_Fluxo_CD_Mercado(cen, CD, MERC, PRD) to table OUT_Fluxos_CD_MERC in

merge mode;

Write Cen_Fluxo_Fab_CD(cen, FAB, CD, PRD) to table OUT_Fluxos_FAB_CD in merge

mode;

Write Cen_Fluxo_Fab_Mercado(cen, FAB, MERC, PRD) to table OUT_Fluxos_FAB_MERC in

merge mode;

!

!!Registra Parâmetros Pós-Otimização

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164

!!Pós Otimização CD

Write Cen_Demanda_Agreg_CD(cen, CD, PRD) to table OUT_PosOtimizacao_CD in merge

mode;

Write Cen_Variancia_Agreg_CD(cen, CD, PRD) to table OUT_PosOtimizacao_CD in

merge mode;

Write Cen_EC(cen, CD, PRD) to table OUT_PosOtimizacao_CD in merge mode;

!Write Cen_LEC(cen, FAB, CD, PRD) to table OUT_PosOtimizacao_CD in merge mode;

!

!Pós Otimização FAB

Write Cen_Demanda_Agreg_Fabrica(cen, FAB, PRD) to table OUT_PosOtimizacao_FAB in

merge mode;

!Pós Otimização FAB CD

!Write Cen_DesvPad_Dem_Agreg_LT_CD(cen, FAB, CD, PRD) to table

OUT_PosOtimizacao_FAB_CD in merge mode;

!Write Cen_LEC(cen, FAB, CD, PRD) to table OUT_PosOtimizacao_FAB_CD in merge

mode;

!OUT_W

Write Cen_W(cen, MERC, CD, PRD) to table OUT_W in merge mode;

!Write Cen_Demanda_Agreg_CD(cen, CD, PRD) to table OUT_W in merge mode;

!OUT_Wfab

Write Cen_Wfab(cen, MERC, FAB, PRD) to table OUT_Wfab in merge mode;

!OUT_Y

Write Cen_Y(cen, FAB, CD, PRD) to table OUT_Y in merge mode;

ENDPROCEDURE ;

DECLARATION SECTION OUT_DB

DATABASE TABLE:

identifier : OUT_CEN

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "Cenarios"

mapping : "Cenario" --> cen,

"Descricao" --> Cen_Descricao_Cenario( cen ),

"id_grupo" --> Cen_id_grupo( cen ),

"id_tipo_mercado" --> Cen_id_tipo_mercado( cen ),

"id_produto" --> Cen_id_produto( cen ),

"data" --> Cen_data( cen ),

"observacao" --> Cen_Observacao( cen ) ;

DATABASE TABLE:

identifier : OUT_FO

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "OUT_FO"

mapping : "cen" --> cen,

"Custo Total" -->

Cen_Custo_Total,

"CT Transporte" -->

Cen_Custo_Transp,

"CT Ressup" -->

Cen_Custo_Ressup,

"CT Distribuicao" -->

Cen_Custo_Dist,

"CT Distribuicao FAB" -->

Cen_Custo_Dist_Fab,

"CT Distribuicao CD" -->

Cen_Custo_Dist_CD,

"CT ECCP" -->

Cen_Custo_ECCP,

"CT ES" -->

Cen_Custo_ES,

"CT ICMS" -->

Cen_Custo_ICMS,

"CT sem ICMS" -->

Cen_CustoTotal_sem_ICMS,

"CT sem Estoques" -->

Cen_CustoTotal_sem_Estoques,

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165

"CT sem DistDireta" -->

Cen_CustoTotal_sem_DistDireta,

"CT com Número de Armazens" -->

Cen_CustoTotal_com_NumeroArmazens,

"CT sem Distribuição Direta com Número de Armazens" -->

Cen_CustoTotal_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens,

"CT Estoque" -->

Cen_Custo_Estoque ;

DATABASE TABLE:

identifier : OUT_Fluxos_CD_MERC

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "OUT_Fluxos_CD_MERC"

mapping : "cen" --> cen,

"id_cd" --> CD,

"id_mercado" --> MERC,

"id_produto" --> PRD,

"Fluxo_CD_MERC" --> Cen_Fluxo_CD_Mercado ;

DATABASE TABLE:

identifier : OUT_Fluxos_FAB_CD

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "OUT_Fluxos_FAB_CD"

mapping : "cen" --> cen,

"id_planta" --> FAB,

"id_cd" --> CD,

"id_produto" --> PRD,

"Fluxo_Planta_CD" --> Cen_Fluxo_Fab_CD ;

DATABASE TABLE:

identifier : OUT_Fluxos_FAB_MERC

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "OUT_Fluxos_FAB_MERC"

mapping : "cen" --> cen,

"id_planta" --> FAB,

"id_mercado" --> MERC,

"id_produto" --> PRD,

"Fluxo_Planta_MERC" --> Cen_Fluxo_Fab_Mercado ;

DATABASE TABLE:

identifier : OUT_PosOtimizacao_CD

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "OUT_PosOtimizacao_CD"

mapping : "cen" --> cen,

"id_cd" --> CD,

"id_produto" --> PRD,

"Dem_Agregada_CD" --> Cen_Demanda_Agreg_CD,

"Variancia_Dem_Agregada_CD" --> Cen_Variancia_Agreg_CD,

"Estoque de Ciclo" --> Cen_EC,

"LEC" --> Cen_LEC ;

DATABASE TABLE:

identifier : OUT_PosOtimizacao_FAB_CD

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "OUT_PosOtimizacao_FAB_CD"

mapping : "cen" --> cen,

"id_planta" --> FAB,

"id_produto" --> PRD,

"DesvPad_Demanda_Agreg_LT" --> Cen_DesvPad_Dem_Agreg_LT_CD,

"LEC" --> Cen_LEC ;

DATABASE TABLE:

identifier : OUT_PosOtimizacao_FAB

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "OUT_PosOtimizacao_FAB"

mapping : "cen" --> cen,

"id_planta" --> FAB,

"id_produto" --> PRD,

"Demanda_Agregada" --> Cen_Demanda_Agreg_Fabrica ;

DATABASE TABLE:

identifier : OUT_W

data source : "BD_Dissertacao"

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166

table name : "OUT_W"

mapping : "cen" --> cen,

"id_mercado" --> MERC,

"id_cd" --> CD,

"id_produto" --> PRD,

"W" --> Cen_W,

"Demanda_Agregada" --> Cen_Demanda_Agreg_CD ;

DATABASE TABLE:

identifier : OUT_Wfab

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "OUT_Wfab"

mapping : "cen" --> cen,

"id_planta" --> FAB,

"id_mercado" --> MERC,

"id_produto" --> PRD,

"Wfab" --> Cen_Wfab ;

DATABASE TABLE:

identifier : OUT_Y

data source : "BD_Dissertacao"

table name : "OUT_Y"

mapping : "cen" --> cen,

"id_planta" --> FAB,

"id_cd" --> CD,

"id_produto" --> PRD,

"Y" --> Cen_Y ;

ENDSECTION ;

ENDSECTION Exportacao ;

SECTION Cenarios

DECLARATION SECTION IN_Cenario

SET:

identifier : Cenario

text : "Cenário"

index : cen ;

STRING PARAMETER:

identifier : Cen_Descricao_Cenario

index domain : (cen)

text : "Descrição" ;

STRING PARAMETER:

identifier : Cen_data

index domain : (cen) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_id_grupo

index domain : (cen) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_id_tipo_mercado

index domain : (cen) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_id_produto

index domain : (cen) ;

ELEMENT PARAMETER:

identifier : FO1

range : FOs ;

ENDSECTION ;

SECTION Registro

DECLARATION SECTION Cen_

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167

ELEMENT PARAMETER:

identifier : Cen_Observacao

index domain : (cen)

text : "Observação"

range : FOs ;

STRING PARAMETER:

identifier : Cen_CasoAbrir ;

STRING PARAMETER:

identifier : Cen_CasoSalvar

definition : !formatstring("%s",Cen_Descricao_Cenario(first(cenario)),)

!FormatString("%e --- %e --- %s --- %s",First(cen),

Cen_Observacao(First(Cenario)),Cen_Descricao_Cenario(First(Cenario)),Cen_data(First(Cena

rio)))

!FormatString("%e --- %e --- %s",First(cen),

Cen_Observacao(First(Cenario)),Cen_Descricao_Cenario(First(Cenario)))

FormatString("%e --- %e",First(cen),

Cen_Observacao(First(Cenario))) ;

SET:

identifier : FOs

subset of : AllVariables

definition : data

{ CustoTotal ,

CustoTotal_sem_ICMS ,

CustoTotal_sem_Estoques ,

CustoTotal_sem_DistDireta ,

CustoTotal_com_NumeroArmazens ,

CustoTotal_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens } ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Cen_Variaveis

PARAMETER:

identifier : Cen_Y

index domain : (cen,FAB,CD,PRD)

range : binary ;

PARAMETER:

identifier : Cen_W

index domain : (cen,MERC,CD,PRD)

range : [0, 1] ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Wfab

index domain : (cen,MERC,FAB,PRD)

range : [0, 1] ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Cen_Parametros_Pos_Otimizacao

PARAMETER:

identifier : Cen_Demanda_Agreg_Fabrica

index domain : (cen,FAB,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Demanda_Agreg_CD

index domain : (cen,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Variancia_Agreg_CD

index domain : (cen,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_DesvPad_Dem_Agreg_LT_CD

index domain : (cen,FAB,CD,PRD) ;

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PARAMETER:

identifier : Cen_ES

index domain : (cen,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_LEC

index domain : (cen,FAB,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_EC

index domain : (cen,CD,PRD) ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Cen_Fluxos

PARAMETER:

identifier : Cen_Fluxo_Fab_CD

index domain : (cen,FAB,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Fluxo_Fab_Mercado

index domain : (cen,FAB,MERC,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Fluxo_CD_Mercado

index domain : (cen,CD,MERC,PRD) ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Cen_FO

PARAMETER:

identifier : Cen_Custo_Ressup

index domain : (cen)

text : "Custo de Ressup." ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Custo_Dist

index domain : (cen)

text : "Custo de Dist." ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Custo_Dist_CD

index domain : (cen) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Custo_Dist_Fab

index domain : (cen) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Custo_ES

index domain : (cen)

text : "Custo de ES" ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Custo_Transp

index domain : (cen)

text : "Custo de Transporte" ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Custo_Estoque

index domain : (cen) ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Custo_ECCP

index domain : (cen)

text : "Custo de ECCP" ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Custo_ICMS

index domain : (cen)

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169

text : "Custo de ICMS" ;

PARAMETER:

identifier : Cen_Custo_Total

index domain : cen

text : "Custo Total"

range : free ;

PARAMETER:

identifier : Cen_CustoTotal_sem_ICMS

index domain : (cen)

text : "Custo Total sem ICMS" ;

PARAMETER:

identifier : Cen_CustoTotal_sem_Estoques

index domain : (cen)

text : "Custo Total sem Estoques" ;

PARAMETER:

identifier : Cen_CustoTotal_sem_DistDireta

index domain : (cen)

text : "Custo Total sem Estoques" ;

PARAMETER:

identifier : Cen_CustoTotal_com_NumeroArmazens

index domain : (cen)

text : "Custo Total sem Estoques" ;

PARAMETER:

identifier : Cen_CustoTotal_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens

index domain : (cen)

text : "Custo Total sem Estoques" ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : Registrar

body :

empty Registro;

! Registra as Variáveis da Otimização

Cen_Y(cen, FAB, CD, PRD):=Y(FAB, CD, PRD);

Cen_W(cen, MERC, CD, PRD):=W(MERC, CD, PRD);

Cen_Wfab(cen, MERC, FAB, PRD):=Wfab(MERC, FAB, PRD);

! Registra os Parâmetros Pós-Otimização

!

