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Campus: evento para a exposição de trabalhos termina amanhã Pág. 06 Palmeiras: time está em Londrina para dois jogos da série B Pág. 09 Jana Garcia: ganhadora do prêmio Vladimir Herzog Pág. 12 Ventos de 104 Km/h atingem a cidade de Londrina pág. 04 Ano 40 - Nº 9 -09 de outubro de 2013 UEL 42 anos Universidade comemora aniversário essa semana e acumula bons números pág. 07

Jornal Pretexto Expresso 6

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Pretexto Jornal Expresso de 09-10-2013. Jornal Laboratório produzido pelo 4 º ano do Curso de Comunicação Social, habilitação Jornalismo, da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

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Page 1: Jornal Pretexto Expresso 6

Campus: evento para a exposição de trabalhos termina amanhãPág. 06

Palmeiras: time está em Londrina para dois jogos da série BPág. 09

Jana Garcia: ganhadora do prêmio Vladimir Herzog Pág. 12

Ventos de 104 Km/h atingem a cidade de Londrinapág. 04

Ano

40 -

Nº 9

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UEL 42 anosUniversidade comemora aniversário essa semana e acumula bons númerospág. 07

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Uma peroba, plantada dia 7 de outubro no Cam-pus Universitário, representou o início das co-memorações do 42º aniversário da Universi-dade Estadual de Londrina. Como presente de

aniversário, naquele mesmo dia saiu o resultado do último Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

Cerca de 30% dos cursos avaliados em todo apresen-taram resultados insatisfatórios (notas entre 1 e 2) enquan-to 19% chegaram a nota 4 e apenas 5,4% atingiram nota máxima 5. Em tempos de educação brasileira em constante sinal de alerta, a UEL se destaca por não apresentar nenhum curso reprovado pelo Ministério da Educação (MEC) e de ter todos os cursos avaliados com as melhores notas.

Dos nove cursos verificados pelo Enade, sete deles atin-giram as notas 5 ou 4. Os que atingiram nota máxima foram Psicologia, Ciências Contábeis, Administração e Direito. Os que alcançaram o conceito 4 foram Design de Moda, De-sign Gráfico e Secretariado Executivo. A chefe da Divisão de Diagnóstico e Desenvolvimento Institucional, Marinalva Ris-si, analisou o resultado dos últimos três anos – 2010, 2011 e 2012 – e contabilizou 36 cursos com notas 4 ou 5.

Além do ENADE, a UEL teve vários destaques em rankings nacionais e internacionais. O Ranking Universitário Folha 2013 classificou a UEL como a 23ª melhor universi-dade e com oito cursos entre os dez melhores do país. A nova edição do SIR World Report colocou a UEL entre as instituições estaduais que mais publicaram artigos científicos

entre os anos de 2007 e 2011 – a terceira do Paraná, logo atrás da Universidade Estadual de Maringá (UEM). E, por fim, o ranking mundial QS Top Universities (Wordwide Uni-versity Rankings), de 2013, posicionou a UEL entre as 200 melhores universidades do mundo e entre as 19 melhores do Brasil.

Mesmo mantendo bom desempenho no ENADE e em outros rankings, a UEL ainda apresenta vários problemas como demora na ampliação de infraestrutura, destaque para

o prédio novo do Centro de Comunicação e Artes (CECA) que está há mais 30 anos na espera e o aumento do Restau-rante Universitário (RU), manutenção nos prédios e implan-tação de novos laboratórios.

Em quatro décadas, a UEL já consolidou entre as melho-res universidades do país, mas ainda precisa torna-se mais ágil no gerenciamento. Uma das alternativas continua sendo a busca por maior autonomia.

Jornal Laboratório produzido pelo4º ano do Curso de Comunicação Social, habilitação Jornalismo, da Universidade Estadual de Londrina

Coordenação Editorial(docentes responsáveis):Emerson DiasFábio SilveiraGisele RechLauriano Benazzi

Editor-Chefe:Bruna GonçalvesChefe de Redação:Guilherme Vanzela

Editores:Claudia HirafujiGiulia EspinaLarissa PiauíLigia GomesMariana Mortari

Reportagem:Beatriz BotelhoDeborah VacariIsabela NicastroKaren BuenoKeli GevezierRosana Reineri

Diagramação: Adam EscadaAllyson PallisserAna Teixeira

Projeto Editorial:Emerson DiasFábio SilveiraGisele RecheLauriano Benazzi

Projeto Gráfico:Erick LopesLaís TaineLauriano Benazzi

Chefe do Departamentode Comunicação:Mário Benedito Salles

Coordenador do Colegiadode Jornalismo:Ayoub Hanna Ayoub

Correspondência:Coordenação do Curso de JornalismoUEL - Universidade Estadual de LondrinaRodoviaCelso Garcia Cid, BR 445, Km 380 CEP 86057-970Londrina – PRTel.: (43) 3371-4328E-mail: [email protected]

PreTexto na Internet:facebook.com/JornalimoUELwww.issuu.com/jornalpretextowww.jornalismouel.com

Mesmo mantendo bom desempenho no ENADE e em outros

rankings, a UEL ainda apresenta vários problemas como demora na

ampliação de infraestrutura

CHARGE

Opinião02 09 de outubro de 2013

Entre perobas e entulhosEDITORIAL

MEMÓRIA

CRÔNICA

O lado privado de personalidades públicas Artistas brasileiros reivindicam autorização prévia para lançamento de biografias. Escritores são contra

GLEBA PALHANO

Se a região que durante muitos anos ficou conhecida como os “Cinco Conjuntos”, na Zona Norte, ganhou a fama de decidir eleições em Londrina, a Gleba Palhano, na Zona Sul, está surgindo como um fato novo dentro da políti-ca da cidade. Não por decidir eleições, como o “Cincão”, mas por levantar a voz, fazer barulho e até, em algumas oportunidades, conseguir bar-rar algumas iniciativas governa-mentais.

Um dos exemplos contun-dentes do poder de intervir em medidas governamentais foi a derrubada, na Câmara, do projeto de lei que atualiza-va a planta de valores, no final de 2009. A região, que sofreu uma forte valorização imobili-ária, seria uma das mais atingi-das e uma das que se mobili-zou. Depois veio o debate dos superpostes da Copel – a Pre-feitura está apresentando uma rota alternativa à empresa de energia – e a “Lei Angeloni”, mudando o zoneamento de alguns lotes na região, contra a qual a Gleba se mobilizou, mas não conseguiu impedir a aprovação pela Câmara.

AS CONTAS

De acordo com o prefei-to Alexandre Kireeff (PSD), a ameaça de déficit de R$ 70 milhões, que se desenhava no começo do ano, já está des-feita. Kireeff afirmou que até agosto o contingenciamento conseguiu segurar R$ 69 mi-lhões. Conforme Kireeff, o dé-ficit de R$ 1,250 milhão desse momento será desfeito até o fim do ano.

BELIBOOK

O ex-prefeito Antonio Be-linati (PP) estreou um perfil no facebook. Até agora, nenhuma declaração bombástica nas suas postagens. Aliás, nenhu-ma postagem dele mesmo. Só uma foto do vereador Marcos Belinati (PP) numa homena-gem a bombeiros.

EMPATE TÉCNICO

É claro que com 10 meses de governo Londrina é impos-sível cobrar mudanças subs-tanciais. Mas ninguém imagina-ria que a gestão autointitulada técnica do prefeito Alexandre Kireeff (PSD) tropeçaria em questões meramente… téc-nicas.

O fechamento do Restau-rante Popular já caminha para três meses e meio. As contra-tações emergenciais pululam. A Câmara reclama de projetos “incompletos”. Concurso sus-penso na saúde. E por aí afora.

Estes músicos também obtiveram êxito comercial graças à exposição de suas obras privadas para o público

DEBATE

Opinião 0309 de outubro de 2013

PolíticaFábio Silveira

Guilherme Vanzela

O onteme o hojeNo último final de semana, o time de futebol da Associação Atlética da UEL (AAUEL), que reúne os melhores atletas da Universidade, venceu amistoso contra o JB FC, outro time local. O jogo terminou 2 a 1 e a equipe segue sua preparação para a disputa da Copa Unisinos e do Campeonato Amador. Na foto, Renan Ruiz comemora o gol que abriu o placar do jogo.

REGISTRO

NAS REDES

[email protected]/JornalismoUEL issuu.com/jornalpretextojornalismouel.com

Confira o PreTexto e as produções dos estudantes do curso de Jornalismo da UEL na internet. Mande seus co-mentários e sugestões de pauta através do Facebook e do Twitter. Acompanhe também a versão digital dos jornais laboratórios e as produções das demais séries no portal de notícias do curso.

A vinda do Palmeiras mexeu com Londrina. Camisetas do time alviverde espalharam-se pela cidade e tornou-se o assunto em qualquer prosa futebolística. Fora a polêmica cobrança de R$ 15 mil pela prefeitura de Londrina para

a utilização do Café - que segundo a diretoria palmeirense, no acordo inicial, não seria cobrado - tudo transcorreu muito bem.

