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IV ENCONTRO DO CONSELHO GESTOR DA REGIÃO SUL – PORTO ALEGRE/RS 27 e 28 de junho de 2012 Nos dias 27 e 28 de junho de 2012, reuniram-se no convento Capuchinhos, em Porto Alegre, os seguintes participantes do Conselho Gestor do Convênio para os Fundos Solidários da Região Sul: Rudimar Dal’Asta (AVESOL/Brasil Local), Dezir Garcia (FLD), Roque Favarin (CÁRITAS/SC), Jaime Conrado (FSN), Marinês Besson (CÁRITAS/RS), Manuela Franco de Carvalho da Silva Pereira (FCR MST/PR), Elisiane Andreolla (Instituto Acordar/SC), Edson Pilatti (Fórum da Economia Solidária do Paraná) e a equipe do projeto dos Fundos Solidários da Região Sul, Miéle Ribeiro (Técnica Especialista/Equipe executiva), José Inácio Konzen (Coordenador/Equipe Executiva), Talita Jabs Eger (Pesquisadora Econômica/Equipe Executiva), a fim de realizar o IV Encontro do Conselho Gestor deste projeto. A programação do Encontro que tinha sido divulgada previamente à sua realização: Dia 27/06/12 – manhã - Relato sobre Intercâmbio Centro-Oeste, Norte e Sul - Discussão sobre redes de Fundos Solidários - Relato da oficina Nacional de Sistematização – Escolha de um Fundo Solidário da Região Sul para participar do processo de sistematização de cinco fundos solidários, previsto no Plano de Trabalho Nacional. Tarde – Sessão de informes - Segunda parcela do Projeto - Prorrogação de tempo do projeto - Propostas de atividades e indicações pra aditivo (ampliar mapeamento, atividades para discutir tipologia, constituição de redes, etc.). - Cenários de continuidade do Projeto dos Fundos Solidários - Diálogos com Governos Estaduais, Propostas de atividades no RS: Oficina sobre fundos públicos para ES

IV Encontro Consgestor Sul Jun12

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IV ENCONTRO DO CONSELHO GESTOR DA REGIÃO SUL – PORTO ALEGRE/RS

27 e 28 de junho de 2012

Nos dias 27 e 28 de junho de 2012, reuniram-se no convento Capuchinhos, em Porto Alegre, os

seguintes participantes do Conselho Gestor do Convênio para os Fundos Solidários da Região Sul:

Rudimar Dal’Asta (AVESOL/Brasil Local), Dezir Garcia (FLD), Roque Favarin (CÁRITAS/SC), Jaime

Conrado (FSN), Marinês Besson (CÁRITAS/RS), Manuela Franco de Carvalho da Silva Pereira (FCR

MST/PR), Elisiane Andreolla (Instituto Acordar/SC), Edson Pilatti (Fórum da Economia Solidária do

Paraná) e a equipe do projeto dos Fundos Solidários da Região Sul, Miéle Ribeiro (Técnica

Especialista/Equipe executiva), José Inácio Konzen (Coordenador/Equipe Executiva), Talita Jabs Eger

(Pesquisadora Econômica/Equipe Executiva), a fim de realizar o IV Encontro do Conselho Gestor

deste projeto.

A programação do Encontro que tinha sido divulgada previamente à sua realização:

Dia 27/06/12 – manhã

- Relato sobre Intercâmbio Centro-Oeste, Norte e Sul

- Discussão sobre redes de Fundos Solidários

- Relato da oficina Nacional de Sistematização – Escolha de um Fundo Solidário da Região Sul para

participar do processo de sistematização de cinco fundos solidários, previsto no Plano de Trabalho

Nacional.

Tarde – Sessão de informes

- Segunda parcela do Projeto

- Prorrogação de tempo do projeto

- Propostas de atividades e indicações pra aditivo (ampliar mapeamento, atividades para discutir

tipologia, constituição de redes, etc.).

