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Jornal da Civil Universidade de Santa Cruz do Sul - Ano II, Número III, Santa Cruz do Sul, junho de 2012 Jornal da Civil Como ocorre tra- dicionalmente em todos os cursos de ensino superior do país, inclusive nos cursos da Unisc, os veteranos se orga- nizam e preparam aquela recepção para os acadê- micos que estão ingressando no curso, em clima de muita brincadeira e integração. Os “bixos” do pri- meiro semestre de 2012, do curso de Engenharia Civil, foram surpreendi- dos no dia dois de março, com muita farinha, tinta, músi- cas e, é claro, mui- tas brincadeiras. PÁGINA 10 Veteranos dão boas-vindas aos calouros No murão! Lajes apoiadas em obras de alvenaria estrutural: evita fissuras PÁGINA 6 DA promove o primeiro torneio de futsal Abril foi o mês do futsal e também da solidariedade. No primeiro torneio de fut- sal promovido, pelo Diretó- rio Acadêmico da Engenha- ria Civil, foram arrecadados agasalhos e entregues a entidades carentes. Última aula da disciplina de Estradas recebe palestrante da UFRGS, em 2011 PÁGINA 7 O Centro de Treina- mento da Tigre este- ve na Unisc ministrando cursos da área de instalações hidrossanitárias para acadêmi- cos e profissionais da construção civil. Veja mais na PÁGINA 12. PÁGINA 5 FOTOS: BANCO DE IMAGENS

Jornal da Civil

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Jornal produzido pelo Direório Academico Falcao Bauer, do curso de Engenharia Civil, da Universidade de Santa Cruz (UNISC).

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Page 1: Jornal da Civil

Junho de 2012 1Jornal da Civil

Universidade de Santa Cruz do Sul - Ano II, Número III, Santa Cruz do Sul, junho de 2012

Jornal da CivilComo ocorre tra-dicionalmente em todos os cursos de ensino superior do país, inclusive nos cursos da Unisc, os veteranos se orga-nizam e preparam aquela recepção para os acadê-micos que estão ingressando no curso, em clima de muita brincadeira e integração.Os “bixos” do pri-meiro semestre de 2012, do curso de Engenharia Civil, foram surpreendi-dos no dia dois de março, com muita farinha, tinta, músi-cas e, é claro, mui-tas brincadeiras.

PÁGINA 10

Veteranos dão boas-vindas aos calouros

No murão! Lajes apoiadas em obras de alvenaria estrutural: evita fissuras

PÁGINA 6

DA promove o primeiro torneio de futsal

Abril foi o mês do futsal e também da solidariedade. No primeiro torneio de fut-sal promovido, pelo Diretó-rio Acadêmico da Engenha-ria Civil, foram arrecadados agasalhos e entregues a entidades carentes.

Última aula da disciplina de Estradas recebe palestrante da UFRGS, em 2011

PÁGINA 7

O Centro de Treina-mento da Tigre este-

ve na Unisc ministrando cursos da área de instalações

hidrossanitárias para acadêmi-cos e profissionais da construção civil. Veja mais na PÁGINA 12.

PÁGINA 5

FOTOS: BANCO DE IMAGENS

Page 2: Jornal da Civil

Junho de 20122 Jornal da Civil

DA FALCÃO BAUERPRESIDENTE: Daniel Henrique Schwendler VICE-PRESIDENTE: Felipe Augusto Bonzanini TESOUREIRA: Fernanda Inês SchwingelVICE-TESOUREIRO: Caio SchuckSECRETÁRIA: Gabriela GrützmacherVICE-SECRETÁRIO: Roger Lehmen Landim ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO: Thaís CoutoDIRETORA DE ASSUNTOS GERAIS: Geliane MahlDIRETOR DE EVENTOS ACADêMICOS: Aldo WerleVICE-DIRETORA DE EVENTOS ACADêMICOS: Vanessa Marilia Kaufmann MergenDIRETOR DE EVENTOS ESPORTIVOS: Maurício AntonCOLABORADORES: Danusa Vanessa Beise, Ariane Sterz

COORDENADORA DO CURSO: Letícia DieselSUBCOODENADOR DO CURSO: José Antonio Rohlfes Junior

PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO: Daiana CarpesREPORTAGEM: Daiana Carpes e Daniel Henrique SchwendlerREVISÃO: Roque Neumann e Beatriz Menezes SperbIMPRESSÃO: Gráfica e Editora PaleTIRAGEM: 500 exemplares E-mail: [email protected]: http://www.unisc.br/portal/pt/cursos/graduacao/enge-nharia-civil/apresentacao.htmlENDEREÇO: Av. Independência, 2293, bloco 52, sala 5220 - Santa Cruz do Sul/RSTELEFONE: (51) 3717 - 7382

Edi

torial Após alguns percalços no

caminho, está aí a primeira edição de 2012 do Jornal da Engenharia Civil.

Nesta edição publicamos o artigo dos engenheiros civis João Rodrigo Mattos e João Fortini Albano, que analisam as possíveis causas do elevado

número de acidentes de trân-sito nos feriados. Vale a pena ler a matéria que explica como funciona o projeto Praticando Engenharia: da teoria à prática. Além disso, apresentamos as dicas de livro, vídeos e as ativi-dades realizadas pelo curso.

Boa leitura a todos!

Por D

aiana

Carp

es Enfim, o primeiro jornal de 2012

Jornal da CivilSe você optou por cursar Engenharia Civil...Expediente

VovôEstavam o avô e o neto conversando, quando

o neto diz:- Ah vovô eu vou desistir de engenharia, não con-

sigo terminar!E o avô

retruca para o neto:

- Você pode de-sistir, mas eu e seu pai vamos continuar tentando!