O que chama a atenção é o fato de como um jogo de uma equipe tradicional movimenta a cidade. Inevitavelmente, os saudosistas re-montam ao final da década de 70 - mais exatamente o ano de 1977 - quando o Londrina Esporte Clube (LEC), do bem-amado Carlos Alberto Garcia, chegou as semifinais da primeira divisão do Campeo-nato Brasileiro. Naquela época, a cidade respirava o futebol e a vinda de grandes equipes era algo comum em nossa cidade.

Por outro lado, desde a queda do Londrina em 2004 para a Série C e, posteriormente a D, ficamos órfãos de embates diretos do LEC com equipes de ponta. Inclusive no Campeonato Paranaense, em que a equipe sempre teve grande tradição, já figuramos fora da elite. Esta saída do Tubarão dos trilhos fez com que a cidade ficasse carente de

grandes eventos futebolísticos e, para as novas gerações, fica inclusive difícil de mensurar a importância de Londrina para o futebol nacional.

Nos últimos anos, até a vinda do Corinthians Master (em 2009) convulsionou nossa cidade – seguido pela pré-temporada do Flamen-go (encerrada em um amistoso junto ao Corinthians)em 2012 e pela aparição do São Paulo este ano – mostrando que matamos a saudade dos tempos áureos graças à visitas esporádicas de equipes tradicionais. Paralelamente, temos um time adormecido bem embaixo de nossos narizes e que aos poucos está se despertando.

O lado positivo da vinda de grandes equipes fica no fato de Lon-drina mostrar-se capaz de comportar muito bem grandes eventos fu-tebolísticos e de recepcionar com muito carinho seus visitantes. Por outro lado, fica o lamento por sabermos que, após estes dois jogos do Palmeiras, precisaremos esperar outro golpe do destino que cruze alguma grande equipe com nossa cidade.

A melhor solução é também a mais aguardada: a definitiva ressur-reição do LEC para o cenário nacional e retorno de confrontos em clássicos nacionais.

Uma pitada de saudosismoGuilherme Vanzela

Google Image

Guilherme Vanzela

Chico Buarque sofreu com a censura na época da ditadura militar. Hoje é contrário a produção de biografias independentes

No ano de 2006 o escritor Paulo Cesar de Araújo lançou o livro “Roberto Carlos em detalhes” que

contava passagens da vida do rei da jo-vem guarda. No entanto, muito além das revelações oferecidas pelo livro, o que ganhou destaque foi a ação movi-da e vencida pelo cantor, que conseguiu uma decisão judicial retirando o livro de circulação. A alegação era a invasão de privacidade do cantor.

Recentemente, o assunto voltou à tona, com cantores de renome nacional

fazendo coro ao posicionamento de Ro-berto. Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan e Milton Nascimen-to integram este time, que exige uma autorização prévia para a publicação e comercialização das biografias. A alega-ção é que sem isto pode-se difundir a cultura de bibliografias sensacionalistas e que não é correto autores lucrarem com histórias alheias.

Escritores de renome como Boris Fausto e Ruy Castro posicionaram-se ve-emente contra isso. Ruy Castro, inclusive

afirmou que este tipo de comportamen-to é típico de sociedades totalitárias. Já Lira Neto, autor de livros sobre a vida de Getúlio Vargas, afirma que há o risco de que isto se torne um sistema chapa--branca de bibliografias.

O contraditório em tudo isto é que grande parte destes músicos sofreu ve-ementemente com a censura implantada pela ditadura militar ao final da década de 60 e que durou aproximadamente 10 anos. Estes músicos também obtiveram

êxito comercial graças à exposição de suas obras privadas para o público. Agora negam ao mesmo público que os con-sagrou uma bibliografia independente e que autores que as elaborem consigam êxito comercial. Obviamente que qual-quer tipo de informação inverídica deve ser penalizada judicialmente. Porém, isto a lei já garante aos biografados, o mo-vimento atual possui argumentos muito parecidos com aqueles que levaram à censura prévia dos tempos de AI-5.

Em junho de 1998, o assunto no Pre Texto era a medicina alternativa que ganhava adeptos e passava a disputar pacientes com a medicina tradicional

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Paraná04 09 de outubro de 2013

CULTURA

A segunda edição da Virada Cultural Paraná vai reunir um pouco da diversidade cultural bra-sileira em mais de 500 atividades. Onze cida-des receberão, nos dias 26 e 27 de outubro, o Palco Conexões, onde o público poderá conferir gratuitamente atrações locais e nacionais. Cam-po Mourão, Cianor-te, Cornélio Procópio, Cascavel, Guarapuava, Londrina, Maringá, Pato Branco, Ponta Grossa, Toledo e São José dos Pinhais participarão do evento.

TECNOLOGIA

O Governo do Pa-raná usará indicadores de Business Intelligen-ce (BI) para mapear e encontrar cidadãos que ainda não possuem do-cumento de identifica-ção, buscando melhorar a eficiência das políticas públicas. A plataforma Business Intelligence é util izada pela Celepar para extrair, de dados pré-existentes, informa-ções de apoio à tomada de decisão. Nesse caso, a tecnologia será aplica-da para identificar com precisão quem ainda não tem RG.

BANESTADO

Projeto que busca recuperar dívidas do Banestado segue para sanção do Executivo. O projeto de lei nº 146/13 foi aprovado na sessão plenária da Assembléia Legislativa, na terça-fei-ra (8). Agora, para virar lei, a proposição depen-de apenas da sanção do governador do estado.

AFASTADO

O plenário do Con-selho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília, de-terminou o afastamento de Clayton Camargo, ex--presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, do cargo de desembar-gador. Os 14 conselhei-ros e o relator também decidiram abrir Processo Administrativo Discipli-nar (PAD) para apurar supostas irregularidades cometidas pelo magistra-do. A defesa de Camargo informou que vai recor-rer da decisão do CNJ no Supremo Tribunal Federal (STF).

ExtrasKaren Bueno Mamografia é foco do

Outubro Rosa deste anoMovimento pretende incentivar os exames preventivos para reduzir o índice de mortalidade do câncer de mama

CâNCER DE MAMA

Beatriz Botelho

Em Outubro, o Paraná fica rosa para chamar a atenção das mulheres sobre a importân-cia do diagnóstico precoce do câncer de mama. É o Outubro Rosa, movimento realizado mundialmente desde 1997. No estado, as cidades vão realizar atividades educativas, exames clínicos para a prevenção do câncer de mama e mamogra-fias.

Na sua 5ª edição em Lon-drina, o Outubro Rosa tem o slogan “Mamografia e auto-conhecimento das mamas, o laço perfeito para você” e é organizado pelo Movimento Outubro Rosa Londrina, pela a Associação Nós do Poder Rosa e pelo Hospital do Câncer de Londrina.

Com apoio do Hospital do Câncer de Londrina, serão re-alizados todos os sábados (dias 12, 19 e 26 de outubro) aten-dimentos e orientações nos ônibus cor-de-rosa da Viação Garcia. No dia 5, eles estive-ram em três pontos da cidade. Segundo Mara Rossival Fernan-des, gestora de ações estratégi-cas do Hospital do Câncer, no Calçadão foram atendidas 100 mulheres e 70 delas encami-nhadas para fazer mamografia; na Leroy Merlin, das 16 aten-didas, 12 foram encaminha-das; e no Conjunto Lindoia,

64 mulheres foram atendidas e 30 delas encaminhadas para o Hospital.

É o segundo ano que o Hospital do Câncer de Londri-na participa das atividades do Outubro Rosa e, para Mara, independente do número de atendimentos, o importante é que as mulheres acima de 40 anos se conscientizem da importância da prevenção do câncer de mama. “Se diagnos-ticado precocemente a doença tem 90% de chance de cura”, afirma.

Célia Hauly, idealizadora e coordenadora do Movimento Outubro Rosa (MOR), afirma que, para 2013, o Paraná tem estimativa de diagnóstico de mais de três mil novos casos de câncer de mama e, destes, 770 levarão a óbito devido à demo-ra pela procura de tratamento.

A coordenadora do MOR, que venceu o câncer em 2008 e por isso deu iniciou ao Movi-mento, afirma que é muito im-portante a doença ser diagnos-ticada cedo, como foi o caso dela. “Senti algo diferente no meu seio e procurei um mé-dico. Se tivesse esperado mais alguns meses não teria conse-guido me curar.”

Segundo Mara, somente 12% das mulheres acima de 40 anos fazem o exame preventi-vo. Para ela, o Outubro Rosa é um momento importante para

que elas pensem um pouco mais na própria saúde. “O Ou-tubro Rosa, um movimento de cultura, é para a mulher passar a cuidar de si mesma e dar mais atenção ao próprio corpo”.