- Cenários de continuidade do Projeto dos Fundos Solidários

- Diálogos com Governos Estaduais, Propostas de atividades no RS: Oficina sobre fundos públicos

para ES

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Dia 28/06/12 – manhã

Organização do intercâmbio que será realizado em julho.

- Organização do Encontro Nacional/ Feira de Santa Maria

Tarde

- Apresentação e discussão sobre as propostas de cartilha

- Definições sobre metodologia, datas e públicos para Oficinas

- Discussão sobre a elaboração do vídeo (contrapartida do projeto)

Juntamente com a programação foram socializados documentos para debate sobre oficinas, roteiro

para vídeo, texto sobre constituição de redes e cartilha provisória dos fundos solidários da região

sul.

José Inácio abriu o evento e informou a participação da equipe nas atividades de Monitoramento dos

Fundos Solidários, Intercâmbio, Oficina de Sistematização e Encontro do Conselho Gestor Nacional

realizadas em Brasília, DF. Destacou o texto sobre redes construído pelo grupo da região sul socializado

aos conselheiros. Nesse sentido, afirmou que esse tema é de interesse das SENAES e que haverá edital

ainda este ano para redes e assessoramento de fundos.

Sobre a oficina de sistematização Jose Inácio informou a necessidade do Conselho Gestor indicar uma

experiência a ser sistematizada. Pe. Rudimar questionou se é necessário escolher uma experiência

apenas entre RS, SC e PR. Jose Inácio confirmou e seguiu com os relatos das atividades do projeto

nacional, destacando início de diálogo entre representantes das SENAES e CÁRITAS Brasileira. Há uma

percepção positiva de inicio de diálogos e possibilidades com as secretarias estaduais dos governos dos

três estados da região sul. Inclusive o Sr. Roberto Barbosa articulou a possível participação pelo Paraná

neste Encontro do Conselho Gestor. Aqui no RS estamos participando do Conselho de Economia

Solidária e queremos organizar evento sobre fundos solidários.

Jaime solicitou tempo para garantir a pauta sobre intercâmbio e oficinas.

- Relato das atividades nacionais – Participação das equipes executivas e de gestores de fundos

solidários. Houve socialização quantitativa dos projetos. O roteiro utilizado nessa atividade também

servirá de base para debate na Feira de Economia Solidária de Santa Maria. – Atividade do Seminário foi

projetada para ocorrer junto a Feira de Economia Solidária. Manuela complementou que há dúvidas

sobre as redes, mas que há consenso da importância de articulação em rede e alguns fundos trabalham

nessa perspectiva, conseguindo aprofundar o trabalho.

- Monitoramento – Jaime – o monitoramento trouxe os perfis e características de fundos. O sul levou

essa discussão da tipologia e de como classificar os fundos. José Inácio destacou questão das metas, que

não devem ser apenas cumpridas, mas de olhar para o quanto já avançamos, inclusive com um

movimento de busca por novas fontes para os fundos.

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- Intercâmbio Nacional e Debate sobre redes – Jose Inácio relatou sobre os participantes pela região Sul

no Intercâmbio organizado pelo Centro–Oeste. Destacou a dinâmica dos bazares para constituição de

fundo regional. Há uma fragilidade dos empreendimentos e também dos fundos embora a proposta seja

válida. Em uma reflexão junto ao coordenador do Centro-Oeste percebe-se que ainda existe uma cultura

de clientelismo com o governo e gestões ainda muito centralizadas. Também nesse momento em

Brasília foi realizado um debate sobre redes, sendo que a região sul reproduziu preocupações sobre as

articulações e o que nos faz aglutinar enquanto em rede dentro da economia solidária. A região Norte

possui outra percepção e optou por já constituir uma rede.

Pe. Rudimar questionou, qual o nível da rede? A abrangência é nacional, municipal, estadual ou

regional? Marinês pontuou que uma rede não exclui a outra e pode haver redes em todos esses níveis.

Mas enfatizou que o mais importante é no que consiste essa rede. Uma rede de troca de e-mails?

