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FEUP, DemSSO
24-Fev-2011
Sérgio Dinis T. Sousa
e-mail: [email protected]
Web: http://pessoais.dps.uminho.pt/sds/
Integração de Sistemas de Gestão da
Qualidade, Ambiente e Segurança e
Saúde do Trabalho
Agenda
Introdução
Definições
Alguns Princípios de gestão da Qualidade
Gestão de processos
Normas
Integração
Exemplo
Conclusões
2Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Definições Sistema: conjunto de elementos inter-relacionados e inter-actuantes
Processo: conjunto de actividades inter-relacionadas e inter-actuantes que transformam entradas em saídas Produto: resultado de um processo
Gestão: actividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização Gestão da qualidade: idem + no que respeita à qualidade
Controlo da qualidade: parte da gestão da qualidade orientada para a satisfação dos requisitos da qualidade
Sistema de Gestão: sistema para o estabelecimento da política e dos objectivos e para a concretização desses objectivos
Integração
Eficácia: medida em que as actividades planeadas foram realizadas e conseguidos os resultados planeados
Eficiência: relação entre os resultados obtidos e os recursos utilizados
Qualidade: grau de satisfação de requisitos dado por um conjunto de características intrínsecas.
Fonte: ISO 9000:2005
3Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Alguns princípios da gestão da
qualidade
Abordagem por processos: um resultado desejado é atingido de forma mais eficiente quando as actividades e os recursos associados são geridos como um processo
Abordagem da gestão como um sistema: identificar, compreender e gerir processos inter-relacionados como um sistema, contribui para que organização atinja os seus objectivos com eficácia e eficiência
Melhoria contínua: A melhoria contínua do desempenho global de uma organização deve ser um objectivo permanente
4Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Representação de um processo
PROCESSO
(conjunto de actividades inter-
relacionadas e inter-actuantes)
Entradas
Inclui recursos
Saídas PRODUTO
(resultado do
processo)
OPORTUNIDADES DE MONITORIZAÇÃO E
MEDIÇÃO
(Antes, durante e após o processo)
EFICÁCIA DO
PROCESSO
Capacidade de
atingir os resultados
desejados
EFICIÊNCIA DO
PROCESSO
Relação entre os
resultados obtidos e os
recursos utilizados
5Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Uma classificação de processos
De realização/ competência técnica chave
/operacionais
produção/fornecimento do serviço
Gestão de topo (e intermédia) / integradores
coordenação e orientação (implementação e operação)
Suporte técnico
pesquisa, inovação, competência técnica, adaptação à
mudança…
Apoio administrativo
apoia os restantes
(Pires, 2004; Wilkinson & Dale, 2002)
6Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Outra classificação de processos Processos de gestão Planeamento estratégico; revisão do SGQ…
Processos operacionais Recepção de materiais, corte, moldagem,
acabamentos, embalagem, distribuição
Processos de suporte Gestão financeira, gestão de stocks, compras,
gestão da segurança, gestão do ambiente, qualificação de fornecedores, I&D, apoio jurídico, manutenção, …
Discussão: nível de detalhe dos processos
7Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Classificação dos processos
Chave: centrais e críticos; integradores estratégicos; alto nível Integradores: influenciam todos os outros Estabelecem a estrutura de gestão da organização
São condicionantes imprescindíveis de todos os outros processos
Fazem convergir toda a organização para o cliente
Transpõem os Valores da organização para todos os outros processo
Críticos: determinam o desempenho
Operacionais: sequência principal de negócio Orientados para o mercado Directamente ligados a produtos e serviços …
Suporte: acrescentam pouco valor mas suportam os anteriores Apoiam clientes internos e outros processos Sujeitos a directivas internas São essenciais para o funcionamento da organização
8Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Gestão de processos
Identificação do processo e objectivos
Definição dos “donos” do processo
Mapeamento: actividades, requisitos e interfaces
Monitorização
Melhoria Representação Gráfica de
Processos:
Mapa Relacional
Mapa Funcional
Fluxograma
IDEF0- Integration Definition for
Function Modelling language
APQC- American Productivity
and Quality Center
9Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Objectivos do processo
Resultados numéricos desejados num espaço de