O Paraná fica rosaComo parte das atividades

do Outubro Rosa, alguns pon-tos turísticos do estado ficam iluminados com a cor tema do

Movimento: em Curitiba, o Jar-dim Botânico e a Praça do Japão recebem iluminação especial; em Foz do Iguaçu, a Iluminação Monumental da Barragem de Itaipu Binacional também fica rosa. Em Londrina, a faixada do Museu Histórico de Londrina, a Concha Acústica e o letreiro da Universidade Estadual de Londrina também serão ilumi-nados.

FIM DA GREVE

Os funcionários dos Correios voltarão ao tra-balho devido a uma deter-minação do Tribunal Su-perior do Trabalho (TST). O ponto f inal da greve foi dado na noite de terça--feira (8). A paral isação, que começou em 17 de setembro, não resultou em acordo entre a empre-sa e os servidores e, por isso, a Justiça interveio. Em Londrina, os funcioná-rios voltarão às atividades na quinta-feira (10).

AUTOESCOLAS

O Procon de Londrina autuou 27 das 31 autoes-colas em funcionamento na cidade. O problema se deu por irregularidades nas cláusulas de contra-tos de prestação de ser-viço, principalmente por não haver a devolução do dinheiro em caso de de-sistência e a exclusão de responsabil idade civi l.

CARTãO PONTO

Catorze médicos do Hospital Universitário foram alvo de ação ci-vi l pública por fraude em cartões-ponto. De acordo com o Ministério Público (MP), as irregularidades foram constatadas com-parando os cartões-ponto com imagens das câmeras de segurança do hospital.

RESTAURANTE POPULAR

Foi prorrogada mais uma vez a previsão de reabertura do Restau-rante Popular de Londri-na, fechado desde 25 de junho. A sexta empresa colocada na l ic i tação teve problemas na plani lha de custos e foi desclass i f ica-da. Agora, a preferência volta para a empresa que ocupa a quarta posição, sediada em Cornél io Pro-cópio.

ÁGUA

Cerca de 100 mil ca-sas de Londrina e Cambé f icaram sem água no sá-bado (5). A Sanepar re-al izou uma obra que vai desviar a adutora do Sis-tema Tibagi para l iberar a ampl iação da pista do Ae-roporto Governador José Richa. A obra se exten-deu durante todo o dia e foram afetados os bairros das regiões Norte, Sul e Leste de Londrina e do município de Cambé. O serviço para a mudan-ça no traçado dos canos será real izado na Estrada do Limoeiro e na Avenida Salgado Fi lho, sendo ava-l iado em R$ 6 milhões.

Londrina 0509 de outubro de 2013

RondaKaren Bueno

Para evitar a epidemiaEquipe que aplica inseticida é reforçada para a chegada do calor e da chuva na cidade

DENGUE

Karen Bueno

Com a chegada recente das chu-vas, uma antiga preocupação volta à tona em Londrina. Para minimizar o problema com a dengue foi cria-do um plano de contingência, que transfere alguns agentes de cargo, re-colocando-os para aplicar inseticida. Os principais focos das visitas serão ferros-velhos, borracharias e outros locais com acúmulo de resíduos por descarte irregular.

A Coordenadora de Endemias da Secretaria de Saúde, Denise Nu-nes, comentou que a maior preocu-pação das autoridades de saúde é o vírus tipo quatro da dengue, que está circulando pelo município. Ela expli-cou que “a população ainda não ad-quiriu imunidade a ele, aumentando o risco de morte”. Numa tentativa de conter o problema, os agentes de endemia são treinados para passar vistoriando as residências, e também desenvolvem palestras de conscien-tização em escolas, centros comu-nitários, postos de saúde e outros espaços. “Nós promovemos ações permanentes, contínuas e preventi-vas de combate ao mosquito o ano todo. Com as chuvas, aumentamos o trabalho criando mais uma equipe nova de cinco agentes para aplicação de inseticida, então são 15 pessoas nessa atividade”, detalhou Denise.

Com 1160 casos de dengue registrados na cidade em 2013, a prevenção da doença é feita por 244 agentes. O supervisor de operações de campo no combate à dengue, El-son Belisário, disse que a zona leste da cidade é a que apresenta maior número de casos. “Isso porque exis-

tem vários locais de reciclagem nas casas das pessoas, já que muitas não quiseram se associar às cooperativas, agravando o problema”, afirmou Be-lisário.

Para Maria Aparecida Bassani da Cruz, o cuidado com a dengue deve ser constante. Ela é secretária de uma cooperativa de reciclagem no Conjunto Violim e garante que o

Célia Hauly, idealizadora

do Movimento Outubro Rosa

Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. Quanto mais vírus existi-rem, maior a probabilidade de haver uma infecção. O avanço do vírus tipo 4 da den-gue pelo Brasil é uma ameaça à saúde pública porque con-firma a ação de mais uma va-riação do micro-organismo.

A explicação do problema provocado pelo vírus 4 está

no sistema imunológico do cor-po humano. Quem já teve den-gue causada por um tipo do vírus não registra um novo episódio da doença com o mesmo tipo. Ou seja, quem já teve dengue devido ao vírus tipo 1 só pode ter novamente se ela for causada pelos tipos 2, 3 ou 4.

A possibilidade da reincidên-cia da doença é preocupante. Caso ocorra um segundo epi-sódio da dengue, os sintomas

se manifestam com mais seve-ridade. Esta reação exagerada do sistema imunológico é um problema, já que pode causar inflamações e, por isso, aumenta o risco de lesões nos vasos san-guíneos, o que levaria à dengue hemorrágica. Um terceiro episó-dio poderia ser ainda mais grave, e um quarto seria mais perigoso que o terceiro.

Informações de: www.den-gue.org.br.

depósito é sempre inspecionado, es-pecialmente depois que chove. “Eu moro aqui perto, então para mim é interessante vir aqui logo depois da chuva pra ver se não ficou água para-da, porque o mosquito pode chegar à minha casa”, ponderou Maria Apa-recida, lembrando que o cuidado é redobrado porque o local já apresen-tou focos de dengue.

O funcionário de um ferro-velho na Vila Marízia Alexandre Oliveira dos Santos disse que eles têm o cuidado de furar a lataria dos veículos para não acumular água, e mesmo assim pas-sam revisando os carros depois das chuvas. Outro cuidado que os fun-cionários do ferro-velho têm é o de manter os pneus cobertos por lona, sem deixá-los expostos à chuva.

A saúde mental e o trabalhoBeatriz Botelho

Dia 10 de outubro é o Mun-dial da Saúde Mental e a Secreta-ria da Saúde escolheu abordar o tema voltado para o trabalhador. O foco principal é a conscienti-zação sobre os tipos de influên-cias que o trabalho pode causar nas pessoas. Larissa Yamaguchi, coordenadora do programa es-tadual de Saúde Mental, em en-trevista para a Agência Estado, alerta que “Um dos principais problemas atuais tem sido o as-

sédio moral. Ao sofrer com essa violência, o trabalhador pode se desestruturar, entristecer e comprometer sua identidade. A situação pode causar até doenças físicas e mentais”.

Entre os problemas mentais que podem ser ocasionados pelo trabalho estão danos psicológicos como amargura, sensação de va-zio, mau humor e irritação. Há também os reflexos no convívio social, como conflitos nas relações familiares, impaciência e agressi-vidade. O quadro pode evoluir

para sintomas físicos, como dores no corpo, distúrbios digestivos, al-teração do apetite e do sono.

O coordenador de Centro Estadual de Saúde do Trabalha-dor, José Lúcio dos Santos, expli-ca que um dos maiores desafios dos profissionais de saúde é iden-tificar problemas de saúde mental decorrentes do trabalho, já que muitas vezes o próprio trabalha-dor não relaciona o problema que está apresentando com sua atividade profissional.

A Secretaria da Saúde orienta

para quem estiver passando por qualquer situação no trabalho que prejudique a saúde mental que busca atendimento inicial na Uni-dade Básica de Saúde mais próxi-ma. A equipe de saúde irá ajudar na identificação do problema e na indicação de tratamento adequa-do, que pode ser feito na própria unidade básica, nos Centros de Atendimento Psicossocial (Caps) ou nos hospitais credenciados à Rede de Atenção à Saúde Mental do Estado.

(Com agências)

PREVENCÃO

Karen Bueno

Karen Bueno

Beatriz Botelho

Page 4: Jornal Pretexto Expresso 6

PerobalGiulia Espina

Campus 09 de outubro de 2013

COMEMORAÇÃO DO DIA DO SERVIDOR

A UEL está organizan-do diversas atividades para celebrar o Dia do Servi-dor antecipadamente, no dia 18 de outubro. Será realizada mostra de talen-tos, além da montagem de um estande com informa-ções sobre saúde, estética e orientações trabalhistas para os servidores. As ati-vidades serão realizadas no ginásio do CEFE, a partir das 10h.

