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Abril de 2005 Ano I Nº 4 Preço: 1/2 Casquilho ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO COMERCUZOLHOS 2005 SEMANA CULTURAL r e p o r t a g e m c o m p l e t a

Jornal ESCrito n. 4

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Jornal da Escola Secundária de casquilhos - Barreiro - Portugal

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Page 1: Jornal ESCrito n. 4

Abril de 2005

Ano I – Nº 4

Preço: 1/2 Casquilho

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO

C O M E R C U Z O L H O S 2 0 0 5 – S E M A N A C U L T U R A L

r e p o r t a g e m c o m p l e t a

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dois

Ficha técnica Coordenação: Ana Santiago (prof. 8ºB); Renato Albuquerque (prof. 10ºA). Redacção: Ana Beatriz Santos (10ºH); Ana

Arêde (10ºH); André Galvão (11ºE); Catarina Santos (11ºE); Cátia Duarte (10ºH); Daniela Ferreira (10ºH); Joana Alves (10ºH); Rute Jael (11º D). Colaboraram neste número: Ana Lúcia Santos (ex-aluna); Carla Marina (prof. 8ºB G); Carlos Condinho (12ºC); Deolinda Saraiva (ex,prof. 8ºG); Lília Cassapo (8ºA); Patrícia Pereira (12ºE); Paulo Nunes (prof 5ºG); Sofia Ribeiro (10ºA). Fotos: Helena Oliveira (Professora 5ºG); Jorge Duarte (Prof. 5ºG); Patrícia Rodrigues (Prof. 1.º G); Renato Albuquerque (Prof. 10ºA); Valérie Faucilhon (ALPC); Vera Parreira (Prof. 11ºG). Maquetagem: ReAl. Impressão: Serviços de Reprografia da Escola. Correspondência: Jornal ESCrito. Escola Secundária de Casquilhos. Quinta dos Casquilhos. 2830-046 BARREIRO E-mail: [email protected] Telef.: 212148370 Fax:212140265 Horário Sala D11 - segundas, das 12:00 às 15:00; quartas, das 8:30 às 10:00 Capa: Tratamento gráfico de ReAl e de Tiago Oliveira (11ºC) a partir de – Pintura sobre tela Belium/Pax (Tiago Cruz, 12ºC); Cartazes de Comercuzolhos

1991-2005; Pintura colectiva sobre papel cenário (11ºC); foto Patrícia Rodrigues.

Neste número Karol Wojtila / 25 de Abril …….. 2

Perfil / Editorial ………………… 3

Barreiro ………………….………. 4

Já aconteceu ……………………... 5

Comercuzolhos 2005 ………….… 6

Comercuzolhos – Memória …..…. 7

Uma história para contar ………… 8

Einstein na Escola ……………… 10

Opinião e reclamação …………… 10

Visita a Paris …………....……… 11

Visitas de Estudo …...………..…. 12 Cinema na Escola ………………. 13

Desporto ………………………… 14

Passatempos …………………….. 15

Karol Wojtila (1920 – 2005)

por Renato Albuquerque

Quando Karol Wojtila (lê-se Voitila) nasceu, a 18 de Maio de

1920, em Wadowice, perto de Cracóvia, era apenas mais uma

criança polaca, viva e curiosa, nascida numa família modesta, cuja

vida se iria caracterizar pela sobrevivência: contra a pobreza, contra

o nazismo, quando a Polónia foi invadida pelos exércitos de Hitler,

contra o comunismo, quando este país ficou na dependência da

União Soviética.

Estudante de literatura e de teatro, actor amador, mineiro,

professor, sacerdote católico, bispo e, mais tarde, cardeal, Karol Wojtila passa a ser mundialmente famoso quando se transforma,

em 1978, no primeiro papa polaco de sempre, adoptando o nome

de João Paulo II.

Ao longo do seu pontificado, Karol Wojtila irá tornar-se num

papa do seu tempo, viajando por quase todo o mundo, recebendo e

visitando os líderes mundiais, independentemente das suas ideias

políticas ou religiosas, espalhando as suas próprias convicções,

nomeadamente, entre os jovens, e tornando-se numa figura

mediática e extremamente popular.

Atento ao que o rodeava, Karol Wojtila protestou, por diversas

vezes, contra os conflitos que se desenrolaram no séc. XX, recusando sempre a ligação que alguns teimam em fazer entre as

convicções religiosas e as razões para uma guerra. Por isso mesmo,

este papa polaco pediu desculpas, em nome da Igreja Católica,

quer aos judeus, quer aos cristãos ortodoxos gregos que foram, no

passado, perseguidos, torturados e mortos em nome da “pureza da

fé”. Em Novembro de 2001, em Assis, reuniu representantes das

principais religiões mundiais numa “oração pela paz” que

culminou as tentativas persistentes de Karol Wojtila de

entendimento entre as várias religiões monoteístas existentes.

Convicto das suas ideias, lutou sempre pelos mais pobres mas

também pelo que considerou ser os fundamentos da sua fé,

recusando algumas aberturas que lhe eram solicitadas, nomeadamente, quanto à possibilidade de as mulheres terem

acesso ao sacerdócio, ao uso do preservativo pelos católicos ou à

questão do aborto.

Sobrevivente na sua infância, sobreviveu também a dois

atentados e, durante vários anos, sofreu os sintomas de várias

doenças que, a pouco e pouco, lhe foram incapacitando o corpo

mas não o raciocínio, sempre lúcido até ao fim. Coerente, assumiu

estas doenças e o seu sofrimento como vontade irrecusável de uma

entidade superior e o mero terminar de um ciclo inevitável da vida

humana que, desde o nascimento, conduz o Homem à morte.

