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Jornal da 3ª Idade São Paulo, julho de 2012- Um jornal a serviço dos direitos dos idosos- Ano 9 nº 76 Moysés José Ferreira tem 102 anos e muita história para contar sobre a Revolução de 1932 , como era São Paulo nos anos 40 e a sua paixão pelo Corinthians time do qual é o torcedor mais velho Ele foi combatente na Guerra Paulista de 1932. Mudou para São Paulo em 1940 para crescer e prosperar e descobriu uma cidade que também crescia e buscava novos desafios. Numa tarde, de um agradá vel domingo, há 72 anos ele foi levado por um amigo para assistir a um jogo do Corinthians. “Foi paixão a primeira vista e dela nunca mais eu larguei”, conta o senhor Moyses Jose Ferreira. Ele que nasceu somente seis meses antes do próprio time, em fevereiro de 1910 lembra que já perdeu a conta de quantas partidas assistiu, tanto no campo como pela televisão. “Sabia que ia viver pa- ra assistir ganharmos a Libertadores, esse era um sonho de décadas”, fala com muito humor aconchegado no sofá do seu apartamento em Moema. Ele afirma que apesar da idade não é uma pessoa saudosista e que gosta mais da São Paulo dos dias de hoje.Ele faz um comentário muito particular sobre os 80 anos da Guerra Paulista e a sua curta trajetória de combatente. “ Os paulistas foram corajosos, mas era uma guerra que nínguem queria”. Pag 6 Piracicaba, São Vicente e Ubatuba foram as campeãs da 16ª Edição dos Jogos Estaduais dos Idosos que terminaram com muita polêmica A delegação de São Paulo, com 119 pessoas, capitaneada por Hélio de Oliveira, da Coordenadoria do Idoso da Prefeitura de São Paulo, desistiu de participar devido a restrições impostas a representação da Capital. Pag.9 Opinião Faltam dados sobre a violência cometida contra a pessoa idosa nos órgão públicos Adriana Zorub Fonte Feal, presi- dente da Comissão dos Direitos dos Advogados Idosos, da OAB- SP escreve sobre “O idoso e a violência do abandono familiar”. Pag.2 Opinião Gateball de origem japonesa está sendo mais dissiminado entre os idosos de SP Tieko Sakuma, membro do CCOB -Centro Cultural Okina- wa do Brasil, em Diadema, na Grande São Paulo explica como funcionam as competições. Pag.2 Agenda Vagas para oficinas e cursos grátis no segundo semestre no CRECI e no Polo O Centro de Referência da Cida- dania do Idoso, no Anhangabaú e o Polo Cultural da Terceira Ida- de, no Cambuci, ambos na Capi- tal, estão com vagas abertas. Pag.5 Jornal de julho de 2012.indd 1 12/07/2012 23:50:35

Jornal da 3ª Idade edição julho de 2012

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Um jornal que oferece produtos e serviços para os idosos viverem melhor a sua maturidade.

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Jornal da 3ª IdadeSão Paulo, julho de 2012- Um jornal a serviço dos direitos dos idosos- Ano 9 nº 76

Moysés José Ferreira tem 102 anos e muita história para contar sobre a Revolução de 1932 , como era São Paulo nos anos 40 e a sua paixão pelo Corinthians time do qual é o torcedor mais velho

Ele foi combatente na Guerra Paulista de 1932. Mudou para São Paulo em 1940 para crescer e prosperar e descobriu uma cidade que também crescia e buscava novos desafios.

Numa tarde, de um agradá vel domingo, há 72 anos ele foi levado por um amigo para assistir a um jogo do Corinthians.

“Foi paixão a primeira vista e dela nunca mais eu larguei”, conta o senhor Moyses Jose Ferreira.

Ele que nasceu somente seis meses antes do próprio time, em fevereiro de 1910 lembra que já perdeu a conta de quantas partidas

assistiu, tanto no campo como pela televisão.

“Sabia que ia viver pa-ra assistir ganharmos a Libertadores, esse era um sonho de décadas”, fala com muito humor aconchegado no sofá do seu apartamento em Moema.

Ele afirma que apesar da idade não é uma pessoa saudosista e que gosta mais da São Paulo dos dias de hoje.Ele faz um comentário muito particular sobre os 80 anos da Guerra Paulista e a sua curta trajetória de combatente. “ Os paulistas foram corajosos, mas era uma guerra que nínguem queria”. Pag 6

Piracicaba, São Vicente e Ubatuba foram as campeãs da 16ª Ediçãodos Jogos Estaduais dos Idosos que terminaramcom muita polêmicaA delegação de São Paulo, com 119 pessoas, capitaneada por Hélio de Oliveira, da Coordenadoria do Idoso da Prefeitura de São Paulo, desistiu de participar devido a restrições impostas a representação da Capital. Pag.9

Opinião

Faltam dados sobre a violência cometida contra a pessoa idosa nos órgão públicosAdriana Zorub Fonte Feal, presi-dente da Comissão dos Direitos dos Advogados Idosos, da OAB- SP escreve sobre “O idoso e a violência do abandono familiar”.

Pag.2

Opinião

Gateball de origem japonesa está sendo mais dissiminado entre os idosos de SPTieko Sakuma, membro do CCOB -Centro Cultural Okina-wa do Brasil, em Diadema, na Grande São Paulo explica como funcionam as competições.