JORNADA DE DIREITO DESPORTIVO

A jornada será realizada hoje (9), a partir das 19h, no anfiteatro do CESA. O objetivo é formar uma nova cultura e incentivar o surgimento de novos juris-tas que dominem o direito desportivo. As inscrições custam R$30 para estudan-tes e R$50 para profissio-nais.

CURSINHO SELECIONA INSTRUTORES

O Curso Especial Pré--Vestibular da UEL abriu inscrições para seleção de instrutores bolsistas. São diversas áreas de ensino disponíveis. Podem se ins-crever estudantes de gra-duação da UEL que ainda tenham dois anos de víncu-lo a cumprir com a Univer-sidade. Serão três fases de seleção. As inscrições são gratuitas e seguem até 18 de outubro.

INSCRIÇÕES DE INTER-CÂMBIO NO JAPÃO

As inscrições para inter-câmbio de alunos da UEL para três universidades japo-nesas estão abertas até o dia 1º de novembro. Os requi-sitos são: ser brasileiro nato ou naturalizado; ser aluno de graduação, pós-gradua-ção ou estar cursando língua japonesa na UEL; e ter nível de conhecimento básico em língua japonesa. Mais infor-mações no Núcleo de Cul-tura Japonesa da UEL pelo telefone (43) 3371-4189.

SEMANA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DO ESPORTE

A semana será realizada de 29 de outubro a 1º de no-vembro. O objetivo é atualizar os conhecimentos dos parti-cipantes e divulgar trabalhos acadêmicos e profissionais. A programação inclui mesas--redondas, palestras e apre-sentação de trabalhos. Os in-teressados em participar têm até o dia 15 de outubro para realizar a inscrição pelo site: cefeuel.webs.com. Mais in-formações pelo telefone: (43) 3371-5857.

Campus 0709 de outubro de 2013

UEL se destaca na captação de recursos na área da Saúde

LEGISLATIVOSAúDE

Projeto já desenvolvido no HU de Londrina terá financiamento da Fundação Araucária e pode ser implantado em todo o Paraná

Keli Gevezier

A UEL foi a Instituição de Ensino Superior (IES) parana-ense que mais captou recur-sos no Programa de Pesqui-sa para o Sistema único de Saúde (PPSUS) em resultado divulgado no último mês pela Fundação Araucária. A uni-versidade teve 14 de um to-tal de 57 projetos aprovados.

Entre as pesquisas sele-cionadas no edital, está o projeto “Avaliação de radio-diagnóstico em hospitais do Paraná e formação, capacita-ção e treinamento de profis-sionais do SUS” coordenado pelo professor Hugo Schelin do Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba em conjunto com o professor Cesar Antonio Caggiano, docente do curso de Física da UEL e supervisor de proteção radiológica no Hospital Universitário (HU).

O projeto surgiu a partir de uma ação que já vinha sendo realizada no HU. O professor Caggiano falou do fator relevante deste tra-balho, que agora será im-plantado no Paraná, que é a preocupação com o nível de dose de radiação absorvi-da pelos pacientes e equipe médica que atua em setores envolvendo radioatividade.

Ele ressalta que o HU de Londrina é referência, pois é um dos poucos hospitais que fazem esse tipo de conscien-tização.

No HU, esse trabalho de conscientização é realizado desde 2011, em parceria com o setor de Recursos Hu-manos - Treinamento, como explicou a encarregada da sessão, Daniela Beatriz San-tos Fenner. “Todos os cursos que acontecem no hospital são organizados por essa se-ção, exceto os da parte de enfermagem”, salientou. No entanto, como a intenção era ampliar a conscientização, foi firmada uma parceria com a Pró-Reitoria de Extensão da UEL (Proex), que ampliou a oferta do curso para residen-tes, estudantes e também à comunidade externa.

Esforço reconhecidoDe acordo com Daniela, a

ampliação do curso em nível paranaense é um reconhe-cimento do esforço de Cag-giano. “Ele está fazendo um trabalho muito bonito, muito grande, e a gente percebe que ele faz com o coração”, sustentou a responsável pelo RH do HU.

Todos esses cuidados en-volvem preocupação com

Evento de extensão começa hoje na UEL Evento “Por extenso” é direcionado para a exposição de trabalhos de alunos que atuam em projetos de extensão

Deborah Vacari

O prédio do Programa de Desenvolvimento Edu-cacional da UEL, o PDE, cede espaço para o II Sim-pósio Por extenso, até ama-nhã (10). O evento objetiva por dar destaque e divulgar a produção extensionista da UEL, demonstrada nas últi-mas semanas nesta coluna, que excepcionalmente nes-ta edição trata do evento em si.

A exposição, que conta com mais de 150 pôsteres de alunos que participam de projetos de extensão, está dividida em dois momentos. O primei-ro momento será na tarde de quarta, e o segundo mo-mento na manhã de quinta--feira.

Esta divisão se dá pe-las diferentes áreas temáticas, entre elas: saúde, cultura, di-reitos humanos e justiça, edu-cação, tecnologia e produ-ção, comunicação, trabalho e meio ambiente.

A reitora da UEL, Ná-dina Moreno, esteve presen-te na cerimônia de abertura, realizada hoje (9) pela manhã, e destacou que a atividade ex-tensionista cresceu, já que em 2013 os números desse tipo de evento realizados ultrapas-saram os do ano passado.

Além da exposição de trabalhos, o evento ofe-rece também palestras que ressaltam questões voltadas à inclusão social. A médica, Ana Maria Amorim, ministrou, hoje (9) pela manhã, uma conferência a respeito do tra-balho humanitário desenvol-

vido pela organização Médi-cos Sem Fronteiras. Ana Maria destacou as dificuldades em se trabalhar em meio a riscos e falta de matérias, e também comentou sobre a satisfação de fazer o bem para morado-res de locais com qualidade de saúde pública defasadas. “Uma palavra traduzida er-rada, pode acabar com uma missão”, ressalta a médica, que acredita que o tato ao li-

Alunos apresentam trabalhos no II Simpósio Por Extenso

COMEMORAçÃO

a saúde de pacientes e pro-fissionais no futuro, princi-palmente os riscos de con-taminação alertados pelo professor. “A radiação ioni-zante pode acontecer no DNA das células, alterando o código genético ou pode influenciar na produção do

câncer, por exemplo”, deta-lhou.

Se depender de Caggia-no, a conscientização che-gará longe. O objetivo do curso é atingir, em 2014, as 22 regionais com o curso para os técnicos da vigilância sanitária e servidores da de-

fesa civil. Em 2015, a inten-ção é desenvolver o trabalho que já se realiza no HU para os profissionais de saúde do estado e, em 2016, a pre-tensão é estar nos cursos de graduação: nas áreas médica, veterinária, de enfermagem e odontológica.

Deborah Vacari

Da fazenda à tradição de propagar o ensinoPlantio da 42ª peroba-rosa abre as comemorações de aniversário da Universidade

Fransny Marcelino/ COM HU

06

Por Extenso

O projeto já é desenvolvido pelo professor Cesar Antonio Caggiano desde do ano de 2011 no HU

Deborah Vaccari

dar com as pessoas deve ser buscado para não haver difi-culdades no desenvolvimento dos trabalhos.

Acerca das motiva-ções para se fazer o evento, a pró-reitora de extensão da UEL, Cristianne Cordeiro Nascimento, explica que a ideia de se fazer o simpósio vem sendo amadurecida des-de o ano passado. “A exten-são para nós, hoje, nada mais

é, do que a pesquisa e o conhecimento aplicado na sociedade”. A pró-reitora destaca também a diversi-dade e a multidisciplinari-dade do evento e defende que “este é o momento da gente trocar essas experi-ências”. Atualmente, a UEL conta com cerca de 200 projetos de extensão. Este número é flutuante pela re-novação existente, ou seja, há projetos sendo criados e terminados a todo instante.

Na programação de amanhã (10), será realizada uma mesa-redonda sobre Meio Ambiente e Pobreza, que começa às 8h30, e pos-teriormente haverá exposi-ção de trabalhos de áreas como educação, trabalho e meio ambiente, tecnologia e produção e cultura.

A antiga fazenda Santana, locali-zação conhecida por possuir muitas perobas entre o cafezal, deu espaço ao que hoje conhecemos como o campus da Universidade Estadual de Londrina. Tal referência é impor-tante para se entender o motivo do 42º plantio de uma muda de pero-ba, que foi feito próximo à rotatória da Biblioteca Central, no próprio campus, durante cerimônia realiza-da na última segunda-feira (7).

A solenidade, feita todos os anos para comemorar o aniversá-rio da universidade, teve novidades: três funcionários da UEL foram ho-menageados.

Os escolhidos estão ligados à universidade antes mesmo da fun-dação. Estela Okabayaski Fuzii, Ma-ria Tereza Salvedei Popoff e Joaquim Carvalho da Silva possuem mais de

70 anos e continuam trabalhando na instituição (leia box).

