Jornalismo digital de terceira geração

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    1/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    2/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    3/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Suzana Barbosa

    Jornalismo Digital de Terceira Gerao

    Universidade da Beira Interior2007

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    4/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    c Jornalismo Digital de Terceira GeraoOrganizao: Suzana BarbosaDesign da capa: Joo SardinhaPaginao: Catarina RodriguesLabcom Universidade da Beira Interiorhttp://www.labcom.ubi.ptCovilh, 2007ISBN: 978-972-8790-73-8Depsito Legal No261575/07

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    5/180

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    6/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    NDICE NDICE

    Sistematizando conceitos e caractersticas sobre o jornalismo digital em base de da-dos

    por Suzana Barbosa 127

    Data Mining e um novo jornalismo de investigaopor Antnio Fidalgo 155

    Sobre os autores 169

    ii

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    7/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Apresentao

    Suzana BarbosaUniversidade Federal da Bahia

    E-mail:[email protected]

    OLIVRO Jornalismo digital de terceira gerao rene os artigos apresen-

    tados durante as Jornadas Jornalismo On-line.2005: Aspectos e Ten-dncias, durante os dias 25 e 26 de Novembro, na Universidade da BeiraInterior, Covilh (Portugal). A idia para a realizao do evento partiu do pro-fessor Antnio Fidalgo, o qual me fez o convite para organiz-las enquantocumpria, feliz, o meu estgio doutoral nas terras altas da Beira.

    As jornadas congregaram durante aqueles dois dias pesquisadores espa-nhis, ingleses, portugueses e brasileiros para a discusso de alguns dos as-pectos fundamentais sobre essa modalidade de jornalismo, que est em desen-volvimento h pouco mais de uma dcada. Alm dos artigos dos seis parti-cipantes das Jornadas (Anabela Gradim, Antnio Fidalgo, Concha Edo, JimHall, Joo Canavilhas e Suzana Barbosa), o livro agrega mais duas importan-tes contribuies produzidas pelos autores brasileiros Elias Machado, MarcosPalacios e Paulo Munhoz.

    De um modo geral, os textos que integram este livro-coletnea refletema evoluo do jornalismo digital em seu estgio denominado como terceiragerao (MIELNICZUK, 2003)1 . Ou seja, uma etapa em que os sites jorna-

    1 Larry Prior (2002) caracteriza esta fase como terceira onda, numa periodizao bastanteextensa, que abrange o incio do processo de disseminao das informaes jornalsticas a par-tir da tecnologia do videotexto. Ele localiza a primeira onda em 1982; a segunda, em 1992;e, a terceira, em 2001, prosseguindo at o momento atual. Para John Pavlik (2001; 2005) estaterceira fase seria correspondente ao jornalismo contextualizado. J na caracterizao de Lu-ciana Mielniczuk (2003), as trs geraes so pensadas especificamente para os estgios de

    evoluo dos sites jornalsticos no suporte digital. A primeira gerao a fase da transposioou reproduo e, a segunda, denominada como metfora, quando os sites comeam a empre-gar alguns recursos de interatividade, o hipertexto, entre outros. A autora classifica a terceiragerao como webjornalismo. Porm, aqui, optou-se pela terminologia jornalismo digital deterceira gerao, pois, consideramos mais abrangente, englobando os produtos jornalsticos naweb, bem como os recursos e tecnologias disponveis para a disseminao dos contedos paradispositivos mveis, como celulares, iPods, MP3, smarthphones, entre outros.

    Jornalismo Digital de Terceira Gerao, 1-3

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    8/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    2 Suzana Barbosa

    lsticos j extrapolaram a idia de uma verso para a web de um jornal im-presso previamente existente; passaram a incorporar o uso de blogs em seusprodutos; apresentam recursos multimdia, como sons, animaes, infogrfi-cos interativos, entre outros, para a construo das peas informativas e para oenriquecimento da narrativa jornalstica. Ademais, exibem maior dinamismo,e uma oferta informativa com possibilidade de maior contextualizao e apro-fundamento, principalmente pelo uso mais ampliado das bases de dados, quetambm passam a desempenhar importante funo para a estruturao e a or-

    ganizao das informaes de natureza jornalstica.Por outro lado, os artigos aqui reunidos lanam luz acerca do que podersurgir como tendncia no panorama do jornalismo na internet e, certamente,permitem vislumbrar o limiar de uma nova fase de desenvolvimento para osprodutos jornalsticos digitais isto , uma quarta gerao. Oxal, tais tra-balhos possam tambm estimular pesquisas e ampliar o corpo investigativoacerca desta modalidade. A todos, uma boa leitura.

    Estrutura do livro

    O livro est organizado em trs partes. Na primeira delas - O formato danotcia, a linguagem e os gneros os artigos de Concha Edo e de JooCanavilhas (El lenguaje y los gneros periodsticos en la narrativa digital;Webjornalismo: da pirmide invertida pirmide deitada) apontam os cami-nhos para a consolidao de uma linguagem mais especfica para a narrativajornalstica no entorno digital. Inclui-se a a discusso sobre os gneros, e aproposio de uma forma particular para a construo da notcia no jornalismodigital.

    Trs artigos compem a segunda parte, intitulada - Blogs, fotografia, ojornalista e o jornalismo cidado. No primeiro deles (The News Blog in2005: Social Journalism at the Eye of the Storm), Jim Hall discute os efeitosda cobertura feita pelos weblogs quando do Furaco Katrina sobre a mdia dosEstados Unidos, tentando entender o movimento do que denomina news blog-ging dentro de um contexto cultural e institucional. J o texto em co-autoria deMarcos Palacios e Paulo Munhoz (Fotografia, Blogs e Jornalismo na Internet:Oposies, Apropriaes e simbioses) tenta contribuir para ampliar a caracte-rizao do jornalismo cidado, realizando uma aproximao dos blogs com a

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    9/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Apresentao 3

    fotografia digital e assinalando alguns efeitos da resultantes. Fechando estaparte, Anabela Gradim aborda os modos como a internet produz impactos notrabalho dos jornalistas, no artigo WebJornalismo e a Profisso de Jornalista:alguns equvocos sobre a dissoluo do 4o Poder.

    Na terceira e ltima parte, quatro artigos contemplam algumas das parti-cularidades do que se designa como Jornalismo Digital em Base de Dados.Trata-se de um novo formato e um paradigma (Modelo JDBD) que despontamem razo das funcionalidades asseguradas pelas bases de dados para a cons-

    truo e gesto de produtos jornalsticos digitais. Aqui, as bases de dados soentendidas para alm da sua funo documental, auxiliar, e mais amplamentepercebidas como elemento estruturante, podendo condicionar processos e pr-ticas no jornalismo digital, especialmente na sua prxima gerao de desen-volvimento. Dois artigos de Antnio Fidalgo abordam conceitos relevantes.No primeiro, A resoluo semntica no jornalismo online, ele discorre sobreo conceito de resoluo semntica como uma das concepes que visa apre-ender o grande contributo que as bases de dados trazem para o jornalismo. Jem Data Mining e um novo jornalismo de investigao, Fidalgo, baseado nateoria dos objetos de ordem superior de Alexius Meinong, no data mining e natcnica do KDD (Knowledge Discovery in Databases), prope o conceito de

    notcias de ordem superior. Elias Machado, em A Base de Dados como espaode composio multimdia, analisa alguns dos pormenores sobre a utilizaodas bases de dados para construir narrativas multimdias. E no artigo Siste-matizando conceitos e caractersticas sobre o Jornalismo Digital em Base de

    Dados, Suzana Barbosa identifica um novo status para o uso das bases dedados no jornalismo digital, alm de apresentar uma definio operacional ealgumas das caractersticas para esse modelo, tema da sua tese doutoral.

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    10/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    11/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Parte I

    O formato da notcia, alinguagem e os gneros

    Jornalismo Digital de Terceira Gerao, 5-3

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    12/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    13/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    El lenguaje y los gneros periodsticos en la narrativadigital

    Concha EdoUniversidad Complutense de Madrid

    E-mail:[email protected]

    UNA de las cuestiones ms importantes que hay que tener en cuenta para

    llegar a describir las caractersticas, las categoras y las capacidades dela narrativa digital es la fragmentacin de la audiencia que se produce en In-ternet. Hasta ahora los medios se dirigan a grandes grupos de personas ms omenos indefinidos: eran los medios de comunicacin de masas y su discursotena una apariencia casi monoltica.

    Pero esas dimensiones han cambiado para dirigirse a la personalizacin,a los pequeos grupos con entidad propia que reclaman un tipo concreto deinformacin. Y si es cierto que existen y seguirn existiendo cibermedios conmillones de visitas, cada vez hay ms espacios personalizados para los gustosindividuales de los asiduos de la Red. No se puede ya escribir slo desde la

    perspectiva del emisor, del periodista: hay que contar ms con el receptor yfacilitar su participacin.

    Nos encontramos con un modelo de periodismo que, sin perder lo mejorde una profesin que ha escrito pginas memorables, tiene que contar con quela informacin digital es interactiva, pues permite la participacin directa einmediata; es personalizada, porque hace posible la seleccin activa de loscontenidos; es documentada, gracias al hipertexto y a los enlaces; est actu-alizada porque las noticias se publican en cuanto se producen y se cambia elconcepto de periodicidad; integra todos los formatos periodsticos -texto, au-dio, vdeo, grficos, fotos- en un solo medio que es multimedia; puede aplicarlos procesos que se ejecutan en un ordenador, y requiere una nueva con-cepcin del diseo que va mucho ms all de la esttica y debe, sobre todo,facilitar al lector la navegacin.

    Jornalismo Digital de Terceira Gerao, 7-23

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    14/180

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    15/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    El lenguaje y los gneros periodsticos en la narrativa digital 9

    que se publican en la home son pequeas y el ancho de los textos es igual paratodos.