Humor

Charge

Curso de Engenharia Civil da UNISC

Se, no processo seletivo para cursar Engenharia Civil, você pas-sou para um dos cursos de gran-de probabilidade de ascensão de mercado e de oportunidades de trabalho, então siga essas dicas:

Relacionamento - É importan-tíssimo estar antenado e conver-sando com as pessoas que fazem o mesmo curso que você e os que fazem parte da coordenação do curso. Seu professor pode ser sua primeira janela para o merca-do de trabalho. Procure participar de projetos de pesquisa e exten-são. Além de lhe dar acesso a vários professores e profissionais que você não conhecia, poderá ainda faturar um extra.

Organização - Procure ser or-ganizado com seus afazeres, e busque sempre estar em dia com os assuntos passados em aula. Pode parecer uma repetição do que você costumava ouvir duran-te o período de colégio, mas esse conselho se aplica melhor à uni-versidade que à escola, especial-

mente quando se está cursando engenharia.

Dedicação - Um curso de enge-nharia requer dedicação exclusiva. Se você está pensando em cursar outro curso, com o perdão do reuso da palavra, em paralelo com o de engenharia, saiba que isso requer esforços heroicos para ser realizado.

Estágio - Fique sempre atento para as oportunidades de está-gio da sua região. Existem sites de cadastramento de estagiários como o CIEE que lhe darão um belo suporte na hora de procurar um estágio, inclusive ligando para você nas datas de seleções. Por-tanto, é importante manter seus dados atualizados, e sempre dar uma olhada no site.

Ah, mas nunca coloque o está-gio na frente de seus estudos. Se o horário de estágio impossibilita que você pegue alguma disciplina importante para o andar do seu curso, eu recomendo que você converse com a pessoa que lhe ofereceu o estágio, e combine um horário diferente.

Page 3: Jornal da Civil

Junho de 2012 3Jornal da Civil

P assadas as come-morações de Natal e fim de ano, mais uma vez a sociedade con-

tabiliza o número de mortes nos feriados. As estatísticas são alarmantes, recorrentes e pa-recem fazer parte do dia a dia. No próximo ano, a história deve ser parecida.

O Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN/RS contabi-liza um total de 26 mortes nas ro-dovias gaúchas nos quatro dias do período de Natal e 10 mortes em quatro dias no Ano Novo, o que resulta em 6,5 mortes/dia no Natal e 2,5 mortes/dia nas comemorações do Ano Novo. Embora mortes sejam sempre indesejáveis, constata-se que a média de mortos no período de Ano Novo foi a menor dos últi-mos 11 anos, embora a média de mortos no Natal tenha sido a maior dos últimos 11 anos, de acordo com levantamentos fei-tos pela imprensa.

Apresentados os dados de mortes em rodovias gaúchas nesse final de ano, resta tentar identificar quais são as possíveis causas para o seu elevado

número nos feriados. Cabe res-saltar que há um consenso de que um elemento causador de mortes nunca ocorre de forma isolada. Em geral, para ocor-rência de um acidente, existe a interação motorista-veículo-rodovia-meio ambiente. Sendo assim, destacam-se as seguin-tes causas:

- Quanto ao comportamento dos usuários, destacam-se a falta de habilidade dos motoristas da cidade ao conduzir veículos nas rodovias, a imprudência de mui-tos ao excederem a velocidade regulamentada, as ultrapassa-gens em locais proibidos, a falta de uso do cinto de segurança nos bancos dianteiros e traseiros, a desobediência às regras elemen-tares de condução de veículos, a desatenção, o cansaço, a sono-lência, entre outros;

- Mesmo sendo uma cau-sa de origem comportamental, destaca-se a ingestão de álco-ol e condução de veículos como uma causa importante de óbitos nas rodovias. Observa-se que a

fiscalização vem atuando bem como no caso da “balada segu-ra”, porém tem sido insuficiente para conter e inibir motoristas transgressores que persistem em dirigir alcoolizados, notada-mente nas festas de fim de ano e no carnaval, colocando sua vida e a de outros usuários da via em situações de risco;

- Mais veículos por quilôme-tro de via significa maior poten-cial de acidentes. Assim, devido a facilidades de financiamentos e o cenário econômico favorá-vel, ocorreu o aumento na frota de veículos nas vias, particu-larmente de motocicletas. Este dado explica parcialmente o maior número absoluto de aci-dentes e mortes;

- As precárias condições das rodovias também constituem causa de acidentes e mortes. Poucas ampliações e duplica-ções, falta de conservação roti-neira, periódica e restauradora do pavimento, raras remoções de objetos fixos próximos às fai-xas de rolamento como árvores, essas são algumas ações que a sociedade deve cobrar com mais veemência dos gestores das vias;

- A fiscalização deve ser mais atuante. Sem dúvida, o medo da multa inibe a prática da infra-ção de trânsito! Uma aposta na maior utilização de tecnologia de ponta como monitoramento da via, dispositivos eletrônicos de controle de velocidade, pe-sagem de veículos de carga, etc. constituem uma moderniza-ção e ampliação da fiscalização, extremamente necessária.

Após a quantificação e identi-ficação das causas dos aciden-tes com o devido tratamento es-tatístico, não fica difícil planejar uma ação sistêmica que possa minimizar o número de mortes após os feriados.

Cabe então a pergunta: - Será que a solução da questão está na tomada de algumas medidas isoladas como remover as pla-cas que sinalizam a existência de fiscalização eletrônica?

