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ICESP
PATRÍCIA RODRIGUES BARBOSA
INTRODUÇÃO DA DISCIPLINA DIREITO CONSTITUCIONAL A PARTIR
DO ENSINO FUNDAMENTAL
Brasília, 2015
2
PATRÍCIA RODRIGUES BARBOSA
A RELEVÂNICA DA INTRODUÇÃO DA DISCIPLINA DIREITO
CONSTITUCIONAL A PARTIR DO ENSINO FUNDAMENTAL
Brasília, 2015
3
PATRÍCIA RODRIGUES BARBOSA
A RELEVÂNCIA DA INTRODUÇÃO DA DISCIPLINA DIREITO CONSTITUCIONAL A
PARTIR DO ENSINO FUNDAMENTAL
Trabalho apresentado ao NIP/ICESP, a fim de
adentrar na iniciação científica.
4
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5
2. PROBLEMÁTICA ................................................................................................................. 6
3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 7
4 OBJETIVOS ............................................................................................................................ 8
4.1. OBJETIVO GERAL .................................................................................................... 8
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 8
4.2.1 Analisar a importância da disciplina; ........................................................................ 8
4.2.2. Demonstrar a necessidade de sua implantação na grade curricular do Ensino
Fundamental; ...................................................................................................................... 8
4.2.3. Identificar aspectos importantes de socialização relacionados com demais
disciplinas do currículo; ..................................................................................................... 8
4.2.4. Demonstrar aspectos relevantes da introdução da disciplina quanto ao exercício
da cidadania. ....................................................................................................................... 8
4.2.5. Enfatizar os resultados positivos da implementação da disciplina Direito
Constitucional; .................................................................................................................... 8
5. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................... 9
6. METODOLOGIA ................................................................................................................. 23
6.1 UNIVERSO DE PESQUISA ..................................................................................... 23
6.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS ...................................................... 23
6.3 PLANO DE ANÁLISE DOS DADOS ....................................................................... 24
7. RESULTADOS ESPERADOS ............................................................................................ 24
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 26
ANEXO ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.
APÊNDICES ............................................................................. Erro! Indicador não definido.
5
1. INTRODUÇÃO
O Direito Constitucional é uma disciplina que trata dos direitos e deveres do povo
brasileiro. A constitucionalização dos direitos estabelece que as leis fundamentais regerão
toda a vida de uma sociedade politicamente organizada. E mais importante do que a
constitucionalização é a postura da Constituição Federal em assegurar e concretizar direitos
na prática.
A sociedade apresenta diversas problemáticas por não saber exatamente quais seus
direitos e deveres. Logo, verifica-se que a formação cidadão se dá na adolescência, em que
individuo distigue o que é certo e errado. Logo, o respeito ao próximo. A disciplina Direito
Constitucional deve ser inserida na grade curricular do Ensino Fundamental, a fim de que a
pratica de cidadania seja exercida com cuidado.
Diante a tal entendimento, como não mensurar a importância de se introduzir a
disciplina Direito Constitucional a partir do Ensino Fundamental? O fato de não ter tal
disciplina inserida nos currículos escolares traz muitos prejuízos à formação do jovem como
conhecedor e praticante da cidadania. Esta disciplina trará informações muito valiosas no
sentido de que um cidadão bem informado de seus direitos e obrigações será capaz de fazer
muitas mudanças; mudanças estas que podem transformar o presente, o futuro e a estrutura do
país.
O objetivo desse estudo está em analisar a relevância de inserir tal disciplina na
grade curricular supracitada. Assim, é despertar a mente dos jovens brasileiros para o
verdadeiro conhecimento do exercício da cidadania. É formar pensadores e transformadores
da sociedade. Para tanto a metodologia utilizada será a comparativa e a abordagem será a
dedutiva.
Espera-se que, com a inserção desta disciplina a partir do Ensino Fundamental, os
estudantes tenham a oportunidade ímpar de não só mudarem os rumos de suas vidas tendo
adquirido tão precioso conhecimento sobre o Direito Constitucional, mas também a
oportunidade de mudar os rumos do Brasil.
6
2. PROBLEMÁTICA
O Ensino Fundamental é uma das etapas da educação básica no Brasil.
Regulamentado por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em 1996, sua
origem remonta ao Ensino de Primeiro Grau, que promoveu a fusão dos antigos cursos
primário (com quatro a cinco anos de duração), e do curso ginasial, com quatro anos de
duração, este último considerado, até 1971, ensino secundário.
A duração obrigatória do Ensino Fundamental foi ampliada de oito para nove anos
pelo Projeto de Lei nº 3.675/04, transformado na Lei Ordinária 11274/2006, passando a
abranger a Classe de Alfabetização (fase anterior à 1ª série, com matrícula obrigatória aos seis
anos) que, até então, não fazia parte do ciclo obrigatório (a alfabetização na rede pública e em
parte da rede particular era realizada normalmente na 1ª série). Lei posterior (11.114/05) ainda
deu prazo até 2010 para Estados e Municípios se adaptarem. No Brasil não existe um
currículo padronizado para o ensino fundamental, mas a LDB de 1996 define que é
obrigatório, no Ensino Fundamental, o ensino de Língua Portuguesa, Matemática,
conhecimentos do mundo físico e natural, bem como da realidade social e política
(especialmente a brasileira), Artes, Educação Física e Música (que pode ser trabalhada dentro
das Artes).
