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Introdução ao Direito Previdenciário – Teoria e Prática Introdução ao Direito Previdenciário – Teoria e Prática Professor: Carlos Gouveia Professor: Carlos Gouveia Material de apoio a disciplina: bloco de notas, cadernos, Material de apoio a disciplina: bloco de notas, cadernos, notebooks ou qualquer elemento de anotação de conteúdo, notebooks ou qualquer elemento de anotação de conteúdo, Legislação Previdenciária e Constituição da República. Legislação Previdenciária e Constituição da República. A apostila, não deve ser entendida como material total, A apostila, não deve ser entendida como material total, podendo os slides serem alterados, suprimidos ou acrescentados a podendo os slides serem alterados, suprimidos ou acrescentados a critério do professor. critério do professor. Email: Email: [email protected] [email protected] Facebook: Facebook: https://www.facebook.com/profcarlosgouveiaII https://www.facebook.com/profcarlosgouveiaII Todos os direitos autorais pertencem a Todos os direitos autorais pertencem a Carlos Alberto Carlos Alberto Vieira de Gouveia Vieira de Gouveia e são protegidos por lei. Qualquer cópia ou e são protegidos por lei. Qualquer cópia ou reprodução ilegal é considerada como crime. Autorizada a reprodução ilegal é considerada como crime. Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. reprodução desde que citada a fonte. Previdência Superavitária Previdência Superavitária Carta de Brasília Carta de Brasília Reunidos em 21 e 22 de fevereiro de 2003 em Brasília, o Reunidos em 21 e 22 de fevereiro de 2003 em Brasília, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República, acompanhado do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, acompanhado do Senhor Vice-Presidente da República, Ministros de Estado e Senhor Vice-Presidente da República, Ministros de Estado e líderes do governo no Congresso, e as Excelentíssimas Senhoras líderes do governo no Congresso, e as Excelentíssimas Senhoras Governadoras e os Excelentíssimos Senhores Governadores dos 27 Governadoras e os Excelentíssimos Senhores Governadores dos 27 Estados da Federação acordaram que as reformas tributária e Estados da Federação acordaram que as reformas tributária e previdenciária são prioritárias para o crescimento sustentado do previdenciária são prioritárias para o crescimento sustentado do país. Firmaram, assim, compromisso com o seu encaminhamento, no país. Firmaram, assim, compromisso com o seu encaminhamento, no primeiro semestre deste ano, ao Congresso Nacional, fórum primeiro semestre deste ano, ao Congresso Nacional, fórum soberano das decisões a respeito desses temas. soberano das decisões a respeito desses temas. Conscientes de que o debate sobre as reformas devem Conscientes de que o debate sobre as reformas devem envolver de imediato a sociedade, decidiram divulgar os envolver de imediato a sociedade, decidiram divulgar os seguintes pontos de convergência que resultaram do encontro: seguintes pontos de convergência que resultaram do encontro: (...) B – Sobre a reforma da Previdência (...) B – Sobre a reforma da Previdência Houve concordância no seguinte diagnóstico: Houve concordância no seguinte diagnóstico:

Introdução Ao Direito Previdenciário

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Introdução Ao Direito Previdenciário

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Introduo ao Direito Previdencirio Teoria e Prtica

Introduo ao Direito Previdencirio Teoria e Prtica

Professor: Carlos Gouveia

Material de apoio a disciplina: bloco de notas, cadernos, notebooks ou qualquer elemento de anotao de contedo, Legislao Previdenciria e Constituio da Repblica.

A apostila, no deve ser entendida como material total, podendo os slides serem alterados, suprimidos ou acrescentados a critrio do professor.

Email: [email protected] Facebook: https://www.facebook.com/profcarlosgouveiaII Todos os direitos autorais pertencem a Carlos Alberto Vieira de Gouveia e so protegidos por lei. Qualquer cpia ou reproduo ilegal considerada como crime. Autorizada a reproduo desde que citada a fonte.

Previdncia Superavitria

Carta de Braslia Reunidos em 21 e 22 de fevereiro de 2003 em Braslia, o Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica, acompanhado do Senhor Vice-Presidente da Repblica, Ministros de Estado e lderes do governo no Congresso, e as Excelentssimas Senhoras Governadoras e os Excelentssimos Senhores Governadores dos 27 Estados da Federao acordaram que as reformas tributria e previdenciria so prioritrias para o crescimento sustentado do pas. Firmaram, assim, compromisso com o seu encaminhamento, no primeiro semestre deste ano, ao Congresso Nacional, frum soberano das decises a respeito desses temas.

Conscientes de que o debate sobre as reformas devem envolver de imediato a sociedade, decidiram divulgar os seguintes pontos de convergncia que resultaram do encontro: (...) B Sobre a reforma da Previdncia Houve concordncia no seguinte diagnstico:

3. O papel altamente distributivo do Regime Geral de Previdncia Social (administrado pelo INSS), que paga mais de 21 milhes de benefcios, dois quais dois teros so no valor de um salrio mnimo.

4. Que o Regime Geral da Previdncia Social auto-sustentvel em mais de 80%, pelo fluxo contributivo, e que a parte urbana do sistema chega a 97% de auto-sustentao.

(...) 2. Para o Regime Geral de Previdncia Social, administrado pelo INSS, preservar as atuais regras, por sua caracterstica distributiva e por sua boa perspectiva de auto-sustentao, com receitas contributivas diretas, a partir do combate s fraudes e sonegao e da busca da incluso de novos contingentes de brasileiros e brasileiras no sistema.

Fonte: http://www.fazenda.gov.br/portugues/releases/2003/r030222.asp OBS.: Aqui no esto includas as contribuies como a COFINS, A CSLL, Concurso de Prognsticos, Contribuies Previdencirias sobre Obras, Contribuio oriundas de tributos, dentre outras, posto que no so consideradas receitas prprias e sim como transferncias da UF, visto que so geridas pelo MF, muito embora isto v de encontro ao artigo 195 da CF, que determina que a Seguridade Social ser financiada por recursos provenientes da UF, ou seja, tais recursos fazem parte da base de arrecadao da Seguridade Social, s que so desviados para outros setores, inclusive pra compor o supervit primrio.

SEGURIDADE SOCIAL

A seguridade social um sistema de ampla proteo social que, visa amparar as essenciais (naturais) necessidades da sociedade como um todo. Assegurando um mnimo essencial para a preservao da vida.

O sistema da seguridade social est previsto nos art. 194 a 204 da Carta Cidad de 1988, e compreende o conjunto integrado de aes dos poderes pblicos e sociedade (particulares).

A seguridade social engloba a sade, previdncia e assistncia sociais.

Em tese, podemos dizer que a previdncia fornece benefcios, a sade fornece servios e a assistncia fornece ambos.

SEGURIDADE SOCIAL

A diferena principal entre previdncia (art. 201), sade (art. 196) e assistncia (art. 203) est na contribuio, sendo que a primeira exige e as outras no.

A seguridade social decorre de lei e regula relaes entre pessoas fsicas ou jurdicas, de direito privado ou pblico (beneficirios ou no) e o Estado (INSS autarquia federal e SRF rgo da administrao direta).

O direito composto de normas jurdicas e relaes jurdicas, sendo que estas tm sujeitos (ativo e passivo) e objeto.

Na seguridade social os sujeitos ativos so os beneficirios (segurado, dependentes e necessitados art. 203) e os passivos aqueles de quem pode ser cobrado: Poder Pblico (Unio, Estados Membros, Municpios e Distrito Federal).

ORIGEM A origem da Seguridade Social no mundo est atrelada prpria essncia da origem humana. O homem durante sua existncia conta basicamente com duas formas de expressar sua inteligncia: a previso e a tcnica. Portanto, quando o primeiro homem guardou o resto de seus alimentos para poder saciar sua fome no dia seguinte, a idia de previdncia se exteriorizou.

Ao longo dos tempos poder-se-ia citar inmeros acontecimentos de proteo social. Desde os primrdios os homens descobriram a necessidade de viver em comunidade e a se ajudarem mutuamente.

H relatos que j na Idade Mdia as corporaes de trabalhos da poca j mantinham um sistema de cooperao, ou seja, todos aqueles que trabalhavam no mesmo ofcio e que em razo de enfermidade ou idade avanada encontravam-se impossibilitados de prover seu prprio sustento, eram ajudados financeiramente pelos outros companheiros de trabalho.

ORIGEM Destarte, as correntes doutrinrias remontam que a origem da Previdncia Social se iniciou com as caixas de socorro de natureza mutualista, como aquelas corporaes profissionais da Idade Mdia mantinham para seus membros.

A primeira noticia da preocupao do homem com o seu futuro e de sua famlia do ano de 1344, quando teria sido celebrado o primeiro contrato de seguro martimo.

Esta evoluo da Previdncia Social pode ser mais bem percebida em 1601, com a clebre Lei de Amparo aos Pobres, editada na Inglaterra, onde de certa forma fora desvinculada a caridade aos pobres da ajuda assistencial aos necessitados, assumindo assim, o Estado um papel mpar de guardio e protetor dos reconhecidamente necessitados, nascendo com isto idia de assistncia pblica ou social.

ORIGEM Com a Revoluo Industrial em meados do sculo XVIII, a necessidade da proteo social cresceu levando a Inglaterra a alterar a Lei dos Pobres para que ela pudesse acompanhar a evoluo da poca.

Muito embora, a Inglaterra e a Frana sejam pases considerados como os pais da previdncia social no mundo foi na Alemanha onde nasceu o conceito do sistema de seguro social totalmente organizado e mantido pelo ente estatal. Este sistema foi concebido atravs do conceito da tripla ajuda onde o Estado, as Empresas e os Trabalhadores contribuam de forma equitria. Mais tarde surgiu o seguro doena e a proteo acidentria, o seguro invalidez e auxlio velhice.

Com a evoluo do conceito assistencialista na Europa outros pases comearam a implantar o sistema social de ajuda aos necessitados. Mas foi somente aps a primeira Grande Guerra que o mundo passou a adotar este novo conceito assistencial.

ORIGEM Entretanto, a primeira Carta Poltica de um Estado a incluir a proteo do seguro social em seu corpo foi a mexicana em 1917. Posteriormente foi acompanhada pelos Estados Unidos, que em 1935 revolucionaram inovando o conceito de seguro social, que passou a ser conhecido como Seguridade Social cujo conceito bsico o amparo geral ao cidado.

No Brasil as primeiras manifestaes surgiram na poca do Imprio com a criao de Montepios e Montes Socorro, em favor dos funcionrios pblicos e seus familiares.

Contudo, efetivamente o Brasil s veio a conhecer regras de Previdncia Social no sculo XX, com a implementao do Seguro contra acidentes do Trabalho exteriorizado atravs da Lei n 3724/1919, a qual dispunha no seu mago sobre as indenizaes aos empregados que sofriam acidentes laborais.

ORIGEM Obviamente, que o verdadeiro marco inicial em termos de Legislao Nacional foi dado com a publicao do Decreto Legislativo n 4682, de 24 de janeiro de 1923, mais conhecido como Lei Eloy Chaves, que criou as Caixas de Aposentadoria e Penses nas empresas de estradas de ferro do Pas.