Artigo técnico

Artigo de

João Rodri-go Mattos,M. Sc., Eng. Civil - Espe-

cialista em Pavimentação.

Professor da disciplina de Estradas na

Unisc.

Humor

Possíveis causas do elevado número de mortes em acidentes de trânsito nos feriados

João Fortini Albano,

D. SC., Eng. Civil - Espe-

cialista em Sistemas de Transportes. Professor da disciplina de Rodovias na

UFRGS

Page 4: Jornal da Civil

Junho de 20124 Jornal da Civil

No ano passado, sur-giu a ideia de um projeto direcionado para os aca-dêmicos da Engenharia Civil, com o intuito de suprir uma necessidade que muitos têm em co-mum: colocar a teoria em prática. Alguns alunos possuem dificuldade de assimilar a matéria teó-rica com sua aplicação prática, no caso em si-tuações reais, às quais os acadêmicos, quando formados serão submeti-dos. Então surgiu o pro-jeto intitulado Praticando Engenharia, que visa atender a essa necessi-dade, tentando aproxi-mar os acadêmicos das situações reais.

O objetivo principal é iniciar de forma experi-mental o projeto, para atender inicialmente a essa necessidade, e tam-bém podendo ser esten-dido como forma de de-senvolvimento de ações de ensino, pesquisa e extensão, de maneira articulada. Dessa forma,

Praticando Engenharia: da teoria à prática

permite uma formação global, tanto do aluno que participa, quanto dos de-mais alunos do curso. Ao mesmo tempo, a multipli-cidade de experiências contribui para reduzir os riscos de uma especiali-zação precoce.

Como funciona?

Um grupo de alunos, com supervisão de um professor do curso, que seria o orientador do projeto, como:

* Propostas para me-lhorias do município ou da região, direcionadas à engenharia civil, através de estudos e levanta-mentos promovidos pe-los estudantes.

* Criação de uma pro-posta, desenvolvendo um projeto de edifício ou habitação popular, visan-do à sustentabilidade.

* Desenvolvimento de projetos de edifícios residenciais, utilizando propostas para altera-ção de processos cons-

trutivos, diminuindo custos e impactos am-bientais.

* Levantamento da compatibilidade de criação de usina de re-ciclagem de resíduos na região.

* Análise de pontos de conflito de trânsi-to, para avaliar o que pode ser feito nos ca-sos mais críticos.

* Avaliar índices de

abastecimento e sanea-mento básico para detec-tar onde o investimento terá melhores efeitos.

* Criar núcleo jovem do CREA.

* Desenvolvimento de projetos e estudos que visam ao crescimento sustentável da região. Criação de um núcleo de estudos e de pesquisas.

O projeto visa esten-der-se a todos os aca-

dêmicos, devendo ser iniciado com um grupo pequeno, por tratar-se de algo novo e desconheci-do. Após determinado tempo, e conforme evo-lução e conhecimento adquiridos neste período experimental, estender-se aos demais alunos.

Primeira turma da Engenharia Civil recebe diploma de graduação

Formatura

Após cinco anos de estudos, primeira

turma do curso realiza o grande sonho

O dia mais es-perado che-gou para Ale-xandre Käffer,

Aurélio Nilsson, Bruno Feron Bisognin, Carnie-lo José Schuh, Charles Alexandre Anderson Lu-ciano, Glaycon Matheus Cofferri, João Paulo Zu-chetti, José Carlos dos

Santos Rosa, Josiane Luiza Frantz, Josué Go-elzer, Mariana dos San-tos Rüdiger, Samuel Augusto Schneider, Vi-nicius Schimuneck e Zu-leica Margô Ripplinger. Essa foi a primeira turma do curso que colou grau.

A formatura foi realiza-da no dia 11 de feverei-ro e as comemorações aconteceram no salão do Complexo Gazeta Inside. O paraninfo da turma foi o professor José Antonio Rohlfes Junior; o patrono foi o professor Marco An-

tonio Pozzobon; os pro-fessores homenageados foram Christian Donin,

Leandro Olivio Nervis e Leticia Diesel; o profes-sor amigo da turma foi

Henrique Wild Stangarlin; e a funcionária homena-geada Natalia Steinhaus.

Formandos da Engenharia Civil brindam pela conquista

Texto produzido por Aldo Werle -

Acadêmico de Eng. Civil

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Page 5: Jornal da Civil

Junho de 2012 5Jornal da Civil

O concreto é um material c o m p o s t o basicamente

por cimento, agregados miúdos e graúdos, água, podendo conter outros elementos importantes como aditivos e adições. Uma grande parte dos problemas de patologia é causada pelas caracte-rísticas desses materiais, quer pelas suas quali-dades, como também pelo seu manuseio. A patologia, portanto, está relacionada a esses ma-teriais.

Uma adequada esco-lha do traço do concreto e as fases de concreta-gem são essenciais para garantir a qualidade e du-rabilidade da estrutura de concreto. A planificação de uma concretagem é essencial também para o bom desempenho e a durabilidade do concreto.

A compacidade do concreto é a sua pro-priedade mais impor-tante para resistir à penetração dos meios agressivos externos, mi-nimizando significativa-mente a proteção das ar-maduras, a penetração dos agentes agressivos, como a carbonatação, o cloreto e/os sulfatos, que são os elementos agressivos mais impor-tantes e comuns.

Ela é expressa pela quantidade de matéria sólida contida em um de-terminado volume, ou a relação entre o volume sólido e o volume apa-

rente total. Sua função depende, principalmen-te da qualidade e quan-tidade dos materiais e da adequada proporção entre os mesmos. No entanto, à compacidade também pode ser afeta-da pelo transporte ou vi-bração inadequada, que causam a segregação do concreto.