Cen_Demanda_Agreg_Fabrica(cen, FAB, PRD):=sum [ MERC , Wfab(MERC, FAB, PRD) *

Demanda(MERC, PRD)];

Cen_Demanda_Agreg_CD(cen, CD, PRD):= sum[ MERC, W(MERC, CD, PRD) *

Demanda(MERC, PRD)];

Cen_Variancia_Agreg_CD(cen, CD, PRD):= sum[ MERC, (W(MERC, CD, PRD)^2) *

(DesvPadDemanda(MERC, PRD)^2) ]

+ 2 * sum[ MERC, sum [ MERC1 | MERC1>MERC, W(MERC, CD, PRD) * W(MERC1, CD,

PRD) * Correlacao(MERC, MERC1, PRD) * DesvPadDemanda(MERC, PRD) * DesvPadDemanda(MERC1,

PRD) ] ];

Cen_DesvPad_Dem_Agreg_LT_CD(cen, FAB, CD, PRD):=Y(FAB, CD, PRD) * sqrt(LT(FAB,

CD, PRD) * sum[MERC, (W(MERC, CD, PRD)^2) * (DesvPadDemanda(MERC, PRD)^2) ]

+ LT(FAB, CD, PRD) * 2 * sum[MERC, sum [MERC1 | MERC1>MERC, W(MERC, CD, PRD) *

W(MERC1, CD, PRD) * Correlacao(MERC, MERC1, PRD) * DesvPadDemanda(MERC, PRD) *

DesvPadDemanda(MERC1, PRD) ] ]

+ (DesvPadLT(FAB, CD, PRD)^2)*(sum[MERC, W(MERC, CD, PRD)*Demanda(MERC, PRD)

]^2 ) ) ;

Cen_ES(cen, CD, PRD) := sum[ FAB, Y(FAB, CD, PRD) * NiveldeServico(CD,PRD) *

sqrt(LT(FAB, CD, PRD) * sum[MERC, (W(MERC, CD, PRD)^2) * (DesvPadDemanda(MERC, PRD)^2) ]

+ LT(FAB, CD, PRD) * 2 * sum[MERC, sum [MERC1 | MERC1>MERC, W(MERC, CD, PRD) *

W(MERC1, CD, PRD) * Correlacao(MERC, MERC1, PRD) * DesvPadDemanda(MERC, PRD) *

DesvPadDemanda(MERC1, PRD) ] ]

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170

+ (DesvPadLT(FAB, CD, PRD)^2)*(sum[MERC, W(MERC, CD, PRD)*Demanda(MERC, PRD)

]^2 ) ) ];

Cen_LEC(cen, FAB, CD, PRD):= Y(FAB, CD, PRD) * sqrt(2 * CustoColocPedido(FAB,

CD, PRD) * sum[MERC, W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] / CustoManutEstoque(CD,

PRD)) ;

Cen_EC(cen, CD, PRD):= sum[ FAB, Cen_LEC(cen,FAB,CD,PRD) / 2];

! Registra os Fluxos

Cen_Fluxo_Fab_CD(cen, FAB, CD, PRD):= sum [ MERC, Y(FAB, CD, PRD) * W(MERC,

CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD)];

Cen_Fluxo_Fab_Mercado(cen, FAB, MERC, PRD):= Wfab(MERC, FAB, PRD) *

Demanda(MERC, PRD);

Cen_Fluxo_CD_Mercado(cen, CD, MERC, PRD) := W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC,

PRD);

! Registra a FO e as componentes de Custo

Cen_Custo_Ressup(cen):=sum[(PRD,CD,FAB,MERC), Y(FAB, CD, PRD) *

CustoUnitTransp_Ressup(FAB,CD,PRD) * W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ];

Cen_Custo_Dist_Fab(cen):=sum[(PRD,FAB,MERC), CustoUnitTransp_fab(MERC, FAB,

PRD) * Wfab(MERC, FAB, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ];

Cen_Custo_Dist_CD(cen):= sum[(PRD,CD,MERC), CustoUnitTransp(MERC, CD, PRD) *

W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ];

Cen_Custo_Dist(cen):= Cen_Custo_Dist_Fab(cen) + Cen_Custo_Dist_CD(cen);

Cen_Custo_Transp(cen):=Cen_Custo_Ressup(cen) + Cen_Custo_Dist(cen);

Cen_Custo_ECCP(cen):=sum[PRD, sum[CD, sum [FAB, Y(FAB, CD, PRD) * sqrt(2 *

CustoColocPedido(FAB, CD, PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) * sum[MERC, W(MERC, CD, PRD)

* Demanda(MERC, PRD) ] ) ] ] ];

Cen_Custo_ES(cen):=sum[PRD, sum [CD, sum[FAB, Y(FAB, CD, PRD) *

NiveldeServico(CD,PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) *

sqrt(LT(FAB, CD, PRD) * sum[MERC, (W(MERC, CD, PRD)^2) * (DesvPadDemanda(MERC,

PRD)^2) ]

+ LT(FAB, CD, PRD) * 2 * sum[MERC, sum [MERC1 | MERC1>MERC, W(MERC, CD, PRD) *

W(MERC1, CD, PRD) * Correlacao(MERC, MERC1, PRD) * DesvPadDemanda(MERC, PRD) *

DesvPadDemanda(MERC1, PRD) ] ]

+ (DesvPadLT(FAB, CD, PRD)^2)*(sum[MERC, W(MERC, CD, PRD)*Demanda(MERC, PRD)

]^2 ) ) ] ] ];

Cen_Custo_Estoque(cen):=Cen_Custo_ECCP(cen) + Cen_Custo_ES(cen);

Cen_Custo_ICMS(cen):= (

!Fluxos Fab - Mercados

sum[(PRD,FAB,MERC) , Wfab(MERC, FAB, PRD) * Demanda(MERC, PRD) * Preco(PRD) *

ICMS_Fab_Mercado(MERC, FAB)]

!

!Fluxos CDs - Mercados

+ sum[(PRD,CD,MERC) , W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) * Preco(PRD) *

ICMS_CD_Mercado(MERC, CD)] )

!

!Créditos de ICMS:

!Fluxos Fab-CDs

- (

! Créditos Acumulados pelas Fábricas

sum[ FAB, Credito_Fab(FAB)] );

Cen_Custo_Total(cen):=CustoTotal;

Cen_CustoTotal_sem_ICMS(cen):=CustoTotal_sem_ICMS;

Cen_CustoTotal_sem_Estoques(cen):=CustoTotal_sem_Estoques;

Cen_CustoTotal_sem_DistDireta(cen):=CustoTotal_sem_DistDireta;

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171

Cen_CustoTotal_com_NumeroArmazens(cen):=CustoTotal;

Cen_CustoTotal_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens(cen):=CustoTotal_sem_DistDireta_com_Num

eroArmazens;

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION Registro ;

PROCEDURE

identifier : Cen_Abrir_caso

body :

CaseReadFromSingleFile("28 --- CustoTotal_com_NumeroArmazens")

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : Cen_Salvar_Caso

body :

CaseWriteToSingleFile(Cen_CasoSalvar)

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION Cenarios ;

SECTION Simulacao_

DECLARATION SECTION Simulacao__Conjuntos

SET:

identifier : Analises

index : a

definition : !data{Analise00001..Analise10000}

;

ELEMENT PARAMETER:

identifier : EstaAnalise

range : Analises ;

SET:

identifier : Result_Analises

index : ra ;

ELEMENT PARAMETER:

identifier : Result_EstaAnalise

range : Result_Analises ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Simulacao__Parametros

PARAMETER:

identifier : Simulacao_CustoColocPedido

index domain : (a,CD) ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_CustoManutEstoque

index domain : (a,CD) ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_Demanda

index domain : (a,MERC) ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_Correlacao

index domain : (a,MERC,MERC1)

text : "Correlação entre as demandas médias dos mercados i e l" ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_LT

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172

index domain : (a,CD)

text : "Lead Time de Ressuprimento do armazém j" ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_DesvPadDemanda

index domain : (a,MERC)

text : "Desvio Padrão da Demanda do mercado i" ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_DesvPadLT

index domain : (a,CD)

text : "Desvio Padrão do Lead de Ressuprimento do Armazém j" ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_NiveldeServico

index domain : (a,CD)

text : "Nível de Serviço do Armazém j" ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_CustoUnitTransp

index domain : (a,MERC,CD)

text : "Custo Unitário de Distribuição" ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_CustoUnitTransp_fab

index domain : (a,MERC,FAB)

text : "Custo Unitário de Distribuição" ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_CustoRessuprimento

index domain : (a)

text : "Custo Unitário e Diário de Ressuprimento" ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Simulacao__Resultados

PARAMETER:

identifier : Simulacao_Result_W

index domain : (ra,MERC,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_Result_Wfab

index domain : (ra,MERC,FAB,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_Result_Y

index domain : (ra,FAB,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_Result_CustoTotal

index domain : (ra) ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_Result_CustoEstoqueCiclo

index domain : (ra) ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_Result_CustoEstoqueSeg

index domain : (ra) ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_Result_CustoTransporte

index domain : (ra) ;

PARAMETER:

identifier : Simulacao_Result_CustoICMS

index domain : (ra) ;

STRING PARAMETER:

identifier : Simulacao_SituaAnaliseLoop

index domain : (ra) ;

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173

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION DeclarationLoopOtim

SET:

identifier : LoopsOtim

index : o ;

ELEMENT PARAMETER:

identifier : EsteLoop

range : LoopsOtim ;

ELEMENT PARAMETER:

identifier : LoopMin

range : LoopsOtim ;

STRING PARAMETER:

identifier : NomeLoop ;

PARAMETER:

identifier : ContOtim ;

PARAMETER:

identifier : ContOtimMax

definition : 1 ;

PARAMETER:

identifier : WLoop

index domain : (o,MERC,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : WfabLoop

index domain : (o,MERC,FAB,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : YLoop

index domain : (o,FAB,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : DemandaAgregLoop

index domain : (o,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : VarDemandaAgregLoop

index domain : (o,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : DesvPadDemLTAgregLoop

index domain : (o,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : LecLoop

index domain : (o,CD,PRD) ;

STRING PARAMETER:

identifier : SituaAnaliseLoop

index domain : (o) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotTranspLoop

index domain : (o) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotEstCicloLoop

index domain : (o) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotEstSegLoop

index domain : (o) ;

PARAMETER:

identifier : CustoTotLoop

index domain : (o) ;

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174

PARAMETER:

identifier : CustoICMSLoop

index domain : (o) ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Auxiliar

PARAMETER:

identifier : Contador ;

STRING PARAMETER:

identifier : CasoSalvar ;

STRING PARAMETER:

identifier : CasoAbrir

definition : "Caso 10000 LGO" ;

STRING PARAMETER:

identifier : Mensagem ;

STRING PARAMETER:

identifier : Iterac ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : Simulacao

body :

run Abrir_caso;

Contador:=1;

While (Contador <= 10000) do

empty CustoRessuprimento(FAB,PRD);

empty CustoColocPedido(FAB,CD,PRD);

empty CustoManutEstoque(CD,PRD);

empty LT(FAB,CD,PRD);

empty DesvPadLT(FAB,CD,PRD);

empty NiveldeServico(CD,PRD);

empty CustoUnitTransp(MERC,CD,PRD);

empty Demanda(MERC,PRD);

empty DesvPadDemanda(MERC,PRD);

empty Correlacao(MERC,MERC1,PRD);

empty W(MERC,CD,PRD);

empty Wfab(MERC, FAB, PRD);

empty Y(FAB,CD,PRD);

empty CustoTotal_MIP;

empty CustoTotal;

! Mostra, na barra de status, qual a iteração está sendo rodada

Mensagem:=formatstring("Iteração Numero %n", Contador);

statusmessage(Mensagem);

! Da nome a iteracao da simulacao

if (Contador<10) then

Iterac:=FormatString("Analise0000%i", Contador);

elseif ((Contador>=10) and (Contador<100)) then

Iterac:=FormatString("Analise000%i", Contador);

elseif ((Contador>=100) and (Contador<1000)) then

Iterac:=FormatString("Analise00%i", Contador);

elseif ((Contador>=1000) and (Contador<10000)) then

Iterac:=FormatString("Analise0%i", Contador);

else

Iterac:=FormatString("Analise%i", Contador);

endif;

! Cria o elemento correspondente a iteracao da simulacao

EstaAnalise:=StringToElement(Analises, Iterac);

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175

! Registrto dos dados de entrada

! Registra o fator de serviço de pedidos de cada armazem

NiveldeServico(CD,PRD):=Simulacao_NiveldeServico(EstaAnalise,CD);

! Registra o custo de colocacao de pedidos de cada armazem

CustoColocPedido(FAB,CD,PRD):=Simulacao_CustoColocPedido(EstaAnalise,CD);

! Registra o custo unitario de manutencao de estoques de cada armazem

CustoManutEstoque(CD,PRD):=Simulacao_CustoManutEstoque(EstaAnalise,CD);

! Registra o LT de ressuprimento de cada armazem

LT(FAB,CD,PRD):=Simulacao_LT(EstaAnalise,CD);

! Registra o desvio padrao do LT de ressuprimento de cada armazem

DesvPadLT(FAB,CD,PRD):=Simulacao_DesvPadLT(EstaAnalise,CD);

! Registra o custo diário de ressuprimento

CustoRessuprimento(FAB,PRD):=Simulacao_CustoRessuprimento(EstaAnalise);

! Registra o custo de transporte da fábrica para o CD

CustoUnitTransp_Ressup(FAB, CD,

PRD):=LT(FAB,CD,PRD)*CustoRessuprimento(FAB,PRD);