Independentemente das convicções de cada um de nós, foi esta coerência que lhe mereceu o respeito e a homenagem de

praticamente todo o mundo quando faleceu a 2 de Abril.

“As portas que Abril abriu”(1)

Abriu? por Deolinda Saraiva, professora do 8.ºB Grupo até 2003

Naquela manhã de sol ainda indeciso descobrimos

que não estamos sós. Por isso recordamos Abril. E recordamos o hoje

depois de Abril. Mas é preciso não esquecer o país do

antes. Um país de silêncio estrangulado. De fome para muitos e de medo para muitos muitos.

Nessa evocação ressuscitamos a manhã que floriu

na boca de uma espingarda. A espingarda da guerra. A

flor da paz.

E na hora enfim floriu

O que há tanto já esperávamos Para dar voz ao desafio

E a tudo quanto calávamos. …

O que nos resta do sonho Sonhado já há tantos anos?

Só resta o sonho do sonho

De um país que ainda sonhamos.

E hoje de novo empunhamos

A flor daquela vitória

E lutamos e lutamos E a luta se fará história.

(1) Nome de um poema de José Carlos Ary dos Santos

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tres

Perfil

por Ana Santiago

Paulo Nascimento,

música e revolução

Quase todos o conhecem. Chegou um pouco

contrariado, mas depressa se rendeu aos encantos da escola. No 10º ano optou pelas Artes. Por gosto e por

vocação. Aliás, o que mais gosta de fazer é cantar e

desenhar. Conclui agora o secundário e depois vai deixar-nos. Encontrar outros sonhos, outros caminhos.

Este perfil é uma homenagem à que foi a voz das

canções de Abril, durante o Comercuzolhos de 2004. Foi a

melhor semana de que tem memória. Gostou de tudo. A entrega da escola a uma comemoração tão especial (30

anos do 25 de Abril), os trabalhos que realizou e expôs.

As canções que cantou. Canções que surpreenderam, num espectáculo que abriu os portões da escola, soltando

palavras e sons da revolução.

Quem o ouve falar percebe que as palavras gostam

dele. Consegue dizê-las todas, numa cadência que cativa e convida a ouvir. Em 2003 emprestou a sua voz a um

contador de histórias do século XVI. Empenhado nas

causas em que participa – como qualquer bom escuteiro – contou a história d’A Nau Catrineta, na recriação de um

mercado quinhentista em Palhais.

Hoje lembra esses dias com alguma saudade e alimenta a esperança de que o Comercuzolhos continue a

fazer a diferença. Para o ano, se tudo lhe correr bem, já

não podemos contar com ele, mas esperamos que continue

a espalhar a voz de Abril e a visitar-nos sempre.

Editorial por Renato Albuquerque

Comercuzolhos 2005

Foi já há 14 anos que decorreu o primeiro

Comercuzolhos, na altura, apenas uma mostra de

trabalhos dos alunos de artes desta escola. Desde aí, o Comercuzolhos cresceu:

alargou-se, primeiro, a outros alunos e áreas de

expressão, transformando-se numa semana cultural da escola; depois, abriu-se para fora da

escola, intervindo na cidade e recebendo, com

grande ternura e amizade, alunos e professores

de outras escolas, desde as secundárias até aos jardins de infância; em 1998, quando da

EXPO’98, o Comercuzolhos adaptou-se à

temática escolhida (Oceanos) e mudou transitoriamente de nome para Bebercuzolhos,

indo até Lisboa apresentar algumas das

performances que os alunos desta escola tinham preparado.

Mais animado ou mais circunspecto, o

Comercuzolhos foi-se transformando numa

actividade institucional dos Casquilhos, esperada dentro e fora da escola.

O ESCrito, o jornal que ambiciona

transformar-se, também ele, numa instituição da nossa escola, não podia deixar de, ao dedicar este

número ao Comercuzolhos 2005, prestar uma

pequena homenagem a todos os que ao longo dos anos, contribuíram para o sucesso desta

iniciativa. Por isso, aqui apresentamos o

depoimento de um dos pais fundadores desta

iniciativa, em 1991; recordamos os diversos cartazes que anunciaram o Comercuzolhos desde

essa data; deixamos que ex-alunos lembrem

como esta semana lhes marcou (e, por vezes, modificou) a sua vida.

Se para os novos alunos e professores estes

dias, dedicados ao tema “Guerra e Paz”, foram

uma enorme festa e um sucesso, para aqueles que já são veteranos ter-lhes-á sabido a pouco.

Ao retratar o que aconteceu este ano não

podemos deixar, também, de dar voz ao que poderá ter corrido menos bem.

As expectativas eram muito elevadas?

Talvez, mas não há dúvida que se sentiu a falta dos nossos amigos das outras escolas.

Para o ano há mais.

E ainda melhor, certamente!

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Ano I, nº 4, Abr/2005

quatro

Barreiro – Percurso de uma identidade Da indústria manufactureira à industrialização por Carla Marina, prof.ª 8.ºB Grupo

O Barreiro destaca-se historicamente, no todo nacional, pela presença constante da actividade produtiva transformadora, com carácter especializado.