Pag.2

Agenda

Vagas para oficinas e cursos grátis no segundo semestre no CRECI e no PoloO Centro de Referência da Cida-dania do Idoso, no Anhangabaú e o Polo Cultural da Terceira Ida-de, no Cambuci, ambos na Capi-tal, estão com vagas abertas.

Pag.5

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Jornal da 3ª Idade - julho de 2012Opinião

Jornal da 3ª Idadewww.jornal3idade.com.br

Editora: Hermínia Brandão MTB 13.295 [email protected]

Distribuição - Nos eventos de terceira idade, pontos de encontros de idosos, pelos patrocinadores e anunciantes da edição, para assinantes de todos os Estados.Assinatura individual- Para receber um exemplar pelo correio, com direito a 12 edições, o preço é de R$50,00, por ano.

Assinatura de grupo - Para que todos possam receber no ende-reço do grupo, o valor é de R$6,00 por ano (R$0,50 por exemplar) por pessoa, sendo no mínimo 50 membros. Quando o grupo for de fora da capital é preciso pagar a taxa de remessa de correio.

Cartas para: Caixa Postal 11.475 S.Paulo SP Cep 05422-970e-mail: [email protected]

Para contato com a redação: 11- 3112-1132Para fazer anúncio: Os anúncios pagos devem ser reservados até do dia 5 do mes corrente para sair na edição do próprio mes. O fechamento geral do Jornal ocorre todo dia 7 e a circulação é a partir do dia 10 de cada mes. [email protected]

Para contato com o comercial: 11- 3105-0607

ISSN 1809-2527

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Gateball é um esporte que você precisa conhecerTieko SakumaÉ membro do C.C.O.B.- Centro Cultural Okinawa do Brasil-em Diadema que organiza torneios de Gateball.

[email protected]

Editorial

O idoso e a violência doabandono familiar

O Estado de São Paulo ainda não possui os dados oficiais da violência praticada contra a pessoa idosa, pois não houve a operacionali-zação do sistema de dados da Secretaria de Segurança Pública, a exemplo do que ocorre com a Delegacia de Defesa da Mulher.

Apesar de não haver índices oficiais, autoridades apresen-tam seus relatórios pessoais e, segundo esses dados, o crime de maior incidência praticado contra a pessoa idosa é a violência econô-mica, consistente em 70% das denúncias que chegam às Delegacias de Defesa e

Proteção à Pessoa Idosa.O crime de violência eco-

nômica está descrito no Estatuto do Idoso como o ato de reter cartão magnético de conta bancária, cartão de crédito, cartão de benefícios ou qualquer outro que cons-titua em provento econômico ao idoso.

Outros crimes cometidos contra a pessoa idosa, como o crime de maus tratos e abandono, têm sido pesqui-sados pelas autoridades e especialistas no segmento.

Não importa a natureza da violência praticada, se de ordem econômica, física ou psicológica; os crimes come-

tidos contra a pessoa idosa, em sua grande maioria, têm como principal autoria a família do próprio idoso, ou seja, aqueles que têm a obrigação precípua de zelar, proteger e amparar a pessoa idosa.

O abandono é uma forma de violência tão grave quanto os demais crimes pratica-dos contra a pessoa idosa, pois gera sentimentos de dor emocional, insegurança e desamparo. Daí a impor-tância da educação escolar sobre o processo de enve-lhecimento e a clara com-preensão familiar em relação ao tema.

Adriana Zorub Fonte FealPresidente da Comissão dos Direitos dos Advogados Idosos, da OAB- Ordem dos Advogados do Brasil, em São Paulo eConselheira suplente pela OAB no CNDI- Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, em Brasília-DF

[email protected]

A realização de um grande evento, pago com dinheiro público, deve ter como objetivo melhorar a quali-dade da vida das pessoas a quem a ele se destina, independente de ser cul-tural, social, esportivo ou técnico. Não se pode aceitar que recursos que pode-riam servir para criar ou reformar equipamentos ou projetos, que beneficiariam diretamente comunidades inteiras, sejam gastos num evento apenas pela festa. Muito menos se deve acei-tar que passado o momento de divulgação, de exposição na mídia e nos aplausos às autoridades, não seja dada a devida atenção aos que participaram, se dedicaram e criaram expectativas em relação ao acontecimento. Isso deve valer tanto para os eventos federais como os estaduais e municipais. Julho chegou não só com a incerteza da temperatura, mas com tristes exemplos de desrespeito com algu-mas pessoas da terceira idade que participam de trabalhos comunitários e que não acreditam que o avançar da idade seja motivo para ficar em casa . Um fato decepcionante foi o da africana Hadijatou Aboubacar Anado, de 55 anos, que ganhou notorie-dade na mídia. Outro, mais doméstico, está se tornando conhecido no “boca-a-boca” entre os grupos de ter-ceira idade de São Paulo, que estão indignados com o tratamento dado aos idosos da delegação que representaria São Paulo no JEI- Jogos Estaduais dos Idosos, realizados na cidade de Osvaldo Cruz, no Interior de São Paulo. Integrante da delegação do Niger que veio ao Brasil participar da Rio+20 (Con-

ferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável), Hadijatou sofreu por nove dias, sem receber atenção dos diri-gentes do evento, depois que teve dinheiro e docu-mentos furtados num pas-seio, na zona sul carioca. Se não fosse a solidarie-dade da professora de Elida Heiderick, que a hospedou em sua casa, no bairro da Penha, ela não teria como providenciar a volta para casa. Nenhuma autoridade procurou saber como ela sobreviveria. Ao partir, ela se despediu emocionada e elogiou o Brasil pelo calor humano recebido. No JEI- Jogos Estaduais dos Idosos de SP dezenas de pessoas que faziam parte da delegação da Capi-tal voltaram magoados com a falta de atenção dos dirigentes locais do evento que ofereceram péssimas acomodações nos aloja-mentos e ainda mudaram as regras de participação no primeiro dia, criando problemas entre os mais de noventa idosos que viaja-ram por mais 10 horas para representarem São Paulo. O JORI é uma das ativida-des mais prestigiadas pelos grupos de terceira idade e mobiliza anualmente mais de 10 mil idosos nas suas competições. O certame já vem sofrendo nos últimos anos com denúncias de falta de apoio e recursos e de infiltração de atletas profissionais contratados por prefeituras que querem aumentar a sua pontuação, mas nunca tinhamos pre-senciado idosos angustia-dos e vários chorando por se sentirem desrespeita-dos. Isso não pode voltar a ocorrer num evento tão importante para a terceira de São Paulo.

Eventos importantes são os que valorizam as pessoas

anos ou até mais (!). Os equipamentos básicos para a prática do Gateball são: taco (stick), 10 bolas (5 vermelhas e 5 brancas) e marcador de pontos. O GATEBALL é praticado ao ar livre, terreno compac-tado de saibro ou areia, cujo campo mede 20 metros de comprimento por 15 metros de largura, podendo ter um campo maior de 25 metros por 20 metros. Dentro do campo estão distribuídos, em pontos específicos, 3 arcos, o equi-valente no futebol às tra-ves, porém, de apenas 1 centímetro de diâmetro, medindo 22 cm de aber-tura com 19 cm de altura, fixada no solo de forma perpendicular, e um pino central de 2 cm de diâmetro fixado perpendicular ao solo com 20 cm de altura. Toda partida tem dois capitães que orienta seus jogadores em cada jogada. O esporte pode ser jogado tanto por homens e mulheres juntos ou separados. O jogo é uma disputa entre uma equipe vermelha e uma branca, cinco jogado-res de cada equipe em que um deles age como capitão da equipe. A duração da partida é de trinta minutos e dentro desse espaço de

tempo cada jogador procu-rará fazer com que sua bola passe pelos três Gates e por fim atingir o pino central. A passagem de cada Gate dará um ponto ao jogador e se acertar o pino central fará mais dois pontos per-fazendo o máximo de cinco pontos e a equipe de 5 joga-dores 25 pontos. Encerra--se o jogo aos 30 minutos e vence a equipe que fizer mais pontos. O Gateball é um esporte que requer um esforço físico moderado, raciocínio e disciplina. A prática cons-tante beneficia a circulação sanguínea prevenindo o endurecimento das articu-lações , dores reumáticas e problemas cardiovascu-lares. O uso do raciocínio ativa o cérebro e a memó-ria evitando as doenças do envelhecimento precoce. Por ser um esporte de equipe há ainda o benefí-cio do convívio social. Nos torneios fatalmente surge a oportunidade de travar novas amizades, de conhe-cer novos lugares. Se você ficou interes-sado em saber mais desse esporte entre em contato com o pessoal do Centro Cultural Okinawa do Bra-sil- Av. Sete de Setembro 1670- Diadema- S.Paulo.

O ano era o de 1947. A Segunda Guerra termi-nara deixando um rastro de dor e destruição por muitos países que nela se envolve-ram. O Japão foi um deles, um país dilacerado cujo povo passava por um dos períodos mais sombrios de toda sua história. Foi então que um senhor chamado Eiji Suzuki, con-doído pela situação das crianças japonesas, muitas delas órfãs, resolveu criar um jogo inspirado no cricket inglês com o objetivo de divertir e entretê-las. Assim nasceu o Gateball, um jogo tão interessante que acabou se espalhando por vários países como a Austrália, Canadá, China, Cingapura, Coréia do Sul, Estados Unidos e nas últi-mas décadas também con-quistou a América do Sul. No Brasil o Gateball che-gou pelas mãos do Sr. Matumi Kuroki em 1978, residente então no municí-pio de Suzano, na Grande de São Paulo. Ao contrário da sua ins-piração inicial, o Gateball acabou conquistando adep-tos de mais idade. Hoje o esporte engloba democra-ticamente e sem nenhuma restrição de idade e sexo jogadores de oito a noventa

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Qualidade de Vida para a 3ª Idade

Ofereço um espaço com piscina coberta, destinada a hidroginástica, natação e atividades afins,

com possibilidade de utilização para reabilitação cirúrgica e ortopédica.

Ofereço um apartamento mobilidado de frente para a praia, em Santos, no Embaré, acomodando

bem até 8 pessoas.Os interessados em mais informações

devem ligar para:

11- 3021-5629 ou11- 8591-9552 ou 11-7995-9552

AgendaShows e espetáculos

Haja Fôlego para tanto ForróShow de variedades com músicas de diversos ritmos e apresentações de danças com bailarinos e personal dance. Salão 1.Ingressos à venda pelo sistema IngressoSesc.R$ 14,00 inteira; R$ 7,00 usuário inscrito no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante;R$ 3,50 trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes.SESC Carmo Salão 127/7 às 17h 11-3111-7000