! Registra todos os custos unitarios de transporte utilizados na

iteracao

CustoUnitTransp(MERC,CD,PRD):=Simulacao_CustoUnitTransp(EstaAnalise,

MERC,CD);

! Registra todos os custos unitarios de transporte da fábrica para o

mercado

CustoUnitTransp_fab(MERC, FAB,

PRD):=Simulacao_CustoUnitTransp_fab(EstaAnalise, MERC, FAB);

! Registra todas as demandas utilizadas na iteracao

Demanda(MERC,PRD):=Simulacao_Demanda(EstaAnalise,MERC);

! Registra o desvio padrao da demanda de cada mercado

DesvPadDemanda(MERC,PRD):=Simulacao_DesvPadDemanda(EstaAnalise,MERC);

! Registra a correlacao entre as demandas dos mercados

Correlacao(MERC,MERC1,PRD):=Simulacao_Correlacao(EstaAnalise,MERC,MERC1);

run Atribui_ICMS;

!Fim do Registro dos Parâmetros da Iteração

ContOtim:=1;

! Ininicializa a varivel

if (ContOtim=1) then

empty W(MERC,CD,PRD);

empty Wfab(MERC, FAB, PRD);

endif;

empty CustoTotal;

! Realiza a otimizacao

!MinCustoTotPlan.CallbackAOA:='AOAVazia';

!solve Minimizar_MIP;

!solve Minimizar_RMINLP;

Minimizar.CallbackAOA:='OuterApprox::BasicAlgorithm';

OuterApprox::IterationMax:=10;

solve Minimizar;

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176

! Da nome a iteracao da simulacao

NomeLoop:=FormatString("Loop%i", ContOtim);

! Cria o elemento correspondente a iteracao da simulacao

EsteLoop:=StringToElement(LoopsOtim, NomeLoop);

if (not EsteLoop) then !Se o elemento nao existe, o cria

SetElementAdd(LoopsOtim, EsteLoop, NomeLoop);

endif;

! Registro das variveis do Loop

!Registra o Status da Solucao Encontrada

switch Minimizar.ProgramStatus do

'Optimal':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Solved: Optimal";

'LocallyOptimal':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Solved:

LocallyOptimal";

'Unbounded':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Infeasible:

Unbounded";

'Infeasible':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Infeasible:

Infeasible";

'IntegerInfeasible':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Infeasible:

IntegerInfeasible";

'LocallyInfeasible':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Infeasible:

LocallyInfeasible";

'IntermediateInfeasible':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Interrupted:

IntermediateInfeasible";

'IntermediateNonInteger':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Interrupted:

IntermediateNonInteger";

'IntermediateNonOptimal':

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Interrupted:

IntermediateNonOptimal";

default:

SituaAnaliseLoop(EsteLoop):="Not solved";

endswitch;

! Registra a alocacao dos mercados aos armazens

WLoop(Esteloop,MERC,CD,PRD):=W(MERC,CD,PRD);

! Registra a variavel que indica suprimento

YLoop(Esteloop,FAB,CD,PRD):=Y(FAB,CD,PRD);

! Registra a variavel que indica distribuição direta

WfabLoop(Esteloop,MERC,FAB,PRD):=Wfab(MERC, FAB, PRD);

! Registra a demanda agregada da cada armazem

!DemandaAgregLoop(Esteloop,j):=sum[i,Demanda(i)*W(i,j)];

! Registra a variancia da demanda agregada da cada armazem

!VarDemandaAgregLoop(Esteloop,j):= sum[i, (W(i,j)^2) *

(DesvPadDemanda(i)^2) ] + 2 * sum[i, sum [l | l>i, W(i,j) * W(l,j) * Correlacao(i,l) *

DesvPadDemanda(i) * DesvPadDemanda(l) ] ];

! Registra o desvio padrao da demanda agregada durante o LT

!DesvPadDemLTAgregLoop(Esteloop,j):=sqrt(LT(j) * sum[i, (W(i,j)^2) *

(DesvPadDemanda(i)^2) ] + LT(j) * 2 * sum[i, sum [l | l>i, W(i,j) * W(l,j) *

Correlacao(i,l) * DesvPadDemanda(i) * DesvPadDemanda(l) ] ]

!+ (DesvPadLT(j)^2)*(sum[i, W(i,j)*Demanda(i)^2 ] ) );

! Registra o LEC

!LecLoop(Esteloop,j):=sqrt(2*CustoColocPedido(j)*sum(i,W(i,j)*Demanda(i))/CustoColocPedi

do(j));

! Registra o custo total de transporte

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CustoTotTranspLoop(Esteloop):=sum[(PRD,CD,FAB,MERC), Y(FAB, CD, PRD) *

CustoUnitTransp_Ressup(FAB,CD,PRD) * W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

sum[(MERC,CD,PRD), CustoUnitTransp(MERC, CD, PRD) * W(MERC, CD, PRD) *

Demanda(MERC, PRD) ] +

sum[(MERC,FAB,PRD), CustoUnitTransp_fab(MERC, FAB, PRD) * Wfab(MERC,

FAB, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ];

! Registra o Estoque de ciclo

CustoTotEstCicloLoop(Esteloop):=sum[PRD, sum[CD, sum [FAB, Y(FAB, CD,

PRD) * sqrt(2 * CustoColocPedido(FAB, CD, PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) * sum[MERC,

W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] ) ] ] ];

! Registra o Estoque de Seguranca

CustoTotEstSegLoop(Esteloop):=sum[PRD, sum [CD, sum[FAB, Y(FAB, CD, PRD)

* NiveldeServico(CD,PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) *

sqrt(LT(FAB, CD, PRD) * sum[MERC, (W(MERC, CD, PRD)^2) * (DesvPadDemanda(MERC,

PRD)^2) ]

+ LT(FAB, CD, PRD) * 2 * sum[MERC, sum [MERC1 | MERC1>MERC, W(MERC, CD, PRD) *

W(MERC1, CD, PRD) * Correlacao(MERC, MERC1, PRD) * DesvPadDemanda(MERC, PRD) *

DesvPadDemanda(MERC1, PRD) ] ]

+ (DesvPadLT(FAB, CD, PRD)^2)*(sum[MERC, W(MERC, CD, PRD)*Demanda(MERC, PRD) ]^2

) ) ] ] ];

! Registra os custos relativos ao ICMS

CustoICMSLoop(Esteloop):=( ( sum[(MERC,CD,FAB,PRD) ,Y(FAB, CD, PRD) *

W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) * CPV(FAB, PRD) * ICMS_Fab_CD(FAB, CD)]

+ sum[(MERC,FAB,PRD) , Wfab(MERC, FAB, PRD) * Demanda(MERC, PRD) *

Preco(PRD) * ICMS_Fab_Mercado(MERC, FAB)] + sum[(MERC,CD,PRD) , W(MERC, CD, PRD) *

Demanda(MERC, PRD) * Preco(PRD) * ICMS_CD_Mercado(MERC, CD)] )

- ( sum[(MERC,CD,FAB,PRD) ,Y(FAB, CD, PRD) * W(MERC, CD, PRD) *

Demanda(MERC, PRD) * CPV(FAB, PRD) * ICMS_Fab_CD(FAB, CD)]

+ sum[ FAB, Credito_Fab(FAB)] ) );

! Registra o custo total

CustoTotLoop(Esteloop):=CustoTotal;

! Fim do registro das variveis do loop

Result_EstaAnalise:=StringToElement(Result_Analises, Iterac);

if (not Result_EstaAnalise) then !Se o elemento nao existe, o cria

SetElementAdd(Result_Analises, Result_EstaAnalise, Iterac);

endif;

! Registro das variaveis do problema

!Registra o Status da Solucao Encontrada

Simulacao_SituaAnaliseLoop(Result_EstaAnalise):=SituaAnaliseLoop(Esteloop);

! Registra a alocacao dos mercados aos armazens

Simulacao_Result_W(Result_EstaAnalise,MERC,CD,PRD):=WLoop(Esteloop,MERC,CD,PRD);

! Registra a variavel que indica suprimento

Simulacao_Result_Y(Result_EstaAnalise,FAB,CD,PRD):=YLoop(Esteloop,FAB,CD,PRD);

! Registra a variavel que indica distribuição direta

Simulacao_Result_Wfab(Result_EstaAnalise,MERC,FAB,PRD):=WfabLoop(Esteloop,MERC,FAB,PRD);

! Registra o custo total da rede

Simulacao_Result_CustoTotal(Result_EstaAnalise):=CustoTotLoop(Esteloop);

! Registra o custo total de transporte

Simulacao_Result_CustoTransporte(Result_EstaAnalise):=CustoTotTranspLoop(Esteloop);

! Registra o custo total dos estoques de ciclo

Simulacao_Result_CustoEstoqueCiclo(Result_EstaAnalise):=CustoTotEstCicloLoop(Esteloop);

! Registra o custo total dos estoques de seguranca

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Simulacao_Result_CustoEstoqueSeg(Result_EstaAnalise):=CustoTotEstSegLoop(Esteloop);

! Registra os custos relativos ao ICMS

Simulacao_Result_CustoICMS(Result_EstaAnalise):=CustoICMSLoop(Esteloop);

Contador:=Contador+1;

endwhile;

run Salvar_Caso

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : Atribui_ICMS

body :

!Atribui a tarifa de ICMS ao arco Fab - CD

ICMS_Fab_CD('fabrica01','Armazem01'):=0.12;

ICMS_Fab_CD('fabrica01','Armazem02'):=0.12;

ICMS_Fab_CD('fabrica01','Armazem03'):=0.07;

ICMS_Fab_CD('fabrica01','Armazem04'):=0.17;

ICMS_Fab_CD('fabrica01','Armazem05'):=0.12;

!Atribui a tarifa de ICMS ao arco Fab - Mercado

ICMS_Fab_Mercado('Mercado01','fabrica01'):=0.12;

ICMS_Fab_Mercado('Mercado02','fabrica01'):=0.12;

ICMS_Fab_Mercado('Mercado03','fabrica01'):=0.07;

ICMS_Fab_Mercado('Mercado04','fabrica01'):=0.17;

ICMS_Fab_Mercado('Mercado05','fabrica01'):=0.12;

!Atribui a tarifa de ICMS ao arco CD - Mercado

ICMS_CD_Mercado('Mercado01','Armazem01'):=0.17;

ICMS_CD_Mercado('Mercado01','Armazem02'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado01','Armazem03'):=0.07;

ICMS_CD_Mercado('Mercado01','Armazem04'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado01','Armazem05'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado02','Armazem01'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado02','Armazem02'):=0.17;

ICMS_CD_Mercado('Mercado02','Armazem03'):=0.07;

ICMS_CD_Mercado('Mercado02','Armazem04'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado02','Armazem05'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado03','Armazem01'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado03','Armazem02'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado03','Armazem03'):=0.17;

ICMS_CD_Mercado('Mercado03','Armazem04'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado03','Armazem05'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado04','Armazem01'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado04','Armazem02'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado04','Armazem03'):=0.07;

ICMS_CD_Mercado('Mercado04','Armazem04'):=0.17;

ICMS_CD_Mercado('Mercado04','Armazem05'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado05','Armazem01'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado05','Armazem02'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado05','Armazem03'):=0.07;

ICMS_CD_Mercado('Mercado05','Armazem04'):=0.12;

ICMS_CD_Mercado('Mercado05','Armazem05'):=0.17;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : Abrir_caso

body :

CaseReadFromSingleFile(CasoAbrir)

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : Salvar_Caso

body :

!CasoSalvar:=FormatString("Cenário %e", Cen_Descricao_Cenario(cen));

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179

!CaseWriteToSingleFile(CasoSalvar)

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION Simulacao_ ;

SECTION Otimizacao

MODULE mod_AOA

prefix : OuterApprox

DECLARATION SECTION AOA_DLL_Declaration

STRING PARAMETER:

identifier : DllName

definition : "%AIMMSSOLVERS%\\libaoa.dll" ;

ENDSECTION ;

SECTION MINLP_Interface

comment : "Procedures available for solving the MINLP problem"

DECLARATION SECTION

PARAMETER:

identifier : MINLPOptimizationDirection

comment : "Optimization direction (1.0 for maximization, -1.0 for

minimization)." ;

PARAMETER:

identifier : MINLPAlgorithmHasFinished

range : binary ;

MACRO:

identifier : MINLPSolutionImprovement

arguments : (new,old)

definition : MINLPOptimizationDirection*new >

MINLPOptimizationDirection*old

comment : "Macro to check whether a new solution is better than an old

one. Works for both minimization and maximization problems."