Diante a tal entendimento, como não mensurar a importância de se introduzir a
disciplina Direito Constitucional a partir do Ensino Fundamental? É nessa fase que o jovem
está começando a sua formação educacional voltada para a cidadania. Se este mesmo jovem
pode votar a partir de 16 anos, porque não dar a ele a oportunidade de aprender como exercer
a cidadania através dos conhecimentos imprescindíveis obtidos na Disciplina Direito
constitucional?
7
3. JUSTIFICATIVA
A justificativa da relevância do tema, - a introdução da disciplina Direito
Constitucional a partir do Ensino Fundamental -, nos faz refletir sobre a necessidade e a
importância de se instruir o jovem durante sua formação educacional sobre conhecimentos
irrefutáveis do exercício da cidadania.
Um cidadão conhecedor de seus direitos e deveres é um ser consciente de suas
atitudes enquanto operador do direito. É possível lutar por um país melhor quando se há
conhecimento. Não se pode haver reivindicação, transformação se não há educação, se não há
instrução. O povo perece por falta de conhecimento.
A simples alegação de que o povo brasileiro precisa ser instruído e ser conhecedor
das normas, leis, direitos e obrigações de sua nação já é um motivo incontestável de que a
introdução da disciplina Direito Constitucional é uma necessidade proeminente.
8
4. OBJETIVOS
4.1. OBJETIVO GERAL
Analisar a relevância da disciplina Direito Constitucional a partir do Ensino
Fundamental.
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
4.2.1 Analisar a importância da disciplina;
4.2.2. Demonstrar a necessidade de sua implantação na grade curricular do Ensino
Fundamental;
4.2.3. Identificar aspectos importantes de socialização relacionados com demais disciplinas
do currículo;
4.2.4. Demonstrar aspectos relevantes da introdução da disciplina quanto ao exercício da
cidadania.
4.2.5. Enfatizar os resultados positivos da implementação da disciplina Direito
Constitucional;
9
5. REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 O que é o Direito constitucional e sua importância para a sociedade
De acordo com (Pinho, 2015) , o Direito Constitucional é uma disciplina que compõe
o ramo do Direito Público, cujo objeto jurídico de estudo é a Constituição política do estado e
sua organizacão. Sua materialização se dá através da Constituição Federal, que é um conjunto
de normas jurídicas que estão hierarquicamente acima de quaisquer outras no ordenamento
jurídico de um país. Estas normas possuem eficácia superior sobre todas as outras e
disciplinam as demais a não contrariá-las. Michel Temer (atual vice-presidente do Brasil e
Doutor em Direito) conceitua como “ conjunto de preceitos imperativos fixadores de direitos
e deveres e distribuidores de competência, que dão estrutura social, ligando pessoas que se
encontram em dado território e em certa época.”
Segundo (Pinho, 2015), no ordenamento Jurídico Brasileiro, a Constituição da
República Federativa do Brasil dispõe sobre normas não materialmente constitucionais, que
poderiam ser postas por outros meios, como por exemplo, leis ordinárias e as normas
materialmente constitucionais, que são aquelas que dispõem sobre a estrutura do Estado,
definem as funções dos órgãos estatais, estabelecem os direitos e garantias fundamentais de
um indivíduo, regulam os fins sócio-econômicos do Estado, asseguram a estabilidade
constitucional e instituem regras de aplicação da própria Constituição Federal. Segundo
(Pinho, 2015) há diferentes formas de se ver a Constituição e que esta pode ser agrupada em
quatro enfoques: sociológico, político, jurídico e cultural sistematizados por quatro grandes
cientistas do Direito: Ferdinand Lassalle relaciona-se ao enfoque sociológico, considerando
que a legitimidade e a efetividade da Constituição (vistas como fatos sociais) está na sua
conformação com o poder social, pois a Constituição resultam das situações sociais e
políticas. Carl Schmitt, por sua vez, é associado ao enfoque político. Para ele a Constituição
corresponde a decisão política e sua forma de Governo e de Estado. Hans Kelsen, maior nome
do enfoque jurídico, esparsa os aspectos sociológicos, políticos e filosóficos para fomentar o
lógico-jurídico, colocando a Constituição como o conjunto de normas fundamentais que
estruturam o Estado, delimitando as demais legislações. Meirelles Teixeira leciona acerca do
enfoque cultural. Conceitua a Constituição como o “... conjunto de normas fundamentais,
10
constantes de documento escrito, solene e inalterável por lei ordinária, reguladoras da própria
existência do Estado, da sua estrutura, órgãos e funções, do modo de exercício e limites da
soberania, dos seus fins e interesses fundamentais, das liberdades públicas, direitos e deveres
dos cidadãos”.