Karina Ninni e Banda Considerada uma das me-lhores cantorasde samba São Paulo, Karina Ninni tem um repertório com grandes mestres: Cartola, Nelson Cavaquinho, Zé Ketti, Pixinguinha, Ismael Silva, Assis Valente,Ary Barroso, Noel Rosa, Geraldo Pereira, Ciro Monteiro, Lupicínio Rodrigues, , Capiba entre outros. Acompanham a cantora: Valdo Gonzaga (Violão), Mazinho (sax), Humberto Ziegler (bateria) e Edu Malta (baixo). Na Choperia. grátisSESC Pompéia18/7 às 16h30 11-3871-7700

Antigona Rivais, os dois filhos de Édipo, Etéocles e Polinice, se matam mutuamente, um contra e o outro a favor de Tebas. Com isso, sobe ao poder o tio deles, Creonte. Ele determina que o corpo de Etéocles receba cerimônia e sepultamente digno, enquanto o de Polinice seja largado a esmo, e sem direito a sepultura. Indignada, a irmã de ambos, Antígona, desobedece Creonte, desafia as leis da cidade e sepulta Polinices, mesmo pondo em risco a própria vida. De Sófocles. Direção Verônica Fabrini. Elenco: Alunos de Artes Cênicas da Unicamp - Universidade de Campinas. 60 min. No Espaço Beta - 3º andar. Retirada de ingressos no local com 1 hora de antecedência. grátisSESC Consolação24/7 às 15h 11- 3234-3000

Rolando BoldrinO ator, compositor, cantor e contador de causos, apresenta um show em que canta e conta as histórias do sertão. R$ 8,00 inteira;R$ 4,00 para usuário inscrito no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública e estudantes com comprovante. No TeatroSESC Pompéia 25/7 às 15h30 11-3871-7700

Artes Cênicas

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Jornal da 3ª Idade - julho de 2012

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Agenda Programaçãode Julho no CRECIO CRECI- Centro de Referência da Cidadania do Idoso, que funciona no Centro da Capital e que mensalmente oferece oficinas e cursos variados, gratuitos para os idosos, vai realizar além dessas atividades algumas espe-cíficas no mes de julho.

Baile do PijamaNa sexta-feira dia 20/7 a partir das 14 horas com música ao vivo.

III Semana Cultural do CRECICom o objetivo de ampliar o conhecimento e fomentar a participação de instituições que atuam com idosos, o CRECI abre seu espaço no período de 24 a 27 de julho para apresentação de grupos de terceira idade. Rua Formosa, 215 no Anhangabaú- 11-3258-4276/3259-4335

A Coordenadoria do Idoso, órgão da Prefeitura de São Paulo, que funciona diaria-mente no Pólo Cultural da Terceira Idade, no bairro do Cambuci com diver-sas atividades gratuitas para pessoas com mais de 50 anos, está com vagas abertas para vários cursos, no mês de julho e para a participação de um evento em agosto.

CursosDe artesanato; Artera-pia; Relaxamento; Horta Escola; Artesanato em fel-tro; Bordado; Bordado em

Yoga, Massagem, Dança e Ginástica Terapeutica grátis no Polo Cultural da 3ª Idade

pedraria; tricô; Artes em Madeira; Dança em Movi-mento. Há ainda cursos de linguas: Espanhol e Inglês.

Evento agosto Saúde e Beleza não tem idade é o evento progra-mado para o mes que vem. As datas serão sempre nas segunda-feira 6/8; 13/8 e 20/8. O horário de funcio-namento do Pólo Cultural é de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Rua Teixeira Mendes, 262, 11-3207-9708/3207-9887

Evento no Grupo Gente FelizA Associação Grupo da Melhor Idade

Gente Feliz, da Vila Marieta, próximo a Penha, está convidando a todos para um

Sarau Musical, no próximo dia 20 de julho, quando estarão recebendo em sua sede o

Coral Luar de Prata.A participação é gratuita. Informações:

11-2625-2610

O ENAGE 2012 é um even- to voltado somente para os profissionais da área da Saúde interessados nas questões do envelhecimen- to. As inscrições são grátis

e devem ser feitas somen- te pelo site do CRI Norte, onde também se encontra a programação: www.crinorte.org.br/enage-2012

Central Plaza Shopping oferece cursos grátis

20/07 – 14 horas – Saúde com Sabor 24/07 – 14 horas – Culinária com a Alispec 25/07 – 14 horas – Saúde - Fototerapia 26/07 – 14 horas – Numerologia 27/07 – 14 horas – Artesanato 31/07 – 14 horas – Culinária com a Black & Decker Central Plaza Shopping – Av. Dr. Francisco Mesquita, nº 1000Vila Prudente – Metrô Tamanduateí www.centralplazashopping.com.br

As aulas são gratuitas e as inscrições já se encontram

abertas e só podem ser feitas pelo telefone 2066-4422.

Vagas limitadas.

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Jornal da 3ª Idade - julho de 2012Centenário

Moysés é o primeiro a esquerda na formação da tropa em 1932 que foi mandada para São José do Rio Preto e na divisa Minas.

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Informações e Agendamento

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Ele tem 102 anos é ex-combatente da Revolução de 1932 e o mais velho torcedor do seu time

Moysés se aposentou em 1966, aos 64 anos. Foi motorneiro e cobrador de Bonde por 30 anos.Ele afirma que não tem grandes saudosismos e que acha São Paulo muito mais bonita nos dias de hoje. Diz que das suas muitas lembrançasa maior é a sua mocidade.“ Eu gostaria de ser jovem hoje , principalmente para ter ido ao Pacaembú ver o meu Corinthiansganhar”.