Podemos criar uma rede virtual, mas pode ser de outra forma. Miéle destacou a metodologia do

intercâmbio do Centro-Oeste e as visitas realizadas aos empreendimentos como uma forma

interessante e concreta de verificar a realidade dos fundos. Jaime – não há um formato ou regra

especifica para encontros estaduais e oficinas regionais. A ideia é moldar isso conforme cada região. As

realidades são diversas dentro de uma região, como o Nordeste por exemplo. Quanto a rede, destacou

que a função é maior do que a troca de informações e metodologias. É uma função mais estratégica

principalmente dos fundos e para propor políticas públicas. Virtualmente estaremos nos comunicando,

mas a rede é para discutir políticas públicas e recursos. O que já percebemos é quanto ao formato,

como por exemplo, uma tendência dos fundos diocesanos. O desenho da rede pode se constituir por

tipologia ou de outra forma e isso são as regiões que irão construir. José Inácio pontuou que não é

possível estabelecer um modelo e todos se adaptarem. A região sul se posicionou e manifestou

convergências nacionais como legislação e metodologias. Mas também se compreende que isso se dará

conforme a identidade e o tipo de fundo. Por exemplo, as casas de sementes têm uma metodologia e

prioridades que influenciam os fundos. No Fundo de Crédito Rotativo do MST há discussões sobre o

desenvolvimento agrário. A rede deverá ser descentralizada, conforme os apontamentos da Profª Ilse

Scherer, e não centralizada em uma pessoa ou um fundo, mas sim um colegiado para animar essa rede.

Mas essa referencia deve ser feita ou isso deve vir espontaneamente. É necessário começar alguma

articulação de redes, considerando as especificidades dos estados, e os territórios reconhecidos pela

SENAES. Há algumas dinâmicas de redes diferentes nos estados da região sul: no RS e SC os fundos

diocesanos, no PR ainda isso não é tão evidente, mas há outras referencias. SC pelas condições

operacionais há ações, mas com pouca permanência. No RS existe uma articulação entre a FLD e os

CAPAs devido a parcerias e relações com apoiadores como a cooperação internacional. A dinâmica de

territórios é observada em Erexim e o MST possui uma relação com os estados com pontos positivos,

mas também com resistências. Rede Eco Vida – há um limite de tempo e recurso para animar essa rede

já constituída. Marines pontuou que a articulação das redes não se dá sozinha, pois se não há pessoas

para estar animando e trabalhando essa ação, isso tudo vai diminuindo. A CPT – Comissão Pastoral da

Terra – esteve organizada e hoje está bem mais fragilizada. As pessoas saem dos espaços, pois não

conseguem manter-se economicamente e isso contribui para a fragilidade das redes e do trabalho de

animação. Para essa articulação é preciso pessoas qualificadas, com possibilidade de deslocamento e

tantas outras ações. Além disso, planejar recursos não somente para criar um banco, mas para estrutura

das ações e remuneração das pessoas, pois somente o voluntariado não garante resultados. Nesse

sentido, os recursos escassos dificultam atividades de formação, deslocamento, atividades executadas

por técnicos. Jaime – A CÁRITAS Brasileira já possui alguns acúmulos e vai apresentar uma proposta para

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rede nacional. Nessa ação propor rede estadual ou regional conforme o custo do projeto e manter

pessoas para animação da rede, com atividades além de encontros estaduais, mas para mobilizar,

articular e tornar referencia para a rede. Ressaltou também a importância do mapeamento como uma

atividade dinâmica, como processo e com continuidade, inclusive para o próximo edital do projeto.