tempo, de melhoria ou manutenção…
Eficiência; eficácia; actividade…
Objectivo de topo objectivos de processos
chave objectivos de sub-processos chave
objectivos de actividades objectivos de tarefas
Coerência e compatibilidade
Negócio
Processos
Qualidade, Ambiente e SST
10Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Indicadores de desempenho
Drivers
Estratégia
Políticas
Ambiente
SST
Processos Tecnológicos
Processos Gestão
Processos de suporte
Erros típicos
Medidas relacionadas com
os clientes
Dizem pouco sobre o “como”
Medidas centradas nas
iniciativas e não nos
resultados
11Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Indicadores por processo -
exemplo
Especificações
MP
Componentes
Energia
MO
Consumíveis
Recursos
% lotes fora das
especificações
Rotação de
stocks
Redução de
custos de MP
Resíduos NP/Unidade
Resíduos P/Unidade
% reciclagem
% valorização resíduos
Produtos NC
Emissões
Efluentes
Acidentes
Incidentes
Dias
% custos totais
Reclamações produto
Reclamações vizinhos
Reclamações
colaboradores
% lotes foras das
especificações
Energia/unidade
Consumíveis/unidade
Recursos/unidade
Processo P
12Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
5. Processos da Responsabilidade
da Gestão
- Processo para definir a política e os
objectivos da qualidade
- Processo de comunicação
- Revisão pela gestão
8. Processos de Medição,
Análise e Melhoria
- Processos para demonstrar:
- conformidade do produto
- conformidade do sistema de
gestão
- melhoria contínua
7. Processos de Realização do Produto
- Planeamento
- Processo relacionados com o cliente
- Concepção e desenvolvimento
- Processo de compras
- Produção e fornecimento de serviços
- Controlo de dispositivos de monitorização e
medição
6. Processos de Gestão de
Recursos
- determinação e provisão de
recursos
- recursos humanos
- definição de infra-estruturas
- ambiente de trabalho
4.
Processos
do Sistema
de Gestão
da
Qualidade
14Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Integração?
Also Sprach Zarathustra, composed in 1896
by Richard Strauss, also used as the
theme for the movie “2001: A Space
Odyssey” (1968) by Stanley Kubrick
15Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Processos integradores –
porquê?
Rapidez resposta a clientes (orçamento, produto especial, reclamação…)
Concepção de novos produtos
Interdependências do trabalho – incerteza
Complexidade das tarefas, diversidade produtos e de tarefas
Mudanças frequentes e drásticas no mercado e tecnológicas
Gestão do conhecimento
Responsabilidade social
Conceito de lateralizaçãoKuhl, S., T. Schnelle & F. Tillmann, “Lateral Leadership: An Organizational Approach to Change”,
Journal of Change Management, Vol. 5, nº2, 177–189, 2005
Paton R. & J. McCalman, “Change Management: A Guide to Effective Implementation” Sage publications, 2008
16Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Visão integrada - exemplo
Integradore
s
PI1 Gestão da estratégia e desenvolvimento da organização
PI2 Gestão da organização e dos RH
PI3 Gestão Global da Qualidade
PI4 Gestão dos Sistemas de Informação
PI5 Relação com os clientes Externos
Suporte
PS1 Gestão de Riscos
PS2 Aprovisionamentos
PS3 Administrativo e Financeiro
PS4 Serviços Gerais e Manutenção
PS5 Controlo de Gestão
Opera-
cionai
s
PO1
Desenv.
de
Mercados
e Clientes
PO2
Planeament
o e criação
de Serviços
PO3
Operação e
disponibiliza
-ção de
serviços
PO4
Vendas
PO7
Facturaçã
o e
Cobrança
s
PO
8 …
PO5
Logísti
ca de
Produt
o
PO6
Prestaçã
o do
Serviço
17Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Agenda
Introdução
Normas
Ambiente
Segurança e Saúde Ocupacional
Qualidade
Integração
Exemplo
Conclusões
18Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Normas… As normas da família 9000 foram desenvolvidas para
apoiar as organizações na implementação e
operação de sistemas de gestão eficazes
ISO 9000: descreve os fundamentos de um sistema de
gestão da qualidade (SGQ) e especifica a terminologia
que lhes é aplicável
ISO 9001: apresenta os requisitos de um SGQ
ISO 9004: fornece linhas de orientação que consideram
tanto a eficácia como eficiência de um SGQ
ISO 19011: dá orientação para a execução de auditorias
a SGQ e SGA
Fonte: ISO 9000:200519
Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Sistemas de gestão
Sociedade
ISO 14001
Colaboradores
OHSAS 18001
Clientes
ISO 9001
Qual a motivação para criar e manter sistemas que
cumprem os requisitos de referenciais normativos,
ou seja, porquê adoptar e cumprir as normas?
20Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Estrutura da Norma ISO 9001
4. Sistema de Gestão da Qualidade
5. Responsabilidade da Gestão
6. Gestão de Recursos
7. Realização do Produto
8. Medição, Análise e Melhoria
21Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Requisitos da Norma NP EN ISO
9001:20084. Sistemas de
Gestão da
Qualidade
Requisitos gerais (identificação, gestão e monitorização dos processos necessários para o
SGQ);
Requisitos de documentação (definição da estrutura documental, manual da qualidade,
controlo dos documentos e dos registos)
5.
Responsabilidade
da gestão
Comprometimento da gestão
Focalização no cliente
Política da qualidade
Planeamento (Objectivos da qualidade, planeamento do sistema de gestão de qualidade)
Responsabilidade, autoridade e comunicação
Revisão pela gestão
6. Gestão de
recursos
Recursos humanos (competência, consciencialização e formação)
Infra-estrutura (edifícios, espaços de trabalho e meios associados, equipamento do processo
e serviços de apoio)
Ambiente de trabalho
7. Realização do
produto
Planeamento da realização do produto
Processos relacionados com o cliente
Concepção e desenvolvimento
Compras
Produção e fornecimento do serviço
Controlo dos dispositivos de monitorização e medição
8. Medição,
análise e melhoria
Monitorização e medição (satisfação do cliente, auditoria interna, monitorização e medição
dos processos e do produto, controlo do produto não conforme)
Análise de dados
Melhoria (melhoria contínua, acções correctivas, acções preventivas)
22 Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Estrutura da Norma ISO 14001
4.1 Requisitos Gerais
4.2 Política Ambiental
4.3 Planeamento
4.4 Implementação e Operação
4.5 Verificação
4.6 Revisão pela Gestão
23Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Estrutura da norma BS OHSAS
4.1 Requisitos do Sistema de Gestão
4.2 Política da SST
4.3 Planeamento
4.4 Implementação e Operação
4.5 Verificação
4.6 Revisão pela Gestão
24Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Princípio comum - Melhoria Contínua
Necessidades, impactos e perigos
Políticas
Planeamento
Implementação e Operação
Avaliação
Acções correctivas
25Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Planeamento do
sistema/produto
Desenvolvimento
Fabrico
Planeamento da
produção
Compras
Processamento das
ordens
Controlo da
qualidade
Serviço de
entregaCliente/mercado
Marketing
Aquisição
Ciclo Produto - Engenharia
Ciclo Logística
Processos Operacionais
Gestão/planeamento estratégico
Gestão de recursos humanos
Gestão/controlo do negócio
Gestão da melhoria
Gestão da tecnologia e inovação
Gestão financeira
Harmonização com um Sistema de
Gestão Integrado
Gestão da qualidade e ambiente
Gestão de fornecedores
Gestão de risco
Gestão da segurança e fiabilidade do
produto
Gestão da segurança ocupacional
Gestão de informação e dados
......
Processos de Gestão e/ou Suporte
Fonte: adaptado de Mangelsdorf, (1999)
26Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Agenda Introdução
Normas
Integração Benefícios
Obstáculos
Modelos
Níveis
“Lições”
Auditorias
Exemplos
Conclusões
27Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Benefícios da integração Melhoria do desenvolvimento e transferência da tecnologia;
Melhoria de desempenho operacional conjunto;
Melhoria dos métodos internos de gestão e trabalho de equipa multi-funcional;
Aumento da motivação das chefias, e menos conflitos inter-funcionais;
Redução dos custos associados à realização de auditorias através da realização de auditorias conjuntas quer internas, quer de terceira parte, e redução da sobreposição e multiplicação das auditorias, com consequente aumento da eficiência das auditorias realizadas;
Aumento da confiança dos clientes e melhoria da imagem de mercado e comunidade;
Redução de custos e reengenharia mais eficiente associado às melhorias da gestão de dados e pessoal;
Simplificação do sistema de gestão da organização;
Tomada de decisões em conjunto, por exemplo, a decisão de substituir uma máquina, ou alterar um método de trabalho, ou adquirir uma nova matéria-prima depende dos aspectos da qualidade e de ambiente, o que reduz a probabilidade de mais tarde vir a ter problemas e traduz-se em poupanças de recursos financeiros, humanos e técnicos.