    Se ha intentado en ocasiones un sistema que consiste en calcular el tiempode lectura y dar el nmero de minutos aproximado para indicar la longituddel texto, pero no puede considerarse una solucin lo suficientemente eficaz.Tambin se podran aadir un antettulo o un subttulo, aunque la red exigesntesis y eficacia evidente en los titulares; o se pueden preceder los enlacespor iconos que desvelen si vamos a encontrar texto, documentos, fotos, grfi-

    cos o vdeos y, en casos concretos, se puede aumentar el cuerpo de las cabe-ceras. Pero ninguna de estas posibilidades ha llegado a conseguir, por ahora,el impacto y la eficacia de las noticias de portada de los papers tradicionales.

    El texto y los titulares

    La estructura titulares-entrada-enlaces es la que en estos momentos se ajustamejor a la publicacin de la portada en la red, y el cuerpo de la informacinprincipal y todos los complementos textuales, visuales y sonoros que se pue-dan ofrecer se presentan en los links, relacionados entre s o independientes enfuncin de las exigencias de cada noticia concreta. Sin olvidar que los textoson line deben ser breves prcticamente siempre, y conviene ceirse al espaciode una pantalla -y, en ningn caso pasar de tres- para no tener que recorrerloshacia abajo.

    El anonimato, en buena parte consecuencia de la actualizacin constante,de sustituir las noticias o variarlas continuamente en la redaccin, es una difi-cultad aadida porque la ausencia de un autor que se responsabilice personal-mente del contenido supone, en muchas ocasiones, una rebaja en la calidadformal del trabajo y un posible abuso del sistema de Acortar y pegar@ quetanto devala los textos digitales.

    Es necesario descubrir para cada acontecimiento una presentacin realistay rigurosa en los contenidos pero imaginativa en la propuesta, que permitaleer-ver-escuchar-participar de forma completa o parcial sin que se pierda elsentido del relato y que permita volver al principio, al nivel anterior o al sigui-ente sin ningn tipo de dificultades.

    Una vez decidido el esquema adecuado, que incluye todos los soportes,hay tres tipos de textos bsicos adems de los que se han nombrado para la

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    16/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    10 Concha Edo

    home: los que se presentan de forma individual mediante un enlace exclusivo-que, en la medida de lo posible, deben ir firmados-, los textos que acompaangrficos o fotos que requieren o admiten una explicacin, y los pies de fotoconvencionales.

    An cuando la pantalla admite gran cantidad de texto, hay distintas opini-ones respecto a la norma elemental para calcular la extensin de los cibertex-tos y mientras unos hablan del 50 por cien, otros consideran que la extensinadecuada es el 25 por cien de lo que se escribira para el papel.

    Eso requiere en el periodista dos aptitudes fundamentales: 1) una capaci-dad de sntesis demostrada -es frecuente recurrir a la condensacin, que su-pone menos esfuerzo-, unida a un conocimiento del tema que facilite la selec-cin de las cuestiones esenciales sobre las secundarias, y 2) un dominio dellenguaje que, prescindiendo con eficacia de los adjetivos irrelevantes, aciertecon las palabras justas sin desvirtuar el contenido.

    Por lo que se refiere a los titulares, la primera indicacin es que lo quehasta ahora ha sido la clave de su eficacia -tiempo presente y verbo en formaactiva- no es tan importante on line por una circunstancia que ya hemos hechonotar: hay que tener en cuenta que las informaciones pueden estar disponiblesen la red durante cierto tiempo y, adems, las van a leer personas que estn en

    zonas diferentes del planeta y con horarios distintos.Con todo, los titulares muestran el presente o el pasado ms inmediato y

    tratan de convencernos de que ha sucedido algo importante, interesante o, dealguna manera, atractivo. Y el titular llega a cobrar vida propia y a resultarinteligible por s mismo de modo que el lector, apenas lo lee, puede contar elhecho e incorporarlo a su conversacin (L. Gomis, 1992: 60-62). Se puededecir que establece un perfil claro y ntido para la noticia y, a la vez, permiteque se haga de l un uso general.

    El proceso es el mismo en cualquier medio: 1) ocurre un hecho real, 2) eltitular lo sintetiza y lo comunica, 3) la informacin lo explica y 4) el lector loasimila, lo comenta y lo difunde. Y si est bien construido sacude la actualidad

    y hace que la gente hable de ese hecho incluso antes de haber podido leer lainformacin completa.

    En cualquier caso, tambin conviene en la red que el titular sea informa-tivo, breve y afirmativo y que responda al esquema de una oracin simple:sujeto-verbo-complemento. Puede constar de antettulo, ttulo y subttulo,pero con frecuencia este ltimo elemento es ms bien un sumario que aade

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    17/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    El lenguaje y los gneros periodsticos en la narrativa digital 11

    informacin sobre lo que puede dar de s la noticia. Y si partimos de esque-mas ya contrastados, sera deseable que fuera concentrado mejor que amplio,explcito mejor que implcito, objetivo mejor que comprometido y, puesto quehablamos de una oracin simple, unimembre mejor que bimembre (E. Alar-cos, 1977: 137 y ss).

    Singularidad del lenguaje ciberperiodstico

    Escribir textos periodsticos para Internet exige una revisin dinmica de losmodos habituales de presentar la informacin, de la estructura textual, delestilo y de las caractersticas de los lectores, a los que la interactividad carac-terstica de la red convierte en actores que interactan con los medios y losperiodistas. Y se hace necesario adaptar el lenguaje a las posibilidades de lanueva situacin tecnolgica y social, dejando claro desde el primer momentoque no estamos ante un modelo definitivo, sino en una de las primeras fasesde una viaje semntico, lingstico y estilstico que acaba de empezar y cuyodesarrollo depende de los avances cientficos y de la evolucin del periodismoy de la sociedad.

    El lenguaje periodstico, que nace inicialmente del literario, busca desde

    sus primeras pginas una comunicacin distinta capaz de transmitir con cla-ridad y eficacia el mensaje informativo, las noticias y sus consecuencias. Yasume una serie de cambios hasta llegar a las singularidades que mantieneahora y que, con ms motivo desde la perspectiva ciberntica, todava no sehan cerrado ni posiblemente se lleguen a cerrar nunca por el propio dinamismode la cultura y de la sociedad.

    Busca, pues, una comunicacin distinta de la que proporciona el habla,pero tambin diferente de la literatura o de la poesa que van tras la bellezade la palabra sin moderar las variaciones de su contenido. De tal maneraque la responsabilidad del profesional de la informacin est directamenterelacionada con dos cuestiones:

    1) la actualidad y utilidad de lo que comunica, y 2) la verificacin com-pleta de los datos.

    As, se puede afirmar que el lenguaje periodstico tiene un estilo litera-rio particular que se distingue de otros por sus fines informativos y por lasexigencias del receptor del mensaje. La finalidad de su mensaje es exterior

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    18/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    12 Concha Edo

    y pragmtica frente a la finalidad interior de la obra literaria: el texto infor-mativo es abierto porque su interpretacin depende del contexto que sirve dereferencia, y un relato de ficcin es un texto cerrado que contiene en su in-terior las claves para su identificacin e interpretacin (L. Nez Ladevze,1991: 261).

    La comunicacin periodstica busca todo lo contrario a esa modificacindel sentido de los textos que puede permitirse la literatura y que supone lairrupcin en el texto de una subjetividad que puede ser enormemente enrique-

    cedora desde un punto de vista creativo, pero no es precisamente noticiosa niperiodstica. En una novela extensa o en un poema late un sistema lingsticoaparte en el que el escritor ha abandonado sus registros habituales de hablantey ha adoptado otro nuevo en el que las palabras y los giros ms comunes haningresado en otro sistema y han cambiado su valor (F. Lzaro Carreter, 1980:205). El estilo, la manera de presentar los hechos, va en el periodismo unido ala brevedad, a la exactitud, a la precisin y, ms que a cualquier otra cosa, a larealidad. Y es ahora especialmente importante delimitar las seas de identidaddel lenguaje periodstico para contrarrestar la invasin de informaciones queno estn hechas por periodistas y llenan portales, pginas web y blogs desdehace aos.

    Los distintos cdigos utilizados habitualmente por el periodismo escritopara transmitir la informacin sobre papel, o cualquier otro soporte semejante,se explican as (E. Vern, 1969: 146-147):

    existe una serie visual lingstica, que se corresponde con el habla entranscripcin grfica, en lo que se considera lenguaje escrito,

    una serie visual paralingstica, que comprende un conjunto de varia-ciones -la bastardilla, que indica nfasis, los titulares y su tamao, ladisposicin espacial, etc.- que son recursos grficos para dar importan-cia a un texto de la misma manera que el tono de voz o el volumen deltimbre cualifican los mensajes verbales,

    y, finalmente, las series visuales no-lingsticas son las imgenes, foto-grafas, dibujos, color...

    De estas tres series, hay una que se puede considerar dominante y quese constituye en cdigo rector sobre las dems: la serie visual lingstica, el

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    19/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    El lenguaje y los gneros periodsticos en la narrativa digital 13

    lenguaje escrito. Y en cuanto a sus caractersticas, podemos citar seis: 1)correccin, 2) concisin, 3) claridad, 4) captacin del receptor, 5) lenguajede produccin colectiva, porque intervienen distintos co-autores con respon-sabilidad diferente en el texto final, y 6) lenguaje mixto, en el que las serieslingstica, para-lingstica y no-lingstica se influyen entre s para llegar alproducto periodstico definitivo (J. L. M. Albertos, 1997: 203).

    El periodismo en cada una de sus modalidades -escrita o audiovisual- cu-enta con un sistema de signos propio que responde a las posibilidades tcnicas

    concretas de cada uno de los medios. Y tambin se puede hablar de unos ras-gos diferenciales del periodismo audiovisual que se realiza en la radio y latelevisin, pero nos vamos a centrar en los medios impresos porque, hastael momento, han sido el modelo del ciberperiodismo, en gran parte por laslimitaciones tcnicas de la Red.

