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Oficina elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia Espionagem na rede provoca crise e protestos Revelação de que o governo dos Estados Unidos vigia e espiona a atividade de cidadãos na internet gera reação internacional (Mariana Bomfim/Almanaque Abril) “Nossa privacidade já se foi faz tempo”

Internet e tecnologia final

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Espionagem na rede provoca crise e protestos

Revelação de que o governo dos Estados Unidos vigia e espiona a atividade de cidadãos na internet gera reação internacional (Mariana Bomfim/Almanaque Abril)

“Nossa privacidade já se foi faz tempo”

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As revelações de que a presidente Dilma Rousseff tornou-se um alvo direto da vigilância da NSA (Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos), acenderam um alerta de emergência no alto escalão do governo.

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Documentos secretos revelados pelo jornal norte-americano The Washington Post e pelo britânico The Guardian, no início de junho, revelaram que o governo dos Estados Unidos (EUA) simplesmente espiona na rede a vida dos cidadãos comuns desde 2007.

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Vivemos em uma sociedade em que a informação é uma mercadoria e é também um recurso estratégico.

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Somos supervisionados também pelas operadoras de cartões.

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Passar o cartão é tão corriqueiro quanto escovar os dentes. Mas por trás desse ato banal existe algo que você nem imagina: bancos de dados que registram todos os seus passos e sabem muito sobre você.

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As empresas de cartão são capazes de prever se uma pessoa vai se divorciar. E com até dois anos de antecedência - ou seja, antes que o próprio indivíduo tenha resolvido acabar com o casamento. Suas compras dizem muito sobre você. E a maquininha está ouvindo.

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Quando você passa o cartão, ela se comunica com a credenciadora (nome técnico da empresa de cartão) e com o seu banco - ambos precisam autorizar a transação. Durante os segundos em que o visor diz "processando", muita coisa acontece. Uma bateria de computadores checa várias informações, como o valor da compra, o tipo de estabelecimento, o horário e o período entre essa compra e a anterior. Para descobrir se é você mesmo que está usando o cartão, tudo isso é comparado com o seu histórico. Já teve o cartão bloqueado ao fazer uma compra muito alta, num lugar onde nunca tinha estado, ou porque usou o cartão duas vezes em menos de uma hora? Os computadores concluíram (incorretamente) que a operação não batia com os seus padrões de consumo. O problema é que essas regras são estáticas, ou seja, não conseguem acompanhar a evolução e a variedade de golpes, calotes e trapaças envolvendo cartões. Então as empresas resolveram partir para uma técnica muito mais sofisticada: as redes neurais. Basicamente, são programas de computador que conseguem aprender sozinhos: analisam as próprias decisões, descobrindo onde acertaram e erraram, e também são capazes de inventar novos critérios de julgamento. Enquanto você está comprando, tem um robô pensando a respeito.

E ele sabe muito sobre você: que a sua comida preferida é a japonesa e, mais que isso, que você costuma frequentar mais as temakerias de determinado bairro. Que a sua família provavelmente acaba de comprar um animal de estimação - por causa das visitas frequentes a pet shops. Que sua irmã, prima, amiga ou até você mesma vai se casar - pelos gastos crescentes em floricultura, igreja, bufês, loja de vestidos. Que você está usando óculos, por causa das contas em oftalmologistas e óticas. É um grande estudo psicológico ou sociológico sobre a população - baseado apenas em dados. E, como as empresas de cartão têm um banco de dados monstruoso - só o computador central da MasterCard, nos EUA, armazena 652 mil gigabytes de dados (175 vezes o tamanho da Biblioteca do Congresso americano, a maior do mundo) - estão chegando a conclusões bem específicas. Ou, no mínimo, curiosas. Segundo o economista americano Ian Ayres, professor da Universidade Yale e autor do livro Supercrunchers, sobre estatística e análise de dados, elas têm como saber, com até dois anos de antecedência, se uma pessoa vai se divorciar. "A Visa já faz isso, para prever melhor o risco de atrasos no pagamento", afirma. É que a separação desestrutura a vida financeira das pessoas, aumentando muito as chances de calote. Ayres não revela como a empresa faz isso (quais tipos de compra poderiam revelar propensão ao divórcio), mas a informação foi confirmada por uma empresa que também tem enormes bancos de dados sobre seus consumidores: o Google. "O grau de acerto é de 98%", disse a vice-presidente do Google, Marissa Mayer. "Eles veem isso pelo padrão das suas compras."

As empresas de cartão de crédito negam. Mas alguns critérios acabaram vazando. Por exemplo: se você muda de supermercado, tem grandes chances de estar com problemas financeiros. É o que pensa a American Express, que nos EUA rebaixou o limite de crédito de consumidores que tinham começado a frequentar o Wal-Mart - porque seus computadores apontaram que, pelo menos para os americanos, comprar lá indica queda no padrão de vida. "Segundo nossa análise, os consumidores que fazem transações com certas lojas apresentam maior probabilidade de não pagar", declarou a Amex em nota. A medida, que também afetou quem comprava em outros estabelecimentos comerciais, deu resultado: o índice de inadimplência da empresa caiu de 4,9% para 4,4%. Ninharia? Muito pelo contrário: cada 1% a menos de calote no setor equivale a US$ 10 bilhões economizados pelas empresas de cartão. Afinal, estamos falando de uma dívida gigantesca, que só nos EUA chega a US$ 972 bilhões (mais da metade do PIB brasileiro).

http://super.abril.com.br/cotidiano/seu-cartao-sabe-tudo-543527.shtml

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FIM DA PRIVACIDADE

O telefone tocou e uma voz do outro lado da linha disparou: “Estou ligando em referência ao seguro de seu automóvel placa XCE 3434... Informamos que nossa empresa não tem mais interesse em renovar a sua apólice... Agradecemos sua atenção e desejamos um bom fim de semana!”.