Este percurso histórico marcado por um vasto processo migratório que trouxe consigo vivências

quotidianas específicas – hábitos, usos, costumes que pela solidariedade do gesto produtivo na terra, nas fábricas, se integraram numa identidade multicultural, fundada em valores de fraternidade e convivialidade,

desenvolvidos numa inegável rede de associações, sindicatos, colectividades, clubes e empresas, transforma

esta terra num caso de estudo único no País.

Os vestígios proto-históricos e históricos desenham uma cultura tecnológica ligada ao gesto profissional diário e especializado a que se aliam aspectos agrícolas e piscatórios.

Este gesto de mãos está presente desde o Neolítico, quando a olaria se transforma numa especialização

funcional do agregado que vivia na Ponta da Passadeira; na Construção das Formas do Biscoito e Formas de Pão-de-Açúcar, na Mata da Machada e no Fabrico do Biscoito no Complexo Real de Vale de Zebro, um

contexto histórico marcado pela Expansão dos Séc.s XV/XVI;

nas várias Unidades Moageiras existentes no Concelho que em

número totalizavam a maior concentração da margem esquerda do Tejo, onde se moíam os grãos de cereal que abasteciam

Lisboa. E sempre as mãos em gestos profissionais fabricando os

mais diversos objectos de vidro, iniciando, em Coina, uma tecnologia que nos tornará famosos na Marinha Grande ou

construindo o 1º Ramal Ferroviário, a Sul do Tejo, que

transportará matéria-prima, homens e mulheres para as inúmeras fábricas corticeiras até aos finais do séc. XIX.

Com o Séc. XX, a CUF instala-se, no maior processo de

industrialização da Península Ibérica e tardio em relação à

Europa e marcará o Barreiro Contemporâneo, as suas gentes e as que constantemente aqui afluíram em busca do pão e do sonho de

uma vida.

Visita de estudo ao Barreiro por Ana Arêde e Cátia Duarte, 10.º H

Nos passados dias 4 e 6 de

Abril, os alunos de Alemão do 10ºH realizaram uma visita de estudo pelos principais pontos de interesse

do Barreiro.

A visita começou às 10:00 horas

da manhã, quando os alunos saíram da Escola e se dirigiram ao Parque da

Cidade, onde se divertiram bastante.

De seguida, dirigiram-se à paragem do autocarro, onde aguardaram

durante meia-hora pela carreira 6,

que os levaria à Mata Nacional da Machada. Quarenta minutos depois,

já na Mata, partiram em busca do forno de cerâmica

existente no local, que visitaram, aproveitando para

tirar algumas fotos. Após o almoço, no McDonald’s, dirigiram-se à Av. Bento Gonçalves, mais conhecida

como Av. da Praia. Foi esse o cenário de uma breve

conversa sobre a história do Barreiro. Por volta das

15:00 horas partiram rumo às Reservas Museológicas do Barreiro, onde aguardaram pela

professora de Literatura, Carla Marina Santos,

actual vereadora da Câmara

Municipal do Barreiro que, conhecendo bem o concelho e a

sua história, se ofereceu para uma

visita guiada. Acabava assim o primeiro dia desta visita.

No dia 6, por volta das 14:00

horas, os alunos seguiram para o Convento da Madre de Deus da

Verderena, onde o respectivo guia lhes forneceu

bastantes informações acerca do convento e da sua

história. Podemos afirmar que os alunos gostaram e se divertimos bastante, ao mesmo tempo que

aprenderam mais acerca da história da nossa terra...

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Ano I, nº 4, Abr/2005

cinco

Manifestação de alunos

Dia 13 de Abril, pela manhã, os estudantes dos Casquilhos manifestaram-se

nas ruas do Barreiro juntamente com os seus

colegas das outras escolas secundárias. Esta manifestação, convocada pelo

MAEB (Movimento Ass. Estudantes do

Barreiro), foi precedida por uma reunião das diversas direcções de Associação de

Estudantes, realizada em Setúbal, e de uma

Reunião Geral de Alunos realizada na

segunda-feira anterior, dia 11, pelas 10:00 horas.

A manifestação tinha como objectivos, para além de exigir

um acesso ao ensino superior

mais justo, a implementação da lei da Educação Sexual e a

suspensão imediata da

revisão curricular, a melhoria das condições materiais e humanas das escolas.

Em relação à nossa escola reclamava-se contra o facto de

não existir pavilhão gimnodesportivo, de as salas serem

frias e de haver salas em que entra chuva.

Jornal A Mata Projecto da turma 7.º A

A turma A do 7.º Ano, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, resolveu

editar o jornal A Mata onde dá conta das suas actividades, nomeadamente, a sua divisão em diversos grupos que adoptaram, cada um, uma árvore existente na

nossa escola para a proteger e estudar. Entre elas estão um pinheiro bravo, o

Flufly, e dois eucaliptos, a Josefina e o Sam. A descrição das árvores é acompanhada de várias curiosidades e de

passatempos, assim como da fotografia dos grupos.

Semana das profissões Na primeira semana de Abril a dr.ª Lígia Varandas, responsável pelo

Serviço de Psicologia e Orientação Escolar da escola, trouxe até ao Bar

dos alunos ou ao espaço exterior diversas instituições de ensino superior

que apresentaram aos alunos, principalmente aos do 12.º Ano, algumas hipóteses para a continuação dos estudos ou para a sua vida profissional.

Esta iniciativa, já tradicional na nossa escola, deverá continuar no

próximo ano.