Padre Rudimar criticou a forma da proposta apresentada que não foi enquanto projeto. Jaime – Relatou

que houve divergências entre representantes das SENAES durante a atividade de Sistematização. Mas

estão elaborando um edital mais amplo para além das entidades executoras atuais. Dentro deste novo

edital há um debate para continuidade dos projetos estaduais para os fundos solidários, bancos

comunitários e cooperativas de crédito. O CAMP precisa refletir sobre um projeto para dois ou três anos

e considerar o debate sobre as redes. Jaime afirmou que há confirmação de continuidade para o projeto

em andamento dos fundos solidários. Marinês questionou se há recursos para outro edital? Jaime

respondeu que não há recurso direto para o grupo, pois o governo não tem previsão de recursos para os

fundos, mas há um seminário sendo organizado com um consultor (advogado contratado pela ASA) para

organizar a construção de elementos sobre fundos. Jaime destacou ainda as articulações com ações dos

bazares, pois tem sido um dos caminhos para gerar recursos para os fundos. O Bazar de São Paulo está

sendo divulgado e a ideia é chamar atenção do governo que está é uma alternativa de recurso para os

fundos.

José Inácio – Há três eixos: 1) fortalecimento e desenvolvimento dos territórios, 2) articulação e criação

das redes, 3) institucionalidade das políticas públicas e fortalecimento do pacto federativo. Jaime –

dentro do pacto federativo pretende-se repassar 140 milhões de reais para os estados investirem na

economia solidária e 7,5 milhões para os fundos solidários. As SENAES está potencializando entidades e

fundos para acessar esses recursos.

- Oficinas de sistematização – Foi realizado um debate e uma construção coletiva sobre sistematização

e processo realizado pelo CFES e Brasil Local. Uma questão gerada a partir disto é consolidar a

compreensão e metodologia do processo de sistematização. Os recursos foram o principal aspecto para

realização dessa atividade na perspectiva de reunir pessoas de diversos fundos. Cada região deve então

definir um fundo para sistematização. Haverá envolvimento da equipe executiva do projeto da região

Sul e também uma pessoa da equipe nacional para apoiar e colaborar nessa atividade. Dois produtos

estão previstos: relatório e vídeo. Critérios para escolha do fundo: uma experiência representativa da

região, dinâmica de desenvolvimento da economia solidária, relação com territórios, condições e

necessidades dos públicos atendidos e influencia no desenvolvimento local.

Jaime – ressaltou que a experiência não deve ter sido sistematizada ou divulgada. Foram indicadas

algumas experiências como no Nordeste e Centro-Oeste experiências urbanas, no Norte a Casa de

Farinha, e no Sul um fundo diocesano. O conselho Gestor Nacional faz a indicação e o Conselho Gestor

Regional define qual o fundo a ser sistematizado. Marinês concordou com a indicação de fundo

diocesano, e destacou que há fundos com problemas, mas outros muito bons. José Inácio enfatizou que

a sistematização precisa ser planejada e a ideia seria organizar a sistematização por tipo de fundo.

Marines destacou que os fundos diocesanos contemplam a região sul. Padre Roque destacou que a

experiência de fundo diocesano está muito vinculada a uma instituição. Padre Rudimar salientou que os

fundos solidários são mais abrangentes que os fundos diocesanos, mas concordou com Marines que são

a maioria na região sul. Há diferenças nos trabalhos das dioceses e precisamos refletir mais sobre essa

escolha. Jaime – fizemos sugestões a partir do mapeamento. No nordeste apareceu a experiência de

casa de Sementes, no sul apareceu vários fundos diocesanos. A partir do número e da tipologia foi

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sendo definida a indicação. Há mais elementos como histórico e ações, mas é preciso sistematizar um

fundo com perspectiva de ampliar as questões relacionadas aos fundos diocesanos como um todo.

A tarde retomou-se o debate sobre a definição do fundo solidário da região sul a ser sistematizado.

Marines afirmou que a equipe executiva pudesse indicar o fundo, pois conhecem melhor o mapeamento

realizado.