Aproximação da gestão ambiental ao planeamento e operações diárias;
Aumento da capacidade para atender a aspectos ambientais quando se efectuam modificações de produtos ou processos por questões de qualidade, ou produtividade, ou redução de custos;
Redução da duplicação, e consequentemente de divergências de políticas, objectivos, procedimentos, resultando em redução de esforços e custos para manutenção do sistema e numa diminuição de documentos e modelos. Se já existiam procedimentos para descrever as actividades do SGQ, a utilização dos mesmos procedimentos, que se apliquem ao SGA, com os ajustamentos necessários, elimina redundâncias e confusão. O mesmo se pode aplicar para organizações que desenvolvem um sistema integrado de início.
Poupança de tempo uma vez que são seguidos objectivos comuns de melhoria;
Melhoria do planeamento estratégico, uma vez que as operações diárias são desempenhados eficazmente sem necessidade de intervenção da gestão de topo, deixando mais tempo para as questões estratégicas. Além disso, um sistema integrado fornece dados actualizados e processados a partir de uma fonte única (não divergentes) facilitando o processo de tomada de decisão;
Optimização da utilização de recursos através da redução da duplicação de processos e procedimentos e do tempo consumido na revisão da documentação. Melhoria da utilização de recursos humanos, tais como as competências dos trabalhadores e de recursos tecnológicos e financeiros;
Aumento da facilidade em abordar assuntos relacionados com as pessoas e redução de conflitos e objectivos funcionais divergentes;
Melhoria da aceitação e compreensão do sistema integrado entre os trabalhadores e redução da resistência;
Poupança de tempo e dinheiro e eliminação de mensagens contraditórias e confusas através de programas de formação mais eficazes. A melhor utilização de recursos e formação eficaz melhora também a comunicação e o espírito de equipa;
Poupança de dinheiro e melhoria da imagem de mercado através do aumento da eficiência e eficácia dos processos e melhor utilização dos recursos, mantendo a quota de mercado e a vantagem competitiva. A organização passa a ser vista pelas partes externas como uma unidade a trabalhar para os mesmos fins, em vez de sistemas separados, o que aumenta a credibilidade;
Melhoria da arrumação/organização geral dos postos de trabalho e redução de tempos mortos ou “sem valor acrescentado”.
28Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Ref: (Karapetrovic e Willborn,1998), Block e Marash (2002), e Zutshi
e Sohal (2005)
Obstáculos à integração Insuficiente harmonização das normas de referência;
Existência de diferentes “clientes” e diferentes percepções das partes interessadas. Para os SGQ, os clientes são indivíduos ou organizações que adquirem um produto ou um serviço, para os SGAs, os clientes são o público em geral, a comunidade local e o governo e muitas vezes estes “clientes” não reconhecem o esforço ou não acrescentam proveito financeiro à organização. Um sistema integrado tem que ter em conta as preocupações de todos;
Existência de conflitos inter-funcionais, devido a diferentes interesses e motivações. Os interesses respeitantes ao ambiente são mais homogéneos internamente e externamente do que os interesses relacionados com a melhoria da qualidade do produto;
Dificuldade em encontrar denominadores comuns para algumas funções da organização;
Dificuldade de obtenção de conhecimentos técnicos para cobrir todos os requisitos do sistema. Falta de competências e apoio técnico para desempenhar todas as funções novas e alterações necessárias;
Possível perda de identidade das funções, levando à rejeição da integração por parte dos responsáveis;
Resistência das pessoas à mudança. Dificuldade em integrar requisitos normalmente associados a uma função, noutra função da organização, dificuldade em estabelecer trocas de informação, dificuldade em alterar a estrutura organizacional;
Existência de diferentes métodos operacionais de gestão: gestão por projecto em SGAs versus gestão por processos em sistemas de gestão da qualidade;
Integração efectuada com SGQs existentes pouco eficazes e eficientes;
Alocação de demasiados ou insuficientes recursos ao sistema;
Inadequação das metodologias de auditoria para catalisar a melhoria, avaliar a eficiência do sistema, ou lidar com as diferençasde âmbito e objectivo dos requisitos de qualidade e ambiente;
Atrasos e resistência na concretização da integração dos sistemas e no próprio funcionamento do sistema integrado devido à faltade planeamento estratégico e consequentemente de uma linha orientadora;
Mudanças na legislação que obrigam a organização a rever os seus procedimentos e objectivos;
Dificuldade em reportar os resultados por parte dos gestores responsáveis por assegurar esta informação originando atrasos nafinalização e dificultando a definição dos planos de melhoria. A gestão de topo necessita de relatórios com resultados fiáveis atempadamente;
Atrasos na integração em alguns departamentos da organização relativamente a outros;
Preocupação que uma integração aumente o potencial para por em perigo a certificação ISO 9001 durante a auditoria de certificação conjunta devido a um mau desempenho ambiental ou vice-versa.
