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1 JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRÍPLICE VIRAL NO PERÍODO FÉRTIL, PRÉ-NATAL E PUERPERAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ASSIS/SP 2013

JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

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Page 1: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

1

JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA

COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL

NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL UMA REVISAtildeO

BIBLIOGRAacuteFICA

ASSISSP

2013

2

JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA

COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL

NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL UMA REVISAtildeO

BIBLIOGRAacuteFICA

Monografia apresentada ao Programa de Iniciaccedilatildeo

Cientiacutefica (PIC) do Instituto Municipal de Ensino Superior

de Assis ndash IMESA e a Fundaccedilatildeo Educacional do Municiacutepio

de Assis ndash FEMA como exigecircncia de teacutermino da bolsa

voluntaacuteria

Bolsista Joseane Maria Romancini de Oliveira

Orientadora Dra Luciana Pereira Silva

Linha de Pesquisa Ciecircncias da Sauacutede

ASSISSP

2013

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RESUMO

A vacina triacuteplice viral (TV) conhecida na literatura meacutedica de liacutengua inglesa como MMR (Measles Mumps Rubella) foi incorporada ao Programa Nacional de Imunizaccedilotildees (PNI) do Brasil no ano de 1992 no Estado de Satildeo Paulo Posteriormente foi introduzida em outros Estados em forma de campanhas A erradicaccedilatildeo da febre amarela urbana da variacuteola da poliomielite e eliminaccedilatildeo da circulaccedilatildeo autoacutectone do viacuterus do sarampo satildeo avanccedilos alcanccedilados no controle das doenccedilas imunopreveniacuteveis O presente estudo teve como objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas e no poacutes-aborto sobre a importacircncia da imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral O estudo das coberturas vacinais segundo condiccedilotildees de vida fornece uma oportunidade para a investigaccedilatildeo acerca da concretizaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias isto eacute intervenccedilotildees programadas e executadas preferencialmente pelo Estado buscando diminuir as diferenccedilas entre os grupos sociais produzidas por diferentes inserccedilotildees na organizaccedilatildeo social Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados Lilacs Bireme e Scielo A vacinaccedilatildeo na idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas eacute fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade passiva A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no periacuteodo da gestaccedilatildeo A vacina MMR deve ser prescrita para todas as mulheres que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila Palavras-chave vacina MMR triacuteplice viral feacutertil puerperio preacute-natal

4

ABSTRACT The MMR vaccine (TV ) known in the medical literature in English as MMR (Measles Mumps Rubella ) was incorporated into the National Immunization Program (NIP ) of Brazil in 1992 in Satildeo Paulo It was later introduced in other states in the form of campaigns The eradication of urban yellow fever smallpox polio and elimination of indigenous circulation of measles virus are advances made in the control of vaccine-preventable diseases This study aimed to review the literature immunization coverage of women prenatal postpartum reproductive age and post -abortion about the importance of immunization with MMR The study of vaccination coverage according to living conditions provides an opportunity for investigating the implementation of compensatory public policies ie interventions planned and implemented preferably by the state seeking to decrease the differences between social groups produced by different insertions in the social organization Therefore this study was a descriptive exploratory qualitative study of vaccine coverage in women immunized with the MMR prenatal and postpartum fertile period A literature search from in books and articles indexed in the Lilacs SciELO and Bireme data was performed Vaccination in prenatal postpartum reproductive age is critical to the prevention of various diseases Identification of vaccine coverage and factors responsible for the delay or lack of vaccination is important for proper monitoring of vaccination programs mainly in adult action The vaccine in women of reproductive age before or during pregnancy confers resistance to these diseases and newborn care passive immunity Immunisation should be carried out preferably before infertility treatments because some of them can not be administered during pregnancy The MMR vaccine should be prescribed for all women who do not prove immunity of this disease Keywords MMR fertile MMR puerperium prenatal

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SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO05

2 OBJETIVO GERAL07

3 METODOLOGIA11

4 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS14

5 ANEXOS17

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1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Histoacuterico

As primeiras campanhas de vacinaccedilatildeo em solo brasileiro datam de

1804 O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo (PNI) foi criado pelo governo em 18 de

setembro de 1973 no intuito de erradicar doenccedilas e assim melhorar o niacutevel de sauacutede

da populaccedilatildeo (MOREIRA 2002)

A primeira campanha de vacinaccedilatildeo em massa feita no Brasil foi

idealizada por Oswaldo Cruz no final do seacuteculo XIX tinha por objetivo controlar a

variacuteola que entatildeo dizimava boa parte da populaccedilatildeo do Rio de Janeiro A iniciativa

de Oswaldo Cruz resultou em fracasso e grave conflito os protestos contra a

vacinaccedilatildeo obrigatoacuteria culminaram na chamada Revolta da Vacina que transformou

as ruas da entatildeo capital federal em verdadeiro campo de batalha O conflito deixou

mortos e feridos a obrigatoriedade da vacinaccedilatildeo foi revogada Seguiu-se uma

epidemia da doenccedila que resultou em milhares de viacutetimas (BRASIL 2003)

O Brasil desenvolveu estrateacutegias diversas como campanhas

coberturas varreduras rotinas que determinaram em 1942 a eliminaccedilatildeo da febre

amarela urbana em 1973 da variacuteola e em 1989 da poliomielite Atualmente

manteacutem sob controle o sarampo o teacutetano neonatal as formas graves de

tuberculose a difteria o teacutetano acidental e a coqueluche (BRASIL 2003)

As vacinas tecircm na proteccedilatildeo agrave sauacutede e na prevenccedilatildeo de doenccedilas

imunopreveniacuteveis principalmente durante a infacircncia Assim autoridades de sauacutede

em todo o mundo estabeleceram calendaacuterios especiacuteficos de vacinas de acordo com

a faixa etaacuteria infantil (SILVEIRA et al 2007)

Segundo Moreira (2002) o Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo (PNI)

oferece regularmente todas as vacinas que compotildee o calendaacuterio de vacinaccedilatildeo a

toda populaccedilatildeo gratuitamente em todo territoacuterio nacional Vacinar crianccedilas a partir

do primeiro dias de vida eacute uma accedilatildeo de proteccedilatildeo especiacutefica contra doenccedilas graves

causadoras de danos definitivos ou letais

7

12 Vacina Triacuteplice Viral

A vacina Triacuteplice Viral resulta da combinaccedilatildeo de viacuterus vivos

atenuados de sarampo caxumba e rubeacuteola A vacina triacuteplice viral (TV) conhecida

na literatura meacutedica de liacutengua inglesa como MMR (Measles Mumps Rubella) foi

incorporada ao Programa Nacional de Imunizaccedilotildees (PNI) do Brasil no ano de 1992

no Estado de Satildeo Paulo Posteriormente foi introduzida em outros Estados em

forma de campanhas (Massad et al 1995)

Em 1993 realizou-se no Distrito Federal a primeira campanha de

vacinaccedilatildeo contra rubeacuteola com a vacina triacuteplice viral em crianccedilas entre 12 meses e

11 anos de idade como parte da rotina do Programa de Imunizaccedilatildeo Em 1996 foi

implementada a vacinaccedilatildeo no puerpeacuterio e em 1998 nas mulheres em idade feacutertil

(Massad et al 1995)

Em 1995 foi implantada no Espiacuterito Santo e no Paranaacute em 1996 a

vacina triacuteplice viral foi implantada em Minas Gerais Rio de Janeiro e Santa Catarina

Em 1997 concomitantemente ao aumento da ocorrecircncia de casos de sarampo em

vaacuterias cidades brasileiras uma campanha de vacinaccedilatildeo triacuteplice viral foi realizada nos

estados da Bahia Rio Grande do Sul Cearaacute e Piauiacute

Jaacute nos anos de 1998 a vacina comeccedila a ser implantada nos estados

do Rio Grande do Norte Paraiacuteba Mato Grosso do Sul e Mato Grosso Neste mesmo

ano estudos sobre eventos adversos associados ao uso da vacina triacuteplice viral

contendo cepa Leningrado-Zagreb no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso durante a

campanha de implantaccedilatildeo da vacina Somente em 1999 a vacina triacuteplice viral passa

a integrar a lista de imunobioloacutegicos oferecidos nos estados do Maranhatildeo Goiaacutes e

Sergipe

Em 1999 o meacutedico Andrew Wakefield publicou o artigo MMR

vaccination and autism estabelecendo uma suposta relaccedilatildeo entre a vacina triacuteplice

viral e o autismo Diversos estudos meacutedicos foram conduzidos desde entatildeo a fim de

se comprovar ou natildeo essa relaccedilatildeo sendo que natildeo houve evidecircncias nesses novos

estudos acerca dessa hipoacutetese Em 2010 o Conselho Meacutedico Geral britacircnico

considerou que o Dr Wakefield agiu de maneira antieacutetica e desonesta ao vincular a

vacina triacuteplice ao autismo Considera-se tambeacutem que o sarampo tenha ressurgido no

Reino Unido devido ao receio dos pais em aplicarem a vacina triacutepice em seus filhos

8

as taxas de vacinaccedilatildeo nunca mais voltaram a subir e surtos da doenccedila tornaram-se

comuns (Estadatildeo 2010)