Alguns dias depois, a cliente descobriu o que havia acontecido. Nos últimos três meses, vinha comprando em lotes garrafas de whisky e vodka para a festa de casamento da filha de forma a não pesar no orçamento doméstico.

Porém, em todas as ocasiões no momento da compra, apresentou seu cartão fidelidade da rede de supermercado. Pronto! A seguradora estava tendo acesso às informações levando-a a crer que a cliente estava excedendo no consumo de bebida alcoólica e poderia vir a causar um sinistro dirigindo seu carro.

Bem-vindos ao mundo em que a privacidade não existe mais.

http://brasil.planetasaber.com/theworld/gats/article/default.asp?ts=1&pk=2800&art=59&section=265254

TESOUROS DA BARSA O professor Alexandre Freire escreveu o artigo “Sociedade vigiada: o fim da privacidade” originalmente para o Livro do Ano 2009, da Enciclopédia Barsa. O texto, reproduzido a seguir na íntegra, já na nova ortografia, saiu nas páginas 449 a 451 da obra.

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Empresas como a Google e Facebook monitoram todas as atividades dos seus usuários (páginas visitadas, padrões de relacionamentos sociais, palavras-chaves de buscas e muito mais) para melhorar a eficácia da publicidade dirigida.

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Muito cuidado com o que você faz na internet. Casos de violação de privacidade (vídeos eróticos - meninas).

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A polícia marroquina prendeu dois jovens, um menino de 15 anos e uma menina de 14, que postaram uma foto na rede social Facebook se beijando. A imagem foi tirada do lado de fora da escola dos jovens, em Nador, cidade portuária de Marrocos

No Marrocos, os valores conservadores dos muçulmanos passaram a ser desafiados no ciberespaço

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http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/marido-descobre-que-foi-traido-por-

aplicativo-do-iphone-20111017.html

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Preso atualiza perfil no Facebook de dentro de delegacia

Depois das denúncias de que detentos do presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus, mantinham perfis nas redes sociais, outro preso tem um perfil na mesma rede social descoberto pela polícia.

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A garota teve a identidade, o local de trabalho e até imagens de familiares divulgados na internet.

Fran, de Goiânia, teve um vídeo íntimo divulgado pelo ex-parceiro. As redes sociais compartilharam. Isso serve ao controle da sexualidade da mulher.

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Amanda Todd, a adolescente que cometeu suicídio por sofrer bullying

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No caso do Brasil, falta um marco legislativo, de leis que tratem exclusivamente sobre internet.

Atualmente, o principal projeto de lei nesse sentido, em tramitação na Câmara, é o Marco Civil da Internet.

O Marco quer reunir as diretrizes e estabelecer “direitos e responsabilidades de usuários, provedores e poder público no uso da internet”.

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O Marco Civil da Internet é uma iniciativa legislativa, surgida no final de 2009, para regular o uso da Internet no Brasil, por meio da previsão de princípios, garantias, direitos e deveres de quem usa a rede, e da determinação de diretrizes para a atuação do Estado.

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O Marco Civil foi apresentado como um Projeto de Lei do Poder Executivo à Câmara dos Deputados, sob o número PL 2126/2011 (atualmente apensado ao PL 5403/2001). O texto do projeto trata de temas como neutralidade da rede, privacidade, retenção de dados, a função social da rede e responsabilidade civil de usuários e provedores.

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Mesma sorte não teve um advogado paranaense que, trabalhando em um escritório de São Luís do Maranhão, passou a publicar comentários em sua rede social criticando a cultura maranhense. Alegou que o Brasil não evoluiria por causa dos nordestinos e sugeriu que as regiões Norte e Nordeste sejam riscadas do mapa brasileiro, restando apenas Sul e Sudeste. A Ordem dos Advogados instaurou procedimento disciplinar contra o advogado por conduta indevida de xenofobia e ele hoje está em vias de perder seu registro para exercício da atividade.

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Uma das definições que o integra é a discussão sobre os limites do Estado na internet, como pressuposto para que ela seja um ambiente livre e democrático, e pretende evitar ações como o monitoramento executado pelo governo norte-americano. Uma das poucas leis sobre segurança na internet no país é a Lei 12.737/2012, apelidada de “Lei Carolina Dieckmann”, que entrou em vigor em abril. Ela tipifica crimes eletrônicos, como a invasão de computadores e smartphones e a interrupção proposital de provedores e sites. Como a lei foi discutida na mesma época em que fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann foram vazadas na internet, o apelido pegou.

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O episódio do vazamento mostra, inclusive, que as pessoas podem ser negativamente afetadas pela falta de segurança e regulamentação ainda que não participem de nenhuma atividade ilegal. Mesmo que o governo dos EUA não tenha interesse na vida pessoal da população civil, muitas empresas estão atentas ao que acontece na rede, já que é possível traçar um perfil detalhado de um cidadão só pelas informações que ele fornece espontaneamente. A Target, uma rede de lojas norte-americana, desenvolveu um algoritmo que descobre quais clientes estão grávidas e então oferece a elas produtos para gestantes e bebês. O algoritmo cruza dados sobre o consumo feminino e sabe que, se uma mulher de 23 anos comprou uma loção de manteiga de coco, suplementos alimentares, uma bolsa grande e um tapete azul, há 87% de chances de ela estar grávida. Como o volume de pessoas que utiliza a internet está crescendo continuamente, casos como o da Target devem se tornar cada vez mais frequentes.

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O episódio do vazamento mostra, inclusive, que as pessoas podem ser negativamente afetadas pela falta de segurança e regulamentação ainda que não participem de nenhuma atividade ilegal.

