5
INFLAÇÃO ELA PODE VOLTAR A NOS ASSOMBRAR? ANO 6 • N18 JUNHO | JULHO | AGOSTO 2013 • INFORMATIVO TRIMESTRAL Alta constante e resistente dos preços assusta os brasileiros e preocupa os economistas Pág. 03 Entenda a polêmica por trás da MP dos Portos Pág. 05 Pinho revoluciona LI’s com o novo sistema IELI Pág. 04 Descubra tudo o que a Ginástica Laboral pode fazer por você Pág. 07 CANAL AZUL CUSTOM LOGISTICS | WE KNOW HOW!

Jornal Canal Azul - Edição 18

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Confira a 18ª edição do jornal Canal Azul, publicação trimestral da Pinho International Logistics.

Citation preview

INFLAÇÃOELA PODE VOLTAR A NOS ASSOMBRAR?

ANO 6 • N⁰18 • JuNhO | JuLhO | AgOSTO 2013 • INFORMATIVO TRIMESTRAL

Alta constante e resistente dos preços assusta os brasileiros e preocupa

os economistasPág. 03

Entenda a polêmica por trás da MP dos Portos

Pág. 05

Pinho revoluciona LI’s com o novo sistema IELI

Pág. 04

Descubra tudo o que a Ginástica Laboral pode

fazer por vocêPág. 07

CANAL AZUL

CUSTOM LOGISTICS | WE KNOW HOW!

2 3FRASESSOBRE OCOMEX

Transporte é a carência mais urgente. É necessário ampliar a oferta de infraestru-tura de transporte de todo tipo: aeroportos, portos, rodovias, ferrovias, metrôs, e tudo o que tem a ver com logística. Há necessidades de investimentos urgentes

em outras áreas? Sim. Mas, devido ao crescimento do Brasil nas últimas décadas, logística é o que se faz mais necessário. E não é de hoje.

“ “

gabriel goldschmidt, diretor do International Finance Corporation (IFC), destaca que a situação do sistema de transportes é a questão mais urgente a ser resolvida em termos de investimentos

para aumentar a competitividade do país.

Este acordo reconhece o Brasil como um líder global em redução da pobreza e da desigualdade, e como um país do qual o mundo pode obter uma

grande aprendizagem.

Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial, sobre o acordo que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Banco Mundial (BM) e o governo do Brasil assinaram, mediante o qual se comprometem a promover, em nível global, os planos sociais que tiraram da pobreza

cerca de 40 milhões de brasileiros.

EDITORIAL

Vivemos um momento de incertezas no âm-bito da logística e do comércio exterior no Brasil. Depois de vivenciarmos a maior greve das agências reguladoras de todos os tem-pos, no ano passado – abordada na edição nº 16 do Canal Azul –, todos os profissionais envolvidos com o setor acompanham mais um momento delicado, com a entrada em vigor de uma nova Medida Provisória para regulamentação das concessões e con-tratações nos portos brasileiros – a polêmica MP dos Portos. Com mais de 600 sugestões de emendas, a medida segue criando um contexto de dúvida sobre o futuro da ex-portação e importação no Brasil. Além das questões de infraestrutura, outro aspecto que preocupa investidores e economistas no país é a alta resistente da inflação.Para trazer um olhar analítico e entender es-tes dois importantes temas, esta ediçãodo Canal Azul traz reportagens sobre am-bos, além da matéria que discute outro im-portante peso nas costas da importação na-cional: a burocracia protecionista e a quem verdadeiramente ela afeta. E é com uma nova roupagem que a edição de nº 18 do Canal Azul apresenta estas e outras importantes notícias. Com quase uma déca-da de história, o jornal da Pinho passou por uma reestruturação gráfica, com o objetivo de ficar ainda mais atrativo e contemporâ-neo. Agora, nosso público conta com uma leitura mais dinâmica, com mais infográficos e recursos para tornar o correr das páginas ainda mais fácil e agradável. O conteúdo, no entanto, permanece com o mesmo teor aprofundado e analítico apre-ciado pelos leitores, sempre trazendo assun-tos de relevância para a economia, o Comex e a logística de todo o Brasil.