Com a edio da Lei Eloy Chaves, os empregados destas empresas, ento, obtiveram os benefcios da Aposentadoria por invalidez, Aposentadoria ordinria ou por tempo contributivo, penso por morte e a assistncia mdica.

Todos estes benefcios, to inovadores para poca no Brasil s puderam ser implementados mediante a contribuio dos prprios trabalhadores, das empresas e do Estado.

Em seguida no decnio de 1923/1933 foram criadas vrias outras Caixas de Assistncia de diversos ramos de atividades, contribuindo para a efetivao da nova era assistencial no Pas.

Evoluo Histrica Desta sorte, os acontecimentos mais importantes na evoluo da Seguridade Social so os seguintes:

a-) Decreto n 9.912-A de 26 de maro de 1888, que regulava o direito Aposentadoria dos empregados dos correios;

b-) Lei 3.397, de 24 de novembro de 1888, que criou a Caixa de Socorros das Estradas de Ferro;

c-) Decreto n 221, de 26 de fevereiro de 1890, que institua a Aposentadoria para os empregados da Estrada de Ferro Central do Brasil, aps ampliado a todos os ferrovirios do Pas pelo decreto n 565, e 12 julho de 1890;

d-) Decreto n 942-A de 31 de outubro de 1890, que criou o Montepio Obrigatrio dos Empregados Do Ministrio da Fazenda;

Evoluo Histrica e-) Lei n 3724, de 15 de janeiro de 1919, a qual tornou compulsrio o seguro contra acidentes do trabalho em certas atividades;

f-) Decreto Legislativo n 4682, de 24 de janeiro de 1923 - Lei Eloy Chaves, que criou A caixa de Aposentadoria e penses para os empregados de cada empresa ferroviria;

g-) Decreto n 22.872, de 29 de junho de 1933, que criou o Instituto de Aposentadoria e Penses dos martimos; a primeira do Brasil com base na atividade genrica da empresa;

h-) 1934 trs Caixas Assistenciais foram criadas: aerovirios atravs da Portaria n 32 de 1 de maio do presente ano, dos trabalhadores em Trapiches e Armazns pelo Decreto n 24.274 de 24 de maio de 1934 e a dos Operrios Estivadores, com a edio do Decreto n 24.275, de 24 de maio de 1934. H ainda que ressalvar, que em 1934 foram criadas os IAPs dos Comercirios pelo Decreto n 24.272 de 22 de maio de 1934 e dos Bancrios atravs do Decreto n 24.015, de 1 de junho de 1934;

Evoluo Histrica i-) Lei n 367, de 31 de dezembro de 1936 que criou o IAP dos Industririos;

j-) Decreto n 651, de 26 de agosto de 1938, que transformava a CAP dos trabalhadores em Trapiches e Armazns no IAP dos Empregados em Transportes e cargas;

l-) Decreto Lei n 1.355, de 16 de junho de 1938, que transformou a CAP dos Operrios estivadores no IAP da Estiva;

m-) Decreto Lei 7.720, de 9 e julho de 1945 que incorporou o IAP da estiva ao dos Empregados em transportes e cargas;

n-) Decreto Lei 7.526 de 1945, que iniciou uma verdadeira reformulao do sistema previdencirio nacional, com a tentativa de uniformidade das normas legais das vrias CAPs e IAPs da poca. Entretanto, tal Decreto no foi efetivamente colocado em prtica, por falta de regulamentao que o tornaria aplicvel;

Evoluo Histricao-) Decreto Lei n 7.720, de 9 de julho de 1945, incorporou o IAP da Estiva ao dos Empregados em Transportes e Cargas;

p-) Lei n 3.807, de 26 de agosto de 1960, que ficou conhecida como a Lei Orgnica da Previdncia Social, conhecida como um dos pontos mais importantes na evoluo da Previdncia no Brasil;

q-) Decreto Lei n 72, de 21 de novembro de 1966, que agregou o Instituto Nacional de Previdncia Social e os IAPs existentes na poca;

r-) Lei n 5.316, de 14 de setembro de 1967, que acoplou o seguro acidente do trabalho no corpo da assistncia previdenciria;

Evoluo Histrica s-) Lei n 5.859, que determinava que os empregados domsticos fossem inscritos na previdncia;

t-) Lei n 6.036, de 1 de maio de 1974, que separou os Ministrios do Trabalho e Previdncia Social em dois: o Ministrio do Trabalho e o da Previdncia e Assistncia Social;

u-) Lei n 6.439, de 1 de setembro de 1977, que instituiu o Sistema Nacional de Previdncia e Assistncia Social, a qual tinha como misso coordenar os vrios rgos ligados MPAS;

v-) Lei n 8029 de 1990, regulamentada pelo Decreto n 99.350, de 27 de junho de 1990, fazendo a juno do INPS com o IAPAS, criou o Instituto Nacional de Seguridade Social -INSS;

w-) Lei 8212, de 24 de julho de 1991, que ficou conhecida como Lei Orgnica da Seguridade Social, onde trazia em seu bojo o sistema de custeio da seguridade;

Evoluo Histricax-) Lei 8213 de 24 de julho de 1991, que dispunha sobre os Planos de Benefcios da previdncia; e

z-) Decretos 2172/97 e 2173/97, que surgiram com o objetivo de regulamentar as Leis 8212 e 8213.

Destarte, que muitas outras Normas contriburam na formao da evoluo da Seguridade Social no Brasil, mas as mais importantes encontram-se aqui alocadas.

Evoluo Histrica Quanto evoluo da Seguridade Social nas Constituies Ptrias, seu histrico assim est constitudo:

Inicia-se com a Carta Poltica de 1824 que garantia em seu artigo 179, inciso XXXI, o seguinte direito:

A constituio tambm garante os socorros pblicos;

Passa, posteriormente, pela de Constituio 1891 na qual em seu artigo 75 regia que: A Aposentadoria s poder ser dada aos funcionrios pblicos em caso de invalidez no servio da Nao;

Evoluo Histrica J a Carta Magna de 1934 apresentava vrias disposies sobre a proteo social, como as elencadas no artigo 121 pargrafo 1, letra h, dentre outras, que previa:

Assistncia mdica e sanitria ao trabalhador e a gestante, assegurando a esta descanso, antes e depois do parto, sem prejuzo do salrio e do emprego, a instituio de previdncia, mediante contribuio igual da Unio, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, da maternidade e nos casos de acidentes do trabalho ou da morte

Evoluo Histrica Em 1937, a Constituio surge a consagrao da expresso Seguro Social;

Na Carta de 1946, o instituto retorna com a roupagem como Previdncia Social;

J com relao s Constituies de 1967 e 1969 poucas alteraes ocorreram a no ser pelo pargrafo nico, do artigo 158, da Carta de 1967 que versava sobre o custeio da Previdncia Social; - A grande mudana foi com a promulgao da Constituio de 1988 (atualmente vigente), a qual trouxe vrias mudanas estabelecendo o Sistema de Seguridade Social formado por trs partes que atuam simultaneamente nas reas de Sade, Assistncia Social e Previdncia Social e so custeadas atravs de um oramento geral. Deste modo as contribuies sociais passaram a custear as aes do Estado nestes trs ramos, consagrando ainda duas novas formas de custeio: as contribuies sobre o faturamento e sobre o lucro liquido das empresas.

Evoluo Histrica No Brasil, como se sabe, a Previdncia Social dividida em Pblica e Privada, podendo ser ainda aberta ou fechada, sendo certo que especificamente quanto a este curso a que nos interessa a Pblica, que possui duas subdivises a conhecer:

a-) Regime Geral de Previdncia Social (RGPS);

b-)Regime Prprio de Previdncia Social (RPPS).

O Regime Geral de Previdncia Social tem como objetivo assegurar benefcios e servios s pessoas tidas como seus segurados, na sua grande maioria, atreladas aos trabalhadores da iniciativa privada.

J o Regime Prprio de Previdncia Social tem como objetivo assegurar aos servidores pblicos titulares de cargos efetivos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal, civis ou militares, os benefcios e servios contratados. No entanto, resta esclarecer que se o ente federativo no possuir uma previdncia prpria, os seus servidores, se regidos pela Consolidao das Leis do Trabalho (CLT) estaro automaticamente atrelados ao RGPS.

Principais Pontos

a-) Perodo da Seguridade Social (1988 - ... )

b-) Constituio Federal determinou que : constituem direitos sociais a educao, a sade, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurana, a previdncia social, a proteo maternidade e infncia, a assistncia aos desamparados;

c-) Reforma da Seguridade Social EC n 20 (1998) modificou profundamente o sistema previdencirio brasileiro;

d-) Criao do INSS deixa de existir um Estado preocupado s com o trabalhador e passa a existir uma preocupao com o idoso, o desamparado, o menor, etc.

e-) Previdncia Social cuida exclusivamente do trabalhador que contribui;

f-) Seguridade Social se preocupa com todos os cidados;

CONCEITUAO

A SEGURIDADE SOCIAL compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos poderes pblicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo sade, previdncia e assistncia social.

SEGURIDADE SOCIAL

Organizao:

Previdncia Social art. 201 e 202, CF/88

Seguridade SocialAssistncia Social art. 203 e 204, CF/88

Sade art. 196 a 200, CF/88

SEGURIDADE SOCIAL

I Da Universalidade da Cobertura e do Atendimento

Universalidade da Cobertura OBJETIVA

Universalidade do Atendimento SUBJETIVA

II Da Uniformidade e Equivalncia dos Benefcios e Servios s Populaes

Urbanas e Rurais art. 7 CF/88

Princpios da

Seguridade

Social

III Da Seletividade e Distributividade na Prestao de Benefcios e Servios

Recursos Finitos X Necessidades Infinitas

Universalidade X Seletividade

IV - Da Irredutibilidade do Valor dos Benefcios

As prestaes constituem dvidas de valor

Benefcio no pode sofrer arresto, seqestro ou penhora

Precisam manter o valor de compra (inflao)

SEGURIDADE SOCIAL

V Equidade na forma de Participao de Custeio todos contribuem

Princpio da Isonomia

Princpio da Capacidade Contributiva

VI Diversidade da Base de Financiamento

Princpios da

o custeio provem Diretamente De toda a Sociedade

Seguridade Social

Indiretamente Unio

Estados

Municpio

Distrito Federal

VII Carter Democrtico e Descentralizado da Administrao

mediante gesto quadripartite com participao :Trabalhadores

Empregados

Aposentados

rgos Colegiados do Governo

SEGURIDADE SOCIAL

Unio

Estados

Civil Municpios

Distrito Federal

Setor PblicoMilitar

Principal

Setor Privado RGPS

REGIMES

PREVIDENCIRIOS

Oficial

BRASILEIROS

Unio

Estados

Complementar

Municpios

Distrito Federal

PrivadoAberto

Fechado

REGIMES DE PREVIDNCIA No Brasil temos vrios regimes previdencirios, sendo os mais importantes:

RGPS Lei 8213/91 e Lei 8212/91. Composto pelos segurados obrigatrios e facultativos aos quais percebem seus benefcios atravs do INSS;

RJU Lei 8112/90. Composto pelos servidores pblicos civis da Unio;

RPE e RPM Composto pelos servidores Estaduais e Municipais, sua normatizao dada pela CF no artigo 149 1 c/c artigo 40 da CF;

RPPC Este tipo de regime pode ser aberto ou fechado:

Aberto - quando todos tem acesso. Ex; Titulo de capitalizao previdenciria do banco do Brasil. Fiscalizadas pela SUSEP MF;

Fechado quando apenas certos empregados de uma empresa tem acesso. Ex: Telos. Fiscalizada pelo MPS;

RPM Prevista nos artigos 42 e 142 da CF

SEGURIDADE SOCIAL

FINANCIAMENTO

Diretos: financiamentos obtidos mediante contribuies sociais;

Indiretos: mediante receitas oramentrias da Unio, Estado, Distrito Federal e Municpios (atravs de tributos);

SEGURIDADE SOCIAL

As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios destinadas seguridade social constaro dos respectivos oramentos, no integrando o oramento da Unio Federal. A proposta de oramento da seguridade social ser elaborada de forma integrada pelos rgos responsveis pela sade, previdncia social e assistncia social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias, assegurada a cada rea a gesto de seus recursos. NENHUM BENEFCIO ou servio da seguridade social PODER SER CRIADO, MAJORADO OU ESTENDIDO sem a correspondente fonte de custeio total. As contribuies sociais de que trata este artigo s podero ser exigidas aps decorridos 90 dias da data da publicao da lei que as houver institudo ou modificado ( o que chamamos de anterioridade mitigada ou princpio nonagezimal);

So isentas de contribuio para a seguridade social as entidades beneficentes de assistncia social que atendam s exigncias estabelecidas em lei.

SEGURIDADE SOCIAL

Constituem as CONTRIBUIES SOCIAIS:

Vejamos alguns exemplos prticos das contribuies sociais:

APLICAO DAS NORMAS PREVIDENCIRIAS Especificamente, na aplicao das normas da legislao previdenciria e, mais amplamente, da Seguridade Social, devem ser obedecidas as orientaes e diretrizes expostas, que se destinam aplicao das leis em geral.

VIGNCIA

VIGNCIA NO TEMPO:

No tocante legislao da Seguridade Social, temos que:

as contribuies sociais SOMENTE PODERO SER EXIGIDAS aps o decurso de 90 dias da publicao da lei que as instituir ou modificar; (Princpio da Anterioridade Mitigada ou Nonagesimal)

relativamente aos benefcios, admite-se a incidncia da norma mais favorvel, trazida pela lei nova. Trata-se da retroao benfica, que s pode abranger, todavia, os fatos pendentes (as situaes ainda no resolvidas juridicamente). Apesar de ao meu entender de pra aplicar o indubio pro misero.

VIGNCIA NO ESPAO:

Prevalece, nesse mbito, o princpio da territorialidade. A legislao previdenciria estende-se pelo territrio brasileiro, no alcanando outros pases.

Contudo, em certos casos, extrapolar as nossas fronteiras, como sucede em relao a brasileiros que trabalham no exterior para sucursal ou agncia de empresa nacional, ou com empresas brasileiras domiciliadas no exterior. Ex: trabalhador da Embraer cedido para prestar labor na sucursal americana, o vinculo laboral originrio continua sendo aqui, portanto, segurado pelo sistema brasileiro.

LEGISLAO PREVIDENCIRIA

CONTEDO O Direito Previdencirio tem por contedo: o campo de aplicao, a organizao, o custeio e as prestaes.

Campo de Aplicao: interessa aos eventos protegidos (eventos sociais), s empresas e entidades vinculadas e, tambm, aos beneficirios.

FONTES DO DIREITO PREVIDENCIRIO FONTES DIRETAS OU IMEDIATAS:

So aquelas que, por si s, pela sua prpria fora, so suficientes para gerar a regra jurdica. So as Leis e os costumes. Abaixo esto as principais fontes diretas da Seguridade Social:

Constituio Federal de 1988 Art. 1, III, 6; art. 7 incisos II, VIII, X, XIII, XXV e XXVIII;

Art. 10, art. 22, XXIII, art. 23, II, art. 24, XII, art. 30, VII

Art. 149, caput e 1, 165, 195, c/c art. 149, 2; Art. 194 a 204;

Art. 239

Emendas Constitucionais EC

EC 20/98 - reforma da Previdncia Social;

EC 12/96 - criao da CPMF para ajudar a financiar programas de sade;

EC 21/99 - prorrogao da CPMF;

EC 32/01 - criou o Fundo de Combate e Erradicao da Pobreza;

EC 41/03 - alterou o fator de aposentao para os servidores pblicos.

EC 47/05 trouxe as regras de transio para a EC 41/03 no que tange os servidores.

Lei Complementar - LC

LC 7 - criao do PIS; LC 8 - criao do PASEP; Estas leis foram transmutadas e hoje temos, em seu lugar, o Programa do seguro desemprego e o programa do abono anual. LC 108 e 109/2001 - regulamentou a Previdncia Privada (complementao Previdncia Social - a previdncia social garante uma renda vital mnima);

LC 111 - destinada a disciplinar o Fundo de Combate e Erradicao da Pobreza;

LC 70/91 - criao do COFINS.

Legislao Ordinria

Lei 8080 Lei Orgnica da Sade;

Lei 8212/91 Lei da Organizao e Custeio da Seguridade Social;

Lei 8213/91 - Plano de Benefcios da Previdncia Social;

Lei 8742/92 - Lei da Organizao da Assistncia Social.

Leis Delegadas o Congresso delega a feitura da Lei de sua competncia ao Presidente da Repblica, nos termos do artigo 68 da CF;

Decretos Legislativos a forma do Congresso regulamentar as matrias cuja a competncia exclusiva dele sem passar pelo Executivo;

MP Medidas Provisrias o ato normativo realizado pelo Presidente da Repblica em casos de situao de emergncias ou de grande relevncia a nao ela equivale a uma Lei Ordinria tem validade temporal de 60 dias podendo ser prorrogada por igual perodo, sendo que aps tal prazo deve ser remetida para aprovao do Legislativo artigo 62 e seguintes da CF;

LEGISLAO PREVIDENCIRIAA hierarquizao do Direito Comum prevalece, tambm, no Direito da Seguridade Social e, particularmente, no Direito Previdencirio.

CF

LEIS

MPs

Decretos etc.

INS

Para o INSS a pirmide de normas inversa

INTERPRETAO A cincia que interpreta o direito a Hermenutica Jurdica. Assim sendo, podemos considerar a interpretao das leis segundo critrios diversos. Um deles consiste em determinar as fontes, os mtodos e os tipos interpretativos.

Por conseguinte a interpretao segundo as fontes pode ser:

Autntica: fornecida pelo mesmo poder que elaborou a lei. Quase sempre se exerce atravs de lei interpretativa;

Judicial: consiste na orientao adotada pelos juzes e tribunais, interativamente, a respeito do alcance e do significado das normas jurdicas existentes, no mbito da Seguridade Social, fazendo o que eu chamo de legislao negativa;

Doutrinria: exprimi a linha de entendimento defendida pelos jurisconsultos, tratadistas, doutrinadores, doutores e mestres; enfim, os cultores do Direito da Seguridade Social.

Interpretao segundo os mtodos podem ser:

Gramatical: fundamenta-se no exame da linguagem do texto;

Lgico: considera a razo da lei; examinam-se, no mais as palavras da norma jurdica, mas as proposies por elas anunciadas, para se lhes descobrir o sentido, o esprito, enfim, a verdade;

Teolgico: o pressuposto e, ao mesmo tempo, a regra bsica dos mtodos teolgicos de que sempre possvel atribuir-se um propsito s normas;

Histrico: a interpretao histrica baseia-se na investigao dos antecedentes da norma. Pode referir-se ao histrico do processo legislativo, desde o projeto de lei, sua justificativa ou exposio de motivos, discusso, emendas, aprovao e promulgao. Ou, aos antecedentes histricos e condies que a precederam;

Sistemtico: a processo sistemtico o que considera o sistema em que se insere a norma, relacionando-a com outras normas concernentes ao mesmo objeto. O sistema jurdico no se compe de um nico sistema normativo, mas de vrios, que constituem um conjunto harmnico e interdependente, embora cada qual esteja fixado em seu lugar prprio. Examinando as normas, conjuntamente, possvel verificar o sentido de cada uma delas;

Sociolgico: de incio, faz-se preciso conferir ao sentido da norma interpretada o alcance de abranger, alm das relaes e situaes de fato contempladas e tais quais foram contempladas, as relaes e situaes que, embora de igual natureza, com o decorrer do tempo se transformaram, ou modificaram, assumindo modalidades novas;

Interpretao segundo os tipos podem ser:

Declarativa: deve-se buscar o resultado que provm da concordncia entre eles. Assim, da conjuno entre o resultado da interpretao lgica e o da gramatical, surge a interpretao declarativa, em que se procura fixar o sentido da lei;

Restritiva: ocorre toda vez que se limita o sentido da norma, inobstante a amplitude da sua expresso literal. Por exemplo, recomenda-se que toda norma que restrinja os direitos e garantias fundamentais reconhecidas e estabelecidos constitucionalmente deva ser interpretada restritivamente;

Extensiva: quando na norma se declara menos do que, na realidade, se quis declarar, e, em conseqncia, sua letra exclui casos que o seu esprito abrange, ento o intrprete amplia o sentido direto e imediato do texto, para fazer incidir no preceito os casos aparentemente e indevidamente no contemplados.

INTEGRAO A Integrao o ato pelo qual complementa, totaliza e/ou tornasse inteiro algo. No caso das Leis isto por vrias vezes tambm ocorre. Ex: quando uma lei apresenta lacuna, preciso suprimir a omisso e promover a sua integrao. Quando a lei for omissa, o juiz decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princpios gerais de direito (LICC). Para se suprir a lacuna legal, pode-se ainda recorrer eqidade.

ANALOGIA

a operao lgica, em virtude da qual o intrprete estende o dispositivo da lei a casos por ela no previstos mais semelhantes em essncia.

EQIDADE:

o sentimento do justo concreto, em harmonia com as circunstncias e com o caso sub-judice. o recurso intuitivo das exigncias da Justia, em caso de omisso normativa, buscando efeitos presumveis das solues encontradas para aquele conflito de interesses no regulamentado, ou seja, a conceitualizao da justeza ou do que justo, assim podendo ser expressado, seno vejamos:

a) por igual modo devem ser tratadas as coisas iguais e desigualmente as desiguais;

b-) todos os elementos que concorreram para constituir a relao sub- judice, (coisa ou pessoa), ou que, no tocante a estas tenham importncia, ou sobre elas exeram influncia, devem ser devidamente consideradas;

c-) entre vrias solues possveis se deve preferir a mais humana, por ser a que melhor atende justia.