Mesmo que o governo dos EUA não tenha interesse na vida pessoal da população civil, muitas empresas estão atentas ao que acontece na rede, já que é possível traçar um perfil detalhado de um cidadão só pelas informações que ele fornece espontaneamente. A Target, uma rede de

lojas norte-americana, desenvolveu um algoritmo que descobre quais clientes estão grávidas e então oferece a elas produtos para gestantes e bebês. O algoritmo cruza dados sobre o consumo feminino e sabe que, se uma mulher de 23 anos comprou uma loção de manteiga de coco, suplementos alimentares, uma bolsa grande e um tapete azul, há 87% de chances de ela estar grávida. Como o volume de pessoas que utiliza a internet está crescendo continuamente, casos como o da Target devem se tornar cada vez mais frequentes.

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O episódio do vazamento mostra, inclusive, que as pessoas podem ser negativamente afetadas pela falta de segurança e regulamentação ainda que não participem de nenhuma atividade ilegal. Mesmo que o governo dos EUA não tenha interesse na vida pessoal da população civil, muitas empresas estão atentas ao que acontece na rede, já que é possível traçar um perfil detalhado de um cidadão só pelas informações que ele fornece espontaneamente. A Target, uma rede de

lojas norte-americana, desenvolveu um algoritmo que descobre quais clientes estão grávidas e então oferece a elas produtos para gestantes e bebês. O

algoritmo cruza dados sobre o consumo feminino e sabe que, se uma mulher de 23 anos comprou uma loção de manteiga de coco, suplementos alimentares, uma bolsa grande e um tapete azul, há 87% de chances de ela estar grávida. Como o volume de pessoas que utiliza a internet está crescendo continuamente, casos como o da Target devem se tornar cada vez mais frequentes.

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O termo Cypherpunks pode ser traduzido em português como “criptopunk”. Cipher deriva de ESCRITA CIFRADA.

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Os cypherpunks defendem a utilização da criptografia e de métodos similares como meio de provocar mudanças sociais e políticas.

Criado em 1990, o movimento atingiu o seu auge após a censura da internet em 2011, na Primavera Árabe.

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Andy Warhol nasceu em 1928, em Pittsburgh e morreu em 1987, em New Jersey. Era artista plástico e produtor cinematográfico, tornando-se o principal representante do pop art, que a ajudou a impor e a fazer respeitar-se nos anos 60

Indústria cultural - o conceito analisa a produção e a função da cultura no capitalismo e relaciona cultura como mercadoria para satisfazer a

utilidade do público.

Como muitos outros artistas da Pop art, Andy Warhol criou obras em cima de mitos.

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As suas obras representam, por transfiguração, a sociedade, imagens e objetos produzidos em massa, figuras conhecidas e temas da publicidade, numa critica à cultura comercial massificada

dos Estados Unidos e do Ocidente.

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massificação da cultura popular capitalista

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Organização que se dedica a publicar documentos secretos revelando a má conduta de governos, empresas e instituições, é fruto da cultura cypherpunk.

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Organização que se dedica a publicar documentos secretos revelando a má conduta de governos, empresas e instituições, é fruto da cultura cypherpunk.

Fundado em 2006, o WikiLeaks ficou famoso em 2010, quando publicou milhares de documentos secretos norte-americanos supostamente vazados pelo soldado Bradley Manning, que servia no Iraque.

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Com o WikiLeaks, a ideia era manter um canal totalmente seguro para o envio de documentos, com uma criptografia poderosa, que fosse não apenas inviolável a ataques, mas que erradicasse qualquer informação sobre a sua origem. Nada mais de encontros em garagens subterrâneas, como fizera o famoso “Garganta Profunda”, codinome do informante dos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein, do Washington Post, no escândalo Watergate, que levou à queda do presidente norte-americano Richard Nixon, em 1974.

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O que foi o escândalo Watergate?

Foi a invasão aos escritórios do Partido Democrata americano em Washington, no conjunto de edifícios Watergate. O incidente aconteceu em 1972 e, após dois anos de investigação, culminou com a renúncia do presidente Richard Nixon. A invasão rolou durante a campanha eleitoral e, mesmo com evidências ligando o episódio ao comitê de Nixon, o presidente foi reeleito com larga margem de votos.

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Organização que se dedica a publicar documentos secretos revelando a má conduta de governos, empresas e instituições, é fruto da cultura cypherpunk. Fundado em 2006, o WikiLeaks ficou famoso em 2010, quando publicou milhares de documentos secretos norte-americanos supostamente vazados pelo soldado Bradley Manning, que servia no Iraque.

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O primeiro vazamento, em abril (2010) consistia em um único vídeo de 17 min. Seu conteúdo era chocante: dentro de um helicóptero Apache, soldados norte-americanos atacavam doze civis desarmados – entre eles, dois jornalistas da agência de notícia Reuters.

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Os documentos incluem um grande número de assuntos reveladores, dentre os principais assuntos: -Brasil oculta prisões de terroristas: O governo brasileiro de acordo com textos enviados pelo então embaixador americano no Brasil em 2008. Segundo o documento, “o governo brasileiro é um parceiro de cooperação no combate ao terrorismo e actividades relacionados com o terrorismo no Brasil [...] No entanto, os mais altos níveis do governo brasileiro, particularmente o Ministério das Relações Exteriores, são extremamente sensíveis a quaisquer créditos públicos de que terroristas têm presença no Brasil – seja para arrecadar fundos, organizar a logística, ou mesmo trânsito no país – e vai vigorosamente rejeitar quaisquer declarações implicando o contrário”. - Vários dos documentos se referem de forma pejorativa ou negativa a vários dos líderes mundiais: a respeito de Angela Merkel, chanceler alemã, foi dito que ela não teria criatividade e evitava riscos. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, foi chamado de “Hitler”, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, seria o ”imperador nú”, o presidente afegão, Hamid Karzai, como “impulsionado pela paranóia”. O Primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, foi chamado de “macho alfa”, enquanto o presidente Dmitry Medvedev de “medroso e hesitante“. Os documentos também dizem que líder norte-coreano Kim Jong-il sofre de epilepsia, que a enfermeira ucraniana em tempo integral do líder líbio Muammar Gaddhafi é uma “loira quente“, e que o premier italiano Silvio Berlusconi adora “festas”. - Espionagem na ONU: sob o nome de Hillary Clinton, mostra como órgaos diplomáticos americanos, juntamente com o FBI, a CIA e o servico

secreto americano, estavam envolvidos em uma coleta de informações biográficas e biométricas de várias autoridades da ONU e do conselho de seguranca da ONU. Estas informações incluíam detalhes técnicos dos sistemas de comunicação, e até mesmo senhas e chaves criptográgicas de segurança. Este documento foi enviado também para a embaixada americana no Brasil.

