Introdução Do Direito - Apostila (1)

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    O PRESENTE MATERIAL NO APOSTILA, NEM CONTM TODO MATERIAL DO PROGRAMA DAS INSTIUTUIES DEENSINO

    CADERNO DE APOIOCADERNO DE APOIO

    INTRODUO AO ESTUDO DO DIREITOINTRODUO AO ESTUDO DO DIREITO

    PLANO DE ENSINO

    Copyright- Direitos autorais protegidos- Prof. Marcilio Cunha Neto ([email protected])http://cunhaneto.sites.uol.com.br

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    1- Apresentao da cadeira de ID

    A cadeira de introduo indispensvel e de extrema importncia para o estudante !ueinicia os cursos "ur#dicos. A obri$atoriedade dessa cadeira ocorre no s% no &rasil' mas emin(meros pa#ses' )ace ao apoio !ue presta *s demais disciplinas do curso de bacharelado.

    +rata,se de uma disciplina introdut%ria onde o iniciante recebe as no-es )undamentais dodireito' ob"etivando despertar,lhe o interesse' o $osto e o amor por to nobre cincia. omessas no-es )undamentais os iniciantes ao curso "ur#dico tero uma viso $eral do direito eat mesmo de conhecimentos espec#)icos de outras disciplinas.

    A3A5 , dar uma viso panormica e sinttica do direito em $eral.6&75+869 , servir de ponte com as demais cadeiras' introduindo o aluno * carreira "ur#dica.

    1.1 Bibliografia

    A959;6' 7os de 6liveira' 6 ireito' ntroduo e +eoria D>E' Faria Gelena' ompndio de ntroduo * incia do ireito. 5ditora 9araiva '12@edio atualiada.2000.9C5??. 5d orense niversitria' 1>>>' =7@ ed. =.7. 5ditora reitas &astos'1>?>F6+6=6' Andr ranco . ntroduo * incia do ireito , 2L edio . 5d. =evista dos+ribunais' 1>>>' 9.CA5=' CauloI ntroduo ao 5studo do ireito. 5ditora orense' 21@ edio 2000.=7CACM=6' Arthur Fachado' ntroduo ao 5studo do ireito .5ditora orense'N@ edio'1>>>.=7.C5=5=A' aio Frio da 9ilva nstitui-es de ireito ivil' 8ol. 1, 1?@ edio' ed orense'1>>B'=.7.

    =5A35' F$uel. 3i-es Creliminares de ireito. 9o Caulo: 9araiva'2002956' 6rlando de Almeida' ntroduo ao 5studo do ireito' =io de 7aneiro:3umen 7uris20006385=A' 7.F. 3eoni 3opes. ntroduo ao ireito ivil. =io de 7aneiro: 2000

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    Aula 1- SEMANA 1O Direito. A importncia e o o!eto da disciplina Introduo ao Estudo doDireito. Acep"es da pala#ra Direito. O mundo natural e o mundo cultural.$u%&o de realidade e !u%&o de #alor. O ser e o de#er ser.

    1.1 - Juzo de Valor e Juzo de Realidade.

    So as normas (moral, poltica, religiosa) que expressam juzos de valor. Elas elegemcertos valores a preservar e, a partir deles, impem condutas aos homens.

    , orma ultural : Mtica' moral' pol#tica' reli$iosa' "ur#dica' etc...O"u#o de valor P obri$atoriedade de comportamento na busca da preservao de valoresQ, 9ociol%$ica' hist%rica' econRmica.O"u#o de valor sobre )atos sociais relevantesQ

    6 7u#o de =ealidade' so as normas !ue retratam a realidade.

    - orma )#sico,matemtica: M a traduo dos acontecimentos sucessivos' re$ulares e$erais' retratando os )atos ocorrentes na naturea. 5x. 3ei da

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    um sentido )i$urado o direito passou a desi$nar o !ue estava de acordo com a lei. Asleis )#sicas indicam a!uilo !ue na naturea necessariamente . As leis "ur#dicas ao contrrioindicam apenas a!uilo !ue na sociedade devem ser. Cor essa rao di,se !ue o direito acincia do dever ser.

    omo observa Fi$uel =eale: SAos olhos do homem comum o ireito lei e ordem' isto 'um con"unto de re$ras obri$at%rias !ue $arante a convivncia social $raas ao estabelecimentode limites * ao de cada um de seus membros. Assim sendo' !uem a$e de con)ormidade comessas re$ras comporta,se direitoI !uem no o )a' a$e tortoT.1

    1., - o+#ei$o de Direi$o

    a acepo mais comum e )re!Uente' empre$a,se para desi$nar o con"unto deprescri-es com !ue se or$ania e disciplina a vida em sociedade' prescri-es essas !ueencontramos )ormuladas e cristaliadas em re$ras dotadas de "uridicidade' !ue as di)erenciadas demais re$ras de comportamento social e lhes con)ere e)iccia $arantida pelo 5stado.

    A palavra direito pode apresentar vrios si$ni)icados. M um termo polissmico'proporcionando di)iculdades de uma de)inio un#voca. e)inir o direito no tare)a do "urista'mas do )il%so)o. o primeiro espera,se !ue declare o !ue direito Oquid iurisQ' do se$undo' o!ue o direito Oquid iusQ.2

    Ao lon$o de seu processo de evoluo hist%rica o ireito vem se apresentando como umcon"unto de normas !ue tem por ob"etivo a disciplina e a or$aniao da vida em sociedade'solucionando os con)litos de interesses e promovendo * "ustia. esse sentido' as principais)un-es do ireito seriam a de resolver con)litos' as de re$ulamentar e orientar a vida emsociedade e as de le$itimar o poder pol#tico e "ur#dico.

    6 ireito ' por conse$uinte' um )ato ou )enRmeno socialI no existe seno na sociedadee no pode ser concebido )ora dela. M a ordenao bilateral atributiva das rela-es sociais' namedida do bem comum.

    1. - /u+!"o e /i+alidade &o#ial do Direi$o.

    onsidera,se' a!ui' )uno' a tare)a ou o con"unto de tare)as !ue o ireito desempenha'ou pode desempenhar na sociedade. 6rdem' certea' se$urana' pa e "ustia

    esse sentido' as principais )un-es do ireito seriam a de solucionar con)litos e as dere$ulamentar e orientar a vida em sociedade assim como' le$itimar o poder pol#tico e "ur#dico.Vuanto * primeira' o ireito atua para solucionar con)litos de interesses ou restaurar o estadoanterior. 6 primeiro seria' ento' um instrumento de inte$rao e de e!uil#brio' o)erecendo ouimpondo re$ras de comportamento para deciso !ue o caso su$ere. 6 exerc#cio de tal )unono levaria' contudo' ao desaparecimento dos con)litos' !ue so inerentes * sociedade. 6direito tambm orienta o comportamento social' ob"etivando evitar con)litos. 6 carterpersuasivo das normas "ur#dicas leva,nos a atuar no sentido dos es!uemas ou modelos

    1REALE, Miguel. 0i!)e* reli%i+are* de Direi$o. 5d. 9araiva' 9C' 20012AMARAL, Francisco. Direito Civil Introduo. Ed. Renovar, RJ, 2000.

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    normativos do sistema "ur#dico. 6 direito observado desse modo sur$e como or$aniador davida social e instrumento de preveno de con)litos.

    6 direito apresenta ainda' a tare)a de or$aniar o poder da autoridade !ue decide oscon)litos' le$itimando os %r$os e as pessoas com o poder de deciso e estabelecendo normasde competncia e de procedimento.

    6 direito aparece' desse modo' ao lon$o de um processo hist%rico' dialtico e cultural'como uma tcnica' um procedimento de soluo de con)litos de interesses e' simultaneamente'como um con"unto sistematiado de normas de aplicao mais ou menos cont#nua aosproblemas da vida social' )undamentado e le$itimado por determinados valores sociais.

    6 con)lito $era lit#$io e este' por sua ve' !uebra o e!uil#brio e a pa social. A sociedadeno tolera o estado liti$ioso por!ue necessita de ordem' tran!Uilidade' e!uil#brio em suasrela-es. Cor isso' tudo )a para evitar e prevenir o con)lito' e a# est uma das principais)inalidades sociais do ireito W evitar tanto !uanto poss#vel * coliso de interesses. 6 ireitoexiste muito mais para prevenir do !ue para corri$ir' muito mais para evitar !ue os con)litos

    ocorram' do !ue para compR,los.

    Codemos considerar' ob"etivamente' as se$uintes )un-es e )inalidades !ue competemao direito: controle social' pre#eno e composio de con(litos de interesses' promoode ordem' se)urana e !ustia. =esolver os con)litos de interesse' reprimindo e penaliandoos comportamentos socialmente inade!uados' or$aniar a produo e uma "usta distribuio debens e servios' e institucionaliar os Coderes do 5stado e da Administrao C(blicaI tendosempre como meta )inal e superior' a realiao da "ustia e o respeito aos direitos humanos.

    Aula * - Sociedade e Direito + relao de depend,ncia. A uali(icao doDireito como ci,ncia /normati#a' social' cultural e 0istrica2. O Direito e sua(uno social. 3inalidades do Direito. 4elao entre o Direito e a Moral/5eorias dos 6%rculos2. No"es sore a 5eoria 5ridimensional do Direito.

    2.1 - O Direi$o #o%o i+#ia.

    Vuando o tema cincia' a diver$ncia sur$e lo$o na acepo !ue se !uer dar aotermo. incia si$ni)ica uma coisa para o senso comum' si$ni)icou outra coisa para os anti$os etem' ainda' um si$ni)icado bem espec#)ico para )il%so)os e cientistas atuais. Cara o sensocomum pode ser sinRnimo de habilidade' ou' de uma in)ormao mais apurada sobredeterminada matria. Cara os anti$os era !ual!uer conhecimento sobre um ob"eto' obtido como uso de um mtodo racional. a atualidade' a cincia reveste,se de um carter especial: no simplesmente uma habilidade' nem um conhecimento obtido com o uso da rao sobre umob"eto !ual!uer' pois' nem todos os ob"etos so pass#veis de ser abordados cienti)icamente. Mum conhecimento ri$oroso' bem sistematiado e demonstrado metodolo$icamente. M neste(ltimo sentido !ue trataremos a!ui de cincia.

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    A cincia um conhecimento racional' met%dico' relativamente veri)icvel esistemtico !ue visa estabelecer rela-es necessrias entre as coisas. 9eus conte(dos socomunicveis e possibilitam a previso dos )enRmenos. otada de aplicabilidade' pode resultarem tecnolo$ias !ue permitem ao homem a interveno sobre a naturea.

    SCara haver cincia preciso:

    aQ conhecimentos ad!uiridos metodicamenteIbQ conhecimentos !ue tenham sido ob"eto de observao sistemticaIcQ conhecimentos !ue contenham valide universal' pela certea de seus dados

    e resultados.

    2.2 A Tridi%e+*io+alidade do Direi$o.

    6 )enRmeno "ur#dico consoante a lio do mestre Fi$uel =ealeN' pode ser considerado sob

    trs aspectos ou dimens-es distintos' a saber: )ato' valor e norma .