;

ENDSECTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MINLPGetOptimizationDirection

dll name : DllName

return type : integer

body call : MINLPGetOptimizationDirection()

comment : "Returns optimization direction (1 for maximization, -1 for

minimization)"

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MINLPSetProgramStatus

arguments : (programstatus)

dll name : DllName

body call : MINLPSetProgramStatus( integer scalar : ProgramStatus )

DECLARATION SECTION

ELEMENT PARAMETER:

identifier : ProgramStatus

range : AllSolutionStates

property : Input ;

ENDSECTION ;

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180

comment : "This procedure sets the program status for the MINLP problem.

The programstatus argument

needs to be an element in the predefined set

AllSolutionStates."

ENDPROCEDURE ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MINLPSetIterationCount

arguments : (IterationCount)

dll name : DllName

body call : MINLPSetIterationCount( integer scalar : IterationCount )

DECLARATION SECTION

PARAMETER:

identifier : IterationCount

property : Input, Integer ;

ENDSECTION ;

comment : "This procedure sets the iteration count for the MINLP problem."

ENDPROCEDURE ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MINLPSetIncumbentSolution

dll name : DllName

body call : MINLPSetIncumbentSolution()

comment : "This procedure marks the current values of the decision

variables as an incumbent solution

for the MINLP problem."

ENDPROCEDURE ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MINLPIncumbentSolutionHasBeenFound

dll name : DllName

return type : integer

body call : MINLPIncumbentSolutionHasBeenFound()

comment : "Returns 1 if an incumbent has already been specified, and 0

otherwise."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MINLPGetIncumbentObjectiveValue

dll name : DllName

return type : double

body call : MINLPGetIncumbentObjectiveValue()

comment : "Returns the objective value associated with the incumbent

solution."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MINLPIncumbentIsFeasible

dll name : DllName

return type : integer

body call : MINLPIncumbentIsFeasible()

comment : "Returns 1 if the current incumbent solution is feasible for the

MINLP problem,

and 0 otherwise."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MINLPSolutionSave

arguments : (n)

dll name : DllName

body call : MINLPSolutionSave( integer scalar : n )

DECLARATION SECTION

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181

PARAMETER:

identifier : n

range : {1..inf}

default : 1

property : Input ;

ENDSECTION ;

comment : "This procedure saves the current solution that is present

inside the Aimms Outer Approximation solver interface, and

stores it as solution number n for later retrieval."

ENDPROCEDURE ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MINLPSolutionRetrieve

arguments : (n)

dll name : DllName

body call : MINLPSolutionRetrieve( integer scalar : n )

DECLARATION SECTION

PARAMETER:

identifier : n

range : integer

property : Input ;

ENDSECTION ;

comment : "This procedure retrieves solution number n (previously saved

by a call to SolutionSave), and stores it as the current

solution inside the Aimms Outer Approximation solver

interface."

ENDPROCEDURE ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MINLPSolutionDelete

arguments : (n)

dll name : DllName

body call : MINLPSolutionDelete( integer scalar : n )

DECLARATION SECTION

PARAMETER:

identifier : n

range : integer

property : Input ;

ENDSECTION ;

comment : "This procedure deletes solution number n (previously saved

by a call to SolutionSave) inside the Aimms Outer Approximation

solver interface."

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION MINLP_Interface ;

SECTION NLP_Interface

comment : "Procedures available for solving the NLP subproblem and obtaining

information about the solution."

DECLARATION SECTION

PARAMETER:

identifier : NLPPreviousObjectiveValue

comment : "The objective function value of the solution from the

previous (one before last) feasible NLP subproblem

solved." ;

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ENDSECTION ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : NLPSolve

arguments : (FrozenVariables)

dll name : DllName

body call : NLPSolve( handle : FrozenVariables )

DECLARATION SECTION

SET:

identifier : FrozenVariables

subset of : AllIntegerVariables

property : Input ;

ENDSECTION ;

comment : "Solve the NLP subproblem in which the (symbolic) integer

variables in the set FrozenVariables remain frozen during

the solve, and all other integer variables are considered

to be continuous between their bounds."

ENDPROCEDURE ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : NLPIsFeasible

dll name : DllName

return type : integer

body call : NLPIsFeasible()

comment : "Returns 1 if the solution of the last NLP is feasible, or 0

otherwise."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : NLPLinearizationPointHasBeenFound

dll name : DllName

return type : integer

body call : NLPLinearizationPointHasBeenFound()

comment : "Returns 1 if the NLP solver has found a point that can be used

to linearize the nonlinear constraints. If the NLP problem is

infeasible then usually the NLP solver provides a point that

solves the so-called feasibility problem (i.e., a point that

minimizes the sum of the infeasibilities). If such point is

available this function will return 1. This function also

returns 1 if the NLP has found a feasible solution."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : NLPSolutionIsInteger

dll name : DllName

return type : integer

body call : NLPSolutionIsInteger()

comment : "Returns 1 if the solution of the last NLP solve is a feasible

integer solution, or 0 otherwise"

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : NLPGetObjectiveValue

dll name : DllName

return type : double

body call : NLPGetObjectiveValue()

comment : "Returns the objective value of the last solve of the NLP

subproblem"

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : NLPGetCPUTime

dll name : DllName

return type : double

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183

body call : NLPGetCPUTime()

comment : "Returns the CPU time needed to solve the last NLP subproblem."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : NLPGetProgramStatus

range : AllSolutionStates

dll name : DllName

return type : integer

body call : NLPGetProgramStatus()

comment : "Returns the program (or model) status associated with the last

NLP subproblem solved.

The return value will be an element in the set

AllSolutionStates."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : NLPGetSolverStatus

range : AllSolutionStates

dll name : DllName

return type : integer

body call : NLPGetSolverStatus()

comment : "Returns the solver status associated with the last NLP

subproblem solved.

The return value will be an element in the set

AllSolutionStates."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : NLPGetIterationCount

dll name : DllName

return type : integer

body call : NLPGetIterationCount()

comment : "Returns the iteration count associated with the last NLP

subproblem solved."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : NLPGetNumberOfRows

dll name : DllName

return type : integer

body call : NLPGetNumberOfRows()

comment : "Returns the number of rows in the last NLP subproblem solved."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : NLPGetNumberOfColumns

dll name : DllName

return type : integer

body call : NLPGetNumberOfColumns()

comment : "Returns the number of columns in the last NLP subproblem

solved."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : NLPGetNumberOfNonZeros

dll name : DllName

return type : integer

body call : NLPGetNumberOfNonZeros()

comment : "Returns the number of nonzeros in the last NLP subproblem

solved."

ENDFUNCTION ;

ENDSECTION NLP_Interface ;

SECTION MasterMIP_Interface

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184

DECLARATION SECTION

SET:

identifier : MasterMIPLinearizationCommands

definition : data { GetDeviation, RemoveDeviation, GetWeight, SetWeight,

GetDeviationBound,

SetDeviationBound, GetLagrangeMultiplier }

comment : "All commands that are available in the procedure

'MasterMIPLinearizationCommand'." ;

SET:

identifier : MasterMIPLinearizations

subset of : Integers

index : lin ;

PARAMETER:

identifier : MasterMIPLinearizationCounter

range : {1..inf}

default : 1

property : Integer ;

PARAMETER:

identifier : MasterMIPLinearizationMap

index domain : (it,lin)

comment : "Map to indicate which linearizations have been added

during

a particular iteration." ;

SET:

identifier : MasterMIPCuts

subset of : Integers

index : ct ;

PARAMETER:

identifier : MasterMIPCutCounter

range : {1..inf}

default : 1

property : Integer ;

PARAMETER:

identifier : MasterMIPCutMap

index domain : (it,ct)

comment : "Map to indicate which cuts have been added during a

particular iteration." ;

ENDSECTION ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MasterMIPEliminateIntegerSolution

dll name : DllName

return type : integer

body call : MasterMIPEliminateIntegerSolution()

comment : "Adds a cut to the master MIP model instance which

eliminates the current integer solution inside the

Aimms Outer Approximation solver interface.

If you want to add such a cut to eliminate a user-defined

solution determined inside your model, you must first

use the 'MINLPSolutionReplace' procedure to make that solution

the current solution inside the Aimms Outer Approximation

solver interface.

This procedure returns the updated cut counter."

ENDPROCEDURE ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MasterMIPDeleteIntegerEliminationCut

arguments : (n)

dll name : DllName

body call : MasterMIPDeleteIntegerEliminationCut( integer scalar : n )

DECLARATION SECTION

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185

PARAMETER:

identifier : n

range : {1..inf}

default : 1

property : Input ;

ENDSECTION ;

comment : "Deletes the integer solution elimination cut that was

previously added as cut counter n."

ENDPROCEDURE ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MasterMIPAddLinearizations

arguments : (IncludedConstraints,DeviationsPermitted,PenaltyMultiplier)

dll name : DllName

return type : integer

body call : MasterMIPAddLinearizations( handle :

IncludedConstraints,

handle :

DeviationsPermitted,

handle :

PenaltyMultiplier )

DECLARATION SECTION

SET:

identifier : IncludedConstraints

subset of : AllNonlinearConstraints

property : Input ;

PARAMETER:

identifier : DeviationsPermitted

index domain : IndexNonLinearConstraints

range : binary

default : 1

property : Input ;

PARAMETER:

identifier : PenaltyMultiplier

index domain : IndexNonLinearConstraints

range : nonnegative

default : 1000

property : Input ;

ENDSECTION ;

comment : "Adds a linearization for each nonlinear constraint in the

set IncludedConstraints. When permitted, variables are

introduced to allow for deviations from each linearized

constraint. These deviation variables are penalized in

the objective function using the penalty multipliers times

the corresponding shadow prices (Lagrange multipliers).

The procedure returns the updated linearization counter."

ENDPROCEDURE ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MasterMIPDeleteLinearizations

arguments : (n)

dll name : DllName

body call : MasterMIPDeleteLinearizations( integer scalar : n )

DECLARATION SECTION

PARAMETER:

identifier : n

range : {1..inf}

default : 1

property : Input ;

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186

ENDSECTION ;

comment : "Deletes the linearizations that were previously added

with linearization counter n."

ENDPROCEDURE ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MasterMIPLinearizationCommand

arguments : (n,ModelConstraint,Command,CommandData)

dll name : DllName

body call : MasterMIPLinearizationCommand( integer scalar : n,

handle :

ModelConstraint,

string scalar : Command,

handle : CommandData )

DECLARATION SECTION

PARAMETER:

identifier : n

property : Input ;

PARAMETER:

identifier : ModelConstraint

property : Input ;

ELEMENT PARAMETER:

identifier : Command

range : MasterMIPLinearizationCommands

property : Input ;

PARAMETER:

identifier : CommandData

property : InOut ;

ENDSECTION ;

comment : "Allows you to retrieve or modify certain aspects of the

linearization of constraint ModelConstraint added for

linearization counter n at the individual level. The retrieved

or modified value is passed through the CommandData argument.

Works similar to the matrix manipulation routines, in the sense

that ModelConstraint must be a scalar reference to a constraint

(i.e. MyConstraint(i,j), where i and j are bound through a FOR

statement), and CommandData is a scalar."

ENDPROCEDURE ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MasterMIPSolve

dll name : DllName

body call : MasterMIPSolve()

comment : "Solve the master MIP problem. Any modifications that have been

made since the last call to MasterMIPSolve will be added to the

master MIP prior to solving."

ENDPROCEDURE ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MasterMIPIsFeasible

dll name : DllName

return type : integer

body call : MasterMIPIsFeasible()

comment : "Returns 1 if the solution of the last solver master MIP is

feasible, or 0 otherwise."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MasterMIPGetObjectiveValue

dll name : DllName

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187

return type : double

body call : MasterMIPGetObjectiveValue()

comment : "Returns the objective value of the last solved master MIP."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MasterMIPGetCPUTime

dll name : DllName

return type : double

body call : MasterMIPGetCPUTime()

comment : "Returns the CPU time needed to solve the last master MIP

problem."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MasterMIPGetProgramStatus

range : AllSolutionStates

dll name : DllName

return type : integer

body call : MasterMIPGetProgramStatus()

comment : "Returns the program (or model) status associated with the last

master MIP problem solved.

The return value will be an element in the set

AllSolutionStates."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MasterMIPGetSolverStatus

range : AllSolutionStates

dll name : DllName

return type : integer

body call : MasterMIPGetSolverStatus()

comment : "Returns the solver status associated with the last master MIP

problem solved.