Boa leitura.

Sávio Ferreira de SouzaVice-presidente da Pinho

PINHO NAS REDES SOCIAIS

Posto avançado – Manaus - AM

Posto avançado – Viracopos - SPPosto avançado – Guarulhos - SPPosto avançado – Santos - SP

FILIAL – PARANAGUÁ – PR Av. Portuária, s/n, Terminal de Contêineres de Paranaguá – Sala 2Porto Dom Pedro II – CEP: 83221-570Caixa Postal: 169Fone: +55 (41) 3424-2090

MATRIZ – CURITIBA – PR Rua Marechal Deodoro, 503, 16º AndarCentro – CEP: 80020-320Fone: +55 (41) 3219-4300

FILIAL – ITAJAÍ - SCRua Cônego Tomáz Fontes, 144, Sala 01Centro – CEP: 88301-060 Fone: +55 (47) 3241-3800

Posto avançado – Rio Grande - RS

Acompanhe as novidades da Pinho pela internet, é só curtir e seguir!

“Confira no blog da Pinho as edições anteriores do Canal Azul! Acesse pinho.com.br/blog/canal-azul/

Acompanhe, compartilhe, curta e retweet!

ONDEESTAMOS?

Alta da inflação ameaça o crescimento do país

*WCA Member, a Pinho está presente em mais de 2 mil localidades espalhadas pelo mundo, para efetuação de rotas logísticas exclusivas.

Embora as previsões sejam levemente positivas, governo e Banco Central temem que iniciativas para reduzir preços possamfrear a economia

epois de assombrar os brasileiros nas décadas de 80 e 90, a inflação voltou

a preocupar economistas e o governo. No ano passado, o Índice de Preços ao Con-sumidor Amplo (IPCA) teve alta de 5,84%, e a projeção do mercado é que 2013 apre-sente um índice parecido. Embora o aumento dos preços não che-gue aos níveis de descontrole registra-dos antes do Plano Real, quando o IPCA chegava a ter variação de mais de 50% ao mês, a alta pode trazer prejuízos para a economia. Ainda mais diante de um cenário de fraco desempenho do PIB, que cresceu apenas 0,9% em 2012. “A inflação elevada corrói o poder de compra do con-sumidor, que tem sido o motor do cresci-mento. Com a renda das famílias compro-metida, os empresários se sentem menos estimulados para fazer investimentos”, ex-plica Carlos Magno Andrioli Bittencourt, membro do Conselho Regional de Econo-mia do Paraná (Corecon-PR). O economis-ta observa também que o consumo inter-no foi o principal fator a impedir que o PIB brasileiro tivesse resultados negativos.

Impasse econômicoA situação forçou o Banco Central a inter-romper uma sequência de quase 2 anos de redução da taxa básica de juros, que se encontrava no menor nível de sua história, aumentando a Selic em 0,25% para 7,5%. O Comitê de Política Monetária (Copom) justificou a decisão do aumento sutil em comunicado, reconhecendo “a dispersão de aumentos de preços”, mas ponderan-do sobre “incertezas internas e, principal-mente, externas” nos cenários futuros.O receio do governo é que uma elevação acentuada dos juros poderia frear a economia, que já caminha mais lentam-ente do que se esperava, o que seria pior do que manter o atual nível inflacionário. Além disso, a queda no preço das com-modities também deve contribuir para a redução da inflação.Apesar da má fase recente, há espaço para otimismo para o ano de 2013. Analistas

consultados pelo Banco Central por meio das pesquisas Focus divulgadas desde o começo do ano apontam para um crescimento de 3% a 3,5%, levando em conta uma oscilação para cima da Selic nos próximos meses.