Diante do exposto, segundo (Cancella, 2015), ressalta-se a importância do Direito
Constitucional na sociedade, especificamente no que tange à força normativa da Constituição
na atuante concretização dos direitos e garantias fundamentais. Por meio da superioridade da
Constituição, chega-se ao cumprimento dos direitos assegurados, uma vez sendo a
Constituição de acordo com a realidade política e social do país. A constitucionalização dos
direitos estabelece que as leis fundamentais regerão toda a vida de uma sociedade
politicamente organizada. E mais importante do que a constitucionalização é a postura da
Constituição Federal em assegurar e concretizar direitos na prática.
De acordo com o Ministro Gilmar Mendes, ainda discursando sobre os direitos e garantias
fundamentais, estes assumem uma responsabilidade de direitos de defesa efetivando a
liberdade individual, sendo esta positiva (o exercício do próprio direito), ou negativa (poder
de exigir omissão dos poderes estatais e dos particulares) contra ingerências ilegítimas do
Poder Público. Qualquer cidadão, respaldado pela Constituição, tem gerência para abster,
revogar ou anular qualquer uma destas ingerências do Estado. Para (Sarmento, 2015):
“o Estado pode responder civilmente em razão de lesão a direitos
causada por um comportamento de terceiro ou por um fato natural,
quando o serviço público ao qual incumbia proteger os direitos
lesados não tiver funcionado a contento (culpa do serviço).”
Ainda de acordo com (Zollinger,2015):
“a crença na Constituição como norma, dotada de caráter imperativo,
impõe que seus preceitos possam ser tutelados em juízo”. Para ela, “o
direito a um procedimento adequado, que possibilite a plena
materialização do comando normativo constitucional no mundo dos
fatos, passa a ser reconhecido como elemento essencial para a
realização dos direitos fundamentais”.
11
5.2. A LDB e sua relação com o Direito Constitucional
Seção III da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira
Do Ensino Fundamental
Art. 32º. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos,
obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação
básica do cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a
sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e
valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Segundo (Sapio, 2010) tem-se com a promulgação da constituição Federal de 1988 e a
entrada em vigor da Lei nº 9394/96, que versa sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
brasileira fez surgir novas normas, impulsionando a legislação educacional nacional. Esse avanço,
fez com que o Poder Público Estatal ficasse comprometido em assegurar o direito social à
educação para a sociedade em geral. Pode-se constatar que a Constituição abriu portas para a Lei nº
9394/96, consagrando esse direito fundamental social, com a adição de dois novos dispositivos
constitucionais, sendo eles: o artigo 208, que trata do ensino obrigatório e gratuito e que diz que o
não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público ou sua oferta irregular, responsabiliza a
Autoridade competente. o primeiro dispositivo possui efeito declaratório, sem limitação de regras,
mesmo com a ausência de positivação constitucional a esse respeito em outras normas, gerando
direito público subjetivo. Já no segundo parágrafo, tem-se um mecanismo de sanção ao não
cumprimento do primeiro dispositivo. (Barroso, 2002, p. 150).
12
Consequentemente, tem-se que a Constituição Federal se tornou um aliado de proteção ao direito
social à educação, à frente dos que a precederam, não inovando apenas na definição ao direito de
acesso ao ensino fundamental gratuito (dever do poder público estatal), mas também na força
coercitiva da sanção no descumprimento do Estado para com os cidadãos brasileiros. Essa
realidade é de grande importância e proteção para a legislação educacional brasileira, pelo fato de
que a Constituição favoreceu como colaborou para a formulação de uma nova Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDB, permitindo a ampliação e aprofundamento das conquistas
obtidas pela Constituição em matéria educacional. Muitos foram os avanços em matéria
educacional, conforme elucidado, o que favoreceu a eclosão da LDB Nacional que ampliou
profundamente a garantia ao direito subjetivo à educação ao determinar que a oferta da mesma seja
obrigação do Poder Público Estatal, além de determinarem um conjunto de disposições que visam
a melhoria do ensino nacional, bem como a valorização, bem como a valorização do profissional
da educação e a consequente melhoria do ensino nacional. A nova LDB se caracterizou e está
tecnicamente mais moderna. Contudo, tanto a CF/88 quanto a LDB em razão de sua importância
jurídica e técnico-legal, se constituem os pilares básicos da legislação nacional em educação.
(Sapio,2015)
A CF se constitui em uma das cartas constitucionais mais progressistas do mundo, em matéria de
proteção de direitos sociais fundamentais coletivos e individuais de tal forma a inovar a garantia
constitucional. Dentre os doutrinadores e os autores especializados em Constitucionalismo essa
característica também é observada como atuante e vale lembrar que a educação está no rol dos
direitos fundamentais protegidos. Não há, portanto, como negar o essencial caráter progressista da
Constituição de 1988 que dispõe de um capítulo inteiro sobre educação. O avanço proporcionado
pela CF/88 em matéria educacional se torna mais visível ao analisar detalhadamente os
dispositivos constitucionais que versam sobre a educação e do direito social público subjetivo para
garantir amplo e irrestrito acesso pelas mais diversas camadas da sociedade brasileira. (Sapio,
2015)
(Barroso, 2002, p.115) - Essa realidade é perfeitamente identificável e passível de ser determinada
se somente nos detivermos à análise do aspecto referido ao comprometimento do Estado brasileiro
frente a sua obrigação de assegurar o direito à educação a universalidade dos cidadãos brasileiros.