The return value will be an element in the set

AllSolutionStates."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MasterMIPGetIterationCount

dll name : DllName

return type : integer

body call : MasterMIPGetIterationCount()

comment : "Returns the iteration count associated with the last master MIP

problem solved."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MasterMIPGetNumberOfRows

dll name : DllName

return type : integer

body call : MasterMIPGetNumberOfRows()

comment : "Returns the number of rows in the last master MIP problem

solved."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MasterMIPGetNumberOfColumns

dll name : DllName

return type : integer

body call : MasterMIPGetNumberOfColumns()

comment : "Returns the number of columns in the last master MIP problem

solved."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

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188

identifier : MasterMIPGetNumberOfNonZeros

dll name : DllName

return type : integer

body call : MasterMIPGetNumberOfNonZeros()

comment : "Returns the number of nonzeros in the last master MIP problem

solved."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL FUNCTION

identifier : MasterMIPGetSumOfPenalties

dll name : DllName

return type : double

body call : MasterMIPGetSumOfPenalties()

comment : "Returns the sum of the penalties in the solution of the last

master MIP problem solved."

ENDFUNCTION ;

EXTERNAL PROCEDURE

identifier : MasterMIPSetCallback

arguments : (ProcedureName,Iterations)

dll name : DllName

body call : MasterMIPSetCallback( string scalar : ProcedureName,

integer scalar : Iterations )

DECLARATION SECTION

STRING PARAMETER:

identifier : ProcedureName

property : Input ;

PARAMETER:

identifier : Iterations

property : Input ;

ENDSECTION ;

comment : "Allows you to set a callback procedure that will be called

during the solve of the Master MIP. If Iterations > 0 then

the callback procedure will be called after this number of

iterations; else it will be called for every new incumbent

value found by the MIP solver."

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION MasterMIP_Interface ;

SECTION AOA_Basic_Algorithm

DECLARATION SECTION AOA_Basic_Declarations

SET:

identifier : NoIntegerVariables

subset of : AllIntegerVariables

definition : {}

comment : "Empty set of integer variables. With this artificial

set you can use the external function 'NLPSolve' to solve

the relaxed MINLP (referred to as 'RMINLP') when the set

of frozen variables is empty." ;

PARAMETER:

identifier : IterationCount

range : {0..inf}

property : Integer ;

PARAMETER:

identifier : IterationMax

initial data : 20

comment : "Maximum number of iterations to be considered, when the

iteration termination criterium is active." ;

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189

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : BasicAlgorithm

comment : "The control procedure implements the actual outer approximation

algorithm, and interacts with the Aimms Outer Approximation

solver

interface to solve and/or modify the NLP and master MIP

subproblems.

You may modify the implementation of the control procedure as

you

see fit, or perhaps create a completely different control

procedure."

body :

InitializeAlgorithm;

SolveRelaxedMINLP;

while ( not MINLPAlgorithmHasFinished ) do

AddLinearizationsAndSolveMasterMIP;

FixIntegerVariablesAndSolveNLP;

TerminateOrPrepareForNextIteration;

endwhile;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : InitializeAlgorithm

body :

option NLP_starting_point_strategy := 'Always use initial values';

IterationCount := 0 ;

MINLPAlgorithmHasFinished := 0 ;

MINLPOptimizationDirection := MINLPGetOptimizationDirection() ;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : SolveRelaxedMINLP

body :

NLPSolve( NoIntegerVariables ) ;

if ( NLPLinearizationPointHasBeenFound() ) then

if ( NLPSolutionIsInteger() ) then

MINLPSetIncumbentSolution() ;

MINLPTerminate;

endif ;

else

MINLPTerminate;

endif ;

IterationCount += 1 ;

MINLPSetIterationCount( IterationCount ) ;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : AddLinearizationsAndSolveMasterMIP

body :

return when ( MINLPAlgorithmHasFinished );

MasterMIPAddLinearizations( AllNonLinearConstraints, DeviationsPermitted,

PenaltyMultiplier ) ;

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MasterMIPSolve() ;

if ( not MasterMIPIsFeasible() ) then

MINLPTerminate;

endif ;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : FixIntegerVariablesAndSolveNLP

body :

return when ( MINLPAlgorithmHasFinished );

NLPSolve( AllIntegerVariables ) ;

if ( NLPIsFeasible() ) then

if ( MINLPSolutionImprovement( NLPGetObjectiveValue(),

MINLPGetIncumbentObjectiveValue() ) )

then

MINLPSetIncumbentSolution() ;

endif ;

else

if ( not NLPLinearizationPointHasBeenFound() ) then

MINLPTerminate;

endif;

endif ;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : TerminateOrPrepareForNextIteration

body :

return when ( MINLPAlgorithmHasFinished );

if ( IterationCount = IterationMax ) then

MINLPTerminate;

else !Prepare for next iteration

IterationCount += 1 ;

MINLPSetIterationCount( IterationCount ) ;

MasterMIPEliminateIntegerSolution() ;

endif ;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : MINLPTerminate

body :

if ( not MINLPIncumbentSolutionHasBeenFound() ) then

MINLPSetProgramStatus( 'LocallyInfeasible' );

else

MINLPSetProgramStatus( 'LocallyOptimal' );

endif;

MINLPAlgorithmHasFinished := 1 ;

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION AOA_Basic_Algorithm ;

SECTION AOA_Extended_Algorithm

DECLARATION SECTION

SET:

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191

identifier : MINLPTerminationCriteria

index : term

definition : data { CrossOver, NLPWorsening, Iterations } ;

SET:

identifier : NLPInitiallyFrozenIntegerVariables

subset of : AllIntegerVariables

comment : "Used to specify full or partial binary warm start of the

RMINLP. Symbolic integer variables included in set will be

frozen during the RMINLP phase." ;

SET:

identifier : NLPNoFrozenVariables

subset of : AllIntegerVariables

definition : {}

comment : "Empty set of integer variables. With this artificial

set you can use the external function 'NLPSolve' to solve

the relaxed MINLP (referred to as 'RMINLP') when the set

of frozen variables is empty." ;

PARAMETER:

identifier : DeviationsPermitted

index domain : (IndexNonLinearConstraints)

range : binary

default : 1

comment : "When permitted, variables are introduced to allow for

deviations from each linearized constraint." ;

PARAMETER:

identifier : PenaltyMultiplier

index domain : (IndexNonLinearConstraints)

range : nonnegative

default : 1000

comment : "The deviation variables are penalized in the objective

function using the penalty multipliers times the

corresponding shadow prices (Lagrange multipliers)." ;

PARAMETER:

identifier : MINLPTerminationCriterionIsActive

index domain : (term) ;

SET:

identifier : Iterations

subset of : Integers

index : it

comment : "Set of all iterations so far." ;

FILE:

identifier : outf

name : "aoa.log"

device : window ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : ExtendedAlgorithm

comment : "The control procedure implements the actual outer approximation

algorithm, and interacts with the Aimms Outer Approximation

solver

interface to solve and/or modify the NLP and master MIP

subproblems.

You may modify the implementation of the control procedure as

you

see fit, or perhaps create a completely different control

procedure."

body :

ExtendedInitializeAlgorithm;

ExtendedSolveRelaxedMINLP;

while ( not MINLPAlgorithmHasFinished ) do

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192

ExtendedAddLinearizationsAndSolveMasterMIP;

ExtendedFixIntegerVariablesAndSolveNLP;

ExtendedTerminateOrPrepareForNextIteration;

endwhile;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : ExtendedInitializeAlgorithm

body :

option NLP_starting_point_strategy := 'Always use initial values';

IterationCount := 0 ;

Iterations += IterationCount ;

MasterMIPLinearizationCounter := 1 ;

MasterMIPLinearizations := {} ;

empty MasterMIPLinearizationMap;

MasterMIPCutCounter := 1 ;

MasterMIPCuts := {} ;

empty MasterMIPCutMap ;

MINLPAlgorithmHasFinished := 0 ;

MINLPOptimizationDirection := MINLPGetOptimizationDirection() ;

NLPPreviousObjectiveValue := -MINLPOptimizationDirection * inf ;

MINLPTerminationCriterionIsActive('CrossOver') := 0;

MINLPTerminationCriterionIsActive('NLPWorsening') := 0;

MINLPTerminationCriterionIsActive('Iterations') := 1;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : ExtendedSolveRelaxedMINLP

DECLARATION SECTION

PARAMETER:

identifier : SolveRMINLP ;

ENDSECTION ;

body :

SolveRMINLP := 1 ;

if ( card(NLPInitiallyFrozenIntegerVariables) ) then

NLPSolve( NLPInitiallyFrozenIntegerVariables ) ;

put "Initial Warm Start" / ;

if ( NLPIsFeasible() ) then

SolveRMINLP := 0 ;

if ( NLPSolutionIsInteger() ) then

MasterMIPCutCounter := MasterMIPEliminateIntegerSolution() ;

MasterMIPCuts += MasterMIPCutCounter ;

MasterMIPCutMap(IterationCount,MasterMIPCutCounter) := 1 ;

MINLPSetIncumbentSolution() ;

put "NLP : ", NLPGetObjectiveValue():>12:6, " # (",

NLPGetIterationCount():6:0, " iterations ", NLPGetCPUTime():5:2, " seconds)", " ",

CurrentSolver('nlp'):15 // ;

else

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193

put "NLP : ", NLPGetObjectiveValue():>12:6, " (",

NLPGetIterationCount():6:0, " iterations ", NLPGetCPUTime():5:2, " seconds)", " ",

CurrentSolver('nlp'):15 // ;

endif ;

else

put "NLP : ", "infeasible":>12, " (", NLPGetIterationCount():6:0,

" iterations ", NLPGetCPUTime():5:2, " seconds)", " ", CurrentSolver('nlp'):15 // ;

endif ;

endif ;

if ( SolveRMINLP ) then

NLPSolve( NLPNoFrozenVariables ) ;

put "Initial" / ;

if ( NLPIsFeasible() ) then

if ( NLPSolutionIsInteger() ) then

put "NLP : ", NLPGetObjectiveValue():>12:6, " # (",

NLPGetIterationCount():6:0, " iterations ", NLPGetCPUTime():5:2, " seconds)", " ",

CurrentSolver('nlp'):15 // ;

MINLPSetIncumbentSolution() ;

ExtendedMINLPTerminate;

else

put "NLP : ", NLPGetObjectiveValue():>12:6, " (",

NLPGetIterationCount():6:0, " iterations ", NLPGetCPUTime():5:2, " seconds)", " ",

CurrentSolver('nlp'):15 // ;

endif ;

else

put "NLP : ", "infeasible":>12, " (", NLPGetIterationCount():6:0,

" iterations ", NLPGetCPUTime():5:2, " seconds)", " ", CurrentSolver('nlp') // ;

if ( not NLPLinearizationPointHasBeenFound ) then

ExtendedMINLPTerminate;

endif;

endif ;

endif ;

IterationCount += 1 ;

MINLPSetIterationCount( IterationCount ) ;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : ExtendedAddLinearizationsAndSolveMasterMIP

body :

return when ( MINLPAlgorithmHasFinished );

put "Iteration ", IterationCount:<2:0 / ;

MasterMIPLinearizationCounter := MasterMIPAddLinearizations(

AllNonLinearConstraints,

DeviationsPermitted,

PenaltyMultiplier ) ;

MasterMIPLinearizations += MasterMIPLinearizationCounter ;

MasterMIPLinearizationMap( IterationCount,MasterMIPLinearizationCounter ) :=

1 ;

MasterMIPSolve() ;

if ( not MasterMIPIsFeasible() ) then

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194

put "MIP : ", "infeasible":>12, " (",

MasterMIPGetIterationCount():6:0, " iterations ", MasterMIPGetCPUTime():5:2, "

seconds)", " ", CurrentSolver('mip'):15 / ;

ExtendedMINLPTerminate;

else

put "MIP : ", MasterMIPGetObjectiveValue():>12:6, " (",

MasterMIPGetIterationCount():6:0, " iterations ", MasterMIPGetCPUTime():5:2, "

seconds)", " ", CurrentSolver('mip'):15 / ;

endif;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : ExtendedFixIntegerVariablesAndSolveNLP

body :

return when ( MINLPAlgorithmHasFinished );

NLPPreviousObjectiveValue := NLPGetObjectiveValue() ;

NLPSolve( AllIntegerVariables ) ;

if ( NLPIsFeasible() ) then

if ( MINLPSolutionImprovement( NLPGetObjectiveValue(),

MINLPGetIncumbentObjectiveValue() ) )

then

MINLPSetIncumbentSolution() ;

put "NLP : ", NLPGetObjectiveValue():>12:6, " # (",

NLPGetIterationCount():6:0, " iterations ", NLPGetCPUTime():5:2, " seconds)", " ",

CurrentSolver('nlp'):15 / ;

else

put "NLP : ", NLPGetObjectiveValue():>12:6, " (",

NLPGetIterationCount():6:0, " iterations ", NLPGetCPUTime():5:2, " seconds)", " ",

