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EDIÇÃO 01 NOVEMBRO 2014 Descarte irregular de lixo e resíduos preocupa moradores do Vista Bela. Pg 03 Lixo na lixeira Movimento dos Artistas de Rua de Londrina realiza ocupação artística no Vista Bela Pg 06 Projeto trabalha na volta à escola de moradores dos onze bairros nos quais o DIST atua Pg 02 Moradores reconhecem e propõem soluções para o Vista Bela e bairros do entorno Pg 04 Arte nas ruas Volta à escola Projeto DIST Foto: Comitê Gestor DIST Foto: banco de imagem Stock Photos Foto: Comitê Gestor DIST Foto: Jaqueline Vieira

Jornal informAção - 1º edição

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O Jornal InformAção é o veículo de comunicação do Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável de Território (DIST) do Residencial Vista Bela e seu entorno. Além de abordar as ações do projeto, o jornal conta com pautas que foram escolhidas junto com o Comitê de Comunicação, que é formado por moradores dos territórios que estão envolvidos com as atividades do DIST.

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Page 1: Jornal informAção - 1º edição

InformInformInformInformInformInformAçãoAçãoAçãoAçãoAçãoAçãoEDIÇÃO 01 NOVEMBRO 2014

Descarte irregular de lixo e resíduos preocupa moradores do Vista Bela.

Pg 03

Lixo na lixeira

Movimento dos Artistas de Rua de Londrina realiza

ocupação artística no Vista Bela Pg 06

Projeto trabalha na volta à escola de moradores dos onze bairros nos quais o

DIST atuaPg 02

Moradores reconhecem e propõem soluções para o Vista Bela e bairros do

entornoPg 04

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Page 2: Jornal informAção - 1º edição

COMITÊ DE COMUNICAÇÃOO ano de 2014 será marcante

para Valter Lopes da Silva. De volta ao Brasil após mais de 20 anos trabalhando no Japão, ele mais uma vez percebe que a melhoria das condições de vida da sua família depende de uma mudança de atitude. Walter vai voltar a estudar para concluir o Ensino Médio, que abandonou para aproveitar a oportunidade de trabalho no exterior. “Tenho uma grande experiência, mas se quiser aumentar meus ganhos, tenho que ter um diploma”, diz.

O morador do Conjunto Ma-ria Celina enxerga mais longe e diz que quer começar uma fa-culdade assim que terminar o Ensino Médio. “Penso em fazer assistência social porque sem-pre quis trabalhar em prol das

Voltar à Escola: a busca por um futuro melhor

pessoas”, afirma.Valter está entre as deze-

nas de pessoas que atenderam ao chamado do Projeto DIST e agora vão completar os estu-dos. A Volta à Escola movimen-tou o Vista Bela e Entorno.

Os moradores do território que compõe o DIST terão aulas de uma hora e meia, três vezes por semana, para terminar o Ensino Fundamental ou o Ensi-no Médio. As aulas serão minis-tradas no CAIC da zona oeste por professores do SESI, que também vai fornecer o material necessário. Setenta e quatro matrículas foram realizadas e há também cinco pessoas que farão um teste para ver em que série se enquadram.

Os moradores se mobilizaram para buscar as pessoas que por

DIEgO ROSSIPor que encontramos o lixo

em vários lugares da nossa cidade, praça e ruas? Muitos dizem: não é obrigação minha, eu pago imposto! Mas temos a obrigação como cidadãos de fazer a nossa parte.

Difícil acreditar mas podemos mudar essa realidade que nos ronda por todo lado. Se cada um colaborar fazendo separação dos resíduos recicláveis, em seu próprio lixo, já seria de grande ajuda. E também se o Poder Público apoiar novos projetos e cooperativas, incentivando-os.

Claro, também temos que nos conscientizar, pois

Opinião: Podemos mudar?

um motivo ou outro abandona-ram os estudos. Foi realizado um mutirão com a participação de vários membros do Comitê gestor, que passaram alguns meses informando e incentivan-do as pessoas a se inscreverem no Projeto.