13 Sarampo

O sarampo uma doenccedila altamente contagiosa foi responsaacutevel por

cerca de 26 milhotildees de mortes por ano antes de 1980 eacutepoca em que comeccedilaram

as intensas campanhas de vacinaccedilatildeo

O Sarampo eacute uma doenccedila viral que infecta o sistema respiratoacuterio

causada por um paramixoviacuterus do gecircnero Morbillivirus Eacute altamente contagiosa e

afeta principalmente crianccedilas Eacute transmitida atraveacutes de gotiacuteculas expelidas pelo

nariz boca ou garganta de pessoas infectadas Os sintomas iniciais que geralmente

aparecem 8-12 dias apoacutes a infecccedilatildeo incluem febre alta coriza olhos vermelhos e

pequenas manchas brancas na parte interna da boca Vaacuterios dias depois uma

erupccedilatildeo se desenvolve geralmente comeccedilando no pescoccedilo e na face e

gradualmente se espalhando pelo corpo1

A maioria das pessoas se recuperam dentro de 2-3 semanas

Contudo principalmente as crianccedilas desnutridas e pessoas com imunidade

reduzida o sarampo pode causar complicaccedilotildees seacuterias incluindo dor de cabeccedila

cegueira diarreia grave infecccedilatildeo do ouvido e pneumonia O sarampo pode ser

prevenido atraveacutes da vacinaccedilatildeo

A vacina contra o sarampo eacute uacutetil para evitar o aparecimento da doenccedila se

administrada dentro de 72 horas apoacutes o contato com o doente Por isso essa medida deve

ser realizada o mais precocemente possiacutevel A imunoglobulina de uso intramuscular pode

ser administrada como medida profilaacutetica ateacute 96 horas do contato

A primeira vacina a ser desenvolvida e comercializada foi a do

sarampo Nesta deacutecada 4 cepas da vacina do sarampo foram licenciadas

Edmonston A Schwarz Moraten e Edmonston-Zagreb Em 1969 foram licenciadas

trecircs vacinas com viacuterus atenuados para rubeacuteola A cepa mais largamente usada no

mundo eacute a Wistar RA 273 Nos uacuteltimos 25 anos diversas cepas de viacuterus atenuados

foram desenvolvidas e combinadas em apresentaccedilotildees trivalentes virais

9

14 Caxumba

A vacina contra caxumba deve ser administrada logo apoacutes a

exposiccedilatildeo em crianccedilas expostas e natildeo vacinadas embora natildeo haja evidecircncias de

que a vacina evite o aparecimento da doenccedila (AAP 2003)

A caxumba tambeacutem chamada de papeira ou parotidite tem um

periacuteodo de incubaccedilatildeo de duas ou trecircs semanas Seus primeiros sintomas satildeo febre

calafrios dores de cabeccedila musculares e ao mastigar ou engolir aleacutem de fraqueza

Uma das principais caracteriacutesticas da doenccedila eacute o aumento das glacircndulas salivares

proacuteximas aos ouvidos que fazem o rosto inchar

Nos casos graves a caxumba pode causar surdez meningite e

raramente levar agrave morte Apoacutes a puberdade pode causar inflamaccedilatildeo e inchaccedilo

doloroso dos testiacuteculos (orquite) nos homens ou dos ovaacuterios (ooforite) nas mulheres

e levar agrave esterilidade Por isso eacute necessaacuterio redobrar a atenccedilatildeo nestes casos e ter

acompanhamento meacutedico

14 Rubeacuteola

A erradicaccedilatildeo da febre amarela urbana da variacuteola da poliomielite e

eliminaccedilatildeo da circulaccedilatildeo autoacutectone do viacuterus do sarampo satildeo avanccedilos alcanccedilados no

controle das doenccedilas imunopreveniacuteveis mas muito ainda deve ser feito para se

atingir a meta de vacinar com o esquema baacutesico no miacutenimo 95 das crianccedilas que

nascem a cada ano para garantir a interrupccedilatildeo da circulaccedilatildeo dos agentes

etioloacutegicos das doenccedilas imunopreveniacuteveis (PORTO PONTE 2003) Assim eacute

prioridade na atenccedilatildeo agrave sauacutede da mulher

bull vacinar mulheres em idade feacutertil com a dupla adulto e triacuteplice viral

bull vacinaccedilatildeo contra hepatite B ateacute 24 anos

bull gestantes sem esquema vacinal ou com esquema vacinal incompleto ou

completado haacute mais de 5 anos devem receber a vacina dupla adulto Completar

esquema com dupla adulto e triacuteplice viral no poacutes-parto e poacutes-aborto se o esquema

vacinal natildeo estiver completo

10

12 Vacinaccedilatildeo no periacuteodo feacutertil

Em mulheres que desejam engravidar e natildeo receberam o esquema

completo de vacinaccedilatildeo para essas doenccedilas ou que se mostram natildeo imunes a elas

deve ser aplicada antes da gestaccedilatildeo A gestaccedilatildeo deve ser evitada no primeiro mecircs

apoacutes a aplicaccedilatildeo da vacina uma vez que eacute composta por viacuterus atenuados e

portanto haacute o risco teoacuterico de infecccedilatildeo congecircnita na crianccedila (SBIM 2010-2011)

A imunidade agrave Rubeacuteola eacute importante uma vez que adquirindo esta

doenccedila na gestaccedilatildeo haacute riscos de malformaccedilotildees no feto como surdez catarata

glaucoma problemas cardiacuteacos e neuroloacutegicos

Tabela 1 Imunizaccedilatildeo para mulheres adultas entre 19 e 45 anos de acordo CDC (Centers for Disease Control and Prevention)

Imunizaccedilatildeo Agente Dose Aplicar na gestaccedilatildeo

Puerpeacuterio Intervalo para outra gestaccedilatildeo

Sarampo Caxumba e

Rubeacuteola (triacuteplice viral)

Vacinas vivas atenuadas

Uma dose se natildeo houver confirmaccedilatildeo anterior de sorologia

negativa

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Varicela (Catapora)

Vacinas vivas atenuadas

Duas doses Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Influenza (gripe)

Vacinas inativadas

Uma dose no periacuteodo de contaacutegio maacuteximo (inverno) ndash sugestatildeo

entre abril e maio

Sim Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano ndash

Coqueluche ou Pertussis

(dTaP)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim (A) Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano (dT)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim Sim Nenhum

Pneumocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

especiais de risco

Sim Sim Nenhum

Hepatite A Vacinas inativadas

Duas doses com intervalo de 6 meses

Sim (A) Sim Nenhum

11

Hepatite B Vacinas inativadas

Trecircs doses com intervalo de 1 mecircs

entre a 1ordf e a 2ordf e de 5 meses entre a 2ordf e a

3ordf

Sim Sim Nenhum

Meningocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas que tecircm

histoacuterico de contato

Sim Sim Nenhum

Raiva Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

de risco muito especiais

Sim (A) Sim Nenhum

Febre Amarela Vacinas vivas atenuadas

Para habitantes de aacutereas endecircmicas ou

os que a elas se dirigem

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

HPV Modificadas geneticamente

Trecircs dosesndash suspender no caso de gestaccedilatildeo inesperada

Natildeo Sim Apoacutes a 3ordf dose

A - Considerar situaccedilotildees de risco especial

B- Vacinas contraindicadas na gestaccedilatildeo em situaccedilotildees de exposiccedilatildeo pode-se utilizar imunoglobulina (imunizaccedilatildeo passiva)

13Triacuteplice viral no preacute-natal e Puerpeacuterio

As mulheres que desejam engravidar devem estar em dia com o

calendaacuterio de vacinaccedilatildeo Deve-se ter consciecircncia da importacircncia de estarem

imunizadas contra doenccedilas que poderatildeo afetar o futuro de seus bebecircs e de suas

gestaccedilotildees Grande parte delas desconhece a importacircncia de estar em dia com o

calendaacuterio da vacinaccedilatildeo recomendado e as seacuterias consequumlecircncias de doenccedilas que

podem ser evitadas para si e para o bebecirc na gravidez Eacute importante que mulheres e

casais sejam informados das recomendaccedilotildees antes de engravidarem (SCHRAG et

al 2003)

O ideal eacute que a imunizaccedilatildeo sempre ocorra antes da gestaccedilatildeo uma

vez que muitas vacinas natildeo podem ser aplicadas durante a gravidez A vacinaccedilatildeo

em mulheres em idade feacutertil ou em tratamento de fertilidade eacute fundamental pois

protege a mulher de doenccedilas importantes evita infecccedilotildees intrauterinas previne

12

malformaccedilotildees fetais e ateacute mesmo um aborto espontacircneo aleacutem de dar uma

imunizaccedilatildeo passiva ao bebecirc pela transferecircncia de anticorpos via transplacentaacuteria

que ocorre durante a gestaccedilatildeo (principalmente durante as uacuteltimas quatro ou seis

semanas) e pelo leite materno no periacuteodo de amamentaccedilatildeo (MUNOZ ENGLUND

2001)

Durante a gravidez a vacinaccedilatildeo soacute deve ser indicada em situaccedilotildees

de perigo quando os benefiacutecios satildeo superiores aos riscos Exemplos viagens para

locais de alto risco de contaminaccedilatildeo profissotildees de risco e doenccedilas crocircnicas

Nessas situaccedilotildees o uso de Imunoglobulinas eacute uma boa alternativa Deve-se lembrar

que quando a mulher natildeo estiver imunizada e jaacute tiver dado agrave luz o primeiro bebecirc

recomenda-se que logo apoacutes o nascimento ainda no periacuteodo chamado puerpeacuterio

ela receba as vacinas indicadas uma vez que estaraacute frequumlentando centros de

vacinaccedilatildeo com o seu filho e provavelmente natildeo deveraacute engravidar nos proacuteximos

meses (ACOG 2003)

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 2: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

2

JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA

COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL

NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL UMA REVISAtildeO

BIBLIOGRAacuteFICA

Monografia apresentada ao Programa de Iniciaccedilatildeo

Cientiacutefica (PIC) do Instituto Municipal de Ensino Superior

de Assis ndash IMESA e a Fundaccedilatildeo Educacional do Municiacutepio

de Assis ndash FEMA como exigecircncia de teacutermino da bolsa

voluntaacuteria

Bolsista Joseane Maria Romancini de Oliveira

Orientadora Dra Luciana Pereira Silva

Linha de Pesquisa Ciecircncias da Sauacutede

ASSISSP

2013

3

RESUMO

A vacina triacuteplice viral (TV) conhecida na literatura meacutedica de liacutengua inglesa como MMR (Measles Mumps Rubella) foi incorporada ao Programa Nacional de Imunizaccedilotildees (PNI) do Brasil no ano de 1992 no Estado de Satildeo Paulo Posteriormente foi introduzida em outros Estados em forma de campanhas A erradicaccedilatildeo da febre amarela urbana da variacuteola da poliomielite e eliminaccedilatildeo da circulaccedilatildeo autoacutectone do viacuterus do sarampo satildeo avanccedilos alcanccedilados no controle das doenccedilas imunopreveniacuteveis O presente estudo teve como objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas e no poacutes-aborto sobre a importacircncia da imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral O estudo das coberturas vacinais segundo condiccedilotildees de vida fornece uma oportunidade para a investigaccedilatildeo acerca da concretizaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias isto eacute intervenccedilotildees programadas e executadas preferencialmente pelo Estado buscando diminuir as diferenccedilas entre os grupos sociais produzidas por diferentes inserccedilotildees na organizaccedilatildeo social Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados Lilacs Bireme e Scielo A vacinaccedilatildeo na idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas eacute fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade passiva A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no periacuteodo da gestaccedilatildeo A vacina MMR deve ser prescrita para todas as mulheres que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila Palavras-chave vacina MMR triacuteplice viral feacutertil puerperio preacute-natal