PRINCPIOS GERAIS DE DIREITO

So os princpios gerais do direito em que se assenta a legislao positiva, e, embora no se achem escritos em nenhum lugar, formam o pressuposto lgico necessrio das vrias normas dessa legislao. Citemos alguns princpios que esto contidos em nosso sistema jurdico civil:

a) o da moralidade;

b) o da igualdade de direitos e deveres frente ao ordenamento jurdico;

c) o da proibio de locupletamento ilcito;

d) o da funo social da propriedade;

e) o de que ningum pode transferir ou transmitir mais direitos do que tem;

f) o de que a boa f se presume e a m f deve ser provada;

g) o da preservao da autonomia da instituio familiar;

h) o de que ningum pode invocar a prpria malcia;

i) o da existncia da justa causa nos negcios jurdicos;

j) o de que o dano causado por dolo ou culpa deve ser reparado;

l) o de que as obrigaes contradas devem ser cumpridas;

m) o dos pressupostos da responsabilidade civil;

n) o de que quem exercita o prprio direito no prejudica ningum;

o) o do equilbrio dos contratos;

p) o da autonomia da vontade e da liberdade de contratar;

q) o de que no se pode responsabilizar algum mais de uma vez pelo mesmo fato;

r) o de que a interpretao a ser seguida aquela que se revelar menos onerosa para o devedor;

s) o de que quando for duvidosa a clusula do contrato, deve-se conduzir a interpretao visando aquele que se obriga;

SADE Lei Orgnica n 8080/90

A palavra Sade vem do adjetivo latino saluus, a, um, que tem o significado de inteiro, intacto. O verbo salueo, es, ere, significa estar so. Em 1946, a OIT definiu sade como um estado completo de bem-estar fsico, mental e social, e no somente a ausncia de doena ou enfermidade. O sistema de Sade deve envolver trs espcies de categorias: preveno, proteo e recuperao.

A SADE direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao. (art. 2 Lei 8.212/91)

As atividades de sade so de relevncia pblica, e sua organizao obedecer aos seguintes princpios e diretrizes:

I - acesso universal e igualitrio;

II - provimento das aes e servios mediante rede regionalizada e hierarquizada, integrados em sistema nico;

III - descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo;

IV- atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas;

V - participao da comunidade na gesto, fiscalizao e acompanhamento das aes e servios de sade; e

VI - participao da iniciativa privada na assistncia sade, em obedincia aos preceitos constitucionais.

OBS: Exceo regra que a Sade s fornece servios!!!Sade A Lei 8.080, em seu artigo 7, acrescenta ainda outros princpios:

a-) integralidade de assistncia, entendida como conjunto articulado e contnuo das aes e servios preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os nveis de complexidade do sistema;

b-) preservao da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade fsica e moral;

c-) igualdade da assistncia sade, sem preconceitos ou privilgios de qualquer espcie;

d-) direito informao, s pessoas assistidas, sobre sua sade;

e-) divulgao de informaes quanto ao potencial dos servios de sade e a sua utilizao pelo usurio;

f-) utilizao da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocao de recursos e a orientao programtica;

g-) participao da comunidade;

h-) descentralizao poltico-administrativa, com direo nica em cada esfera de governo, com nfase na descentralizao dos servios para os municpios e regionalizao e hierarquizao da rede de servios de sade;

i-) integrao em nvel executivo das aes de sade, meio ambiente e saneamento bsico;

j-) conjugao dos recursos financeiros, tecnolgicos, materiais e humanos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios na prestao de servios de assistncia sade da populao;

l-) capacidade de resoluo dos servios em todos os nveis de assistncia; e

m-) - organizao dos servios pblicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idnticos.

Sade

De acordo com o artigo 199 da Lex legum, a assistncia a sade livre iniciativa privada, ou seja os profissionais liberais, legalmente habilitados e as pessoas jurdicas de direito privado, podem atuar em prol da sade por impulso prprio. Contudo, a um outro ponto que deve-se comentar: quando o SUS no possuir meios de garantir a cobertura assistencial populao, o SUS poder se socorrer aos servios ofertados pela iniciativa privada. Esta participao complementar realizada por convenio, tendo preferncia as entidades sem fins lucrativos e/ou filantrpicas.

Sem esquecer que incumbe ao Poder Pblico fornecer a quem no possa custear, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuo, assim como prteses, rteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitao ou reabilitao. No caso do idoso a Lei 10.741/03 refora ainda mais estas diretrizes.

Obs.: Tem casos onde existem Leis especficas. NO PODEMOS ESQUECER QUE AS AOES E OS SERVIOS SO DE RELEVANCIA PBLICA. (ART. 197 DA CF)

Competncia

A competncia para se propor as aes da sade, concorrente, ou seja, a jurisprudncia tem admitido, que a UF, E, M, DF, so solidariamente responsveis, pois o SUS composto por rede integrada das 4 esferas, em inteligncia ao artigo 198 da CF.

Ademais, o artigo 23 da Lex Legum, capitula que de competncia comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios: cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia;

Competncia

Contudo, devemos fazer um parntese, para aclarar que caso a ao seja proposta atravs de Litisconsrcio Passivo, entre os entes federados, a competncia ser do Justia Federal em inteligncia ao artigo 109, I c/c 2 da CF:

Aos juzes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a Unio, entidade autrquica ou empresa pblica federal forem interessadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as de falncia, as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do Trabalho.

(...)

2 - As causas intentadas contra a Unio podero ser aforadas na seo judiciria em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.

ASSISTNCIA SOCIAL

A ASSISTNCIA SOCIAL a poltica social que prov o atendimento das necessidades bsicas, traduzidas em proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia, velhice e pessoa portadora de deficincia, independentemente de contribuio seguridade social.

Para Wladimir Novaes Martines a Assistncia Social um conjunto integrado de atividades particulares e estatais direcionadas para o atendimento dos hipossuficientes, consistindo os bens oferecidos em pequenos benefcios em dinheiro, assistncia sade, fornecimento de alimentos e outras pequenas prestaes. Para o renomado autor, a Assistncia complementa e amplia os servios e benefcios da Previdncia Social.

A organizao da assistncia social obedecer s seguintes diretrizes:

I - descentralizao poltico-administrativa;

II - participao da populao na formulao e controle das aes em todos os nveis;

III proteo famlia, a maternidade, infncia, adolescncia e velhice;

IV amparo s crianas e adolescentes carentes;

ASSISTNCIA SOCIAL

V a promoo da integrao ao mercado de trabalho;

VI a habilitao e a reabilitao das pessoas portadoras de deficincia e a promoo de sua integrao vida comunitria; e

VII a garantia de um salrio mnimo mensal pessoa portadora de deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de prover prpria manuteno ou t-la provida por sua famlia, conforme dispuser a Lei.

Assistncia Social deve tem como princpio basilar:

promover a supremacia do atendimento as necessidades sociais de forma universal, promovendo o respeito a dignidade do cidado, promovendo meios para a insero do individuo, como membro da sociedade.

Alm desse princpio, as aes de Assistncia Social destinam-se, tambm, a grupos especficos de pessoas que se encontram em situao de fragilidade e vulnerabilidade, tais como:

os que esto em desvantagem pessoal, como os portadores de deficincia ou incapacidade;

os que se encontram em situaes circunstanciais ou conjunturais, tais como:

- as crianas e jovens submetidos ao abuso e explorao sexual;

- as crianas obrigadas a trabalhar, com o conseqente abandono escolar;

- as crianas e adolescentes vtimas de abandono e desagregao familiar;

- os moradores de rua;

- os migrantes;

- os dependentes do uso e vtimas da explorao comercial das drogas;

- crianas, idosos e mulheres vtimas de maus tratos.

OBS: Os benefcios assistenciais podem ser de forma continuada ou eventual:

a-) Pagamento de um salrio mnimo ao idoso e ao deficiente que no consigam prover sua existncia nem quando ajudados por familiares;

b-) Auxlio natalidade ou por morte. Podero ser estabelecidos outros benefcios eventuais para atender necessidades advindas de situaes de vulnerabilidade temporria, com prioridade para a criana, a famlia, o idoso, a pessoa portadora de deficincia, a gestante, a nutriz e nos casos de calamidade pblica.

LOAS

L.O.A.S.REGIME GERAL DA PREVIDNCIA SOCIAL

A PREVIDNCIA SOCIAL conceituada com seguro pblico coletivo, compulsrio e organizada sob a forma de regime geral, de carter contributivo e de filiao obrigatria, observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial, e atender a:

I Cobertura de eventos de doena, invalidez, morte e idade

avanada

II Proteo maternidade, principalmente a gestante

Organizao da III Proteo ao trabalhador em situao de desemprego

involuntrio

Previdncia Social IV Salrio-famlia e Salrio-recluso para os dependentes dos

segurados de baixa renda.

V Penso por morte do segurado, homem ou mulher, ao

cnjuge ou companheiro e dependentes.

O RGPS garante a cobertura de todas as situaes elencadas acima salvo uma nica exceo: do desemprego involuntrio

OBS: A Previdncia Social possui supervit e no dficitBENEFICIRIOS DO RGPS

Beneficirio toda pessoa fsica que recebe ou possa vir a receber alguma prestao previdenciria (benefcio ou servio) da Previdncia Social. Desta forma a pessoa jurdica esta excluda do rol dos beneficirios. Contudo, a pessoa jurdica considerada como contribuinte do RGPS. Contribuinte todo aquele sobre o qual recai a obrigao tributria, sendo eles (no RGPS), por fora do artigo 195 da Carta Magna :

Segurados: Obrigatrio e Facultativo

Empresa e equiparados Empresa

Empregador domestico

SEGURADOS

FUNDAMENTO LEGAL:

Artigos 11 da Lei 8.213/91, 12 da Lei 8.212/91 c/c artigos 9 e 11 do Decreto 3.048/99

CONCEITO:

Segurado da Previdncia Social nos termos do artigo 9 e seguintes do Decreto n. 3048/99, de forma compulsria, a pessoa fsica, que exerce atividade remunerada, efetiva ou eventual, de natureza urbana ou rural, com ou sem vnculo de emprego, a ttulo precrio ou no como aquele que a lei define como tal, observadas, quando for o caso, as excees previstas no texto legal, ou exerceu alguma atividade das mencionadas acima, no perodo imediatamente anterior ao chamado perodo de graa.

Tambm segurado aquele que se filia facultativa e espontaneamente Previdncia Social, contribuindo para o custeio das prestaes sem estar obrigatoriamente vinculado ao RGPS, ou a outro regime qualquer.

Para Sergio Pinto Martins, a idia de segurado esta ligada a esboada no contrato de seguro do Direito Civil, em que o segurado faz um contrato de seguro com uma seguradora para ficar coberto contra certo risco. Desta forma, podemos concluir que segurado: todo aquele que contribui para o sistema visando perceber um tipo de contra-partida ou benefcio, tendo ele vnculo ou no empregatcio. Assim existe atualmente duas subespcies de segurados: Obrigatrios e Facultativos.