A Volta à Escola, ou Reinser-ção Escolar é uma das metas mais importantes do Projeto

DIST. “Quando a pessoa não conclui o Ensino Básico (Fun-damental e Médio) tem reduzi-da suas oportunidades de fazer cursos profissionalizantes e com isso limita suas possibilidades profissionais. Voltar a Escola é apostar num futuro melhor para si e para sua família”, diz Rose-mari Friedmann Angeli, coorde-nadora pedagógica do Projeto.

lixo além de deixar uma má impressão, também nos traz problemas de saúde. Mas essa é outra história e fica para a próxima.

Aí vem a pergunta que não quer se calar: Da parte do poder público, como e quando haverá ações importante e necessárias?

Saiu no Jornal de Londrina a seguinte nota:

“Feito desde o ano passado pela CMTU, com promessa de implantação em 400 dias, o Programa Lixo Zero. O projeto ainda não tem valores definidos, e só sairá do papel em 2020. grande parte do investimento será da iniciativa privada.”

InformAção novembro 2014

DIST promove volta à escola para moradores do Vista Bela e bairros

próximos

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ExpedienteCoordenação projeto DIST: Ciliane Carla Sella de Almeida

Equipe Projeto DIST: Gracielli Aparecida de Souza, Rosemari Friedmann Angeli, Mara Regina Rodrigues e Cristiana dos Anjos.

Equipe de Comunicação do DIST: Tatiana Fiuza (MTB - JP03813DF) e Bruna Ferrari

Diagramação: Bruna Ferrari

Comitê de Comunicação do território atendido pelo DIST: Edileusa S. A., Irmã Catarina, David Willian, Marta do Nascimento, Luiza Aparecida da Silva, Diego Rossi, Maria Eliza da

Foto: banco de imagem Stock Photos

Silva, Jaqueline, Raquiel Aparecida Cardoso, Ana Lúcia V. P. Cardoso, Silvana de Jesus Soares, Maria Auxiliadora dos Reis, Vanda Alves de Oliveira e Walter Lopes da Silva.

Parceiro gestor: Instituto Pólis Coordenadora geral Instituto Pólis: Margareth Uemura

Sede DIST: Avenida Giocondo Maturi 731, Jardim Maria Celina(43) 3327-6421 - CEP: 86081-542 Tiragem: 3.000 exemplares

Impressão: Gráfica Folha de Londrina

Page 3: Jornal informAção - 1º edição

MARIA AUXILIADORA DOS REISO problema do lixo em nosso

bairro é evidente. Apesar de ser um assunto que muitos consideram cansativo ou pouco importante, é ainda um dilema que convivemos diariamente e causa sérios problemas. Como se não bastasse o lixo nas ruas e nas bocas de lobo já entupidas, contamos com a ajuda de cães e gatos para espalhar a sujeira.

Seja um simples papel de bala ou de chocolate, por exemplo, se jogado pelas janelas dos ônibus já aumenta o volume de resíduos nas nossas ruas. Sem contar que todo esse lixo vaiaparar nas bocas de lobo, seja pela ação do vento ou dos moradores que as transformam em lixeiras. Daí o problema só aumenta, pois esse material pode parar nas galerias de águas e chegar até os rios, poluindo e atrapalhando o escoamento das águas de chuva.

Como produzimos uma enorme quantidade de lixo de todas as espécies por dia, precisamos exercitar a consciência e o

discernimento de ao menos fazer a nossa parte para ter um bairro mais bonito, limpo e sadio.

É certo que não temos a cultura de nos preocuparmos. Por exemplo, quem se pergunta: “Para onde vai todo esse lixo?” Com a falta de lixeiras nas ruas a pessoa se sente no direito de jogar seu lixo em qualquer lugar,

ou amontoar em algum terreno para queima posterior. O que acontece depois é o mau cheiro dos dejetos e atração de animais que gostam e vivem do lixo, como: baratas, ratos, gambás, moscas e mosquitos, e ainda causando o acúmulo da água das chuvas e a proliferação dos mosquitos da dengue. O solo também pode fi car

Lixo na lixeira

A fonte dessas informações é a CMTU, para onde os moradores também podem ligar:(43) 3379-7900, falando com Maiara ou Karen.