    &uscou o "urista demonstrar' em sua tese' !ue o ireito uma realidade tridimensional'compreendida' atravs das se$uintes dimens-es bsicas: )ato' valor e norma. Cara Fi$uel=eale os trs elementos dimensionais do ireito esto sempre presentes na substncia do"ur#dico' ao mesmo tempo em !ue so inseparveis pela realidade dinmica do pr%prio ireito')ormando o contexto do chamado tridimensionalismo SconcretoT' !ue virtualmente se op-e aotridimensionalismo SabstratoT !ue o antecedeu.

    9e$undo =eale' h um mundo do ser!ue aprecia a realidade social como ela de )ato Ih um !uadro de idias e valoresI e' )inalmente' um modelo de sociedade dese"ado Omundo dodeverserQ * medida !ue a norma dese"a reproduir o ser podemos a)irmar !ue nosencontramos diante de uma sociedade de essncia conservadoraI ao contrrio' !uando odeverserprocura modi)icar o ser' pode ser entendida como verdadeira * a)irmativa de !ue noscon)rontamos com uma sociedade eminentemente pro$ressiva.

    6 )enRmeno "ur#dico na lio de Fi$uel =eale' !ual!uer !ue se"a a sua )orma deexpresso' re!uer a participao dialtica' do )ato' valor e norma !ue so dimens-es essenciaisdo direito' elementos complementares da realidade "ur#dica.

    onse!Uentemente' o ireito no puro )ato' no possui uma estrutura puramente

    )actual' como !uerem os soci%lo$osI nem pura norma' como de)endem os normativistasI nempuro valor' como proclamam os idealistas. 5ssas vis-es so parciais e no revelam toda adimenso do )enRmeno "ur#dico. 6 ireito con$re$a todos a!ueles elementos: S! "ato social na"orma que lhe d# uma norma segundo uma ordem de valoresT.

    Assim' se$undo Fi$uel =eale' em !ual!uer )enRmeno "ur#dico' h um S)ato sub"acenteTO)ato econRmico' $eo$r)ico' demo$r)ica' de ordem tcnica' etc.Q' sobre o !ual incide umSvalorT !ue con)ere determinado si$ni)icado a esse )ato' inclinando ou determinando a ao doshomens no sentido de atin$ir ou preservar certa )inalidade ou ob"etivoI e' )inalmente' uma Sre$raou normaT' !ue aparece como medida capa de )aer a inte$rao de um elemento ao outro' ou

    3=5A35' Fi$uel. iloso)ia do ireito' ed. 9araiva' 9o Caulo' 2000.

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    se"a' do )ato ao valor. +oda ve !ue sur$e uma re$ra "ur#dica' a certa medida estimativa do )ato'!ue envolve o )ato mesmo e o prote$e. A norma envolve o )ato' e por envolv,lo' valora,o'mede,o' em seu si$ni)icado' balia,o em suas conse!Uncias' tutela o seu conte(do' realiandouma mediao entre o valor e o )ato.

    6 73atoT' uma dimenso do ireito' o acontecimento social!ue envolve interesses bsicospara o homem e !ue por isso en!uadra,se dentro dos assuntos re$ulados pela ordem "ur#dica.

    6 S8alor9 o elemento moraldo ireito se toda obra humana impre$nada de sentido ouvalor' i$ualmente o ireito: ele prote$e e procura realiar valores )undamentais da vida social'notadamente' a ordem' a se$urana e a "ustia.

    A SNorma9consiste nopadro de comportamento social imposto aos indiv#duos' !ue devemobserv,la em determinadas circunstncias.

    2.( O Direi$o e a 3oral4 *e%el5a+!a* e di*$i+!)e*.

    Foral o con"unto de prticas' costumes e padr-es de conduta' )ormadores daambincia tica. +rata,se de al$o !ue varia no tempo e no espao' por!uanto cada povo possuisua moral' !ue evolui no curso da hist%ria' consa$rando novos modos de a$ir e pensar.

    6 dever moral no exi$#vel por nin$um' reduindo,se a dever de conscincia' aotu deves' en!uanto o dever "ur#dico deve ser observado sob pena de so)rer o devedor os e)eitosda sano or$aniada' aplicvel pelos %r$os especialiados da sociedade. Assim' no direito' odever exi$#vel' en!uanto na moral' no.

    6 direito' apesar de acolher al$uns preceitos morais )undamentais' $arantidoscom san-es e)icaes' aplicveis por %r$os institucionais' tem campo mais vasto !ue a moral'pois disciplina tambm matria tcnica e econRmica indi)erente * moral' muitas vees com elaincompat#veis' como por exemplo' al$uns princ#pios orientadores do direito contratual' )undadosno individualismo e no liberalismo' inconciliveis com a moral crist e' portanto' com a moralocidental. Fas' apesar disso' o "ur#dico no est exclu#do de "ul$amentos ticos. 5xistem'mesmo no direito das altas civilia-es' in)iltrao da moral no direito. n)iltrao constatvel)acilmente no direito privado e no direito penal. este' re$ras morais' como' por exemplo' nomatar' no )urtar' respeitar os mortos' os t(mulos' o culto e os s#mbolos sa$rados' so impostaspela norma penal' en!uanto no direito privado no direito de )am#lia !ue os deveres e re$ras

    morais esto mais presentes.

    Fas nem todas as prescri-es morais so tuteladas pelo direito' pois se o )ossem' odireito seria a imposio' pelo poder social' da moral de uma poca' civiliao ou sociedade.Fuitas das prescri-es morais' !ue no so essenciais * pa' * se$urana e ao conv#viosociais' no se encontram no direito.

    2., Di*$i+!)e* e+$ra a %oral e o direi$o.

    8rias tentativas te%ricas tem sido )eitas no sentido de estabelecer critrios )ormaisde distino entre a Foral e o ireito. As distin-es podem ser en)ocadas sob dois aspectos

    distintos: quanto $ "orma e quanto ao conte%dodo ireito e da Foral.

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    a- Distino uanto : (ormaW en!uanto o ireito se apresenta revestido de heteronomia'coercibilidade e bilateralidade,atributiva' a Foral autRnoma' incoerc#vel e bilateral,noatributiva.

    - De$er%i+a!"o do Direi$o e a /or%a +"o #o+#re$a da 3oral, 5n!uanto o ireitose mani)esta mediante um con"unto de re$ras !ue de)inem a dimenso da conduta exi$ida' !ueespeci)icam a )%rmula do a$ir' a Foral estabelece uma diretiva mais $eral' semparticularia-es.

    - A Bila$eralidade do direi$o e a '+ila$eralidade da 3oral, As normas "ur#dicaspossuem uma estrutura imperativo,atributiva' isto ' ao mesmo tempo em !ue imp-em umdever "ur#dico a al$um' atribuem um poder ou direito sub"etivo a outrem. a# se dier !ue acada direito corresponde um dever. 9e o trabalhador possui direitos' o empre$ador possuideveres. A moral possui uma estrutura mais simples' pois imp-e deveres apenas. Cerante ela'nin$um tem o poder de exi$ir uma conduta de outrem. ica,se apenas na expectativa de o

    pr%ximo aderir *s normas. Assim' en!uanto o ireito bilateral' a Foral unilateral. hamamosa ateno para o )ato de !ue este critrio di)erenciador no se baseia na existncia ou no dev#nculo social. 9e assim o )osse' seria um critrio ine)ica' pois tanto a Foral !uanto o ireitodisp-em sobre a convivncia. A esta !ualidade vinculativa' !ue ambos possuem' utiliamos adenominao alteridade' de alter' outro. Fi$uel =eale4denomina esta caracter#stica do ireitode bilateralidade atributiva' sendo !ue o autor apresenta a bilateralidade Osimples' no casoQ'como atributo da Foral.

    , E6$erioridade do Direi$o e I+$erioridade da 3oral, 6 direito se caracteria pelaexterioridade' en!uanto !ue a Foral' pela interioridade. om isto se !uer dier' modernamente'!ue os dois campos se$uem linhas di)erentes. en!uanto a Foral se preocupa pela vida interiordas pessoas' como a conscincia' "ul$ando os atos exteriores apenas como meio de a)erir aintencionalidade' o ireito cuida das a-es humanas em primeiro plano e' em )uno destas'!uando necessrio' investi$a o animusdo a$ente.

    oer#ibilidade do Direi$o e i+#oer#ibilidade da 3oral , ma das notas)undamentais do ireito a coercibilidade. 5ntre os processos !ue re$em a conduta social'apenas o ireito coerc#vel' ou se"a' capa de acionar a )ora or$aniada do 5stado' para$arantir o respeito aos seus preceitos. A via normal de cumprimento da norma "ur#dica avoluntariedade do destinatrio' a adeso espontnea. Vuando o su"eito passivo de uma relao"ur#dica' portador do dever "ur#dico' op-e resistncia ao mandamento le$al' a coao se )a

    necessria' essencial * e)etividade. A coao' portanto' somente se mani)esta na hip%tese deno,observncia dos preceitos le$ais. A Foral' por seu lado' carece do elemento coativo. Mincoerc#vel. em por isso as normas da Foral social deixam de exercer uma certa intimidao.onsistindo em uma ordem valiosa para a sociedade' natural !ue a inobservncia de seusprinc#pios provo!ue uma reao por parte dos membros !ue inte$ram o corpo social. 5stareao' !ue se mani)esta de )orma variada e com intensidade relativa' assume carter noapenas punitivo' mas exerce tambm uma )uno intimidativa' desestimulante da violao dasnormas morais.

    4REALE, Miguel.Lies Preliminares de Direito.Ed. Saraiva. !"o #aulo. 2000.

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    - Distino uanto ao conte;doW de plano' percebemos !ue a matria do ireito e da Foral comum: a ao humana. ontudo' o assunto )oi colocado das mais diversas maneiras pelo"urista atravs da hist%ria.

    Ao dispor sobre o conv#vio social' o ireito ele$e valores de convivncia. 6 seu

    ob"etivo limita,se a estabelecer e a $arantir um ambiente de ordem' a partir do !ual possamatuar as )oras sociais. A )uno primordial do ireito de carter estrutural: o sistema dele$alidade o)erece consistncia ao edi)#cio social. A realiao individualI o pro$resso cient#)icoe tecnol%$icoI o avano da Gumanidade passam a depender do trabalho e discernimento dohomem. A Foral visa ao aper)eioamento do ser humano e por isso absorvente'estabelecendo deveres do homem em relao ao pr%ximo' a si mesmo e' se$undo a Mticasuperior' para com eus. 6 bem deve ser vivido em todas as dire-es.

    - O Direi$o e a 5e$ero+o%ia. As normas de direito so postas pelo le$islador' pelos"u#es' pelos usos e costumes' sempre por terceiros' podendo coincidir ou no os seusmandamentos com as convic-es !ue temos sobre o assunto. Codemos criticar as leis' das

    !uais dissentimos' mas devemos a$ir de con)ormidade com elas' mesmo sem lhes dar adesode nosso esp#rito. sso si$ni)ica !ue elas valem ob"etivamente' independentemente' e adespeito da opinio e do !uerer dos obri$ados.