- Os líderes árabes pedem de forma privada um ataque aéreo contra o Irã - Doadores da Arábia Saudita são os maiores financiadores de grupos terroristas - Acordo secreto entre Washington e o Iêmen para encobrir o uso de aviões dos EUA para bombardear alvos da Al-Qaeda: um cabo registra que durante uma reunião em janeiro com o general David Petraeus, então comandante dos EUA no Oriente Médio, o presidente iemenita, Abdullah Saleh disse: “Nós vamos continuar dizendo que são nossas bombas não suas.“. - Descrição de um quase “desastre ambiental”, no ano passado, durante uma transferência clandestina de urânio enriquecido. - Detalhes técnicos de negociações secretas entre EUA e Rússia em Genebra, Suíça, sobre mísseis nucleares. - Choque dos diplomatas americanos com o rude comportamento do príncipe Andrew (do Reino Unido), quando no exterior. - Suspeitas de corrupção no governo afegão, com um cabo alegando que o vice-presidente Zia Massoud estava carregando 52 milhões de dólares em dinheiro quando foi parado durante uma visita ao Emirados Árabes Unidos. Massoud nega ter levado dinheiro para fora do Afeganistão. Neste domingo o site do wikileaks sofre um ataque de negação de serviço, de acordo com uma mensagem postada em seu twitter: “Estamos atualmente sofrendo um distribuído ataque de serviço em massa”. Foi criado um o cablegate.wikileaks.org, um novo site para divulgar os documentos, onde estes podem ser visualizados e agrupados de diversas formas, além de apresentar várias estatísticas. Acredito que nos próximos dias veremos vários escândalos surgirem a medida que os documentos são analizados e absorvidos. Pretendo publicar mais detalhes dos documentos, especialmente aqueles que envolvem o Brasil.

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Soldado do Exército americano Bradley Manning tinha 22 anos quando, destacado para servir no Iraque, passava os dias confinado numa sala da Base Operacional de Hammer.

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Trabalhando como analista de inteligência, lia milhões de telegramas diplomáticos e mapas militares, e via vídeos e material de espionagem que o fizeram questionar profundamente o papel de liderança dos EUA e a causa da guerra ao terror.

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Decidiu, em 2010, compartilhar suas descobertas, entregando mais de 700 mil documentos altamente sigilosos a Julian Assange, do site WikiLeaks. Continuou isolado — mas, a partir dali, atrás das grades.

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Manning poderia ter vendido as informações por uma soma substancial para um governo estrangeiro ou um grupo de terroristas. Em vez disso, ele aparentemente arriscou sua liberdade, sabendo que pagaria um preço, para mostrar o que acontecia ao mundo – ele disse isso quando acreditou que estava falando em particular. Ele queria promover “discussão mundial, debates e reformas”.

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O soldado Bradley Manning, acusado de fornecer arquivos secretos dos Estados Unidos ao site de vazamentos WikiLeaks, foi sentenciado a 35 anos de prisão por ter fornecido mais de 700 mil arquivos secretos, vídeos de confrontos e comunicações diplomáticas para o WikiLeaks, um site pró-transparência – entre eles 250 mil "cables"

(como são chamados os telegramas diplomáticos) do Departamento de Estado, caso que ficou conhecido como CABLEGATLE.

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Fevereiro de 2010 – época do primeiro vazamento de informações reconhecido posteriormente por Manning. Ele enviou dados da embaixada dos EUA na Islândia ao WikiLeaks. Maio de 2010 – Manning é preso pelo Exército por ter por relação com a divulgação de um vídeo que mostrava um ataque feito pelo país em Bagdá, no Iraque, em 2007, que na época causou a morte de diversas pessoas (posteriormente, ele reconheceu ter divulgado o vídeo por ter ficado “horrorizado com a gravação”). Ele trabalhava como analista de inteligência em Bagdá. Em julho, ele é levado para a prisão de Quantico, onde fica em uma solitária. Ao longo de 2010, o WikiLeaks publica mais de 500 mil documentos secretos sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque. Janeiro de 2011 – Anistia Internacional denuncia a situação de Manning na prisão 11 de março de 2011 – Acusações contra Manning são atualizadas e chegam a 22, incluindo “conluio com o inimigo”. Abril de 2011 – Manning é transferido de Quantico para a prisão de Fort Leavenworth, no Kansas (centro dos EUA). 19 de junho de 2011 – O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que encorajou as ações de Manning, se refugia na embaixada do Equador em Londres e pede por asilo no país em uma última tentativa de evitar sua extradição para a Suécia, onde é acusado de estupro. Março de 2012 – A ONU afirma que Manning tem sido submetido a um “tratamento cruel e degradante”. 28 de fevereiro de 2013 – Em audiência, Manning se declara culpado de uso indevido de material confidencial, que ele disse ter sentido que “deveria se tornar público”, mas nega a acusação mais grave, de conluio com o inimigo. Ele justificou seus atos pelo desejo de "provocar um debate público sobre as Forças Armadas e a Política Externa" dos Estados Unidos. Na ocasião, Bradley disse que se interessou pelos documentos, os quais ele "tinha certeza de que não causariam dano" à segurança nacional. A promotoria segue suas acusações e pede que ele seja condenado pelas acusações mais graves, que poderiam gerar uma pena de prisão perpétua sem liberdade condicional.

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3 de junho de 2013 – Começa o julgamento militar no qual Manning é réu.