4

ABSTRACT The MMR vaccine (TV ) known in the medical literature in English as MMR (Measles Mumps Rubella ) was incorporated into the National Immunization Program (NIP ) of Brazil in 1992 in Satildeo Paulo It was later introduced in other states in the form of campaigns The eradication of urban yellow fever smallpox polio and elimination of indigenous circulation of measles virus are advances made in the control of vaccine-preventable diseases This study aimed to review the literature immunization coverage of women prenatal postpartum reproductive age and post -abortion about the importance of immunization with MMR The study of vaccination coverage according to living conditions provides an opportunity for investigating the implementation of compensatory public policies ie interventions planned and implemented preferably by the state seeking to decrease the differences between social groups produced by different insertions in the social organization Therefore this study was a descriptive exploratory qualitative study of vaccine coverage in women immunized with the MMR prenatal and postpartum fertile period A literature search from in books and articles indexed in the Lilacs SciELO and Bireme data was performed Vaccination in prenatal postpartum reproductive age is critical to the prevention of various diseases Identification of vaccine coverage and factors responsible for the delay or lack of vaccination is important for proper monitoring of vaccination programs mainly in adult action The vaccine in women of reproductive age before or during pregnancy confers resistance to these diseases and newborn care passive immunity Immunisation should be carried out preferably before infertility treatments because some of them can not be administered during pregnancy The MMR vaccine should be prescribed for all women who do not prove immunity of this disease Keywords MMR fertile MMR puerperium prenatal

5

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO05

2 OBJETIVO GERAL07

3 METODOLOGIA11

4 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS14

5 ANEXOS17

6

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Histoacuterico

As primeiras campanhas de vacinaccedilatildeo em solo brasileiro datam de

1804 O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo (PNI) foi criado pelo governo em 18 de

setembro de 1973 no intuito de erradicar doenccedilas e assim melhorar o niacutevel de sauacutede

da populaccedilatildeo (MOREIRA 2002)

A primeira campanha de vacinaccedilatildeo em massa feita no Brasil foi

idealizada por Oswaldo Cruz no final do seacuteculo XIX tinha por objetivo controlar a

variacuteola que entatildeo dizimava boa parte da populaccedilatildeo do Rio de Janeiro A iniciativa

de Oswaldo Cruz resultou em fracasso e grave conflito os protestos contra a

vacinaccedilatildeo obrigatoacuteria culminaram na chamada Revolta da Vacina que transformou

as ruas da entatildeo capital federal em verdadeiro campo de batalha O conflito deixou

mortos e feridos a obrigatoriedade da vacinaccedilatildeo foi revogada Seguiu-se uma

epidemia da doenccedila que resultou em milhares de viacutetimas (BRASIL 2003)

O Brasil desenvolveu estrateacutegias diversas como campanhas

coberturas varreduras rotinas que determinaram em 1942 a eliminaccedilatildeo da febre

amarela urbana em 1973 da variacuteola e em 1989 da poliomielite Atualmente

manteacutem sob controle o sarampo o teacutetano neonatal as formas graves de

tuberculose a difteria o teacutetano acidental e a coqueluche (BRASIL 2003)

As vacinas tecircm na proteccedilatildeo agrave sauacutede e na prevenccedilatildeo de doenccedilas

imunopreveniacuteveis principalmente durante a infacircncia Assim autoridades de sauacutede

em todo o mundo estabeleceram calendaacuterios especiacuteficos de vacinas de acordo com

a faixa etaacuteria infantil (SILVEIRA et al 2007)

Segundo Moreira (2002) o Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo (PNI)

oferece regularmente todas as vacinas que compotildee o calendaacuterio de vacinaccedilatildeo a

toda populaccedilatildeo gratuitamente em todo territoacuterio nacional Vacinar crianccedilas a partir

do primeiro dias de vida eacute uma accedilatildeo de proteccedilatildeo especiacutefica contra doenccedilas graves

causadoras de danos definitivos ou letais

7

12 Vacina Triacuteplice Viral

A vacina Triacuteplice Viral resulta da combinaccedilatildeo de viacuterus vivos

atenuados de sarampo caxumba e rubeacuteola A vacina triacuteplice viral (TV) conhecida

na literatura meacutedica de liacutengua inglesa como MMR (Measles Mumps Rubella) foi

incorporada ao Programa Nacional de Imunizaccedilotildees (PNI) do Brasil no ano de 1992

no Estado de Satildeo Paulo Posteriormente foi introduzida em outros Estados em

forma de campanhas (Massad et al 1995)

Em 1993 realizou-se no Distrito Federal a primeira campanha de

vacinaccedilatildeo contra rubeacuteola com a vacina triacuteplice viral em crianccedilas entre 12 meses e

11 anos de idade como parte da rotina do Programa de Imunizaccedilatildeo Em 1996 foi

implementada a vacinaccedilatildeo no puerpeacuterio e em 1998 nas mulheres em idade feacutertil

(Massad et al 1995)

Em 1995 foi implantada no Espiacuterito Santo e no Paranaacute em 1996 a

vacina triacuteplice viral foi implantada em Minas Gerais Rio de Janeiro e Santa Catarina

Em 1997 concomitantemente ao aumento da ocorrecircncia de casos de sarampo em

vaacuterias cidades brasileiras uma campanha de vacinaccedilatildeo triacuteplice viral foi realizada nos

estados da Bahia Rio Grande do Sul Cearaacute e Piauiacute

Jaacute nos anos de 1998 a vacina comeccedila a ser implantada nos estados

do Rio Grande do Norte Paraiacuteba Mato Grosso do Sul e Mato Grosso Neste mesmo

ano estudos sobre eventos adversos associados ao uso da vacina triacuteplice viral

contendo cepa Leningrado-Zagreb no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso durante a

campanha de implantaccedilatildeo da vacina Somente em 1999 a vacina triacuteplice viral passa

a integrar a lista de imunobioloacutegicos oferecidos nos estados do Maranhatildeo Goiaacutes e

Sergipe

Em 1999 o meacutedico Andrew Wakefield publicou o artigo MMR

vaccination and autism estabelecendo uma suposta relaccedilatildeo entre a vacina triacuteplice

viral e o autismo Diversos estudos meacutedicos foram conduzidos desde entatildeo a fim de

se comprovar ou natildeo essa relaccedilatildeo sendo que natildeo houve evidecircncias nesses novos

estudos acerca dessa hipoacutetese Em 2010 o Conselho Meacutedico Geral britacircnico

considerou que o Dr Wakefield agiu de maneira antieacutetica e desonesta ao vincular a

vacina triacuteplice ao autismo Considera-se tambeacutem que o sarampo tenha ressurgido no

Reino Unido devido ao receio dos pais em aplicarem a vacina triacutepice em seus filhos

8

as taxas de vacinaccedilatildeo nunca mais voltaram a subir e surtos da doenccedila tornaram-se

comuns (Estadatildeo 2010)

13 Sarampo

O sarampo uma doenccedila altamente contagiosa foi responsaacutevel por

cerca de 26 milhotildees de mortes por ano antes de 1980 eacutepoca em que comeccedilaram

as intensas campanhas de vacinaccedilatildeo

O Sarampo eacute uma doenccedila viral que infecta o sistema respiratoacuterio

causada por um paramixoviacuterus do gecircnero Morbillivirus Eacute altamente contagiosa e

afeta principalmente crianccedilas Eacute transmitida atraveacutes de gotiacuteculas expelidas pelo

nariz boca ou garganta de pessoas infectadas Os sintomas iniciais que geralmente

aparecem 8-12 dias apoacutes a infecccedilatildeo incluem febre alta coriza olhos vermelhos e

pequenas manchas brancas na parte interna da boca Vaacuterios dias depois uma

erupccedilatildeo se desenvolve geralmente comeccedilando no pescoccedilo e na face e

gradualmente se espalhando pelo corpo1

A maioria das pessoas se recuperam dentro de 2-3 semanas

Contudo principalmente as crianccedilas desnutridas e pessoas com imunidade

reduzida o sarampo pode causar complicaccedilotildees seacuterias incluindo dor de cabeccedila

cegueira diarreia grave infecccedilatildeo do ouvido e pneumonia O sarampo pode ser

prevenido atraveacutes da vacinaccedilatildeo

A vacina contra o sarampo eacute uacutetil para evitar o aparecimento da doenccedila se

administrada dentro de 72 horas apoacutes o contato com o doente Por isso essa medida deve

ser realizada o mais precocemente possiacutevel A imunoglobulina de uso intramuscular pode

ser administrada como medida profilaacutetica ateacute 96 horas do contato

A primeira vacina a ser desenvolvida e comercializada foi a do

sarampo Nesta deacutecada 4 cepas da vacina do sarampo foram licenciadas

Edmonston A Schwarz Moraten e Edmonston-Zagreb Em 1969 foram licenciadas

trecircs vacinas com viacuterus atenuados para rubeacuteola A cepa mais largamente usada no

mundo eacute a Wistar RA 273 Nos uacuteltimos 25 anos diversas cepas de viacuterus atenuados

foram desenvolvidas e combinadas em apresentaccedilotildees trivalentes virais

9

14 Caxumba

A vacina contra caxumba deve ser administrada logo apoacutes a

exposiccedilatildeo em crianccedilas expostas e natildeo vacinadas embora natildeo haja evidecircncias de

que a vacina evite o aparecimento da doenccedila (AAP 2003)

A caxumba tambeacutem chamada de papeira ou parotidite tem um

periacuteodo de incubaccedilatildeo de duas ou trecircs semanas Seus primeiros sintomas satildeo febre

calafrios dores de cabeccedila musculares e ao mastigar ou engolir aleacutem de fraqueza