CurrentSolver('nlp'):15 / ;

endif ;

else

put "NLP : ", "infeasible":>12, " (", NLPGetIterationCount():6:0, "

iterations ", NLPGetCPUTime():5:2, " seconds)", " ", CurrentSolver('nlp'):15 / ;

endif ;

put / ;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : ExtendedTerminateOrPrepareForNextIteration

body :

return when ( MINLPAlgorithmHasFinished );

if ( ( MINLPTerminationCriterionIsActive('Crossover') and

(not MINLPSolutionImprovement( MasterMIPGetObjectiveValue(),

NLPGetObjectiveValue() )) )

or

( MINLPTerminationCriterionIsActive('NLPWorsening') and

(IterationCount > 1) and

(not MINLPSolutionImprovement( NLPGetObjectiveValue(),

NLPPreviousObjectiveValue )) )

or

( MINLPTerminationCriterionIsActive('Iterations') and

(IterationCount = IterationMax) ) )

then

ExtendedMINLPTerminate;

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195

else

IterationCount += 1 ;

Iterations += IterationCount ;

MINLPSetIterationCount( IterationCount ) ;

MasterMIPCutCounter := MasterMIPEliminateIntegerSolution() ;

MasterMIPCuts += MasterMIPCutCounter ;

MasterMIPCutMap(IterationCount,MasterMIPCutCounter) := 1 ;

endif ;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : ExtendedMINLPTerminate

body :

if ( not MINLPIncumbentSolutionHasBeenFound() ) then

MINLPSetProgramStatus( 'LocallyInfeasible' );

else

MINLPSetProgramStatus( 'LocallyOptimal' );

endif;

MINLPAlgorithmHasFinished := 1 ;

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION AOA_Extended_Algorithm ;

ENDMODULE mod_AOA ;

DECLARATION SECTION Conjuntos

SET:

identifier : Produto

index : PRD ;

SET:

identifier : Fabrica

index : FAB ;

SET:

identifier : Armazem

index : CD ;

SET:

identifier : Mercado

indices : MERC, MERC1 ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Conjuntos_Descricao

STRING PARAMETER:

identifier : Armazem_Descricao

index domain : (CD) ;

STRING PARAMETER:

identifier : Fabrica_Descricao

index domain : (FAB) ;

STRING PARAMETER:

identifier : Mercado_Descricao

index domain : (MERC) ;

STRING PARAMETER:

identifier : Produto_Descricao

index domain : (PRD) ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Parametros

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196

PARAMETER:

identifier : CapFab

index domain : (FAB,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : CustoRessuprimento

index domain : (FAB,PRD)

text : "Custo Unitário e Diário de Ressuprimento"

comment : "Maple:

s(f,p)" ;

PARAMETER:

identifier : CustoUnitTransp_Ressup

index domain : (FAB,CD,PRD)

text : "Custo Unitário e Diário de Ressuprimento"

comment : "Maple:

s(f,p)" ;

PARAMETER:

identifier : CustoColocPedido

index domain : (FAB,CD,PRD)

text : "Custo de Colocação do Pedido"

comment : "MAPLE:

Aa(f,j,p)" ;

PARAMETER:

identifier : LT

index domain : (FAB,CD,PRD)

text : "Lead Time de Ressuprimento do armazém j"

comment : "Maple:

LT(f,j,p)" ;

PARAMETER:

identifier : DesvPadLT

index domain : (FAB,CD,PRD)

text : "Desvio Padrão do Lead de Ressuprimento do Armazém j"

comment : "Maple:

sLT(f,j,p)" ;

PARAMETER:

identifier : CustoUnitTransp_fab

index domain : (MERC,FAB,PRD)

text : "Custo Unitário de Distribuição"

comment : "Maple:

T(i,j,p)" ;

PARAMETER:

identifier : CustoManutEstoque

index domain : (CD,PRD)

comment : "MAPLE:

Ca(j,p)" ;

PARAMETER:

identifier : NiveldeServico

index domain : (CD,PRD)

text : "Nível de Serviço do Armazém j"

comment : "Maple:

k(j,p)" ;

PARAMETER:

identifier : CustoUnitTransp

index domain : (MERC,CD,PRD)

text : "Custo Unitário de Distribuição"

comment : "Maple:

T(i,j,p)" ;

PARAMETER:

identifier : Demanda

index domain : (MERC,PRD)

comment : "Maple:

Db(i,p)" ;

PARAMETER:

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197

identifier : DesvPadDemanda

index domain : (MERC,PRD)

text : "Desvio Padrão da Demanda do mercado i"

comment : "Maple:

sD(i,p)" ;

PARAMETER:

identifier : Correlacao

index domain : (MERC,MERC1,PRD)

text : "Correlação entre as demandas médias dos mercados i e l"

comment : "Maple:

rho(i,l,p)" ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Parametros_ICMS

PARAMETER:

identifier : Credito_Fab

index domain : (FAB) ;

PARAMETER:

identifier : Credito_CD

index domain : (CD)

definition : 0 ;

PARAMETER:

identifier : CPV

index domain : (FAB,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Preco

index domain : (PRD) ;

PARAMETER:

identifier : ICMS_Fab_CD

index domain : (FAB,CD) ;

PARAMETER:

identifier : ICMS_Fab_Mercado

index domain : (MERC,FAB) ;

PARAMETER:

identifier : ICMS_CD_Mercado

index domain : (MERC,CD) ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Parametros_Auxiliares

PARAMETER:

identifier : Wmin

text : "Percentual Mínimo de Atendimento via CD"

range : [0, 1]

default : 0 ;

PARAMETER:

identifier : Wmax

text : "Percentual Máximo de Atendimento via CD"

range : [0, 1]

default : 1 ;

PARAMETER:

identifier : Wfab_min

text : "Percentual Mínimo de Atendimento via Fábrica"

range : [0, 1]

default : 0 ;

PARAMETER:

identifier : Wfab_max

text : "Percentual Máximo de Atendimento via Fábrica"

range : [0, 1]

default : 1 ;

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198

PARAMETER:

identifier : Max_SomaWfab

default : 1 ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Variaveis

VARIABLE:

identifier : Y

index domain : (FAB,CD,PRD)|CustoUnitTransp_Ressup(FAB, CD, PRD)>0

range : binary ;

VARIABLE:

identifier : W

index domain : (MERC,CD,PRD)

range : [Wmin, Wmax] ;

VARIABLE:

identifier : Wfab

index domain : (MERC,FAB,PRD)

range : [Wfab_min, Wfab_max] ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION FO

VARIABLE:

identifier : CustoTotal

range : free

definition : !!Custo de Ressuprimento dos Armazéns

sum[(PRD,CD,FAB,MERC), Y(FAB, CD, PRD) *

CustoUnitTransp_Ressup(FAB,CD,PRD) * W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Distribuição dos CDs para os Mercados

sum[(PRD,CD,MERC), CustoUnitTransp(MERC, CD, PRD) * W(MERC, CD,

PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Distribuição Direta das fábricas para os Mercados

sum[(PRD,FAB,MERC), CustoUnitTransp_fab(MERC, FAB, PRD) *

Wfab(MERC, FAB, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Manutenção dos Estoques de Ciclo e de Colocação de

Pedido

sum[PRD, sum[CD, sum [FAB, Y(FAB, CD, PRD) * sqrt(2 *

CustoColocPedido(FAB, CD, PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) * sum[MERC, W(MERC, CD, PRD)

* Demanda(MERC, PRD) ] ) ] ] ] +

!

!Custo de Manutenção dos Estoques de Segurança

sum[PRD, sum [CD, sum[FAB, Y(FAB, CD, PRD) *

NiveldeServico(CD,PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) *

sqrt(LT(FAB, CD, PRD) * sum[MERC, (W(MERC, CD, PRD)^2) *

(DesvPadDemanda(MERC, PRD)^2) ]

+ LT(FAB, CD, PRD) * 2 * sum[MERC, sum [MERC1 | MERC1>MERC,

W(MERC, CD, PRD) * W(MERC1, CD, PRD) * Correlacao(MERC, MERC1, PRD) *

DesvPadDemanda(MERC, PRD) * DesvPadDemanda(MERC1, PRD) ] ]

+ (DesvPadLT(FAB, CD, PRD)^2)*(sum[MERC, W(MERC, CD,

PRD)*Demanda(MERC, PRD) ]^2 ) ) ] ] ]

!

!Saldo de ICMS (Débitos - Créditos)

!Débitos de ICMS:

!Fluxos Fab - CDs

+ (

!

!Fluxos Fab - Mercados

sum[(PRD,FAB,MERC) , Wfab(MERC, FAB, PRD) * Demanda(MERC, PRD) *

Preco(PRD) * ICMS_Fab_Mercado(MERC, FAB)]

!

!Fluxos CDs - Mercados

+ sum[(PRD,CD,MERC) , W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) *

Preco(PRD) * ICMS_CD_Mercado(MERC, CD)] )

!

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199

!Créditos de ICMS:

!Fluxos Fab-CDs

- (

!

! Créditos Acumulados pelas Fábricas

sum[ FAB, Credito_Fab(FAB)] ) ;

MATHEMATICAL PROGRAM:

identifier : Minimizar

objective : CustoTotal

direction : minimize

constraints : Restricoes_MINLP

variables : AllVariables

type : MINLP ;

ENDSECTION ;

DECLARATION SECTION Restricoes

SET:

identifier : Restricoes_MINLP

subset of : AllConstraints

definition : data { CustoTotal, R1, R2, R3, RICMS, R10 } ;

CONSTRAINT:

identifier : R1

index domain : (MERC,PRD)

definition : sum[CD, W(MERC,CD,PRD)] + sum[FAB, Wfab(MERC,FAB,PRD)] = 1 ;

CONSTRAINT:

identifier : R2

index domain : (FAB,PRD)

text : "Restrição de Capacidade de atendimento da fábrica"

definition : sum[ (MERC,CD), Y(FAB, CD, PRD) * W(MERC, CD, PRD) *

Demanda(MERC, PRD) ] + sum[ MERC, Wfab(MERC, FAB, PRD) * Demanda(MERC, PRD)] <=

CapFab(FAB,PRD) ;

CONSTRAINT:

identifier : R3

index domain : (CD,PRD)

definition : sum [FAB, Y(FAB, CD, PRD) ] = 1 ;

CONSTRAINT:

identifier : R10

index domain : (MERC,PRD)

definition : sum [FAB, Wfab(MERC, FAB, PRD)]<= Max_SomaWfab ;

CONSTRAINT:

identifier : RICMS

definition : !Saldo de ICMS (Débitos - Créditos)

!Débitos de ICMS:

!Fluxos Fab - CDs

( ( sum[(MERC,CD,FAB,PRD) ,Y(FAB, CD, PRD) * W(MERC, CD, PRD) *

Demanda(MERC, PRD) * CPV(FAB, PRD) * ICMS_Fab_CD(FAB, CD)]

!

!Fluxos Fab - Mercados

+ sum[(MERC,FAB,PRD) , Wfab(MERC, FAB, PRD) * Demanda(MERC,

PRD) * Preco(PRD) * ICMS_Fab_Mercado(MERC, FAB)]

!

!Fluxos CDs - Mercados

+ sum[(MERC,CD,PRD) , W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) *

Preco(PRD) * ICMS_CD_Mercado(MERC, CD)] )

!

!Créditos de ICMS:

!Fluxos Fab-CDs

- ( sum[(MERC,CD,FAB,PRD) ,Y(FAB, CD, PRD) * W(MERC, CD, PRD) *

Demanda(MERC, PRD) * CPV(FAB, PRD) * ICMS_Fab_CD(FAB, CD)]

!