O que fazer com meu lixo

afetado, dependendo do material descartado. Outro problema é a poluição gerada pelas queimadas de lixo nos quintais das residências e nos terrenos baldios. Elas contribuem para o surgimento e o agravamento das doenças respiratórias e a piora do clima, seja no inverno ou verão, deixando o ar cada vez mais seco.

É saudável criar o hábito de separar nossos lixos como plástico, metal, papel e vidro – que são recicláveis - do restante do material de rejeito (que é o lixo do banheiro) e do orgânico (lixo da cozinha), que também é reaproveitado, podendo se transformar em adubos para plantas e hortas. Basta cada um colaborar em casa que dessa maneira ajudamos na destinação e tratamento correto do lixo. Colocar o lixo nos dias e horários em que a coleta é feita, evitando que os animais vasculhem e espalhem o lixo. E lembrem-se: Lixo também é uma fonte de renda.

Baterias de celulares: levar até as operadores de

celulares

Lâmpadas fl uorescentes: entregar numa loja do Muffatto

ou na Unifi l

Remédios (vencidos ou sobras): levar à farmácia Vale Verde da avenida Higienópolis (em frente ao Mc Donald’s) ou da avenida Maringá (em

frente à rotatória

Restos de material de construção e

jardinagem (galhos, etc): existemecopontos

especializados com carroceiros cadastrados

e autorizados pela CMTU. Até 1m3, é preciso contratar

um carroceiro; para volume maior, contratar empresa de caçamba

Móveis/madeira/eletrodomésticos (geladeira, fogão,

etc.): contatar Cooperativa

Coopermudança. É só ligar (43) 3339-7951. Recolhem recicláveis (coleta seletiva) na

sexta-feira

Eletroeletrônicos (TVs, monitores, computadores, celulares, etc):

contatar ONg E-Lixo (3339-0475- Rua

Ermelindo Leão, 385, Vila Portuguesa). É cobrada taxa de R$

15,00 para buscar. Eles consertam o material (TVs e computadores) e revendem a preço

acessível

Pilhas: levar a uma loja do supermercado

Muffatto

InformAção novembro 2014

Excesso de lixo nos bairros preocupa moradores

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Lixo jogado em terreno do bairro Vista Bela

Foto: Comitê Gestor DIST

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Projeto DIST organiza moradores

RAQUEL B. DE CARVALHOTem novidade no Conjunto

Vista Bela e mais 10 bairros vizi-nhos da zona Norte de Londrina. O Projeto DIST – Desenvolvi-mento Integrado e Sustentável do Território faz uma movimen-tação diferente na região, com diversas ações com objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social, organizando a população para buscar melho-rias nas condições de vida e for-talecendo a cidadania.

O Projeto DIST é desenvol-vido pelo Instituto Fazer, de Londrina, em parceria com o Instituto Pólis, de São Paulo. O patrocínio da iniciativa vem do Fundo Socioambiental da Cai-xa Econômica Federal. Projetos semelhantes estão sendo rea-lizados em 10 outras cidades brasileiras, em conjuntos habita-cionais do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Londrina é a única do sul do País a receber o projeto.

As ações do DIST em Londrina estão acontecendo no Vista Bela, São Jorge, Horizonte II, Ana Terra, Santo André, Chefe Newton, Vivi Xavier, Parigot de Souza, Maria Celina, José giordano e Padovani. As prio-ridades para o DIST está sen-do construído pela população. Após conhecer o Projeto em reuniões realizadas nos 11 bairros, dezenas de pessoas aceitaram o convite e agora participam do Comitê gestor, que tem a tarefa de discutir e definir as ações que serão realizadas no território.