América Latina Entre os vizinhos latino-americanos, há alguns exemplos de bons resultados no PIB aliados a baixos índices de inflação. O México, por ex-emplo, cresceu 3,9% em 2012, com inflação de 3,2%; e o Chile cresceu 5,6% com inflação de 1,8%.A maior abertura para o comércio exterior é uma das explicações fundamentais para a dif-erença de resultados entre o Brasil e os países vizinhos bem sucedidos. As relações interna-cionais tendem a intensificar os investimentos, que chegam a 27% do PIB no Chile, 22% no México, e é de apenas 18% no Brasil. “O Méx-ico, por exemplo, já passou a ser mais interes-sante que o Brasil e, nessa situação, pode atrair mais capital estrangeiro”, destaca Bittencourt, para quem a própria inflação brasileira poderia

“Eu não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico. Até porque, nós temos uma contraprova dada pela realidade. Nós vemos um baixo crescimento no ano passado, e houve um aumento da inflação, porque teve um choque de oferta devido à crise.” Dilma Rousseff (27/03/2013)

Veja o que falam as autoridades:

“A alimentação é o principal componente do IPCA. Pesa 23% no índice. Eu acredito na disposição do setor em reduzir os preços. Todos os empresários

falaram que vão repassar [as desonerações de tributos] o mais depressa possível para os produtos.”

Ministro da Fazenda Guido Mantega (11/03/2013)

“Gostaria de deixar bem claro que não existe hoje no país risco de descontrole da inflação, não obstante o fato de o Brasil ter conseguido alcançar um novo patamar para as taxas de juros em geral, e, em particular, para a taxa de política monetária [a Selic].”

Presidente do Banco Central Alexandre Tombini (19/02/2013)

1995Evolução nos preços

Fonte: Instituto de Economia Agrícola

2013

1,23 R$/Kg 5,12 R$/Kg

0,63 Pote 250g 3,92 Pote 250g

0,61 R$/Kg 2,56 R$/Kg

3,20 Pac. 500g 7,39 Pac.500g

afugentar investidores que não estariam acostumados a trabalhar com um cenário deste tipo, e ainda têm que enfrentar velhos problemas do país, como a tributação elevada e a infraestrutura precária.

Con�ra os itens que mais tiveram aumento nos preços desde o início do PLANO REAL

851,36% 678,73%

fonte: IPCA/IBGE

741,97%Aluguel/Taxas Combustível Transporte Público

/pinhologistics @grupopinho

linkedin.com/company/pinho-international-logisticswww.pinho.com.br/blog

D

/pinhologistics

FEIJÃO

MARGARINA

ARROZ

CAFÉ EM PÓ

4 5

O LI é deferido e os prazospodem ser controladospelo IELI

A empresa acompanha o andamento do

processo pelo IELI

A PINHO envia o processopara a SISCOMEX

IELI envia os dados para veri�cação na PINHO

Preenchimento dos dados no IELI

Entenda como é mais fácil e prático o Licenciamentode Importação através do IELI

Sistema IELI - mais segurança e facilidade no licenciamento de importaçãoSoftware da Pinho revoluciona o processo de obtenção da licença ao reunir toda a documentação em um único ambiente

Pinho International Logistics desenvolveu um novo sistema

que simplifica os trâmites burocráti-cos para as empresas interessadas em realizar importações. O IELI (Ins- truções para Elaboração de Licen-ciamento de Importação), como é chamado o software, reúne em um só ambiente todas as etapas necessárias para dar andamento ao processo de Licenciamento de Importação (LI). A ferramenta torna o preenchimento dos dados mais rápido e prático, per-mitindo que o cliente possa dedicar mais tempo às questões operacionais e estratégicas, aumentando a produ-tividade e a lucratividade do negócio.De acordo com o Business Intelli-gence da Pinho, Eduardo Campos Costa, a principal vantagem que o programa oferece para o importador é a segurança. “Dificilmente, quan-do temos problemas com LI, se re-solve somente pela velocidade. O LI é um processo prévio, cuja execução em tempo garante tranquilidade. O que não pode acontecer é cometer equívocos no registro dos licencia-mentos. Estes, geralmente, são des- cobertos em momento impróprio”, pontua.Os erros no preenchimento de for-mulários são uma das maiores causas de prejuízos para os importadores brasileiros. Costa explica que, nestes casos, “inicia-se uma correria contra a burocracia, extremamente des-gastante e exaustiva, em que cada dia aumentam as despesas. Nesta hora, quem garante a execução, garante o prazo e a tranquilidade”. De acordo com ele, esta é uma das facilidades que o IELI oferece: a redução dos er-ros e falhas de preenchimento.