30 de julho de 2013 – Manning é considerado culpado de 19 acusações criminais relacionadas aos vazamentos, mas é inocentado da mais séria das acusações, a de "conluio com o inimigo". Ele é condenado por cinco acusações de espionagem, cinco de furto, uma de fraude eletrônica e outras infrações militares. 14 de agosto de 2013 - Manning pede desculpas diante do tribunal militar e reconhece que "causou dano" aos Estados Unidos. Essa foi a primeira vez que o soldado mostrou algum arrependimento pelo vazamento das informações militares e diplomáticas sigilosas. Também é anunciado que ele sofria de um "desequilíbrio mental" ligado à sua identidade sexual, que lhe causava episódios de cólera, mas nunca perdeu o acesso a arquivos sigilosos.

19 de agosto de 2013 – Promotoria pede pena mínima de 60 anos de prisão para Manning – pelos crimes aos quais foi condenado, o soldado poderia enfrentar uma pena máxima de 90 anos. Defesa alegaram que Manning deveria ter uma pena branda, alegando que ele era ingênuo, mas bem-intencionado.

21 de agosto de 2013 – A juíza do caso, a coronel Denise Lind, condena Manning a 35 anos de prisão. Ele também sofrerá uma dispensa desonrosa do exército, de acordo com a juíza. WikiLeaks classifica a pena como uma “vitória estratégica", uma vez que o soldado poderá pleitear liberdade condicional em menos de nove anos. 22 de agosto de 2013 - Em declaração lida em progama de TV, Manning diz que é uma mulher, quer viver como mulher e ser chamado de Chelsea. Seu advogado, David Coombs, diz que Manning espera receber o indulto presidencial do democrata Barack Obama. 23 de agosto de 2013 - O jornal britânico "The Independent" diz que o Reino Unido a mantém uma estação secreta de monitoramento no Oriente Médio para interceptar telefonemas, emails e acessos à Internet, que são partilhados com agências de inteligência dos EUA. O presidente Barack Obama afirmou que confia no fato de que não há abusos no vasto programa de vigilância.

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ex-técnico da CIA Edward Snowden, de 29 anos, é acusado de espionagem por vazar informações sigilosas de segurança dos Estados Unidos e revelar em detalhes alguns dos programas de vigilância que o país usa para espionar a população americana – utilizando servidores de empresas como Google, Apple e Facebook – e vários países da Europa e da América Latina, entre eles o Brasil, inclusive fazendo o monitoramento de conversas da presidente Dilma Rousseff com seus principais assessores.

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Snowden tem certificado de hacker ético, segundo o jornal "The New York Times",

documento concedido pela International Council of E-Commerce Consultants (EC-Council) enquanto o agente trabalhava na Dell, em 2010, contratado pela Agência de Segurança Nacional.

Segundo o site da entidade, um hacker ético é aquele que testa a segurança de redes e os sistemas de computadores para encontrar vulnerabilidades e brechas a fim de comunica-las às empresas, para que as repare.

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Snowden disse que sentiu a obrigação de denunciar ao mundo, mesmo a um custo pessoal alto, os descomunais poderes de vigilância acumulados pelo governo dos EUA.

Ele disse que poderia ter ficado anônimo, mas que sua mensagem teria mais ressonância se viesse de fonte identificada. "O público precisa decidir se

esses programas e políticas são certos ou errados", disse Snowden ao The Guardian.

"Eu estou disposto a me sacrificar porque eu não posso, em sã consciência, deixar que o governo dos Estados Unidos destrua a privacidade, a liberdade de Internet e os direitos básicos de pessoas em todo o mundo, tudo em nome

de um maciço serviço secreto de vigilância que eles estão desenvolvendo."

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Ao procurar os jornais e entregar parte dos dados, Snowden deixou o estado do Havaí e foi primeiramente para Hong Kong, em 20 de maio, antes das primeiras reportagens. Em junho, os EUA pressionaram Hong Kong para responder ao pedido de extradição, visto que há um tratado de extradição em vigor desde 1998.

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Em 23 de junho, avião com Snowden deixou Hong Kong para Moscou, na Rússia. A viagem foi feita com apoio do WikiLeaks, de Julian Assange, que enviou uma militante para ajudar o ex-técnico da CIA. O americano ficou na área de trânsito do aeroporto de Sheremetyevo por 40 dias, em um "limbo" jurídico, uma vez que não tinha documentos para entrar em território russo – seu passaporte havia sido revogado pelos Estados Unidos.

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Reportagens do jornal "O Globo" publicadas a partir de 6 de julho, com dados coletados por Snowden, mostraram que milhões de e-mails e ligações de brasileiros e estrangeiros em trânsito no país foram monitorados. Ainda segundo os documentos, uma estação de espionagem da NSA funcionou em Brasília pelo menos até 2002.

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Os dados apontam ainda que a embaixada do Brasil em Washington e a representação na ONU, em Nova York, também podem ter sido monitoradas.

Outros países da América Latina também são monitorados, segundo os dados. De acordo com o jornal, situações similares ocorrem no México, Venezuela, Argentina, Colômbia e Equador. O interesse dos EUA não seria apenas em assunto militares, mas também

em relação ao petróleo e à produção de energia.

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Espionagem no Brasil: por quê? O Brasil e os Estados Unidos são países com boas relações diplomáticas e muitas relações comerciais. Pensando dessa forma, não haveria qualquer motivo para que as agências de segurança norte-americanas realizassem espionagem no território brasileiro. Mas será que somente países inimigos fazem interceptação de informações? Greenwald diz que os interesses dos Estados Unidos nas informações brasileiras são comerciais. O Brasil é rico em recursos naturais e isso gera muito dinheiro — pelas reservas de petróleo marinhas e do pré-sal, por exemplo. Ter acesso às informações antes que outros países pode favorecer (e muito) os investidores norte-americanos. Além disso, com esses dados a competição internacional também pode ser vencida mais facilmente

Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/politica/41800-espionagem-americana-no-brasil-o-que-e-preciso-saber-.htm#ixzz2ti28xBv2

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Ele já disse que, no campo da espionagem internacional, enquanto a maioria dos países opera com serviços de inteligência equivalentes a "lançadores de morteiros", os EUA detêm "uma arma nuclear.