    5ssa validade ob"etiva e transpessoal das normas "ur#dicas' as !uais se p-em' porassim dier' acima das pretens-es dos su"eitos de uma relao' superando,as na estrutura deum !uerer irredut#vel ao !uerer dos destinatrios' o !ue se denomina heteronomia. ade)inio do Festre AurlioL: 7terior' ou de um princ%pio estran0o : ra&o' a lei a ue sede#e sumeter9. oi Hant o primeiro pensador a traer * lu essa nota di)erenciadora'a)irmando ser a Foral autRnoma' e o ireito heterRnomo. em todos pa$am imposto de boavontade. o entanto' o 5stado no pretende !ue' ao ser pa$o um tributo' se )aa com umsorriso nos lbiosI a ele' basta !ue o pa$amento se"a )eito nas pocas previstas.

    i,se !ue o ireito heterRnomo' visto ser posto por terceiros a!uilo !ue"uridicamente somos obri$ados a cumprir. a# Fi$uel =eale a)irma: 7Direi$o 8 a orde+a!"o5e$er9+o%a e #oer#vel da #o+du$a 5u%a+a.:;

    A bila$eralidade a$ribu$iva. &iguel 'eale

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    o caso do ami$o' !ue pedia uma esmola' havia um nexo de poss#velsolidariedade humana' de caridade' mas' no caso do cocheiro' temos um nexo de crditoresultante da prestao de um servio. o primeiro caso' no h lao de exi$ibilidade' o !ueno acontece no se$undo' pois o cocheiro pode exi$ir o pa$amento da tari)a. 5is a# ilustradocomo o ireito implica uma relao entre duas ou mais pessoas' se$undo uma ordem ob"etiva

    de exi$ibilidade.

    G bilateralidade atributiva !uando duas ou mais pessoas se relacionamse$undo uma proporo ob"etiva !ue as autoria a pretender ou a )aer $arantidamente al$o.&ilateralidade atributiva ' pois' uma proporo intersub"etiva' em )uno da !ual os su"eitos deuma relao )icam autoriados a pretender' exi$ir' ou a )aer' $arantidamente al$o.

    5sse conceito desdobra,se nos se$uintes elementos complementares:

    aQ sem relao !ue una duas ou mais pessoas no h ireito Obilateralidadeem sentido social' com intersub"etividadeQI

    bQ para !ue ha"a ireito indispensvel !ue a relao entre os su"eitos se"aob"etiva' isto ' insuscet#vel de ser reduida' unilateralmente' a !ual!uer dos su"eitos da relaoObilateralidade em sentido axiol%$ico?QI

    cQ da proporo estabelecida deve resultar a atribuio $arantida de umapretenso ou ao' !ue podem se limitar aos su"eitos da relao ou estender,se a terceirosOatributividadeQ.

    *.? @ A 5eoria dos 6%rculos.

    1Q A teoria dos c%rculos conc,ntricos , 7eremK &entham O1D4? W 1?N2Q' "urisconsulto e)il%so)o in$ls' concebeu a relao entre o ireito e a Foral' recorrendo * )i$ura $eomtrica dosc#rculos. A ordem "ur#dica estaria inclu#da totalmente no campo da moral. 6s dois c#rculosseriam concntricos' com o maior pertencendo * Foral. esta teoria in)ere,se: aQ o campo daForal mais amplo do !ue o do ireitoI bQ o ireito se subordina * Foral. As correntes tomistase neotomistas' !ue condicionam a validade das leis * sua adaptao aos valores morais'se$uem esta linha de pensamento.

    2Q A teoria dos c%rculos secantes, Cara u Cas!uier' a representao $eomtrica da relaoentre os dois sistema no seria a dos c#rculos concntricos' mas a dos c#rculos secantes.

    Assim' ireito e Foral possuiriam uma )aixa de competncia comum e' ao mesmo tempo' umarea particular independente.

    e )ato' h um $rande n(mero de !uest-es sociais !ue se incluem' ao mesmo tempo'nos dois setores. A assistncia material !ue os )ilhos devem prestar aos pais necessitados matria re$ulada pelo ireito e com assento na Foral. G assuntos da alada exclusiva daForal' como a atitude de $ratido a um ben)eitor. e i$ual modo' h problemas "ur#dicosestranhos * ordem moral' como por exemplo' as re$ras de trnsito' praos processuais'divis-es de competncia na 7ustia.

    $ue consiui u/ valor.

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    N.Q5eoria dos c%rculos independentes. Ao desvincular o ireito da Foral' Gans Helsenconcebeu os dois sistemas como es)eras independentes. Cara o )amoso cientista do ireito' anorma o (nico elemento essencial ao ireito' cu"a validade no depende de conte(dosmorais. 9e$undo Helsen' o direito o !ue est na lei' o direito positivado.

    4QA teoria do 7m%nimo =ticoT , esenvolvida por 7ellineJ' a teoria do m#nimo tico consiste naidia de !ue o ireito representa o m#nimo de preceitos morais necessrios ao bem,estar dacoletividade. Cara o "urista alemo toda sociedade converte em ireito os axiomas Overdadeintuitiva' mximaQ morais estritamente essenciais * $arantia e preservao de suas institui-es.A prevalecer essa concepo' o ireito estaria implantado' por inteiro' nos dom#nios da Foral'con)i$urando' assim' a hip%tese dos c#rculos concntricos.

    Caulo ader>empre$a a expresso m#nimo tico para indicar !ue o ireito deve conterapenas o m#nimo de conte(do moral' indispensvel ao e!uil#brio das )oras sociais.

    Cara Caulo ourado de

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    normas morais tendem a converter,se em normas "ur#dicas' como sucedeu' por exemplo' com odever do pai de velar pelo )ilho e com a indeniao por acidente de trabalho.

    - LEI54A

    5E4MINOLOBIA $4CDI6A

    A terminolo$ia "ur#dica um $rande desa)io para !uem estuda o direito' principalmente saber o!ue as palavras si$ni)icam. A cincia do direito disp-e de instrumentos pr%prios de si$ni)icaoharmRnica' e outros tomados de emprstimo * lin$ua$em comum !ue passam a ter umaacepo nova de naturea "ur#dica. A lin$ua$em a base do racioc#nio "ur#dico' e esta para o"urista assim como o desenho para o ar!uiteto. este sentido' ao )inal de cada etapa de estudo')aremos um apanhado destas terminolo$ias para ampliar nosso vocabulrio "ur#dico.

    , 6OMPE5N6IA, poder le$al do a$ente p(blico em praticar determinado ato, 6ON3SOW usado no sentido de "uno' ad"uno ou mistura.

    , EB4FBIOW notvel' superior' eminente' $eralmente empre$ado para tratamento *s cortesde "ustia.

    ,EMOLMEN5OS, a remunerao !ue os notrios e os o)iciais re$istradores recebem pelacontraprestao de seus serviosI 6S5AS, a remunerao devida aos escrives ' o)iciaisde "ustia e demais auxiliares da "ustiaI 5AGA $DI6IH4IAW o tributo correspondente *e)etiva utiliao dos servios "udiciais ou do Finistrio C(blico.

    , 3IGAO @ empre$ada no sentido de determinao ou estabelecimento de al$uma coisa'em virtude do !ue tida como certa e a"ustada., BLEJAW comumente empre$ado para indicar uma poro de terreno destinado * cultura. Massim o solo' o cho o )undo de !ual!uer prdio.,

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    Aula - Di#is"es do Direito. O Direito Natural. O Direito Positi#o. O Direito O!eti#o. ODireito Su!eti#o. Di(erenas entre o Direito P;lico Interno e E>terno e o Direito Pri#adoInterno e E>terno.

    (.1 Direi$o a$ural =>u*+a$urali*%o?.

    A 5eoria do Direito natural muito anti$a ' estando presente na literatura "ur#dicaocidental desde a aurora da iviliao 5uropia. a descoberta ateniense do homem' pareceencontrar,se a semente desse movimento' !ue atende ao anseio comum' em todos os tempos'a todo os homens' pRr um direito mais "usto' mais per)eito' capa de prote$,los contra oarb#trio do $overno.

    onsiderado expresso da naturea humana ou dedu#vel dos princ#pios darao' o direito natural)oi sempre tido' pelos de)ensores desta teoria' como superior ao direitopositivo' como sendo absoluto e universal por corresponder * naturea humana. Antes deristo' se"a em Atenas' se"a em =oma' com #cero Oe res publicaQ assim era concebido.ireito !ue' atravs dos tempos' tem in)luenciado re)ormas "ur#dicas e pol#ticas' !ue deramnovos rumos *s ordens pol#ticas europia e norte,americana' como' por exemplo' o caso daeclarao de ndependncia O1DDBQ dos 5stados nidos' e da eclarao dos ireitos doGomem e do idado O1D?>Q' da =evoluo rancesa. 3,se no art. 2o. da citada declaraodos ireitos do Gomem de 1D?>:7o (im de toda associao = a proteo dos direitosnaturais imprescrit%#eis do 0omem9. cil encontrar a sua presena na eclaraoniversal dos ireitos O1>4?Q da 6.

    Assim' o!usnaturalismo a corrente tradicional do pensamento "ur#dico' !ue de)ende avi$ncia e a validade de um direito superior ao direito positivo. orrente !ue se tem mantido de

    p' apesar das vrias crises por !ue tem passado' e !ue' apesar de criticada por muitos'mantm,se )iel ao menos a um princ#pio comum: a considerao do direito natural comodireito !usto por nature&a' independente da #ontade do le)islador' deri#ado da nature&a0umana /!usnaturalismo2 ou dos princ%pios da ra&o /!usracionalismo2' sempre presentena consci,ncia de todos os 0omens.

    6 ponto comum entre as di#ersas correntes do direito natural tem sido aconvico de !ue'al8% do direi$o e*#ri$o@ 5 u%a ou$ra orde%@ *uperior Cuela e Cue 8 ae6pre**"o do Direi$o >u*$o. M a idia do direito per)eito e por isso deve servir de modelo parao le$islador. M o direito ideal' mas ideal no no sentido ut%pico' mas um ideal alcanvel . Adi#er),ncia maior na conceituao do ireito natural est centraliada na ori)em e

    (undamentao desse direito.O pe+*a%e+$o predo%i+a+$e +a a$ualidade 8 o de Cue oDirei$o +a$ural *e fu+da%e+$a +a +a$ureza 5u%a+a.

    +radicionalmente os autores indicam trs caracteres para o direito natural: sereterno' imutvel e universalI isto por!ue' sendo a naturea humana a $rande )onte dessesdireitos' ela ' )undamentalmente' a mesma em todos os tempos e lu$ares12.

    12Eduardo ovoa Monreal ;resena u/ elenco ?e/ /ais a/>lo de caraceres@ 1= universalidade ;co/u/ aodos os >ovos= 2= >er>euidade ;vBlido >ara odas as &>ocas= 3= i/ua?ilidade ;da /es/a Cor/a (ue a naureDa 9u/ana, odireio naural n"o se /odiCica= 4= indis>ensa?ilidade ;& u/ direio irrenunciBvel= 5=indele?ilidade ;no senido (ue n"o >ode/os direios naurais ser es(uecidos >elo cora+"o e conscincia dos 9o/ens= 6= unidade ; >or(ue & igual >ara odos os 9o/ens== o?rigaoriedade ;deve ser o?edecido >or odos os ;9o/ens= $= necessidade ;nen9u/a sociedade >ode viver se/ o direio

    naural= = valideD ; seus >rinc>ios s"o vBlidos e >ode/ ser i/>osos aos 9o/ens e/ (ual(uer siua+"o e/ (ue se

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    (.2 O Direi$o o*i$ivo.