Uma das principais caracteriacutesticas da doenccedila eacute o aumento das glacircndulas salivares

proacuteximas aos ouvidos que fazem o rosto inchar

Nos casos graves a caxumba pode causar surdez meningite e

raramente levar agrave morte Apoacutes a puberdade pode causar inflamaccedilatildeo e inchaccedilo

doloroso dos testiacuteculos (orquite) nos homens ou dos ovaacuterios (ooforite) nas mulheres

e levar agrave esterilidade Por isso eacute necessaacuterio redobrar a atenccedilatildeo nestes casos e ter

acompanhamento meacutedico

14 Rubeacuteola

A erradicaccedilatildeo da febre amarela urbana da variacuteola da poliomielite e

eliminaccedilatildeo da circulaccedilatildeo autoacutectone do viacuterus do sarampo satildeo avanccedilos alcanccedilados no

controle das doenccedilas imunopreveniacuteveis mas muito ainda deve ser feito para se

atingir a meta de vacinar com o esquema baacutesico no miacutenimo 95 das crianccedilas que

nascem a cada ano para garantir a interrupccedilatildeo da circulaccedilatildeo dos agentes

etioloacutegicos das doenccedilas imunopreveniacuteveis (PORTO PONTE 2003) Assim eacute

prioridade na atenccedilatildeo agrave sauacutede da mulher

bull vacinar mulheres em idade feacutertil com a dupla adulto e triacuteplice viral

bull vacinaccedilatildeo contra hepatite B ateacute 24 anos

bull gestantes sem esquema vacinal ou com esquema vacinal incompleto ou

completado haacute mais de 5 anos devem receber a vacina dupla adulto Completar

esquema com dupla adulto e triacuteplice viral no poacutes-parto e poacutes-aborto se o esquema

vacinal natildeo estiver completo

10

12 Vacinaccedilatildeo no periacuteodo feacutertil

Em mulheres que desejam engravidar e natildeo receberam o esquema

completo de vacinaccedilatildeo para essas doenccedilas ou que se mostram natildeo imunes a elas

deve ser aplicada antes da gestaccedilatildeo A gestaccedilatildeo deve ser evitada no primeiro mecircs

apoacutes a aplicaccedilatildeo da vacina uma vez que eacute composta por viacuterus atenuados e

portanto haacute o risco teoacuterico de infecccedilatildeo congecircnita na crianccedila (SBIM 2010-2011)

A imunidade agrave Rubeacuteola eacute importante uma vez que adquirindo esta

doenccedila na gestaccedilatildeo haacute riscos de malformaccedilotildees no feto como surdez catarata

glaucoma problemas cardiacuteacos e neuroloacutegicos

Tabela 1 Imunizaccedilatildeo para mulheres adultas entre 19 e 45 anos de acordo CDC (Centers for Disease Control and Prevention)

Imunizaccedilatildeo Agente Dose Aplicar na gestaccedilatildeo

Puerpeacuterio Intervalo para outra gestaccedilatildeo

Sarampo Caxumba e

Rubeacuteola (triacuteplice viral)

Vacinas vivas atenuadas

Uma dose se natildeo houver confirmaccedilatildeo anterior de sorologia

negativa

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Varicela (Catapora)

Vacinas vivas atenuadas

Duas doses Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Influenza (gripe)

Vacinas inativadas

Uma dose no periacuteodo de contaacutegio maacuteximo (inverno) ndash sugestatildeo

entre abril e maio

Sim Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano ndash

Coqueluche ou Pertussis

(dTaP)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim (A) Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano (dT)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim Sim Nenhum

Pneumocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

especiais de risco

Sim Sim Nenhum

Hepatite A Vacinas inativadas

Duas doses com intervalo de 6 meses

Sim (A) Sim Nenhum

11

Hepatite B Vacinas inativadas

Trecircs doses com intervalo de 1 mecircs

entre a 1ordf e a 2ordf e de 5 meses entre a 2ordf e a

3ordf

Sim Sim Nenhum

Meningocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas que tecircm

histoacuterico de contato

Sim Sim Nenhum

Raiva Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

de risco muito especiais

Sim (A) Sim Nenhum

Febre Amarela Vacinas vivas atenuadas

Para habitantes de aacutereas endecircmicas ou

os que a elas se dirigem

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

HPV Modificadas geneticamente

Trecircs dosesndash suspender no caso de gestaccedilatildeo inesperada

Natildeo Sim Apoacutes a 3ordf dose

A - Considerar situaccedilotildees de risco especial

B- Vacinas contraindicadas na gestaccedilatildeo em situaccedilotildees de exposiccedilatildeo pode-se utilizar imunoglobulina (imunizaccedilatildeo passiva)

13Triacuteplice viral no preacute-natal e Puerpeacuterio

As mulheres que desejam engravidar devem estar em dia com o

calendaacuterio de vacinaccedilatildeo Deve-se ter consciecircncia da importacircncia de estarem

imunizadas contra doenccedilas que poderatildeo afetar o futuro de seus bebecircs e de suas

gestaccedilotildees Grande parte delas desconhece a importacircncia de estar em dia com o

calendaacuterio da vacinaccedilatildeo recomendado e as seacuterias consequumlecircncias de doenccedilas que

podem ser evitadas para si e para o bebecirc na gravidez Eacute importante que mulheres e

casais sejam informados das recomendaccedilotildees antes de engravidarem (SCHRAG et

al 2003)

O ideal eacute que a imunizaccedilatildeo sempre ocorra antes da gestaccedilatildeo uma

vez que muitas vacinas natildeo podem ser aplicadas durante a gravidez A vacinaccedilatildeo

em mulheres em idade feacutertil ou em tratamento de fertilidade eacute fundamental pois

protege a mulher de doenccedilas importantes evita infecccedilotildees intrauterinas previne

12

malformaccedilotildees fetais e ateacute mesmo um aborto espontacircneo aleacutem de dar uma

imunizaccedilatildeo passiva ao bebecirc pela transferecircncia de anticorpos via transplacentaacuteria

que ocorre durante a gestaccedilatildeo (principalmente durante as uacuteltimas quatro ou seis

semanas) e pelo leite materno no periacuteodo de amamentaccedilatildeo (MUNOZ ENGLUND

2001)

Durante a gravidez a vacinaccedilatildeo soacute deve ser indicada em situaccedilotildees

de perigo quando os benefiacutecios satildeo superiores aos riscos Exemplos viagens para

locais de alto risco de contaminaccedilatildeo profissotildees de risco e doenccedilas crocircnicas

Nessas situaccedilotildees o uso de Imunoglobulinas eacute uma boa alternativa Deve-se lembrar

que quando a mulher natildeo estiver imunizada e jaacute tiver dado agrave luz o primeiro bebecirc

recomenda-se que logo apoacutes o nascimento ainda no periacuteodo chamado puerpeacuterio

ela receba as vacinas indicadas uma vez que estaraacute frequumlentando centros de

vacinaccedilatildeo com o seu filho e provavelmente natildeo deveraacute engravidar nos proacuteximos

meses (ACOG 2003)

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 3: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

3

RESUMO

A vacina triacuteplice viral (TV) conhecida na literatura meacutedica de liacutengua inglesa como MMR (Measles Mumps Rubella) foi incorporada ao Programa Nacional de Imunizaccedilotildees (PNI) do Brasil no ano de 1992 no Estado de Satildeo Paulo Posteriormente foi introduzida em outros Estados em forma de campanhas A erradicaccedilatildeo da febre amarela urbana da variacuteola da poliomielite e eliminaccedilatildeo da circulaccedilatildeo autoacutectone do viacuterus do sarampo satildeo avanccedilos alcanccedilados no controle das doenccedilas imunopreveniacuteveis O presente estudo teve como objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas e no poacutes-aborto sobre a importacircncia da imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral O estudo das coberturas vacinais segundo condiccedilotildees de vida fornece uma oportunidade para a investigaccedilatildeo acerca da concretizaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas compensatoacuterias isto eacute intervenccedilotildees programadas e executadas preferencialmente pelo Estado buscando diminuir as diferenccedilas entre os grupos sociais produzidas por diferentes inserccedilotildees na organizaccedilatildeo social Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados Lilacs Bireme e Scielo A vacinaccedilatildeo na idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas eacute fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade passiva A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no periacuteodo da gestaccedilatildeo A vacina MMR deve ser prescrita para todas as mulheres que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila Palavras-chave vacina MMR triacuteplice viral feacutertil puerperio preacute-natal

4

ABSTRACT The MMR vaccine (TV ) known in the medical literature in English as MMR (Measles Mumps Rubella ) was incorporated into the National Immunization Program (NIP ) of Brazil in 1992 in Satildeo Paulo It was later introduced in other states in the form of campaigns The eradication of urban yellow fever smallpox polio and elimination of indigenous circulation of measles virus are advances made in the control of vaccine-preventable diseases This study aimed to review the literature immunization coverage of women prenatal postpartum reproductive age and post -abortion about the importance of immunization with MMR The study of vaccination coverage according to living conditions provides an opportunity for investigating the implementation of compensatory public policies ie interventions planned and implemented preferably by the state seeking to decrease the differences between social groups produced by different insertions in the social organization Therefore this study was a descriptive exploratory qualitative study of vaccine coverage in women immunized with the MMR prenatal and postpartum fertile period A literature search from in books and articles indexed in the Lilacs SciELO and Bireme data was performed Vaccination in prenatal postpartum reproductive age is critical to the prevention of various diseases Identification of vaccine coverage and factors responsible for the delay or lack of vaccination is important for proper monitoring of vaccination programs mainly in adult action The vaccine in women of reproductive age before or during pregnancy confers resistance to these diseases and newborn care passive immunity Immunisation should be carried out preferably before infertility treatments because some of them can not be administered during pregnancy The MMR vaccine should be prescribed for all women who do not prove immunity of this disease Keywords MMR fertile MMR puerperium prenatal