Conheça as metas do DIST:

Nesta primeira edição, o In-formAção traz notícias das vá-rias atividades que estão acon-tecendo e das metas que foram

aprovadas pelo Comitê gestor:

Meta 1: Construir uma agenda de desenvolvimento.

Nesta etapa os morado-res participam da discussão e decisão sobre as priorida-des para melhorias nos bair-ros ações que serão desen-volvidas para conquista-las. As ações serão coordenadas pelo Comitê gestor, que tem representantes de todos os bairros envolvidos.

Meta 2: Promoção da ges-tão integrada do território

Através de um programa de computador (software), vão ser organizadas e colocadas na in-ternet as informações importan-tes sobre os bairros (transporte coletivo, escolas, UBS, creches, sistema viário, esgoto, água, luz coleta de lixo, etc.). Essas infor-mações serão importantes para reivindicar à Prefeitura e gover-no do Estado a implantação das melhorias necessárias.

Meta 3: Qualificação pro-fissional

Implantar cursos profissiona-lizantes, de acordo com a neces-sidade e preferências dos mora-dores, como mecânica, culinária, costura, beleza, azulejista e ou-tras atividades da construção ci-vil, em articulação com SENAC, SENAI, PRONATEC e outros ór-gãos. Além disso, serão ofereci-dos cursos sobre associativismo, empreendedorismo, organiza-ção de negócios. Também será implantada uma Incubadora So-cial e Tecnológica. A incubadora vai oferecer apoio para os mo-radores desenvolverem ideias e transformá-las em empreendi-mentos geradores de renda. Na incubadora, os projetos recebe-

rão orientações e suportes ne-cessários, até que possam cami-nhar com as próprias pernas.

Meta 4: Reinserção da população no sistema es-colar – Volta à escola

As pessoas que não termi-naram os estudos poderão voltar à escola se capacitar para uma profissão. Com isso, terão mais chance também de fazer os cursos profissionali-zantes e melhorar de vida. As pessoas interessadas devem procurar a sede do Projeto.

Meta 5: Integração com políticas públicas

O Comitê gestor, com re-presentantes dos 11 bairros e com o apoio do DIST, vai buscar o desenvolvimento de programas municipais, esta-duais e federais, que vão be-neficiar os bairros, como a luta pela implantação das escolas municipais e estaduais. Morado-res também serão incentivados a elaborar projetos de melhorias para os bairros e para a popula-ção, de forma participativa.

Meta 6: Fortalecimento da

CidadaniaMoradores do Vista Bela e En-

torno deverão ser os agentes da sua História. Serão preparados a participar dos diversos espaços de discussão da vida na cida-de – audiências públicas, con-ferências, conselhos e outros. A participação das pessoas de forma organizada é importante para a conquista de melhorias. A população também será pre-parada a dar continuidade às ações implantadas pelo DIST e a conservar e manter espaços e equipamentos públicos. Haverá ainda feiras e atividades cultu-rais e artísticas.

ComunicaçãoOs moradores também serão

agentes da Comunicação no ter-ritório produzindo e circulando informações nos bairros. O Co-mitê de Comunicação, compos-to pelos moradores, vai editar, mensalmente o jornal InformA-ção e outras formas de comuni-cação que ajudarão a organizar os moradores. Diferentes histó-rias, variados talentos e as prin-cipais reivindicações da popula-ção vão se tornar conhecidos e reconhecidos.

Buscando o desenvolvimento econômico e social dos bairros, o projeto vai trabalhar com seis metas dentro das comunidades

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Vista Bela - um dos onze bairros que englobam ações do DIST

Foto: Wellington Victor

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RAQUEL B. DE CARVALHOO Comitê gestor do Projeto

DIST vem, nos últimos meses, mobilizando e propondo aos mo-radores um novo olhar sobre o Vista Bela e bairros do entorno, com a proposta de melhorar a qualidade de vida da população.