Processo seguroAs dificuldades com a parte buro-crática são uma das principais cau-sas de problemas em importações e exportações. Nessa hora, buscar o auxílio de uma empresa especia- lizada na execução de processos a-duaneiros é a dica número um para evitar prejuízos. No caso da Pinho, o sistema automatizado oferece ain-da uma segurança extra: todos as informações preenchidas são verifi-

QuER SABER

IELICOMO É CADA PASSO DO

Acesse o link abaixo e conheça de maneira clara e fácil como ele

funciona:

http://www.youtube.com/watch?v=FN9cX8FjFqk

ASSINE O CANAL DA PINHO

/pinhologistics

cadas pelo próprio software e tam-bém por um consultor da Pinho. A dupla checagem facilita que os da-dos enviados ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) estejam corretos. “Sempre que houver alguma incongruência ou estiver faltando algum dado, o IELI alerta para o problema, evitando o desperdício de tempo por falhas ou falta de documentação”, completa. As empresas podem ainda consul-

tar pelo IELI o andamento do proces-so de LI e fazer o controle dos prazos de importação. Outra facilidade é que o programa permite o preen-chimento das informações através do upload (envio eletrônico) de uma planilha.Confira no infográfico como o IELI facilita o acompanhamento do Li-cenciamento de Importação.

NO RODAPÉDO COMEX Acompanhe. Cargas sem Follow-up? Conheça mais sobre o Portal do Cliente Pinho e descubra como funciona o

gerenciamento completo de cada processo: centraldocliente.pinho.com.br/

MP dos Portos pode transformar a logística no BrasilMedida que tem a intenção de aumentar a concorrência e a agilidade do setor causa polêmica entre empresários e trabalhadores

s gigantescas filas de caminhões que se formam todos os anos nos portos brasileiros, especialmente nos períodos de escoa-

mento da safra de soja, são um claro indicativo de que é preciso melhorar a infraestrutura portuária. Em dezembro do ano passado, o governo federal editou a Medida Provisória 595/2012, conhecida como MP dos Portos, que faz mudanças profundas na forma como funcionam os terminais brasileiros.No Congresso Nacional, a MP recebeu ainda emendas parlamenta-res e teve alguns pontos alterados. As negociações truncadas entre os parlamentares e o Poder Executivo transformaram a aprovação do texto em uma corrida contra o tempo, com a aprovação da nova lei faltando poucas horas para que ela perdesse a validade.Hoje, apenas os portos públicos, também chamados de portos organizados, podem movimentar carga de terceiros, enquanto os portos privados funcionam apenas com carga própria e demandas limitadas de cargas de outras empresas. Com a nova regra, os por-tos privados passam a poder vender o serviço de embarque e de-sembarque de mercadorias de terceiros sem restrições. A intenção é aumentar a concorrência e dar maior agilidade logística para os empresários brasileiros.A proposta encontrou oposição mais intensa entre os sindicalis-tas do setor. Atualmente, os portos são obrigados a contratar fun-cionários avulsos, sem vínculo empregatício, através dos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmo). A nova lei determina que apenas os portos públicos permaneçam funcionando sob esse regime, en-quanto os privados poderiam contratar trabalhadores com carteira assinada ou funcionários avulsos livremente. Os trabalhadores argumentam que, como os portos privados não precisarão pagar pela concessão dos terminais, os custos operacio-nais serão consideravelmente menores, podendo levar à quebra dos portos públicos.Especialistas do setor apontam ainda que a alta descentralização pode aumentar os custos logísticos. De acordo com esta visão, as operadoras perderiam volume de cargas e passariam mais tempo com equipamentos e pessoal ociosos, elevando o custo operacio-nal.