Normalmente, o con-trole de endurecimento do concreto compreen-derá os seguintes pontos:4 Assegurar um pro-

cesso adequado de en-durecimento, de maneira a evitar fissuras precoces;4Manter segurança

frente às distribuições de temperatura que se des-prende durante o endu-recimento do concreto, que possam acarretar em movimentos diferen-ciais durante a expan-são térmica do concreto e que podem causar fis-suras precoces;4Atentar para a cura

do concreto, muitas ve-zes é desprezada;4Evitar eventual

temperatura muito baixa durante a concretagem (<7°C) pode acarretar a inibição das reações químicas de endureci-mento do cimento e, ao mesmo tempo, permitir a evaporação da água de mistura. Deve-se, portanto, assegurar que o concreto esteja ma-turado por pelo menos, 15 a 20 horas, antes de submetê-lo a temperatu-ras mais baixas.

A velocidade de en-durecimento se deve em grande parte à tempera-tura do concreto. Se a temperatura sobe, o en-durecimento se acelera e vice-versa. Durante o endurecimento, o con-

creto gera calor.O vento e a tempera-

tura acarretam a evapo-ração rápida da água de mistura do concreto. Um dos objetivos da cura do concreto é de assegurar que o concreto não seja submetido a tensões que originem fissuras devido a diferenças térmicas e à retração de secagem.

Outro objetivo da cura é garantir que o concreto não seque e assegurar que a rea-ção do cimento e água ocorra em toda a seção transversal e que a re-sistência corresponda à dosagem do concreto. A água livre do concreto é um pré-requisito im-portante para conseguir a resistência e a densi-dade desejadas. A falta de cura do concreto faz com que a sua primeira camada perca a água de hidratação, tornan-do-a fraca, de baixa re-sistência à abrasão, po-rosa e permeável aos agentes agressivos.

4Se a evaporação da água for mais rápida que o aumento da resistência, a retração ocor-rerá e a fissuração será factível.

4Se o ressecamento for grande, aumentan-do na medida do vento mais seco e da tempe-ratura elevada, é possível que não haja água residual suficiente para a hidratação do cimen-to, com o que haverá perda de resistência, prin-cipalmente na região da superfície superior do concreto, tornando-a degradável e de menor resistência. Este fato acarreta também baixa resistência à abrasão em pisos industriais.

4Em temperaturas muito baixas e clima seco, haverá a hidratação muito lenta do ci-mento e a rápida evaporação da água, fatores (de perda de resistência) que provocam baixa resistência superficial do concreto à abrasão de pisos e pavimentos.

4A cura do concreto deve ser efetuada até que o mesmo atinja 70% do previsto noprojeto.

4O estudo das características mínimas de qualidade do concreto está relacionado com o meio ambiente a que o mesmo estará exposto.

Etapas de fabricação são importantes para um concreto de qualidade

Saiba mais

Dicas essenciais para ter bons resultados

durante o processo de fabricação do concreto

Dados a serem observados

Fonte: http://tecnico-em-edificacoes.blogspot.com/2011/09/patologia-das-construcoes-iii.html

A qualidade do concreto está relacionada com o meio ambiente em que ele se encontra

BANCO DE IMAGENS

Page 6: Jornal da Civil

Junho de 20126 Jornal da Civil

a partida, os gols foram mar-cados por Caio Schuck, para a equipe D2, e Carnielo Schuh, para a equipe C2. Na decisão por pênaltis, Caio Schuck, Pedro Radunz e Rodrigo Ra-dunz, da equipe D2, conver-teram. Na equipe C2, Roberto Mainardi converteu, Carnielo Schuh errou e Johnatan da Cas converteu. Sendo assim, a equipe D2 se sagrou cam-peã.

As equipes:

Equipe D2:Rodrigo RadunzPedro Back RadunzMarcelo SantosRoger Felipe DossJefferson WeirichCaio Augusto Schuck

Equipe C2:Johnatan da CasPaulo Roberto BeckerCarnielo SchuhGerson Ari EndlerLucas RachorFernando MoserJonas Davi HelferRoberto Schmid

Solidariedade: A coorde-nação do evento solicitou a doação de agasalhos no ato da inscrição das equipes, para serem repassados a entida-des carentes.As acadêmicas Fernanda Schwingel e Gelia-ne Mahl entregaram os dona-tivos no bairro Bom Jesus.

Diretório Acadêmico promove o primeiro torneio de futsal

Esporte

Além das atividades esporti-vas, acadêmicos arrecadam

agasalhos para serem doados

Disputas acirradas e muitos gols marca-ram o primeiro tor-neio de futsal da

Engenharia Civil. O evento foi realizado no dia 14 de abril, no Ginásio da Unisc.

Com uma média de 2,67 gols por partida, número que, se divididos pelo tem-po jogado, será de um gol a cada três minutos e quarenta e cinco segundos.

Do torneio participaram oito equipes de alunos da Engenharia Civil, podendo cada equipe contar com dois alunos de outro curso. As equipes foram divididas em duas chaves.

Os dois melhores colo-cados se classificaram para as semifinais e, após, para a final. Os jogos da primei-ra fase começaram bastante disputados, com alguns atri-tos e cartões, tanto amarelos como vermelhos.

Alguns jogos impressiona-ram pelo equilíbrio das equi-pes; outros pelo placar elásti-co, sendo a maior goleada de 8x2. Os jogos das semifinais foram bastante disputados. Após uma série de empates, ficaram definidos os finalistas.