Além do plantio, a cerimônia teve apresentação do Grupo de Sopros da Orquestra Sinfônica da instituição (OSUEL) e foi presidida pela vice-reitora, Berenice Quinzani Jordão.

A vice-reitora, Berenice Jordão, ressaltou durante a solenidade a qualidade do ensino e também o patamar no qual a Universidade está hoje. “Somos uma Universida-de que realiza muito. Temos muito a crescer e a desenvolver. E isso depende obviamente do trabalho que cada um desenvolve aqui, mas também depende de encontrar condições para isso”, disse Berenice em entrevista ao PreTexto.

Os dados não negam o cons-tante crescimento da Universidade. O Ranking Universitário Folha 2013 indica que a UEL está na 23ª posi-

ção entre as melhores universida-des do país, já o Guia do Estudan-te classifica 10 cursos da instituição com cinco estrelas – qualidade ex-celente – dentre eles: Biomedicina, Direito e Zootecnia.

A Universidade distribui hoje mais de 13 mil estudantes em 64 cursos de graduação e 4.670 em pós-graduações. Os servidores téc-nicos administrativos somam 3.653, já os professores, 1,7 mil.

A respeito de mudanças, Bere-nice coloca em destaque também o que ainda precisa ser feito para a melhoria da UEL. “Nós temos, com 42 anos, alguns tipos de situ-ações que não haviam sido planeja-das desde o seu início. Precisam ser implementadas algumas mudanças, sejam elas reformas ou de cons-truções, para acompanhar esse crescimento o qual a Universidade demanda”, avaliou.

Fundador“Era tudo cafezal aqui quan-

do começou. A gente vinha por um carreador no meio do cafezal até aqui”. Assim detalhou Joa-quim Carvalho da Silva sobre o local onde surgiu – 42 anos atrás – o campus da UEL. Homem de personalidade forte e de humor peculiar, Silva chegou à região do norte pioneiro na fase em que estas terras estavam sendo desbravadas. O mineiro de San-tana de Cataguases tem uma história de amor pela Univer-sidade iniciada antes mesmo da

O plantio da peroba no aniversário da Universidade já é uma tradição e, esse ano, contou com a presença da vice-reitora, Berenice Quinzini Jordão

fundação, já que participou dos primeiros trâmites burocráticos, entre os anos de 1968 e 1970.

“Estou aqui desde 1960. Logo quando terminei o curso fui contratado para ser profes-sor”, Joaquim foi coordenador do curso de Letras, diretor do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH) e a predis-posição em lidar com o que há de novo motivou o profes-sor a criar o Disque-Gramática, que completou 18 anos de funcionamento ininterrupto.

E a história do professor se

confunde com a história da uni-versidade, diz nunca ter ficado parado esperando que a vida passasse a sua participação o tornou referência, demonstrada na homenagem recebida no dia do plantio da 42ª peroba rosa.

“Isso aqui é a minha vida”, ressaltou enquanto fazia o dis-curso de agradecimento. “Eu falei para a turma lá do de-partamento que eu vou ficar aqui até começar a tropeçar na minha sombra”, explicou Silva, deixando clara a rela-ção de amor pelo ofício diário.

CLCHEm 1973 o Centro de

Letras e Ciências Humanas deu início as suas atividades com os cursos de História e Letras. Hoje, neste cen-tro os alunos são um total de 1.428 e estão nos cur-sos: Ciências Sociais, His-tória, Filosofia, Letras, Le-tras Estrangeiras Modernas. O Centro possui também nove especializações, três mestrados e dois doutora-dos.

CESAO Centro de Estudos So-

ciais Aplicados abriga cursos como Direito, Secretariado Executivo, Economia, en-tre outros. “Quando entrei na UEL, pensava de forma mais prática: mercado de trabalho e pronto. A UEL abriu a minha cabeça, exis-tem muitos ramos em que podemos seguir dentro de nossos cursos”. Felipe Ma-chado é aluno do 4º ano de Ciências Contábeis.

CCE“As minhas perspectivas

sobre a minha carreira são muito positivas, há necessi-dade no mercado de traba-lho”. O estudante de Ciên-cia da Computação, Rafael Kazuhiro, destaca sobre o futuro fora da Universi-dade. O CCE foi fundado em 1972 e conta hoje com mais de 1.400 alunos, den-tre os cursos deste centro estão: Química, Fisica, Ma-temática e Geografia.

CCBO Centro de Ciências

Biológicas oferece três cur-sos: Ciências Biológicas, Biomedicina e Psicologia, os alunos que optam por estes cursos dedicam-se integralmente aos estudos, contam com Biotério Cen-tro, Museu de anatomia, Herbário, dentre outros.

CCA“A UEL me proporcio-

nou além de um grande crescimento pessoal, su-porte acadêmico com aulas ministradas por profissio-nais qualificados e laborató-rios bem equipados”. Essa retrospectiva foi feita por Vitoria Ribeiro, estudante do último ano de Medicina Veterinária. No Centro de Ciências Agrárias estão os cursos Agronomia, Zoo-tecnia e Medicina Veteriná-ria, o mais antigo dos três é o último implantado em 1973.

Deborah Vaccari

Page 5: Jornal Pretexto Expresso 6

Esporte 099 de outubro de 2013

Rosana Reineri

Londrina recebe o PalmeirasVerdão faz dois jogos em Londrina em cumprimento à punição recebida

FUTEBOL

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) está preparando seus atletas para as competições do 61º Jogos Universitários Bra-sileiros (JUBs), que será realiza-do de 26 de outubro a 1º de novembro em Goiânia (GO).

Este ano a UEL irá participar com quatro modalidades: Vôlei (feminino e masculino), Futsal (masculino), Atletismo e Judô. Todos conseguiram se classificar por vencerem os jogos esta-duais, exceto a equipe de vôlei feminino que ficou em segundo lugar nas competições e se clas-sificou por conta da desistência da Uningá, de Maringá, até en-tão primeira colocada. Esta será a primeira vez, na história da UEL, que uma equipe de vôlei feminino vai para os JUBs.

Segundo o presidente da Atlética Geral da UEL, Irê Nu-nes, estudante de Esporte, logo após a convocação são intensi-ficados os treinos e “começa a parte burocrática”. Cada atleta ou equipe tem de se inscrever para garantir a participação. “A Atlética conseguiu, por meio de festas e eventos realizados, pagar as inscrições de todos os convocados, menos a equipe de vôlei feminino, que foi convoca-da mais tarde e nós já não tí-nhamos mais dinheiro em caixa.

RECUPERADO

Depois de praticamen-te dez meses afastado, o brasileiro Anderson Varejão volta às quadras do basque-te norte-americano. Sem atuar desde o dia 18 de dezembro do ano passado, primeiro por uma grave le-são no quadríceps da perna direita e depois por conta de uma embolia pulmonar, o pivô reforçará o Cleve-land Cavaliers na primeira partida da pré-temporada, diante do Milwaukee Bucks, em Cleveland. O jogador vinha tendo a melhor fase de sua carreira na NBA an-tes de se lesionar.

MARATONA NOTURNA

Estão abertas as inscri-ções para a Decathlon Ni-ght Race, primeira corrida noturna a ser realizada no autódromo Ayrton Senna, em Londrina. O evento acontecerá no dia 16 de novembro, com público previsto de 1,5 mil pesso-as, divididas nas categorias individual, dupla ou trio. As inscrições custam R$ 50,00 e vão até 11 de novembro pela internet, sendo que 10% serão destinados ao Lar Anália Franco. A corri-da terá o total de 18 quilô-metros, equivalente a seis voltas no autódromo. A re-tirada dos kits com camise-ta, chip e número de peito será dia 15 de novembro, das 10h às 22h na Deca-thlon Londrina (Av. Madre Leônia Milito, 2121).

TESTE CANCELADO

Não será em 2014 que o Complexo Esportivo de Deodoro, principal legado estrutural dos Jogos Pan--Americanos do Rio/2007, será testado como palco do tiro esportivo na Olim-píada de 2016. O Rio havia conquistado o direito de sediar uma etapa da Copa do Mundo no ano que vem, mas o Brasil abriu mão de receber a competição. Fal-tam recursos para organizar o evento e para reformar o Centro Nacional de Tiro Esportivo (CNTE)

TESTE CANCELADO

Com apenas quatro derrotas em 69 jogos na temporada, Rafael Nadal é novamente o melhor tenis-ta do mundo. Nesta segun-da, a ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) atuali-zou seu ranking, que agora mostra Nadal na ponta, ul-trapassando Novak Djoko-vic. No domingo, a final do Torneio de Pequim foi vencida pelo sérvio, mas o espanhol pulou para o pri-meiro lugar porque não ti-nha pontos a defender.

Entre Linhas

Eles tiveram que pagar do bolso deles”, conta.