Moisés José Ferreira no seu apartamento em Moema, ao lado da filha caçula de 70 anos.

A vida do paulista de Taquaritinga, Moyses José Ferreira, nascido em 28 de fevereiro de 1910, pode ser contada pelo testemunho que ele é capaz de fornecer de fatos históricos em que ele esteve envolvido ou mesmo por alguns que aconteceram bem distante dele, mas que de alguma maneira motiva-ram mudanças em sua vida. Em 1940, também ano de Olímpiadas, ele mudou para São Paulo, mas ficou sem saber os resultados dos seus esportes preferidos, pois devido ao início da Segunda Guerra Mundial o torneio foi cancelado. Ele que já parti-cipara da “guerra paulista” queria apenas cuidar da família e prosperar. “Eu tinha 22 anos e fui mandado para São José do Rio Preto e depois para a divisa de Minas Gerais. Foi uma guerra tola em todos os sentidos, embora os pau-listas tenham demonstrado muita coragem”, conta o senhor Moyses, que não

lembra mais o nome dos comandantes e às vezes confunde o nome dos luga-res por onde passou. “Na verdade ninguém queria aquela guerra”. Foi logo depois nessa época que um amigo lhe convenceu a assistir um jogo do Corin-thians. E ele conta que foi “amor à primeira vista”. O time que tem a mesma idade dele, fundado seis meses depois do seu nascimento, virou uma das suas paixões. Ele perdeu as contas de quantas partidas assistiu e quanto nervoso passou na torcida pelos títulos estadu-ais até o Mundial de 2000.“Eu sempre gostei muito de futebol e fui um bom cen-troavante e joguei muito nos times do bairro do Ipiranga, aqui na Capital, mas há 70 anos só sou do Corinthians”, garante ele que ainda lembra com detalhes do perfil de vários jogadores que foram ídolos da torcida corintiana. “Mas o meu preferido continua sendo o Baltazar,

chamado pela torcida de Cabecinha de Ouro”.Hoje aos 102 anos ele está viúvo. É pai de três filhos, avô de três netos que lhe deram sete bisnetos. “Não tenho tataranetos, podia ter, mas hoje em dia ninguém quer saber de ter filhos”, diz. Ele se aposentou em 1966 depois de trabalhar por 30 anos seguidos como motor-neiro e cobrador nos bondes da Zona Sul da Capital. Quando perguntado do que mais sente saudade das coisas de antigamente ele responde rápido: “Sinto falta da minha juventude. São Paulo é muito mais bonita agora e queria ter mocidade para desfrutá-la hoje”. E saber o que ele mais gostaria de fazer na São Paulo atual é fácil: “Eu queria poder ir ao estádio e sair para comer uma feijoada, coisas que meu médico não permite. Mas a Libertadores, mesmo de casa, eu ganhei”.

O dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, também chamada de Guerra Paulista, é a data cívica mais importante de São Paulo. Ela foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, que acabou com a autonomia dos estados, durante a vigência da Constituição de 1891. A Revolução de 1930 impediu a posse do ex-presidente (atualmente denomina-se governador) do Estado de São Paulo Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente da república Washington Luís colocando fim à República Velha, invalidando a Constituição de 1891 e instaurando o Governo Provisório, chefiado pelo candidato derrotado das eleições de 1930, Getúlio Vargas. Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito armado ocorrido no Brasil. Foram 87 dias de combates (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932) com um saldo oficial de 934 mortos. São Paulo, depois da revolução de 32, voltou a ser governado por paulistas, e, dois anos depois, uma nova constituição foi promulgada, a Constituição de 1934. A lei 2.430, de 20 de junho de 2011, inscreveu os nomes de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, o MMDC, heróis paulistas da Revolução Constitucionalista de 1932, no Livro dos Heróis da Pátria. O governador Geraldo Alckmin prometeu nas comemorações dos 80 anos da Revolução Constitucionalista de 32 recuperar o Obelisco do Ibirapuera, que guarda restos mortais de comba-tentes no movimento e está fechado desde 2002. O governo já gastou R$ 1 milhão na reforma do monumento, entre 2008 e 2009, mas até agora o local não reabriu.

80 anos da Guerra Paulista

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Jornal da 3ª Idade - julho de 2012Homenagem

Avós fi quem atentos a audição dos seus netosCarla F. M.Tonelini

Fonoaudióloga pela Faculdade de Ribeirão Preto/USP

[email protected]

A audição é o principal sentido responsável pela aquisição da fala e linguagem da criança, principalmente nos três primeiros anos de vida. Qualquer limitação auditiva nesse período prejudica de forma signifi cativa a comunicação da criança. É necessário ouvir bem para que o processo de aprendizagem seja realizado adequadamente. Uma criança pode nascer com perda auditiva ou desenvolver o problema posteriormente. São os pais e os avós que detectam os primeiros sinais de perda auditiva em uma criança. Por isso é muito importante fi car atento as alterações de comportamento e caso exista uma desconfi ança procurar um médico otorrinolaringologista para o diagnóstico adequado e encaminhamento para centros especializados na reabilitação da audição. Alguns motivos de preocupação são: quando a criança não pres-ta atenção quando você a chama pelo nome; quando pede para aumentar o som da TV, computador ou telefone com frequência; parece desatenta; fi ca irritada com facilidade; prefere brincar so-zinha; difi culdade na alfabetização; troca de fonemas na escrita; tem uma fala de difícil compreensão; não se assusta com sons intensos como portas batendo, entre outros. Não é só a difi culdade para aprender a falar que está presente na criança com defi ciência auditiva, mas também prejuízos no aspecto emocional, social e cognitivo. No Brasil, o período de tempo entre a suspeita da família e o diagnóstico audiológico é muito longo. Desde 2007 é Lei que todos os hospitais de São Paulo realizem o chamado “teste da orelhi-nha”, exame feito por fonoaudiólogos para detectar problemas de audição. Algumas perdas auditivas são transitórias e podem ser tratadas com medicamentos ou cirurgia, outras são perma-nentes e podem ser reabilitadas com uso de aparelhos auditivos ou implantes cocleares juntamente com terapia fonoaudiológica.