José Inácio - O Conselho Gestor deve ser deliberativo e a discussão deve se dar nesse espaço. A equipe

tem um papel de executar o projeto e suas atividades. Não conseguimos visitar todos os fundos e é

complexo afirmar que uma tipologia é mais interessante do que outra. Vejo três perfis de fundos

diocesanos. Muitas dioceses não têm fundos. Marinês questionou então que outro tipo de fundo

poderia ser sistematizado, os bancos de sementes. José Inácio afirmou que há o fundo do MST, banco

de sementes, fundo vinculado a sindicato, regionais Cáritas, Fundo Nacional Luterano, Findo dos CAPAs

e em todos estes há experiências positivas. Marines – Outra pergunta então, excluindo os fundos

diocesanos, olhando para outros, qual deles poderia ser exemplo e responderia ao aspecto participativo,

da gestão e de resultados. Eles correspondem aos critérios que estamos discutindo? Padre Rudimar –

Tem um limite de tempo para isso, qual o tempo para realizar a sistematização? Jose Inácio informou

que esta atividade deverá ser realizada no próximo mês, ou no máximo até o final do ano. Informou que

realizou visitas nos fundos de Vacaria, Passo Fundo que possuem relações com a Cáritas Regional e

nacional e o mesmo se observa em alguns fundos de SC. Padre Roque questionou qual o objetivo que

queremos com a sistematização. Motivar outros fundos? Ressaltou a experiência da cartilha dos fundos

que será utilizada para as oficinas e que este material traz toda a diversidade da prática das finanças e

fundo solidários e isso não significa excluir outros, pois também serão trabalhados nas oficinas. Jose

Inácio destacou que a cartilha tem dois objetivos principais: 1) Divulgar os fundos existentes da região

sul, 2) Estimular novos fundos. Ainda não realizamos as oficinas, mas observamos uma preocupação em

como acessar fundos. Contudo, as oficinas estão dentro da economia solidária e não ficarão restritas aos

fundos solidários. Destacou ainda que ao final do projeto está prevista uma publicação sobre os fundos.

Edson Pillati – Ressaltou o DVD do Cordel, como um instrumento sedutor, motivador, e também

consegue explicar o que é um fundo solidário. É difícil ter exemplo sem contaminação de juízo de valor e

controle de algumas lideranças. Qual o critério que se utilizará para definir o fundo a ser sistematizado?

Sugeriu que as áreas urbanas e rurais devem ser contempladas. Criticou que é complexo definir um

fundo com pouca avaliação e com a metodologia utilizada para ser um exemplo a ser divulgado

nacionalmente. Nesse momento criticou que foi realizada visita para mapeamento em Maringá e não foi

informado, e assim questionou o seu papel dentro deste conselho Gestor.

Nesse momento Marines ressaltou a importância de ter liberação das pessoas com recursos para isso

para mobilizar e organizar a participação. Muitas vezes os recursos não são liberados e os agentes não

acompanham os grupos e empreendimentos solidários. Há formas de realizar campanha para

arrecadação de recursos, mas ainda é difícil comunicar as pessoas que existe remuneração de agentes e

pessoas dos fundos. O fundo pode viabilizar a sustentação para a igreja daquilo que ela não consegue

como infraestrutura e rescisão de pessoal.

José Inácio - Não informamos o Conselho Gestor dos agendamentos para realização do mapeamento.

Isso foi uma falha nossa, mas isso foi feito desta maneira em todos os estados. Citou a organização de

Londrina que suas atividades ocorrem pelas pessoas da Cáritas. Há elaborações muito boas desse fundo,

porém grande influencia do bispo nas decisões do fundo. Destacou também na maioria das visitas

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realizadas aos empreendimentos os gestores dos fundos acompanharam a atividade e isso pode

influenciar uma postura menos critica em relação ao fundo. Edson Pilati enfatizou a importância de ter

pessoas para realizar ações, mas também para uma orientação de fato ao acompanhamento de gestão.

Citou exemplo da Universidade Estadual de Maringá.