O presidente acrescenta que o transporte é outro ponto que está trazendo “dor de cabeça” à Atlética. Ele acredita que “a Universidade deveria investir mais no esporte universitário. Estamos representando a UEL, se ganhamos é o nome dela que fica conhecido”.

Esta também é uma recla-mação dos atletas. Tulio Moura, estudante de Educação Física, vai competir no salto triplo e à distância. Ele conta que a Uni-versidade só disponibiliza o es-paço para os treinos, “fora isso é a Atlética que corre atrás de

tudo”. Em seu ponto de vista a UEL está atrasada em relação às outras universidades. “Tem uni-versidade que paga tudo para o atleta, aqui a gente treina, treina e na hora de ir para as competi-ções para representar a univer-sidade é esse transtorno”.

Já para o treinador da equi-pe de vôlei feminino e também atleta da equipe de vôlei mas-culino, Matheus Elias, estudante de Esporte, a situação pior não é nem a falta de incentivo para o pagamento de inscrições e transporte é a falta de incentivo ao atleta. Ele frisa que universi-dades particulares “contratam” atletas para representá-las. Eles

ATLETISMO

Geral08 9 de outubro de 2013

PARTIDO

Marina Silva oficializa entrada no PSB e apoia candidatura de Campos

A ex-senadora do Acre Ma-rina Silva assinou a ficha de fil-iação ao PSB, partido presidido pelo governador de Pernam-buco, Eduardo Campos, no dia 5. Declarou, ainda, apoio a Campos que é apontado como provável candidato a presi-dente nas eleições de 2014. Porém, não especificou se será candidata a vice em uma chapa encabeçada pelo pernambuca-no. O lugar da ex-senadora no cenário eleitoral em 2014 será decidido no próximo ano.

Marina anunciou que a aliança entre o PSB e a Rede Sustentabilidade, partido fun-dado por ela, é programática, pois, acredita que a coligação é simbólica e que ela continu-ará a ser porta-voz da Rede. “O objetivo desta coligação programática é manter as con-quistas, ajudar a reparar os erros e enfrentar os novos de-

Claudia Hirafuji

Após o fracasso do registro do seu partido, ex-senadora selou aliança entre PSB e a Rede

TRABALHO INFANTIL

Fiscalização flagrou vítimas de trabalho infantil em plantações

Claudia Hirafuji

safios”, disse Marina, segundo a Agência EFE. Os dois parti-dos realizarão um debate nos próximos meses para definir um programa político con-junto que dê prioridade ao de-senvolvimento sustentável, à educação de qualidade e ao fim das “velhas práticas políticas”.

Rede SustentabilidadeO partido de Marina teve

o registro negado pelo Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), no dia 3, devido a falta de comprovação do número de assinaturas de apoio pre-visto em lei, que são 492 mil. Desde o início da criação da Rede Sustentabilidade, em 2011, as assinaturas mínimas necessárias para o registro eleitoral começaram a ser co-letadas. Após a alegação do TSE, Marina disse que o erro foi dos cartórios eleitorais que desconsideraram as assi-naturas de jovens com menos de 18 anos e idosos, que não

são obrigados a votar. De acordo com o portal

G1, a ex-senadora agradeceu ao PSB por fazer aliança com seu partido, apesar deste não estar oficialmente criado. Mesmo após o indeferimento

do partido, a Rede ainda pode apresentar mais assinaturas de apoio e ter o registro aceito. Sendo assim, Marina e seu gru-po poderão migrar para a Rede Sustentabilidade depois.

No dia 5 acabava-se o pra-

zo para que a ex-senadora se filiasse a algum partido, pois, pela legislação eleitoral, quem quer concorrer nas eleições deve estar filiado ao partido um ano antes da eleição. (Com Agência Brasil)

Marina Silva e Eduardo Campos anunciaram união

Em uma operação conjun-ta, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) lo-calizaram 21 crianças e adoles-centes trabalhando na colheita de vegetais em pequenas pro-priedades de seis municípios do interior de São Paulo. Seis deles tinham entre seis e doze anos. Segundo o jornalista do site Repórter Brasil, os jovens colhiam beterrabas de chinelos ou descalços, sem nenhuma proteção. Alguns deles apre-sentavam ferimentos nas mãos.

As averiguações visam re-duzir a incidência de trabalho infantil e irregularidades traba-lhistas em municípios que ficam a cerca de 250 quilômetros da capital paulista e apresentam grande número de trabalhado-res no meio rural.

De acordo com a reporta-gem, um dos grandes desafios para combater o emprego de meninos e meninas nas lavou-ras é a aceitação cultural, pois a prática atravessa gerações. Segundo o MPT, devido às con-dições insalubres e ao manu-seio de ferramentas perigosas,

a atividade rural realizada por crianças, nesses termos, pode ser enquadrado entre as pio-res formas de trabalho infantil, definidas em decreto de 2008, que regulamentou a Conven-ção 182 da Organização Inter-nacional do Trabalho (OIT).

Situações semelhantes são encontradas em diversos lo-cais. De acordo com o relatório publicado no dia 23 de setem-bro pela OIT, da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 168 milhões, o que representa quase 11% do to-tal de meninos e meninas em

todo o mundo, são vítimas de trabalho infantil. Ainda segundo o documento, cerca de 85 mi-lhões de crianças, mais do que a metade do total de vítimas, estão classificadas como per-tencentes às piores formas de trabalho infantil. A Organiza-ção Internacional do Trabalho entende que, mesmo com a diminuição dessas práticas nos últimos quatro anos, deve-se acelerar a diminuição dos nú-meros para que seja cumprida a meta de erradicar as piores formas de trabalho infantil até 2016. (Com Repórter Brasil)

Crianças que trabalhavam na colheita de beterraba tinham ferimentos nas mãos

Agência Brasil

Ministério Público do Trabalho

Primeiro ato de destruição dearmamentos químicos

Uma equipe de especialis-tas sírios encarregada de eli-minar o arsenal químico da Sí-ria destruiu ogivas de mísseis, bombas e materiais químicos no último dia 6. A operação, no primeiro dia da campanha de destruição dessas armas, foi supervisionada por inte-grantes da Organização para a Proibição de Armas Químicas.

A ação está em confor-

Claudia Hirafuji

midade com a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas garantido pelo acordo entre os EUA e a Rús-sia para que o regime do pre-sidente Bashar Assad entregue suas armas químicas. A tarefa deve ser concluída até mea-dos do próximo ano. O ataque com gás sarin na periferia de Damasco, no dia 21 de agosto, causou reação internacional e pressão dos Estados Unidos. (Com Agência Brasil)

SíRIA

Documentos revelam espionagem dentro do Ministério de Minas e Energia

Além de Dilma Rousseff e da Petrobras, documentos re-velados pelo ex-espião ameri-cano, Eduard Snowden, indi-cam que o Ministério de Minas e Energia também foi alvo do esquema de espionagem da Agência Nacional de Seguran-ça dos Estados Unidos.

A comunicação de com-putadores, telefones fixos e celulares do Ministério foi ma-

peada pelos EUA em parceria com a Agência Canadense de Segurança em Comunicação. Analistas das agências de es-pionagem dos EUA, Reino Uni-do, Canadá e Nova Zelândia, em junho de 2012, a Agência Canadense de Segurança de Comunicação apresentou um programa de espionagem cujo exemplo da aplicação da ferra-menta foi o Ministério. (Com Agência Estado)

Claudia Hirafuji

A caminho dos Jogos Universitários Brasileiros

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) está preparando seus atletas para as competições do 61º Jogos Universitários Bra-sileiros (JUBs), que será realiza-do de 26 de outubro a 1º de novembro em Goiânia (GO).

Este ano a UEL irá participar com quatro modalidades: Vôlei (feminino e masculino), Futsal (masculino), Atletismo e Judô. Todos conseguiram se classificar por vencerem os jogos esta-duais, exceto a equipe de vôlei feminino que ficou em segundo lugar nas competições e se clas-sificou por conta da desistência da Uningá, de Maringá, até en-tão primeira colocada. Esta será a primeira vez, na história da UEL, que uma equipe de vôlei feminino vai para os JUBs.

Segundo o presidente da Atlética Geral da UEL, Irê Nu-nes, estudante de Esporte, logo após a convocação são intensi-ficados os treinos e “começa a parte burocrática”. Cada atleta

Rosana Reineri

representam a universidade e ganham a bolsa para estudar. Nesses casos, segundo ele, a prioridade do atleta é compe-tir, a formação é um bônus que eles estão ganhando. No caso das universidades estaduais, a prioridade é o estudo, o aluno estuda e treina nas horas vagas. “É obvio que o desempenho deles tende a ser melhor que o nosso”.

No entanto, mesmo com os problemas existentes para se chegar à competição, as expec-tativas não poderiam ser melho-res. “Temos ótimos atletas, não tenho dúvida que teremos re-sultados excelentes”, conclui Irê.

ou equipe tem de se inscrever para garantir a participação. “A Atlética conseguiu, por meio de festas e eventos realizados, pagar as inscrições de todos os convocados, menos a equipe de vôlei feminino, que foi convoca-da mais tarde e nós já não tí-nhamos mais dinheiro em caixa. Eles tiveram que pagar do bolso deles”, conta.