Comemora-se no dia 26 de Julho, o Dia Mundial dos Avós. A celebração tem ori-gem no calendário da igreja católica. A data foi escolhida por ser o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo. Segundo a história, Ana e o marido Joaquim viviam em Nazaré e não conseguiam ter fi lhos. Somente quando já estava com a idade avan-çada Ana engravidou e teve uma menina, com quem ela só conviveu até os três anos de idade, já que morreu logo depois. Por isso, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos que desejam ter fi lhos. São Joaquim e Santa Ana são os padroeiros dos avós. Embora ainda representada na maioria dos livros e em placas ofi cias com bengalas e dorso curvado, a vovozinha tricotando e o avô na pol-trona, nos últimos 20 anos esses idosos mudaram muito,

devidos há vários fatores: a inserção das mulheres no mercado de trabalho, que tirou delas a condição do cui-dar integralmente dos fi lhos; as difi culdades econômicas devido ao desemprego dos pais que aumentou a necessi-dade de ajuda fi nanceira por parte dos avós; divórcio do casal com retorno para casa materna, junto com os netos ou mesmo o novo casamento desses pais separados que exige uma fase de transição com as crianças e ainda, nos últimos anos, o aumento da gravidez precoce e doenças como a AIDS. Segundo o último censo demográfi co do IBGE, mais de 20% dos domicílios bra-sileiros tem idosos como chefes de família, o que ex- pressa um número de mais de 9 milhões de lares. Desse total 36% são compostos por casal com fi lhos ou outros parentes. Esses números apontam para a realidade de

que no Brasil muitos netos estão residindo com os avós e sob sua responsabilidade. Quem teve ou tem o privi-légio de conviver com avós carinhosos sabe que eles se tornam um referencial para toda a vida e dão a sensa-ção de pertencimento à sua família de origem. Por outro lado, para muitos avós, os desafi os de tomar conta dos netos podem estar sendo muito difícil. Se em todos os tempos já era bom poder compartilhar de forma lúcida e participa-tiva o crescimento dos fi lhos dos fi lhos, o envelhecimento saudável e o aumento na expectativa de vida estão dando de presente à oportu-nidade do acompanhamento dos fi lhos dos netos. E essa possibilidade de até cinco gerações convive-rem saudáveis numa mesma época é uma revolução e uma conquista que deve ser celebrada pela humanidade.

Rosa Gauditano é avó de Martim.

Edima é avó de Lais.

Cida com cinco dos seus seis netos.

Celeste é avó de Simone, Rafael, Juliana e Flávia.

Maria de Lourdes é avó de Alan.

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Piracicaba venceu os 16º Jogos Estaduais dos Idosos de 2012 mas a competição perdeu o brilho no encerramento com a última etapa marcada por falta de estrutura local e reclamações

Jogos Estaduais dos Idosos

A equipe de Coreografia da cidade de Piracicaba a campeã geral do do Jogos Estaduais do Idoso JEI 2012.

Nós decidimos ir embora porque a gente não pode ser conivente com a forma como as coisas foram feitas aqui. Não importa o desgaste da viagem e a frustração sofrida, mas precisamos ter dignidade. As autoridades tem que prestar atenção no caráter e na ética senão tudo vira uma bagunça.Reiko,da Coreografia da Capital.

O JORI esse ano foi uma bagunça desde o Ibirapuera. Os problemas tinham que ter sido resolvidos antes e não fazer a gente passar esse vexame. Onde estão as auto-ridades que vem aqui e são aplaudidas pelos idosos. É agora que elas tem que mostrar o carinho que tem por nós.

Maria de Araujo Medeiros, do Dominó da Capital.

Nós não fomos bem tratados nesse JEI, desde o começo. O café da manhã não foi suficiente, o alojamento tinha 17 pessoas por quarto e nós mesmos tivemos que trabalhar lá para conseguir dormir. Eu vim de longe, larguei minha família, meus compromissos e para chegar aqui ficar essa política toda. A nossa terceira idade está cada dia mais se afastando devido as vaidades.Robson Ferreira Santos, dança de salão.

