Janeiro de 2010 Redes sociais e as novas tecnologias PUC MINAS - 46º PREPES Docência do Ensino Superior Novas linguagens e sociabilidade

Janeiro de 2010

Redes sociais e as novas tecnologias

PUC MINAS - 46º PREPESDocência do Ensino SuperiorNovas linguagens e sociabilidade

As pessoas estão inseridas na sociedade por meio das relações

que desenvolvem durante toda sua vida, primeiro no âmbito familiar,

em seguida na escola, na comunidade em que vivem e no

trabalho.


As relações que as pessoas desenvolvem e mantêm é que fortalecem a esfera social. A

própria natureza humana nos liga a outras pessoas e estrutura a

sociedade em rede.


Nas redes sociais, cada indivíduo tem sua função e identidade

cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um todo

coeso que representa a rede.


As redes sociais representam um conjunto de participantes

autônomos, unindo idéias e recursos em torno de valores e

interesses compartilhados.


As redes funcionam como espaços para o compartilhamento de

informação e do conhecimento.

Espaços que podem ser tanto presenciais quanto virtuais, em que pessoas com os mesmos objetivos

trocam experiências.


Redes sempre pressupõem agrupamentos, são fenômenos coletivos, sua dinâmica implica

relacionamento de grupos, pessoas, organizações ou

comunidades.

Possibilitam diversos tipos de relações – de trabalho, de estudo,

de amizade, entre outras.


Redes complexas“Auto-organizações que podem ser distintas em

termos de estágios de desenvolvimentode redes cada vez mais complexas."

Leydesdorff (1994)


Redes complexasContribuições das ciências extas, absorvidas pela Sociologia, na perspectiva daanálise estutural das redes sociais

- Modelos de estudo das redes complexas - Aplicabilidade para as redes sociais na internet


Teoria das redesMatemática – Teoria dos grafos

Representação de um conjunto de nósconectados por arestas que, em conjunto,formam uma rede.


Teoria das redesSociologia – Teoria dos grafos

Bases do estudo das redes sociais

Origem sistémica Análise do todo, afirmando que este possui propriedades que vão além da mera soma de suas partes.


Teoria das redesAnálise Estrutural:

1. Perspectiva Estrutural-funcionalistaFoco na maneira através da qual a cultura prescreve o comportamento considerado válido em grupos muito fechados.

“VIÉS ETNOGRÁFICO”


Redes complexasAnálise Estrutural:

2. Análise quantititativa – busca na matemática uma forma de analisar as redes soicais.

“VIÉS QUANTITATIVO”


Redes complexasAnálise Estrutural:

3. Processos políticos como resultado de laços de troca e dependência entra nações e grupos de interesse.

“VIÉS POLÌTICO”


Teorias das redes“VIÉS ETNOGRÁFICO”

“VIÉS QUANTITATIVO”

“VIÉS POLÌTICO”

Bases para abordagens de hoje


Análise das redes sociais1.Redes inteiras

Assinaturas de identidades sociais – Grupos sociais

2. Redes personalizadas

Papel social do indivíduo compreendido não apenas através do grupo a que ele pertence, mas através das posições que ele tem dentro da rede.


Análise das redes sociais Novas

Foco nas relações unidades de

análise

RelaçõesCaracterizada por conteúdo, direção e força


Análise das redes sociaisFoco nas relações Novas

unidades de análise

Laços sociaisConectam pares de atores através de uma ou mais relações




MultiplexidadeQuanto mais relações um laço social possui, maior a sua multiplexidade




Composição do laço socialDerivada dos atributos individuais dos atores envolvidos




Densidade da rede ClusterizaçãoClusters são grupos de nós muito conectados.Em termos de redes sociais, os clusters são consideradosgrupos sociais coesos. Eles são unidos a outrosgrupos através de laços individuais de seus membros.


Análise das redes sociais

“A análise estrutural das redes sociais procura focar na interação como primado fundamental do estabelecimento das relações sociais entre os agentes humanos, que originarão as redes sociais, tanto no mundo concreto, quanto no mundo virtual.