O presidente acrescenta que o transporte é outro ponto que está trazendo “dor de cabeça” à Atlética. Ele acredita que “a Universidade deveria investir mais no esporte universitário. Estamos representando a UEL, se ganhamos é o nome dela que fica conhecido”.

Esta também é uma recla-mação dos atletas. Tulio Moura, estudante de Educação Física, vai competir no salto triplo e à distância. Ele conta que a Uni-versidade só disponibiliza o es-paço para os treinos, “fora isso é a Atlética que corre atrás de tudo”. Em seu ponto de vista a UEL está atrasada em relação às

outras universidades. “Tem uni-versidade que paga tudo para o atleta, aqui a gente treina, treina e na hora de ir para as competi-ções para representar a univer-sidade é esse transtorno”.

Já para o treinador da equi-pe de vôlei feminino e também atleta da equipe de vôlei mas-culino, Matheus Elias, estudante de Esporte, a situação pior não é nem a falta de incentivo para o pagamento de inscrições e transporte é a falta de incentivo ao atleta. Ele frisa que universi-dades particulares “contratam” atletas para representá-las. Eles representam a universidade e

ganham a bolsa para estudar. Nesses casos, segundo ele, a prioridade do atleta é compe-tir, a formação é um bônus que eles estão ganhando. No caso das universidades estaduais, a prioridade é o estudo, o aluno estuda e treina nas horas vagas. “É obvio que o desempenho deles tende a ser melhor que o nosso”.

No entanto, mesmo com os problemas existentes para se chegar à competição, as expec-tativas não poderiam ser melho-res. “Temos ótimos atletas, não tenho dúvida que teremos re-sultados excelentes”, conclui Irê.

Túlio Moura vai competir pelo atletismo

Adam Escada

Marcelo Oliveira

agradece a receptividade

londrinense

Rosana Reineri

Page 6: Jornal Pretexto Expresso 6

Giro 1109 de outubro de 2013

ALTA DE SETEMBROO ministro da Fazenda, Guido

Mantega, disse hoje que o gover-no não vai descuidar do contro-le da inflação, afirmando que os preços devem subir mais no fim do ano por conta da sazonalidade desfavorável. A meta do gover-no para a inflação no ano é de 4,5%, mas pode oscilar de 2,5% a 6,5%.

A alta dos preços no país foi considerada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) um dos obstáculos para o crescimento do país. Segundo a entidade, o Bra-sil deve ter o menor crescimento entre os países emergentes no próximo ano.

INGRESSOS PARA A COPA DE 2014

A primeira fase de vendas de ingressos para a Copa-2014 ter-mina amanhã. Como o número de solicitações é bem maior do que a quantidade de entradas oferecidas pela Fifa neste lote, a maioria dos torcedores terá que participar de sorteio para saber se o pedido será aceito.

No entanto, ainda é possível pedir bilhetes e ter a certeza de que não será necessário passar pelo sorteio. A Folha de S Paulo identificou 13 jogos em que há ca-tegorias de ingressos - são quatro setores diferentes à venda - em que a demanda de procura é bai-xa. Quem solicitar ingressos para esse setor do estádio ficará livre do sorteio.

Bruna Gonçalves

IRREGULARIDADES NAS AUTOESCOLAS

O Procon Londrina autuou 27 das 31 autoescolas ativas na cida-de, por irregularidades nas cláu-sulas dos contratos de prestação de serviço. Os principais pontos detectados pelo órgão municipal foram a não devolução do di-nheiro em caso de desistência e a exclusão de responsabilidade civil.

Em 23 contratos, há uma cláu-sula que exime as autoescolas da responsabilidade por danos que venham a ocorrer em acidentes nas aulas de moto. Em três, tam-bém havia a responsabilização do aluno pelo veículo durante o teste prático.

Em quatro documentos, o Procon encontrou cláusulas em que as autoescolas estabelecem que o contrato pode ser modifi-cado a qualquer momento e, por meio de aditivo, podem reajustar valores, sem aviso prévio. A ale-gação dos centros de formação é de que pode haver alteração no preço de combustíveis, mas o órgão de defesa do consumidor considera a cobrança indevida.

Mix10 9 de outubro de 2013

Isabela Nicastro

Cine Escola traz o processo de produção dos filmes para as aulaPatrocinado pela Fundação Telefônica Vivo, novo projeto dos cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi chega a Londrina

CINEMA

Projeto Cine

Escola faz com que

os próprios alunos

produzamseus filmes

O RELóGIO DA MORTE

Uma nova criação é no mínimo inusi-tada! O relógio de nome “Ti-kker” logo re-cebeu o apeli-do de “Relógio da morte”. Isso porque, ainda em fase de projeto e captação de re-cursos, este relógio calcula o ano, o dia e a hora em que a pessoa deve morrer.

Ao adquirir o relógio, o usuário preenche um formulário com várias perguntas sobre sua saúde, como por exemplo, as doenças dos seus antepas-sados, os problemas com estresse, alimentação, e ainda perguntas sobre o que onde vive.

A partir dessas informações, o relógio é capaz de fazer o cálculo e gerar um número, como se fosse uma contagem regressiva para o dia da morte do usuário.

Apesar de parecer um tanto quanto tenebroso, os inventores do “Tikker” dizem que esta criação é para que as pessoas possam aproveitar melhor a vida e ocupar o tempo com coisas realmente im-portantes.

Tech&CultLigia Gomes

CUIDADO COM O SMS PIRATA

Uma empresa de telefonia celular iniciou uma campanha contra o uso de SMS pirata. Uma página na internet foi criada para tentar ajudar os usuários a identificar essas mensagens. O número 133028 foi aberto para que os usuários encaminhem as mensa-gens deste tipo que receberem.

Para diferenciar um SMS oficial de um pirata é só saber que o oficial tem como remetente, um número curto de até seis algarismos e sempre é enviado em horário comercial, de acordo com as regras da Anatel.

“Parece tudo, menos cin-ema”. É essa a melhor frase que descreve o projeto Cine Escola, segundo a coorde-nadora pedagógica do pro-grama, Marina Santonieri. O Cine Escola foi idealizado pe-los cineastas Laís Bodanzky e Luis Bolognesi, da produtora Buriti Filmes, de São Paulo. Entre suas produções, estão os filmes de grande reper-cussão nacional, “O Bicho de Sete Cabeças” e as “As melhores coisas do mundo”. A ideia do projeto surgiu a partir do desejo dos cineas-tas em levar um pouco dos bastidores e do processo de produção dos filmes a alunos de escolas municipais e es-taduais do país.

O objetivo é promover a integração entre o audiovi-sual e a educação, de forma crítica e construtiva. Além de assistir conteúdos, os alu-nos são estimulados a criar e exibir suas próprias histórias para o cinema. Marina Santonieri é cineasta e, em parceria com a Buriti Filmes, coordena e leva o projeto a todos os cantos do Bra-sil. Já passaram por Brasília, Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais e, neste mês, estão no Paraná. Londrina é a cidade da vez. Nas duas primeiras semanas de outubro, duas escolas da cidade receberão a oficina. São elas a Escola Municipal Reverendo Odilon Gonçalves Nocetti, localiza-da no Jardim do Sol, e a Es-cola Municipal Haydee Colli, Monteiro, no Jardim Paraíso.

Durante uma semana, uma turma de 25 alunos se reúne com a equipe do pro-jeto, no contra turno esco-lar, para produzir desenhos, montagens e colagens, que depois se tornarão obje-tos de um curta-metragem de animação. O roteiro é produzido pelos próprios alunos. Daí que, durante a produção, nada parece cine-ma. “Quando os alunos estão criando, há muitos recortes, giz de cera e massa de mod-elar. Tudo que, aos olhos de quem está fora, não parece uma produção cinematográ-fica, mas que, no final, vai

se tornar essencial para um filme de animação”, explicou Marina.

De acordo com a coorde-nadora, os próprios alunos escolhem o tema que que-rem exibir nos filmes, produ-zidos ao final da oficina. Os assuntos mais recorrentes na escolha dos estudantes são: bullying, natureza, amizade e violência. “Cada cidade e cada escola têm um contexto próprio, o que acaba influen-ciando na escolha do roteiro de cada filme produzido”, afirmou. Para Renerland Jo-sepe Marcolino, de 10 anos, aluno da Escola Municipal Reverendo Odilon Gonçalves Nocetti, a parte mais inter-essante da oficina é construir o cenário e os personagens de cada trama. O tema es-colhido por ele e seu grupo é a solidariedade e se refere a uma situação em que duas crianças ajudam uma senhora a atravessar uma rua movi-mentada.