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seis

Comercuzolhos 2005 fotos por Renato Albuquerque

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sete

Memória de outro Comercuzolhos por Ana Lúcia Santos, ex-aluna da Escola Secundária de Casquilhos (2001/04)

Euforia, desilusão, frustração, glorificação, amizade, empenho, trabalho (sangue, suor e lágrimas)… todas

estas palavras cabem em Comercuzolhos.

Mais do que uma palavra estranhíssima que só consta do dialecto casquilhês, Comercuzolhos é a designação dada à semana mais importante da Escola Secundária de Casquilhos. É nesta

semana que se desenvolvem um conjunto de actividades de, e para, a

comunidade escolar. É nesta semana que a escola mostra o seu valor, que não é assim tão pouco.

Particularmente, sempre estive numa situação privilegiada porque o

Comercuzolhos, apesar de envolver toda a escola, tem um carácter mais

próximo das artes, pelo que dá primazia ao trabalho dos alunos desta área, o que era o meu caso: desde cartazes longamente estudados (e depois

reprovados), até exposições de trabalhos “chocantes”, fiz um pouco de tudo.

No passado ano lectivo, o meu último ano, o Comercuzolhos coincidiu com os festejos dos 30 anos do 25 de Abril. A minha turma fez, entre outras

coisas, uma apresentação com poemas e músicas que celebravam a

liberdade e uma exposição com os trabalhos desenvolvidos na aula de Oficina de Artes. Toda a escola desenvolveu diversos trabalhos e

apresentações; a Escola Secundária de Casquilhos esteve mais viva do que

nunca nessa semana. Foi muito emocionante. E tornou-se mais especial

ainda quando, depois de termos apresentado duas ou três vezes o tal espectáculo de músicas e poemas (dentro e fora da escola), eu e os meus colegas fomos convidados para o

fazermos mais uma vez, desta feita na Festa do Avante. Assim se vê a força… da Escola Secundária de

Casquilhos! Hoje, estou num curso superior de teatro e devo-o, em parte, ao Comercuzolhos, ao Fernando Pessoa e à

Escola Secundária de Casquilhos. Obrigada!

Declamando poemas sobre a liberdade Comercuzolhos – Abril 2004

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oito

Comercuzolhos:

uma história para contar por Paulo Nunes, professor do 5.º Grupo

É verdade. A Comercuzolhos já tem uma história para contar. E, antes de mais, pensemos: não é espantoso a nossa escola ter conseguido afirmar-se num conjunto de actividades extracurriculares e interdisciplinares que

tanto para a comunidade escolar como para muitos jovens que procuram a nossa escola já constitui uma

tradição? Seguramente, eu não hesito em responder afirmativamente e, sobretudo, em sentir um orgulho especial em ter partilhado do arranque de um evento que, há onze anos atrás, se apresentou como uma iniciativa

muito simples e acabaria ao longo dos anos por se consolidar como uma “imagem de marca” da nossa escola.

De facto, poucos de nós que participámos na primeira Comercuzolhos em 1994 (e alguns ainda

estão cá na escola) admitiriam que a experiência

pudesse recolher tanta aceitação, sobretudo, entre os alunos, de tal modo que tem sido

frequente jovens acabados de se

matricularem na escola perguntarem quando é que se

realiza a Comercuzolhos. Para a

generalidade destes alunos, isto

significa um momento de actividades fora da sala de aula, de

convívio entre alunos e

professores, de encontros com personalidades habitualmente

estranhas à escola, significa

instantes de lazer, de diversão e, mais importante ainda, a

disponibilidade que a escola

apresenta em receber a sociedade

em geral no espaço que lhe é próprio e

onde desempenha essa difícil tarefa da educação. E

é isto que tem sido a Comercuzolhos. Ao longo dos anos unindo toda a comunidade educativa, alunos,

professores, encarregados de

educação e funcionários, em actividades e acontecimentos interdisciplinares, abrangendo as

ciências, as humanidades, as artes e o desporto,

numa salutar e articulada inter-relação cujos principais usufrutuários têm sido os

alunos.

E, é talvez por isto que, de quando em vez, me perguntam

como nasceu esta “coisa” da

Comercuzolhos, ou seja, como

surgiu o nome. E eu respondo que, na origem, era mais do que um

nome – era um conceito. E,

passados estes anos, creio que o evento se manteve fiel a esse

conceito. Pois, se a Comercuzolhos

nasceu primordialmente como uma “Semana das Artes” da escola,

reunindo portanto actividades

relacionadas com as artes visuais,

depressa se afirmou como uma realização

abrangente, participada e alargada a todas as áreas

científicas e humanísticas o que lhe veio acrescentar a dimensão necessária para se afirmar como o

acontecimento da escola.

Cartaz Comercuzolhos 1994

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nove

Mas, como nasceu a Comercuzolhos? Recuemos

a Janeiro de 1991, estávamos em plena Guerra do Golfo; alguém ainda se lembra disso? Pois é.

Andávamos nós (eu e o saudoso colega de Filosofia,

prof. João Barbosa) a organizar uma visita a Madrid, à notável ARCO – Feira de Arte

Contemporânea, com alunos de artes

visuais, quando os Estados Unidos

“decidem” invadir o Koweit para dali expulsar o intruso Iraque (política

internacional, é claro). Naturalmente,

esta crise veio perturbar a nossa acção já que o próprio Ministério da

Educação veio condicionar todas as

saídas de alunos para o estrangeiro. Acabámos heróis, pois não só

conseguimos as autorizações

necessárias para a viagem como

viríamos a proporcionar àqueles alunos e a nós próprios uma das

maiores experiências estéticas e

artísticas que sempre havemos de recordar. É que, nesse ano, os artistas

estiveram invulgarmente críticos e

imaginativamente intervenientes face à situação

internacional com consequências directas na arte que produziram. Um facto que deixou marcas nos

alunos (o “famoso” 11º F de 1990/91) e que se

traduziu na necessidade de mostrar à escola aquilo que tinham experimentado.