Referências: (Karapetrovic e Willborn, 1998a; Zutshi e Sohal, 2005; Karapetrovic, 2002; Block e Marash, 2002):
29Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Modelos de integração
Conversão
Fusão
Engenharia de sistemas
IQA – Quality Information Centre (2005), “Integrated Management Systems – Fact Sheet”, http://www.iqa.org
30Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Modelos de integração -
requisitos Incorporar os elementos comuns dos sistemas de gestão;
Ser genérico, universalmente aplicável a todas as organizações e a todos os sistemas de gestão;
Ser flexível, ter a capacidade de cumprir os requisitos específicos da qualidade, ambiente ou qualquer outro sistema de gestão;
Ser completamente compatível com as funções específicas dos modelos de sistemas de gestão como por exemplo as abordagens por processos e ciclo
PDCA, de forma a estreitar a transição do modelo genérico para o específico, e vice-versa;
Suportar a metodologia relacionada para implementar, manter, avaliar e melhorar um SGI na organização. Por exemplo, permitindo a inclusão de práticas apropriadas
de auditoria, uma vez que nenhum SGI pode existir sem um alinhamento simultâneo das auditorias.
(Jonker e Karapetrovic, 2004).31Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Limitações dos modelos de
Gestão da
Qualidade e outros
Esquecem a questão do poder dentro das
organizações
Não vêem as organizações como “entidades
políticas”
Não consideram as coligações dos grupos
dominantes que tendem a satisfazer os seus
próprios interesses
Tem de existir algum tipo de equilíbrio entre
eficácia, eficiência e soluções organizacionais
Não clarificam os interesses das partes
interessadas
32Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Gestão integrada de processos Objectivos e indicadores
relevância dos indicadores ligados à qualidade?
Esquecimento dos especificamente ligados ao ambiente e SST?
Porquê?
Para evitar a departamentalização
Reconhecida a existência de princípios ou partes comuns ou similares Subsistemas da gestão global; melhoria contínua; prevenção;
estrutura equivalente (política, planeamento, implementação/funcionamento, verificação e acção correctiva, revisão pela gestão)
Os sistemas pós-qualidade não tinham argumentos suficientes para construírem áreas autónomas
Maior experiência dos profissionais da qualidade e sua reacção rápida
…
33Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Gestão da Qualidade Gestão ambiental
Gestão financeira
Gestão de saúde,
higiene e segurança no
trabalho
Processos/aspectos
comuns
Processo de gestão
Processos relacionados com o cliente
Processos de gestão documental
Processos de realização do produto/serviço
Processo de gestão de recursos humanos
Processo de melhoria contínua
Processos relacionados com os fornecedores
Processos de monitorização e medição
Processo de gestão de emissões/efluentes/resíduos
Processo de gestão de incidentes/emergências
Exemplos de processos de uma organização e as interligações das componentes de gestão da organização (adaptado de ASCAP, 2003)
34Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Integração
Tipos de integração
Integrar documentação (Block & Marash,
2002)
Alinhar processos chave, objectivos e
recursos
Criar sistema “tudo em 1”
Níveis de integração
Executivo
Intermédio
OperaçõesKarapetrovic, S., “Strategies for the integration of management systems and standards”, The TQM
Magazine, Vol. 14, Nº1, 2002, pp. 61-6735
Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Níveis de integração - exemplos Administrativo
Controlo de documentos e de registos; tratamento
documental dos requisitos/não conformidades, acções
correctivas, preventivas, etc.
Técnico
Planeamento e operação dos processos tecnológicos,
dispositivos de monitorização e medição, manutenção,
emergência, requisitos técnicos e legais, concepção e
desenvolvimento
Gestão
Responsabilidade e autoridade, competência e
formação, compras, logística e clientes, comunicação,
auditoria, revisão pela gestão36
Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Correspondência entre standards
Table 1. The correspondence between OHSAS
18001:1999, ISO 14001:1996 and ISO
9001:2000.