Vetos presidenciaisApesar de aprovada no Congresso Nacional e de já estar em vigor, a MP dos Portos ainda poderá sofrer alterações, já que segue para a sanção da Presidência da República, onde o texto deve sofrer ve-tos parciais, como já adiantaram ministros que participaram das negociações.Uma das emendas feitas na Câmara dos Deputados que encontra mais resistência no Palácio do Planalto é a criação da modalidade “Porto Indústria”, que seriam terminais operados por empresas que tenham interesse apenas em transportar exclusivamente cargas próprias.Também está incerta a forma como acontecerão as concessões de áreas para o funcionamento dos portos. O texto original previa a realização de uma chamada pública simplificada, mas o Legislativo determinou que os portos públicos ainda passem por processos licitatórios tradicionais.

Licitação

Outorga

Empresa vencedora

Cargas

Tempo de contrato

Área de atuação

Mão de Obra

Autorizados pela Lei dos Portos, exigido um volume de carga própria su�ciente para justi�car sua operação

Submetidos a chamada pública (autorização)

Sem pagamento de outorga Mantido

Sem processo licitatório Vence a licitação a empresa que cobrar o menor preço pelo transporte da maior quantidade de carga

Contrato por tempo indeterminadoContrato de 25 anos, renováveis inde�nidamente

Movimentam preferencialmente carga própria, podendo, subsidiariamente, oferecer serviços portuários a terceiros

Ficam autorizados a movimentar cargas próprias e de terceiros

Operam fora dos limites do Porto Organizado. Mas há casos de terminais privados operando irregularmente dentro dos portos públicos

Operam fora dos limites dos Portos Organizados e os casos de terminais operando dentro de portos públicos serão regularizados

Trabalhadores CLT Trabalhadores CLT e avulsos sem necessidade de contratação pelos Ogmo

Antes da MP Depois da MPPortos Privados

Licitação

Outorga

Empresa vencedora

Cargas

Tempo de contrato

Área de atuação

Mão de Obra

Submetidos a processo licitatório (concessão)

Mantido

Pagamento de outorga Sem pagamento de outorga

Vence a licitação a empresa que oferecer maior valor de outorga

Vence a licitação a empresa que cobrar o menor preço pelo transporte da maior quantidade de carga

MantidoContrato de 25 anos, renováveis por mais 25

Movimentam cargas de terceiros, prestando serviços portuários a armadores, exportadores e importadores

Mantido

Atuam dentro do limite do Porto Organizado

Mantido

Trabalhadores CLT e avulsos contratados por meio dos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmo)

Mantido

Antes da MP Depois da MPPortos Públicos

Fonte: Câmara dos Deputados do Brasil

AA

6 7Comércio Exterior na defensiva Entenda como medidas de proteção e valorização da produção nacional influenciam o processo de importação

m todos os processos relativos ao comércio exterior, a burocracia é apontada como o grande entrave. A quanti-

dade exorbitante de documentos, formulários, autorizações e comprovações exigidas para importar e exportar produtos cria um caminho extenso, moroso e cansativo às empresas interessadas. “O grande volume de formalidades, e mui-tas delas na prática não oferecem as garantias que preten-dem, impõe uma série de custos relacionados ao atraso do negócio. Como se não bastasse, para cada formalidade há uma multa cujo valor pode prejudicar severamente o em-preendimento ou o custo final do produto. Não se ganha em nenhuma hipótese”, explica o advogado Luiz Ricardo Baptis-ta Boppré.O resultado é a demora para obtenção de determinados produtos, o encarecimento dos preços e até mesmo o de-saparecimento de determinadas mercadorias das prateleiras “Além do encarecimento e do desabastecimento, vemos, por consequência, o sucateamento dos produtos oferecidos no mercado. Por causa de uma política inadequada para o setor, pagamos mais por produtos inferiores”, completa.