Lazzari e Castro, alocam que os Segurados so os principais contribuintes do Sistema Previdencirio, sendo estes tambm, seus maiores beneficirios.

SEGURADOS

Nota: Os dependentes so considerados segurados especiais, por fora de lei, pois existe entre elas (segurado e dependente) uma ligao que aloca os dependentes sob o manto da proteo da Previdncia.

SEGURADOS

SEGURADOS OBRIGATRIOS

SEGURADOS OBRIGATRIOS

Segurados Obrigatrios: So beneficirios do Regime Geral de Previdncia Social as pessoas fsicas classificadas como segurados e dependentes, assim elencados:SEGURADOS OBRIGATRIOS

SEGURADOS OBRIGATRIOS

Empregado Domstico: aquele que presta servios contnuos, mediante remunerao, a pessoa ou famlia, no mbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos.OBS: Se o empregado domstico passa a ser utilizado com habitualidade, subordinao e recebendo salrio, mesmo de forma concomitante, em atividade de lucro para pessoa fsica ou famlia, deve ser considerado empregado com conseqente reconhecimento jurdico desta situao.

SEGURADOS OBRIGATRIOS

Contribuinte Individual: nesta categoria esto as pessoas que trabalham por conta prpria (autnomos) e os trabalhadores que prestam servios de natureza eventual a empresas, sem vnculo empregatcio. Sendo eles esposados da seguinte forma:

EMPRESRIO

(Revogado pela Lei 9876/99)

SEGURADOS OBRIGATRIOS

Trabalhador Autnomo

(Revogado pela Lei 9876/99)

SEGURADOS OBRIGATRIOS

EQUIPARADO a TRABALHADOR AUTNOMO, entre outros:

(Revogado pela Lei 9876/99)

SEGURADOS OBRIGATRIOS

Trabalhador Avulso: aquele que, sindicalizado ou no, presta servio de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, SEM VNCULO EMPREGATCIO, com a intermediao obrigatria do rgo gestor de mo-de-obra, ou do sindicato da categoria, assim considerados:

SEGURADOS OBRIGATRIOS

Segurado Especial: o produtor, o parceiro, o meeiro, e o arrendatrio rurais, o pescador artesanal e seus assemelhados, que exeram essas atividades individualmente ou em regime de economia familiar, com ou sem auxilio eventual de terceiros (mutiro).

SEGURADOS OBRIGATRIOS

Segurado Especial

Caso queira ter direito a benefcios com valor superior a um salrio mnimo, o segurado especial pode optar por contribuir facultativamente e cumprir a carncia exigida.

A inscrio poder ser feita nas Agncias da Previdncias Social, pela internet ou PREVFone (0800 7280191) ou 135.

O exerccio de atividade remunerada SUJEITA A FILIAO OBRIGATRIA ao Regime Geral de Previdncia Social.

Aquele que exerce, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdncia Social OBRIGATORIAMENTE FILIADO em relao a cada uma dessas atividades;

Servio prestado em carter no eventual: aquele relacionado direta ou indiretamente com as atividades normais da empresa.

Regime de Economia Familiar: a atividade em que o trabalho dos membros da famlia indispensvel prpria subsistncia e exercido em condies de mtua dependncia e colaborao, sem utilizao de empregado.

Auxlio eventual de terceiros: o que exercido ocasionalmente, em condies de mtua colaborao, no existindo subordinao nem remunerao.

Nota: O aposentado pelo Regime Geral de Previdncia Social que voltar a exercer atividade abrangida por este regime SEGURADO OBRIGATRIO em relao a essa atividade, ficando sujeito s contribuies de que trata este Regulamento.

Segurado Especial Urbano

Com a introduo dos pargrafos 12 e 13 no artigo 201, da Carta Magna atravs da EC 47, autoriza que seja dado tratamento especial aos trabalhadores de baixa renda e as donas de casa, sendo garantidos a estes, uma RMI de um salrio mnimo, mediante contribuies reduzidas e com contagem de carncia de forma diferenciada. Apenas, estamos aguardando a confeco da Lei que ir regulamentar a situao. Texto dos pargrafos:

12. Lei dispor sobre sistema especial de incluso previdenciria para atender a trabalhadores de baixa renda e queles sem renda prpria que se dediquem exclusivamente ao trabalho domstico no mbito de sua residncia, desde que pertencentes a famlias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefcios de valor igual a um salrio-mnimo. (Alterado pela EC-000.047-2005) 13. O sistema especial de incluso previdenciria de que trata o 12 deste artigo ter alquotas e carncias inferiores s vigentes para os demais segurados do regime geral de previdncia social. (Acrescentado pela EC-000.047-2005)

Segurado Aposentado O aposentado que voltar a exercer atividade abrangida pela RGPS, seu segurado obrigatrio, com todos os deveres mais sem os direitos (apenas salrio famlia e a reabilitao profissional). Ferindo assim o princpio da reciprocidade contributiva retributiva.

Para Marcelo Tavares a norma, alm de possuir carter extremamente injusto, desrespeita o princpio da contraprestao relativo s contribuies devidas pelos segurados, tendo em vista que as prestaes oferecidas ao aposentado que retorna atividade so insignificantes, diante dos valores recolhidos. Pode-se afirmar, inclusive, que pela natureza das prestaes oferecidas ( salrio famlia, reabilitao profissional e salrio maternidade), no haveria filiao a regime previdencirio; pois a lei no admite nova aposentao do segurado, reclculo da aposentadoria anterior ou prev o pagamento de peclio s novas prestaes vertidas no garantem as espcies mnimas de benefcios para que se tenha um regime previdencirios: nova aposentadoria e nova Penso.

H, contudo, uma situao deveras estranha, o TRABALHADOR OU APOSENTADO vinculado por exemplo ao Regime Prprio impedido de contribuir de forma facultativa ao RGPS, por fora do escopado no artigo 201, pargrafo 5 que diz ser vedada a filiao ao regime geral de previdncia social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime prprio de previdncia. Entretanto, se o mesmo voltar a exercer uma atividade abrangida pelo RGPS, ele considerado como segurado obrigatrio. Sendo, portanto, obrigado a contribuir.

SEGURADOS FACULTATIVOS

Segurado Facultativo: PESSOA MAIOR DE 16 ANOS DE IDADE que se filiar ao Regime Geral de Previdncia Social, mediante contribuio, desde que no esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatrio da PREVIDNCIA SOCIAL.

SEGURADOS FACULTATIVOS

FIQUE DE OLHO

ACORDOS INTERNACIONAIS

Pases que mantm acordo com o Brasil:

Argentina

Cabo Verde

Chile

Espanha

Grcia

Luxemburgo

Itlia

Portugal

Uruguai

Holanda

Paraguai e

Japo

ACORDOS INTERNACIONAIS

ACORDOS INTERNACIONAIS

ACORDOS INTERNACIONAIS

So beneficirios os segurados e seus dependentes, sujeito ao RGPS dos pases, nos casos de: incapacidade para o trabalho, tempo de contribuio, velhice, morte, reabilitao profissional, certificado de deslocamento / iseno de contribuio previdenciria.

O requerimento do benefcio dever ser protocolado na Entidade Gestora do pas de residncia do interessado.

ACORDOS INTERNACIONAIS

Entidade Gestora:

a instituio competente para conceder as prestaes previstas nos Acordos.

No Brasil, O rgo Gestor o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, o qual operacionaliza os Acordos.

DICAS UTES

OS SERVIOS DA PREVIDNCIA SOCIAL SO GRATUITOS

LIGUE 135ACESSE

www.previdencia.gov.br

DENNCIA CONTRA O INSS Central de cartas: Caixa Postal 09714 - CEP 70001-970 - Braslia-DF ;

http://ouvidoria.previdencia.gov.br/souweb/preparePesquisaInternauta.do ou para a Controladoria-Geral da Unio

Por correspondncia enviada para o seguinte endereo: Controladoria-Geral da Unio, SAS Qd.1, Bloco A Edifcio Darcy Ribeiro Braslia (DF) CEP 70070-905 ou para uma das suas unidades regionais (veja os endereos de contato).

http://www.cgu.gov.br/Denuncias/FormularioDenuncia.asp

Dependentes

DEPENDENTES

Inscrio do Dependente

A inscrio do Dependente perante ao INSS se dar, segundo o RPS, da seguinte forma:

Art.22.A inscrio do dependente do segurado ser promovida quando do requerimento do benefcio a que tiver direito, mediante a apresentao dos seguintes documentos: (Redao dada pelo Decreto n 4.079, de 2002)

I-para os dependentes preferenciais:

a)cnjuge e filhos-certides de casamento e de nascimento;

b)companheira ou companheiro-documento de identidade e certido de casamento com averbao da separao judicial ou divrcio, quando um dos companheiros ou ambos j tiverem sido casados, ou de bito, se for o caso; e

c)equiparado a filho-certido judicial de tutela e, em se tratando de enteado, certido de casamento do segurado e de nascimento do dependente, observado o disposto no 3 do art. 16;

II-pais-certido de nascimento do segurado e documentos de identidade dos mesmos; e

III-irmo-certido de nascimento

Nota: Mas, qual seria o momento para se realizar a inscrio dos Dependentes

HYPERLINK "Inscrio do Dependete aps a morte do segurado.ppt"?

HYPERLINK "Inscrio do Dependete aps a morte do segurado.ppt"Ela poderia ser feita aps a morte do Segurado?Perda da Qualidade de Dependente

Art.17. A perda da qualidade de dependente ocorre:

I - para o cnjuge, pela separao judicial ou divrcio, enquanto no lhe for assegurada a prestao de alimentos, pela anulao do casamento, pelo bito ou por sentena judicial transitada em julgado;

II - para a companheira ou companheiro, pela cessao da unio estvel com o segurado ou segurada, enquanto no lhe for garantida a prestao de alimentos;

III - para o filho e o irmo, de qualquer condio, ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se invlidos, desde que a invalidez tenha ocorrido antes:

a) de completarem vinte e um anos de idade;

b) do casamento;

c) do incio do exerccio de emprego pblico efetivo;

d) da constituio de estabelecimento civil ou comercial ou da existncia de relao de emprego, desde que, em funo deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia prpria; ou

e) da concesso de emancipao, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento pblico, independentemente de homologao judicial, ou por sentena do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; e

IV - para os dependentes em geral:

a) pela cessao da invalidez; ou

b) pelo falecimento.