    6 Cositivismo "ur#dico a mani)estao' no campo do direito' do positivismo' ou se"a' dadoutrina de omte1N' na )orma apresentada no seu -ours de hilosophie ositive. ando

    $rande importncia * cincia no pro$resso do saber' restrin$indo o ob"eto da cincia e da)iloso)ia aos )atos e * descoberta das leis !ue os re$em' o positivismo pretendia ser a )iloso)iada cincia' ou se"a' o coroamento do saber cient#)ico. 5xcluindo do seu dom#nio a meta)#sica'acabou sendo o saber )undado no )atos tout court. o dom#nio "ur#dico' pondo de lado ameta)#sica' de)inindo o direito positivo como )ato' pass#vel de estudo cient#)ico' )undado emdados reais' o positivismo "ur#dico tornou,se a doutrina do direito positivo. esse sentido temrao &obbio14!uando di ser o positivismo "ur#dico a corrente do pensamento "ur#dico para a!ual Sno existe outro direito seno a!uele positivoT. onse!uentemente' op-e,se * +eoria doireito natural' bem como a todas as )ormas de meta)#sica "ur#dica. Cor isso' a identi)icao ato sculo YY' da iloso)ia do ireito com a iloso)ia do ireito atural' obri$ou os positivistas asubstitu#rem,na pela +eoria ara esclareci/eno ou /inuciosa iner>rea+"o de u/ eHo ou de u/a >alavra.

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    rancesco arnelutti1D situa o positivismo como um meio,termo entre doisextremos: o materialismo e o idealismo. Cara o materialismo a realidade est na matria're"eitando toda abstrao e assumindo uma posio antimeta)#sica. Cara o idealismo arealidade est alm da matria. 6 positivismo mantm,se distante da polmica. 5le

    simplesmente se desinteressa pela problemtica' "ul$ando,a irrelevante para os )ins da cincia.

    Cara o positivismo "ur#dico s% existe uma ordem "ur#dica: a comandada pelo5stado e !ue soberana. 5is' na opinio de 5isnmann 1?' um dos cr#ticos atuais do direitoatural' a proposio !ue melhor caracteria o positivismo "ur#dico: So h mais ireito !ue 6ireito CositivoT. Assumindo atitude intransi$ente perante o ireito atural' o positivismo"ur#dico se satis)a plenamente com o ser do ireito Cositivo' sem co$itar sobre a )orma ideal doireito' sobre o dever,ser "ur#dico. Assim' para o positivista a lei assume a condio de (nicovalor.

    6 positivismo "ur#dico uma doutrina !ue no satis)a *s exi$ncias sociais de

    "ustia. 9e' de um lado' )avorece o valor se$urana' por outro' ao de)ender a )iliao do direito adetermina-es do 5stado' mostra,se alheio * sorte dos homens. 6 direito no se comp-eexclusivamente de normas' como pretende essa corrente. As re$ras "ur#dicas tm sempre umsi$ni)icado' um sentido' um valor a realiar. 6s positivistas no se sensibiliaram pelasdiretries do direito. Ape$aram,se to,somente ao concreto' ao materialiado. 6s limitesconcedidos ao direito )oram muito estreitos' acanhados' para conterem toda a $randea eimportncia !ue encerra. A lei no pode abarcar todo o jus. A lei' sem condicionantes' umaarma para o bem ou para o mal. omo sabiamente salientou arlenutti 1>' assim como no hverdades sem $ermes de erros' no h erros sem al$uma parcela de verdade. 6 mrito !uearlenutti v no positivismo o de conduir a ateno do analista para a descoberta do ireitonatural: Sa observao da!uilo !ue se v o ponto de partida para che$ar *!uilo !ue no sevT.

    Xashin$ton de &arros Fonteiro20se posiciona sobre o ireito Cositivo e ireitoatural onde a)irma !ue direito pode ser concebido sob uma )orma abstrata' um ideal deper)eio. 6s homens esto perenemente insatis)eitos com a situao em !ue se encontram esua aspirao melhor,la cada ve mais.

    Sur)e assim a distino entre direito positi#o e direito natural. O primeiro = oordenamento !ur%dico em #i)or num determinado pa%s e numa determinada =poca ose)undo' o ordenamento ideal' correspondente a uma !ustia superior e suprema.

    (.( O Direi$o Ob>e$ivo.

    M o con"unto de normas "ur#dicas impostas ao homem com )im de satis)aer aos seusinteresses 7+or%a age+di:(norma de a*o, norma de conduta). Z o direito en!uanto norma. Ma re$ra social obri$at%ria imposta a todos' !uer venha sob )orma de 3ei ou mesmo sob )orma deum costume !ue deva ser obedecido.

    1GAREL77%, Francesco. $eoria general Del derec"o.Madrid, 155.1$E%!EMA. Centralisation et d)centralisatiom.1GAREL77%, Francesco. $eoria general Del derec"o.Madrid, 15520'ARR! M7E%R, 8as9ingon. Curso de Direito Civil Parte *eral. Ed. !araiva, !"o #aulo, 16.

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    M expresso atravs de modelos abstratos de conduta O%di$os' 3eis'onsolida-es' etcQ. 9o modelos normativos $enricos !ue no individualiam as pessoasneles envolvidas.

    (.,- Direi$o &ub>e$ivo.

    6u S)acultas a$endiT, o poder de exi$ir uma determinada conduta de outrem'con)erido pelo direito ob"etivo' pela norma "ur#dica. M o poder de ao asse$urado le$almente atodas as pessoas para de)esa e proteo de toda e !ual!uer espcie de bens materiais ouimateriais' do !ual decorre a )aculdade de exi$ir a prestao ou absteno de atos' ou ocumprimento da obri$ao' a !ue outrem este"a su"eito.

    6 ireito sub"etivo sempre nasce de um )ato' !ue por estar inserido noordenamento "ur#dico' chamamos de )ato "ur#dico. om a ocorrncia do )ato' a norma' colocadaabstratamente no direito ob"etivo' se materialia' dando ori$em * pretenso.

    Assim' ao ocorrer um acidente de trnsito' sur$e para a v#tima a pretenso' ou o

    poder de exi$ir' a reparao do dano por a!uele !ue lhe deu causa' titular do dever "ur#dicocorrelato.

    5lementos do direito sub"etivo:

    - 9u"eito [ pessoa )#sica ou pessoa "ur#dicaI- 6b"eto [ o bem "ur#dico sobre o !ual o su"eito exerce o poder con)erido pela ordem

    "ur#dica.

    (. - O Direi$o bli#o e o Direi$o rivado.

    A primeira diviso !ue encontramos na hist%ria da incia do ireito )eita pelosromanos' entre ireito C(blico O5stadoQ e Crivado OparticularQ.

    6 5stado cobre' atualmente' a sociedade inteira' visando a prote$er a universalidadedos indiv#duos' crescendo' dia a dia' a in)erncia dos poderes p(blicos' mesmo )ora da %rbitados 5stados socialistas' ou' para melhor dier' comunistas' onde se apa$am cada ve mais asdistin-es entre o !ue cabe ao 5stado e o !ue $arantido permanentemente aos cidadoscomo tais.

    G duas maneiras complementares de )aer,se a distino entre ireito C(blico eCrivado' uma atendendo ao conte(doI a outra com base no elemento )ormal.

    Vuanto ao conte(do ou ob"eto da relao "ur#dica' devemos observar o se$uinte:

    !uando visado imediata e prevalecente o interesse $eral' o ireito C(blicoI !uando visado imediata e prevalecente o interesse particular' o ireito CrivadoI

    Vuanto * )orma da relao' devemos observar o se$uinte:

    se a relao de coordenao' trata,se' $eralmente' de ireito CrivadoI

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    se a relao de subordinao' trata,se' $eralmente' de ireito C(blico.

    omo exemplo de coordenao temos a compra e venda' pois tanto o vendedor comocomprador se encontram na mesma situao.

    Ao lado das rela-es coordenao' temos as rela-es de subordinao' onde o 5stadoaparece em posio eminente' institucional' ou se"a' mani)estando a sua autoridadeor$aniada.

    (.; Direi$o bli#o e Direi$o rivado e *ua* Teoria*.

    1- +eorias Fonistas Oa existncia de somente 1 direitoQ

    5xistncia exclusiva do ireito C(blico OGans HelsenQ W +odo ireito p(blico por!uetodas as rela-es "ur#dicas se ap%iam na vontade do estado' " !ue este o responsvel diretoe imediato pela se$urana e harmonia social.

    5xistncia exclusiva do ireito Crivado O =osmini e =av*Q , Cois sempre )oi o (nicodurante sculos e seu n#vel de aper)eioamento no )oi atin$ido ainda pelo ireito C(blico.

    *- +eorias ualistas Oa existncia de 2Q

    +eoria do interesse em 7o$o Oou teoria lssica ou teoria =omanaQ, o direito serp(blico ou privado de acordo com a predominncia dos interesses.

    +eoria do im W Vuando a )inalidade do direito )or o estado' teremos o ireito C(blico'

    !uando )or o indiv#duo' teremos o ireito Crivado.+eoria do +itular da ao , Vuando a iniciativa da ao )or o estado' teremos o ireito

    C(blico' !uando )or o particular' teremos o Crivado.

    +eoria da aturea da =elao 7ur#dica, Vuando o Coder C(blico participa da relao"ur#dica' investido de seu SinperiumT' impondo sua vontade' em uma relao de subordinao'teremos o ireito C(blico. Vuando )or a relao entre particulares' em um mesmo plano dei$ualdade' teremos o ireito Crivado.

    +eorias +rialistas

    Alm do ireito C(blico e Crivado' admitem al$uns estudiosos um terceiro $nero' chamado poral$uns de ireito Fisto e por outros de ireito 9ocial Fisto.

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    Aula - Principais ramos do Direito P;lico Interno 6onstitucional' Administrati#o'5riutrio' Penal' Processual 6i#il e Penal. A uesto do Direito do 5raal0o. 4amos doDireito Pri#ado Interno 6i#il e Empresarial. A ni(icao do Direito Pri#ado. A uesto daSuperao da Dicotomia do Direito P;lico e do Direito Pri#ado.