A realidade enfrentada pelos moradores dos 11 bairros que compõem o DIST tem sido as-sunto principal de conversas e reuniões do Comitê gestor, mas a disposição em buscar soluções para os problemas vai além dos encontros quase semanais na sede do Projeto. O grupo está fazendo o reconhecimento do território de um jeito muito in-teressante e produtivo. Munidos de papel, caneta e celulares, os membros do Comitê gestor e os moradores têm feito cami-nhadas pelas ruas dos bairros, registrando opiniões dos mora-dores e fotografando os proble-mas.

A primeira visita foi no Jardim São Jorge. Do Vista Bela até o bairro, nada passou despercebi-do e tudo foi fotografado e ano-tado. No São Jorge, o grupo foi recebido por Claytonyny Fernan-do e Naiá, acompanhados do bebê Vítor. O casal foi o respon-sável por mostrar a comunidade em que vivem. “Este lugar está bem melhor que o Vista Bela”, afirmou Vanda Alves de Oliveira, moradora do Vista Bela, ao se

surpreender com a organização de uma ocupação.

Olhares atentos, comentários e troca de ideias. Tudo isso ao passar por depósitos irregulares de lixo, por um jardim bem cui-dado, por uma horta, pela praça, escola, mercadinho, barracão da reciclagem. E o espanto ao se deparar com uma montanha de lixo que quase toma a rua.

A segunda caminhada de reconhecimento do território aconteceu no Vista Bela, no dia 23 de agosto. A partir do itinerá-rio traçado pelo morador Diego Rossi, os membros do Comitê gestor viram e registraram as condições do bairro, conversa-ram com moradores e trocaram ideias.

O grupo encontrou no Vista Bela lixo amontoado em vários terrenos vazios, com material reciclável, rejeito e orgânico, além de animais mortos. Porém, viu quintais bem cuidados com hortas e jardins, árvores em crescimento, algumas floridas, outras destruídas. Nem mesmo os fundos de vale, com nascen-tes e belas árvores, escaparam da poluição e viraram lixões a céu aberto.

Bairros vistos do altoMembros do Comitê gestor

do DIST puderam ver o local onde vivem também de um jeito bem diferente, do alto. Eles par-ticiparam da Oficina de Diagnós-

tico Participativo, ministrada por dois arquitetos – Felipe Moreira e Vitor Coelho Nisida – do Ins-tituto Pólis, de São Paulo, que é parceiro do Instituto Fazer no Projeto DIST.

Os dois arquitetos mostraram mapas do Vista Bela e Entorno retirados do google, que usa fotos de satélite. Felipe e Vitor marcaram nos mapas tudo o que tem no território do DIST e na cidade de Londrina: onde es-tão as escolas, creches, hospi-tais, Unidades Básicas de Saúde –UBSs e terminais de ônibus.

Debruçados sobre os mapas, os participantes puderam ava-liar a realidade da cidade e dos bairros e levantaram as neces-sidades que a população tem nas áreas de saúde, ambiente, geração de renda e mobilida-de urbana. Entre as propostas, surgiu a ideia da implantação

de uma escola que atenda os alunos da pré-escola ao Ensino Médio, e de um hospital univer-sitário que atenda a população de toda a região. Uma necessi-dade, que pode ser solucionada de imediato é a implantação de uma linha de transporte coletivo que ligue os bairros ao terminal central, sem passar pelos outros terminais.

Um dos pontos altos da Ofici-na foi a apresentação do softwa-re (programa de computador) Mootiro. Com este software, os moradores cadastrados podem colocar informações sobre os bairros. É uma importante fer-ramenta de gestão do território.

Agentes públicos, ou seja, fun-cionários de empresas e órgãos públicos, também participaram de atividades de treinamento sobre georreferenciamento e ferramentas de gestão.