A partida final também foi decidida nas penalidades, após empate de 1x1. Durante

FOTOS: BANCO DE IMAGENS

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Junho de 2012 7Jornal da Civil

Dicas de LeituraOs autores apresentam

os produtos de madeira e seu emprego em estrutu-ras civis, as propriedades físicas e mecânicas da madeira e a metodologia de dimensionamento dos elementos estruturais no contexto do assim chama-do método dos estados-limites. As matérias são expostas de modo a con-siderar, ao mesmo tempo, as finalidades didáticas e profissionais da obra. Os critérios de dimensionamento são introduzidos a partir dos conceitos teóricos e dos resultados experimentais em que se baseiam, seguidos de aplicações práticas na forma de problemas resolvidos.

PFEIL, Walter; PFEIL, Michèle. Estruturas de ma-deira. 6. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: LTC, 2003. 223 p. ISBN 978-85-216-1385-5

Localização na estante: 620.12 P527e 2003-6.ed.

Estruturas de aço: Dimensionamento prático

O presente trabalho des-tina-se aos estudantes dos cursos elementares de es-truturas de aço e também aos engenheiros projetistas. Os assuntos abordados são introduzidos com uma breve apresentação dos conceitos teóricos e dos desenvolvi-mentos em pesquisa que fundamentam os procedi-mentos adotados atualmen-te no projeto de estruturas de aço de edificações.

Os critérios de projeto são apresentados focalizan-do- se a norma brasileira NBR 8800/2008 e, em alguns casos, referindo-se às normas americanas aisc e euro-peias eurocode 3 e eurocode 4.

Todos os capítulos incluem uma série de problemas resolvidos, em ordem crescente de dificuldade e com aplicações práticas dos critérios de projeto expostos no texto. Cada assunto é encerrado com uma série de pro-blemas propostos e/ou perguntas para reflexão e verifi-cação de assimilação de conteúdo.

PFEIL, Walter; PFEIL, Michèle. Estruturas de aço: di-mensionamento prático. 8. ed. atual Rio de Janeiro: LTC, 2009. 357 p. ISBN 978-85-216-1611-5

Localização na estante: 691.7 P527e 2009-8.ed.

Estruturas de MadeiraAcadêmicos da disciplina de Estradas I prestigiam palestra

Aula

Professor Washington Peres Núñez explana sobre o Laboratório de Pavimentação da UFRGS

Na noite do dia 14 de dezembro de 2011, foi realizada na sede da SOAT, a aula final

da disciplina de Estradas I, minis-trada pelo professor João Rodri-go Mattos.

Os acadêmicos assistiram uma palestra ministrada pelo pro-fessor Washington Peres Núñez, responsável pelo Laboratório de Pavimentação – LAPAV, da Uni-versidade Federal do Rio Gran-de do Sul (UFRGS). Após uma breve apresentação, o professor falou do LAPAV e de seus resul-tados. Comentou sobre o esta-do geral das rodovias pavimen-tadas no país e sobre as novas formas e os materiais usados na pavimentação. Um dos materiais estudados e que trouxe bons re-sultados, sendo que 1 km de pa-vimento com basalto equivalente a 2,2 km de pavimento com ba-salto alterado. Também é fruto de estudo, no LAPAV, a aplicação de geotêxteis (conhecido tam-bém por manta de Bidim) em ca-madas asfálticas trincadas como parte do recapeamento. Os estu-dos demonstraram que esse uso retardou em mais de cinco vezes o aparecimento de trincas na ca-

mada de recapeamento com ge-otêxteis.

Foi também alvo de estudos a aplicação do chamado asfalto-bor-racha, que consiste na utilização de borracha na composição da camada asfáltica. Nesse estudo, observou-se que, no recapeamen-to com asfalto-borracha, a reflexão de trincas ocorreu 5 vezes mais lentamente do que no recapea-mento com asfalto convencional.

Segundo o professor, o próxi-mo estudo terá como alvo o de-sempenho de misturas asfálticas produzidas e aplicadas a tempe-raturas intermediárias, misturas essas que apresentam redução de emissões (redução de apro-ximadamente 25% de CO2, 25% de SO2 e 20% de CO).

Por fim, Washington apresen-tou algumas transparências so-bre sustentabilidade voltada à área da pavimentação. Após a palestra, foi a vez da janta, oca-sião em que todos puderam sa-borear alguns petiscos e carnes, além de trocar ideias com o pro-fessor Washington, quando sur-giu o convite para que os alunos fizessem uma visita ao LAPAV, visita essa que será realizada e publicada neste jornal.

Após palestra, acadêmicos saborearam um delicioso jantar

Page 8: Jornal da Civil

Junho de 20128 Jornal da Civil

Acadêmico relata sobre sua profissão de técnico em edificaçõesO calouro do curso

de Engenharia Civil, Ra-fael Ribeiro Lubarino, 25 anos, é técnico em edifi-cações. Lubarino conta que deixou sua terra na-tal para estudar na Unisc, pois conseguiu uma bol-sa do Prouni. Confira a seguir a entrevista que o Jornal da Civil fez com o técnico em edificações:

Jornal da Civil - Con-

te onde atua o técnico em edificações:

Lubarino - Em resu-mo, é um auxiliar técni-co. Digamos que é um substituto para o mes-tre de obras.