Para o Pe. Rudimar é preciso observar as formas de gestão dos recursos de paróquias para poder de fato

manter e organizar os fundos solidários. Informou que conhece os fundos de Passo Fundo, Vacaria e

Santa Maria. Com relação a sistematização expôs a experiência do Brasil Local em que os agentes

conheciam os grupos e também precisaram definir um grupo para sistematização solicitada pela Cáritas

Nacional. Ressaltou que a experiência escolhida deve retratar a realidade e possa ter continuidade

depois, pois existe a necessidade de realizar mais de uma visita a experiência escolhida, ate para

devolver ao grupo o resultado da sistematização. Essa atividade mostra o “rosto” do trabalho que esta

sendo realizado.

Manuela – Ressaltou alguns pontos para definir o fundo a ser escolhido, como participação e

transparência. Para encaminhar sugeriu então, verificar entre os fundos diocesanos: 1) transparência na

prestação de contas, 2) desenvolvimento das atividades meio para trabalhar temáticas como gênero,

economia solidária, desenvolvimento, etc. 3) Fundos com incidência na comunidade para além do

empreendimento apoiado, 4) fundos articulados em rede.

Marinês ressaltou que mais um critério deve ser um fundo já mapeado pelo projeto. Padre Roque

destacou que os limites e desafios dos fundos devem ser considerados para a sistematização. Edson

Pilatti concordou com os critérios abordados pela Manuela e complementou que essa experiência

dialogue com temáticas e busque a transformação social, o empoderamento da economia solidária, mas

também mostrar a realidade daquilo que se identificou e valorizar isso. Dezir sugeriu agregar mais um

critério para a escolha da experiência: um fundo que tenha impacto nas políticas publicas, com caráter

inovador e já mapeado.

Jaime destacou os critérios definidos pelo CG Nacional: 1) diversidade, 2) particularidade da região, 3)

experiência não divulgada, 4) exemplo dentro da economia solidária (história), 5) possibilidade de

replicabilidade, 6) vinculo com políticas públicas (áreas de fome e miséria), 7) representatividade. Nesse

momento, expos as definições por regiões, sendo: no Centro-Oeste um fundo urano, no Sudeste fundo

de compra de terra, no Nordeste Casa de semente, no Norte casa de farinha e no Sul, um fundo

diocesano a definir. Após a definição do Conselho Gestor da Região Sul será realizado uma primeira

conversa para sensibilização com apresentação do roteiro e dialogar sobre a experiência. Jaime afirmou

ainda que terá um momento com sua participação e de mais uma equipe para debate do roteiro e

método para cada região.

Marinês destacou os Fundos de Vacaria e Passo Fundo, sendo o primeiro mais recente. Pensando

amplamente o fundo de Passo Fundo mantém uma articulação com a Feira de Santa Maria, prefeitura

local, atende aos critérios e mantém uma tendência de continuidade.

Roque constatou que Chapecó tem semelhança com Passo Fundo.

Marinês afirma estar preocupada com a elaboração da sistematização dos Fundos, uma vez que,

conforme Jaime havia salientado, a expectativa era de que os Fundos escolhidos para serem

sistematizados não tivessem passado ainda por nenhum processo de divulgação. Neste sentido, Marinês

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lembra que os Fundos selecionados pelos Conselheiros já possuíam DVDs e cadernos como meio de

socialização.

No que diz respeito ao Fundo que será definido para participar da sistematização, que será realizada no

âmbito do Projeto Nacional, os/as Conselheiros/as estabeleceram as seguintes opções: Fundo

Diocesano de Passo Fundo (1ª opção) e Fundo Diocesano de Chapecó (2ª opção).

A data prevista para a realização da sistematização na Região Sul é a partir da segunda quinzena do mês

de agosto do ano corrente. Jaime propôs, ainda, unir a reunião do Conselho Gestor à atividade de

sistematização.

José afirma que é necessário finalizar a cartilha a fim de que a Equipe Executiva possa realizar as oficinas

durante os meses de agosto e setembro de 2012. É importante realizarmos as atividades o quanto antes

porque para solicitarmos o aditivo de recurso é preciso ter utilizado todo ou boa parte do recurso

disponível.