    Lenguaje mltiple

    La verdad es que el espacio informativo digital recuerda todava demasiadoal periodismo escrito y, sobre todo, a los diarios editados en papel, por loque inicialmente su sistema de signos se cie a las tres series visuales del

    periodismo escrito. Pero con el ritmo que marca la tecnologa, va abarcandolos cdigos audiovisuales para llegar a ese medio multimedia que todava nose ha consolidado como tal pero que veremos en un futuro prximo.

    Las publicaciones digitales requieren un lenguaje que asume las caracte-rsticas ya conocidas -correccin, concisin, claridad, captacin del receptor,lenguaje de produccin colectiva y lenguaje mixto-, pero con el matiz parti-cular de que en los medios on line el lenguaje no es slo mixto sino verda-deramente complejo: es, ms especficamente, un lenguaje mltiple como yahe explicado en textos anteriores (C. Edo, 2003). Porque la informacin quenos llega a travs de Internet - o de cualquier otra red en el futuro-, unifica losdistintos lenguajes en uno slo y nos lleva a utilizar de forma simultnea todoslos que ya conocemos para producir uno distinto y plural que es unificador ymultimedia.

    Esta nueva denominacin -lenguaje mltiple- responde al hecho de que,al valorar el lenguaje del ciberperiodismo, vemos que la series visuales para-lingstica y no lingstica ya no son exclusivamente un elemento de la pgina

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    20/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    14 Concha Edo

    que completa o refuerza el texto -hasta ahora dominante- mediante un titular,una foto o un dibujo. Ahora estas dos series se equiparan en importancia conla netamente lingstica de tal manera que las tres se enlazan en un mismonivel. Un lenguaje mltiple en el que tambin ocupan un lugar relevante loselementos icnicos.

    As, en el contexto digital ya no es tan ntida la distincin entre prensaescrita y audiovisual, aunque una y otra dispongan de pginas propias en In-ternet. Las cabeceras editadas inicialmente en papel, que trasladaron su propio

    lenguaje a la red, muy poco despus tuvieron que introducir y manejar los c-digos icnicos y sonoros, hasta ahora exclusivos de la radio y la televisin,para comenzar a producir contenidos en ese lenguaje mltiple, todava incipi-ente, lento y con muchas cuestiones pendientes pero que abarcar mejor todoslos formatos posibles de la tecnologa actual y futura.

    Y tambin es importante hacer hincapi en otro elemento que se introducedescaradamente en el lenguaje: las siglas. Es frecuente encontrar en los tex-tos B2B (Business to Business), B2C (Business to Consumer), WAP (Wireless

    Application Protocol), DVD (Digital Video Disk), ISP (Internet Service Provi-der), RDSI (Red Digital de Servicios Integrados), UMTS (Sistema Universalde Telecomunicaciones Mviles), IP (Internet Protocol), etc.

    La correccin gramatical

    Las aspiraciones gramaticales de los textos escritos para la pantalla son, enprincipio, tan exigentes como las del mejor periodismo impreso. Pero en es-tos pocos aos hemos podido comprobar que los contenidos informativos delos medios on line no son, en trminos generales, los ms correctos que sehan publicado. Es cierto que la actualizacin constante elimina en parte el im-pacto visual de la impresin en papel y, en cierto sentido, produce un efectosemejante a la fugacidad de la informacin radiofnica. Y tambin que en lasredacciones de los medios digitales la media de edad de los periodistas queelaboran las informaciones es muy baja. Pero, en cualquier caso, las incorrec-ciones gramaticales no hacen sino daar an ms la credibilidad del trabajoperiodstico que, por circunstancias que no es posible explicar aqu y que to-dos conocemos, no est en su mejor momento.

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    21/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    El lenguaje y los gneros periodsticos en la narrativa digital 15

    Las indicaciones que, en estos momentos, se pueden hacer respecto a lacorreccin de los textos son, entre otras, las siguientes:

    las pautas de acentuacin y puntuacin no deben sufrir variaciones deningn tipo al escribir para la red,

    el esquema sujeto-verbo-objeto, utilizado con toda su simplicidad y efi-cacia, puede ser la mejor ayuda para conseguir una comprensin rpidadel contenido. Y lo ms sensato es prescindir, siempre que sea posible,de los diferentes modelos de oraciones complejas, lo que cobra mayorimportancia en dos situaciones muy concretas: 1) cuando se escribepara la home page, y 2) cuando el texto va acompaado de imgenes,grficos estticos o grficos interactivos que, ms que explicaciones, re-quieren apenas unas frases que orienten y siten al lector en la accinque se muestra o en el recorrido infogrfico.

    una de las cuestiones que pueden suponer cierta confusin es la deter-minacin de los tiempos verbales. Si en el periodismo convencionales recomendable el presente de indicativo y la forma activa porque elperidico o el informativo de radio o televisin pierden actualidad en

    cuanto se publican o en el momento en que se emiten En qu momentohay que situar la informacin en los medios digitales? Hay noticias y,sobre todo, reportajes, entrevistas, crnicas, informes...- que se publi-can en la red y permanecen durante un tiempo en el site a disposicinde la audiencia, adems de que una pgina web puede ser consultadadesde cualquier punto del planeta y los horarios pueden no coincidircon el momento en el que se hace pblica la noticia. Por eso puede serconveniente, adems de la exactitud en la delimitacin de las fechas enlas que se han producido los hechos, la utilizacin de enunciados sinncleo verbal o frases asertivas dentro de la oracin principal y comounidades independientes.

    la concordancia en nmero y persona entre el sujeto y el verbo y lautilizacin restringida o, en su caso, certera de las formas verbales im-

    personales son modos ms de hacer asequible el contenido del texto. Y,en la medida de lo posible, hay que renunciar al condicional.

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    22/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    16 Concha Edo

    es importante extremar la prudencia en el uso de los adverbios, sobretodo desde el punto de vista cuantitativo, porque ralentizan los tiemposde lectura. Y lo mismo puede decirse de las conjunciones, las pre-

    posiciones y las interjecciones cuando no se manejan con precisin ycompetencia.

    Los gneros del ciberperiodismo

    An cuando en la red se van consolidado lentamente gneros propios, lo msfrecuente hasta este momento es la adaptacin de los gneros periodsticos conlos que se trabaja en los medios tradicionales con algunas peculiaridades. Perosi en algo ha ganado ya Internet a los medios tradicionales es en la consultade las noticias de ltima hora. Y puesto que esta tendencia va aumentando, esimprescindible hacer hincapi en la importancia de escribir textos breves queno renuncien a la calidad.

    Adems, esa misma brevedad es conveniente tambin aplicarla a las in-formaciones que utilizan todos los formatos, y producir relatos multimedia deestructura simple que se puedan ver completos en poco tiempo. La capacidadde sntesis, tan necesaria para cualquier periodista, se convierte en una cuali-

    dad inestimable en el ciberperiodismo, que requiere narraciones escuetas perocompletas y atractivas.

    El primer nivel de la informacin es un periodismo de hechos contados deacuerdo con las pautas establecidas para el relato por el story anglosajn, parael que se recurre a gneros que se utilizan en otros medios: la informacin, elreportaje objetivo y la entrevista de declaraciones hecha, con frecuencia, porcorreo electrnico. Adems de tener en cuenta que conviene una expresindiferente para las hard news y las soft news.

    Y como se ha comprobado que en los medios digitales cobran mayor im-portancia las primeras, las noticias de inmediata actualidad, habr que elaborarunos textos adecuados a tal necesidad y conseguir que el gnero ms austero-la informacin, la noticia- alcance unos niveles de calidad lingstica compa-rables a los de un texto de ms envergadura porque, en la mayor parte de loscasos, ese texto y los titulares son lo nico que va a leer quien visita la pgina.

    As, si al elaborar el relato informativo convencional hay que redactar laentrada y el cuerpo de la informacin pensando que van a estar en la misma

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    23/180

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    24/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    18 Concha Edo

    1. el texto principal, que refleja la noticia o el acontecimiento que sirve debase al reportaje y al que se accede, generalmente, a travs del tituloconvertido en enlace,

    2. los antecedentes, textuales, grficos o sonoros,

    3. el contexto actual,

    4. las reacciones y opiniones de diferentes expertos y de los lectores,

    5. anlisis, valoracin, propuesta de futuro,

    6. siempre que la noticia o el asunto que se trate los permita, galera defotos y/o un grfico o grficos sucesivos,

    7. vdeo con sonido de ambiente, si la informacin lo admite,

    8. enlaces externos relacionados con el tema, y

    9. foros, opiniones de los lectores.

    Pero esta solucin, que presentada de una u otra manera, es la que se re-

    fleja hoy, no es todava la que podemos esperar para el ciberespacio. Losmedios, hasta ahora han experimentado desde distintas perspectivas esa frag-mentacin para el reportaje, pero con unas pautas cercanas a los esquemas queha impuesto el papel. Hay que cambiarlos. Adems, las cifras de acceso y losrecuentos de pginas dicen que slo los grficos interactivos -la infografa esuna de las mejores armas de Internet y un elemento clave en el nuevo lenguajede los medios digitales- consiguen una respuesta cualitativamente importantede los lectores de prensa que, en la red, buscan leer poco y tienen prisa.

    Y esto tambin se aplica a las crnicas que, tal como las entendemos enestos momentos desde la perspectiva del lenguaje y del contenido -narracinde sucesos y exposicin de datos con valoraciones personales del periodista,

    que no inciden en cuestiones de temticas y de fondo sino en detalles delambiente o de las personas-, quedan ms restringidas en los medios on lineante la claridad que aporta el esquema del reportaje.