O que pode ser facilmente demonstrado ao frisarmos que a constituição de 1988 reafirmou a
educação como sendo direito de todos e dever do Estado, em conformidade com o Art. 205 de seu
13
texto legal, além do fato de a mesma ter detalhado e descrito com maior profundidade em seu Art.
208 que esse dever estatal será efetivado na prática por meio da garantia de ensino fundamental,
obrigatório e gratuito, aí incluídos aqueles que não tiveram acesso em idade apropriada, com base
em seu Inciso I, e pelo atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, com
base em seu Inciso II, sendo que nesses dois casos não parece pairar nenhuma dúvida
relativamente à imperatividade da norma e a exigibilidade do bem jurídico tutelado.
5.3 A Escola e o Direito Constitucional
Segundo (Ayres, 2011) – O presente texto ressalta a necessidade que a sociedade tem em
obter conhecimento sobre deveres e direitos fundamentais, bem como os indispensáveis ao
exercício da cidadania. Não há como se exercitar a cidadania sem conhecer estes princípios
constitucionais. Embora temas como educação, cidadania, direitos políticos, nacionalidade e
outros já sejam vistos a partir da primeira série do ensino fundamental, ainda assim se faz
necessário ensinar os princípios básicos para o exercício da cidadania. Não permitir tal acesso
se torna uma omissão do Poder Público de um Direito Constitucional Primário, tendo em vista
que a maioria dos cidadãos não possui o referido conhecimento. Esse desconhecimento, sem
dúvida, pode trazer dano à pessoa humana, ferindo um dos mais importantes princípios
constitucionais.
Lembrando que a cidadania, não possui somente a vertente jurídico-política, versando sobre a
capacidade de votar e/ou ser votado, mas também está ligada à realidade sócio-jurídica e
jurídica filosófica. (Ayres, 2011)
As doutrinas jurídicas pátrias, abordam somente a vertente política do instituto, vinculando a
cidadania apenas aos direitos políticos, não enfatizando de forma pormenorizada as
consequências trazidas por estes direitos. (Ayres, 2011)
Pesquisando no Direito Comparado e em doutrinas de cunho histórico, sociológico e
filosófico, foi possível analisar a cidadania de maneira mais abrangente possível. (Ayres,
2011)
(Silva, p.345, 2011) Traz em seu curso um título exclusivo, falando sobre cidadania, chamado
de Direitos da Cidadania, constituídos por quatro capítulos intitulados: Direitos Políticos,
14
Direitos Políticos Positivos, direitos Políticos Negativos e dos Partidos Políticos, vinculando a
cidadania somente a direitos políticos. Nesta mesma obra, a cidadania está definida como um
“status ligado ao regime político”, reforçando uma ligação entre cidadania e direitos políticos,
mas não uma exclusividade.
(Moraes, p. 52,2011) Afirma que cidadania representa um status e apresenta-se como um
objeto e um direito fundamental da pessoa, entretanto define cidadão como “ o nacional
(brasileiro ou naturalizado) no gozo dos direitos políticos e participantes da vida do Estado,
retroagindo o significado de cidadania no sentido de direito político.
Conclui-se, diante dos pensadores supracitados que cidadania é um status que está
diretamente ligado com a política, sem, contudo, esquecer a plenitude do exercício dos
direitos fundamentais intrínsecos ao indivíduo. (Ayres, 2011)
Fazendo uma ligação com o princípio da igualdade e com o modelo clássico traçado pelo
cientista T.H. Marshall, na obra Cidadania e Classe Social inseriu-se ao status de cidadão a
ideia de igualdade jurídica, pressuposto primordial de cidadania. (Ayres, 2011)
Ressalta-se que a igualdade básica não sugere isonomia econômica e sim igualdade jurídica,
que pode ser moderante nas desigualdades econômicas. É desta forma que se começa a
enxergar a necessidade do Direito Constitucional na vida da sociedade pois de que maneira
poderia o estudante, futuro cidadão, senão por meio do ensino de tal disciplina? (Ayres,
2011).
5.4 A Criança e o Adolescente em Formação e a Importância de de Conhecer os Direitos
e Deveres
Segundo (Taille, 2006) em A Importância da Generosidade no Início da Gênese da
Moralidade na Criança, para alguns, a justiça ocupa o topo da hierarquia das virtudes morais.
É o caso de Aristóteles, que a ela deu destaque por ser virtude
completa porque é sempre boa. Também é o caso de Adam Smith, que
dedicou todo um capítulo de seu célebre texto dedicado à análise dos
sentimentos morais a tal comparação (ele emprega o conceito de
benevolência). Ele observava que a falta da generosidade não é
15
sancionada por nenhum castigo enquanto o ato injusto recebe tal
sanção. Segundo ele, isto se deve ao fato de que, enquanto a ausência
de generosidade não acarreta, por ela mesma, nenhum mal positivo, o
ato injusto traz um mal à pessoa injustiçada. Em poucas palavras,
enquanto a generosidade é esperada, a justiça é exigida. No que diz
respeito à importância humana e social de ambas as virtudes, o
filósofo pondera: benevolência é menos essencial à existência da
sociedade do que a justiça. A sociedade pode manter-se sem
benevolência, embora num estado não confortável; mas a
predominância da injustiça a destruirá absolutamente (A Importância
da Generosidade no Início da Gênese da Moralidade na Criança ,1999,
p.141).