Em parceria com engenheiros civis, ele-tricistas e agrimenso-res, os técnicos em ei-ficações desenvolvem

atividades tais como: levantamento topográ-fico, elaboração de pla-nilhas de orçamento e controle da obra, bem como supervisionam a execução de obras, pro-videnciando suprimen-tos e serviços necessá-rios para o andamento dos trabalhos. Podem desenvolver e elaborar projetos, seguindo nor-mas e especificações técnicas fornecidas por superiores e encami-nhando projetos para a aprovação dos órgãos competentes. Além des-sas atividades, podem, inclusive, inspecionar a qualidade dos materiais e serviços, bem como realizar a apropriação de máquinas e equipa-mentos. De um modo

geral, é o técnico em edificações que trei-na, coordena e efe-tiva o pagamento da mão de obra. Os téc-nicos em construção civil podem, também, vender produtos e serviços, elaborando propostas comerciais e demonstrando a via-bilidade do produto ao cliente.

JC - Você já traba-

lhou nessa área? Lubarino - Já tra-

balhei fiscalizando obras do Governo do Nordeste. Tive que in-terromper para poder cursar a graduação. E com essa oportuni-dade da bolsa, resolvi vir para Santa Cruz do Sul.

JC - Onde fez o curso de edificações?

Lubarino - No Ins-tituto Federal de Per-nambuco (IFET), no Sertão Pernambucano. E só para lembrar, sou baiano, com mistura de pernambucano e o co-ração gaúcho

JC - Qual a duração do curso?

Lubarino - Dois anos JC - O que está

achando do curso de Engenharia Civil?

Lubarino - Acho que poderiam ver a questão de aulas diurnas que ficam ruins de ser cur-sadas por quem traba-lha. Seria interessante serem ofertadas aos sábados.

JC- Qual é a área da eng. civil em que gos-taria de atuar?

Lubarino - Sou bem eclético. Mas gosto mais da construção civil, de projetos, gestão de obras, estradas, pontes...

Lubarino: “gosto da construção civil, projetos, estradas...

FOTOS: BANCO DE IMAGENS

Calouros são recepcionados pelos acadêmicos da Engenharia Civil

Trote

Veteranos do curso deram as boas-vindas aos novos colegas, em clima

de integração

N a noite do dia dois de março, a turma de ve-teranos deu as

boas-vindas aos calouros do curso. O trote dos aca-dêmicos envolveu brinca-

deiras de integração entre os estudantes, tintas e ati-vidades no campus da Uni-versidade.

Entre as tradicionais brincadeiras que os “bixos” tiveram que realizar estava a apresentação de cada es-tudante para a turma.

Alguns veteranos tam-bém acabaram entrando na brincadeira e foram pinta-dos pelos colegas. O trote aos “bixos” contou com diversas brincadeiras

Dicas de vídeos na internet

Está

na red

e!

Arranha-Céu na Suécia: Os engenheiros têm o desafio de construir o mais alto, mais estreito e mais estranho arranha-céus. http://www.youtube.com/watch?v=MqlllVdTVKs

Aeroporto de Hong Kong: Mostra todas as etapas de construção e dificuldades do Aeroporto de Hong Kong.

http://www.youtube.com/watch?v=dn4-Kxt_Uro

A Pirâmide Urbana de TóquioCidade na Pirâmide - Imagine uma cidade em for-ma de pirâmide suspensa no ar. Imagine ainda que essa cidade foi construída por robôs com uma pe-quena ajuda de trabalhadores humanos.http://www.youtube.com/watch?v=M75WoE-f8TE

Page 9: Jornal da Civil

Junho de 2012 9Jornal da Civil

Lajes apoiadas em obras de alvenaria estrutural: evita fissuras

As lajes podem ser apoiadas sobre ele-

mentos, como o isopor

mento estrutural plano, ou seja, de duas dimen-sões principais). Com isso, a laje expandida tende a abrir as paredes que a suportam, e es-sas, que por sua vez não possuem vigas rígidas, acabam cedendo e pro-vocando fissuras.

Para minimizar esse problema, atualmente é adotada a seguinte solu-ção: a laje de cobertura fica “solta” em cima das paredes, apoiada sobre um material que deixa a

laje se movimentar no seu trabalho de dilatação, evi-tando tentar travar esse movimento e aliviando os esforços de cisalhamen-to nas paredes. A laje, não estando engastada, trabalha livremente e evi-ta as indesejáveis trincas, fissuras e infiltrações nos apartamentos do último pavimento dos edifícios.

As lajes podem ser apoiadas sobre ele-mentos como EPS – Poliestireno Expandido (popularmente conheci-do como isopor), borra-chas, neoprene, mantas asfálticas ou qualquer elemento que permita a movimentação das la-jes, diminuindo conside-ravelmente os esforços

Obra “Morada do Montanha”, localizada em Lajeado/RS, com as lajes sendo apoia-das em cima de placas de isopor envolvidas e protegidas por plástico transparente

laterais na alvenaria. É importante frisar que o engenheiro, ao escolher o material mais apropria-do para o caso, deve ter o conhecimento do com-portamento e das carac-terísticas do mesmo, ga-rantindo que a solução de uma patologia não ocasione outro problema.

Portanto, essa solu-ção mostra-se bastante funcional, com resulta-dos muito satisfatórios na prevenção de pato-logias, sendo adotada em muitas obras de alvenaria estrutural da atualidade.

É fácil observar pa to log ias nas lajes de cobertura de

edifícios, como trincas e fissuras a 45º nos can-tos, de encontro às pa-redes. Além de racha-duras horizontais nas paredes do último pavi-mento, essas patologias ocasionam infiltrações de água e umidade em épocas de chuva inten-sa. A correção desse problema muitas vezes não é fácil. Por se tratar de trincas ativas, com um alto custo monetário.