    En cuanto a las entrevistas, si se han realizado por correo electrnico noes fcil que alcancen la profundidad y la calidad de las que se hacen personal-mente si hablamos de entrevistas de personalidad o de perfil que se apoyan en

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    25/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    El lenguaje y los gneros periodsticos en la narrativa digital 19

    el dilogo, porque es precisamente a travs de ese dilogo y de la observacincmo se accede al personaje.

    Pero lo que s se puede ajustar y preparar con calidad es el lenguaje deltexto definitivo que se va a incluir en el site correspondiente. Adems, lasque se hacen de forma plural o con la participacin de los lectores-internautasrequieren la intervencin del periodista para adaptar los textos de unos y otrosa las condiciones de la red y para actuar como filtro que profesionaliza lapresentacin de las preguntas y las respuestas.

    Otra posibilidad que ya han intentado algunos medios es ofrecer entre-vistas en vdeo, generalmente completas. Pero la realidad es que, en estosmomentos, la baja calidad de la reproduccin no sirve de acicate para accederas a la informacin, aunque la evolucin tecnolgica puede convertir en breveestas reproducciones -convenientemente tratadas y con un montaje adecuadoa la imagen- en una modalidad ms atractiva que las actuales.

    Con todo, se estn probando modelos nuevos que son interesantes y pue-den tener futuro. Entre otros se puede hablar de los que plantean las profesorasestadounidenses Paul y Fiebich o de las innovaciones que ofrece el argentinoClarn, as como de los intentos de los grandes diarios espaoles -El Pas, El

    Mundo, ABC, La Vanguardia...- por integrar texto, sonido e imgenes medi-

    ante un diseo estimulante y la presentacin de grficos interactivos de cali-dad.

    El estilo de solicitacin de opinin o editorializante pretende orientar eljuicio del receptor con cierto grado de intencionalidad en el mensaje queofrece el medio al mostrar la actualidad. Y en el esquema clsico del pe-riodismo anglosajn responde al concepto de comment y expresa opinionesmediante un modo de escritura particular que es la argumentacin.

    Dentro de estas coordenadas hay dos gneros con personalidad propia: eleditorial y el artculo o comentario, que en Espaa se llama columna. Hay otramodalidad, que no tiene su origen en el periodismo, pero que est estrecha-mente vinculada con los cometidos tpicos de la informacin de actualidad: la

    crtica.Tambin se puede hablar de un conjunto de textos que comparecen en los

    medios de comunicacin de una manera que podemos considerar ocasional,que cumplen una funcin que es ms bien de entretenimiento o evasin quede emisin o solicitacin de opiniones y que son la tribuna libre, los artculos

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    26/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    20 Concha Edo

    de humor, los artculos costumbristas, los ensayos doctrinales, los artculosde divulgacin histrica...

    En cualquier caso, tanto el editorial como el comentario, la crtica, latribuna libre y los artculos se engloban en el comment anglosajn. Peroel editorial, el suelto y el comentario, que son rigurosamente periodsticos,suelen estar escritos por periodistas profesionales mientras que los dems loshacen tambin personas sin una dedicacin plena a las funciones periodsticas.

    Pero los gneros de opinin son todava poco digitales. Y no slo en el

    caso de los editoriales, que se reproducen en la red tal como se publican en elpapel. Tampoco los columnistas han encontrado un lenguaje que tire de loslectores y les anime a formar sus opiniones en la red. En estos primeros aosdel periodismo digital los lectores buscan, como ya se ha dicho, informacinrpida, opinar y participar en debates, tertulias y chats y sacar el mayor partidoposible a los servicios que cada diario, portal, revista o pgina web les ofrecepara facilitarles la vida. Y parece que los mismos periodistas y escritores queen la prensa tradicional tienen lectores fijos y abundantes pierden gran partede su atractivo en la red.

    Sin embargo, los medios exclusivamente digitales, sin punto de referenciaen papel, siguen prcticas distintas que quieren dar ms peso a la opinin. Y

    aportan alguna leve innovacin en el modo de presentar los textos -como fotoso distintos tipos de letra- o publican textos breves de lectura rpida que vanfirmados como una columna pero que tienen una longitud ms cercana a la delos sueltos. A pesar de todo, no se puede hablar de prcticas redaccionalesdistintas sino de presentaciones diferentes.

    Una de las peculiaridades de Internet, desde el punto de vista de la opi-nin est en los foros -considerados ya como gnero por algunos autores (J. I.Armentia, 2000: 184-186) - y en las opiniones de los lectores, aunque todavano han marcado un estilo propio que se pueda considerar estable y reconoci-ble. Pero siempre que exista una mediacin del periodista que profesionaliceel resultado que va a aparecer en la pantalla.

    Se pueden establecer algunas pautas comunes para unos y otros y es posi-ble hacer alguna previsin de futuro:

    los editoriales y las columnas de opinin no se publican teniendo encuenta la tecnologa disponible en la red, ni alcanzan la importanciaque tienen en la prensa diaria convencional,

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    27/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    El lenguaje y los gneros periodsticos en la narrativa digital 21

    no existe un criterio especfico ni en cuanto a los temas -hasta ahoratodos se han limitado a reproducir los textos de la edicin en papel o apublicar otros semejantes en los diarios exclusivamente digitales-, ni encuanto al diseo adecuado,

    en casi todos los medios se comprueba que estos artculos no son losms valorados en cuanto a nmero de visitas,

    como no se aprovechan las posibilidades grficas ni las que ofrece el

    uso del hipertexto y leer en la pantalla es incmodo, estos textos estnen clara desventaja frente a los convencionales,

    es una facilidad adicional, exclusiva de Internet, el acceso a los artculosatrasados,

    el inters de los lectores aumenta cuando pueden opinar, sobre todo silo hacen en tiempo real,

    en ste, como en otros aspectos del periodismo on line, se estn dandolos primeros pasos y queda mucho camino por recorrer hasta llegar alcompleto aprovechamiento de la interactividad y a la relacin directa e

    instantnea de los usuarios de Internet con el periodismo y los perio-distas a travs de textos, sonido e imgenes en movimiento, cuando latecnologa lo permita.

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    28/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    22 Concha Edo

    Bibliografa

    AGENCIA EFE (1995): Manual de espaol urgente, Ctedra (11a edicin),Madrid.

    AGENCIA EFE (1992): Vademecum de espaol urgente, Fundacin EFE,Madrid.

    ALARCOS LLORACH, Emilio (1997): Lenguaje de los titulares, en Len-

    guaje en periodismo escrito, Fundacin Juan March, Madrid.

    ARMENTIA, Jos Ignacio et al. (2000): El diario digital, Bosch, Barcelona.

    DIEZHANDINO NIETO, Pilar (1994): El quehacer informativo. El "artede escribir"un texto periodstico, Universidad del Pas Vasco, Bilbao.

    EDO, Concha (2002):Del papel a la pantalla. La prensa en Internet, Comu-nicacin Social, Sevilla.

    EDO, Concha (2003): Periodismo informativo e interpretativo. El impactode Internet en la noticia, las fuentes y los gneros, Comunicacin So-

    cial, Sevilla.GMEZ TORREGO, Leonardo (1989): Manual de espaol correcto, Arco

    ( 2 tomos), Madrid.

    GOMIS, Lloren (1992): Los titulares de prensa, en Estudios de Periods-tica, Universidad Complutense, Madrid.

    LZARO CARRETER, Fernando (1997): El dardo en la palabra, Crculode Lectores, Madrid.

    LZARO CARRETER, Fernando (1980): Lengua literaria frente a lenguacomn, en Estudios de lingstica, Editorial Crtica, Barcelona.

    MARTNEZ ALBERTOS, Jos Luis (1991): Curso general de redaccinperiodstica, Paraninfo, Madrid.

    MARTNEZ DE SOUSA, Jos (1981): Diccionario general del periodismo,Paraninfo, Madrid.

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    29/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    El lenguaje y los gneros periodsticos en la narrativa digital 23

    MUNDO, EL (1996): Libro de estilo, Temas de Hoy, Madrid.

    NUEZ LADEVZE, Luis (1991): Manual para periodismo. Veinte lecci-ones sobre el contexto, el lenguaje y el texto de la informacin , Ariel,Barcelona.

    NUEZ LADEVZE y CASASS, Josep Mara (1991): Estilo y gnerosperiodsticos, Ariel, Barcelona.

    PAS, EL (1990): Libro de estilo, Ediciones El Pas (4a

    edicin), Madrid.PRENSA ESPAOLA (1993): Libro de estilo de ABC, Ediciones Ariel, Ma-

    drid.

    REAL ACADEMIA ESPAOLA (1999): Ortografa de la lengua espaola,Espasa Calpe, Madrid.

    REAL ACADEMIA ESPAOLA (2001): Diccionario de la lengua espaola,Espasa-Calpe (22a edicin), Madrid.

    SECO, Manuel (1986): Diccionario de dudas y dificultades de la lenguaespaola, Aguilar (9a edicin), Madrid.

    VERN, Eliseo (1969): Ideologa y comunicacin de masas, en Lenguajey comunicacin social, Buenos Aires.

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    30/180

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    31/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Webjornalismo: Da Pirmide invertida pirmide deitada

    Joo CanavilhasUniversidade da Beira Interior

    E-mail:[email protected]

    FALAR de jornalismo falar da pirmide invertida, uma tcnica de redac-

    o fundamental, mas que tem levantado grandes polmicas nos meiosprofissional e acadmico. Esta polmica renovou-se com o aparecimento dojornalismo na Internet, pois alguns dos pressupostos que levaram os jornalistasa adoptar tcnica de redaco deixam de fazer sentido devido s caractersti-cas da web. Desde logo porque o espao disponvel num webjornal deixa deser finito, anulando a necessidade de escrever condicionado pela possibilidadedo editor poder efectuar cortes no texto para o encaixar num determinado es-pao. Por outro lado, o hipertexto permite ao utilizador definir os percursos deleitura em funo dos seus interesses pessoais pelo que a redaco da notciadeve ter em conta esse factor.