    ,.1 &ubdivi*)e* =Ra%o*? do Direi$o bli#o e do Direi$o rivado e o Direi$o &o#ial

    ireitoonstitucional ,

    =e$ula a estrutura )undamental do estado e determina as )un-es dosrespectivos %r$os. As suas normas re)erem,se * or$aniao)undamental do estado e re$em a estruturao e o )uncionamento dos seus%r$os' alem das rela-es mantidas com os cidados.

    ireitoAdministrativo

    =e$ula no s% a or$aniao como tambm o )uncionamento daadministrao p(blica. As suas normas re)erem,se *s rela-es dos %r$osdo estado entre si ou com os particulares. 5sse direito' estabelece asbases para a realiao do servio p(blico' isto ' da atividade estataldiri$ida * satis)ao das necessidades coletivas consideradas de

    )undamental importncia.ireito Cenal +ipi)ica' de)ine e comina san-es aos atos considerados il#citos penais. Assuas normas re$ulam a atuao do estado no combate ao crime' sob as)ormas de preveno e represso.

    ireito CrocessualOireito 7udicirioQ

    =e$ula o exerc#cio do direito de ao' assim como a or$aniao e)uncionamento dos %r$os "udiciais. As suas normas disciplinam todos osatos "udiciais' tendo em vista a aplicao do ireito ao caso concreto. M oramo !ue se dedica * or$aniao e !ue re$ula a atividade "urisdicional do5stado para a aplicao das leis a cada caso.

    ireito inanceiro 6 direito )inanceiro uma disciplina !ue tem por ob"eto toda a atividade)inanceira do 5stado concernente * realiao da receita e despesa

    necessrias * execuo do interesse da coletividade.ireito +ributrio 6 direito tributrio disciplina *s rela-es entre o isco e os contribuintes'

    tendo como ob"eto primordial o campo das receitas de carter compuls%rio'isto ' as relativas * imposio' )iscaliao e arrecadao de impostos'taxas e contribui-es' determinando,se' de maneira complementar ospoderes do 5stado e a situao sub"etiva dos contribuintes' como complexode direitos e deveres.

    ireito anRnico 6 !ue re$ula as rela-es da $re"a. onsiste em um con"unto de normasdisciplinares !ue re$ulam a vida de uma comunidade reli$iosa ou asdecis-es dos seus conc#lios.

    ireitonternacionalC(blico

    =e$ula as rela-es dos 5stados soberanos entre si. As normas tutelam asrela-es dos titulares de direitos sub"etivos no plano nternacional eestabelecem o re$ime "ur#dico da convivncia dos 5stados soberanos're$ulando as rela-es dos pa#ses considerados como su"eitos de direito ede deveres' estabelecidos por acordo' ou por costume.

    ireito do Fenor =e$ula todos os aspectos e medidas * assistncia' proteo e vi$ilncia amenores de deoito anos !ue se encontrem em situao irre$ular'se$undo a de)inio le$al' e a menores de deoito a vinte um anos deidade nos casos expressos em lei.

    ireito de Finas =e$ula as !uest-es concernentes aos recursos minerais' suaindustrialiao e produo' assim como a distribuio' o comrcio e o

    consumo de produtos minerais.

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    ireito 5leitoral =e$ula todos os aspectos pertinentes ao su)r$io. As suas normasdestinam,se a asse$urar a or$aniao e o exerc#cio do direito de votar aser votado.

    ireito Col#tico =e$ula os direitos e os deveres do estado no mbito interno' abran$endo adenominada +eoria

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    Aula ? 3ontes do Direito Positi#o. 6onceito de 3ontes do Direito e 6lassi(icao.Distino entre (ontes materiais e (ormais do direito. A Lei. Os 6ostumes. O papel dadoutrina e da !urisprud,ncia no sistema !ur%dico rasileiro. S;mula 8inculante

    .1 /o+$e* do Direi$o.

    6 termo \)onte\' utiliado tradicionalmente pela doutrina em sentido meta)%rico' indicao ponto em !ue uma re$ra' emer$indo da vida social' assume o carter de norma "ur#dica. As)ontes so de ordem )ormal' capaes de assumir express-es obri$at%rias' despreadas as deordem substancial ou real' !ue se re)erem aos )enRmenos sociais' )ormados da substncia dodireito' tais como a necessidade p(blica' o interesse coletivo e as reivindica-es sociais. Assim')ontes so os meios pelos !uais se )ormam ou pelos !uais se estabelecem as normas "ur#dicas.

    Paulo Nader*1divide as )ontes do ireito da se$uinte )orma :

    3ontes da Norma $ur%dica

    3ontes Materiais - A palavra material vem de matrias' si$ni)icando substncia' essncia'paraindicar "ustamente a!uelas )ontes !ue tm substncias. 9ubdividem,se em :1. 3ontes Materiais Diretas ou ImediatasW 9o a!uelas )ontes !ue criam diretamente

    as normas "ur#dicas' representadas pelos %r$os le$is)erantes:1. 6 Coder 3e$islativo, !uando elabora e )a entrar em vi$or as leisI2. 6 Coder 5xecutivo W !uando excepcionalmente elabora 3eisIN. 6 Coder 7udicirio W !uando elabora "urisprudncia ou !uando excepcionalmente

    le$islaI4. 6s outrinadores W !uando desenvolve trabalhos' elaboram doutrinas utiliadas

    pelo aplicador da lei e'L. A Cr%pria sociedade, !uando consa$ra determinados costumes.

    3ontes Materiais Indiretas ou Mediatas - so )atos ou )enRmenos sociais !ue ocorrem emdeterminada sociedade traendo como conse!Uncia o nascimento de novos valores !uesero prote$idos pela orma 7ur#dica.

    3ontes 3ormais /ou de con0ecimento2 - so as )ormas de expresso do ireito. As Faneiraspelas !uais ele se )a conhecer.

    21AER, #aulo.Introduo ao Estudo do Direito.21aedi+"o. Ed. Forense. Rio de Janeiro. 2000.

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    1- Fones Maeriais

    2- Fones For/ais

    3- Fones )isIricas

    ireas ou i/ediaas %ndireas ou /ediaas

    ireas ou i/ediaas %ndireas ou /ediaas

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    3ontes

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    ?.* - Analo)ia @ M a utiliao de certo dispositivo le$al ade!uado para certa situao' parare$ular outra semelhante. mplica' numa semelhana entre a hip%tese tomada como padroexistente na lei e a!uela a ser resolvida' sem norma disciplinadora a respeito.

    A analo$ia pode ser concebida como um recurso tcnico !ue consiste em se aplicar'

    a um caso no previsto pelo le$islador' uma norma "ur#dica previsto para um outro caso)undamentalmente semelhante ao no previsto.

    esta )orma' !uando no existe uma lei expressa para a resoluo de um caso' ohermeneuta' pela analo$ia' o soluciona "uridicamente com uma re$ra de direito estabelecidapara um caso semelhante.

    o processo anal%$ico' o trabalho do aplicador do direito' o de localiar' no sistema"ur#dico vi$ente' a norma prevista pelo le$islador e !ue apresenta semelhana )undamental' noapenas acidental' com o caso no previsto. 5ssa norma prevista pelo le$islador denominadaparadi$ma.

    Cara al$uns autores h duas espcies de analo$ia:

    0egi*-

    Analo$ia

    Juri*-

    Analo)ia G Interpretao e>tensi#a @a interpretao extensiva o caso diretamenteprevisto pela lei' mas com insu)icincia verbal ou impropriedade de lin$ua$em' " !ue ainterpretao da lei revela um alcance maior da mesma. Cropriamente no h a!ui lacunada lei' apenas insu)icincia verbal.

    ?. - 6ostume - 5sta noo muito anti$a. Fodernamente tem uma $rande relevncia o direiton$ls. Cossui 02 )ontes: o chamado 6FF6 3AX e o 9+A++5 3AX.

    6FF6 3AX , direito costumeiro , uma coletnea das decis-es "udiciais.9+A++5 3AX , direito le$islado.

    9o procedimentos constantes e uni)ormes adotados por um $rupo social e tidos poreste mesmo $rupo como obri$at%rios. M a prtica reiterada e constante de determinados atos!ue acaba por $erar a mentaliao de !ue tais atos se"am essenciais para o bem dacoletividade. errara di !ue os costumes se estabelecem no meio social em )ace daobservncia repetida e paci)ista de certos usos.

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    Analo$ia le$is W.

    Analo$ia "uris W

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    nicialmente n%s temos o hbito !ue o modo individualiado de a$ir' depois temos ouso !ue o modo de a$ir de diversos membros da sociedade. o momento em !ue o hbito setrans)orma em uso sur$e a conscincia de !ue a prtica desses atos necessrio a todasociedade.

    Germes 3ima2Na)irma !ue os costumes apresentam 02 elementos constitutivos' um externo e o outro interno. 6 externo o ob"etivo' de naturea material' o uso constante eprolon$ado. 6 interno de naturea psicol%$ica ou sub"etiva' !ue o reconhecimento $eral desua obri$atoriedade.

    Direito 6onsuetudinrio ou 6ostumeiro.

    M o decorrente da observao e respeito *s normas "ur#dicas no escritas' isto ' normasresultantes de prticas sociais reiteradas' constantes e tidas como obri$at%rias. Admitem 0Nespcies:

    6+=A 35

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    A e!uidade' tanto pode ser um Selemento de integra*oT perante uma lacuna dosistema le$al' como ser um Selemento de adapta*oT da norma *s circunstncias do casoconcreto por ocasio da aplicao do direito. a primeira hip%tese' a e!uidade pode ser vistacomo sendo o Sdireito do caso concretoTI na se$unda' como a Sjusti*a do caso concretoT.

    evemos observar !ue a e!uidade' se"a como elemento de inte$rao ou deaplicao da lei' sempre leva em conta o !ue h de particular em cada caso concreto' em cadarelao' para dar,lhe a soluo mais "usta. 5ste o seu critrio distintivo.

    6 art. 12D do C estabelece !ue o "ui decida por e!uidade nos casos previstos em lei.

    +odavia' a autoriao expressa no indispensvel' uma ve !ue pode estar impl#cita'como nas hip%teses onde h um apelo impl#cito * e!uidade do ma$istrado' a !uem cabe "ul$ardo en!uadramento ou no do caso' em )ace *s diretivas "ur#dicas. este modo' o art. 1N' sobreseparao "udicial' da 3ei B.L1L/DD !ue determina: Sse houver motivos graves, poder# o juiz, emqualquer caso, a +em dos "ilhos regular por maneira di"erente da esta+elecida nos artigos

    anteriores a situa*o deles para com os pais1.

    Fas' sobretudo atravs dos arti$os 4@ e L@ da 3ei de' ntroduo ao %di$o ivil !ue sedemonstra o ri$or criticvel do estabelecido no art. 12D do C. 5les determinam aobri$atoriedade de "ul$ar' por parte do "ui em caso de omisso ou de)eito le$al' e aobri$atoriedade de' na aplicao da lei atender aos )ins sociais a !ue ela se diri$e e *sexi$ncias do bem comum. Cela e!uidade' se preenche as lacunas da lei como tambm' pelae!uidade procura,se o predom#nio da )inalidade da norma sobre sua letra' como est delineadono art. L@ da 3. 5ste autoria' assim' corri$ir a inade!uao da norma ao caso concretoatravs da e!uidade' uma ve !ue esta relaciona,se' intimamente' com os )ins da norma' !ue o bem comum da sociedade.

    esta )orma' o art. 12D do C deve ser interpretado em comunho com os arts. 4@ e L@da 3.

    M obvio !ue a e!uidade no uma licena para o arb#trio puro' porm uma atividadecondicionada *s valora-es positivas do ordenamento "ur#dico. o deve ser utiliada comoinstrumento para as tendncias le$i)erantes do "ul$adorI deve' antes' se constituir num recursode interpretao )lex#vel da lei atendendo * "ustia concreta' exi$ida pela situao concreta.