Esse fenômeno acon-tece principalmente em obras de alvenaria auto-portantes, onde se elimi-nam as vigas e os pilares que seguiriam ao longo da altura do edifício, fa-zendo as lajes serem apoiadas diretamente em cima das paredes de tijolos ou blocos. No caso dos blocos, tem-se o sis-tema de alvenaria estru-tural, com as cintas e os

grauteamentos dando a rigidez da estrutura junto com os blocos cerâmicos ou de concreto.

O sistema de alvena-ria estrutural tem como vantagens o menor desperdício de mate-riais, o menor custo e a maior velocidade de execução. Como des-vantagens está a falta de liberdade do projeto arquitetônico. Para cons-truções mais altas e es-beltas, de alto padrão, como o caso de edifícios comerciais, ainda é mais viável utilizar o sistema de concreto armado. Mas para obras residenciais, a alvenaria estrutural se torna muito vantajosa.

Isso é observado fa-cilmente na etapa de dilatação dos materiais, em especial na laje de cobertura, que recebe a incidência direta do sol, e que suporta grande am-plitude térmica e, conse-quentemente, uma maior dilatação superficial, ex-pandindo principalmen-te no sentido dos seus maiores comprimentos longitudinais (considera-se a laje como um ele-

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Texto produzido por Felipe Bonzanini

Acadêmico de Eng. Civil

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Junho de 201210 Jornal da Civil

Assim como a Medicina, as Enge-nharias, a

Arquitetura e a Agrono-mia também lidam com a vida e a saúde das pessoas. Essa relação pode não se apresentar tão aparente a um pri-meiro olhar, mas é pos-sível tomar consciência exata dessa relação quando observam aci-dentes, como os ocorri-dos em obras de Porto Alegre, em São Paulo, em um parque de di-versões, onde morreu uma adolescente; ou nos bondinhos do Rio de Janeiro, quando cin-co pessoas perderam a vida num acidente ocor-rido em Santa Teresa.

E o número de sinis-tros na área da cons-trução civil, principal-

mente, tem aumentado. Segundo dados do Mi-nistério do Trabalho, 376 pessoas perderam a vida no ano passado em canteiros de obras. E são os empregados da construção civil os que mais morrem.

No último ano, a taxa foi de 19,79 para cada 100 mil empregados, sendo, no conjunto dos empregados do setor formal da economia, esse número de 9,49 por 100 mil. Para o Juiz Federal do Trabalho, José Augusto do Nas-cimento, autor do livro Responsabilidade Ci-vil e Criminal dos Pro-fissionais do Confea/Crea, um ponto crítico “é o ritmo acelerado de obras em todo o Brasil e, ao mesmo tempo, as empresas não estarem

treinando os trabalha-dores”. Também cita o Programa de Acele-ração de Crescimento (PAC) “que tem um ín-dice de mortes conside-rado altíssimo pela Or-ganização Internacional do Trabalho (OIT), ten-do 40 trabalhadores já perderam a vida em acidentes desde 2008”, afirma. De acordo com o Juiz, que participou do estudo “Radiografia da Engenharia no BR”, as mortes decorrem principalmente de so-terramentos, quedas e choques elétricos.

Já o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon), Eng. Pau-lo Vanzetto, considera difícil a obtenção de dados concretos sobre acidentes de trabalho

na Construção. “O que é um acidente? Em outros países, a con-sideração de acidente é diferente da nossa. Em alguns casos, um fato só passa a confi-gurar acidente quando o afastamento do tra-balho é maior do que quatro dias. No Brasil, ao contrário, tudo é considerado acidente, até mesmo quando não há afastamento. Aci-dentes de trajeto, em que o empregador não tem qualquer ingerên-cia, também são consi-derados como acidente de trabalho. Os dados disponíveis são somen-te os oficiais e divulga-dos com defasagem. E esses, de acordo com determinação do INSS, são agrupados em fun-ção do tipo de trabalho,

sem levar em conta segmentação. Assim, um acidente relativo a uma reforma feita pelo proprietário vai parar na conta da construção ci-vil”, destaca.

Para ele, não exis-tem dados que identifi-quem as características do acidente, com a se-paração dos ocorridos em situações informais e dos acidentes da obra formal. “Sem esses da-dos, desaparece qual-quer possibilidade de um planejamento efi-ciente”, critica. Vanzet-to salienta ainda que é preciso considerar ou-tro fator: “O Brasil, em comparação a países como a Espanha e os Estados Unidos, tem o índice de morte na construção civil relati-vamente inferior. Como

Acidentes na construção civil e a responsabilização dos profissionais

Artigo Artigo escrito pela jornalista Luciana Patella. Publicado na revista do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia do Rio Grande do Sul, em novembro de 2011.

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não há questionamen-tos sobre como com-putar morte, esse é um item que se torna efeti-vamente comparável e, portanto, inquestioná-vel”, conjetura.

No entanto, o Juiz José Augusto do Nas-cimento cita algumas situações que consi-dera como causas do aumento dos acidentes na área da construção civil, como terceiriza-ção da mão de obra; excesso de jornada de trabalho; a falta dos equipamentos de pro-teção (EPI e EPC) ou o mau uso dos mesmos; precariedade das insta-lações de refeitórios e dormitórios; desqualifi-cação profissional dos trabalhadores dos can-teiros de obras e pres-sa em realizar a obra e terminar o serviço.