    Recorrendo tcnica da pirmide invertida, o jornalista organiza a not-

    cia colocando a informao mais importante no incio e o menos importantedo final, pelo que o leitor apenas pode efectuar a leitura seguindo o roteirodefinido pelo jornalista.

    E o que faro os leitores se essa notcia for dividida em vrios blocos detexto ligados atravs de links?

    Para observar os percursos de leitura de notcias na web, orga- nizou-seuma experincia onde se convidavam os leitores a efectuarem a leitura de umanotcia constituda por vrios blocos de informao ligados atravs de hiper-texto. A anlise dos dados permite concluir que existem diferentes padres deleitura que deixam antever a necessidade de adoptar um novo paradigma naorganizao de informao de cariz jornalstico.

    Introduo

    O desenvolvimento dos meios de comunicao social est intimamente relaci-onado com os avanos que ocorreram nos mtodos de difuso. A imprensa

    Jornalismo Digital de Terceira Gerao, 25-40

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    32/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    26 Joo Canavilhas

    norte-americana, por exemplo, registou um perodo de franco desenvolvi-mento em paralelo com o crescimento dos caminhos-de-ferro norte-americanos,pois desta forma os jornais puderam aumentar de forma substancial a sua reade influncia. Aconteceu o mesmo com a rdio e a televiso: graas aosavanos tcnicos na distribuio do sinal, estes meios conseguiram a cober-tura total dos respectivos pases por via hertziana e, mais recentemente, umadimenso global graas aos satlites.

    Tal como aconteceu nos meios tradicionais, o desenvolvimento do web-

    jornalismo tambm est umbilicalmente ligado aos processos de aperfeioa-mento da sua difuso. A identificao de uma linguagem que tire partido dascaractersticas oferecidas pelo meio, por exemplo, tem sido condicionada pelainstabilidade resultante do rpido desenvolvimento das tecnologias de acessoe pelo desequilbrio geogrfico que se verifica no campo do acesso Internet.

    De acordo com a Internet World Stats1, em Novembro de 2005 existiamcerca de 972 milhes de utilizadores de Internet no mundo. Porm, a taxade penetrao2 ainda muito baixa (15,2%) e, sobretudo, bastante desequi-librada. Enquanto Amrica do Norte (68%) e Ocenia (52,9%) apresentamtaxas interessantes, outras regies como a Amrica Latina (13,3%), a sia(9,2%) e a frica (2,7%) tm ainda taxas de penetrao bastante reduzidas.

    No caso de Portugal3, o nmero de ligaes tem aumentado a um ritmomuito interessante, porm este crescimento acontece fundamentalmente nasligaes de baixa velocidade do tipo dial-up. Se em 1998 existiam em Por-tugal 172.698 utilizadores, no ano de 2005 eram j 5.593.770, mas apenas19% dispunham de uma ligao em banda larga. Estes nmeros apontam parauma taxa de penetrao de 10,2%, um valor que coloca Portugal ligeiramenteabaixo da mdia da Unio Europeia, mas frente de pases como a Alemanha,a Espanha ou a Itlia, por exemplo.

    Embora o nmero de utilizadores em todo o mundo tenha atingido umadimenso interessante, o ritmo de crescimento da banda larga condiciona otipo de contedos oferecidos pelo jornalismo que se faz na web. Naturalmente,

    1http://www.internetworldstats.com/stats.htm2Frmula de clculo: (Nmero total de clientes) / (populao total)3Informao retirada de Servios de Transmisso de Dados/Servio de Acesso Internet

    2o trimestre de 2003 (http://www.icp.pt/template12_print.jsp?categoryId=6247) e Informao Estatstica dos Servios de Transmisso de Dados da Ana-com (http://www.anacom.pt/template12.jsp?categoryId=161942

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    33/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Webjornalismo 27

    as publicaes apostaram nas notcias baseadas em texto verbal escrito, j queo download das pginas relativamente rpido mesmo para acessos de baixavelocidade. por isso que o texto continua a ser o elemento mais usado nojornalismo que se faz na web, mas este no o nico motivo para que tal severifique.

    No final da dcada de 80, a edio electrnica j se tinha generalizadoentre a imprensa escrita. Um pouco por todo o mundo, os jornais comearam ainvestir em informtica e em softwares de edio que lhes permitiam trabalhar

    de uma forma mais rpida e permitindo um fecho de edio mais tardio. Porisso, no momento em que ocorre o grande boom da Internet, os jornais jtinham as suas notcias digitalizadas pelo que, quase sem custos adicionais,avanaram para edies online (Edo, 2002, 103), disponibilizando as mesmasnotcias da verso impressa.

    Para alm das questes de cariz tcnico, as dificuldades econmicas tam-bm tm colocado alguns entraves ao desenvolvimento do webjornalismo. Asestatsticas apresentadas na pgina anterior permitem concluir que as taxas depenetrao mais altas coincidem com os pases mais desenvolvidos, porm,as questes de ordem econmica no se resumem infra-estrutura de distri-buio, nem ao nmero de equipamentos de acesso, pois embora sejam dados

    importantes, situam-se ambos no lado da recepo. No sector da emisso,as dificuldades inerentes viabilizao econmica dos meios online levou asempresas a recorrerem aos contedos j existentes e o elemento comum aosvrios meios - imprensa escrita, rdio e televiso - o texto que serve de bases notcias. Desta forma, foi com alguma naturalidade que o jornalismo naweb se desenvolveu num modelo muito semelhante ao do jornalismo escrito,adoptando as mesmas tcnicas de redaco usadas na imprensa escrita.

    Tcnicas de redaco

    Desde sempre, as tcnicas de redaco jornalstica ocuparam um lugar de des-taque nos cursos superiores de jornalismo. No terceiro quartel do sculo XIX,os Estados Unidos iniciavam os cursos superiores de jornalismo, enfatizandoo treino da escrita e da paginao4. O desenvolvimento posterior vir a con-

    4Traquina, Nelson (2002) Jornalismo, Lisboa: Quimera

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    34/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    28 Joo Canavilhas

    duzir o jornalismo para o campo das Cincias Sociais, tendo sido criado umcampo de investigao prprio: as Cincias da Comunicao.

    Arrumada a discusso acadmica, persiste a polmica em torno do acesso profisso. O Brasil, por exemplo, discutiu recentemente esta questo, tendopermanecido a obrigatoriedade da licenciatura para aceder ao jornalismo. Jno caso portugus possvel ter a carteira profissional apenas com o ensinosecundrio completo, seguido de um perodo de estgio. Apesar disso, o n-mero de licenciaturas em jornalismo tem crescido rapidamente em Portugal,

    com algumas mais viradas para a componente prtica e outras a preferiremuma slida formao terica nas reas de cincias sociais. A opo por umaou outra via pode observar-se nos currculos oferecidos pelas escolas de jor-nalismo, mas uma anlise atenta permite encontrar um ponto em comum: aexistncia de contedos relacionados com as tcnicas de redaco.

    De uma forma geral, os programas da disciplina de tcnicas de redacojornalstica referem que se trata de uma introduo terico-prtica s escritaslinguagens, estilos e gneros jornalsticos, matrias onde a pirmide invertida referenciada como uma das tcnicas fundamentais no jornalismo escrito.

    A tcnica da pirmide invertida pode resumir-se em poucas palavras: aredaco de uma notcia comea pelos dados mais importantes a resposta s

    perguntas O qu, quem, onde, como, quando e por qu seguido de informa-es complementares organizadas em blocos decrescentes de interesse.

    Figura 1

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    35/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Webjornalismo 29

    Esta arquitectura noticiosa nasceu durante a Guerra da Secesso, nos Es-tados Unidos da Amrica. O telgrafo, a grande inovao tcnica daquelapoca, possibilitava aos jornalistas o envio dirio das suas crnicas de guerra.Porm, esta tecnologia ainda no tinha uma grande fiabilidade tcnica e, piordo que isso, os postes que suportavam os fios do telgrafo eram um alvo muitoapetecido para as tropas, pelo que o sistema estava muitas vezes inoperante.Para assegurar iguais condies de envio, jornalistas e operadores de telgrafoestabeleceram uma regra de funcionamento que no prejudicasse o trabalho

    dos profissionais da informao: cada jornalista enviaria o primeiro pargrafodo seu texto e, aps uma primeira ronda, iniciava-se uma outra volta para quetodos enviassem o segundo pargrafo do texto. (Fontcuberta, 1999, 58 e ss).

    Esta regra de funcionamento obrigou os jornalistas a alterarem a tcnicade redaco mais utilizada at ento. Em lugar do habitual relato cronolgicodos acontecimentos, os jornalistas passaram a organizar os factos por valornoticioso, colocando os dados mais importantes no incio do texto e garan-tindo assim a chegada dos dados essenciais aos seus jornais. A tcnica viriaa ser baptizada como Pirmide Invertida por Edwin L. Shuman no seu livroPractical Journalism, (Salaverria, Ramn, 2005, 109), tornando-se numa dasregras mais conhecidas no meio jornalstico.

    Apesar da eficcia na transmisso rpida e sucinta de notcias, a aplicaodesta tcnica tende a transformar o trabalho jornalstico numa rotina, deixandopouco campo criatividade e tornando a leitura das notcias pouco atractiva,pelo que a importncia desta tcnica tem sido objecto de muitas polmicas.

    Com o aparecimento do jornalismo na Web, esta discusso ganhou novoflego. Autores como Jacob Nielsen (1996), Rosental Alves5 ou Jos lva-rez Marcos6, insistem na importncia da pirmide invertida nos meios online.Outros, como Ramon Salaverria (2005, 112 y ss) reconhecem a importnciadesta tcnica nas notcias de ltima hora7, mas consideram-na uma tcnicalimitadora quando se fala de outros gneros jornalsticos que podem tirar par-tido das potencialidades do hipertexto.