    ?.R - Doutrina.

    A doutrina uma das )ontes subsidirias do direito . uma )orma expositiva eesclarecedora do direito )eita pelo "urista a !uem cabe o estudo apro)undado da cincia.

    9o os estudos e teorias desenvolvidos pelos "uristas' com o ob"etivo de sistematiare interpretar as normas vi$entes e de conceber novos institutos "ur#dicos reclamados pelomomento hist%rico.

    a realidade a doutrina o direito resultante de estudos voltados *sistematiao. 5sclarecimento' ade!uao e inovao. +ambm alcana diversas posi-es:

    ] Apresentao detalhada do direito em teseI] lassi)icao e sistematiao do direito expostoI

    ] 5lucidao e interpretao dos textos le$ais e do direito cienti)icamente estudadoI

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    ] oncepo e )ormulao de novos institutos "ur#dicos.

    A doutrina tambm admite 0N espcies:

    1. 6

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    extensiva' ora restritiva' re$ras para os casos concretos !ue lhe so propostos. 5m in(meroscasos os tribunais acabaram criando um ireito novo' embora aparentemente tenham selimitado a aplicar as leis existentes.

    Art ?o. 3+

    SAs autoridades administrativas e a "ustia do trabalho' na )alta de disposi-es le$ais oucontratuais' decidiro' con)orme o caso' pela "urisprudncia' por analo$ia' ...T

    6s !ue ne$am sustentam !ue o "ui um mero intrprete da lei. 5m verdade' ao dar certaconotao a um arti$o de lei interpretando,o restritiva ou extensivamente' est apenasaplicando o ireito positivado.

    5xemplos de "urisprudncia trans)ormada em lei:

    1. Censo aliment#cia' !ue era devida apenas ap%s o trnsito em "ul$ado e ho"e em dia devidadesde a citao Oalimentos provis%riosQ

    2. 6s direitos da concubina' " reconhecidos pela "urisprudncia com base na sociedade de)ato' a$ora esto contemplados em lei.

    A $urisprud,ncia 8incula T

    os 5stados de ireito codi)icado' a "urisprudncia apenas orienta e in)orma' possuindoautoridade cient#)ica sem' no entanto' vincular os tribunais ou "uies de instncia in)erior.

    $urisprud,ncia6Precedentes

    =eserva,se o termo "urisprudncia para as decis-es dos tribunais e SprecedentesT para asdecis-es de "u#es de primeiro $rau.

    ?.U - Direito 6omparado.

    Ao confrontar ordenamentos jurdicos vigentes em diversos povos, o DireitoComparado aponta-lhes as semelhanas e as diferenas, procurando elaborarsnteses conceituais e preparar o caminho para unificao de certos setores do

    Direito !ilson de "ou#a Campos $atalha%27

    &

    Aula ; - A Norma $ur%dica. 6onceito. Estrutura da Norma $ur%dica. Principais

    2GAM#! 'A7AL)A, 8ilson Ga/>os.Lei de Introduo ao C,digo Civil. Ed. MaH Li/onad. !"o #aulo.15.

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    6aracter%sticas astrao' )eneralidade ou uni#ersalidade' imperati#idade' 0eteronomia'alteridade' coerciilidade' ilateralidade e atriuti#idade.

    R.1 - A Norma $ur%dica.9e$undo o ireito Cositivo' a norma "ur#dica o padro de conduta social imposto

    pelo 5stado' para !ue se"a poss#vel a convivncia entre os homens. Caulo ader conceituacomo sendo a conduta exi$ida ou o modelo imposto de or$aniao social. 9e$undo 6rlando9ecco2?' trata,se das re$ras imperativas pelas !uais o ireito se mani)esta' e !ue estabelecemas maneiras de a$ir ou de or$aniar' impostas coercitivamente aos indiv#duos' destinando,se aoestabelecimento da harmonia' ordem e da se$urana da sociedade.

    A palavra norma ou re$ras "ur#dicas so sinRnimas' apesar de al$uns autoresutiliarem a denominao re$ra para o setor da tcnica e outros' para o mundo natural. 5xistedistino entre norma "ur#dica e lei. 5sta apenas uma das )ormas de expresso das normas'!ue se mani)estam tambm pelo direito costumeiro e' em al$uns pa#ses pela "urisprudncia.

    onsiderando,se' todavia' as cate$orias mais $erais das normas "ur#dicas'veri)icam,se !ue estas apresentam al$uns caracteres !ue' na opinio dominante dosdoutrinadores' so: bilateralidade,atributiva' alteridade' $eneralidade' abstratividade'imperatividade' coercibilidade e heteronomia.

    R.* - A Lei+oda orma 7ur#dica oriunda dos %r$os de soberania' aos !uais' se$undo a

    onstituio pol#tica do 5stado' con)erido o poder de ditar re$ras de ireito. A 3ei a )onte)ormal imediata de ireito' pois a )orma pela !ual nos transmite seu conhecimento.

    6onceitos

    3ei em sentido amplo ou em sentido lato: indica o \"us scriptum\. =e)erncia $enrica!ue inclui a lei propriamente dita Oordinria ou complementarQ' a medida provis%ria e o decreto.

    3ei em sentido estritoI preceito comum e obri$at%rio' emanado do Coder 3e$islativo'no mbito se sua competncia.

    6aracter%sticas sustanciais $eneralidade' abstratividade' bilateralidade'imperatividade e coercibilidade.

    - )eneralidade. +emos !ue a norma "ur#dica preceito de ordem $eral' !ue obri$a atodos !ue se acham em i$ual situao "ur#dica. a $eneralidade da norma deduimos o

    princ#pio da isonomia da lei' se$undo o !ual todos so i$uais perante a lei.

    , astrati#idade. As normas "ur#dicas visam estabelecer uma )%rmula padro deconduta aplicvel a !ual!uer membro da sociedade. =e$ulam casos como ocorrem' via dere$ra' no seu denominador comum. 9e abandonassem a abstratividade para re$ular os )atosem sua casu#stica' os c%di$os seriam muito mais extensos e o le$islador no lo$raria seuob"etivo' " !ue a vida em sociedade mais rica !ue a ima$inao do homem.

    - Cela ilateralidade' temos !ue o direito existe sempre vinculando duas ou maispessoas' con)erindo poder a uma parte e impondo dever * outra. &ilateralidade expressa o )ato

    2$!EGG, rlando de Al/eida.Introduo ao Estudo do Direito.Ed. Lu/en Jris. Rio de Janeiro. 2000.

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    da norma possuir dois lados: um representado pelo direito sub"etivo e o outro pelo dever"ur#dico' de tal modo !ue um no pode existir sem o outro.

    9u"eito ativo Oportador do ireito 9ub"etivoQ9u"eito passivo Opossuidor do dever "ur#dicoQ

    -A imperati#idaderevela a misso de disciplinar as maneiras de a$ir em sociedade'pois o direito deve representar o m#nimo de exi$ncias' de determina-es necessrias. Assim'para $arantir e)etivamente a ordem social' o direito se mani)esta atravs de normas !uepossuem carter imperativo. +al carter si$ni)ica imposio de vontade e no simplesaconselhamento.

    - A coerciilidade!uer dier possibilidade de uso de coao. 5ssa possui doiselementos: psicol%$ico e material. 6 primeiro exerce a intimidao' atravs das penalidadesprevistas para as hip%teses de viola-es das normas "ur#dicas. 6 elemento material a )orapropriamente' !ue acionada !uando o destinatrio da re$ra no a cumpre espontaneamente.As no-es de coao e sano no se con)undem. oao uma reserva de )ora a servio do

    ireito' en!uanto a sano considerada' $eralmente' medida punitiva para a hip%tese deviolao de normas.

    -A Alteridade a concepo !ue parte do pressuposto bsico de !ue todo ohomem social intera$e e interdepende de outros indiv#duos. Assim' como muitos antrop%lo$os ecientistas sociais a)irmam' a existncia do \eu,individual\ s% permitida mediante um contatocom o outro O!ue em uma viso expandida se torna o 6utro , a pr%pria sociedade di)erente doindiv#duoQ.

    -A

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    As 3eis substantivas so' em re$ra principaisI en!uanto !ue as ad"etivas so denaturea instrumental.

    Aula - A Norma $ur%dica. Os di#ersos crit=rios de classi(icao das normas !ur%dicas

    crit=rio da destinao' crit=rio da e>ist,ncia' crit=rio da e>tenso territorial' crit=rio doconte;do e crit=rio da imperati#idade.

    .1@ 6lassi(icao das Normas $ur%dicas.6s autores variam na apresentao das )ormas de classi)icao das normas "ur#dicaI

    existe mesmo certa ambi$Uidade e vacilao na terminolo$ia. ato !ue a classi)icao podeser realiada de acordo com vrios critrios.

    om base na idia acima exposta' apresentamos al$umas classi)ica-es encontradas nadoutrina nacional. ormas codi)icadas so a!uelas !ue constituem um corpo or$nico sobrecerto ramo do direito' como o %di$o ivil. ormas consolidadas so as !ue )ormam umareunio sistematiada de todas as leis existentes e relativas a uma matriaI a consolidaodistin$ue,se da codi)icao por!ue sua principal )uno a de reunir as leis existentes e no ade criar leis novas' como num %di$o. 5x: 3+. ormas extrava$antes ou esparsas naterminolo$ia canRnica' diiam extrava$antes as constitui-es ponti)#cias' posteriores *slementinas' inclu#das no mesmo direito. a# dier,se ho"e Sextrava$antesT todas as leis !ueno esto incorporadas *s odi)ica-es ou onsolida-es: so as leis !ue va$am )oraI so aseditadas isoladamente para tratar de temas espec#)icos. 5x: 3ei de undo de

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    6rit=rio da Destinao - normas de direito' normas de soredireito' normas deor)ani&ao ou estrutura e normas de conduta

    ertos autores [_ estinatrio da norma "ur#dica seria o corpo social [_ 6bservncia aos

    mandamentos

    6utros autores [_ estinatrio da norma "ur#dica seria o Coder 7udicirio [_ Aplicador dosmandamentos "ur#dicos

    +odavia' dividindo as normas "ur#dicas em normas de or$aniao e normas deconduta' mais evidenciados tornam,se seus destinatrios:

    Normas de or)ani&ao /norma de soredireitoQ , normas instrumentais !ue visam aestrutura e )uncionamento dos %r$os' ou a disciplina de processos tcnicos de identi)icaoe aplicao de normas' para asse$urar uma convivncia "uridicamente ordenada [_estinatrio: o pr%prio 5stado

    Normas de conduta /norma de direitoQ , normas !ue disciplinam o comportamento dosindiv#duos' as atividades dos $rupos e entidades sociais em $eral [_ estinatrio: o corposocial Opessoas )#sicas' "ur#dicas ou autoridades !ue estiverem na situao nela previstaQ.+odavia' !uando sur$e o eventual con)lito levado ao Coder 7udicirio' este passa a ser seudestinatrio.