Wilkinson, G. and Dale, B. G.(2002) 'An examination of the ISO 9001:2000 standard and its
influence on the integration of management systems', Production Planning & Control, 13: 3,
284-29737
Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Aspectos comuns aos referenciais ISO 9001,
ISO 14001, OHSAS 18001 e SA 8000
Organização e Gestão por processos
Identificação de requisitos e a sua implementação e manutenção
Planeamento, Objectivos e Programas de gestão
Competências e Formação
Gestão documental
Planeamento e Resposta a Emergências
Mecanismos de acção correctiva e acção preventiva
Envolvimento da Gestão de Topo e Revisão pela Gestão
Auditorias internas38
Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Casos de integração
1. Controlo dos documentos
2. Controlo dos registos
3. Competência, formação consciencialização
4. Revisão
5. Perigos e Riscos; Aspectos e Impactes
6. Avaliação da Conformidade Legal
7. Não conformidades, AC, AP, Incidentes
39Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Integração de sistemas –
“Lições”
O comprometimento da gestão e revisão pela gestão para definir a estratégia, alocar recursos, e transmitir “mensagem”
para todos os trabalhadores.
Designar uma pessoa entre o nível de chefia intermédia e de topo para servir de elo de ligação e motivação entre a gestão de topo e os
outros trabalhadores
Formação eficaz de todos os trabalhadores para combater resistências e desenvolver competências
A gestão documental é fundamental
Realizar auditorias numa base regular
Mudança da cultura organizacional e eliminação dos “vícios” pessoais Desenvolver espírito de equipa e de colaboração numa causa
comum
É necessária uma proximidade e um trabalho conjunto com os fornecedores e sub-contratados
A comunicação é um dos meios mais eficazes para vencer uma série de desafios.
(Zutshi e Sohal, 2005) 40Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Erros típicos
Registos de medição e controlo: sem tratamento
Reclamações: meras análises quantitativas
Não conformidades: um único caso de cada vez
Acções preventivas: “em vias de aparecimento”
Dados do mercado inexistentes
A revisão do SGQAS: uma acta “para auditor ver”
Os objectivos e metas: sem suporte de dados
41Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Consenso ?
A organização tem vantagens internas ao
aproveitar
A semelhança das abordagens
O mesmo suporte administrativo
A possibilidade de responder de uma forma
sistemática à necessidade de cumprir a legislação
aplicável
A organização tem vantagens externas porque
poupará recursos
Na consultoria
Nas auditorias externas
42Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Consenso ?
A promessa de “2 em 1” ou “3 em 1” é aliciante
para os gestores
A integração constitui um desafio
A complexidade de implementação e gestão
aumenta
Ilusões de facilidade (abordagens tecnicamente
deficientes, por exemplo ao nível ambiental e da
SST)
Perde-se a oportunidade de aprendizagem com um
sistema e adaptação a outro
43Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Auditorias a sistemas integrados
Verificar se as actividades relativas à qualidade e os
resultados associados estão conformes com as
disposições previstas
Verificar se os processos e actividades estão
adequadamente documentados
Verificar se as instruções e informações transmitidas
pela documentação estão a ser entendidas e postas
em prática
Determinar a eficácia dos sistema
44Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Auditorias Externas Vantagens são mais enunciadas que verificadas
Nível administrativo: algumas vantagens
Nível técnico: tendem a ser independentes
Um auditor por cada sistema: o esforço de coordenação tende a aumentar
Tempo total menor = menos auditoria
Conclusões
Auditoria parcial não integrada Actividades, processos e áreas físicas
Auditoria Global a um Sistema (integrado) abrangência
45Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Agenda Introdução
Normas
Integração
Exemplo
Lopes, S., "Integração de Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiente – caso de estudo” dissertação do em Mestrado em EngenhariaIndustrial, Universidade do Minho, 2006.
Idrogoa, A.A., Paladini E. P.; Arezes P.M.; Sousa, S.D., “Sistema Integrado de Gestão – SIG: Um modelo paraas PMEs (Integrated Manegement Systems - SIG: A model for SMEs)”, in proceedings of the Colóquio Internacional de Segurança e Higiene Ocupacionais -SHO2011, Guimarães, 10 e 11 Fevereiro, 2011, pp309-313.