5

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO05

2 OBJETIVO GERAL07

3 METODOLOGIA11

4 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS14

5 ANEXOS17

6

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Histoacuterico

As primeiras campanhas de vacinaccedilatildeo em solo brasileiro datam de

1804 O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo (PNI) foi criado pelo governo em 18 de

setembro de 1973 no intuito de erradicar doenccedilas e assim melhorar o niacutevel de sauacutede

da populaccedilatildeo (MOREIRA 2002)

A primeira campanha de vacinaccedilatildeo em massa feita no Brasil foi

idealizada por Oswaldo Cruz no final do seacuteculo XIX tinha por objetivo controlar a

variacuteola que entatildeo dizimava boa parte da populaccedilatildeo do Rio de Janeiro A iniciativa

de Oswaldo Cruz resultou em fracasso e grave conflito os protestos contra a

vacinaccedilatildeo obrigatoacuteria culminaram na chamada Revolta da Vacina que transformou

as ruas da entatildeo capital federal em verdadeiro campo de batalha O conflito deixou

mortos e feridos a obrigatoriedade da vacinaccedilatildeo foi revogada Seguiu-se uma

epidemia da doenccedila que resultou em milhares de viacutetimas (BRASIL 2003)

O Brasil desenvolveu estrateacutegias diversas como campanhas

coberturas varreduras rotinas que determinaram em 1942 a eliminaccedilatildeo da febre

amarela urbana em 1973 da variacuteola e em 1989 da poliomielite Atualmente

manteacutem sob controle o sarampo o teacutetano neonatal as formas graves de

tuberculose a difteria o teacutetano acidental e a coqueluche (BRASIL 2003)

As vacinas tecircm na proteccedilatildeo agrave sauacutede e na prevenccedilatildeo de doenccedilas

imunopreveniacuteveis principalmente durante a infacircncia Assim autoridades de sauacutede

em todo o mundo estabeleceram calendaacuterios especiacuteficos de vacinas de acordo com

a faixa etaacuteria infantil (SILVEIRA et al 2007)

Segundo Moreira (2002) o Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo (PNI)

oferece regularmente todas as vacinas que compotildee o calendaacuterio de vacinaccedilatildeo a

toda populaccedilatildeo gratuitamente em todo territoacuterio nacional Vacinar crianccedilas a partir

do primeiro dias de vida eacute uma accedilatildeo de proteccedilatildeo especiacutefica contra doenccedilas graves

causadoras de danos definitivos ou letais

7

12 Vacina Triacuteplice Viral

A vacina Triacuteplice Viral resulta da combinaccedilatildeo de viacuterus vivos

atenuados de sarampo caxumba e rubeacuteola A vacina triacuteplice viral (TV) conhecida

na literatura meacutedica de liacutengua inglesa como MMR (Measles Mumps Rubella) foi

incorporada ao Programa Nacional de Imunizaccedilotildees (PNI) do Brasil no ano de 1992

no Estado de Satildeo Paulo Posteriormente foi introduzida em outros Estados em

forma de campanhas (Massad et al 1995)

Em 1993 realizou-se no Distrito Federal a primeira campanha de

vacinaccedilatildeo contra rubeacuteola com a vacina triacuteplice viral em crianccedilas entre 12 meses e

11 anos de idade como parte da rotina do Programa de Imunizaccedilatildeo Em 1996 foi

implementada a vacinaccedilatildeo no puerpeacuterio e em 1998 nas mulheres em idade feacutertil

(Massad et al 1995)

Em 1995 foi implantada no Espiacuterito Santo e no Paranaacute em 1996 a

vacina triacuteplice viral foi implantada em Minas Gerais Rio de Janeiro e Santa Catarina

Em 1997 concomitantemente ao aumento da ocorrecircncia de casos de sarampo em

vaacuterias cidades brasileiras uma campanha de vacinaccedilatildeo triacuteplice viral foi realizada nos

estados da Bahia Rio Grande do Sul Cearaacute e Piauiacute

Jaacute nos anos de 1998 a vacina comeccedila a ser implantada nos estados

do Rio Grande do Norte Paraiacuteba Mato Grosso do Sul e Mato Grosso Neste mesmo

ano estudos sobre eventos adversos associados ao uso da vacina triacuteplice viral

contendo cepa Leningrado-Zagreb no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso durante a

campanha de implantaccedilatildeo da vacina Somente em 1999 a vacina triacuteplice viral passa

a integrar a lista de imunobioloacutegicos oferecidos nos estados do Maranhatildeo Goiaacutes e

Sergipe

Em 1999 o meacutedico Andrew Wakefield publicou o artigo MMR

vaccination and autism estabelecendo uma suposta relaccedilatildeo entre a vacina triacuteplice

viral e o autismo Diversos estudos meacutedicos foram conduzidos desde entatildeo a fim de

se comprovar ou natildeo essa relaccedilatildeo sendo que natildeo houve evidecircncias nesses novos

estudos acerca dessa hipoacutetese Em 2010 o Conselho Meacutedico Geral britacircnico

considerou que o Dr Wakefield agiu de maneira antieacutetica e desonesta ao vincular a

vacina triacuteplice ao autismo Considera-se tambeacutem que o sarampo tenha ressurgido no

Reino Unido devido ao receio dos pais em aplicarem a vacina triacutepice em seus filhos

8

as taxas de vacinaccedilatildeo nunca mais voltaram a subir e surtos da doenccedila tornaram-se

comuns (Estadatildeo 2010)

13 Sarampo

O sarampo uma doenccedila altamente contagiosa foi responsaacutevel por

cerca de 26 milhotildees de mortes por ano antes de 1980 eacutepoca em que comeccedilaram

as intensas campanhas de vacinaccedilatildeo

O Sarampo eacute uma doenccedila viral que infecta o sistema respiratoacuterio

causada por um paramixoviacuterus do gecircnero Morbillivirus Eacute altamente contagiosa e

afeta principalmente crianccedilas Eacute transmitida atraveacutes de gotiacuteculas expelidas pelo

nariz boca ou garganta de pessoas infectadas Os sintomas iniciais que geralmente

aparecem 8-12 dias apoacutes a infecccedilatildeo incluem febre alta coriza olhos vermelhos e

pequenas manchas brancas na parte interna da boca Vaacuterios dias depois uma

erupccedilatildeo se desenvolve geralmente comeccedilando no pescoccedilo e na face e

gradualmente se espalhando pelo corpo1

A maioria das pessoas se recuperam dentro de 2-3 semanas

Contudo principalmente as crianccedilas desnutridas e pessoas com imunidade

reduzida o sarampo pode causar complicaccedilotildees seacuterias incluindo dor de cabeccedila

cegueira diarreia grave infecccedilatildeo do ouvido e pneumonia O sarampo pode ser

prevenido atraveacutes da vacinaccedilatildeo

A vacina contra o sarampo eacute uacutetil para evitar o aparecimento da doenccedila se

administrada dentro de 72 horas apoacutes o contato com o doente Por isso essa medida deve

ser realizada o mais precocemente possiacutevel A imunoglobulina de uso intramuscular pode

ser administrada como medida profilaacutetica ateacute 96 horas do contato

A primeira vacina a ser desenvolvida e comercializada foi a do

sarampo Nesta deacutecada 4 cepas da vacina do sarampo foram licenciadas

Edmonston A Schwarz Moraten e Edmonston-Zagreb Em 1969 foram licenciadas

trecircs vacinas com viacuterus atenuados para rubeacuteola A cepa mais largamente usada no

mundo eacute a Wistar RA 273 Nos uacuteltimos 25 anos diversas cepas de viacuterus atenuados

foram desenvolvidas e combinadas em apresentaccedilotildees trivalentes virais

9

14 Caxumba

A vacina contra caxumba deve ser administrada logo apoacutes a

exposiccedilatildeo em crianccedilas expostas e natildeo vacinadas embora natildeo haja evidecircncias de

que a vacina evite o aparecimento da doenccedila (AAP 2003)

A caxumba tambeacutem chamada de papeira ou parotidite tem um

periacuteodo de incubaccedilatildeo de duas ou trecircs semanas Seus primeiros sintomas satildeo febre

calafrios dores de cabeccedila musculares e ao mastigar ou engolir aleacutem de fraqueza

Uma das principais caracteriacutesticas da doenccedila eacute o aumento das glacircndulas salivares

proacuteximas aos ouvidos que fazem o rosto inchar

Nos casos graves a caxumba pode causar surdez meningite e

raramente levar agrave morte Apoacutes a puberdade pode causar inflamaccedilatildeo e inchaccedilo

doloroso dos testiacuteculos (orquite) nos homens ou dos ovaacuterios (ooforite) nas mulheres

e levar agrave esterilidade Por isso eacute necessaacuterio redobrar a atenccedilatildeo nestes casos e ter

acompanhamento meacutedico

14 Rubeacuteola

A erradicaccedilatildeo da febre amarela urbana da variacuteola da poliomielite e

eliminaccedilatildeo da circulaccedilatildeo autoacutectone do viacuterus do sarampo satildeo avanccedilos alcanccedilados no

controle das doenccedilas imunopreveniacuteveis mas muito ainda deve ser feito para se

atingir a meta de vacinar com o esquema baacutesico no miacutenimo 95 das crianccedilas que

nascem a cada ano para garantir a interrupccedilatildeo da circulaccedilatildeo dos agentes

etioloacutegicos das doenccedilas imunopreveniacuteveis (PORTO PONTE 2003) Assim eacute

prioridade na atenccedilatildeo agrave sauacutede da mulher

bull vacinar mulheres em idade feacutertil com a dupla adulto e triacuteplice viral

bull vacinaccedilatildeo contra hepatite B ateacute 24 anos

bull gestantes sem esquema vacinal ou com esquema vacinal incompleto ou

completado haacute mais de 5 anos devem receber a vacina dupla adulto Completar

esquema com dupla adulto e triacuteplice viral no poacutes-parto e poacutes-aborto se o esquema

vacinal natildeo estiver completo

10

12 Vacinaccedilatildeo no periacuteodo feacutertil

Em mulheres que desejam engravidar e natildeo receberam o esquema

completo de vacinaccedilatildeo para essas doenccedilas ou que se mostram natildeo imunes a elas

deve ser aplicada antes da gestaccedilatildeo A gestaccedilatildeo deve ser evitada no primeiro mecircs

apoacutes a aplicaccedilatildeo da vacina uma vez que eacute composta por viacuterus atenuados e

portanto haacute o risco teoacuterico de infecccedilatildeo congecircnita na crianccedila (SBIM 2010-2011)