! Créditos Acumulados pelas Fábricas

+ sum[ FAB, Credito_Fab(FAB)] ) ) >= 0 ;

ENDSECTION ;

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200

DECLARATION SECTION Resultados

PARAMETER:

identifier : Result_W

index domain : (MERC,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Result_Y

index domain : (FAB,CD,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Result_Wfab

index domain : (MERC,FAB,PRD) ;

PARAMETER:

identifier : Result_CustoTotal ;

PARAMETER:

identifier : Result_CustoEstoqueCiclo ;

PARAMETER:

identifier : Result_CustoEstoqueSeg ;

PARAMETER:

identifier : Result_CustoTransporte ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : Solve_MINLP_AOA

body :

!empty Otimizacao;

!run Importar;

Minimizar.CallbackAOA:='OuterApprox::BasicAlgorithm';

OuterApprox::IterationMax:=100;

solve Minimizar;

run Registrar;

empty Cen_CustoTotal_sem_ICMS(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_Estoques(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_DistDireta(cen);

empty Cen_CustoTotal_com_NumeroArmazens(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens(cen);

empty CustoTotal_sem_Estoques;

empty CustoTotal_sem_ICMS;

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : Solve_NLP

body :

empty W(MERC, CD, PRD);

empty Y(FAB, CD, PRD);

empty Wfab(MERC, FAB, PRD);

empty Result_W(MERC, CD, PRD);

empty Result_Y(FAB, CD, PRD);

empty Result_Wfab(MERC, FAB, PRD);

empty CustoTotal;

Minimizar.CallbackAOA:='OuterApprox::BasicAlgorithm';

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201

OuterApprox::IterationMax:=10;

solve Minimizar;

!Registro dos Resultados

Result_W(MERC, CD, PRD):=W(MERC, CD, PRD);

Result_CustoTotal:=CustoTotal;

Result_CustoEstoqueCiclo:=sum[PRD, sum[CD, sum [FAB, Y(FAB, CD, PRD) * sqrt(2 *

CustoColocPedido(FAB, CD, PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) * sum[MERC, W(MERC, CD, PRD)

* Demanda(MERC, PRD) ] ) ] ] ];

Result_CustoEstoqueSeg:=sum[PRD, sum [CD, sum[FAB, Y(FAB, CD, PRD) *

NiveldeServico(CD,PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) *

sqrt(LT(FAB, CD, PRD) * sum[MERC, (W(MERC, CD, PRD)^2) * (DesvPadDemanda(MERC,

PRD)^2) ]

+ LT(FAB, CD, PRD) * 2 * sum[MERC, sum [MERC1 | MERC1>MERC, W(MERC, CD, PRD) *

W(MERC1, CD, PRD) * Correlacao(MERC, MERC1, PRD) * DesvPadDemanda(MERC, PRD) *

DesvPadDemanda(MERC1, PRD) ] ]

+ (DesvPadLT(FAB, CD, PRD)^2)*(sum[MERC, W(MERC, CD, PRD)*Demanda(MERC, PRD) ]^2

) ) ] ] ];

Result_CustoTransporte:=sum[(MERC,CD,FAB,PRD), Y(FAB, CD, PRD) *

CustoRessuprimento(FAB, PRD) * LT(FAB, CD, PRD) * W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD)

] +

sum[(MERC,CD,PRD), CustoUnitTransp(MERC, CD, PRD) * W(MERC, CD, PRD) *

Demanda(MERC, PRD) ] +

sum[(MERC,FAB,PRD), CustoUnitTransp_fab(MERC, FAB, PRD) * Wfab(MERC, FAB, PRD) *

Demanda(MERC, PRD) ];

ENDPROCEDURE ;

SECTION Otimizacao_MIP

DECLARATION SECTION Declaration_MIP

SET:

identifier : Restricoes_MIP

subset of : AllConstraints

definition : data { R1, R3, R10, CustoTotal_MIP } ;

VARIABLE:

identifier : CustoTotal_MIP

range : free

definition : !Custo de Ressuprimento dos Armazéns

!sum[(i,j,f), Y(f, j) * CustoRessuprimento(f) * LT(f, j) *

W(i,j) * Demanda(i) ] +

!Custo de Distribuição para os Mercados

!sum[(i,j), CustoUnitTransp(i,j) * W(i,j) * Demanda(i) ]

;

MATHEMATICAL PROGRAM:

identifier : Minimizar_MIP

objective : CustoTotal_MIP

direction : minimize

constraints : Restricoes_MIP

variables : AllVariables

type : MIP ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : Solve_MIP

body :

SOLVE Minimizar_MIP;

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION Otimizacao_MIP ;

SECTION Otimizacao_RMINLP

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202

DECLARATION SECTION Declaration_RMINLP

MATHEMATICAL PROGRAM:

identifier : Minimizar_RMINLP

objective : CustoTotal

direction : minimize

constraints : Restricoes_MINLP

variables : AllVariables

type : RMINLP ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : Solve_RMINLP

body :

SOLVE Minimizar_RMINLP;

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION Otimizacao_RMINLP ;

SECTION Otimizacao_sem_ICMS

DECLARATION SECTION Declaration_sem_ICMS

SET:

identifier : Restricoes_MINLP_sem_ICMS

subset of : AllConstraints

definition : data { R1, R2, R3, CustoTotal_sem_ICMS, R10 } ;

VARIABLE:

identifier : CustoTotal_sem_ICMS

range : free

definition : !!Custo de Ressuprimento dos Armazéns

sum[(PRD,CD,FAB,MERC), Y(FAB, CD, PRD) *

CustoUnitTransp_Ressup(FAB,CD,PRD) * W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Distribuição dos CDs para os Mercados

sum[(PRD,CD,MERC), CustoUnitTransp(MERC, CD, PRD) * W(MERC,

CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Distribuição Direta das fábricas para os Mercados

sum[(PRD,FAB,MERC), CustoUnitTransp_fab(MERC, FAB, PRD) *

Wfab(MERC, FAB, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Manutenção dos Estoques de Ciclo e de Colocação de

Pedido

sum[PRD, sum[CD, sum [FAB, Y(FAB, CD, PRD) * sqrt(2 *

CustoColocPedido(FAB, CD, PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) * sum[MERC, W(MERC, CD, PRD)

* Demanda(MERC, PRD) ] ) ] ] ] +

!

!Custo de Manutenção dos Estoques de Segurança

sum[PRD, sum [CD, sum[FAB, Y(FAB, CD, PRD) *

NiveldeServico(CD,PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) *

sqrt(LT(FAB, CD, PRD) * sum[MERC, (W(MERC, CD, PRD)^2) *

(DesvPadDemanda(MERC, PRD)^2) ]

+ LT(FAB, CD, PRD) * 2 * sum[MERC, sum [MERC1 | MERC1>MERC,

W(MERC, CD, PRD) * W(MERC1, CD, PRD) * Correlacao(MERC, MERC1, PRD) *

DesvPadDemanda(MERC, PRD) * DesvPadDemanda(MERC1, PRD) ] ]

+ (DesvPadLT(FAB, CD, PRD)^2)*(sum[MERC, W(MERC, CD,

PRD)*Demanda(MERC, PRD) ]^2 ) ) ] ] ] ;

MATHEMATICAL PROGRAM:

identifier : Minimizar_semICMS

objective : CustoTotal_sem_ICMS

direction : minimize

constraints : Restricoes_MINLP_sem_ICMS

variables : AllVariables

type : MINLP ;

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203

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : Solve_MINLP_sem_ICMS

body :

!empty Otimizacao;

!run Importar;

Minimizar_semICMS.CallbackAOA:='OuterApprox::BasicAlgorithm';

OuterApprox::IterationMax:=100;

solve Minimizar_semICMS;

run Registrar;

empty Cen_Custo_Total(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_Estoques(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_DistDireta(cen);

empty Cen_CustoTotal_com_NumeroArmazens(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens(cen);

empty Cen_Custo_ICMS(cen);

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION Otimizacao_sem_ICMS ;

SECTION Otimizacao_sem_Estoques

DECLARATION SECTION Declaration_sem_Estoques

SET:

identifier : Restricoes_MINLP_sem_Estoques

subset of : AllConstraints

definition : data { CustoTotal_sem_Estoques, R1, R2, R3, RICMS, R10 } ;

VARIABLE:

identifier : CustoTotal_sem_Estoques

range : free

definition : !!Custo de Ressuprimento dos Armazéns

sum[(PRD,CD,FAB,MERC), Y(FAB, CD, PRD) *

CustoUnitTransp_Ressup(FAB,CD,PRD) * W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Distribuição dos CDs para os Mercados

sum[(PRD,CD,MERC), CustoUnitTransp(MERC, CD, PRD) * W(MERC,

CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Distribuição Direta das fábricas para os Mercados

sum[(PRD,FAB,MERC), CustoUnitTransp_fab(MERC, FAB, PRD) *

Wfab(MERC, FAB, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Saldo de ICMS (Débitos - Créditos)

!Débitos de ICMS:

!Fluxos Fab - CDs

(

!

!Fluxos Fab - Mercados

sum[(PRD,FAB,MERC) , Wfab(MERC, FAB, PRD) * Demanda(MERC, PRD)

* Preco(PRD) * ICMS_Fab_Mercado(MERC, FAB)]

!

!Fluxos CDs - Mercados

+ sum[(PRD,CD,MERC) , W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) *

Preco(PRD) * ICMS_CD_Mercado(MERC, CD)] )

!

!Créditos de ICMS:

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204

!Fluxos Fab-CDs

- (

!

! Créditos Acumulados pelas Fábricas

sum[ FAB, Credito_Fab(FAB)] ) ;

MATHEMATICAL PROGRAM:

identifier : Minimizar_sem_Estoques

objective : CustoTotal_sem_Estoques

direction : minimize

constraints : Restricoes_MINLP_sem_Estoques

variables : AllVariables

type : MINLP ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : Solve_MINLP_sem_Estoques

body :

!empty Otimizacao;

!run Importar;

Minimizar_sem_Estoques.CallbackAOA:='OuterApprox::BasicAlgorithm';

OuterApprox::IterationMax:=100;

solve Minimizar_sem_Estoques;

run Registrar;

empty Cen_Custo_Total(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_ICMS(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_DistDireta(cen);

empty Cen_CustoTotal_com_NumeroArmazens(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens(cen);

empty Cen_Custo_ES(cen);

empty Cen_Custo_ECCP(cen);

empty Cen_Custo_Estoque(cen);

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION Otimizacao_sem_Estoques ;

SECTION Otimizacao_sem_Distribuicao_Direta

DECLARATION SECTION Declaration_sem_Distribuicao_Direta

CONSTRAINT:

identifier : R4

index domain : (MERC,PRD)

definition : sum[CD, W(MERC,CD,PRD)] = 1 ;

CONSTRAINT:

identifier : R5

index domain : (FAB,PRD)

text : "Restrição de Capacidade de atendimento da fábrica"

definition : sum[ (MERC,CD), Y(FAB, CD, PRD) * W(MERC, CD, PRD) *

Demanda(MERC, PRD) ] <= CapFab(FAB,PRD) ;

CONSTRAINT:

identifier : R6

index domain : (CD,PRD)

definition : sum [FAB, Y(FAB, CD, PRD) ] = 1 ;

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205

CONSTRAINT:

identifier : RICMS2

definition : !Saldo de ICMS (Débitos - Créditos)

!Débitos de ICMS:

!Fluxos Fab - CDs

( ( sum[(MERC,CD,FAB,PRD) ,Y(FAB, CD, PRD) * W(MERC, CD, PRD)

* Demanda(MERC, PRD) * CPV(FAB, PRD) * ICMS_Fab_CD(FAB, CD)]

!

!Fluxos Fab - Mercados

!

!Fluxos CDs - Mercados

+ sum[(MERC,CD,PRD) , W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) *

Preco(PRD) * ICMS_CD_Mercado(MERC, CD)] )

!

!Créditos de ICMS:

!Fluxos Fab-CDs

- ( sum[(MERC,CD,FAB,PRD) ,Y(FAB, CD, PRD) * W(MERC, CD, PRD)

* Demanda(MERC, PRD) * CPV(FAB, PRD) * ICMS_Fab_CD(FAB, CD)]

!

! Créditos Acumulados pelas Fábricas

+ sum[ FAB, Credito_Fab(FAB)] ) ) >= 0 ;

SET:

identifier : Restricoes_MINLP_sem_DistDireta

subset of : AllConstraints

definition : data { CustoTotal_sem_DistDireta, R4, R5, R6, RICMS2,R10 } ;

VARIABLE:

identifier : CustoTotal_sem_DistDireta

range : free

definition : !!Custo de Ressuprimento dos Armazéns

sum[(PRD,CD,FAB,MERC), Y(FAB, CD, PRD) *

CustoUnitTransp_Ressup(FAB,CD,PRD) * W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Distribuição dos CDs para os Mercados

sum[(PRD,CD,MERC), CustoUnitTransp(MERC, CD, PRD) * W(MERC,

CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Manutenção dos Estoques de Ciclo e de Colocação de

Pedido

sum[PRD, sum[CD, sum [FAB, Y(FAB, CD, PRD) * sqrt(2 *

CustoColocPedido(FAB, CD, PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) * sum[MERC, W(MERC, CD, PRD)

* Demanda(MERC, PRD) ] ) ] ] ] +

!

!Custo de Manutenção dos Estoques de Segurança

sum[PRD, sum [CD, sum[FAB, Y(FAB, CD, PRD) *

NiveldeServico(CD,PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) *

sqrt(LT(FAB, CD, PRD) * sum[MERC, (W(MERC, CD, PRD)^2) *

(DesvPadDemanda(MERC, PRD)^2) ]

+ LT(FAB, CD, PRD) * 2 * sum[MERC, sum [MERC1 | MERC1>MERC,

W(MERC, CD, PRD) * W(MERC1, CD, PRD) * Correlacao(MERC, MERC1, PRD) *

DesvPadDemanda(MERC, PRD) * DesvPadDemanda(MERC1, PRD) ] ]

+ (DesvPadLT(FAB, CD, PRD)^2)*(sum[MERC, W(MERC, CD,

PRD)*Demanda(MERC, PRD) ]^2 ) ) ] ] ]

!