OBS: Mesmo aps a separao judicial, por exemplo, o cnjuge continua dependente do segurado, enquanto lhe for assegurada a prestao de alimentos permanecendo nesta condio de dependente mesmo aps a morte do segurado, concorrendo desta maneira a penso. E se tiver renunciado mo da penso alimentcia, ter direito

HYPERLINK "penso por morte - sem alimentos.ppt"?DEPENDENTES

Comprovao do vnculo e da dependncia econmica art. 22, 3do Decreto 3048/99 no mnimo 3 (trs) dos seguintes documentos:

I-certido de nascimento de filho havido em comum;

II-certido de casamento religioso;

III-declarao do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente;

IV-disposies testamentrias;

V-anotao constante na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdncia Social, feita pelo rgo competente;

(Revogado pelo Decreto n 5.699, de 2006) VI-declarao especial feita perante tabelio;

VII-prova de mesmo domiclio;

VIII-prova de encargos domsticos evidentes e existncia de sociedade ou comunho nos atos da vida civil;

IX-procurao ou fiana reciprocamente outorgada;

X-conta bancria conjunta;

XI-registro em associao de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado;

XII-anotao constante de ficha ou livro de registro de empregados;

XIII-aplice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiria;

XIV-ficha de tratamento em instituio de assistncia mdica, da qual conste o segurado como responsvel;

XV-escritura de compra e venda de imvel pelo segurado em nome de dependente;

XVI-declarao de no emancipao do dependente menor de vinte e um anos; ou

XVII-quaisquer outros que possam levar convico do fato a comprovar.

4 O fato superveniente que importe em excluso ou incluso de dependente deve ser comunicado ao Instituto Nacional do Seguro Social, com as provas cabveis.

5 O segurado casado no poder realizar a inscrio de companheira.(Revogado pelo Decreto n 4.079, de 2002) 6 Somente ser exigida a certido judicial de adoo quando esta for anterior a 14 de outubro de 1990, data da vigncia da Lei n 8.069, de 1990.

7 Para a comprovao do vnculo de companheira ou companheiro, os documentos enumerados nos incisos III, IV, V, VI e XII do 3 constituem, por si s, prova bastante e suficiente, devendo os demais serem considerados em conjunto de no mnimo trs, corroborados, quando necessrio, mediante justificao administrativa, processada na forma dos arts. 142 a 151. (Revogado pelo Decreto n 3.668, de 2000) 8 No caso de pais, irmos, enteado e tutelado, a prova de dependncia econmica ser feita por declarao do segurado firmada perante o Instituto Nacional do Seguro Social, acompanhada de um dos documentos referidos nos incisos III, V, VI e XIII do 3, que constituem, por si s, prova bastante e suficiente, devendo os documentos referidos nos incisos IV, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIV e XV serem considerados em conjunto de no mnimo trs, corroborados, quando necessrio, por justificao administrativa ou parecer scio-econmico do Servio Social do Instituto Nacional do Seguro Social. (Revogado pelo Decreto n 3.668, de 2000) 9 No caso de dependente invlido, para fins de inscrio e concesso de benefcio, a invalidez ser comprovada mediante exame mdico-pericial a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social.

10. Dever ser apresentada declarao de no emancipao, pelo segurado, no ato de inscrio de dependente menor de vinte e um anos referido no art. 16.

10.No ato de inscrio, o dependente menor de vinte e um anos dever apresentar declarao de no emancipao.(Redao dada pelo Decreto n 4.079, de 2002)

11. Para inscrio dos pais ou irmos, o segurado dever comprovar a inexistncia de dependentes preferenciais, mediante declarao firmada perante o Instituto Nacional do Seguro Social.(Revogado pelo Decreto n 4.079, de 2002)

12. Os dependentes excludos de tal condio em razo de lei tm suas inscries tornadas nulas de pleno direito.

13.No caso de equiparado a filho, a inscrio ser feita mediante a comprovao da equiparao por documento escrito do segurado falecido manifestando essa inteno, da dependncia econmica e da declarao de que no tenha sido emancipado. (Includo pelo Decreto n 4.079, de 2002) Art.24. Os pais ou irmos devero, para fins de concesso de benefcios, comprovar a inexistncia de dependentes preferenciais, mediante declarao firmada perante o Instituto Nacional do Seguro Social. Particularidades OBS: Da prova exclusivamente testemunhal para demonstrao da dependncia Nota: O indivduo, na modalidade de Contribuinte Individual que na data do bito, no pertencer mais aos quadros RGPS, posto no ter efetuado as contribuies previdencirias, retirar do dependente o direito a penso por morte?SEGURADOS

INSCRIO E FILIAO

Da Inscrio Inscrio do Segurado: De acordo com o artigo 18 do RPS, o ato pelo qual o segurado CADASTRADO no Regime Geral de Previdncia Social, mediante comprovao dos dados pessoais e de outros elementos necessrios e teis a sua caracterizao, na seguinte forma:

I - empregado e trabalhador avulso - pelo preenchimento dos documentos que os habilitem ao exerccio da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho (no caso de empregado) e pelo cadastramento e registro no sindicato ou rgo gestor de mo-de-obra (no caso de trabalhador avulso);

II - empregado domstico - pela apresentao de documento que comprove a existncia de contrato de trabalho;

III - empresrio - pela apresentao de documento que caracterize a sua condio;

IV - contribuinte individual - pela apresentao de documento que caracterize o exerccio de atividade profissional, liberal ou no;

V - segurado especial - pela apresentao de documento que comprove o exerccio de atividade rural; e

VI - facultativo - pela apresentao de documento de identidade e declarao expressa de que no exerce atividade que o enquadre na categoria de segurado obrigatrio.

INSCRIO

A inscrio do segurado em qualquer categoria mencionada neste artigo EXIGE a idade mnima de 16 anos. Mais se exercer atividade com idade inferior? Ter os mesmos direitos, pois no se pode apenar o individuo duplamente, at porque misso do Estado no permitir tal trabalho do menor.

Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdncia Social ser obrigatoriamente inscrito em relao a cada uma delas. Na verdade o termo inscrito deve ser trocado por filiado posto que a inscrio s ocorre uma nica vez na vida do segurado, salvo raras excees pontuais.

A anotao na CTPS VALE para todos os efeitos como prova de filiao previdncia social, relao de emprego, tempo de servio e salrio-de-contribuio, podendo, em caso de dvida, ser exigida pelo INSS a apresentao dos documentos que serviram de base anotao. Na Justia ele serve de base sem a necessria corroborao, salvo em casos muitos especficos em inteligncia ao artigo 62, 1 e 2, inciso I do RPS.

O Cadastro Nacional de Informaes Sociais CNIS, tambm vale para todos os efeitos como prova de inscrio e filiao nos termos do artigo 19 do Decreto 3.048/99.

Ademais o prprio artigo 62 traz um rol de outros documentos que podero comprovar o tempo de contribuio sendo estes:

o contrato individual de trabalho, a Carteira Profissional, a Carteira de Trabalho e Previdncia Social, a carteira de frias, a carteira sanitria, a caderneta de matrcula e a caderneta de contribuies dos extintos institutos de aposentadoria e penses, a caderneta de inscrio pessoal visada pela Capitania dos Portos, pela Superintendncia do Desenvolvimento da Pesca, pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e declaraes da Secretaria da Receita Federal do Brasil;

certido de inscrio em rgo de fiscalizao profissional, acompanhada do documento que prove o exerccio da atividade;

contrato social e respectivo distrato, quando for o caso, ata de assemblia geral e registro de empresrio; ou

certificado de sindicato ou rgo gestor de mo-de-obra que agrupa trabalhadores avulsos;

II-de exerccio de atividade rural, alternativamente:

contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdncia Social;

contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;

declarao fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colnia de pescadores, desde que homologada pelo INSS;

comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria - INCRA;

bloco de notas do produtor rural;

notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o 24 do art. 225, emitidas pela empresa adquirente da produo, com indicao do nome do segurado como vendedor;

documentos fiscais relativos a entrega de produo rural cooperativa agrcola, entreposto de pescado ou outros, com indicao do segurado como vendedor ou consignante;

comprovantes de recolhimento de contribuio Previdncia Social decorrentes da comercializao da produo;

cpia da declarao de imposto de renda, com indicao de renda proveniente da comercializao de produo rural;

licena de ocupao ou permisso outorgada pelo INCRA;

ou certido fornecida pela Fundao Nacional do ndio - FUNAI, certificando a condio do ndio como trabalhador rural, desde que homologada pelo INSS.

Da Filiao

Filiao do Segurado: o vnculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdncia social e esta, do qual decorrem direitos e obrigaes.

A filiao previdncia social decorre automaticamente do exerccio de atividade remunerada para os segurados obrigatrios, e da inscrio formalizada com o pagamento da primeira contribuio para o segurado facultativo. (Artigo 20 do RPS)

Exceo: O trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa fsica por prazo de at dois meses dentro do perodo de um ano, para o exerccio de atividades de natureza temporria, neste caso, decorre automaticamente de sua incluso na GFIP, mediante identificao especfica. (artigo 20, 1 e 2)

Nota: A anotao na CTPS valer para todos os efeitos como prova da efetiva filiao Previdncia Social nos moldes do artigo 62 2 do Decreto 3048/99.

CNIS - Cadastro Nacional de Informaes Sociais

CNIS a base de dados nacional que contm informaes cadastrais de trabalhadores empregados e contribuintes individuais, empregadores, vnculos empregatcios e remuneraes.

No intuito de criar uma base de dados integrada, o Governo Federal determinou a criao do CNT - Cadastro Nacional do Trabalhador, atravs do decreto 97.936 de 1989, na forma de consrcio entre Ministrio da Previdncia e Assistncia Social (MPAS), Ministrio do Trabalho (MTb) e Caixa Econmica Federal (CEF). Posteriormente assumiu, conforme lei 8.212 de 1991, a denominao de CNIS.

Os dados constantes do Cadastro Nacional de Informaes Sociais - CNIS relativos a vnculos, remuneraes e contribuies valem como prova de filiao previdncia social, tempo de contribuio e salrios-de-contribuio. (Artigo 19 do RPS)

O segurado poder solicitar, a qualquer momento, a incluso, excluso ou retificao das informaes constantes do CNIS, com a apresentao de documentos comprobatrios dos dados divergentes, conforme critrios definidos pelo INSS, independentemente de requerimento de benefcio, exceto na hiptese do art. 142 (Artigo 19 1 RPS)

As informaes inseridas extemporaneamente no CNIS, independentemente de serem inditas ou retificadoras de dados anteriormente informados, somente sero aceitas se corroboradas por documentos que comprovem a sua regularidade. (Artigo 19 2 RPS)

Respeitadas as definies vigentes sobre a procedncia e origem das informaes, considera-se extempornea a insero de dados (Artigo 19 3 RPS):

I - relativos data de incio de vnculo, sempre que decorrentes de documento apresentado aps o transcurso de sessenta dias do prazo estabelecido pela legislao;

II - relativos a remuneraes, sempre que decorrentes de documento apresentado

a) aps o ltimo dia do quinto ms subseqente ao ms da data de prestao de servio pelo segurado, quando se tratar de dados informados por meio da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Servio e Informaes Previdncia Social - GFIP; e

b) aps o ltimo dia do exerccio seguinte ao a que se referem as informaes, quando se tratar de dados informados por meio da Relao Anual de Informaes Sociais - RAIS;

III - relativos a contribuies, sempre que o recolhimento tiver sido feito sem observncia do estabelecido em lei.