A imunidade agrave Rubeacuteola eacute importante uma vez que adquirindo esta

doenccedila na gestaccedilatildeo haacute riscos de malformaccedilotildees no feto como surdez catarata

glaucoma problemas cardiacuteacos e neuroloacutegicos

Tabela 1 Imunizaccedilatildeo para mulheres adultas entre 19 e 45 anos de acordo CDC (Centers for Disease Control and Prevention)

Imunizaccedilatildeo Agente Dose Aplicar na gestaccedilatildeo

Puerpeacuterio Intervalo para outra gestaccedilatildeo

Sarampo Caxumba e

Rubeacuteola (triacuteplice viral)

Vacinas vivas atenuadas

Uma dose se natildeo houver confirmaccedilatildeo anterior de sorologia

negativa

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Varicela (Catapora)

Vacinas vivas atenuadas

Duas doses Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Influenza (gripe)

Vacinas inativadas

Uma dose no periacuteodo de contaacutegio maacuteximo (inverno) ndash sugestatildeo

entre abril e maio

Sim Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano ndash

Coqueluche ou Pertussis

(dTaP)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim (A) Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano (dT)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim Sim Nenhum

Pneumocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

especiais de risco

Sim Sim Nenhum

Hepatite A Vacinas inativadas

Duas doses com intervalo de 6 meses

Sim (A) Sim Nenhum

11

Hepatite B Vacinas inativadas

Trecircs doses com intervalo de 1 mecircs

entre a 1ordf e a 2ordf e de 5 meses entre a 2ordf e a

3ordf

Sim Sim Nenhum

Meningocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas que tecircm

histoacuterico de contato

Sim Sim Nenhum

Raiva Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

de risco muito especiais

Sim (A) Sim Nenhum

Febre Amarela Vacinas vivas atenuadas

Para habitantes de aacutereas endecircmicas ou

os que a elas se dirigem

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

HPV Modificadas geneticamente

Trecircs dosesndash suspender no caso de gestaccedilatildeo inesperada

Natildeo Sim Apoacutes a 3ordf dose

A - Considerar situaccedilotildees de risco especial

B- Vacinas contraindicadas na gestaccedilatildeo em situaccedilotildees de exposiccedilatildeo pode-se utilizar imunoglobulina (imunizaccedilatildeo passiva)

13Triacuteplice viral no preacute-natal e Puerpeacuterio

As mulheres que desejam engravidar devem estar em dia com o

calendaacuterio de vacinaccedilatildeo Deve-se ter consciecircncia da importacircncia de estarem

imunizadas contra doenccedilas que poderatildeo afetar o futuro de seus bebecircs e de suas

gestaccedilotildees Grande parte delas desconhece a importacircncia de estar em dia com o

calendaacuterio da vacinaccedilatildeo recomendado e as seacuterias consequumlecircncias de doenccedilas que

podem ser evitadas para si e para o bebecirc na gravidez Eacute importante que mulheres e

casais sejam informados das recomendaccedilotildees antes de engravidarem (SCHRAG et

al 2003)

O ideal eacute que a imunizaccedilatildeo sempre ocorra antes da gestaccedilatildeo uma

vez que muitas vacinas natildeo podem ser aplicadas durante a gravidez A vacinaccedilatildeo

em mulheres em idade feacutertil ou em tratamento de fertilidade eacute fundamental pois

protege a mulher de doenccedilas importantes evita infecccedilotildees intrauterinas previne

12

malformaccedilotildees fetais e ateacute mesmo um aborto espontacircneo aleacutem de dar uma

imunizaccedilatildeo passiva ao bebecirc pela transferecircncia de anticorpos via transplacentaacuteria

que ocorre durante a gestaccedilatildeo (principalmente durante as uacuteltimas quatro ou seis

semanas) e pelo leite materno no periacuteodo de amamentaccedilatildeo (MUNOZ ENGLUND

2001)

Durante a gravidez a vacinaccedilatildeo soacute deve ser indicada em situaccedilotildees

de perigo quando os benefiacutecios satildeo superiores aos riscos Exemplos viagens para

locais de alto risco de contaminaccedilatildeo profissotildees de risco e doenccedilas crocircnicas

Nessas situaccedilotildees o uso de Imunoglobulinas eacute uma boa alternativa Deve-se lembrar

que quando a mulher natildeo estiver imunizada e jaacute tiver dado agrave luz o primeiro bebecirc

recomenda-se que logo apoacutes o nascimento ainda no periacuteodo chamado puerpeacuterio

ela receba as vacinas indicadas uma vez que estaraacute frequumlentando centros de

vacinaccedilatildeo com o seu filho e provavelmente natildeo deveraacute engravidar nos proacuteximos

meses (ACOG 2003)

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 4: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

4

ABSTRACT The MMR vaccine (TV ) known in the medical literature in English as MMR (Measles Mumps Rubella ) was incorporated into the National Immunization Program (NIP ) of Brazil in 1992 in Satildeo Paulo It was later introduced in other states in the form of campaigns The eradication of urban yellow fever smallpox polio and elimination of indigenous circulation of measles virus are advances made in the control of vaccine-preventable diseases This study aimed to review the literature immunization coverage of women prenatal postpartum reproductive age and post -abortion about the importance of immunization with MMR The study of vaccination coverage according to living conditions provides an opportunity for investigating the implementation of compensatory public policies ie interventions planned and implemented preferably by the state seeking to decrease the differences between social groups produced by different insertions in the social organization Therefore this study was a descriptive exploratory qualitative study of vaccine coverage in women immunized with the MMR prenatal and postpartum fertile period A literature search from in books and articles indexed in the Lilacs SciELO and Bireme data was performed Vaccination in prenatal postpartum reproductive age is critical to the prevention of various diseases Identification of vaccine coverage and factors responsible for the delay or lack of vaccination is important for proper monitoring of vaccination programs mainly in adult action The vaccine in women of reproductive age before or during pregnancy confers resistance to these diseases and newborn care passive immunity Immunisation should be carried out preferably before infertility treatments because some of them can not be administered during pregnancy The MMR vaccine should be prescribed for all women who do not prove immunity of this disease Keywords MMR fertile MMR puerperium prenatal

5

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO05

2 OBJETIVO GERAL07

3 METODOLOGIA11

4 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS14

5 ANEXOS17

6

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Histoacuterico

As primeiras campanhas de vacinaccedilatildeo em solo brasileiro datam de

1804 O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo (PNI) foi criado pelo governo em 18 de

setembro de 1973 no intuito de erradicar doenccedilas e assim melhorar o niacutevel de sauacutede

da populaccedilatildeo (MOREIRA 2002)

A primeira campanha de vacinaccedilatildeo em massa feita no Brasil foi

idealizada por Oswaldo Cruz no final do seacuteculo XIX tinha por objetivo controlar a

variacuteola que entatildeo dizimava boa parte da populaccedilatildeo do Rio de Janeiro A iniciativa

de Oswaldo Cruz resultou em fracasso e grave conflito os protestos contra a

vacinaccedilatildeo obrigatoacuteria culminaram na chamada Revolta da Vacina que transformou

as ruas da entatildeo capital federal em verdadeiro campo de batalha O conflito deixou

mortos e feridos a obrigatoriedade da vacinaccedilatildeo foi revogada Seguiu-se uma

epidemia da doenccedila que resultou em milhares de viacutetimas (BRASIL 2003)

O Brasil desenvolveu estrateacutegias diversas como campanhas

coberturas varreduras rotinas que determinaram em 1942 a eliminaccedilatildeo da febre

amarela urbana em 1973 da variacuteola e em 1989 da poliomielite Atualmente

manteacutem sob controle o sarampo o teacutetano neonatal as formas graves de

tuberculose a difteria o teacutetano acidental e a coqueluche (BRASIL 2003)

As vacinas tecircm na proteccedilatildeo agrave sauacutede e na prevenccedilatildeo de doenccedilas

imunopreveniacuteveis principalmente durante a infacircncia Assim autoridades de sauacutede

em todo o mundo estabeleceram calendaacuterios especiacuteficos de vacinas de acordo com

a faixa etaacuteria infantil (SILVEIRA et al 2007)

Segundo Moreira (2002) o Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo (PNI)

oferece regularmente todas as vacinas que compotildee o calendaacuterio de vacinaccedilatildeo a

toda populaccedilatildeo gratuitamente em todo territoacuterio nacional Vacinar crianccedilas a partir

do primeiro dias de vida eacute uma accedilatildeo de proteccedilatildeo especiacutefica contra doenccedilas graves

causadoras de danos definitivos ou letais

7

12 Vacina Triacuteplice Viral

A vacina Triacuteplice Viral resulta da combinaccedilatildeo de viacuterus vivos

atenuados de sarampo caxumba e rubeacuteola A vacina triacuteplice viral (TV) conhecida

na literatura meacutedica de liacutengua inglesa como MMR (Measles Mumps Rubella) foi

incorporada ao Programa Nacional de Imunizaccedilotildees (PNI) do Brasil no ano de 1992

no Estado de Satildeo Paulo Posteriormente foi introduzida em outros Estados em

forma de campanhas (Massad et al 1995)

Em 1993 realizou-se no Distrito Federal a primeira campanha de

vacinaccedilatildeo contra rubeacuteola com a vacina triacuteplice viral em crianccedilas entre 12 meses e

11 anos de idade como parte da rotina do Programa de Imunizaccedilatildeo Em 1996 foi

implementada a vacinaccedilatildeo no puerpeacuterio e em 1998 nas mulheres em idade feacutertil

(Massad et al 1995)

Em 1995 foi implantada no Espiacuterito Santo e no Paranaacute em 1996 a

vacina triacuteplice viral foi implantada em Minas Gerais Rio de Janeiro e Santa Catarina