Ainda, segundo o PCN (1992, p.50), que agora é chamado de DCN, que são
parâmetros curriculares nacionais, na parte de temas transversais – Ética, é orientado aos
educadores que abordem trechos da Constituição Federal que fazem referências às questões
morais. No art. 3º, lê-se que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil (entre outros): I) construir uma sociedade livre, justa e solidária; III) erradicar a
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV) promover o
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação. Não é uma tarefa difícil identificar valores morais em tais propósitos, que
falam em justiça, igualdade, solidariedade, e sua correlação com os outros fundamentos
referenciados. No título II, art. 5º, mais itens esclarecem as bases morais escolhidas pela
sociedade brasileira: I) homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações; (…) III)
ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; (...) VI) é
inviolável a liberdade de consciência e de crença (...); X) são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas (...).
Seria um equívoco pensar que os homens têm os mesmos pensamentos para questões
desse tipo. Com o correr do tempo, as sociedades se transformam e transformam os homens
que as compõem. Na Grécia antiga, por exemplo, a existência de escravos era legalizada: as
pessoas não eram consideradas iguais entre si, e o fato de umas não terem liberdade era
considerado normal. Outro exemplo: até pouco tempo atrás, as mulheres eram consideradas
16
inferiores em relação aos homens, e, portanto, não portadoras de direitos iguais (deviam
obedecer a seus maridos). Outro exemplo ainda: na Idade Média, a tortura era considerada
prática normal, seja para a extorsão de confissões, seja para torturas e castigos. Hoje, tal
prática revolta a maioria das pessoas e é considerada amoral. Portanto, a moralidade humana
deve ser ensejada no contexto histórico e social. Por conseguinte, um currículo escolar sobre
a ética pede uma reflexão sobre a sociedade contemporânea na qual está inserida a escola; no
caso, o Brasil do século XX. (PCN,1992, p.50)
Nota-se que os currículos escolares ao tratarem sobre o tema ética apontam
fundamentos referenciados da Constituição Federal Brasileira. A necessidade da introdução
da disciplina é proeminente, necessária e urgente. Este conhecimento ao ser introduzido no
Ensino Fundamental, período este em que o jovem está em formação psíquica e sociológica,
acrescentará ao desenvolvimento do educando conhecimentos indispensáveis para seu
desenvolvimento como cidadão.
Concomitantemente, segundo o PCN (1992, p.53) Tal reflexão poderia ser feita de
maneira antropológica e sociológica: conhecer a diversidade de valores presentes na
sociedade brasileira. No entanto, por se tratar de uma referência curricular nacional que
objetiva o exercício da cidadania, é imperativa a remissão à referência nacional brasileira: a
Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988. Nela, encontram-se
elementos que identificam questões morais. Tem-se então a real necessidade da disciplina
Direito Constitucional nos currículos escolares, por exemplo, o art. 1º traz, entre outros, como
fundamentos da República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana e o pluralismo
político. A idéia segundo a qual todo ser humano, sem distinção, merece tratamento digno
corresponde a um valor moral. Segundo esse valor, a pergunta de como agir perante os outros
recebe uma resposta precisa: agir sempre de modo a respeitar a dignidade, sem humilhações
ou discriminações em relação a sexo ou etnia. O pluralismo político, embora refira-se a um
nível específico (a política), também pressupõe um valor moral: os homens têm direito de ter
suas opiniões, de expressá-las, de organizar-se em torno delas. Não se deve, portanto, obrigá-
los a silenciar ou a esconder seus pontos de vista; vale dizer, são livres. E, naturalmente, esses
dois fundamentos (e os outros) devem ser pensados em conjunto. No art. 5º, vê-se que é um
princípio constitucional ao repúdio ao racismo, repúdio esse coerente com o valor dignidade
17
humana, que limita ações e discursos, que limita a liberdade às suas expressões e, justamente,
garante a referida dignidade.
Devem ser abordados outros trechos da Constituição que remetem às
questões morais. No art. 3º, lê-se que constituem objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil (entre outros): I)
construir uma sociedade livre, justa e solidária; III) erradicar a
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais; IV) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Não
é difícil identificar valores morais em tais objetivos, que falam em
justiça, igualdade, solidariedade, e sua coerência com os outros
fundamentos apontados. No título II, art. 5º, mais itens esclarecem as
bases morais escolhidas pela sociedade brasileira: I) homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações; (...)
III) ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante; (...) VI) é inviolável a liberdade de consciência e de
crença (...); X) são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e
a imagem das pessoas (...). Tais valores representam ótima base para a
escolha de conteúdos do tema Ética. (PCN,1992, p.53)
O primeiro tema faz referência ao que se poderia chamar de “núcleo” moral de uma
sociedade, ou seja, valores eleitos como necessários ao convívio entre os membros dessa
sociedade. A partir deles, nega-se qualquer perspectiva de “relativismo moral”, entendido
como “cada um é livre para eleger todos os valores que quer”. Por exemplo, na sociedade
brasileira não é permitido agir de forma preconceituosa, presumindo a inferioridade de alguns
(em razão de etnia, raça, sexo ou cor), sustentar e promover a desigualdade, humilhar, etc.
Trata-se de um consenso mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável à
sociedade democrática: sem esse conjunto central, cai-se na anomia, entendida seja como
ausência de regras, seja como total relativização delas (cada um tem as suas, e faz o que bem
entender); ou seja, sem ele, destrói-se a democracia, ou, no caso do Brasil, impede-se a
construção e o fortalecimento do país. O segundo ponto diz respeito justamente ao caráter
democrático da sociedade brasileira. A democracia é um regime político e também um modo
18
de sociabilidade que permite a expressão das diferenças, a expressão de conflitos, em uma
palavra, a pluralidade. Portanto, para além do que se chama de conjunto central de valores,
deve valer a liberdade, a tolerância, a sabedoria de conviver com o diferente, com a
diversidade (seja do ponto de vista de valores, como de costumes, crenças religiosas,
expressões artísticas, etc.). Tal valorização da liberdade não está em contradição com a
presença de um conjunto central de valores. Pelo contrário, o conjunto garante, justamente, a
possibilidade da liberdade humana, coloca-lhe fronteiras precisas para que todos possam
usufruir dela, para que todos possam preservá-la. O terceiro ponto refere-se ao caráter
abstrato dos valores abordados. Ética trata de princípios e não de mandamentos. Supõe que o
homem deva ser justo. Porém, como ser justo? Ou como agir de forma a garantir o bem de
todos? Não há resposta predefinida. É preciso, portanto, ter claro que não existem normas
acabadas, regras definitivamente consagradas. A ética é um eterno pensar, refletir, construir.
E a escola deve educar seus alunos para que possam tomar parte nessa construção, serem
livres e autônomos para pensarem e julgarem. (PCN, 1992, p.54)
É questionado no PCN (1992, p.56) sobre o empenho da Escola nessa formação no
ensino fundamental: Na história educacional brasileira, a resposta foi, em várias épocas,
positiva.
Em 1826 o primeiro projeto de ensino público apresentado à Câmara dos Deputados
previa que o aluno deveria ter “conhecimentos morais, cívicos e econômicos”. Não se tratava
de conteúdos, pois não havia ainda um currículo nacional com elenco de matérias. Quando tal
elenco foi criado (em 1909), a educação moral não apareceu como conteúdo, mas havia essa
preocupação quando se tratou das finalidades do ensino. Em 1942, a Lei Orgânica do Ensino
Secundário falava em “formação da personalidade integral do adolescente” e em acentuação e
elevação da “formação espiritual, consciência patriótica e consciência humanista” do aluno.
Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases do Ensino Nacional colocava entre suas normas a
“formação moral e cívica do aluno”. Em 1971, pela Lei n. 5.692/71, institui-se a Educação
Moral e Cívica como área da educação escolar no Brasil. Porém, o fato de, historicamente,
verificar-se a presença da preocupação com a formação moral do aluno ainda não é argumento
bastante forte. De fato, alguns poderão pensar que a escola, por várias razões, nunca será
capaz de dar uma formação moral aceitável e, portanto, deve abster-se dessa empreitada.
Outros poderão responder que o objetivo da escola é o de ensinar conhecimentos acumulados
19
pela humanidade e não preocupar-se com uma formação mais ampla de seus alunos. Outros
ainda, apesar de simpáticos à ideia de uma educação moral, poderão permanecer desconfiados
ao lembrar a malfadada tentativa de se implantar aulas de Moral e Cívica no currículo. Mesmo
reconhecendo tratar-se de uma questão polêmica, a resposta dada por estes Parâmetros
Curriculares Nacionais é afirmativa: cabe à escola empenhar-se na formação moral de seus
alunos. Por isso, apresenta-se uma proposta diametralmente diferente das antigas aulas de
Moral e Cívica e explica-se o porquê. As pessoas não nascem boas ou ruins; é a sociedade,
quer queira, quer não, que educa moralmente seus membros, embora a família, os meios de
comunicação e o convívio com outras pessoas tenham influência marcante no comportamento
da criança. E, naturalmente, a escola também tem. É preciso deixar claro que ela não deve ser
considerada onipotente, única instituição social capaz de educar moralmente as novas
gerações. Também não se pode pensar que a escola garanta total sucesso em seu trabalho de
formação. Na verdade, seu poder é limitado. Todavia, tal diagnóstico não justifica uma
deserção. Mesmo com limitações, a escola participa da formação moral de seus alunos.