O caminho dos custos As medidas que tornam a importação um longo e demo-rado processo também abrem margem para o surgimento de taxas e multas, que podem recair tanto sobre a empre-sa que importa, quanto sobre os prestadores de serviços – despachantes aduaneiros, advogados, transportadores, en-tre outros –, que fazem o intermédio de cada importação. Definir quem arca com estas despesas é um processo que exige avaliação do contrato e de cada situação específica. Independentemente de qual empresa investe no pagamen-to destes “custos punitivos” por erros, atrasos ou falha de documentação, teoricamente o valor gasto é direcionado para o tesouro nacional e posteriormente investido de acor-do com as prioridades da administração no momento. “Salta aos olhos o montante a que algumas multas podem chegar por erros ou omissões que não causam nenhum prejuízo à fiscalização e mesmo denunciadas pelo próprio importador. É praticamente impossível explicar o que ocorre sem apelar para meras ficções jurídicas”.Quando a motivação para o surgimento destas despesas é um erro ou falha do prestador de serviços, os custos em ge-ral são repassados a estes. Quando os custos do processo são com impostos, taxas e outras cobranças, as empresas impor-tadoras absorvem o valor investido, que de uma forma ou outra é repassado ao preço final, o que chega ao consumidor.

NO RODAPÉDO COMEX

Bê-a-bá logístico. Compilado por Silvia Rosmarie Lehmann Gauch, o Dicionário de Logística e Comércio Exterior é leitura muito útil para quem deseja dominar o inglês nas situações relacionadas à logística. O dicionário apresenta também as expressões e abreviaturas mais utilizadas e sugere alguns sites importantes para os profissionais da área. À venda em livrarias especializadas.

ENTRAVES DA IMPORTAÇÃO

Desestímulo econômicoIncentivar o consumo de produtos nacionais é uma forma de garantir a movimentação interna da economia e o crescimento das indústrias e empresas locais. Mas para cumprir este objetivo, os sucessivos governos brasileiros acabaram transformando a importação em um processo desnecessariamente extenso, demorado e altamente burocrático.A longa lista de regulamentações, taxas e impostos – que chegam a duplicar os preços finais das mercadorias – freiam a importação, prejudicando tanto os importadores quan-to os prestadores de serviços intermediários, além do próprio consumidor, por conta do atraso da chegada dos produtos e do encarecimento do preço final. “Quando as sanções, não raras vezes, atingem os prestadores de serviço ou os consumidores finais, seu caráter pedagógico perde o sentido esvaziando a razão de ser da penalidade, tornando-a sim-plesmente arrecadatória. Há que se restituir o efeito moral da sanção”, pontua.

Barreiras não tarifárias, como a falta de armazéns alfandegados nos portos para desova de contêineres que oneram as importações com demurrage (permanência do navio no terminal por tempo superior ao considerado razoável);

O alto custo portuário;

Aplicação de multas com base no valor da carga;

A demora nas concessões de licenças aos importadores;

O despreparo dos órgãos anuentes nas importações;

O excesso de leis, decretos, portarias, regulamentos, instruções nor-mativas, que criam a necessidade de uma análise detalhada de todo o processo antes de iniciá-lo;

A falta de segurança jurídica sobre o direito adquirido.