A extemporaneidade de que trata o inciso I do 3o ser relevada aps um ano da data do documento que tiver gerado a informao, desde que, cumulativamente (Artigo 19 4 RPS):

I - o atraso na apresentao do documento no tenha excedido o prazo de que trata a alnea a do inciso II do 3o;

II - tenham sido recolhidas, quando for o caso, as contribuies correspondentes ao perodo retroagido; e

III - o segurado no tenha se valido da alterao para obter benefcio cuja carncia mnima seja de at doze contribuies mensais.

No constando do CNIS informaes sobre contribuies ou remuneraes, ou havendo dvida sobre a regularidade do vnculo, motivada por divergncias ou insuficincias de dados relativos: ao empregador, ao segurado, natureza do vnculo, ou a procedncia da informao. Esse perodo respectivo somente ser confirmado mediante a apresentao pelo segurado da documentao comprobatria solicitada pelo INSS. (Artigo 19 5 RPS)

Para os fins de que trata os 2 a 6, o INSS e a DATAPREV adotaro as providncias necessrias para que as informaes constantes do CNIS sujeitas comprovao sejam identificadas e destacadas dos demais registros. (Artigo 19 7 RPS)

Para fins de benefcios de que trata este Regulamento, os perodos de vnculos que corresponderem a servios prestados na condio de servidor estatutrio somente sero considerados mediante apresentao de Certido de Tempo de Contribuio fornecida pelo rgo pblico competente, salvo se o rgo de vinculao do servidor no tiver institudo regime prprio de previdncia social. (Artigo 19A RPS)

A comprovao de vnculos e remuneraes de que trata o art. 62 do RPS, tais como: Anotaes da CTPS, certido de inscrio em rgo de fiscalizao profissional, acompanhada do documento que prove o exerccio da atividade, contrato social e respectivo distrato, quando for o caso, ata de assemblia geral e registro de empresrio, certificado de sindicato ou rgo gestor de mo-de-obra que agrupa trabalhadores avulsos dentre outros. Poder ser utilizada para suprir omisso do empregador, para corroborar informao inserida ou retificada extemporaneamente ou para subsidiar a avaliao dos dados do CNIS. (Artigo 19B RPS)

Manuteno e Perda da Qualidade de Segurado

A manuteno da qualidade do segurado essencial porque sem ela inexiste a prestao previdenciria. Tal proteo s dada a quem segurado, ou a dependente de quem segurado, nunca a ex-segurado!!!

Nos dizeres do saudoso Des. Jediael Galvo Miranda: A qualidade de segurado conforme visto, adquire-se com a filiao para os segurados obrigatrios, condio esta, mantida com a continuidade do exerccio de atividade remunerada, o que implica recolhimento das contribuies. J para o segurado facultativo, a qualidade de segurado e adquirida atravs do ingresso voluntrio na Previdncia, realizado mediante a inscrio e o recolhimento da primeira contribuio, mantendo-se na qualidade de segurado, enquanto continuar contribuir.

Desta sorte, como podemos facilmente perceber, mantm-se a qualidade de segurado, com o recolhimento das contribuies, seja, no caso do obrigatrio ou facultativo.

Contudo, nos termos da Lei, a interrupo ou cessamento das contribuies no necessariamente acarretar a perda da qualidade de segurado de imediato, como seria de se esperar, pelo conceito acima aposto, permanecendo assim, o vnculo entre segurado e previdncia, por perodo certo ou mesmo indeterminado.

Tal benesse se d nos termos do artigo 15 da Lei 8.213/91, chamado Perodo de Graa, onde a qualidade de segurado mantida independentemente de contribuies ao Sistema Previdencirio, vejamos ento as hipteses abarcadas pela Norma:

Mantm a qualidade de segurado, independentemente de contribuies:

I - sem limite de prazo, quem est em gozo de benefcio; ( inclusive o Aux. Acidente, nos termos do artigo 11, inciso I da IN 20/07)

II - at 12 (doze) meses aps a cessao das contribuies, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdncia Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remunerao;

III - at 12 (doze) meses aps cessar a segregao, o segurado acometido de doena de segregao compulsria;

IV - at 12 (doze) meses aps o livramento, o segurado retido ou recluso;

V - at 3 (trs) meses aps o licenciamento, o segurado incorporado s Foras Armadas para prestar servio militar;

VI - at 6 (seis) meses aps a cessao das contribuies, o segurado facultativo. (O segurado facultativo, aps a cessao do benefcio por incapacidade, ter o "perodo de graa" pelo prazo de doze meses, nos termos do artigo 12, pargrafo nico da IN 20/07)

O prazo do inciso II ser prorrogado para at 24 (vinte e quatro) meses se o segurado j tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuies mensais sem interrupo que acarrete a perda da qualidade de segurado.

Os prazos do inciso II ou do 1 sero acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situao pelo registro no rgo prprio do Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social. Tal exigncia foi atenuada pela Smula 27 da Turma Nacional de Uniformizao: A ausncia de registro em rgo do Ministrio do Trabalho no impende a comprovao do desemprego por outros meios admitidos em Direito. Ademais, recentemente a Turma Nacional de Uniformizao dos Juizados Especiais Federais (TNU), observando os ditames da Smula 27, negou provimento, por unanimidade, ao pedido do Instituto Nacional de Previdncia Social (INSS) de no reconhecer a condio de desempregado nos casos em que o segurado no tiver anotaes na carteira de trabalho e previdncia social (CTPS). A deciso foi proferida na sesso realizada no dia 27 de maro de 2009. A autarquia previdenciria contestou o acrdo proferido pela 2 Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Paran, que decidiu em favor de um desempregado que teve a concesso de auxlio-doena negado pelo INSS porque no possua anotaes na CTPS registradas no Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), comprovando sua situao funcional. O Instituto alegou que o acrdo contraria a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia, que exige a prova do desemprego mediante o registro no MTE.

De acordo com o voto do relator do processo, Juiz Federal lio Wanderley de Siqueira Filho, a Turma Nacional j teve a oportunidade de examinar a matria e aplicou o entendimento da smula n 27, na qual a ausncia de registro em rgos do Ministrio do Trabalho no impede a comprovao do desemprego por outros meios admitidos em Direito.

Processo n 2007.70.60.00.0136-0 e Processo n 2007.70.95.01.6092-9

Fonte: Conselho da Justia Federal

Tambm devemos repisar que durante os prazos do artigo 15 da Lei 8.213/91, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdncia Social, s ocorrendo a perda da qualidade de segurado no dia seguinte ao do trmino do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuio referente ao ms imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus pargrafos.

Exemplificando: Antonio teve seu termino do perodo de graa em maio de 2009, para manter a qualidade deveria se filiar como facultativo, posto que no esta a realizar nenhuma atividade que o aloque como segurado obrigatrio, assim o prazo para recolher como facultativo ter a competncia de junho de 2009, o qual dever ser recolhida nos termos da Lei 8.212/91 at o dia 15 do ms de julho. Desta sorte, Antonio s estar fora da do sistema previdencirio a partir do dia 16 de julho de 2009.

OBS: O perodo de Graa, no conta para concesso de benefcio nem como tempo de carncia nem como tempo de contribuio. Assim podemos dizer que a situao perante a Previdncia ficou congelada, ou seja, sem alteraes.

Nota: O artigo 20 3 da IN 20/07 aloca que: O segurado obrigatrio que, durante o prazo de manuteno da sua qualidade de segurado (12, 24 ou 36 meses, conforme o caso) se filie ao RGPS como facultativo, ao deixar de contribuir como tal, ter direito de gozar o perodo de graa de sua condio anterior, ou seja, se um segurado obrigatrio com mais de 120 contribuies, fica desempregado, em janeiro de 2009 e paga como facultativo, em fevereiro de 2009, e depois no consegue mais pagar, este caso demonstre que esta desempregado ter direito a carncia anterior do obrigatrio e no os 06 meses do facultativo.

Outra particularidade importante aquela onde o segurado deixa de contribuir para o Regime de Previdncia Social, por estar acometido de molstia ou patologia que retire sua fora para o trabalho, tal infortnio, no importar em perda da qualidade de segurado, tal situao nos dizeres do Des. Federal Jediael Galvo Miranda, corresponde quela em que o segurado se encontra em gozo de benefcio previdencirio. Neste mesmo sentido: STJ AGRE-SP n 529047.

Segundo a TNU, admitida a concesso de auxlio-doena quele que, tendo sido acometido por doena incapacitante quando ostentava a condio de segurado da Previdncia, fez a solicitao administrativa somente aps ter perdido essa condio. Assim a TNU, deu parcial provimento a um pedido de uniformizao interposto contra deciso da Turma Recursal dos JEFs do Esprito Santo, em sesso realizada em 28 de julho de 2008.

A autora do pedido de uniformizao havia conseguido o benefcio em sentena de juiz singular, mas a Turma Recursal o negou pela impossibilidade de concesso de auxlio-doena quando o requerimento realizado aps a perda da condio de segurada.

O juiz federal relator do pedido na TNU, Derivaldo de Figueiredo Bezerra Filho, observou em seu voto que as decises do juiz singular e da Turma Recursal no consideraram a realizao de prova pericial por meio da qual se verificasse o momento do incio da doena incapacitante da autora. Em seu voto-vista, o juiz Ricarlos Almagro Vitoriano Cunha confirmou o voto do relator. A TNU, nesse sentido, votou pela concesso de parcial provimento ao incidente de uniformizao e retorno dos autos ao juzo de origem para que promova a completa instruo processual, que verifique a data de incio da doena incapacitante da autora. Processo n. 200350520000556/ES - Fonte: Portal da Justia Federal

Nota: O Decreto 3.048/99, estendeu as benesses do Perodo de Graa aos servidores Pblicos Estatutrios, que incorrerem na hiptese do item II, acima narrado. Muito embora eu creio que seja uma enorme vantagem, me arrepia, perceber que constantemente o Decreto legifera, sendo que este no possui tal competncia.

Jurisprudncia

Tabela de Graa

TRABALHADORES EXCLUDOS DO REGIME GERAL

So todos aqueles que, dispondo de Regime prprio de Previdncia Privada, no so abrangidos pela Previdncia Social, dentre os quais citam-se: os servidores pblicos federais, estaduais e municipais (os chamados servidores estatutrios) e os militares.

EMPRESA ( Revogado pela Lei 9876/199): a firma individual ou a sociedade que assume o risco de atividade econmica urbana ou rural, com fins lucrativos ou no, bem como os rgos e as entidades da administrao pblica direta, indireta e fundacional;

Equipara-se empresa, para os efeitos legais:

I - o trabalhador autnomo ou a este equiparado, em relao a segurado que lhe presta servio;

II - o contribuinte individual, em relao ao segurado que lhe presta servios;

III - a cooperativa, a associao ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive a misso diplomtica e a repartio consular de carreiras estrangeiras;

IV - o operador porturio e o rgo gestor de mo-de-obra;

V - o proprietrio ou dono de obra de construo civil, quando pessoa fsica, em relao a segurado que lhe presta servio.

Atualmente so considerados como contribuintes individuais.

EMPREGADOR DOMSTICO: aquele que admite a seu servio, MEDIANTE REMUNERAO, sem finalidade lucrativa, empregado domstico.