Valores e regras são transmitidos pelos professores, pelos livros didáticos, pela organização
institucional, pelas formas de avaliação, pelos comportamentos dos próprios alunos, e assim
por diante. Então, ao invés de deixá-las ocultas, é melhor que tais questões recebam
tratamento explícito. Isso significa que essas questões devem ser objeto de reflexão da escola
como um todo, ao invés de cada professor tomar isoladamente suas decisões. Daí a proposta
de que se inclua o tema Ética nas preocupações oficiais da educação. (PCN,1992, p.54)
É ressaltado ainda no PCN (1992, p.58), sobre a importância dos ensinamentos
previstos na Constituição Federal:
Acrescente-se ainda que, se os valores morais que subjazem aos
ideais da Constituição brasileira não forem intimamente legitimados
pelos indivíduos que compõem este país, o próprio exercício da
cidadania será seriamente prejudicado, para não dizer, impossível. É
tarefa de toda sociedade fazer com que esses valores vivam e se
desenvolvam. E, decorrentemente, é também tarefa da escola.
(PCN,1992, p.58).
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Ressalta-se ainda a relevância da introdução dos conhecimentos sobre o Direito
Constitucional a partir do Ensino fundamental: A primeira etapa do desenvolvimento moral
da criança é chamada de heteronômica. Começa por volta dos três ou quatro anos e vai até
oito anos em média. Nessa fase, a criança legitima as regras porque provêm de pessoas com
prestígio e força: os pais (ou quem desempenha esse papel). Por um lado, se os pais são
vistos como protetores e bons, a criança, por medo de perder seu amor, respeita seus
mandamentos; se, por outro, são vistos como poderosos seres imensamente mais fortes e
sábios que ela, seus ditames são aceitos incondicionalmente. Vale dizer que a criança não
procura o valor intrínseco das regras: basta-lhe saber que quem as dita é uma pessoa
“poderosa”. É neste sentido que se fala de moral heterônoma: a validade das regras é
exterior a elas, está associada à fonte de onde provêm. Quatro características
complementares da moral da criança são decorrência dessa heteronômica. A primeira é
julgar um ato não pela intencionalidade que o presidiu, mas pelas suas consequências. A
referência às idades apontadas no texto deve ser considerada realmente como referência
aproximada. Sabe-se, pela investigação científica, que as etapas do desenvolvimento não
são pontualmente marcadas e cada momento é sempre mesclado pela etapa que se inicia e
pela anterior. (PCN, 1992, p.58)
A segunda característica é a de a criança interpretar as regras ao pé da letra, e não no seu
espírito. Assim, se uma regra afirma que não se deve mentir, sempre condenará qualquer
traição à verdade, sem levar em conta que, no espírito dessa regra, é o respeito pelo bem-
estar da outra pessoa que está em jogo, e não o ato verbal em si. A terceira característica
refere-se às condutas morais: embora a criança, quando ouvida a respeito, defenda o valor
absoluto das regras morais, frequentemente comporta-se de forma diferente e até
contraditória a elas. Esse fato provém do não-entendimento da verdadeira razão de ser das
regras; às vezes, sem saber, age de forma estranha a elas, mas pensando que as está
seguindo. A quarta e última característica é o fato de a criança não conceber a si própria
como pessoa legítima para criar e propor novas regras (caberia a ela apenas conhecer e
obedecer aquelas que já existem). Em uma palavra, todas as características desta primeira
fase do desenvolvimento moral decorrem da não-apropriação racional dos valores e das
regras. A criança as aceita porque provêm dos pais “todo-poderosos”, e não procura
descobrir-lhe a razão de ser. Ora, será justamente o que procurará fazer na próxima fase de
seu desenvolvimento moral, a da autonomia. Nesta etapa — a partir de oito anos em média
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— a criança inicia um processo no qual pode cada vez mais julgar os atos levando em conta
essencialmente a intencionalidade que os motivou, começar a compreender as regras pelo
seu espírito (não mais ao pé da letra) e legitimá-las não mais porque provêm de seres
prestigiados e poderosos, mas porque se convence racionalmente de sua validade. O respeito
que antes era unilateral — no sentido de respeitar as “autoridades”, mas sem exigir a
recíproca — torna-se mútuo: respeitar e ser respeitado. O medo da punição e da perda do
amor, que inspirava as condutas na fase heterônoma, é substituído pelo medo de perder a
estima dos outros, perder o respeito dos outros, e perder o respeito próprio, moralmente
falando. Finalmente, a criança se concebe como tendo legitimidade para construir novas
regras, e colocá-las à apreciação de seus pares. A conquista da autonomia não é imediata.
Durante um tempo, o raio de ação dessa autonomia ainda está limitado ao grupo de amigos e
pessoas mais próximas; mais tarde a criança passa a perceber-se como membro de uma
sociedade mais ampla, com suas leis e instituições. É então, nessa época, que poderá refletir
sobre os princípios que organizam um sistema moral humano (portanto, mais amplo que sua
comunidade, como o grupo de amigos e conhecidos). No entanto, é preciso que fique claro
que um sujeito, ao alcançar a possibilidade de exercer a autonomia moral, não
necessariamente torna-se autônomo em todas as situações da vida. Os contextos sociais e
afetivos em que está inserido podem contribuir ou mesmo impedir a autonomia moral.