Pausa para o relaxamento no trabalhoA ginástica laboral ajuda a melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e traz benefícios que você nem imaginava

elhorar a produtividade, reduzir o nível de estresse, aprimorar a qualidade do seu trabalho, aumentar o tônus muscular, evitar

doenças por esforço repetitivo, prevenir lesões e fadiga muscular. Você pode estar a apenas 15 minutos diários de chegar mais perto de todos estes resultados, sem precisar correr até a academia. Com eficácia comprovada em diversas pesquisas e por especialistas de todo o mundo, a Ginástica Laboral permite aos trabalhadores ficar mais longe do sedentarismo por meio de práticas preventivas no am-biente de trabalho. É mais fácil e menos polêmico do que se fala – bas-ta organizar a sua agenda e reservar alguns minutos para desenvolver uma série de atividades elaboradas por fisioterapeutas com o objetivo de reduzir a ocorrência de doenças ocupacionais e elevar a qualidade da saúde e de relaxamento dos funcionários; De acordo com Rodrigo Azevedo de Oliveira, da SEFIT (Serviços Es-pecializados de Fisioterapia do Trabalho), a ginástica laboral torna o sistema osteomuscular mais preparado para as sobrecargas diárias. “Essa atividade atua diretamente na saúde do trabalhador, aumentan-do seu tônus muscular, realizando uma melhoria do fluxo sanguíneo e acelerando o metabolismo, favorecendo a recuperação tecidual”, diz. Além do bem-estar físico e de evitar lesões por esforços repeti-tivos (LER/DORT), a ginástica laboral aumenta a integração entre os trabalhadores, por proporcionar um momento descontraído no expe-diente, melhorando as relações interpessoais.

Mova-se! Você não precisa vestir bermuda e camiseta para se exercitar no trabalho nem observar a carga e o tempo mínimo sugeridos para as academias. Os movi-mentos de aquecimento, flexibilidade, alongamento e relaxamento voltados à prática laboral não causam cansaço, suor e possuem uma curta duração, de em média de 10 a 15 minutos. A frequência varia conforme as características do trabalho e as demandas apresentadas pela empresa. “Em geral, pode ser real-izada de 2 a 3 vezes por semana em ambientes administrativos; e de 3 a 5 vezes por semana para setores de produção”, comenta Oliveira, que observa que a ginástica laboral pode ser feita em qualquer momento da jornada de trabalho – variam apenas os objetivos para cada horário [ver infográfico].

Além da formação de uma cultura de prevenção, a ginástica laboral alivia os efeitos causados pelo stress, melhora o tônus

muscular e a flexibilidade

Rodrigo Azevedo de Oliveira

““

uma atividade para cada horário

No início da jornada – é uma forma de aquecimento do corpo. Aumenta a produtividade e previne lesões e

acidentes.

No meio da jornada - atua na quebra de rotina gestual utilizada. Colabora na descontração dos músculos e

melhora a oxigenação.

No fim da jornada – para relaxamento da musculatura, que foi sobrecarregada durante todo o dia. Ajuda a redu-

zir os níveis de stress.

Para cada trabalho, um exercícioCada função ou cada grupo de indivíduos

exige rotinas de exercícios físicos diferentes. Confira algumas dicas:

Para quem passa o dia todo sentado: Movimente as pernas e a coluna no

decorrer do dia. Caminhadas e alongamen-tos nesses membros são essenciais.

Para quem trabalha em pé: Alongue a musculatura da panturrilha e da coluna, movimente o tronco e relaxe as pernas,

elevando-as no fim do dia.

Para quem executa movimentos repetitivos: Alterne a atividade com momentos de pau-sas. Abuse dos alongamentos nos braços,

pernas e coluna, especialmente na região do corpo que realiza os movimentos repetitivos.

Confira no blog da Pinho sugestões de exercícios para cada tipo de rotina e como

realizá-los.www.pinho.com.br/blog

E M

8

NO RODAPÉDO COMEX

Conectado. Informações rápidas, esclarecimentos de dúvidas sobre logística e artigos de profissionais da área. Para você que quer estar por dentro do mundo dos transportes e do Comex, o site Logística Total é sempre uma boa leitura. Acesse em www.logisticatotal.com.br.

Os meses mais frios são um convite para programas agradáveis e intimistas, como o teatro, o cinema e a companhia de um bom livro. Confira quais são as nossas dicas!