Assim, na viagem de regresso à (na altura)

Escola Secundária do Barreiro, combinámos fazer uma semana de actividades e experiências

inspiradas nas obras, instalações, performances e

happenings presenciados em Madrid, na ARCO/91.

E que nome haveríamos de dar a essa realização? Algo que contivesse a insatisfação e a indignação

face ao curso do mundo, mas também a

imaginação e a irreverência próprias à

produção

artística e à juventude a

quem nos

pretendíamos

dirigir. Daí que a expressão

Comercuzolhos

parecesse reunir

consenso entre todos face aos objectivos traçados.

E, de facto, bastava ser pronunciada para se lhe perceber o sentido, irónico, sarcástico e sem-

cerimónia q.b. Quanto às exposições, instalações,

vídeos e performances realizadas na escola no espaço do actual Auditório (na época,

totalmente vazio), resta dizer que

foram o estímulo e o motor para um

conjunto de actividades concertadas e abrangentes que viriam a dinamizar

toda a comunidade escolar.

Três anos mais tarde, em 1993/94, o Departamento de Expressão

Plásticas e Artísticas lançou a

Comercuzolhos como uma “Semana de Artes Visuais”, organizando

exposições, instalações, ateliers

livres, feira de artes e colóquios, mas

recebendo desde logo a adesão de outros departamentos como as

Ciências Físico-Químicas, a

Filosofia, a Matemática e os colegas de Educação Tecnológica, entre

outros. Num esforço conjunto seriam responsáveis

por experiências tão interessantes como o clássico

“Matematicando”, o inesquecível “Pedypaper”, a “Feira de Produtos Agro-Biológicos” ou o célebre

colóquio sobre “A Morte”, com a presença de um

padre, de um médico e de um psicólogo. Em suma, a festa era também um objectivo não negligenciável.

Desde então, muitas Comercuzolhos

aconteceram com uma participação cada vez mais abrangente. E desde então, eu creio, por

Comercuzolhos entendemos um espaço e um tempo

de fazer, de imaginar, de criar e de trocar

experiências sempre com o sentido crítico e com o espírito incontido próprio à juventude a quem

continuamos a nos pretender

dirigir.

Cartaz Comercuzolhos 1991

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Ano I, nº 4, Abr/2005

dez

O Professor Augusto Barroso autografando a sua obra O Código Secreto antes de a oferecer à escola

Einstein na escola por Sofia Ribeiro, 10.º A

Este ano comemora-se o Ano Internacional da Física. Faz 100 anos que Einstein publicou os artigos sobre

o relativismo e a mecânica quântica que revolucionaram o Mundo. Para os explicar, a minha escola teve o

privilégio de receber o Prof. Augusto Barroso e o Prof. Paulo Crawford. Einstein e a Mecânica Quântica foi o título da conferência dada pelo Prof. Augusto Barroso e Einstein e o

Relativismo foi o nome da do Prof. Paulo Crawford.

Apesar de serem ambos professores catedráticos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, as suas explicações foram compreensíveis pois tiveram o cuidado de dar exemplos fáceis e de utilizar

vocabulário acessível.

Um outro aspecto que contribuiu para o

sucesso das conferências foi o facto de terem dado uso ao seu humor. Um dos momentos

mais divertidos foi aquele em que o Prof.

Augusto Barroso, para explicar o movimento Browniano e exemplificar como as partículas

se movimentavam, imitou um bêbado. Foi com

estas pequenas situações que a plateia se animou.

Na minha opinião, as conferências são

importantíssimas para a nossa formação pois

através delas abrem-se-nos novos horizontes e começamos a ter contacto com outros assuntos que não podemos conhecer

nas aulas por falta de tempo.

As conferências foram bastante enriquecedoras – eu adorei-as, tal como os meus colegas. Faço votos para que tais eventos ocorram com mais frequência.

Opinião e reclamação por Ana Beatriz Santos, 10.ºH

Nos dias 13, 14 e 15 de Abril realizou-se na nossa a escola o Comercuzolhos, iniciativa que já se realiza

desde 1991. Como aluna nova dos Casquilhos, não tenho nenhum padrão de comparação deste evento, mas vou dar a

minha opinião sobre o que vi este ano, pela primeira vez.

Sem retirar o mérito que algumas exposições e organizações merecem, estes três dias pareceram-me, no

entanto, demasiado “pobres” em comparação com fotos e informações dos Comercuzolhos passados a que tive acesso.

Possivelmente faltou tempo, imaginação ou empenho e também orientação para projectos que poderiam ter

sido explorados por pessoas que, tal como eu, não são peritas nestas andanças. Por outro lado, o Comercuzolhos tem como objectivo mostrar os trabalhos realizados pelos alunos da nossa

escola. Manter os portões abertos à comunidade em geral é, portanto, uma condição importante para que esse

objectivo se cumpra. Parece-me lamentável que, por vezes, não tenha sido permitida a entrada a alunos de outras escolas, mesmo

àqueles que apresentavam a devida identificação.