!Saldo de ICMS (Débitos - Créditos)

!Débitos de ICMS:

!Fluxos Fab - CDs

+ (

!

!Fluxos CDs - Mercados

sum[(PRD,CD,MERC) , W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) *

Preco(PRD) * ICMS_CD_Mercado(MERC, CD)] )

!

!Créditos de ICMS:

!Fluxos Fab-CDs

- (

!

! Créditos Acumulados pelas Fábricas

sum[ FAB, Credito_Fab(FAB)] ) ;

MATHEMATICAL PROGRAM:

identifier : Minimizar_sem_DistDireta

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206

objective : CustoTotal_sem_DistDireta

direction : minimize

constraints : Restricoes_MINLP_sem_DistDireta

variables : AllVariables

type : MINLP ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : Solve_MINLP_sem_DistDireta

body :

!empty Otimizacao;

!run Importar;

Minimizar_sem_DistDireta.CallbackAOA:='OuterApprox::BasicAlgorithm';

OuterApprox::IterationMax:=100;

solve Minimizar_sem_DistDireta;

run Registrar;

empty Cen_Custo_Total(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_ICMS(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_Estoques(cen);

empty Cen_CustoTotal_com_NumeroArmazens(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens(cen);

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION Otimizacao_sem_Distribuicao_Direta ;

SECTION Otimizacao_com_Numero_de_Armazens

DECLARATION SECTION Declaration_com_Numero_de_Armazens

PARAMETER:

identifier : Numero_de_Armazens

range : {0..Cardinalidade_CD} ;

PARAMETER:

identifier : Cardinalidade_CD

definition : card(CD) ;

VARIABLE:

identifier : Abre_Armazem

index domain : cd

range : binary ;

VARIABLE:

identifier : CustoTotal_com_NumeroArmazens

range : free

definition : !!Custo de Ressuprimento dos Armazéns

sum[(PRD,CD,FAB,MERC), Y(FAB, CD, PRD) *

CustoUnitTransp_Ressup(FAB,CD,PRD) * W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Distribuição dos CDs para os Mercados

sum[(PRD,CD,MERC), CustoUnitTransp(MERC, CD, PRD) * W(MERC,

CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Manutenção dos Estoques de Ciclo e de Colocação de

Pedido

sum[PRD, sum[CD, sum [FAB, Y(FAB, CD, PRD) * sqrt(2 *

CustoColocPedido(FAB, CD, PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) * sum[MERC, W(MERC, CD, PRD)

* Demanda(MERC, PRD) ] ) ] ] ] +

!

!Custo de Manutenção dos Estoques de Segurança

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207

sum[PRD, sum [CD, sum[FAB, Y(FAB, CD, PRD) *

NiveldeServico(CD,PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) *

sqrt(LT(FAB, CD, PRD) * sum[MERC, (W(MERC, CD, PRD)^2) *

(DesvPadDemanda(MERC, PRD)^2) ]

+ LT(FAB, CD, PRD) * 2 * sum[MERC, sum [MERC1 | MERC1>MERC,

W(MERC, CD, PRD) * W(MERC1, CD, PRD) * Correlacao(MERC, MERC1, PRD) *

DesvPadDemanda(MERC, PRD) * DesvPadDemanda(MERC1, PRD) ] ]

+ (DesvPadLT(FAB, CD, PRD)^2)*(sum[MERC, W(MERC, CD,

PRD)*Demanda(MERC, PRD) ]^2 ) ) ] ] ]

!

!Saldo de ICMS (Débitos - Créditos)

!Débitos de ICMS:

!Fluxos Fab - CDs

+ (

!

!Fluxos CDs - Mercados

sum[(PRD,CD,MERC) , W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) *

Preco(PRD) * ICMS_CD_Mercado(MERC, CD)] )

!

!Créditos de ICMS:

!Fluxos Fab-CDs

- (

!

! Créditos Acumulados pelas Fábricas

sum[ FAB, Credito_Fab(FAB)] ) ;

CONSTRAINT:

identifier : R7

index domain : cd

definition : Abre_Armazem(CD) * sum[ (MERC, PRD), W(MERC, CD, PRD)] = sum[

(MERC, PRD), W(MERC, CD, PRD)] ;

CONSTRAINT:

identifier : R8

definition : sum [ CD, Abre_Armazem(CD)] = Numero_de_Armazens ;

SET:

identifier : Restricoes_MINLP_com_NumeroArmazens

subset of : AllConstraints

definition : data { CustoTotal, R1, R2, R3, RICMS, R7, R8, R10 } ;

MATHEMATICAL PROGRAM:

identifier : Minimizar_MINLP_com_NumeroArmazens

objective : CustoTotal

direction : minimize

constraints : Restricoes_MINLP_com_NumeroArmazens

variables : AllVariables

type : MINLP ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : Solve_MINLP_com_Numero_de_Armazens

body :

!empty Otimizacao;

!run Importar;

If Numero_de_Armazens = 0 then dialogerror("Número de Armazéns = 0","Atenção")

else

Minimizar_MINLP_com_NumeroArmazens.CallbackAOA:='OuterApprox::BasicAlgorithm';

OuterApprox::IterationMax:=100;

solve Minimizar_MINLP_com_NumeroArmazens;

run Registrar;

empty Cen_Custo_Total(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_ICMS(cen);

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208

empty Cen_CustoTotal_sem_Estoques(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_DistDireta(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens(cen);

endif;

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION Otimizacao_com_Numero_de_Armazens ;

SECTION Otimizacao_sem_Distribuicao_Direta_com_Numero_de_Armazens

DECLARATION SECTION Declaration_sem_Distribuicao_Direta_com_Numero_de_Armazens

SET:

identifier : Restricoes_MINLP_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens

subset of : AllConstraints

definition : data { CustoTotal_sem_DistDireta, R4, R5, R6, R7, R8, RICMS2 }

;

VARIABLE:

identifier : CustoTotal_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens

range : free

definition : !!Custo de Ressuprimento dos Armazéns

sum[(PRD,CD,FAB,MERC), Y(FAB, CD, PRD) *

CustoUnitTransp_Ressup(FAB,CD,PRD) * W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Distribuição dos CDs para os Mercados

sum[(PRD,CD,MERC), CustoUnitTransp(MERC, CD, PRD) * W(MERC,

CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) ] +

!

!Custo de Manutenção dos Estoques de Ciclo e de Colocação de

Pedido

sum[PRD, sum[CD, sum [FAB, Y(FAB, CD, PRD) * sqrt(2 *

CustoColocPedido(FAB, CD, PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) * sum[MERC, W(MERC, CD, PRD)

* Demanda(MERC, PRD) ] ) ] ] ] +

!

!Custo de Manutenção dos Estoques de Segurança

sum[PRD, sum [CD, sum[FAB, Y(FAB, CD, PRD) *

NiveldeServico(CD,PRD) * CustoManutEstoque(CD, PRD) *

sqrt(LT(FAB, CD, PRD) * sum[MERC, (W(MERC, CD, PRD)^2) *

(DesvPadDemanda(MERC, PRD)^2) ]

+ LT(FAB, CD, PRD) * 2 * sum[MERC, sum [MERC1 | MERC1>MERC,

W(MERC, CD, PRD) * W(MERC1, CD, PRD) * Correlacao(MERC, MERC1, PRD) *

DesvPadDemanda(MERC, PRD) * DesvPadDemanda(MERC1, PRD) ] ]

+ (DesvPadLT(FAB, CD, PRD)^2)*(sum[MERC, W(MERC, CD,

PRD)*Demanda(MERC, PRD) ]^2 ) ) ] ] ]

!

!Saldo de ICMS (Débitos - Créditos)

!Débitos de ICMS:

!Fluxos Fab - CDs

+ (

!

!Fluxos CDs - Mercados

sum[(PRD,CD,MERC) , W(MERC, CD, PRD) * Demanda(MERC, PRD) *

Preco(PRD) * ICMS_CD_Mercado(MERC, CD)] )

!

!Créditos de ICMS:

!Fluxos Fab-CDs

- (

!

! Créditos Acumulados pelas Fábricas

sum[ FAB, Credito_Fab(FAB)] ) ;

MATHEMATICAL PROGRAM:

identifier : Minimizar_MINLP_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens

objective : CustoTotal_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens

direction : minimize

constraints : Restricoes_MINLP_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens

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209

variables : AllVariables

type : MINLP ;

ENDSECTION ;

PROCEDURE

identifier : Solve_MINLP_sem_DistDireta_com_NumArmazens

body :

!empty Otimizacao;

!run Importar;

If Numero_de_Armazens = 0 then dialogerror("Número de Armazéns = 0","Atenção")

else

Minimizar_MINLP_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens.CallbackAOA:='OuterApprox::BasicAlgori

thm';

OuterApprox::IterationMax:=100;

solve Minimizar_MINLP_sem_DistDireta_com_NumeroArmazens;

run Registrar;

empty Cen_Custo_Total(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_ICMS(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_Estoques(cen);

empty Cen_CustoTotal_sem_DistDireta(cen);

empty Cen_CustoTotal_com_NumeroArmazens(cen);

endif;

ENDPROCEDURE ;

ENDSECTION Otimizacao_sem_Distribuicao_Direta_com_Numero_de_Armazens ;

ENDSECTION Otimizacao ;

PROCEDURE

identifier : MainInitialization

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : MainExecution

ENDPROCEDURE ;

PROCEDURE

identifier : MainTermination

body :

if ( CaseSaveAll( confirm:2 ) = 1 ) then

return 1;

else

return 0;

endif ;

ENDPROCEDURE ;

ENDMODEL Main_Dissertacao ;

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210

Anexo 4 – Políticas de Alocação de Estoques

No presente anexo, serão ilustradas as diferentes políticas de alocação de estoques

consideradas na validação conceitual do modelo proposto.

CET = Centralização Total;

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211

SCE = Sub-centralização;

SCE_CF = Sub-centralização e Cross-filling;

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212

SCE_CF_SI = Sub-centralização, Cross-filling e Sistema Independente;

SCE_SI = sub-centralização e sistema independente.

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213

Anexo 5 – Rede logística do estudo de caso

Lista de Plantas:

Planta Município Estado Empresa Produto

Capacidade

Anual

(mil ton)

ton / dia)

1 Camaçari BA Braskem PE 770 2.139

2 Paulínia SP Braskem PP 350 972

3 Triunfo RS Braskem PE 1.225 3.403

4 Triunfo RS Braskem PP 740 2.056

5 Camaçari BA Quattor PP 115 319

6 Cubatão SP Quattor PE 140 389

7 Duque de

Caxias RJ Quattor PE 540 1.500

8 Duque de

Caxias RJ Quattor PP 310 861

9 Mauá SP Quattor PP 450 1.250

10 Santo

André SP Quattor PE 360 1.000

Fonte: Braskem (2011)

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214

Lista de Armazéns:

Armazém Município Estado Empresa

1 Araucária Paraná Braskem

2 Barueri São Paulo Braskem

3 Guarulhos São Paulo Braskem

4 São Paulo São Paulo Braskem

5 Contagem Minas Gerais Braskem

6 Três Corações Minas Gerais Braskem

7 Duque de Caxias Rio de Janeiro Braskem

8 Joinville Santa Catarina Braskem

9 Recife Pernambuco Braskem

10 Rio Grande Rio Grande do Sul Braskem

11 Uruguaiana Rio Grande do Sul Braskem

12 Simões Filho Bahia Braskem

13 Camaçari Bahia Braskem

14 Paulínia São Paulo Braskem

15 Triunfo Rio Grande do Sul Braskem

16 Mauá São Paulo Quattor

17 Eldorado do Sul Rio Grande do Sul Quattor

18 Duque de Caxias Rio de Janeiro Quattor

Fonte: Braskem (2011)

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Anexo 6 – Empresas do Setor de Transformação de Material Plástico

UF Empresas do Setor de Transformação de Material Plástico % Empresas

SP 5.167 44,83%

RS 1.256 10,90%

SC 943 8,18%

PR 932 8,09%

MG 844 7,32%

RJ 654 5,67%

BA 282 2,45%

PE 241 2,09%

GO 240 2,08%

CE 186 1,61%

AM 119 1,03%

ES 110 0,95%

PB 103 0,89%

MT 73 0,63%

MS 54 0,47%

RN 53 0,46%

AL 50 0,43%

PA 47 0,41%

DF 45 0,39%

SE 33 0,29%

PI 30 0,26%

MA 25 0,22%

TO 15 0,13%

RO 14 0,12%

AC 7 0,06%

AP 2 0,02%

RR 1 0,01%

Fonte: ABIPLAST (2010)