PARA VISITARunilivreNos dias em que o inverno abrir espaço para um solzinho em Curitiba, vale a pena escolher um parque para visitar. Menos conhecido do que pontos como o Jardim Botânico ou o Parque Barigüi, a Universi-dade Livre do Meio Ambiente (Unilivre) fica no Bosque Zanielli, em uma área de 37 mil m² cercada por mata nativa. Construí-do em uma antiga pedreira de granito, o espaço tem, entre seus atrativos, um lindo lago e um mirante de 15 m de altura, onde é possível observar a beleza do local de um ponto privilegiado. Inaugurada em 1992, a Unilivre foi criada para divulgar ideias de ecologia e noções de meio ambiente à população em geral. Fica na Rua Victor Benato, 210, no bairro Pilarzinho, em Curitiba. Informações pelo telefone (41) 3254-5548 ou no site www.unilivre.org.br.

A velocidade da luzAutor: Javier CercasEditora: Biblioteca Azul | Número de páginas: 248

O enredo fala sobre a relação entre um escritor espanhol e um veterano norte-americano da guerra do Vietnã, Rodney Falk, que ele conheceu na Uni-versidade de Urbana, uma cidadezinha próxima a Chicago. Com base nas lem-branças de Falk e nas cartas que este mandava do front ao pai, o escritor/nar-rador pretende entender os enigmas do amigo americano e produzir um livro a respeito.

À procura da felicidade (The Pursuit of Happyness - 2006)

Chris Gardner (Will Smith) é um pai de família que enfrenta muitas dificuldades financeiras. Gardner torna-se obstinado na luta pela sustento de sua família. Ele consegue uma vaga de estagiário não remunerado, porém, persiste, pois acredita que poderá ser futuramente contratado. A mulher o abandona e ele é obrigado a tomar conta sozinho do filho de apenas cinco anos de idade. Em meio a todos os problemas, eles são despejados do apartamento onde vivem. Mesmo assim, ele ainda acredita que dias melhores virão.

PARARIR

Que tal se divertir um pouco agora mesmo? A Copa do Mundo vem aí e tanto as cidades-sede quanto os empresários estão se preparando para receber visi-tantes do mundo todo, adequando suas estruturas e até mesmo a comunicação e identificação dos lugares. E se os brasileiros decidissem adaptar os nomes das principais ruas e bairros para o idioma mais utilizado no mundo, o inglês? Surgiriam algumas nomenclaturas divertidas! Confira como ficariam em inglês os nomes de algumas das famosas regiões de algumas das cidades-sede – com uma dose de humor:

Rio de Janeiro (RJ)

Morro do Alemão – German guy’s HillIrajá – Will go now Andaraí – To walk thereBotafogo – Setfire Freguesia – CustomersSantíssimo – Very very holyLivramento – Setting freeIlha do Fundão – Very Deep Island Coelho Neto – Grandson Rabbit Cascadura - Hard Cover / Hard ShellRecreio dos Bandeirantes – Flagmen Fun-timeRocinha – Small Farm Jacarepaguá – Alligator to the water

São Paulo (SP)

Socorro – Help! Cidade Tiradentes – Extract Teeth City Bom Retiro – Good retreatBarra Funda – Deep BarHigienópolis – Hygiene Land Praça da Sé – The “if” SquareMandaqui – Bosses’ NeighborhoodVila Formosa – Pretty Lady Village Tatuapé – Foot’s Tatoo

Curitiba (PR)

Boqueirão – Big Mouth Água Verde – Green Water Portão – Big Gate Jacarezinho – Little Alligator Santa Felicidade – Holy Happiness Campo Comprido – Long Field Sítio Cercado – Surrounded Farm Pilarzinho – Little Column

Manaus (AM)

Morro da Liberdade – Liberty HillPraça da Saudade – “I Miss you” SquareCachoeirinha – Tiny Waterfall Planalto – Plateau Nova Esperança – New HopeLírio do Vale – Lily of the ValleyVila da Prata – Silver Village Coroado – Guy With a Crown Crespo – Curly

PARA VER PARA LER