O Eng. Vanzetto compartilha com o Juiz problemas como o aumento do núme-ro de trabalhadores no setor, em função da demanda, e a sua desqualificação. Para ele, ainda falta uma política nacional efi-caz e sistêmica para qualificação da mão de obra. “Temos tam-bém um problema crô-nico, que é a forma de atuação dos agentes governamentais, pois se percebe uma inten-sificação nas ações punitivas, em detri-mento das ações edu-cativas. Assim, a falta de uniformização nos critérios de segurança coletivos a serem ado-tados em canteiros de obras torna o ambien-te da obra frágil, uma vez que o construtor não sabe o que efeti-vamente implantar.”

Prazos e garantias

Existem prazos para

cobrança dessas res-ponsabilizações. O presidente do Ibape-RS, Eng. Marcelo Sal-danha, explica que os prazos de garantia, decadência e prescri-ção aplicáveis à cons-trução civil são con-tados a partir da data da entrega da obra e/ou a partir do apareci-mento do dano, con-forme a jurisprudência, e se, a relação for de consumo, prevalecem as regras do Código de Defesa do Consu-midor, com aplicação subsidiária do Código Civil Brasileiro. O Có-digo Civil estabelece, como regra geral, a responsabilidade do empreiteiro pela soli-dez da obra no prazo de cinco anos, expli-ca o juiz Nascimento. “Esse dispositivo legal se aplica à empreita-da de material e de execução, sendo res-ponsável o empreitei-ro pela solidez e se-gurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como solo, exceto quanto a este, se, não o achando fir-me, preveniu em tem-po o dono da obra.” O juiz atenta que durante esse prazo, indepen-dentemente de qual-quer prova de culpa, haverá responsabilida-de do construtor. “É o caso de culpa presu-mida ou de responsa-bilidade objetiva, sem prejuízo do exercício posterior da ação pro-vocando-se a culpa do empreiteiro”, detalha.

Atenta, ainda, para obras que são execu-tadas por terceiros, por exemplo, na chamada subempreitada – total ou parcial –, destacan-do, que se a execução da obra for confiada a terceiros, a respon-sabilidade do autor do

projeto, desde que não assuma a direção ou a fiscalização da obra, ficará limitada ao pra-zo de garantia de cin-co anos pela solidez da obra. “Devemos ter em mente, no entan-to, que a obrigação do Engenheiro, Arquiteto, Construtor etc. não se caracteriza como sim-ples obrigação de meio, como ocorre, em geral, com os médicos e advo-gados, mas devem res-ponder pelo resultado de seu trabalho. Assim, além da responsabili-dade geral, no caso de culpa ou dolo, a lei obri-ga esses a indenizar o dono da obra quando a construção não tiver so-lidez, cessando, toda-via, tal obrigação após o decurso do prazo de três anos a partir da conclusão da constru-ção, pois o Novo Códi-go Civil diz que o prazo prescricional para as ações que tenham por objeto a pretensão de reparação civil ou de obrigação de indenizar pelo cometimento de ato ilícito é este.”

O Juiz ressalta, ain-da, que, diferentemente do que diz o Código Ci-vil, a prescrição da pre-tensão à reparação pe-los danos causados por fato do produto ou do serviço, prevista no Có-digo de Defesa do Con-sumidor (CDC), é de cinco anos, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimen-to do dano e de sua au-toria. “Entendemos que é a natureza da relação jurídica firmada entre as partes que vai definir a prescrição que irá in-cidir no caso concreto, ou seja, se for uma rela-ção de consumo, prazo prescricional de cinco anos. Se for uma rela-ção contratual, prazo de três anos”, resume o

Civil promove curso de TQSNa tarde do dia 31 de maio e nas manhã

e tarde do dia 01 de junho, realizou-se, nas dependências do Laboratório de Informática da UNISC, o curso TQS. Este foi ministrado pelo Engenheiro Civil Herbert Jun Maezano, e assistido por alunos da Engenharia Civil, bem como por funcionários e professores. Nas aulas, o Engenheiro Herbert apresentou o software de Cálculo Estrutural CAD/TQS, o mais renomado software de cálculo estrutural da atualidade no país. Durante as cerca de 10 horas de curso, os participantes tiveram a oportunidade de modelar uma pequena estru-tura no software, fazendo posteriormente sua análise e plantas, tudo com a explicação do Engenheiro Herbert, que também respondeu aos questionamentos dos presentes. Herbert é representante do software TQS e um exímio conhecedor desse software, palestrando em diversos cantos do Brasil.

Um pouco mais sobre TQS: O software foi adquirido recentemente pelo curso de Enge-nharia Civil, em parceria com a Arquitetura. Ele está disponível em cerca de 17 máquinas no Laboratório de Informática. Esse foi adqui-rido na sua versão para estudantes, sendo li-mitado a estruturas de até 5 pavimentos.

FOTOS: BANCO DE IMAGENS

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No murãoO que as pessoas

pensam quando os engenheiros falam...

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Caminhão do TigreA Unidade Móvel do Centro de Treinamentos

Tigre esteve na Unisc nos dias 14 a 18 de maio. Profissionais e acadêmicos da área da constru-ção civil participaram da capacitação e aperfei-çoamento. O curso completo tem duração de 15 horas e abordou as técnicas de Condução de Água Fria, Condução de Água Quente, Esgoto, e Águas Pluviais e Drenagem.

As aulas foram ministradas pelo instrutor téc-nico da Tigre, Rodrigo Gauss, em uma carreta equipada para aulas práticas e teóricas. Ao final, os participantes receberam um certificado de for-mação básica de Instalador Hidráulico Predial.

A Unidade Móvel é composta por carretas equipadas com cadeiras, datashow, tela de pro-jeção ajustável, showroom, ar condicionado e ferramentas e amostras de produtos da Tigre.

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

FOTOS: DAIANA CARPES