SALRIO DE CONTRIBUIO

O Salrio de Contribuio tema mais do que importante para o entendimento do assunto Custeio X Benefcios, posto ser este a principal base de clculo das contribuies arrecadadas. Por exemplo: Imaginemos um trabalhador que tem seu salrio real no valor de R$ 1.000,00 e cujo seu patro apenas declara e anota em sua CTPS o salrio mnimo, no valor de R$ 510,00. Obviamente que tal procedimento realizado pelo empregador encontra-se dentro do campo da literal sonegao fiscal, com relao ao valor real do salrio pago. Agora imaginemos quais repercusses isto trar ao sistema?

1-) perda da arrecadao da parte sonegada e logo conseqente dficit em relao aos pagamentos feitos;

2-) reduo do real salrio de contribuio do trabalhador, os quais ter seus eventuais e futuros benefcios previdencirios calculados com base no salrio efetivamente contribudo, e no no salrio real pago. Desta sorte, mais que necessrio se faz trazer as noes elementares do Salrio de Contribuio para entendimento da problemtica arrecadativa do Sistema Previdencirio Brasileiro. Segundo Lazzari e Castro, a importncia vai ainda alm, posto ser necessrio tambm saber qual a poca que o mesmo foi ou deveria ter sido recolhido de modo a conseguir realizar as correes atuariais necessrias.

Assim, vejamos o seu conceito e a forma de clculo para cada segurado: CONCEITO: o valor que serve de base para incidncia das alquotas das contribuies previdencirias (fonte de custeio) e como base para o clculo do salrio benefcio. Segundo o artigo 214, do Decreto 3048/99 Salrio de Contribuio, pode ser assim explicitado, seno vejamos:

I - para o EMPREGADO e o TRABALHADOR AVULSO: a remunerao auferida, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer ttulo, durante o ms, destinados a retribuir o trabalho, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial ou, ainda, de conveno ou acordo coletivo de trabalho ou sentena normativa;

II - para o EMPREGADO DOMSTICO: a remunerao registrada na CTPS, observados os limites mnimo e mximo legais;

III - para o CONTIBUINTE INDIVIDUAL: o valor por ele percebido no ms, no podendo exceder o limite legal.;

IV - para o DIRIGENTE SINDICAL: na qualidade de empregado:a remunerao paga, devida ou creditada pela entidade sindical, pela empresa ou por ambas;

V - para o DIRIGENTE SINDICAL: na qualidade de trabalhador avulso: remunerao paga, devida ou creditada pela entidade sindical;

VI- para o SEGURADO FACULTATIVO: o valor por ele declarado, observados os limites mnimo e mximo do Salrio de Contribuio.

OBS: Quando a admisso, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado, inclusive domstico, ocorrer no curso do ms, o Salrio de Contribuio ser proporcional ao nmero de dias efetivamente trabalhados. Exceo a Regra do SC

PARCELAS INTEGRANTES E NO-INTEGRANTES DO SALRIO DE CONTRIBUIO Segundo Hugo Goes, integram o salrios-de-contribuio todas as parcelas de natureza remuneratria, ou seja, aquelas pagas em retribuio aos servios prestados pelo trabalho. As parcelas relativas indenizao e ao ressarcimento, em geral, no esto includas nos conceitos de salrios-de-contribuio e de remunerao. INTEGRANTES (em regra a Lei 8.212/91 e o Decreto 3.048/99 apenas narram as parcelas no integrantes, assim por eliminao todas as parcelas que no encontram-se no rol das no integrantes, fazem parte do rol das integrantes) abaixo citamos algumas delas:

I - remunerao adicional de frias; II- gratificao natalina - dcimo terceiro salrio: exceto para o clculo do salrio-de-benefcio, sendo devida a contribuio quando do pagamento ou crdito da ltima parcela ou na resciso do contrato de trabalho Smula 688 do STF: legtima a incidncia da contribuio previdenciria sobre o 13 slario; III- o valor das dirias para viagens, QUANDO excedente a 50 % da remunerao mensal do empregado, integra o salrio-de-contribuio pelo seu valor total; IV salrio maternidade- nico benefcio previdencirio que tem sua base integrante ao SC art. 28 da Lei 8.212/91;

V- Aviso prvio trabalhado, salrio in natura (utilidades) nos moldes do artigo 468 da CLT e remunerao do aposentado que retorna ao emprego;

VI - os adicionais de qualquer espcie tais como: adicional noturno, horas extras, adicional insalubridade, periculosidade, penosidade, de transferncia, de tempo de servio dentre outros. Nota: Todas estas parcelas integram o Salrio de Contribuio, devido a sua natureza remuneratria. NO INTEGRANTES ( No integram o SC as parcelas tipificadas no artigo 28 9 da Lei 8.212/91 e artigo 214 do Dec. 3.048/99), abaixo citamos as principais:

I - os benefcios da previdncia social, nos termos e limites legais RGPS (RPPS - integra EC 41); II - a ajuda de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta; Exceo: artigo 214 9, inciso II do Decreto 3048/99; III- a parcela in natura recebida de acordo com programa de alimentao aprovado pelo Ministrio do Trabalho e Emprego; - PAT IV - as frias indenizadas e respectivo adicional constitucional; V - a s importncias recebidas a ttulo de: a) indenizao compensatria de 40% do montante depositado no FGTS;

b) indenizao por tempo de servio;

c) indenizao por despedida sem justa causa do empregado nos contratos por prazo determinado;

d) indenizao do tempo de servio do safrista;

e) incentivo demisso;

f) aviso prvio indenizado;

g) indenizao por dispensa sem justa causa no perodo de 30 dias que antecede a correo salarial;

h) abono de frias;

j) ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salrio;

l) licena-prmio indenizada;

m) outras indenizaes, desde que expressamente previstas em lei;

VI-a parcela recebida a ttulo de vale-transporte, na forma da legislao prpria;

VII- a ajuda de custo, recebida exclusivamente em decorrncia de mudana de local de trabalho do empregado;

VII - as dirias para viagens, desde que no excedam a 50% da remunerao mensal do empregado;

IX - a importncia recebida a ttulo de bolsa de complementao educacional de estagirio;214

X- a participao do empregado nos lucros ou resultados da empresa;

XI- o abono do PIS/PASEP;

NOTA: As parcelas no integrantes quando pagas ou creditadas de acordo com a Lei, integraram o SC para todos os efeitos.

SALRIO DE CONTRIBUIO

O limite mnimo do salrio-de-contribuio corresponde ao piso salarial legal ou normativo da categoria ou, INEXISTINDO ESTE, ao salrio mnimo, tomado no seu valor mensal, dirio ou horrio;

O limite mximo do salrio de contribuio aquele publicado mediante portaria do Ministrio da Previdncia sempre quando ocorrer alterao no valor dos benefcios, atualmente a tabela de Contribuio encontra-se da seguinte forma:

SALRIO DE CONTRIBUIO

Particularidades do SC

A Contribuio do Empregado, Domstico, e Trabalhador Avulso calculada mediante a aplicao da alquota pertinente, sobre o seu SC. Tais alquotas no so cumulativas, mais sofrem progresso (quanto maior o SC, maior a alquota. Esta a regra do artigo 194, pargrafo nico e V da CF).

Segundo Goes, a no cumulatividade pode gerar uma situao peculiar, vejamos o exemplo: Joo recebe uma remunerao mensal de R$ 1520,00 e Pedro de R$ 1519,50, muito embora Joo ganhe mais que Pedro, aps o desconto da contribuio, sua remunerao liquida ser menor que a de Pedro.

PBCSalrio de Benefcio

CONCEITO

O salrio de benefcio o valor bsico usado para o clculo da renda mensal inicial (RMI), dos principais benefcios previdencirios. Assim, enquanto na parte ligada ao Custeio temos a definio de SC, na parte ligada aos benefcios tem-se a noo conceitual de SB, seno vejamos:

a importncia apurada a partir dos salrios de contribuio do segurado. Mas no h correspondncia absoluta entre o valor do salrio de benefcio e o valor do benefcio, pois este ltimo resulta de nova apurao aritmtica.

Definio Legal

Artigo 28 da Lei 8.213/91 define o salrio de benefcio como sendo " o valor do benefcio de prestao continuada, inclusive o regido por norma especial e o decorrente de acidente de trabalho, exceto o salrio famlia e o salrio maternidade, ser calculado com base no salrio-de-benefcio."

Artigo 31 do Decreto 3048/99 define o salrio de benefcio como " o valor-bsico utilizado para clculo da renda mensal inicial dos benefcios de prestao continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salrio-famlia, a penso por morte, o salrio maternidade e os demais benefcios de legislao especial."

Salrio de Benefcio

BENEFCIOS QUE NO SERO CALCULADOS COM BASE NO SALRIO DE BENEFCIO

Salrio famlia: o valor o mesmo para todos aqueles que tm direito;

Salrio maternidade:

remunerao integral no caso da empregada e avulsa;

valor do ltimo salrio de contribuio para a domstica;

1/12 do valor sobre o qual incidiu a ltima contribuio anual para a segurada especial;

1/12 da mdia dos ltimos salrios de contribuio, apurados em perodo no superior a 15 meses, para a segurada contribuinte individual.

Penso por morte: o valor calculado com base no valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se tivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.

Auxlio recluso: o valor de 100% da aposentadoria que o segurado percebia no dia de sua priso ou que teria se estivesse aposentado por invalidez.

Salrio de Benefcio

Tabela de clculo do Benefcio de acordo com o artigo 29 da Lei 8.213/91:

CLCULOS PARTICULARIDADES Trazidas pela Lei 9.876/99 Regra de transio aplicada basicamente a todos que esto em condies de requererem o Benefcio ficando quase como regra obrigatria atualmente, seno vejamos:

Art. 3 Para o segurado filiado Previdncia Social at o dia anterior data de publicao desta Lei, que vier a cumprir as condies exigidas para a concesso dos benefcios do Regime Geral de Previdncia Social, no clculo do salrio-de-benefcio ser considerada a mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio, correspondentes a, no mnimo, oitenta por cento de todo o perodo contributivo decorrido desde a competncia julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a redao dada por esta Lei.

2 No caso das aposentadorias de que tratam as alneas b, c e d do inciso I do art. 18, o divisor considerado no clculo da mdia a que se refere o caput e o 1o no poder ser inferior a sessenta por cento do perodo decorrido da competncia julho de 1994 at a data de incio do benefcio, limitado a cem por cento de todo o perodo contributivo

Assim, para poder atender o requisito trazido pela norma, necessrio se saber a quantidade de SC existentes, para de posse desta informao realizar o clculo que o 2 determina.

Viso do INSS: Artigo 175 da IN 45 Antigo artigo 83, III, a e b

Exemplo: Segurado com Data de Entrada de Requerimento DER em 10.05.2009, contando com 90 contribuies dentro do Perodo Bsico de Clculo PBC.

PBC inicial em julho/94; Trmino abril de 2009 TOTAL DE MESES: 178 MESES

Para se saber quanto 60% do perodo todo entre julho d