Esse triste pormenor transforma o Comercuzolhos num evento fechado e desconhecido, embora ele mereça

um lugar de destaque na programação de qualquer estudante do Barreiro. Mas a ideia está de pedra e cal na escola e estamos cá para o próximo Comercuzolhos.

Então… até para o ano!!!

O Professor Paulo Crawford

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Ano I, nº4, Abr/2005

onze

Viagem de Finalistas a Paris por Carlos Condinho, 12.º C

Entre os dias 27 de Abril e 3 de Maio, um grupo de alunos, na sua maioria do 12º C, acompanhado pelas

professoras Helena Faria e Helena Oliveira, realizou a sua viagem de finalistas, com destino a Paris,. A viagem foi feita de autocarro, o que veio a revelar-se demorado e cansativo, uma vez que passámos

primeiro por Lloret del Mar, onde deixámos alunos de outras escolas.

Uma vez em Paris, e já depois de instalados no hotel, partimos à descoberta dos locais mais importantes da cidade.

No nosso 1º dia na Cidade-Luz (terça-feira), começámos por visitar o Centro Pompidou de Arte

Moderna (que infelizmente se encontrava fechado). Em seguida, visitámos a bela catedral de Notre Dame.

Já de tarde, e depois de uma viagem de autocarro pela cidade, percorremos a avenida dos Campos Elísios a pé (e à chuva).

Passámos o 2º dia na Disneyland, onde nos

divertimos imenso nas inúmeras diversões, de entre as quais destaco a montanha russa Indiana

Jones, onde muitos não hesitaram em andar mais

do que uma vez! Ainda na Disneyland também

comprámos muitas lembranças. No 3º dia visitámos o enorme Palácio de

Versailles (e os seus gigantescos jardins). Fomos

também ao bairro de Montmartre, repleto de lojas onde se vendem lembranças e também de

muitos pintores, pelo que várias

pessoas trouxeram consigo retratos seus feitos por aqueles.

Ao final da tarde participámos

numa magnífica viagem de

barco no rio Sena, na qual tirámos muitas fotografias. Já

ao final do dia, várias pessoas

visitaram ainda a Torre Eiffel.

No último dia em Paris, tentámos visitar a

Sainte Chapelle, o que não foi possível pois todos os horários para grupos já se encontravam

preenchidos. Fomos então visitar o museu do

Louvre, onde vimos obras como a Mona Lisa ou a

Vénus de Milo, entre muitas outras, apesar de ter ficado ainda muito por ver.

Ainda nesse dia (sexta-feira) demos início à

nossa viagem de regresso. Passámos novamente por Lloret del Mar e também por Barcelona,

onde permanecemos durante a manhã e

a tarde de sábado. Aproveitámos para visitar

algumas partes da cidade, com

destaque para a inacabada

igreja da Sagrada Família. Chegámos à escola no

domingo de manhã, onde

éramos esperados pelos nossos familiares.

Dia 4 de Março os alunos do 9.º Ano foram visitar a Central Térmica do Pego e o castelo de Belver.

Com esta visita puderam tomar conhecimento de formas alternativas de produção de electricidade quando, como é o caso este ano, a água dos rios não é suficiente para a produção de energia hidroeléctrica.

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Ano I, nº 4, Abr/2005

doze

No passado dia 10 de Março as turmas de Artes, acompanhadas pelos respectivos professores,

deslocaram-se à Universidade Moderna de Setúbal para visitar a

exposição de trabalhos dos seus alunos do curso de Arquitectura. Esta foi uma boa oportunidade para muitos dos que pretendem seguir esta

carreira tomarem

conhecimento do que os seus futuros colegas estão

a realizar.

As turmas do 7.º e 8.º Ano foram, no dia 17 de Março, ao Parque das Nações para visitar o Pavilhão do

Conhecimento. Fizemos algumas experiências sobre Física e Química antes de entrar no Pavilhão. Já lá

dentro, existiam diversas actividade sobre vários temas – Matemática, Desporto e Físico-Química – nas quais

participámos.

Com esta visita aprendemos, de forma divertida, matérias de Matemática e Físico-Química. por Lília Cassapo, 8.º A

Centro de Arte Moderna por Patrícia Pereira, 12.º E

No dia 9 de Março fui ao Centro de Arte Moderna

com mais 10 colegas do 12º Ano e as professoras Bebiana Gonçalves, de História, e Rosa Almeida, de

Português.

Foi uma experiência agradável pois aprendi bastante sobre a pintura de vários artistas portugueses

como Almada Negreiros, Moniz Pereira, Fernando

Azevedo, entre outros. Para além de conhecermos diversas obras desses e de outros pintores,

aprendemos também algumas características do

modernismo em Portugal.

Aproveitámos a oportunidade de uma guia nos levar a conhecer pormenorizadamente os quadros dos

diversos pintores e nos explicar o que cada quadro

representava, o que tornou a visita ainda mais entusiasmante e agradável e possibilitou que

esclarecêssemos as nossas dúvidas e obtivéssemos

uma melhor compreensão dos mesmos. É uma experiência a repetir e que aconselho a

todas as pessoas.