Edson Pilatti questiona sobre como serão as oficinas. Serão regionais?

José responde afirmando que podemos realizar oficinas regionais, mas estaduais também, desde que os

recursos sejam remanejados. Precisamos realizar as oficinas o quanto antes, pensamos em 4 (quatro)

oficinas por Estado. Podemos organizar 1 (uma) oficina em momentos diferentes, não concentrar em 2

(dois) dias. José listou os grupos e entidades que já manifestaram interesse pelas oficinas em cada um

dos Estados da Região Sul.

Edson: qual o valor previsto para realizar as oficinas?

José: 5.200,00 Reais para cada oficina.

José retoma a discussão sobre a importância das definições acerca da cartilha. A Equipe Executiva

precisa de uma posição do Conselho sobre a cartilha, do mesmo modo, precisa que o CG se posicione

sobre novas propostas para a continuidade de projeto.

Segundo Jaime, o novo edital prevê “planejar, monitorar, avaliar e sistematizar”. Sugere que o CG entre

em contato com Haroldo, da SENAES.

Avança-se na pauta a fim de discutir as questões de organização do Intercâmbio.

José explicou o histórico da atividade do Intercâmbio e do Encontro durante a Feira de Economia

Solidária de Santa Maria. A proposta da Equipe Executiva para o Intercâmbio é de que os participantes

cheguem na quinta-feira, dia 12 de julho, pela manhã.

Jaime afirma que todos os participantes deverão chegar até às 13h no aeroporto de Porto Alegre.

As atividades previstas para o Intercâmbio deverão acontecer na quinta-feira à tarde e na sexta-feira

pela manhã. Na sexta-feira, dia 13 de julho, os participantes sairão da sede do CAMP, às 15h, para Santa

Maria.

No sábado, dia 14 de julho, ocorrerá o Seminário Nacional sobre Fundos Solidários. O objetivo é

trabalhar a realidade dos fundos no Brasil. As equipes regionais irão sistematizar informações e devem

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passá-las para a equipe nacional. As informações que devem constar na sistematização são: tipologias

de fundos, importância, cenário de possibilidade.

Pretende-se também, visitar experiências de empreendimentos de economia solidária que foram

apoiados por Fundos.

O Intercâmbio ocorrerá no CAMP e cada fundo terá um tempo previamente estipulado para apresentar

sua experiência. No que tange à região Sul, a equipe executiva aponta os seguintes fundos para

participarem do Intercâmbio: FLD, Cáritas Regional RS, Casa de Sementes, MST, Sindicato dos

Metalúrgicos.

A equipe executiva nacional, sob representação de Jaime, aponta para a necessidade de integrar fundos

de outras regiões na atividade do Intercâmbio. A proposta é então, apresentar 6 (seis) fundos da região

sul e 4 (quatro) de outras regiões do país. O Intercâmbio será organizado da seguinte forma: um turno

para socialização das experiências dos fundos e um turno para visitar os empreendimentos de economia

solidária apoiados por fundos.

Dezir sugere a Reciclagem, na Cavalhada, para receber a visita dos intercambistas. Pretende-se também

visitar a loja do MST no Mercado Público de Porto Alegre. Salete sugeriu conhecer a padaria comunitária

em Viamão. Assim sendo, segue abaixo a programação de visitas que ocorrerão durante o Intercâmbio:

Primeiro grupo: Univens e Reciclagem; segundo grupo: MST e COOPERBOM.

Quanto à hospedagem dos intercambistas, pensa-se em hospedá-los em um único hotel em Porto

Alegre e, do mesmo modo, em um único hotel em Santa Maria.

Marinês afirma que não considera metodologicamente didático apresentar 10 (dez) relatos de fundos

em uma única tarde. Salienta ainda que não gostaria de participar uma vez que já teve oportunidade de

relatar a experiência do Fundo da Cáritas Regional RS em outros momentos. Segundo ela, precisamos

optar por quais fundos irão apresentar. Uma estratégia possível seria escolher fundos diferentes e

escolher uma entidade para falar. Organizando as apresentações em blocos de três falar torna mais fácil

executar a atividade. É importante que se tenha em mente que 1h (uma) para avaliar e trocar as

experiências é muito pouco. Sugere que se reduza o número de experiências a serem visitadas, de 4

para 3.