O JEI – Jogos Estaduais dos Idosos - que todo ano fecha as etapas anteriores dos JORI- Jogos Regionais dos Idosos a olímpiada reali-zada em todas as regiões do Estado de São Paulo, sob o comando do FUSSESP- Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo com o apoio técnico da Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Juventude e as prefeituras que participam enviando suas delegações, aconteceu no município de Osvaldo Cruz, no período de 28 de junho a 1º de julho. Estiveram participando os dois primeiros colocados de cada uma das 14 modalida-des, nas 11 etapas dos JORI, que tiveram início em março, na cidade de Ilha Solteira, da Região de Araçatuba e fecha-mento em junho, na cidade de Tatuí, na Região de Soro-caba. Estiveram presentes ao JEI mais de 2 mil pessoas de 182 municípios. A cidade campeã na pontu-ação total (75,5 pontos) foi Piracicaba. A segunda foi São Vicente (41 pontos) e a ter-ceira (37 pontos) o município de Ubatuba. “Mais importante do que vencer, é a participação e a oportunidade de socializa-ção proporcionada por este momento. Isso é fundamen-tal para um envelhecer com

que cada delegação segura com o nome da sua cidade, no desfile de abertura, na frente das autoridades pre-sentes não foi confeccionada. Os idosos representantes de cada delegação entravam

envergonhados com um papel sulfite escrito a mão, o nome da sua cidade. O som da quadra parou três vezes no início de core-ografias deixando os idosos nervosos. Ficou claro que

a cidade não se preparou como devia para receber um evento tão importante para a terceira idade e uma das vitrines do governo estadual há 16 anos.

saúde e dignidade”, disse na sua mensagem de abertura do JEI a presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, Maria Lúcia Alckmin, que acompa-nha todas as cerimônias de abertura do JORI. Ela que é muito admirada pelos grupos de terceira idade, independente das colorações partidárias, exata-mente por se mostrar sempre muito próximas dos idosos (em Osvaldo Cruz ela dançou “eu quero Tchun eu quero Tcha na quadra e levou a arquiban-cada ao delírio) deve ter sido poupada de saber dos muitos problemas ocorridos nesse encerramento de 2012 que tirou o brilho que sempre ocorre na realização do JEI. Cercado de muitas polêmi-cas, o JEI de Osvaldo Cruz recebeu muitas críticas dos participantes que reclama-vam principalmente das con-dições de alojamento. Várias delegações reclamaram da falta de higiene nas escolas onde estavam hospedados. Alguns idosos participaram da solenidade de abertura sem tomar banho, uns por falta de água outros com medo do chuveiro. Faltou alimentação em vários lugares no café da manhã e faltava informação sobre o local dos torneios. Até as tradicionais claquetes

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A delegação de São Paulo, a maior de todo o Estado decidiu não participar diante da falta de condições de hospedagem e mudança de regulamento que considerou maus tratos aos idosos.

Jornal da 3ª Idade - O que ocorreu no JEI para prejudi-car a participação da Capital?

Hélio de Oliveira - Nós não conseguimos entregar a participação da Capital no prazo suficiente, porque o regulamento desse ano dizia que o segundo lugar de cada categoria tinha que participar também e nós não fomos consultados para isso. Até 2011 o regulamento

do JEI dizia que São Paulo deveria participar somente com o primeiro colocado. Nós trabalhamos em cima de orçamento e a verba que dispúnhamos para levar os atletas já estava aprovada no ano passado e não compor-tava levar os demais.

Jornal– Quantas pessoas e qual a estrutura a Coordena-doria levou para o JEI?Hélio - Nós fomos com três

ônibus, uma Van e um carro, tudo para dar mais conforto a delegação da Capital que é a maior de todo o JEI. Leva-mos 119 pessoas, 99 atletas e os demais 20 foram como apoio. Isso nos custou mais de 50 mil reais. Eu precisa-ria do dobro para cumprir a mudança do regulamento.

Jornal- Quando o regula-mento do JEI foi mudado?Hélio-O regulamento mudou

em 2012, ao contrário dos anos anteriores quando São Paulo queria participar com mais atletas e nos foi negado. Nossa verba foi aprovada no orçamento de 2011, levando em conta o regulamento anterior. Nós não tínhamos verba para cumprir o regu-lamento de 2012.

Jornal – Quem tomou a deci-são de não participar do JEI?

Hélio – Nós da Coordenado-ria temos que tomar todos os cuidados com os idosos e mesmo antes dos proble-mas em relação ao regula-mento nós tivemos graves problemas de alojamento. Fomos colocados num colé-gio distante 17 quilômetros da cidade de Osvaldo Cruz, numa escola sem boas con-dições. O idoso para entrar no colégio tinha que passar por valetas, as escadas não tinham corrimão, tivemos que colocar atletas no pri-meiro andar e a noite eles tinham dificuldades para descer, porque não tinha banheiro embaixo. Além da Capital, no mesmo colégio tinham mais cinco cidades e foi difícil alojar todo mundo.Os banheiros estavam em Estado de calamidade pú- blica. Reclamos para um diri-gente do esporte local e ele disse que isso era normal em colégio. Fotografamos tudo e é possível qualquer um ver que os chuveiros estavam

colados um no outro, com instalações de gambiarra e as pessoas se esbarravam para tomar banho. O mesmo com os mictórios. Os idosos ficaram intimidados.

Jornal- Mas isso já não ocor-reu na final de outros jogos?

Hélio – Ninguém está que-rendo um hotel cinco estre-las, mas existe limite para se trabalhar com os idosos. O JEI é bonito quando se está cantando o hino nacional e acendendo a tocha, mas São Paulo não concorda com falta de higiene e de segurança.

Jornal- E a decisão de não continuar foi sua ou coletiva?

Hélio- Eu disse tanto na reunião que fizemos no colé-gio, como a que fizemos na quadra, que a decisão seria do grupo. Na votação 19 que-riam ficar e 67 queriam voltar e teve o voto do coordenador de uma entidade pelo grupo.

Jornal – Quanto o JORI da Capital recebeu da Secretaria Estadual de Esportes?