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Ano I, nº 4, Abr/2005

treze

Cinema na escola Continuando o ciclo que tem vindo a apresentar, o clube de cinema passou dia 8, às 15 horas,

no Auditório, o filme Os Marginais, realizado por Francis Ford Coppola em 1983 e com, entre outros, Matt Dillon e Tom Cruise. O filme, a pretexto das lutas entre dois grupos rivais de jovens,

os Greasers e os Socs, aborda a dificuldade de integração da juventude americana numa sociedade

em mudança

Dia 13 de Abril, quarta-feira, passou no Auditório o filme High Crimes (que em português

passou nas salas de cinema como Crime em Primeiro Grau), numa iniciativa dos professores de

Inglês e, por isso mesmo, legendado nessa língua. O filme trata da guerra numa região geralmente esquecida da opinião pública, a América do Sul. Por isso mesmo, e por se integrar

na temática escolhida este ano para a semana Comercuzolhos – a guerra e paz – teve honras de

abertura da semana cultural da nossa escola.

No mesmo dia foi apresentado no Auditório o filme O Pianista, de Roman Polanski, que nos fala sobre a

vida de um pianista judeu na Polónia, quando é confrontado com a extermínio total da raça judaica.

A iniciativa foi dos professores de Francês pois o seu tema integra-se no programa desta disciplina, no 12.º ano.

O filme conduz directamente o público aos sentimentos dos prisioneiros e dos fugitivos, de todos

aqueles que sofreram com o ódio alemão.

Adrien Brody (o pianista) enquadra-se de forma perfeita na sua personagem, transmitindo claramente a temática do filme.

Não se pode negar que muitos alunos se dirigiram ao auditório neste dia. No entanto,

lamentamos que a maior parte tenha “fugido” quando soou a campainha e esse continua ser o maior problema das sessões de cinema.

por Ana Beatriz Santos e Joana Alves, 10.º H

No dia 14 de Abril, quinta-feira, foi apresentado no auditório o filme, Relatório

Minoritário, com os actores Tom Cruise e Collin Farrell.

Este filme, com a realização de Steven Spielberg, passa-se no ano de 2054, quando os crimes são evitados pelo serviço de Pré-Crime, com a ajuda dos Pre-Cogs (três seres dotados,

capazes de prever crimes). Este serviço é liderado por John Anderton (Tom Cruise) até à

chegada de Danny Witwer (Collin Farrell). A afluência a este filme foi muito positiva e, ao contrário do dia anterior, a maior parte do

público permaneceu no auditório até ao final.

A iniciativa pertenceu aos professores de informática. por Ana Beatriz Santos e Joana Alves, 10.º H

Na sexta-feira, dia 15, à tarde, passou o filme A Vida é Bela, realizado e interpretado pelo

italiano Roberto Benigni que recebeu, aliás, um Óscar pelo mesmo.

Apanhado pelo horror da II Guerra Mundial, enviado pelos nazis para um campo de

concentração juntamente com o filho devido ao seu “sangue judeu”, separado da mulher que ama, o personagem tenta, através do humor e do burlesco, suavizar os dias nesse campo e poupar a

criança da bestialidade dos adultos.

O título acaba, assim, por ser a suprema ironia que o realizador quis colocar neste filme. A iniciativa foi, mais uma vez, do clube de cinema.

O filme The General’s Daughter (A filha do General), com John Travolta, foi escolhido pelos professores de inglês para terminar o mini-ciclo que organizaram durante o

Comercuzolhos. O filme, de 1999, desenvolve-se em torno do assassinato da filha de um

comandante militar e da busca dos autores deste acto, levando à descoberta de regras paralelas

na academia militar americana de West Point. O sucesso deste filme pode-se resumir no facto de, apesar de legendado em inglês, a capacidade do Auditório ter esgotado e vários alunos não

terem podido entrar.

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Ano I, nº 4, Abr/2005

catorze

Desporto

Continua a decorrer com grande entusiasmo o torneio Interturmas de

futebol de 5. Organizado pela Associação de Estudantes, este torneio ainda

se encontra na fase de grupos, entrando-se, em breve, nos oitavos-de-final. Lamenta-se o facto de não ter surgido nenhuma equipa feminina a disputar

esta competição.

A aguardar também a sua conclusão encontra-se o torneio de Magic que

envolveu alunos das escolas Alfredo da

Silva, Augusto Cabrita, Casquilhos e Santo André. Na nossa escola os jogos decorreram na sala da Associação

de Estudantes nos dias 11 e 18 de Março.

Realizaram-se já dois torneios de

ténis de mesa: o primeiro (torneio de

Páscoa) no dia 19 de Março, em que o

vencedor foi o João Ricardo, do 12.ºE e o segundo, no dia 14 de Abril, ganho pelo Miguel Pimenta, do 11.ºD.

No dia 15 de Abril realizou-se o torneio de basquete, na versão de 3x3, tendo participado cerca de meia dúzia de equipas.

Realizaram-se, nos passados dias 19 de Março e 16 de Abril, nas piscinas de Alhos Vedros e do Barreiro,

respectivamente, o 3.º e 4.ºencontros de natação do desporto escolar. Os nossos atletas obtiveram as seguintes classificações:

19 de Março 16 de Abril

Infantil: Mafalda Cunha – 25m livres, 1º lugar; 25m

costas, 2º lugar.

Iniciadas: Ana Teresa Freire – 50m bruços, 2º lugar; 50m

livres, 2º lugar; Inês Guimarães – 50m costas, 2º lugar;

50m livres, 5º lugar.

Juvenis: João Ascensão – 50m bruços, 6º lugar; 50m livres, 2º lugar; Pedro Xavier – 50m costas, 1º lugar; 100m

livres, 1º lugar; Tiago Rodrigues – 50m bruços, 3º

lugar; 50m livres, 5º lugar; Sérgio Sousa – 50m bruços,

4º lugar; 50m livres, 3º lugar.