Dezir: q uanto aos relatos de fundos e visitas, como equilibrar isso? No intercâmbio BSB, o relato foi

curto e os participantes foram pressionados pelo tempo.

Manuela: esclareceu que a ideia era ver experiências próximas para poder ir a pé. Pensando na

atividade que mais representa o Fundo do MST, é o assentamento na RMPA. É possível mostrar outras

experiências de arroz e cooperativismo. Afirma ainda, que a avaliação não precisa ser em Porto Alegre. E

enfatiza a necessidade de observar melhor estes detalhes a fim de organizarmos a ida à Santa Maria.

Jaime: concorda com Marinês e acredita que o melhor é organizar a apresentação dos fundos em

blocos. Lembra que há pouco recurso para a execução da atividade. Acredita que podemos sair de Porto

Alegre mais tarde, por volta das 18h.

Marinês defende que precisamos priorizar a avaliação.

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Em Santa Maria a atividade começará às 9h ou 10h então, afirma, alguém precisa estar no local do

evento para organizar o espaço e receber os participantes.

Jaime apresenta o número o número de participantes que podemos articular com base nos recursos

disponíveis para esta atividade:

Espera-se receber 36 pessoas com os recursos do Projeto Nacional e 20 pessoas com recursos oriundos

da FBES. Os participantes da Região Sul deverão receber os recursos provenientes da FBES.

Conta-se, até o momento, com 10 (dez) passagens aeres e 10 (dez) passagens terrestres para os

participantes da Região Sul.

As outras 36 vagas serão divididas entre as regiões da seguinte maneira:

NE – 5

NO – 10

CO – 10

Sudeste – 10

Equipe Nacional: Jaime e Mandela

Precisamos observar os procedimentos para solicitação de diárias para os participantes da região sul.

Manuela afirma que Salete considera-se dentro do Intercâmbio. Estará em Porto Alegre a partir do dia

09 de julho, conseguindo, portanto, comparecer a atividade a ser realizada em Santa Maria.

É preciso fechar a lista de participantes o quanto antes a fim de verificar valores e efetivar a compra das

passagens aéreas.

Marinês confirma que não precisará de hospedagem em Santa Maria.

Dia 28 de Junho – Manhã

Jaime inicia discutindo sobre os pontos que deverão ser abordados no próximo aditivo, segundo o

Comitê Gestor Nacional do Projeto:

- mapeamento

- rede

- acompanhamento dos fundos já mapeados

- novos fundos

Deste modo, cada região deverá verificar o que está mais de acordo com as suas necessidades e incluir

estas demandas no novo aditivo.

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José afirma que há recurso considerável para realizar a publicação do relatório final contendo a análise

do mapeamento. De acordo com ele, a previsão é de 5 mil exemplares, para os quais há uma previsão

de recurso de 50 mil reais. A equipe almeja mapear mais 15. Até o momento já mapeamos 20 fundos e a

meta prevista pelo projeto era de 10 fundos.

Neste sentido, não faz sentido elaborarmos esta publicação neste momento e continuarmos com o

mapeamento. Segundo o coordenador do projeto, alguns fundos ficaram para trás, mas não por serem

menos importantes. Até o momento, a equipe mapeou apenas 2 CAPAs. Nos três estados identicamos

fundos diocesanos que ainda não foram mapeados.

A expectativa era finalizar o mapeamento até dezembro de 2012. Espera-se que o novo edital saia em

fevereiro ou março de 2013, devemos, portanto, averiguar com a SENAES a possibilidade de

concluirmos o mapeamento até março de 2013.

No que diz respeito às oficinas, a equipe pode iniciar suas realizações a partir de agora. Há também,

como meta do projeto,