Em 1997 concomitantemente ao aumento da ocorrecircncia de casos de sarampo em

vaacuterias cidades brasileiras uma campanha de vacinaccedilatildeo triacuteplice viral foi realizada nos

estados da Bahia Rio Grande do Sul Cearaacute e Piauiacute

Jaacute nos anos de 1998 a vacina comeccedila a ser implantada nos estados

do Rio Grande do Norte Paraiacuteba Mato Grosso do Sul e Mato Grosso Neste mesmo

ano estudos sobre eventos adversos associados ao uso da vacina triacuteplice viral

contendo cepa Leningrado-Zagreb no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso durante a

campanha de implantaccedilatildeo da vacina Somente em 1999 a vacina triacuteplice viral passa

a integrar a lista de imunobioloacutegicos oferecidos nos estados do Maranhatildeo Goiaacutes e

Sergipe

Em 1999 o meacutedico Andrew Wakefield publicou o artigo MMR

vaccination and autism estabelecendo uma suposta relaccedilatildeo entre a vacina triacuteplice

viral e o autismo Diversos estudos meacutedicos foram conduzidos desde entatildeo a fim de

se comprovar ou natildeo essa relaccedilatildeo sendo que natildeo houve evidecircncias nesses novos

estudos acerca dessa hipoacutetese Em 2010 o Conselho Meacutedico Geral britacircnico

considerou que o Dr Wakefield agiu de maneira antieacutetica e desonesta ao vincular a

vacina triacuteplice ao autismo Considera-se tambeacutem que o sarampo tenha ressurgido no

Reino Unido devido ao receio dos pais em aplicarem a vacina triacutepice em seus filhos

8

as taxas de vacinaccedilatildeo nunca mais voltaram a subir e surtos da doenccedila tornaram-se

comuns (Estadatildeo 2010)

13 Sarampo

O sarampo uma doenccedila altamente contagiosa foi responsaacutevel por

cerca de 26 milhotildees de mortes por ano antes de 1980 eacutepoca em que comeccedilaram

as intensas campanhas de vacinaccedilatildeo

O Sarampo eacute uma doenccedila viral que infecta o sistema respiratoacuterio

causada por um paramixoviacuterus do gecircnero Morbillivirus Eacute altamente contagiosa e

afeta principalmente crianccedilas Eacute transmitida atraveacutes de gotiacuteculas expelidas pelo

nariz boca ou garganta de pessoas infectadas Os sintomas iniciais que geralmente

aparecem 8-12 dias apoacutes a infecccedilatildeo incluem febre alta coriza olhos vermelhos e

pequenas manchas brancas na parte interna da boca Vaacuterios dias depois uma

erupccedilatildeo se desenvolve geralmente comeccedilando no pescoccedilo e na face e

gradualmente se espalhando pelo corpo1

A maioria das pessoas se recuperam dentro de 2-3 semanas

Contudo principalmente as crianccedilas desnutridas e pessoas com imunidade

reduzida o sarampo pode causar complicaccedilotildees seacuterias incluindo dor de cabeccedila

cegueira diarreia grave infecccedilatildeo do ouvido e pneumonia O sarampo pode ser

prevenido atraveacutes da vacinaccedilatildeo

A vacina contra o sarampo eacute uacutetil para evitar o aparecimento da doenccedila se

administrada dentro de 72 horas apoacutes o contato com o doente Por isso essa medida deve

ser realizada o mais precocemente possiacutevel A imunoglobulina de uso intramuscular pode

ser administrada como medida profilaacutetica ateacute 96 horas do contato

A primeira vacina a ser desenvolvida e comercializada foi a do

sarampo Nesta deacutecada 4 cepas da vacina do sarampo foram licenciadas

Edmonston A Schwarz Moraten e Edmonston-Zagreb Em 1969 foram licenciadas

trecircs vacinas com viacuterus atenuados para rubeacuteola A cepa mais largamente usada no

mundo eacute a Wistar RA 273 Nos uacuteltimos 25 anos diversas cepas de viacuterus atenuados

foram desenvolvidas e combinadas em apresentaccedilotildees trivalentes virais

9

14 Caxumba

A vacina contra caxumba deve ser administrada logo apoacutes a

exposiccedilatildeo em crianccedilas expostas e natildeo vacinadas embora natildeo haja evidecircncias de

que a vacina evite o aparecimento da doenccedila (AAP 2003)

A caxumba tambeacutem chamada de papeira ou parotidite tem um

periacuteodo de incubaccedilatildeo de duas ou trecircs semanas Seus primeiros sintomas satildeo febre

calafrios dores de cabeccedila musculares e ao mastigar ou engolir aleacutem de fraqueza

Uma das principais caracteriacutesticas da doenccedila eacute o aumento das glacircndulas salivares

proacuteximas aos ouvidos que fazem o rosto inchar

Nos casos graves a caxumba pode causar surdez meningite e

raramente levar agrave morte Apoacutes a puberdade pode causar inflamaccedilatildeo e inchaccedilo

doloroso dos testiacuteculos (orquite) nos homens ou dos ovaacuterios (ooforite) nas mulheres

e levar agrave esterilidade Por isso eacute necessaacuterio redobrar a atenccedilatildeo nestes casos e ter

acompanhamento meacutedico

14 Rubeacuteola

A erradicaccedilatildeo da febre amarela urbana da variacuteola da poliomielite e

eliminaccedilatildeo da circulaccedilatildeo autoacutectone do viacuterus do sarampo satildeo avanccedilos alcanccedilados no

controle das doenccedilas imunopreveniacuteveis mas muito ainda deve ser feito para se

atingir a meta de vacinar com o esquema baacutesico no miacutenimo 95 das crianccedilas que

nascem a cada ano para garantir a interrupccedilatildeo da circulaccedilatildeo dos agentes

etioloacutegicos das doenccedilas imunopreveniacuteveis (PORTO PONTE 2003) Assim eacute

prioridade na atenccedilatildeo agrave sauacutede da mulher

bull vacinar mulheres em idade feacutertil com a dupla adulto e triacuteplice viral

bull vacinaccedilatildeo contra hepatite B ateacute 24 anos

bull gestantes sem esquema vacinal ou com esquema vacinal incompleto ou

completado haacute mais de 5 anos devem receber a vacina dupla adulto Completar

esquema com dupla adulto e triacuteplice viral no poacutes-parto e poacutes-aborto se o esquema

vacinal natildeo estiver completo

10

12 Vacinaccedilatildeo no periacuteodo feacutertil

Em mulheres que desejam engravidar e natildeo receberam o esquema

completo de vacinaccedilatildeo para essas doenccedilas ou que se mostram natildeo imunes a elas

deve ser aplicada antes da gestaccedilatildeo A gestaccedilatildeo deve ser evitada no primeiro mecircs

apoacutes a aplicaccedilatildeo da vacina uma vez que eacute composta por viacuterus atenuados e

portanto haacute o risco teoacuterico de infecccedilatildeo congecircnita na crianccedila (SBIM 2010-2011)

A imunidade agrave Rubeacuteola eacute importante uma vez que adquirindo esta

doenccedila na gestaccedilatildeo haacute riscos de malformaccedilotildees no feto como surdez catarata

glaucoma problemas cardiacuteacos e neuroloacutegicos

Tabela 1 Imunizaccedilatildeo para mulheres adultas entre 19 e 45 anos de acordo CDC (Centers for Disease Control and Prevention)

Imunizaccedilatildeo Agente Dose Aplicar na gestaccedilatildeo

Puerpeacuterio Intervalo para outra gestaccedilatildeo

Sarampo Caxumba e

Rubeacuteola (triacuteplice viral)

Vacinas vivas atenuadas

Uma dose se natildeo houver confirmaccedilatildeo anterior de sorologia

negativa

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Varicela (Catapora)

Vacinas vivas atenuadas

Duas doses Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Influenza (gripe)

Vacinas inativadas

Uma dose no periacuteodo de contaacutegio maacuteximo (inverno) ndash sugestatildeo

entre abril e maio

Sim Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano ndash

Coqueluche ou Pertussis

(dTaP)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim (A) Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano (dT)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim Sim Nenhum

Pneumocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

especiais de risco

Sim Sim Nenhum

Hepatite A Vacinas inativadas

Duas doses com intervalo de 6 meses

Sim (A) Sim Nenhum

11

Hepatite B Vacinas inativadas

Trecircs doses com intervalo de 1 mecircs

entre a 1ordf e a 2ordf e de 5 meses entre a 2ordf e a

3ordf

Sim Sim Nenhum

Meningocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas que tecircm

histoacuterico de contato

Sim Sim Nenhum

Raiva Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

de risco muito especiais

Sim (A) Sim Nenhum

Febre Amarela Vacinas vivas atenuadas

Para habitantes de aacutereas endecircmicas ou

os que a elas se dirigem

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

HPV Modificadas geneticamente

Trecircs dosesndash suspender no caso de gestaccedilatildeo inesperada

Natildeo Sim Apoacutes a 3ordf dose

A - Considerar situaccedilotildees de risco especial

B- Vacinas contraindicadas na gestaccedilatildeo em situaccedilotildees de exposiccedilatildeo pode-se utilizar imunoglobulina (imunizaccedilatildeo passiva)

13Triacuteplice viral no preacute-natal e Puerpeacuterio

As mulheres que desejam engravidar devem estar em dia com o

calendaacuterio de vacinaccedilatildeo Deve-se ter consciecircncia da importacircncia de estarem

imunizadas contra doenccedilas que poderatildeo afetar o futuro de seus bebecircs e de suas

gestaccedilotildees Grande parte delas desconhece a importacircncia de estar em dia com o

calendaacuterio da vacinaccedilatildeo recomendado e as seacuterias consequumlecircncias de doenccedilas que

podem ser evitadas para si e para o bebecirc na gravidez Eacute importante que mulheres e

casais sejam informados das recomendaccedilotildees antes de engravidarem (SCHRAG et

al 2003)

O ideal eacute que a imunizaccedilatildeo sempre ocorra antes da gestaccedilatildeo uma

vez que muitas vacinas natildeo podem ser aplicadas durante a gravidez A vacinaccedilatildeo

em mulheres em idade feacutertil ou em tratamento de fertilidade eacute fundamental pois

protege a mulher de doenccedilas importantes evita infecccedilotildees intrauterinas previne