Olhos atentos identificam problemas e buscam soluções

Comitê gestor do Projeto DIST faz reconhecimento dos bairros registrando a opinião dos moradores e os problemas dos locais

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Residências do Vista Bela

Foto: Wellington Victor

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VANDA A. DE OLIVEIRA, SILVANA J. SOARES E MOVIMENTO DOS ARTISTAS DE RUA DE LONDRINA

A visita deles é muito legal. Primeiro eles vão na quadra do bairro e montam o cenário. De-pois saem em caminhada pelo bairro, cantando com instru-mentos, como saxofone, com chocalho e bumbo. Vão can-tando pelas ruas do bairro para chamar a atenção dos morado-res.

Eles cantam essa música: “Se essa rua fosse nossa!. Pelo que sei a rua é do povo, ninguém comprou. Ninguém partiu. Di-reito nosso garantido na Cons-tituição.

Mas que conhecida contradi-ção, não? No papel é uma bele-za, mas por aqui a lei que che-ga, quando chega, chega toda torta.

Mas as ruas de Londrina an-dam muito disputadas. Dizem

até, a boca pequena, que go-vernos privatizantes querem tomá-las para si. Com a Lei do Artista de Rua, nem taxas, nem burocracia, nem polícia, nem terno engomado, nem peruca de juiz, nem político desinfor-mado poderiam nos impedir.

Ora, como se impedissem! Se assim fosse a gente não tava aqui. Somos um Bando de ar-tistas que trabalham na rua. Nos reunimos no Movimento dos Artistas de Rua de Londrina (MARL). Então, nós teatreiros, artistas, contadores de histó-rias, rappers, músico, grafiteiros e outros bons malucos fecha-mos juntos quando o assunto é fazer uma arte que seja de todos. Uma arte gratuita, livre, pública, que só se faz na rua.

É lá onde as pessoas estão. É onde nos encontramos, fugidos de uma cidade cercada de muros visíveis e invisíveis.

Arte pelas ruas do Vista BelaMovimento dos Artistas de Rua ocupa o Vista Bela e transforma os espaços

públicos em palco da comunidade

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Fotos da ocupação do Movimento dos Artistas de Rua de Londrina no bairro Vista Bela

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Desde 2012, fazemos ocupa-ções em bairros da cidade, fugi-mos do centro que monopoliza o circuito artista para mostrar que as pessoas estão em todos os lugares. E onde há pessoas, há arte, lá estão os artistas para trocar.

Conhecemos já alguns bair-ros e em todos eles se faz arte. Em todos eles quisemos ficar mais, saber como é, quando o sonho é bom.

Os artistas contam sobre a Tia Miséria – ela nunca morre. Também contam a estória da Tia Flora sobre a Bela Adorme-cida. É legal, eles interagem com as pessoas que estão assis-tindo. Um a faz a Bela dormindo e vem um menino e dá um beijo no rosto e ela acorda. Então, as pessoas fazem parte da cena.

Para garantir este direito em nossa cidade, o MARL defende:

- A imediata aprovação da Lei do Artista de Rua de Londrina.

- A listagem de prédios, terre-nos e outros locais públicos que não estão sendo usados para nada e sua concessão para que os artistas de rua de Londrina tenham espaço para desenvol-ver seu trabalho.

- A reformulação do Promic – Programa Municipal de In-centivo à Cultura – diminuindo a burocracia no repasse dos re-cursos para os produtores cul-turais,

- Uma distribuição mais igua-litária da produção artística na cidade. Criação da disciplina ‘Teatro de rua’ dentro da gradu-ação em Artes Cênicas da Uni-versidade Estadual de Londrina (UEL), bem como a criação do curso de licenciatura em Artes Cênicas na mesma instituição.

Dia da famíliaNa creche do bairro Vista

Bela. As crianças fizeram dese-nhos da família e colocaram em

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César – Pintura e acabamentos/vidraceiro Contato: 8462-8241

Cláudio – Pedreiro Contato: 8411-3250 9633-2518 / 8842-1146

Lucinete – Costureira Contato: 9635-8699

Jurandir- Pedreiro e Pintura: 8462-0270

Rosalina – Marmitex / Salgados / Doces Contato: 3348-3528

Rita de Cássia – Salgados Contato: 8448-3682

Cristina Mara – Composição Musical Contato: 3348-8687

José Vanelço – Arte em madeira Contato: 8448-3682

José Roberto Nogueira, de 40 anos, destaca o problema da falta de limpeza, em especial do mato que cresce ao lado de sua residência, sem providências de roçagem.