Hélio – Nenhum centavo. O JORI da Capital é totalmente custeado pela Secretaria de Participação e Parceria, da Prefeitura de São Paulo. Do Estado só recebemos as camisetas que foram distri-buídas no dia da abertura e a água que foi apoio para SABESP. Por isso acreditamos que a Capital tem que entrar com as entidades.

Hélio de Oliveira, coordenador da Coordenadoria do Idoso da Prefeitura de São Paulo mostra no com-putador as fotos que atestam as péssimas condições do alojamento em que foram colocados os idosos.

Coordenador do Idoso da Prefeitura da Capital conta porque os idosos de S.Paulo desistiram de participar do Jogos em Osvaldo Cruz

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AconteceuPróximo Vem Dançar será no fi nal de julho no salão do Corinthians

Vem Dançar no Clube Esperia, como parte da Virada Esportiva.

Na tarde do domingo 1º de julho mais de 2 mil pessoas estiveram participando do Vem Dançar, o programa de baile que é promovido men-salmente pela SEME- Secre-taria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação da Prefei-tura de São Paulo. Os bailes, com música ao vivo, são gratuitos e abertos a todos os interessados. Desde que o programa começou em 2007, já reali-zou 57 bailes reunindo mais de 96 mil pessoas. Os grupos vinculados aos Clubes da Prefeitura ganham os ônibus

para levarem seus idosos. “O objetivo do Programa Vem Dançar é proporcio-nar aos idosos por meio da

dança, uma nova consciên-cia sobre saúde e qualidade de vida e convívio social. É uma forma de oportunizar a socialização, a alegria e o bem estar físico e psicoló-gico; melhorar a autoestima; ampliar o grau de satisfação dos participantes”, explica a Prof.ª Dinéia Cardoso, diretora do Núcleo de Lazer da SEME que junto com a Prof.ª Maria Luiza da Silva, comanda a equipe de orga-nização do evento. A próxima edição do Vem Dançar está prevista para a última semana de julho, no salão de festas do Esporte Clube Corinthians. Até o fechamento da nossa edição a data correta ainda não estava fechada. Maiores informações na SEME: 11-3396-6400

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Uma coluna sobre Bailes A partir de agosto o Jornal da 3ª Idade vai abrir uma coluna sobre os bailes para a terceira idade que acontecem em todo o Estado de São Paulo. A ideia não é somente listar, mas contar um pouco da história de cada um, a importância deles no seu bairro, as novas amizades que deles surgiram. Se você souber de algum baile que vai se realizar mande informações para que ele seja noticiado. Também vamos escolher alguns que todos os meses vão receber a nossa visita com sorteio de presentes. [email protected] 11-3112-1132Equipe organizadora do Vem Dançar, liderada por Dinéia Cardoso.

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Advogado Psicóloga

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Produtos para sua saúdeÉ importante visitar seu oftalmologista periodicamente Os olhos tem uma vida útil de cerc de 40 anos. Após, eles começam a mostrar sinal de cansaço e com a idade podem surgir outras patologias que frequentemente são assintomá-ticas. Por isso a importância da visitar ao oftalmologista. O mais comum no envelhe-cimento é a vista cansada ou Presbiopia, que se inicia após os 40 anos, para a maioria das pessoas. Ocorre pela perda da elasticidade do cristalino (lente natural do olho) e tornam a lei-tura de jornais, livros, revistas e mensagens no celular tarefas

difíceis e as vezes impossíveis. A Presbiopia pode ser corrigida com a prescrição de óculos para perto ou multifocais ou com uso de lentes de contato. Pacientes portadores de doen-ças sistêmicas, tais como Dia-betes e Hipertensão arterial devem fazer exames oftalmo-lógicos periódicos. A Diabetes é considerada a primeira causa de cegueira irreversível e, em segundo lugar, o Glaucoma, que ocorre quando a pressão intra-ocular danifica o nervo ótico. Quando não tratado a tempo, leva à perda da visão. Estima-se

que um milhão de brasileiros possui algum tipo de Glaucoma e que a metade deles não têm conhecimento disso, por ser uma doença sem dor. A Catarata é outra doença e consiste na opacidade parcial ou total do cristalino ou de sua cápsula. Pode ser desencade-ada por vários fatores, como traumatismo, idade, Diabetes mellitus, uveítes, uso de medi-camentos, exposição ao sol sem óculos de proteção etc.. Tipicamente apresenta-se como embaçamento visual progres-sivo que pode levar à cegueira

ou visão subnormal. É uma doença conhecida há milhares de anos e sua cirurgia já é rea-lizada há séculos. Existem muitas outras patolo-gias ligadas ao avanço da idade e por isso, quanto mais cedo qualquer doença ocular for tra-tada, maior será a possibilidade de cura ou evitar a progressão. O avanço tecnológico tanto na área médica como na tecnoló-gica tem ajudado as pessoas. Embora a visão subnormal não tenha cura, tem surgido várias auxílios óticos que podem aumentar a capacidade visual

delas em até 30%. Desenvol-vidos com tecnologia de ponta por empresas conceituadas no ramo da ótica, principalmente da Alemanha e Estados Unidos, aparelhos possibilitam a rein-serção no ambiente familiar e profissional e promovem ganho em qualidade de vida. Visite seu oftalmologista perio-dicamente. Jamais tire con-clusões precipitadas e quando tiver dúvidas, converse com seu médico: apenas ele pode fazer o diagnóstico correto e prescrever — se for o caso — o tratamento ou auxílio ótico ideal.

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