Já para Nicole Alexandra dos Santos, de 8 anos, o Cine Escola foi uma ótima opor-tunidade para despertar a sua curiosidade pelo cinema. Por falta de condições financei-ras, ela nunca foi ao cinema. “Nunca tive oportunidade de ver um filme na tela grande. A oficina aqui na escola me fez conhecer sobre como é produzido cada filme e ainda me deixou com mais vontade de ir ao cinema”, explicou Nicole.

O Cine Escola é uma oportunidade para que os alunos conheçam ainda mais o universo cinematográfico, além de proporcionar novas amizades e um contato maior entre os próprios alunos. Se-gundo Marina Santonieri, muitos estudantes chegam arredios no início da oficina. Não querem participar e muito menos interagir com a equipe do projeto e com os colegas de sala. No entanto, no último dia, é notável a mudança. “Eles saem confi-antes e muito mais alegres. Acima de tudo, queremos muito mais ajudar essas cri-anças a lidar com os prob-lemas diários da vida, do que simplesmente formar profis-sionais na área de cinema”.

Equipe de cineastas do Cine Escola montando um filme dosalunos da Escola Municipal Odilon Nocetti

Isabela Nicastro

Isabela Nicastro

NATIVOS DIGITAIS

O Brasil é o país que pos-sui a quarta maior população do mundo de “nativos digitais” que são os jovens que cresce-ram acompanhando de perto toda a expansão da internet e estão acostumados co as várias mudanças trazidas pela web. Estes dados foram compilados pela UIT (União Internacional das Teleco-municações), um órgão da ONU e esta é a primeira vez que a entidade faz este tipo de mensuração.

Segundo a metodologia criada pela entidade , os nativos digitais são os jovens entre 15 e 24 anos que possuem experiência de conexão com a internet de pelo menos cinco anos.

O Brasil ficou atrás, na classificação, apenas de Esta-dos Unidos, China e India.

Presidente do Coritiba, Vilson

Ribeiro de Andrade, um dos dirigentes

de clubes do futebol brasileiro, que

devem 4,8 bilhões de reais, somando

impostos não recolhidos e falta de pagamentos de INSS, esteve presente ao encontro realizado na última quinta-feira, em Brasília, com o presidente do Senado, Renan

Calheiros.

Mulheres foram encaminhadas para fazer mamografia, no último dia 5, na

ação do Hospital do Câncer de Londrina.

112 “A derrota ou a vitória só se mede na história”

Marina Silva, hoje, após anunciar sua filiação ao PSB, sobre a recusa do TSE de autorizar a criação da Rede da

Sustentabilidade.

Cursos da UEL foram avaliados com notas entre 4 e 5 no

último ENADE7

dos setoresdisponíveis na primeira fase de vendas estão com baixa

procura.

10,9%

Segundo levantamento da Folha de S Paulo, aproximadamente

Veja.com

“Nós estamos muito preocupados

com o futebol brasileiro, com

o conceito do futebol brasileiro

e, principalmente, com a

credibilidade. Nós efetivamente queremos pagar a

conta”

IBGE divulga nova queda na taxa

de empregos das indústrias. Entre

agosto desse ano e agosto de 2012

a redução foi de

1,3%

Daniel Caron/Gazeta do Povo

Greg Salibian/iG

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Perfil12 9 de outubro de 2013

Jornalista formada em Londrina fala sobre o prêmio Vladimir Herzog de melhor reportagem e conta sobre a paixão pela profissão e pela cidade

JORNALISTA

“Junto a um grupo de pessoas que tenta-va voltar para casa, entrei em uma agência bancária do shopping Center 3 para fugir do gás. Gás lançado, por sinal, diante de aplausos irônicos. Bombas foram lançadas ali mesmo, na porta da agência. O pânico foi geral.

Fosse você manifestante, transeunte ou jornalista a trabalho, não havia saída pela via nem pelas transversais, todas cercadas pelo Choque. A cada arremesso de bomba, alguém pedia por vinagre ou o oferecia – na imensa maioria das vezes, ofertas feitas ou recebidas por completos desconhecidos en-tre si. Recebi muito vinagre nas mãos e na blusa.

Um jovem me deu a única garrafa d’água que tinha: o gás desidrata ao ex-tremo e não era a primeira vez que eu o absorvera. “Toma, você precisa mais do que eu”. Difícil esquecer uma ‘palavra de ordem’ dessas”.

Este é um dos sensíveis relatos da ma-téria “Existe terror em São Paulo: o dia em que PMs atiraram ante aplausos e pedidos de não violência” da jornalista de 32 anos, Janaina de Oliveira Garcia. A reportagem foi produto das manifestações contra o au-mento da passagem de ônibus do dia 13 de junho de 2013 em São Paulo e recen-temente ganhou o prêmio Vladimir Her-zog de jornalismo na categoria de melhor reportagem. O tema desta, que foi a 35º edição do prêmio, foi “Violências e agres-sões físicas e morais contra jornalistas e

Keli Gevezier

contra direito à informação”.Apaixonada por reportagem, “porque

é a graça do jornalismo”, e com predile-ção pelos assuntos de direitos humanos e fiscalização de poder público, Janaina está colhendo os frutos que plantou na cidade de Londrina. Ela é natural de Ourinhos, in-terior de São Paulo, mas escolheu Londri-na para estudar e começar a sua carreira: Janaina se graduou em jornalismo na UEL no ano de 2003.

Já no terceiro ano de faculdade, duran-te a famosa greve que durou quase seis meses na UEL, ela começou sua carreira colaborando para o núcleo de Comuni-cação da Sercomtel; em seguida foi para a agência de notícias Londrix. Depois de formada, passou a trabalhar na Folha de Londrina, ficando o primeiro ano no ca-derno de Cidades. No restante dos qua-se sete anos, permaneceu como setorista de Política. Entre 2008 e 2010, a jornalis-ta passou a fazer dois turnos: pauteira da Rede Massa de manhã e ainda repórter na Folha a tarde. Janaina saiu de Londrina no fim de 2010 para trabalhar como repórter no UOL de São Paulo.

Para a jornalista, o prêmio é um reco-nhecimento público dos abusos cometidos pelo Estado. “A gente diz lá em São Paulo que foi depois dessa manifestação do dia 13 de junho que as coisas ganharam cor-po. Eu ouvi muitas pessoas dizendo que eram contra a manifestação e que a partir daquele dia eram a favor. A população fi-cou contra os excessos da polícia, contra o excesso do Estado. E eu acho que esse prêmio é uma forma de dizer: ‘não acei-tamos essa forma de lidar com manifesta-ções civis’”, defendeu.

Segundo Janaina, a produção desta re-portagem foi um desafio em sua carreira. “Eu acho que essa foi uma das mais difíceis. Eu já lidei com escândalos políticos bem

grandes aqui em Londrina, denúncias que a gente fez pela Folha e que viraram gran-des coisas aqui. Mas, eu acho que foi mais difícil no sentido de não me abalar. Porque, chegou um momento, naquele dia, que eu sentei na calçada e comecei a chorar, porque eu fiquei muito revoltada. Eu falei assim: ‘poxa, eu estou pagando esses caras para eles fazerem isso? Para eles tacarem bomba em mim e nos meus amigos? Nas pessoas que estavam lá manifestando?’. Então, eu acho que é muito difícil chegar a essa constatação e ver que, realmente, eu estava acuada. Eu estava acuada, eu não tinha para onde ir. Ou era bala de borracha ou era gás lacrimogêneo”.

Apesar do risco, a situação foi de crescimento profissional para Janaina. “Eu constatei na pele algumas situações que a gente ouve da fonte. Porque, eu já en-trei em favela sem colete à prova de bala. E, eu acho que ali foi onde eu senti mais medo”, relata. “Mas, eu acho que nada do que a gente escrever ou relatar vai chegar perto do que a gente viu”, relembra. “Eu não podia escrever na matéria, não vinha

ao caso escrever que eu me emocionei. Mas, eu acho que as situações por si fa-lam. Você negar atendimento a uma grá-vida que pede ‘pelo amor de Deus, me tira daqui porque eu to com medo’ e o policial se negar, eu acho que isso é mais forte, sabe?”.

Do tempo de UEL, Janaina lembra com carinho. “Eu acho que foi muito im-portante para mim, para eu começar a me descobrir cidadã. Foi lá que eu descobri que eu não era simplesmente um cidadão comum, que eu era capaz de fazer alguma coisa pra melhorar”.

Apesar de Janaina não estar mais na cidade, Londrina tem para ela um grande valor. “O que Londrina me representa? Ah, um amor imenso. Eu sou muito grata à essa cidade. Os meus melhores amigos estão aqui. A cidade é sempre metade, pelo menos, do meu coração. Seja pelo que ela representa profissionalmente, por-que se eu estou em São Paulo hoje tra-balhando com o que eu gosto foi graças à Londrina. E afetividade, né?”, finalizou com uma expressão saudosista.

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Portal UOL

Mauricio Camargo