Bolo de bananaIngredientes:- 4 bananas maduras (lavar e utilizar a casca);- 1 xícara (de chá) de óleo;- 2 xícaras (de chá) de farinha de rosca;- 1 ½ xícaras (de chá) de açúcar;- 1 colher (de sopa) de fer-mento em pó.

Preparo: - Untar e enfarinhar uma as-sadeira retangular média;- Bater no liquidificador as bananas, os ovos e o óleo;- Em uma vasilha, colocar a farinha de rosca, o açúcar e o fermento;- Junte a mistura do liquidi-ficador e misture bem com o conteúdo da vasilha;- Assar por 30 minutos mais ou menos;- Quando pronto, polvilhar com canela e açúcar.

Serviço

Receita

Enquete:

CRISTIANA DOS ANJOSEntre as muitas coisas posi-

tivas acontecendo no Vista Bela está o Bazar que acontece men-salmente no Salão da Igreja. Cerca de 20 pessoas da comu-nidade estão envolvidas em sua organização, com a coordenação da Irmã Catarina da Silva.

Bazar arrecada recursos para viabilizar empreendimento solidário

As peças vendidas são princi-palmente roupas e sapatos, doa-das por pessoas e por lojistas da cidade. Elas são cuidadosamente selecionadas, embaladas e ven-didas a preços bem baratos. A arrecadação do Bazar gera de R$ 800 a R$ 1.000 por edição, que forma um caixa para futuro

investimento em um projeto de empreendimento solidário, de geração de renda para a comu-nidade. As moradoras ficam feli-zes de ir às compras no Bazar e escolher o que mais gostam, di-zem as organizadoras. É um mo-tivo de encontro, envolvimento e contentamento.

Nós do jornal InformAção saímos pelos bairros da região ouvindo as opiniões dos moradores sobre o que acham que falta e como se sentem morando por aqui. Vamos conferir?

Falta escola, posto de saúde e lazer, diz a artesã Marli Feijó, de 53 anos, moradora do Jardim São Paulo. Ela está feliz por ter chegado um mercado por lá, mas lembra que ainda falta farmácia, mais comércio até uma igreja.

Sérgio Borges de Oliveira, 44 anos, morador do Vista Bela, verdureiro e trabalhador em serviços gerais, gosta de morar no bairro, mas reclama a falta de posto de saúde para cuidar melhor da população.

O pastor Luiz Cool, de 53 anos, é morador do Maria Celina e também frequenta muito o Vista Bela. Para ele, a situação de saúde da população é precária e precisa de maior atenção.

Moradora do Vista Bela, Dona Maria Julia, de 62 anos, aposentada, está feliz e acha que o bairro está bom. Aliás, quase todos os moradores dizem que se sentem bem morando no bairro, mesmo quando reclamam do que ainda está faltando para melhorar as condições de vida.

O Senhor Nilson da Silva Rocha, de 63 anos, morador do Vista Bela há 8 anos, trabalha com propaganda a três anos e é outro dos que se sentem contentes e diz que o bairro está bom.

Jéssica Josiane da Silva, de 21 anos, é moradora do Vista Bela 8 fazem dois anos e meio e reclama de dois problemas principais: a falta de creche e de um posto de saúde.

Outro que faz questão de dizer que está contente de ter sua casa e morar no bairro é o Senhor Moacir Ribeiro, de 70 anos, motorista aposentado.

Marinalva Romão, de 45 anos, também moradora do Vista Bela, fala da necessidade de melhor limpeza no bairro, para não acumular lixo. Ela também gostaria que implantassem faixa de pedestre e asfaltassem o Vista Bela.

InformAção novembro 2014

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