Conclusões46
Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Exemplo
Estudo do SGQ existente
Processos de gestão e suporte
Processos de negócio
Estratégia e Modelo de integração
Integração da componente ambiental no SGQ
Integrar os requisitos ambientais nos processos e
actividades existentes, sempre que possível
“Desenvolver” o processo “Gestão Ambiental”
47Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Exemplo Nível de integração Manual único, procedimentos únicos para requisitos
como auditorias, formação, revisão pela gestão
Planeamento/gestão e melhoria - integrar, dentrodo possível
Aspectos mais técnicos tratados específica edistintamente
No futuro, pretende-se uma integração o maiscompleta possível entre a gestão da qualidade eambiente e a integração de todos as componentesda organização num sistema único
48Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Descrição da integração Por requisito da Norma NP EN ISO 14001:2004
Descrição do planeamento (em alguns casos,apresentação de várias possibilidades analisadas)
Descrição da implementação (apresentação dealgumas das dificuldades e debilidades do sistemae dos benefícios)
Realização de entrevistas informais/ Observaçãodas actividades e circunstâncias/ Análisedocumental
49Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Resultado da integração – Visão por
processo
Processo Alterações/ dificuldades
Gestão de recursos
humanos
Gestão de recursos de
informação e tecnologia
Integração dos requisitos ambientais
Gestão de recursos
materiais
Integração dos requisitos ambientais
Dificuldades: Falta de tempo e formação
Gestão ambiental Criação de actividades para assegurar a gestão
adequada dos aspectos ambientais
Gestão da melhoria
contínua
Integração dos requisitos ambientais
50Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Resultado da integração – Visão por
processo
Processo Alterações/ Dificuldades
Compreender mercados e
clientes
Desenvolvimento de
produtos e serviços
Marketing e vendas
Integração dos requisitos ambientais
Desenvolver a visão e
estratégia
Integração dos requisitos ambientais
Dificuldades: Integração nos modelos existentes,
inexistência de um “programa de gestão da
qualidade”, objectivos de diferentes níveis com
relações pouco claras e formalizadas, resistência
em alterar os modelos existentes, pouca
participação efectiva dos diferentes responsáveis
Produção e fornecimento de
produtos e serviços
Integração dos requisitos ambientais
Dificuldades: “Mudar mentalidades”/
“Responsabilização”51Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Conclusões / discussão / extensões
Empresa Portuguesa de Telecomunicações
Benchmarking
PMEs
Balanced Scorecard
Estrutura organizacional
52Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST
Referências Idrogoa, A.A., Paladini E. P.; Arezes P.M.; Sousa, S.D., “Sistema Integrado de Gestão – SIG: Um
modelo para as PMEs (Integrated Management Systems - SIG: A model for SMEs)”, inproceedings of the Colóquio Internacional de Segurança e Higiene Ocupacionais - SHO2011, Guimarães, 10 e 11 Fevereiro, 2011, pp309-313.
Neto, H., Arezes, P.M., Sousa, S.D., "New performance indicators for the Health and Safety domain: a benchmarking use perspective", ESREL 2008 & 17th SRA-Europe Conference, Valencia - Spain , 22-25 September, pp761-765.
Lopes, S., "Integração de Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiente – caso de estudo” dissertação do em Mestrado em Engenharia Industrial, Universidade do Minho, 2006.
Pires, A.R. (2004), “Qualidade – Sistemas de Gestão da Qualidade”, 3ª edição, Edições Sílabo, Lda
Wilkinson, G. e Dale, B.G. (2002), “An examination of the ISO 9001:2000 standard and its influence on the integration of management systems”, Production Planning & Control, Vol. 13, No. 3, pp. 284-297
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Jonker, J. and Karapetrovic, S. (2004), “Systems thinking for the integration of management systems”, Business Process Management Journal, Vol. 10, No. 6, 2004, pp. 608-615
Zutshi, A. e Sohal, A.S. (2005), “Integrated management system – The experience of three Australian Organizations”, Journal of Manufacturing Technology Management, Vol. 16, No.2, pp. 211-232
Molina-Azorín, F, J. J. Tarí, E. Claver-Cortés and M. D. López-Gamero,“Quality management, Environmental management and firm performance: A review of empirical studies and issues of integration”, International Journal of Management Reviews, Volume 11 Issue 2 pp. 197–222.
53Sérgio Sousa - FEUP 20110224 - DemSSO > Integração de
SGQ, A e SST