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Hanami - interculturalidade e intertextualidade em Doris Dörrie Millene Neuhaus Suzuki Iniciação Voluntária Prof.º Dr.º Klaus Friedrich Wilhelm Eggensperger Introdução/Objetivos: Trata-se de um breve estudo sobre o filme Kirschblüten – Hanami, produzido em 2008 pela cineasta alemã Doris Dörrie, numa tentativa de traçar as relações interculturais entre as personagens e uma pequena amostra das possíveis pontes de intertextualidade com a obra de Yasujirô Ozu (Tokyo Monogatari). Método: Para realizar uma análise abrangente do filme, houve uma divisão sequencial do mesmo. Os textos teóricos auxiliaram no esclarecimento de pontos obscuros e criaram novas perspectivas, suscitando questionamentos mais profundos sobre o Butoh, as interelações entre Rudi, Trudi, seus filhos e Yu e as representações de Alemanha e Japão na película. Referências: Kirschblüten – Hanami. Direção: Doris Dörrie. Alemanha, 2008, 127min. Resultados/Discussão: Podemos dizer que Hanami traz uma gama de experiências que variam entre as dificuldades de se fazer entendido pelo seu próprio sangue e o encontro de conforto e compreensão nos lugares mais inesperados. Ficam claras que as diferenças de gênero, idade ou nacionalidade existem, mas, depois de um conflito inicial, estas podem conviver pacificamente, acrescentando experiência a ambas as partes sem apropriar-se ou impor-se como lei perante o outro. O Butoh traz a verdadeira mensagem da obra: uma lição sobre a brevidade da vida e a importância de se dar valor aquilo que se tem, antes que o perca; ainda que a perda possa ser confortada pela compreensão que não somos eternos. As tênues diferenças culturais que acabam se revelando nem tão diferentes, libertando-se de barreiras comunicativas ou tempo/espaciais, encontrando pontos em comum sem forçar analogias. Conclusões: Dörrie fez uma escolha que se mostrou acertada, ainda que perigosa: falar sobre a morte e a efemeridade com delicadeza, sem forçar conceitos e pré-conceitos ao público, possibilitando que cada um encontre ‘sua verdade’, bem como acontece no Butoh.

Introdução/Objetivos:

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Hanami - interculturalidade e intertextualidade em Doris DörrieMillene Neuhaus SuzukiIniciação VoluntáriaProf.º Dr.º Klaus Friedrich Wilhelm Eggensperger

Introdução/Objetivos:

Trata-se de um breve estudo sobre o filme Kirschblüten – Hanami, produzido em 2008 pela cineasta alemã Doris Dörrie, numa tentativa de traçar as relações interculturais entre as personagens e uma pequena amostra das possíveis pontes de intertextualidade com a obra de Yasujirô Ozu (Tokyo Monogatari).

Método:

Para realizar uma análise abrangente do filme, houve uma divisão sequencial do mesmo. Os textos teóricos auxiliaram no esclarecimento de pontos obscuros e criaram novas perspectivas, suscitando questionamentos mais profundos sobre o Butoh, as interelações entre Rudi, Trudi, seus filhos e Yu e as representações de Alemanha e Japão na película.

Referências:

Kirschblüten – Hanami. Direção: Doris Dörrie. Alemanha, 2008, 127min.

Resultados/Discussão:

Podemos dizer que Hanami traz uma gama de experiências que variam entre as dificuldades de se fazer entendido pelo seu próprio sangue e o encontro de conforto e compreensão nos lugares mais inesperados. Ficam claras que as diferenças de gênero, idade ou nacionalidade existem, mas, depois de um conflito inicial, estas podem conviver pacificamente, acrescentando experiência a ambas as partes sem apropriar-se ou impor-se como lei perante o outro. O Butoh traz a verdadeira mensagem da obra: uma lição sobre a brevidade da vida e a importância de se dar valor aquilo que se tem, antes que o perca; ainda que a perda possa ser confortada pela compreensão que não somos eternos. As tênues diferenças culturais que acabam se revelando nem tão diferentes, libertando-se de barreiras comunicativas ou tempo/espaciais, encontrando pontos em comum sem forçar analogias.

Conclusões:

Dörrie fez uma escolha que se mostrou acertada, ainda que perigosa: falar sobre a morte e a efemeridade com delicadeza, sem forçar conceitos e pré-conceitos ao público, possibilitando que cada um encontre ‘sua verdade’, bem como acontece no Butoh.