    5Ver entrevista efectuada por Carlos Castilho em http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=311ENO002

    6Texto no Manual de Redaccin Periodstica (ver bibliografa)7Ver comentario en http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp

    ?cod=311ENO003

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    36/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    30 Joo Canavilhas

    Partilhamos desta ltima opinio, pois consideramos que a tcnica emcausa est intimamente ligada a um jornalismo muito limitado pelas caracte-rsticas do suporte que utiliza o papel. Usar a tcnica da pirmide invertidana web cercear o webjornalismo de uma das suas potencialidades mais in-teressantes: a adopo de uma arquitectura noticiosa aberta e de livre navega-o.

    Nas edies em papel o espao finito e, como tal, toda a organizaoinformativa segue um modelo que procura rentabilizar a mancha disponvel.

    O jornalista recorre a tcnicas que procuram encontrar o equilbrio perfeitoentre o que se pretende dizer e o espao disponvel para o fazer, pelo que orecurso pirmide invertida faz todo o sentido. O editor pode sempre cortarum dos ltimos pargrafos sem correr o risco de cortar o sentido notcia.

    Nas edies online o espao tendencialmente infinito. Podem fazer-se cortes por razes estilsticas, mas no por questes espaciais. Em lugarde uma notcia fechada entre as quatro margens de uma pgina, o jornalistapode oferecer novos horizontes imediatos de leitura atravs de ligaes entrepequenos textos e outros elementos multimdia organizados em camadas deinformao.

    Esta proposta no inovadora, nem se aplica exclusivamente ao jorna-

    lismo. Autores como Robert Darnton8 (1999) salientam a importncia do hi-pertexto nas publicaes acadmicas, por exemplo. Este investigador salientaas potencialidades do ambiente web como alternativa para as publicaes queno encontram espao no papel. Porm, Darnton avisa que publicar na webimplica uma nova arquitectura e prope uma estrutura piramidal por camadas.A arquitectura sugerida pelo autor evolui em seis camadas de informao:uma primeira com o resumo do assunto; uma segunda com verses alargadasde alguns dos elementos dominantes, mas organizadas como elementos aut-nomos; um terceiro nvel de informao com mais documentao de vriostipos sobre o assunto em anlise; um quarto nvel de enquadramento, comreferncias a outras investigaes no campo de investigao; um quinto nvel

    pedaggico, com propostas para discusso do tema nas aulas; por fim, a sextae ltima camada com as reaces dos leitores e suas discusses com o autor.Um novo livro deste tipo daria origem a uma nova forma de leitura. Algunsleitores poderiam ficar satisfeitos com o estudo das narrativas superiores. Ou-

    8http://www.nybooks.com/articles/546

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    37/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Webjornalismo 31

    tros poderiam preferir uma leitura vertical, seguindo certos temas at s zonasmais profundas da documentao. (Darnton, 1999)

    Embora este modelo tenha sido proposto para documentos acadmicos,a sua adaptao ao jornalismo faz todo o sentido, pelo que se produziu umanotcia com uma arquitectura deste gnero para esta investigao.

    Amostra e Metodologia

    Preparou-se uma notcia com 10 pginas web ligadas atravs de links em menue links embutidos9 no texto. A organizao da notcia seguiu uma arquitecturapor nveis de informao (fig. 2), com um texto inicial10 contendo 5 linksembutidos direccionados a um segundo nvel de informao. Trs dos 5 textosde segundo nvel incluam um link embutido para um terceiro nvel e um menude navegao com links para todos os textos do mesmo nvel ou nvel anterior.

    Os links embutidos conduziam sempre ao nvel de informao seguinte.

    Figura 2

    Aos elementos da amostra, 39 alunos da Universidade da Beira Interior,

    foi dito que deveriam ler a notcia da forma como o fazem habitualmente, nohavendo limite de tempo para a leitura.

    No computador usado para a experincia foi instalado o programa Cam-tasia Studio com o objectivo de filmar todos os movimentos efectuados como rato e, consequentemente, os percursos de leitura.

    Resultados

    O tratamento dos dados permitiu retirar as seguintes concluses:

    9

    Por links embutidos consideram-se os links colocados no prprio corpo do texto10O texto aqui referido como inicial era, efectivamente, o segundo. Porm, como tinhaapenas um link para mais informaes, no foi considerado neste estudo, servindo apenaspara anular analisar se os usurios estavam familiarizados com a utilizao de hipertexto. Estaestratgia permitiu anular cinco leitores que no executaram nenhuma aco para alm daleitura deste texto.

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    38/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    32 Joo Canavilhas

    a) 76,5% dos utilizadores passou ao segundo nvel seguindo o primeirolink embutido no texto. Deste grupo, 57,7% passou para o terceiro nvel danotcia, seguindo o nico link embutido neste segundo texto.

    No outro texto de segundo nvel com enlace embutido, 67,6% dos utiliza-dores seguiu esse link para o terceiro nvel.

    b) 23 % dos leitores tem uma rotina de leitura por nvel: seguem o link nolocal onde est inserido, regressando de seguida ao texto inicial.

    c) 77% segue o seu prprio percurso de leitura: no primeiro momentoem que os leitores foram confrontados com vrios links (5) identificaram-se5 percursos diferentes; no segundo passo a variedade de percursos subiu para11 e no terceiro j existiam 22 percursos de leitura diferentes, em 55 possveis;

    d) 11,1% dos leitores seguiram um percurso de leitura idntico, fazendo11 passos iguais.

    Concluso

    O trabalho de redaco implica jogar com duas variveis: dimenso (quanti-dade de dados) e estrutura (arquitectura da notcia). A correcta manipulaodas variveis obriga os jornalistas a optarem pelas tcnicas de redaco que

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    39/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Webjornalismo 33

    mais se adequam s caractersticas do meio, dando mais importncia a uma ououtra varivel. Compreende-se, pois, que as prioridades do jornalista da im-prensa em papel sejam diferentes das prioridades do webjornalista: enquantoo primeiro d primazia dimenso do texto, recorrendo a rotinas estilsticasque permitem encaix-lo no espao definido, o segundo deve centrar a suaateno na estrutura da notcia, uma vez que o espao tendencialmente ili-mitado.

    a) Estrutura da webnotciaEstruturar uma notcia na web implica a produo de um guio que permitavisualizar a sua arquitectura, nomeadamente a organizao hierrquica doselementos multimdia e suas ligaes internas.

    A flexibilidade do meios online permite organizar as informaes deacordo com as diversas estruturas hipertextuais. Cada informao, de acordocom as suas peculiaridades e os elementos multimdia disponveis, exige umaestrutura prpria. (Salaverria, 2005, 108).

    Estas estruturas podem ser lineares, reticulares ou mistas (Dias Noci ySalaverria, 2003, 125-132). No caso da estrutura linear, a mais simples, os

    blocos de texto esto ligados atravs de um ou mais eixos. O grau de liberdadede navegao condicionado, uma vez que o leitor no pode saltar de um eixopara outro. Se existir apenas um eixo, teremos uma estrutura unilinear. Seexistirem vrios eixos, a estrutura passa a ser multilinear, com vrias histriascontadas em diferentes eixos sem ligao entre si.

    Como o prprio nome indica, uma estrutura reticular no tem eixos dedesenvolvimento predefinidos: trata-se de uma rede de textos de navegaolivre que deixa em aberto todas as possibilidades de leitura.

    Por fim, as estruturas mistas apresentam nveis do tipo linear e outras detipo reticular. A leitura perde algum grau de liberdade quando comparadacom o modelo anterior, mas tem a vantagem de oferecer pistas de leitura

    bem definidas.Independentemente do tipo de estrutura hipertextual, o recurso a estas ar-quitecturas informativas implica um afastamento em relao pirmide in-vertida. E aqui que os investigadores divergem, pois embora quase todosdefendam uma nova linguagem para o webjornalismo, muitos insistem aindana aplicao da pirmide invertida no webjornalismo, reforando a lgica or-

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    40/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    34 Joo Canavilhas

    ganizativa em que os factos mais importantes aparecem no incio e os menosimportantes no final da notcia.

    Os dados recolhidos nesta investigao apontam noutro sentido. Apesarda notcia ter sido construda numa lgica de camadas de informao, os lei-tores optaram por seguir determinados assuntos at ao limite da informaodisponvel, seguindo os links embutidos e saltando de nvel de informao.(figura 3)

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    41/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Webjornalismo 35

    Figura 3

    Este comportamento aponta no sentido das tcnicas de redaco na webimplicarem uma mudana de paradigma em relao ao que se verifica na im-prensa escrita. Se no papel, a organizao dos dados evolui de forma decres-cente em relao importncia que o jornalista atribui aos dados, na web o leitor quem define o seu prprio percurso de leitura. A tcnica da pirmideinvertida, preciosa na curta informao de ltima hora, perde a sua eficcia emwebnotcias mais desenvolvidas, por condicionar o leitor a rotinas de leiturasemelhantes s da imprensa escrita.

    b) Um novo paradigma

    A identificao de 22 percursos de leitura diferentes logo no terceiro momentode interaco levanta uma questo importante: a aplicao de uma tcnicabaseada na organizao dos factos pela importncia que o jornalista lhe atribui a mais aconselhada para o jornalismo que se faz num meio interactivo?

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    42/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    36 Joo Canavilhas

    Consideramos que no. Os dados deste estudo aconselham o webjorna-lismo a adoptar um paradigma diferente daquele que est subjacente uti-lizao da tcnica da pirmide invertida. lgica organizativa assente naimportncia dos factos deve suceder uma outra assente na quantidade de in-formao oferecida aos leitores. Se o eixo vertical que vai do vrtice superior base da pirmide invertida significa que o topo mais importante que a base,ento a pirmide deve mudar de posio, procurando-se desta forma fugir hi-erarquizao da notcia em funo da importncia dos factos relatados. Como

    se viu, os dados recolhidos indiciam que a organizao escolhida pelo jorna-lista no coincide com o interesse do leitor, pelo que a tcnica da pirmideinvertida pode significar a perda de leitores, uma das razes que justificam asua utilizam no papel.