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O problema é que a NSA nunca foi pensada para a luta contra o terrorismo e não sabe como desempenhá-la bem. A agência foi criada após a 2ª Guerra Mundial principalmente para interceptar o máximo possível de comunicação soviética e de aliados e evitar um ataque nuclear contra os EUA. Durante a Guerra Fria, isso era relativamente fácil: os militares soviéticos se comunicam por determinadas frequências, os diplomatas por outras, a Marinha por outras. Mas os terroristas usam as mesmas comunicações que todo mundo usa, o mesmo sistema telefônico, a mesma internet. A agência argumenta que, para proteger o mundo de terrorismo, precisa coletar as informações de todo mundo. Ora, quando você cria essa montanha de dados, como é que encontra informações ali dentro? BBC Brasil – Como conduzir essas investigações de forma mais eficiente? Bamford – Concentrando-se nos alvos a partir de suspeitas. É o oposto do que eles estão fazendo. Eles estão colhendo os dados de todo mundo para depois buscar na base de dados. É contraprodutivo. E eles não têm direito a botar as mãos nesses dados. Há formas legais, apropriadas e éticas de fazer isso sem violar a privacidade de todo mundo.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/11/131105_entrevista_james_bamford_espionagem_mm_pu.shtml

Jornalista James Bamford, especialista em assuntos de espionagem e pesquisador sobre a Agência Nacional de Segurança (NSA) há mais de 30 anos

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A revista "Época" também publicou reportagem sobre documento secreto que revela como os

Estados Unidos espionaram ao menos oito países – entre eles o Brasil – para aprovar sanções contra o Irã.

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O Brasil recebeu com "grave preocupação" a notícia. Em 7 de julho, o então ministro das

Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o governo solicitaria esclarecimentos aos EUA e ao embaixador americano no Brasil. Questionado sobre as denúncias, o governo americano afirmou que não discutirá questões publicamente, mas intramuros diretamente com a estrutura diplomática do país.

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Em 12 de julho, Dilma Rousseff disse, durante cúpula do Mercosul no Uruguai, que o bloco deve adotar "medidas cabíveis pertinentes" para evitar a repetição dos episódios. "Mais do que manifestações, devemos também adotar medidas cabíveis pertinentes para coibir a repetição de situações como essa". Ela disse que a segurança do país e a privacidade dos cidadãos e empresas devem ser preservadas. "Esse é um momento de demarcar um limite para o Mercosul", declarou. No dia 3 de setembro, foi instalada no Senado Federal uma CPI que investigará denúncias de espionagem pelos Estados Unidos a e-mails, telefonemas e dados digitais no Brasil.

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Três semanas após a divulgação dos primeiros dados, a revista alemã "Der Spiegel" publicou reportagem afirmando que a União Europeia era um dos "objetivos" da Agência Nacional de Segurança (NSA). A publicação sustentou as acusações com documentos confidenciais a que teve acesso graças às revelações do ex-funcionário americano. Em um dos documentos, de setembro de 2010 e considerado "estritamente confidencial", a NSA descreve como espionou a representação diplomática da UE em Washington, usando microfones instalados no edifício e entrando na rede de informática, o que permitia a leitura dos e-mails e de documentos internos. Da mesma maneira também foi vigiada a representação da UE na ONU, segundo os dados, nos quais os europeus são classificados de "objetivos a atacar". Em 2003, a UE confirmou a descoberta de um sistema de escutas telefônicas nos escritórios de vários países, incluindo Espanha, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Áustria e Itália. A NSA chegou a ampliar as operações até Bruxelas. "Há mais de cinco anos", afirma a Der Spiegel, os especialistas em segurança da UE descobriram um sistema de escuta na rede telefônica e de internet do edifício Justus-Lipsius, sede principal do Conselho da UE, que alcançava até o quartel-general da Otan na região de Bruxelas. Em 30 de junho, o presidente do Parlamento Europeu (órgão legislativo da União Europeia), Martin Schulz, exigiu dos Estados Unidos que esclareça se espionou a União Europeia (UE). Em resposta, a Direção Nacional de Inteligência (ODNI) afirmou que os EUA responderiam através da via diplomática ao pedido de explicações.

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Da mesma maneira também foi vigiada a representação da UE na ONU, segundo os dados, nos quais os europeus são classificados de "objetivos a atacar". Em 2003, a UE confirmou a descoberta de um sistema de escutas telefônicas nos escritórios de vários países, incluindo Espanha, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Áustria e Itália. A NSA chegou a ampliar as operações até Bruxelas. "Há mais de cinco anos", afirma a Der Spiegel, os especialistas em segurança da UE descobriram um sistema de escuta na rede telefônica e de internet do edifício Justus-Lipsius, sede principal do Conselho da UE, que alcançava até o quartel-general da Otan na região de Bruxelas. Em 30 de junho, o presidente do Parlamento Europeu (órgão legislativo da União Europeia), Martin Schulz, exigiu dos Estados Unidos que esclareça se espionou a União Europeia (UE). Em resposta, a Direção Nacional de Inteligência (ODNI) afirmou que os EUA responderiam através da via diplomática ao pedido de explicações.

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Em meio às especulações sobre o destino de Sowden, o avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, foi impedido, no dia 2 de julho, por Itália, Portugal, Espanha e França de aterrisar ou sobrevoar seus territórios devido à suspeita de que o ex-técnico estivesse a bordo. Evo teve que pousar em Viena, e Snowden não foi achado na aeronave. O incidente causou protestos de Morales, que afirmou não ser criminoso.