Assim, é importante refletir sobre o que faz uma criança passar de um estado de
heteronômica moral, característico da infância, para um estado de autonomia moral. (PCN,
1992, p.59)
Nota-se claramente que segundo o PCN (1992, p.65) o trabalho a ser realizado em
torno do tema Ética durante o ensino fundamental deve organizar-se de forma a possibilitar
que os alunos sejam capazes de: compreender o conceito de justiça baseado na equidade e
sensibilizar-se pela necessidade da construção de uma sociedade justa; adotar atitudes de
respeito pelas diferenças entre as pessoas, respeito esse necessário ao convívio numa
sociedade democrática e pluralista; adotar, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação
e repúdio às injustiças e discriminações; compreender a vida escolar como participação no
espaço público, utilizando e aplicando os conhecimentos adquiridos na construção de uma
sociedade democrática e solidária; valorizar e empregar o diálogo como forma de esclarecer
conflitos e tomar decisões coletivas; construir uma imagem positiva de si, o respeito próprio
traduzido pela confiança em sua capacidade de escolher e realizar seu projeto de vida e pela
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legitimação das normas morais que garantam, a todos, essa realização; assumir posições
segundo seu próprio juízo de valor, considerando diferentes pontos de vista e aspectos de cada
situação.
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6. METODOLOGIA
O método de procedimento escolhido foi o Comparativo. Este método permite
pesquisar e entender os aspectos específicos em gerais de cada fenômeno; Auxilia a
compreensão das causas e origens dos fenômenos. A comparação poderá percorrer tanto das
sociedades antigas quanto das atuais, as simples e complexas. A abordagem comparativa
exige que se considerem as varias modalidades de observação e analise dos fenômenos
sociais, os problemas devem ser vistos em diversos ângulos. O método comparativo percebe a
diferença, a originalidade, os conflitos, as tensões e as resistências. (NIMET HECK,
FRANCIELLE RODRIGUES PAULA; MORAES, PRISCILA PEREIRA. FACULDADE
ALMEIDA RODRIGUES, texto retirado da internet).
Escolhi o método de abordagem Dedutivo que se fundamenta no silogismo:
partindo de uma premissa maior, passando por outra menor e chegando a uma conclusão
particular. “A questão fundamental da dedução está na relação lógica que deve ser
estabelecida entre as proposições apresentadas, a fim de não comprometer a validade da
conclusão” (MEZZAROBA; MONTEIRO, 2003, P.65)
6.1. UNIVERSO DE PESQUISA
- Temas e artigos relacionados ao Direito Constitucional, à Educação Básica e à
Cidadania.
6.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS
1ª Etapa:
Coletar informações:
- de livros jurídicos e da área da Educação;
- artigos publicados;
- revistas especializadas no âmbito jurídico e na área da Educação;
- textos jurídicos e educacionais publicados na internet;
2ª Etapa:
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- Pesquisar e selecionar os assuntos abordados sobre o tema relacionados na 1ª
Etapa.
6.3. PLANO DE ANÁLISE DOS DADOS
1ª Etapa:
- Comparar dados e informações pertinentes ao assunto;
2ª Etapa:
- Identificação dos aspectos necessários e positivos.
-Identificação dos efeitos na educação e na sociedade.
7. RESULTADOS ESPERADOS
O que se espera desse trabalho é demonstrar a necessidade proeminente de se
implantar a disciplina Direito Constitucional a partir do Ensino Fundamental. Além disso,
comprovar os benefícios que esta implantação traria para a educação e para a sociedade como
um todo.
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8. CRONOGRAMA DO PROJETO DE PESQUISA
ATIVIDADES AGO
2015
SET
2015
OUT
2015
NOV
2015
DEZ
2015
FEV
2016
MAR
2016
ABR
2016
MAI
2016
JUN
2016
JUL
2016
Implementação
da pesquisa com
novos artigos
Elaboração da
justificativa
dessas pesquisas
Pesquisa de
campo em
escolas,
experimental ou
bibliográfica
Projeto Lei
sobre o Tema
Reflexão sobre a
implementação
em escolas
Delineamento
da pesquisa
Últimas
alterações
Revisão
ortográfica e
entrega relatório
final
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9. REFERÊNCIAS
http://www.direitodoestado.com.br/bibliotecavirtual.
MARTINS, Vicente. A Lei Magna da Educação. Disponível em www.ebooksbrasil.org.
JUSBRASIL. Direito Constitucional. Direitos e Garantias Fundamentais. Disponível em:
http://www.jusbrasil.com.br/artigos/direitos-e-garantias-fundamentais.
Visualizado em 16/09/13.
PERES, Pedro Pereira dos Santos Peres. O direito à educação e o princípio constitucional da
dignidade da pessoa humana. Disponível em http://jus.com.br/artigos/o-direito-a-educacao-e-
o-principio-constitucional-da-dignidade-da-pessoa-humana.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 2013.
Diretrizes Curriculares Nacionais, 2013.
Padrões Curriculares Nacionais,1992.