    No webjornalismo, a quantidade (e variedade) de informao disponibi-lizada a varivel de referncia, com a notcia a desenvolver-se de um nvelcom menos informao para sucessivos nveis de informao mais aprofunda-dos e variados sobre o tema em anlise. (figura 4)

    Figura 4

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    43/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Webjornalismo 37

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    44/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    38 Joo Canavilhas

    Embora estejam claramente definidos os nveis de informao, no h umaorganizao dos textos em funo da sua importncia informativa, mas umatentativa de assinalar pistas de leitura.

    Por aproximao representao grfica da tcnica da pirmide inver-tida, verificamos que esta arquitectura sugere uma pirmide deitada. Tal comoacontece na pirmide invertida, o leitor pode abandonar a leitura a qualquermomento sem perder o fio da histria. Porm, neste modelo -lhe oferecida apossibilidade de seguir apenas um dos eixos de leitura ou navegar livremente

    dentro da notcia.Figura 5

    Prope-se uma pirmide deitada com quatro nveis de leitura:A Unidade Base o lead responder ao essencial: O qu, Quando,

    Quem e Onde. Este texto inicial pode ser uma notcia de ltima hora que, de-pendendo dos desenvolvimentos, pode evoluir ou no para um formato maiselaborado.

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    45/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Webjornalismo 39

    O Nvel de Explicao responde ao Por Qu e ao Como, completando ainformao essencial sobre o acontecimento.

    No Nvel de Contextualizao oferecida mais informao em formatotextual, vdeo, som ou infografia animada sobre cada um dos Ws.

    O Nvel de Explorao, o ltimo, liga a notcia ao arquivo da publica-o ou a arquivos externos. Da mesma forma que a quebra dos limitesfsicos na web possibilita a utilizao de um espao praticamente ilimitadopara disponibilizao de material noticioso, sob os mais variados formatos

    (multi)mediticos, abre-se a possibilidade de disponibilizao online de todasa informao anteriormente produzida e armazenada, atravs de arquivos di-gitais, com sistemas sofisticados de indexao e recuperao de informao(Palcios, 2003, 25)

    Esta arquitectura exige um novo tipo de jornalista um profissional quetem neste tipo de trabalho uma alta percentagem de documentalista, que sejacapaz de expor com eficcia o relato dos acontecimentos e os comentrios pro-duzidos nos distintos suportes possibilitados pelo ecr do computador. (Edo,2002, 70).

    Em suma, a pirmide deitada uma tcnica libertadora para utilizadores,mas tambm para os jornalistas. Se o utilizador tem a possibilidade de navegar

    dentro da notcia, fazendo uma leitura pessoal, o jornalista tem ao seu disporum conjunto de recursos estilsticos que, em conjunto com novos contedosmultimdia, permitem reinventar o webjornalismo em cada nova notcia.

    Bibliografa

    ALBERTOS, Jos Lus Martinez (2004 5a edio) Curso General de Re-daccin Periodstic. Madrid:Thomson Editores Spain Paraninfo

    EDO, Concha (2002) Del papel a la pantalla:la prensa en Internet. Sevi-lha:Comunicacin Social Ediciones y Publicaciones

    FONTCUBERTA, Mar de (1999) A Notcia: pistas para compreender omundo. Lisboa: Editorial Notcias

    NOCI, Javier Dias (2001) La escritura digital: hipertexto y construccin deldiscurso informativo en el periodismo electrnico

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    46/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    40 Joo Canavilhas

    NOCI, Javier Daz y Salaverria, Ramn (coord) (2003), Manual de Redac-cin Ciberperiodstica. Barcelona: Ariel Comunicacin

    PALCIOS, Marcos y Machado, Elias (org.) (2003), Modelos de JornalismoDigital. S. Salvador: ed. GJOL

    PINHO, J. P. Jornalismo na Internet: planejamento e produo da informa-o on-line. S. Paulo : Summus Editorial

    SALAVERRIA, Ramn (2005) Redaccin periodstica en Internet. Pam-plona: EUNSA

    VALCARCE, David P. y Marcos, Jos A. Ciberperiodismo. Madrid, Sinte-sis, 2004

    Textos online

    CANAVILHAS, Joo (2001) Webjornalismo: consideraes gerais sobreo jornalismo na web. Em http://www.bocc.ubi.pt/pag/canavilhas-joao-webjorn al.pdf

    DARNTON, Robert (1999) The New Age of the Book. Em http://www.nybooks.com/articles/546

    NIELSEN, Jakob (1996) Inverted Pyramids in Cyberspace. Em http://www.useit.com/alertbox/9606.html

    SALAVERRIA, Ramn (1999) De la pirmide invertida al hipertexto. Emhttp://www.unav.es/fcom/mmlab/mmlab/investig/piram.htm

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    47/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    Parte II

    Blogs, fotografia, o jornalista eo jornalismo cidado

    Jornalismo Digital de Terceira Gerao, 41-40

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    48/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    49/180

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    50/180

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    51/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    The News Blog in 2005 45

    The 1990s saw attempts to normalise traditional journalistic roles in thenew context of the web, as journalists continued to try to fulfil what many con-sidered to be their central role; informing the electorate well enough to leadto wise self government (Gans, 2003) After the flop of content-shovelling,mainstream news on the web initially made gestures towards expanding thatrole with greater openness and accountability seeking comments and respon-ses from readers and posting links to primary sources, but by the close of the1990s that tendency had largely ceased for the mainstream press. Towards the

    end of its first decade news on the web was looking increasingly like moreof the same although perhaps more extensive (since there was no limitednewshole) and more timely than in print. It will be useful here to briefly exa-mine the history of news journalism on the web. Suzana Barbosa and otherssee this as developing in three distinct phases.

    The first journalism on the web appeared very shortly after Berners-Leesinvention was launched on the Internet in 1994. Those initial experimentswere a direct response to what Simon Waldeman has described as the ove-rall wonderfulness of the web (Waldman 2005) and were mainly driven byjournalist enthusiasts who had already been using the internet. Many of thesepeople, especially in America, had been influenced by the progressive, not to

    say libertarian, views of Internet organisations such as the Electronic Free-dom Foundation and precepts for the new age such as the one that proposesthat information wants to be free (Barlow 1994). Web sites were producedfor large and small print titles, with broadcasters such as the BBC and CNNfollowing closely behind with more heavily resourced projects. Nonethelessthe first web journalism was frequently undertaken on very limited or no bud-get and was, perhaps justifiably, seen as parasitic on existing newsrooms bymore traditional journalists and editors. Owners often encouraged these initi-atives as low-cost expansions of the brand and, so long as they were not tooexpensive, allowed their development. Titles such as the UKs Daily Tele-graph helped to pioneer the design and aesthetic of news on the web as well

    as many of what were to become the signifying conventions. Unfortunatelyproprietors, in the interests of getting everything out of the new medium thatthey could, and for free, encouraged content to be transferred, undigested andwholesale, onto their websites, leading to charges of the content-shovellingthat consumers found so unappetising. At the same time editors warned thatthe websites were cannibalising paid-for content and distributing it to consu-

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    52/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    46 Jim Hall

    mers for free (frequently before the main title had even reached the streets),and that the links to sources and to other news providers, far from encouragingreaders to be loyal to the new website, gave them every opportunity to leaveit for the attractions of competitors. While the web, although still unproven,looked like an interesting news carrier in the mid-1990s, it desperately neededa sustainable economic model if it was to be further developed or even survivein the context of a fully profit-oriented media industry.

    The next phase of news on the web, on the back of the dotcom boom, saw

    significant investment devoted to it and the development of dedicated onlinenewsrooms for many important news brands on every continent (in the de-veloping world they were frequently developed in partnership with Americannews organisations on a content-sharing basis). The experiments of the pio-neers continued, in many cases with an open and interactive journalism thatused forums, polls and the whole gamut of reader responses and well as ge-nerous choices of links to provide depth and source to news stories. In thebackground was ever larger investment in the medium by the worlds broad-casters as their websites were developed to handle progressively larger videoand sound clips, and innovations by ISPs and others in news aggregating andwith portals. The period also saw the arrival of the still healthy Drudgereport,

    which, long before the form had a name, looks to me very much like a kindof proto- news blog. With the development of specialist providers makingincreasing inroads on many parts of the news providers business, includingthe all-important classified ads and boutique items such as weather and as-trology, the print proprietors could not back out now. And since many ofthem had become full cross-media providers since the 1980s (with print, bro-adcast and satellite) the advent of true multimedia journalism gave them noincentive to. Unfortunately advertisers, for all that investment and synergy,remained unconvinced. They had no reliable evidence to support the claimed-for audiences that the new medium was making, and neither were they surethat consumers read it in the same way as they read traditional media. They

    were equally unconvinced by the other developments occurring on the weband projections of advertising spend failed utterly in the late 1990s resultingin the dotcom crash.

    The third phase began in the early twenty-first century on a low key. In-vestment was targeted more prudently. Those developments which had shownpotential as providers of revenue streams before the crash, such as premium

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    53/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    The News Blog in 2005 47

    content (financial, sport, etc.) and news archives were husbanded carefully.The era of free information might not have died but technologies and distri-bution systems were developed to ensure that where profit could be securedit was. Recognition of the full potential of multi-media meant that the ex-periment of the separate online and multimedia newsroom was largely dis-continued and the website was integrated with traditional media. The era ofmulti-platform production had arrived. Finally, while most reputable newsproviders do once more provide links to sources and alternative views, those

    links are not nearly as profligate as they were in first phase of web journalism.The financial model insists that news providers keep the attention of their au-diences for as long, and over as wide a range, as possible. What seemed clearat the turn of the century was that, while online news had to show a profit likeany other information commodity, it had brought fundamental changes with itfor how we consume, produce and understand news.