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O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou no dia 9, por consenso, uma resolução que condena o incidente envolvendo o avião boliviano. A OEA condenaram as ações "claramente violatórias de normas e de princípios básicos do Direito Internacional, como a inviolabilidade dos chefes de Estado", destaca o comunicado lido pela Secretaria do organismo. Evo aceitou as desculpas apresentadas por França, Espanha, Itália e Portugal pelo episódio. Ele disse que o mundo foi testemunha da violação da imunidade diplomática e reiterou que se tratou de "ato de agressão arbitrária, colonial, nada amistosa, humilhante e inaceitável".

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A informação a respeito dos serviços secretos desencadeou interminável debate nos Estados Unidos e no exterior sobre o crescimento do alcance da NSA, que expandiu seus serviços de vigilância na última década. Agentes americanos garantem que a NSA atua dentro da lei.

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Mais de 80 fundações e ONGs americanas lançaram uma campanha para protestar contra o programa de vigilância online. As organizações, entre elas a American Civil Liberties Union (ACLU), as fundações World Wide Web e Mozilla, e o Greenpeace colocaram no ar o site Stopwatching.us ("Parem de nos vigiar", em tradução livre) e pediram ao Congresso que divulgue mais elementos sobre o vasto programa de vigilância.

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Obama disse que os parlamentares americanos estavam informados sobre as atividades de espionagem do governo, e afirmou que as conversas telefônicas dos americanos "não estão sendo ouvidas" e que as salvaguardas constitucionais estão sendo garantidas no processo de monitoramento. "Ninguém está ouvindo suas ligações telefônicas. O programa não é isso", disse em um dos seus primeiros comentários sobre o tema.

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Em 9 de agosto, o presidente Obama, em entrevista, prometeu agir para que o Congresso mude as medidas do Ato Patriota relativas ao monitoramento e manifestou preocupação com a transparência e o respeito à privacidade. O chefe da Agência de Segurança Nacional, general Keith Alexander, disse que a revelação dos programas de vigilância da inteligência dos EUA causou "dano irreversível" à segurança nacional e ajudou os "inimigos da América". Ele anunciou implementação de novas medidas de segurança para impedir o vazamento de informações.

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"Quanto mais os EUA souberem sobre o que os outros países estão fazendo – não só seus governos, mas suas empresas e sua população – mais poder os EUA têm sobre aquele país." De acordo com o jornalista norte-americano, é por isso que os EUA investigam a emergente Índia

e "eliminam a privacidade do mundo". Shobhan Saxena

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Por meio de um programa secreto chamado Prism, ele monitora sistematicamente os computadores servidores de nove companhias gigantes da tecnologia, algumas das quais os principais hospedeiros de e-mails mundiais: Microsoft (Hotmail), Yahoo! (Yahoo! mail), Google (Gmail), Facebook, Skype, YouTube, America Online (AOL), Apple e PalTalk.

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O governo alega que o esquema é necessário para rastrear indivíduos suspeitos de terrorismo e evitar ataques. De acordo com os documentos, o Prism permite que dois órgãos do governo, a Agência Nacional de Segurança (NSA) e a Polícia Federal (FBI) tenham acesso a e-mails, conversas em chats, tráfego de voz, arquivos baixados, comentários, fotos e vídeos em redes sociais, entre outros dados, de todas as pessoas que usam algum dos produtos dessas companhias, inclusive no Brasil.

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Segundo The Washington Post, 98% dos conteúdos do Prism são extraídos dos computadores do Yahoo! (Yahoo! mail), do

Google (Gmail) e da Microsoft (Hotmail).

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A USA Patriot Act, uma lei americana aprovada em 2001, depois dos ataques de 11 de setembro, foi invocada por membros do governo para defender a legalidade da espionagem, e também pelas empresas de internet para se defender, dizendo que foram forçadas. A lei permite que o governo dos EUA tenha acesso à comunicação eletrônica dos seus cidadãos. Porém, ocorre que o esquema montado permite vasculhar a vida das pessoas e violar direitos de cidadãos em todo o mundo. Isso porque a maioria dos serviços de redes sociais e de correios eletrônicos norte-americanos usados mundialmente tem seus servidores no território norte-americano. Portanto, qualquer pessoa que tenha um perfil no Facebook, em qualquer lugar do mundo, pode ter seus dados vasculhados pelo governo dos EUA porque eles estão submetidos à legislação norte-americana, inclusive à USA Patriot Act. Isso explica por que as revelações de Snowden deixaram governos e internautas indignados em vários países. Na Alemanha, a ministra da Justiça, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, disse que “quanto mais uma sociedade monitora, controla e observa seus cidadãos, menos livre ela é”.

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Europa exige fim da espionagem dos EUA Furiosos após as revelações de escutas telefônicas e vigilância de suas instituições pelos Estados Unidos, os europeus exigiram nesta segunda-feira o fim imediato de qualquer programa de espionagem, ameaçando bloquear futuras negociações, enquanto Washington tentava minimizar o caso. A França “não pode aceitar esse tipo de comportamento”, que deve terminar “imediatamente”, reagiu o presidente francês, François Hollande, primeiro chefe de Estado a comentar de forma firme as suspeitas de espionagem americana. “As provas reunidas são suficientes para exigirmos explicações”, acrescentou. Sem fazer referência direta à criação de uma zona de livre comércio transatlântico, que deve ser discutida ainda este mês, François Hollande considerou que negociações e transações com os Estados Unidos podem ocorrer apenas “quando forem obtidas garantias” do fim da espionagem contra a União Europeia (UE) e a França por parte de uma agência de inteligência americana. Na Alemanha, um porta-voz de Angela Merkel, Steffen Seibert, disse que os Estados Unidos deveriam “restaurar a confiança” com seus aliados europeus. “Europa e Estados Unidos são sócios, amigos, aliados. A confiança tem que ser a base de nossa cooperação e deve ser restabelecida neste campo”, disse Steffen Seibert.(...) O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, pediu para que o controle da segurança dos edifícios da Comissão em Bruxelas seja reforçado (...). O secretário de Estado americano, John Kerry, admitiu nesta segunda-feira que “não é incomum” buscar informação sobre outros países.