    6rit=rio da E>ist,ncia - norma e>pl%cita e norma impl%cita

    A norma e>pl%cita a norma tal !ual est escrita nos c%di$os e nas leis.

    1, Anorma impl%cita a!uela subentendida a partir da norma expl#cita.

    S3 a exist4ncia deste direito implcito pode responder pela a"irmativa de que oordenamento jurdico no tem lacunas. Serve ele, portanto, no apenas $ interpreta*o da lei,como, igualmente, $ integra*o do 2ireito. or seu interm!dio ! que o 2ireito positivo secompleta, garantindose./Arnaldo 8asconcelos*V2

    6rit=rio da e>tenso territorial - normas (ederais' estaduais e municipais

    As normas "ur#dicas so classi)icadas desta )orma em rao da es)era do Coder C(blicode !ue emanam' pois todo territ%rio de um 5stado acha,se sob a proteo e $arantia e umsistema de ireito.

    Assim' as normas "ur#dicas so )ederais' estaduais ou municipais' na medida em !ue se"aminstitu#das respectivamente pela nio' pelos 5stados,Fembros e pelos Funic#pios.

    2:A!GGEL!, Arnaldo. $eoria da Norma &urdica.1$

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    Cara sabermos se existe hierar!uia entre estas normas' )a,se mister a distino dacompetncia le$islativa da nio' dos 5stados,Fembros e dos Funic#pios.

    9e$undo Fi$uel =eale' Sno h' pois' uma hierar!uia absoluta entre leis )ederias' estaduais

    e municipais' por!uanto esse escalonamento somente prevalece !uanto houverpossibilidade de concorrncia entre as di)erentes es)eras de ao. A ri$or' as (nicas normas"ur#dicas !ue primam no sistema do ireito brasileiro so as de ireito onstitucional.T

    6rit=rio do 6onte;do, direito p;lico' direito pri#ado e direito social

    A di)erenciao entre essas normas " )oi abordada !uando )alamos sobre as divis-esdo ireito. ontudo' bom ressaltar !ue a teoria !ue prevalece atualmente para a distinodessas normas a teoria )ormalista da naturea da relao "ur#dica:

    1Q Normas de Direito Pri#ado: re$ulam o v#nculo entre particulares [_ Clano dei$ualdade [_ =elao "ur#dica de coordenao

    5x.: As normas !ue re$ulam os contratos.

    Normas de Direito P;lico: re$ulam a participao do poder p(blico' !uando investidode seu imperium'impondo a sua vontade [_ =elao "ur#dica de subordinao.

    5x.: As normas de ireito Administrativo.- Normas de Direito Misto [_ +utelam simultaneamente o interesse p(blico ou social e o

    interesse privado.

    5x.: ormas de ireito am#lia6rit=rio da Imperati#idade - normas impositi#as /co)entes2 e dispositi#as /permissi#as2 eproiiti#as

    mperativas , ordenam' imp-em.5x.: Art. ?DB' Art 1B4N do

    Normas impositi#asOou co$entesQ Croibitivas , vedam' proibem.

    5x.: Art. 22?' 1?B0 do

    nterpretativas , esclarecem a vontade do indiv#duomani)estada de )orma duvidosa.5x.: Art. 1?>> do

    Normas dispositi#asOou permissivasQ

    nte$rativas , preenchem lacunas deixadas porocasio da mani)estao da vontade.5x.: Art. 1B40' 1>04 do

    5n!uanto !ue as normas impositivas so taxativas' ora ordenando' ora proibindo' as

    normas dispositivas limitam,se a dispor' com $rande parcela de liberdade.

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    6rit=rio da Sano - normas per(eitas' mais ue per(eitas' menos ue per(eitas eimper(eitas

    Normas per(eitas , estabelecem a sano na exata proporo do ato praticado. nvalidam!uais!uer atos !uando resultantes de trans$ress-es a dispositivos le$ais.

    5x.: Art. 1L4? do

    Normas mais ue per(eitas, estabelecem san-es em propor-es maiores do !ue os atospraticados mediante trans$resso de normas "ur#dicas. A sano mais intensa do !ue atrans$resso.

    Ex. rt. 565 do 7--

    Normas menos ue per(eitas, no invalidam o ato' mas imp-em uma sano ao a$entetrans$ressor.

    Ex. rt. 89:; do --

    Normas imper(eitas , =epresentam um caso muito especial. em invalidam o ato nemestabelecem sano ao trans$ressor. +al procedimento se "usti)ica por ra-es relevantes denaturea social e' sobretudo' tica.

    Ex. rt. 8::8 do --

    6rit=rio da Nature&a normas sustanti#as e normas ad!eti#as

    Normas sustanti#as, re(nem normas de conduta social !ue de)inem os direitos e os deveresdas pessoas em suas rela-es.

    5x.: ireito ivil' Cenal' omercial' etc.

    Normas ad!eti#as, a$lutinam re$ras de procedimento no andamento das !uest-es )orenses.5x.: 3ei de ireito Crocessual ivil' ireito Crocessual Cenal' etc.

    As leis substantivas so' em re$ra' principais' en!uanto !ue as ad"etivas so de natureainstrumental.

    Aula U- A Lei e o Ordenamento $ur%dico : lu& da 6onstituio Jrasileira. A

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    U.1 - A Lei e o Ordenamento $ur%dico.

    6 ireito ob"etivo/positivo' como con"unto de normas "ur#dicas constitui no seu todoum sistema $lobal !ue se denomina Sordenamento jurdicoT. e )ato' o ireito se apresenta

    concretamente' em !ual!uer pa#s' sobre a estrutura de um ordenamento: as normas "ur#dicasno existem isoladas' no atuam de )orma solitria' porm se correlacionam e se implicam')ormando um todo uni)orme e harmRnico.

    6s autores apresentam diversas de)ini-es no !ue respeita a de)inio doordenamento "ur#dico.

    Caulo ader' leciona !ue o ordenamento "ur#dico compreende So sistema dele$alidade do 5stado' )ormado pela totalidade das normas vi$entes' !ue se localiam emdiversas )ontesT.

    on)orme Fi$uel =eale' So sistema de normas "ur#dicas in acto, compreendendoas )ontes de direito e todos os seus conte(dos e pro"e-es: ' pois' os sistemas das normas emsua concreta realiao' abran$endo tanto as re$ras expl#citas como as elaboradas para supriras lacunas do sistema' bem como as !ue cobrem os claros deixados ao poder discricionriodos indiv#duos Onormas ne$ociaisQT.

    Aspecto relevante sobre o ordenamento "ur#dico a !uesto da plenitude. Assim'o ordenamento "ur#dico no pode deixar a descoberto' sem dar soluo' !ual!uer lit#$io oucon)lito capa de abalar o e!uil#brio' a ordem e a se$urana da sociedade. Cor isso' ele contm'a possibilidade de soluo para todas as !uest-es !ue sur$irem na vida de relao social'suprindo as lacunas deixadas pelas )ontes do direito. M o princ#pio da plenitude do ordenamento"ur#dico. 9e ele no )osse sem lacunas e auto,su)iciente' no poderia cumprir precisamente suamisso.

    6s elementos do ordenamento "ur#dico brasileiro esto estruturados na )orma deatenderem * obedincia aos ditames da onstituio ederal. +odo o nosso direito positivo parater validade deriva,se dos princ#pios constitucionais. 5stando na =ep(blica ederativa do &rasil'os 5stados' via de conse!uncia' tm poderes para se or$aniar e re$er,se pelas constitui-ese leis !ue venham adotar. A autonomia dos 5stados condicionada' isto ' tem poderesexpl#citos e impl#citos !ue no lhe so vedados pela onstituio ederal. 6s Funic#piostambm tem autonomia condicionada. A le$islao municipal deve se$uir os ditames da

    onstituio 5stadual e por conse!uncia da onstituio ederal. 5m outras palavras' o !ueno )or de competncia da nio ou do 5stado' ser do Funic#pio. o existe uma hierar!uia'cada um vai a$ir de acordo com a sua competncia.

    U.* - Processo de 3ormao da Lei

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    6 processo de elaborao de uma lei consiste numa sucesso de )ases e de atos!ue vo desde a apresentao de seu pro"eto at a sua e)etiva concretiao' tornando,seobri$at%ria. Assim temos: iniciativa' discusso,votao,aprovao' sano,veto' promul$ao'publicao e entrada em vi$or.

    Processo Le)islati#o

    < o conjunto de atos realizados pelos 3rgos legislativos visando $ "orma*o das leisconstitucionais, complementares e ordin#rias, resolu*es e decretos legislativos.O7os A)onsoda 9ilvaN0Q

    9e$undo 7os A)onso da 9ilvaN1' as medidas provis%rias no deveriam constar do roldo art. L>' pois sua elaborao no se d por processo le$islativo.

    A onstituio no trata do processo de )ormao dos decretos le$islativos ou das resolu-es.

    ecretos le$islativos so atos destinados a re$ular matrias de competncia exclusiva doon$resso acional Oart. 4> Q !ue tenham e)eitos externos a ele e independem de sano eveto.

    =esolu-es le$islativas so atos destinados a re$ular matrias de competncia do on$ressoacional e de suas asas' mas com e)eitos internos. Assim' os re$imentos internos soaprovados por resolu-es. 5xceo: arts. B?' par$ra)o 2@' L2' 8 e Y e 1LL'

    Atos do Processo Le)islati#o

    6 processo le$islativo o con"unto de atos preordenados visando * criao denormas de ireito. 5stes atos so:

    Iniciati#a Le)islati#a, M a )aculdade !ue se atribui a al$um ou a um %r$o para apresentarpro"etos de lei ao 3e$islativo. Oart. B0' B1 e seu par$ra)o 2@ Q

    8otao, onstitui ato coletivo das asas do on$resso. Qmaioria de trs !uintos dos membros das asas do on$resso' para aprovao de emendasonstitucionais Oart.B0' ` 2@Q

    Sano e #eto, 9o atos de competncia exclusiva do Cresidente da =ep(blica. 9ano eveto somente recaem sobre pro"etos de lei. 9% so cab#veis em pro"etos !ue disponham sobreas matrias elencadas no art. 4? da .

    30 A !%L:A, Jos& AConso. Curso de Direito Constitucional Positivo.10aedi+"o. Mal9eiro Ediores. !"o #aulo. 15.31%de/.

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    9ano a adeso do he)e do Coder 5xecutivo ao pro"eto de lei aprovado pelo 3e$islativoIpode ser expressa Oart. BB' caput Q ou tcita Oart. BB' par$ra)o N@ Q.

    8eto o modo pelo !ual o he)e do Coder 5xecutivo exprime sua discordncia com o pro"etoaprovado' por entend,lo inconstitucional ou contrrio ao interesse p(blico Oart. BB' par$ra)o

    1@Q. 6 veto pode ser total' recaindo sobre todo o pro"eto' ou parcial' !uando atin$ir somenteparte dele.

    6 veto relativo' no trancando de modo absoluto o andamento do pro"eto Oart. BB' par$ra)os1@ e 4@ da Q.

    aso o veto se"a re"eitado por votao da maioria absoluta dos eputados e 9enadores' emescrut#nio secreto' o pro"eto se trans)orma em lei' sem sano' !ue dever ser promul$ada.o se alcanando a maioria mencionada' o veto )icar mantido' ar!uivando,se o pro"eto.