Júniores: Carolina Cardoso – 25m mariposa, 1º lugar; 50m

livres, 2º lugar; Sandra Correia – 25m mariposa, 2º

lugar; 50m livres, 1º lugar; Miguel Jorge – 50m bruços,

2º lugar; 50m livres, 1º lugar.

Estafeta Feminina, 4x 50m livres (Sandra Correia, Carolina

Cardoso, Inês Guimarães, Ana Teresa Freire): 1º lugar

Estafeta Masculina, 4x50m livres (Sérgio Sousa, João

Ascensão, Miguel Jorge, Pedro Xavier): 1º lugar.

Infantil: Mafalda Cunha – 25m livres, 1º lugar; 25m

mariposa, 1º lugar.

Iniciadas: Ana Teresa Freire – 50m bruços, 1º lugar; 50m

livres, 1º lugar; Inês Guimarães – 50m costas, 1º lugar;

50m livres, 2º lugar.

Juvenis: João Ascensão – 50m bruços, 4º lugar; 50m livres, 3º lugar; Pedro Xavier – 50m costas, 1º lugar; 100m

estilos, 1º lugar; Tiago Rodrigues – 50m bruços, 2º

lugar; 50m livres, 5º lugar; Sérgio Sousa – 50m bruços,

3º lugar; 50m livres, 4º lugar.

Juniores: Carolina Cardoso – 25m mariposa, 1º lugar; 50m

livres, 2º lugar; Sandra Correia – 50m bruços, 1º lugar;

50m livres, 1º lugar; Mário Lima – 50m bruços, 1º

lugar; 50m livres, 3º lugar.

Estafeta: Juvenis Masculinos (Pedro Xavier, João

Ascensão, Tiago Rodrigues, Sérgio Sousa) – 1º

lugar.

Juniores Femininos (Sandra Correia, Carolina Cardoso, Ana Teresa Freire, Inês Guimarães) –1º lugar.

Piscina de Alhos Vedros (19 de Março)

Jogo Interturmas (18 de Fevereiro)

Jogo Magic (11 de Março)

Ténis de mesa (sala A2)

Page 15: Jornal ESCrito n. 4

Ano I, nº 4, Abr/2005

quinze

Soluções no próximo número

O ESCrito errou Por lapso, no último número, indicávamos que a

Irmã Lúcia tinha nascido em Aljustrel, no

Alentejo, quando nasceu numa aldeia com o

mesmo nome mas localizada junto a Fátima.

Do facto, pedimos desculpas aos nossos leitores

e à professora Inês Barão, autora do artigo, que viu o seu texto involuntariamente alterado.

Passatempos por Renato Albuquerque

- Verifica se estiveste atento ao Comercuzolhos deste ano:

1. O quadro reproduzido na capa deste número do jornal,

Bellium/Pax, estava exposto na sala…

a) D1; b) D3;

c) B6.

2. Os bombeiros presentes no dia 15 de Abril, sexta-feira, foram…

a) os Voluntários (Corpo de Salvação Pública);

b) os de Sul e Sueste; c) ambos.

3. O vocalista principal no concerto desse dia era o…

a) João Tareco;

b) João Gato; c) Filipe Tareco.

4. A instalação Guerra e Paz, com transcrições dos Direitos

do Homem, estava na sala… a) B6;

b) D1;

c) D3.

5. Em frente às salas “B” decorreram jogos de a) Abalone;

b) Ouri;

c) ambos. 6. Os colóquios que decorreram no Auditório foram sobre…

a) Newton;

b) Einstein; c) Galileu.

- Encontram-se na Sopa de Letras

as seguintes palavras ligadas ao Comercuzolhos 2005:

ABALONE, CINEMA, CIRCENSE,

CONCERTO, DESPORTO, EXPOSIÇÃO, PINTURA, ORIGAMI.

As palavras podem estar na horizontal,

na vertical e de trás para a frente, nunca na

diagonal.

P E V D I O T R E C N O C I R L A P O

O L I B A T E I X B P M A J A X B V U

M A E S O D I C P O I A U E M L O R E

P E X P A E R A R I D B O L E T S C I

E O P A F H P B O X E A T O N E S A C

I C O Q U I M A N I S E N B I R A L A

L E S C R V U L O U P Z I F C O G O R

U M I G A J A O X B O U D C A H I D U

R U C O M E S N E C R I C A U A J I T

I T A I C P S E D O T G E O Q P R A N

L H O L E F G C E P O R I G A M I L I

I E Q O P X C A B R Z A M S S O Z E P

Soluções (passatempos do nº 3)A 1 c; 2 b; 3 c; 4 c; 5 c; 6 b; 7 b; 8 c

B

A B

A P T O G R D E Z C R O M L E Q U E K

T R F R O G P A E Y U G R A V I D E Z

I D H E R T D M L O P B I F R T O B I

P D G L J H G J A K F M O Z R U U L U

Z C H A G R A P L A G I O G F F J H G

L A J Ç P S O U S A L A U X E S W Q F

H M K A O E L I S D H E R D B O N E R

Q N B O R R V E L A Ç A M U O J I A V

F R E Y N T A O P I L U L A A I A I R

S A Ç K O B O N E Q C V M T N E A M A

P E T I T P A T R F O L P E D B D O T

C H I E N P R E S E R V A T I V O P I