Análise das redes sociais

Isso porque em uma rede social,as pessoas são os nós e as arestas são constituídas pelos laços sociais gerados atravésda interação social.” (RECUERO, 2004)


Novos estudos de redes

Passado - Redes vistas como objetos de pura estrutra, cujas propriedades estavam fixadas no tempo

Hoje - Nas redes, os elementos estão sempre em ação


Novos estudos de redes

A questão crucial para a compreensão das redes sociais

passa pela dinâmica de sua construção e manutenção

Perceber a estrutura não como determinada e determinante, mas como mutante no tempo e espaço


1. Modelo de Redes Aleatórias

- Matemáticos Erdös e Rényi- Teoria dos grafos – Grafos randômicos

- Formação das redes sociais: bastava uma conexão entre cada um dos convidados de uma festa, para que todos estivessem conectados ao final dela.

- Quanto mais links adicionados, maior a probabilidade de serem gerados clusters.

- Conjunto de clusters (grupos de pessoas) de tempos em tempos estabelecem relações com outros grupos (rede)


1. Modelo de Redes Aleatórias

- PERGUNTA: Como estes nós se conectam?

- Para Erdös e Rényi esses nós se agregam aleatoriamente, por isso, todos os nós, em uma determinada rede, devem ter mais ou menos a mesma quantidade de conexões, ou igualdade nas chances de receber novos links

REDES IGUALITÁRIAS


2. Modelo de Mundos Pequenos

- Sociólogo Stanley Milgram Estudo para observar o grau de separação entre as

pessoas

- Sociólogo Mark Granovetter Laços fracos – conectam vários grupos sociais - mais

importantes para manutenção da rede social que os laços fortes – em geral participantes de um mesmo círculo social.

Existe um tipo de ordem nas redes sociais


3. Modelo das Redes sem Escalas

- Barabási As redes não são formadas de modo aleatório. Existe

uma ordem na dinamica de estruturação das redes,algumas leis bem específicas – “ricos ficam mais ricos”. OU SEJA,

Quanto mais conexão um nó possui, maiores as chances de ele ter mais novas concexões – CONEXÃO PREFERENCIAL


3. Modelo das Redes sem Escalas

- Barabási - Redes sem escala As redes não são formadas de nós igualitários, com a

possibilidade de ter, mais ou menos, o mesmo número de conexões.

Nós altamente conectados – Hubs x

Nós com poucas conexões


Conclusões

Erdös e Rényi – Rede aleatória

Primeiro olhar para as redes sociais e sua dinâmica no tempo

Entretanto…

As relações entre indivíduos na comunicação mediada por computador não são aleatórias


Conclusões

Watts e Strogatz

Atenta para a clusterização e o valor das pequenas conexões entre grupos para gerar mundos pequenos

Entretanto…

Não observa a motivação destas conexões, o teor das interações e laços sociais estabelecidos entre os nós e sua influência na rede


Conclusões da teoria das redes socias para as redes virtuais

Barabási

Prevê o mecanismo de cosntrução das redes, o de “ricos mais ricos” e a presença de conectores

Entretanto…

Não leva em conta o custo de manutenção dos laços sociais. Acumula-se amigos sem que fosse preciso investir nisso.


A rede tem que ser viável

Implicar os homens mais do que aplicar medidas;A autoridade não se decreta, é adquirida por adesão;A participação não se impõe,é obtida por implicação;A responsabilidade não se segmenta, cada um é co-

responsável;Os laços não se auto-mantém em razão de uma

participação imposta, eles se alimentam da convivência e da confiança que a sociabilidade própria à rede gera.


Gerar uma dinâmica de aprendizagem

Aprendizagem das competências

Usar internet, por exemplo

Aprendizagem relacional

Sociabilidade própria à rede de atores


Uma rede é formada por homens. Por isso a importância de se

aprofundar as reflexões a respeito do seu

impacto no universo pessoal e social dos individuos.


Novos laços e novas organizações se desenham, numa sociedade

na qual os movimentos e as novidades

não podem gerar preocupação e sim estímulos para avançar

sempre na direção de novas conexões e de novas dinâmicas de fluxos.


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