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Comunicação com a REDE no Brasil (2012/2013)

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A REDE no mundo(2012)

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Uma das revelações mais chocantes de suas matérias foi o envolvimento de diversas democracias ocidentais, como Inglaterra e Alemanha, nos programas secretos de vigilância. Parece que há bem poucos países dispostos a enfrentar os EUA.

Acho que o mundo pode ser dividido, de maneira muito ampla, no que diz respeito às relações com os EUA, em três categorias. Uma é de países extremamente subservientes aos EUA, que sempre capitulam aos seus ditames. Uma segunda categoria é de países que são abertamente hostis aos EUA, então há uma grande maioria que fica no meio, de países independentes. Eles se aliam aos EUA se eles têm interesse, e ficam contra se acham que devem.

A maioria dos países europeus fica bem posicionada na primeira categoria, de governos que capitulam sem nenhuma força, de maneira subserviente, aos ditames dos EUA. Então se viu muita raiva fingida e indignação artificial quando essas revelações vieram à tona, porque os cidadãos europeus foram alvo e eles se importam com a privacidade. Então seus governos precisavam fingir que estavam bravos, mas pode-se ver suas verdadeiras cores quando os EUA mandaram que eles negassem passagem pelo espaço aéreo ao presidente da Bolívia, Evo Morales. Eles obedeceram direitinho, ao extremo, negando passagem ao presidente de um país soberano. Eles fizeram isso porque são cúmplices, virtualmente todos esses governos europeus. Ao passo que na América Latina e em alguma medida na Ásia, e certamente em alguns países do Oriente Médio, há muito mais independência. Então a raiva expressa é, em alguma medida, falsa, mas também é mais genuína.

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Agentes usavam recursos da NSA até para descobrir casos extraconjugais de parceiros Investigações internas nos últimos anos detectaram agentes que investigavam telefonemas e e-mails de parceiros A NSA (Agencia de Segurança Nacional dos Estados Unidos) revelou nesta sexta-feira (27/09) uma série de casos de abusos de privacidade cometidos intencionalmente por seus próprios agentes. Segundo relatório interno do órgão, eles utilizaram os recursos da própria agência para resolver casos pessoais, inclusive amorosos, muitos deles motivados por suspeitas de casos extraconjugais por parte de seus parceiros amorosos.

Foram registrados pelo menos uma dúzia de casos desde 2003, e outros três ainda estão sob investigação. Pode parecer pouco, mas se tratam de apurações feitas internamente antes da abrangência dos poderes da agência serem revelados. A maioria desses casos só foi descoberta graças ao uso de detectores de mentiras ou através de confissões dos próprios agentes. Eles não tratam de casos como o ocorrido contra a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. O relatório tampouco inclui alguma espionagem ilegal contra estrangeiros pela simples detecção de rastros virtuais – mas inclui a de cidadãos norte-americanos.

Oficialmente, esse sistema de vigilância só pode ser utilizado para espionar pessoas com a justificativa de risco para a segurança nacional. Essa abrangência de vigilância veio à tona após vazamento realizado pelo ex-agente Edward Snowden, atualmente asilado na Rússia. Um dos documentos revelados por Snowden revela que a agência espionou Dilma e dados da Petrobras, o que causou uma crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. No relatório, em muitos casos, os funcionários que cometeram abusos intencionalmente pediram demissão antes de serem punidos – alguns foram rebaixados de posição.

Em uma das ocorrências, um colaborador civil locado no exterior espionou entre 1998 a 2003, sem ordem oficial ou razão válida, nove números de telefone de mulheres estrangeiras, escutando algumas conversas na íntegra. A situação veio à tona quando sua então namorada, que também trabalha para o governo, começou a suspeitar, e o denunciou à direção. Este mesmo funcionário identificado pelo órgão interno da NSA também coletou, acidentalmente, dados de residentes americanos em duas ocasiões, ação que requer um mandado judicial. Ele acabou suspenso e se demitiu antes que sua punição fosse decidida.

Em 2004, uma funcionária reconheceu que usou a agência para comprovar a origem de um número telefônico estrangeiro que ela encontrou no celular de seu marido, receosa de que tivesse um caso extraconjugal. Como consequência, algumas conversas daquele número foram gravadas. Como ela admitiu o erro, não foi punida. Outro agente realizou uma vigilância que durou cerca de um mês nos números de telefone de sua noiva estrangeira. Com o mesmo argumento, outra funcionária controlava o número de seu noivo e seus contatos.

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http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/31479/agentes+usavam+recursos+da+nsa+ate+para+descobrir+casos+extraconjugais+de+parceiros.shtml

Em seu primeiro dia de trabalho, outro colaborador espionou cinco envios de e-mail de sua ex-noiva. No entanto, como esta se tratava de uma cidadã norte-americana, a ação foi interceptada por um procedimento de vigilância de rotina apenas quatro dias depois. Isso porque, nos Estados Unidos, existem garantias judiciais contra espionagem envolvendo seus próprios cidadãos.

O senador Chuck Grassley pediu no mês passado para a NSA revelasse a frequência de supostos abusos cometidos pela agência. “Agradeço a transparência que o inspetor-geral proporcionou ao povo norte-americano. Nós não devemos tolerar nem mesmo um exemplo de mau uso deste programa. Uma robusta supervisão deve ser completa para assegurar que tanto a segurança nacional quanto a Constituição sejam protegidas”, afirmou o congressista.

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Brics classificam espionagem dos EUA como "manifestação de terrorismo" Em reunião paralela ao G20, países emergentes discutem economia e repudiam grampos

norte-americanos

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/31041/brics+classificam+espionagem+dos+eua+como+manifestacao+de+terrorismo.shtml