    At the end of the age of the mass media, as our condition changed, it be-came necessary to rethink the ways in which we narrativised our experience we needed a new model for news. In 1999 Michael Schudson suggested thatwe need a fourth model of journalism...in which authority is vested not inthe market, not in a party, and not in the journalist, but in the public (Glasser

    (ed.), 134) Models of public and civic journalisms had existed since at leastthe 1970s and had come to be highly influential in the development of thelocal press in both America and in some developing economies. Online jour-nalism, while it had the technical capacity to underwrite that fourth modelfor much larger and more widely distributed national and potentially globalaudiences, was being constrained by its owners and practitioners. Emergingmodels of social journalism are undeniably more expensive to implement, notleast because they refuse the idea of the atomised, mass consumer. They insiston the personal approach.

    Our period, the information age, has seen the appearance of social andpersonalised story forms across a range of media; documentary, film/TV, ma-

    gazines and comics, literature, electronic games, and the development of formsin which audiences and individual members of those audiences are co-optedas co-creators (Reality TV, game-shows etc.) Journalism, particularly onlinejournalism, has seen these forms proliferate we first saw them in the 1970swith New and Gonzo journalism but, by 1999 commentators on journalismwere talking about the New New journalism and its proliferation across a

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    54/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    48 Jim Hall

    range of social forms, as citizen journalism, public journalism, ezines, and ofcourse, the blog.

    A blog is more than a personalised web page or resume in that it containsa series of updated posts in the form of a diary or running commentary, oftenincluding information on and links to, other websites. Through a range ofdevices including forums and RSS (Really Simple Syndication) it seeks res-ponses and expansions, at the editorial level, from its readers and associates.Posts are in chronological order and can include text, images, audio and video.

    The development of blogging seems to be closely associated with participa-tory and social media such as distributed journalism, open-source journalism,citizen journalism and we-media. Blogs can and do cover every field of hu-man interest although, as Graham Lampa has pointed out, many of them arereally little more than the personal web pages of the previous century (indeedhe suggests that the typical blog is written by a teenage girl who uses it twicea month to update her friends and classmates on happenings in her life) andtwo thirds of them are abandoned almost as they are started (Lampa, 2004).Here we are concerned with news blogs.

    Melissa Wall, in Blogs of War, insists that the blog is a more dynamicversion of a personal website, being updated at least weekly, and sometimes

    daily, hourly or even more frequently, with the most recent entries appearingfirst. Blogs rely on hyperlinks to other sites to enhance their own posts (Wall,154) It is that enhancement, along with the responses and commentary thatthe blog is able to attract, that gives the form its particularity and influence.(Shirky, 2003) The premises are there for a collaborative information form inthat those responses or comments are, of course, posted by readers.

    The blog is also, by definition since it is usually personal, partisan. If wecan consider it a journalism it exists in stark contrast to most traditional formsof journalism which are detached, neutral (claiming to tell, as they have it,both sides of the story), and objective. Blogs, on the other hand, make noclaims about reporting the facts fairly; they are unedited, unabashedly opini-

    onated, sporadic and personal (Palser). Blogs can be seen as a kind of backchannel of mainstream media in the way they share information under theradar of traditional media outlets(Lennon). They foreground all journalismsproblems with the normative standards of independence, objectivity, and fairand balanced news those traditional values of the news industry which weinherited from the news barons and the nineteenth century. Nonetheless the

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    55/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    The News Blog in 2005 49

    news blogger shares the same legal responsibility as her mainstream collea-gues she is just as subject to the laws, both local and international, whichgovern defamation, intellectual property, trade secrets, right of publicity, pu-blication of private facts and intrusion. In countries such as China and Zim-babwe the law can make blogging difficult. In such countries and others, if itis seen as a journalism at all it is regarded as subversive, inaccurate, and po-tentially incendiary. In the West we now know that journalist bloggers can be,and on occasion are, fired from their day-job for blogging. The form implicitly

    refuses to accept the received values of news.Which returns us to the problem of objectivity, which is now generallyseen as an anachronism for contemporary journalism. Its rigidity, excludingvoices beyond the narrowly conventional (the recognised sides of the debate usually amounting to no more than two), makes the media too easily mani-pulated by those interested in stifling discussion rather than promoting it. Itwas already under scrutiny before the advent of the web and was the first ofthose normative standards to fall to the web. It is the gradual dismantling ofthe historical authority of the news complex that blogging seems to be acce-lerating. In the words of William Evans, the founder of Pyra Labs, The blogwill help democratize the creation and flow of news in a world where giant

    companies control so much of what people see, hear and read. He mighthave added the words understand and believe.

    Through blogging software such as Blogger (released in 1999 by PyraLabs and now owned by Google), LiveJournal and Weblogger, the form be-came accessible to everyone. Bloggeris a simple content management system bloggers just write or paste their work into the right boxes and post. It isno longer necessary to know how to construct a webpage to get your viewson the web. By 2004 Pyra Labs claimed 1.1 million registered users. Johnsonand Kaye (622) estimated that there were about 3 million blogs (of all kinds)in existence by 2004 and Zizi Papacharissi (260) estimates that 17% of blogsare concerned with news or politics. Even allowing for Lampas reservations

    about the blogging iceberg, the proportion of blogs which rapidly becomeinactive, this still leaves a very large constituency of producers. Bloggingstransnational imagined community of millions (Lampa) is at present verydifficult to quantify even when we have taken the problem of just what cons-titutes consumption in an interactive medium into account.

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    56/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    50 Jim Hall

    In July of 2005 the blog search engine Technorati was tracking more than14.2 million weblogs, containing over 1.3 billion links (Sifry). At that time80,000 new blogs were being created daily which meant that the blogospherewas continuing to double every 5.5 months. Technoratis findings suggest thatabout half of all blogs remain active with 13 percent being updated at leastweekly. If Papacharissis estimate is correct that leads to a surmise of some500,000 news sites in addition to mainstream news - the sheer breadth of thisactivity allows the blogging movement to challenge the narrow range of topics

    and sources featured in mainstream news. Obviously this rate of growth is byno means equal around the world but Sifry finds it to be exponential in Japan,Korea, China, France, and Brazil.

    As a news carrier the form offers creative freedom (no editor), instanta-neity (which can also be seen as making for disposable journalism), inte-ractivity, and, due to the lack of expensive infrastructure, no marketing cons-traints. Its central values seem to be accessibility and accountability; not onlyis all content by-lined but there is always the immediate possibility of callingthe blogger to account. News blogs, as we have seen, allow journalists theirown voices again. We can identify several different types of news blog alonga continuum which begins with those produced by individual journalists with

    no affiliations to other news providers and includes, at the other end, more orless corporate blogs hosted by, or with close associations to, mainstream newsbrands. As the larger disasters of the twenty-first century have shown, for thenews brands, blogs, partly because of the different news values that attach tothem, can provide a powerful platform for covering breaking news. As earlyas 1998 journalists of the Charlotte Observer in North Carolina blogged Hur-ricane Bonnie and by the time of Katrina in 2005, as mainstream newsroomswere flooded out of New Orleans, blogs sprang up to take their place. TheGuardian, on the other hand, uses its blog (http://blogs.guardian.co.uk/news/)to host opinion pieces employing a less formal voice than that of...[the]newspaper, reflecting the nature of what is already out there on the net (Prit-

    chard). Such branded blogs allow news providers to range far beyond theirown columns in the attempt to make sense of the world, and indeed to critiquetheir own positions if necessary.

    Can we then be returning to the convention of a partisan journalism asone which can sit outside of what has, until recently, been the dominant tradi-tion of a one-way flow of news sanctioned by professional claims of authority

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    57/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    The News Blog in 2005 51

    and knowledge? Are there markets for a journalism that emphasises perso-nalisation and audience participation in content creation? Blogging certainlyproduces a more conversational, dialogic and decentralised type of news, onein which there is little evidence of the daily editorial conference or of anynews agenda. Sometimes it is even difficult to find the news content amidstoverviews, summaries and links to primary sources rather than conventionalnews coverage.

    Can we regard bloggers, even those who work in the news industry in

    their daytime job, as real journalists? There are those who have normalisedthe blog as a news medium or genre by broadening or completely removingdefinitions of what can be news, by demystifying the whole process of newsproduction, and by multiplying the ways and levels at which readers can beinvolved in it. The effects can be dramatic. And since it would seem thatanyone with a networked computer can be a blogger, that is to say an onlinejournalist, the boundaries of the profession become markedly fluid. Bloggingpromotes limited social networks and, hence, a social solidarity that is veryaccessible. The gap between traditional journalists and their readers comesthrough a whole range of recognised qualifications and experience while thatbetween the reader of blogs and the producer is much more easily bridged. As

    we shall see the resulting communitality always comes at a price.This is all in marked contrast to mainstream media which necessarily pro-

    motes commercial content or advertising. While the arrival of the age of in-formation has complicated our understanding of product and profit, as becameevident in the first phase of online news, the profit motive is still undoubtedlythe driving premise of media capitalism. And that means that definitions ofnews are constantly broadened. Political and economic news produced by theglobal media providers is increasingly blended with entertainment and adver-tising. News remains the defining product of late, or information, capitalismand, first and foremost, it seeks to profit from it.

    And of course this aspiration has led to the hyperbolic proliferation of in-

    formation channels as the industry seeks out ever smaller market niches withever greater precision. The failure of mass forms in this fragmentation cannotbe seen as entirely positive. It contributes to the breakdown of the sense ofnational community and to ever narrower interest groups. Those personalizedcontemporary media, and blogs in particular, while they do produce that mul-

  • 7/31/2019 Jornalismo digital de terceira gerao

    58/180

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    i

    52 Jim Hall

    titude of virtual communities and the pick-and-mix identities that accompanythem, simultaneously have a balkanizing effect on society as a whole.

    Blogging software has enabled the proliferation of politic