    Promul)ao e pulicao, Cromul$a,se e publica,se a lei' !ue " existe desde a sano ou

    veto re"eitado. M errado )alar em promul$ao de pro"eto de lei.

    Cromul$ao a declarao da existncia da lei. M meio de se constatar a existncia da lei. Alei per)eita antes de ser promul$adaI a promul$ao no )a lei' mas os e)eitos da lei s% seproduiro depois dela.

    A publicao da lei constitui instrumento pelo !ual se transmite a promul$ao aos destinatriosda lei. M condio para !ue a lei entre em vi$or' tornando,se e)ica Oou e)etivaQ.

    9ancionado o pro"eto expressamente ou pelo silncio do Cresidente da =ep(blica O1L diasQ' ouno mantido o veto' deve o mesmo ser promul$ado dentro de 4? horas pelo Cresidente da=ep(blicaI se no o )ier' o Cresidente do 9enado ederal o promul$ar em i$ual praoI no o)aendo' caber o 8ice,presidente do 9enado )a,lo O' arts. BB' `` L@ e D@Q.

    A promul$ao ' pois' o ato proclamat%rio atravs do !ual o !ue antes era pro"eto passa a serlei e' conse!uentemente' a inte$rar o ireito positivo brasileiro.

    A lei passa a existir como tal desde a sua promul$ao' mas comea a obri$ar da data suapublicao' produindo e)eitos com a sua entrada em vi$or.

    U. - Esp=cies Le)islati#as /art ?V 632

    6ONS5I5IO , A 6onstituio rasileiraOonstituio da =ep(blica ederativa do &rasilQvi$ente )oi promul$ada em L de outubro de 1>??. 5la constitui o &rasil como um 5stadodemocrtico de direito e uma =ep(blica )ederativa' composta por 2B 5stados e um istritoederal.EMENDA A 6ONS5I5IO , Emenda 6onstitucional uma modi)icao no texto daonstituio brasileira !ue deve ser aprovada pela mara dos eputados e pelo 9enadoederal' em votao nominal' por trs !uintos dos votos dos membros de cada casa le$islativa.LEI 6OMPLEMEN5A4, uma lei !ue tem como prop%sito complementar'explicar'adicionaral$o a uma lei constitucional. A lei complementar di)erencia,se da lei ordinria desde o !uorumpara sua )ormao. A lei complementar como o pr%prio nome di tem o prop%sito de

    complementar' explicar ou adicionar al$o a uma lei constitucional' e tem seu mbito material

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    predeterminado pelo constituinteI " no !ue se re)ere a lei ordinria' o seu campo material alcanado por excluso' se a constituio no exi$e a elaborao de lei complementar ento alei competente para tratar da!uela matria a lei ordinria.

    LEI O4DINH4IA ou 6WDIBOou 6ONSOLIDAO , um ato normativo primrio e contm'

    em re$ra' normas $erais e abstratas. 5mbora as leis se"am de)inidas' normalmente' pela$eneralidade e abstrao O\lei material\Q' estas contm' no raramente' normas sin$ulares O\lei)ormal\ ou \ato normativo de e)eitos concretos\Q.5xemplo de lei )ormal:W 3ei oramentria anual Oonstituio' art. 1BL' ` LoQIW 3eis !ue autoriam a criao de empresas p(blicas' sociedades de economia mista'autar!uias e )unda-es Oonstituio' art. ND' YYQ.

    LEI DELEBADA , +em por ob"etivo dar os instrumentos para o Cresidente adotar certosmecanismos !ue a lei permiteI deve ser solicitada por resoluo ao on$resso acional e' este)ixa os seus limites.

    A lei dele$ada re)lete a moderna tendncia do ireito C(blico !uanto * admissibilidade de o3e$islativo dele$ar' ao Cresidente da =ep(blica' poderes para elaborao de leis em casosexpressos. +al tendncia acha,se em )la$rante oposio * tradicional doutrina de separao dospoderes' mas' na verdade' atualmente' predomina a concepo da interdependncia dospoderes' no a mera independncia destes' como cate$orias estan!ues. As leis dele$adas' emitidas mediante expressa dele$ao do 3e$islativo' acham,see!uiparadas *s leis ordinrias' pelas !uais podem ser alteradas ou revo$adas. 8ale )risar !ue adele$ao ao Cresidente da =ep(blica ter a )orma de resoluo do on$resso acional' !ueespeci)icar seu conte(do e os termos de seu exerc#cio

    DE64E5O LEBISLA5I8O , 9o para re$ular matrias do on$resso acional no mbitoadministrativo. 6 decreto le$islativo ato de naturea administrativa !ue tradu deliberao doon$resso acional sobre matria de sua competncia.

    4ESOLO, =esoluo a deliberao sobre matrias !ue no se"am especi)icamente leinem este"am inclu#das no rol do art. 4> Ocompetncia exclusiva do on$resso acional[decretole$islativoQ' realiada por uma das maras do Coder 3e$islativo ou pelo pr%prio on$ressoacional. A resoluo pode adotar carter pol#tico' processual' le$islativo ou administrativo'como deciso sobre perda de mandato' criao de Cs' etc

    DE64E5O, m decreto uma ordem emanada de uma autoridade superior ou %r$o Ocivil'

    militar' lei$o ou eclesisticoQ !ue determina o cumprimento de uma resoluo.o sistema "ur#dico brasileiro' os decretos so atos administrativos da competncia dos che)esdos poderes executivos Opresidente' $overnadores e pre)eitosQ.m decreto usualmente usado pelo che)e do poder executivo para )aer nomea-es ere$ulamenta-es de leis Ocomo para lhes dar cumprimento e)etivo' por exemploQ' entre outrascoisas

    INS54O NO4MA5I8A , Ato AdministrativoN2de mbito puramente interno' emitido porsuperiores hierr!uicos aos seus subordinados' disciplinando o entendimento de determinadanorma le$al. o )uncionamento de um determinado servio p(blico.

    32Ao e/anado de Irg"o co/>eene, no eHerccio legal de suas Cun+es e e/ raD"o desas.

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    INS54O ADMINIS54A5I8A-Ato Administrativo de mbito puramente interno' emitido porsuperiores hierr!uicos aos seus subordinados disciplinando o )uncionamento de umdeterminado servio p(blico

    PO45A4IA , M o ato pelo !ual as autoridades' como Finistros de 5stado' 9ecretrios de

    pressa etcita. A uesto da repristinao.

    V.1 @ 8alidade da Norma $ur%dica.

    6 !ue necessrio para !ue uma coisa se"a vlida 5sta per$unta' em nossoentender' nos d a chave para encontrarmos o conceito de validade. m contrato' no !ual umadas partes incapa' vlido o' por!ue lhe )alta um dos elementos. 8emos assim !uevlido a!uilo !ue )eito com todos os seus elementos essenciais. Cor elementos essenciais

    entendem,se a!ueles re!uisitos !ue constituem a pr%pria essncia ou substncia da coisa' semos !uais ela no existiriaI parte do todo. Cara !ue o ato ou ne$%cio se"am vlidos' tero !ueestar revestidos de todos os seus elementos essenciais. altando um deles' o ne$%cio invlido' nulo no alcanando os seus ob"etivos.

    Codemos dier !ue a validade decorre' invariavelmente' de o ato haver sidoexecutado com a satis)ao de todas as exi$ncias le$ais. ma norma "ur#dica' para !ue se"aobri$at%ria' no deve estar apenas estruturada lo$icamente se$undo um "u#o cate$%rico ouhipottico' pois indispensvel !ue apresente certos re!uisitos de validade.

    a lio de Fi$uel =eale' a validade de uma norma "ur#dica pode ser vista sob trs

    aspectos:

    1Q tcnico,)ormal [ vi$ncia

    2Q social [ e)iccia

    NQ tico [ )undamento

    8i$ncia vem a ser Sa executoriedade compuls%ria de uma norma "ur#dica' por haverpreenchido os re!uisitos essenciais * sua )eitura ou elaboraoT OFi$uel =ealeQ.

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    esta )orma' a norma "ur#dica tem vi$ncia !uando pode ser executadacompulsoriamente pelo )ato de ter sido elaborada com observncia aos re!uisitos essenciaisexi$idos:

    aQ emanada de %r$o competente'

    bQ com obedincia aos trmites le$ais'

    cQ e cu"a matria se"a da competncia do %r$o elaborador

    A lei passa a existir como tal desde a sua promul$ao' mas comea a obri$ar dadata sua publicao' produindo e)eitos com a sua entrada em vi$or. 9endo assim' apertinncia de uma norma a um ordenamento a!uilo !ue se chama de validade.

    9e uma norma "ur#dica vlida' si$ni)ica !ue obri$at%rio con)ormar,se a ela e' casono nos con)ormemos' o "ui ser obri$ado a intervir' atribuindo esta ou a!uela sano.

    Code,se estabelecer a pertinncia de uma norma a um ordenamento e' portanto' suavalidade' remontando,se de $rau em $rau' at a norma )undamental.

    V.* - 8alidade Social ou E(iccia.

    9ob o prisma tcnico,)ormal' uma norma "ur#dica pode ter validade e vi$ncia'ainda !ue seu conte(do no se"a cumpridoI mesmo descumprida' ela vale )ormalmente. Corm'o ireito autntico a!uele !ue tambm reconhecido e vivido pela sociedade' como al$o !uese incorpora ao seu comportamento. Assim' a re$ra do ireito deve ser no s% )ormalmentevlida' mas tambm socialmente e)ica.

    5)iccia vem a ser o reconhecimento e vivncia do ireito pela sociedade' S a re$ra"ur#dica en!uanto monumento da conduta humanaT OFi$uel =ealeQ. esta )orma' !uando asnormas "ur#dicas so acatadas nas rela-es intersub"etivas e aplicadas pelas autoridadesadministrativas ou "udicirias' h e)iccia.

    omo esclarece Faria Gelena iniNN' Svig4ncia no se con"unde com e"ic#cia= logo,nada o+sta que uma norma seja vigente sem ser e"icaz, ou que seja e"icaz sem estarvigorandoT.

    Code ser !ue determinadas normas "ur#dicas' por estarem em cho!ue com atradio e valores da comunidade' no encontrem condi-es )ticas para atuar' no se"aade!uadas * realidade. +odavia' o )ato !ue no existe norma sem o m#nimo de e)iccia' deexecuo ou aplicao na sociedade a !ue se destina. a# a relevncia da valorao do )atosocial' para !ue a norma se"a e)ica.

    9obre a matria' temos ainda a contribuio de Caulo ader' ao se re)erir *scausas do desuso' diendo !ue elas esto em certos de)eitos das leis' e em )uno disso asclassi)ica em: Sanacr>nicasT' isto ' as !ue envelheceram en!uanto a vida evolu#a' havendouma de)asa$em entre as mudanas sociais e a leiI S leis arti"iciaisT' ou se"a' )ruto apenas do

    33%%N, Maria )elena. Com!+ndio de Introduo - Ci+ncia do Direito.aedi+"o. Ed. !araiva. !"o #aulo. 1.

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