12

malformaccedilotildees fetais e ateacute mesmo um aborto espontacircneo aleacutem de dar uma

imunizaccedilatildeo passiva ao bebecirc pela transferecircncia de anticorpos via transplacentaacuteria

que ocorre durante a gestaccedilatildeo (principalmente durante as uacuteltimas quatro ou seis

semanas) e pelo leite materno no periacuteodo de amamentaccedilatildeo (MUNOZ ENGLUND

2001)

Durante a gravidez a vacinaccedilatildeo soacute deve ser indicada em situaccedilotildees

de perigo quando os benefiacutecios satildeo superiores aos riscos Exemplos viagens para

locais de alto risco de contaminaccedilatildeo profissotildees de risco e doenccedilas crocircnicas

Nessas situaccedilotildees o uso de Imunoglobulinas eacute uma boa alternativa Deve-se lembrar

que quando a mulher natildeo estiver imunizada e jaacute tiver dado agrave luz o primeiro bebecirc

recomenda-se que logo apoacutes o nascimento ainda no periacuteodo chamado puerpeacuterio

ela receba as vacinas indicadas uma vez que estaraacute frequumlentando centros de

vacinaccedilatildeo com o seu filho e provavelmente natildeo deveraacute engravidar nos proacuteximos

meses (ACOG 2003)

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 5: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

5

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO05

2 OBJETIVO GERAL07

3 METODOLOGIA11

4 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS14

5 ANEXOS17

6

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Histoacuterico

As primeiras campanhas de vacinaccedilatildeo em solo brasileiro datam de

1804 O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo (PNI) foi criado pelo governo em 18 de

setembro de 1973 no intuito de erradicar doenccedilas e assim melhorar o niacutevel de sauacutede

da populaccedilatildeo (MOREIRA 2002)

A primeira campanha de vacinaccedilatildeo em massa feita no Brasil foi

idealizada por Oswaldo Cruz no final do seacuteculo XIX tinha por objetivo controlar a

variacuteola que entatildeo dizimava boa parte da populaccedilatildeo do Rio de Janeiro A iniciativa

de Oswaldo Cruz resultou em fracasso e grave conflito os protestos contra a

vacinaccedilatildeo obrigatoacuteria culminaram na chamada Revolta da Vacina que transformou

as ruas da entatildeo capital federal em verdadeiro campo de batalha O conflito deixou

mortos e feridos a obrigatoriedade da vacinaccedilatildeo foi revogada Seguiu-se uma

epidemia da doenccedila que resultou em milhares de viacutetimas (BRASIL 2003)

O Brasil desenvolveu estrateacutegias diversas como campanhas

coberturas varreduras rotinas que determinaram em 1942 a eliminaccedilatildeo da febre

amarela urbana em 1973 da variacuteola e em 1989 da poliomielite Atualmente

manteacutem sob controle o sarampo o teacutetano neonatal as formas graves de

tuberculose a difteria o teacutetano acidental e a coqueluche (BRASIL 2003)

As vacinas tecircm na proteccedilatildeo agrave sauacutede e na prevenccedilatildeo de doenccedilas

imunopreveniacuteveis principalmente durante a infacircncia Assim autoridades de sauacutede

em todo o mundo estabeleceram calendaacuterios especiacuteficos de vacinas de acordo com

a faixa etaacuteria infantil (SILVEIRA et al 2007)

Segundo Moreira (2002) o Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo (PNI)

oferece regularmente todas as vacinas que compotildee o calendaacuterio de vacinaccedilatildeo a

toda populaccedilatildeo gratuitamente em todo territoacuterio nacional Vacinar crianccedilas a partir

do primeiro dias de vida eacute uma accedilatildeo de proteccedilatildeo especiacutefica contra doenccedilas graves

causadoras de danos definitivos ou letais

7

12 Vacina Triacuteplice Viral

A vacina Triacuteplice Viral resulta da combinaccedilatildeo de viacuterus vivos

atenuados de sarampo caxumba e rubeacuteola A vacina triacuteplice viral (TV) conhecida

na literatura meacutedica de liacutengua inglesa como MMR (Measles Mumps Rubella) foi

incorporada ao Programa Nacional de Imunizaccedilotildees (PNI) do Brasil no ano de 1992

no Estado de Satildeo Paulo Posteriormente foi introduzida em outros Estados em

forma de campanhas (Massad et al 1995)

Em 1993 realizou-se no Distrito Federal a primeira campanha de

vacinaccedilatildeo contra rubeacuteola com a vacina triacuteplice viral em crianccedilas entre 12 meses e

11 anos de idade como parte da rotina do Programa de Imunizaccedilatildeo Em 1996 foi

implementada a vacinaccedilatildeo no puerpeacuterio e em 1998 nas mulheres em idade feacutertil

(Massad et al 1995)

Em 1995 foi implantada no Espiacuterito Santo e no Paranaacute em 1996 a

vacina triacuteplice viral foi implantada em Minas Gerais Rio de Janeiro e Santa Catarina

Em 1997 concomitantemente ao aumento da ocorrecircncia de casos de sarampo em

vaacuterias cidades brasileiras uma campanha de vacinaccedilatildeo triacuteplice viral foi realizada nos

estados da Bahia Rio Grande do Sul Cearaacute e Piauiacute

Jaacute nos anos de 1998 a vacina comeccedila a ser implantada nos estados

do Rio Grande do Norte Paraiacuteba Mato Grosso do Sul e Mato Grosso Neste mesmo

ano estudos sobre eventos adversos associados ao uso da vacina triacuteplice viral

contendo cepa Leningrado-Zagreb no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso durante a

campanha de implantaccedilatildeo da vacina Somente em 1999 a vacina triacuteplice viral passa

a integrar a lista de imunobioloacutegicos oferecidos nos estados do Maranhatildeo Goiaacutes e

Sergipe

Em 1999 o meacutedico Andrew Wakefield publicou o artigo MMR

vaccination and autism estabelecendo uma suposta relaccedilatildeo entre a vacina triacuteplice

viral e o autismo Diversos estudos meacutedicos foram conduzidos desde entatildeo a fim de

se comprovar ou natildeo essa relaccedilatildeo sendo que natildeo houve evidecircncias nesses novos

estudos acerca dessa hipoacutetese Em 2010 o Conselho Meacutedico Geral britacircnico

considerou que o Dr Wakefield agiu de maneira antieacutetica e desonesta ao vincular a

vacina triacuteplice ao autismo Considera-se tambeacutem que o sarampo tenha ressurgido no

Reino Unido devido ao receio dos pais em aplicarem a vacina triacutepice em seus filhos

8

as taxas de vacinaccedilatildeo nunca mais voltaram a subir e surtos da doenccedila tornaram-se

comuns (Estadatildeo 2010)

13 Sarampo

O sarampo uma doenccedila altamente contagiosa foi responsaacutevel por

cerca de 26 milhotildees de mortes por ano antes de 1980 eacutepoca em que comeccedilaram

as intensas campanhas de vacinaccedilatildeo

O Sarampo eacute uma doenccedila viral que infecta o sistema respiratoacuterio

causada por um paramixoviacuterus do gecircnero Morbillivirus Eacute altamente contagiosa e

afeta principalmente crianccedilas Eacute transmitida atraveacutes de gotiacuteculas expelidas pelo

nariz boca ou garganta de pessoas infectadas Os sintomas iniciais que geralmente

aparecem 8-12 dias apoacutes a infecccedilatildeo incluem febre alta coriza olhos vermelhos e

pequenas manchas brancas na parte interna da boca Vaacuterios dias depois uma

erupccedilatildeo se desenvolve geralmente comeccedilando no pescoccedilo e na face e

gradualmente se espalhando pelo corpo1

A maioria das pessoas se recuperam dentro de 2-3 semanas

Contudo principalmente as crianccedilas desnutridas e pessoas com imunidade

reduzida o sarampo pode causar complicaccedilotildees seacuterias incluindo dor de cabeccedila

cegueira diarreia grave infecccedilatildeo do ouvido e pneumonia O sarampo pode ser

prevenido atraveacutes da vacinaccedilatildeo

A vacina contra o sarampo eacute uacutetil para evitar o aparecimento da doenccedila se

administrada dentro de 72 horas apoacutes o contato com o doente Por isso essa medida deve

ser realizada o mais precocemente possiacutevel A imunoglobulina de uso intramuscular pode

ser administrada como medida profilaacutetica ateacute 96 horas do contato

A primeira vacina a ser desenvolvida e comercializada foi a do

sarampo Nesta deacutecada 4 cepas da vacina do sarampo foram licenciadas

Edmonston A Schwarz Moraten e Edmonston-Zagreb Em 1969 foram licenciadas

trecircs vacinas com viacuterus atenuados para rubeacuteola A cepa mais largamente usada no

mundo eacute a Wistar RA 273 Nos uacuteltimos 25 anos diversas cepas de viacuterus atenuados

foram desenvolvidas e combinadas em apresentaccedilotildees trivalentes virais

9

14 Caxumba

A vacina contra caxumba deve ser administrada logo apoacutes a

exposiccedilatildeo em crianccedilas expostas e natildeo vacinadas embora natildeo haja evidecircncias de

que a vacina evite o aparecimento da doenccedila (AAP 2003)

A caxumba tambeacutem chamada de papeira ou parotidite tem um

periacuteodo de incubaccedilatildeo de duas ou trecircs semanas Seus primeiros sintomas satildeo febre

calafrios dores de cabeccedila musculares e ao mastigar ou engolir aleacutem de fraqueza

Uma das principais caracteriacutesticas da doenccedila eacute o aumento das glacircndulas salivares

proacuteximas aos ouvidos que fazem o rosto inchar

Nos casos graves a caxumba pode causar surdez meningite e

raramente levar agrave morte Apoacutes a puberdade pode causar inflamaccedilatildeo e inchaccedilo

doloroso dos testiacuteculos (orquite) nos homens ou dos ovaacuterios (ooforite) nas mulheres

e levar agrave esterilidade Por isso eacute necessaacuterio redobrar a atenccedilatildeo nestes casos e ter

acompanhamento meacutedico

14 Rubeacuteola

A erradicaccedilatildeo da febre amarela urbana da variacuteola da poliomielite e

eliminaccedilatildeo da circulaccedilatildeo autoacutectone do viacuterus do sarampo satildeo avanccedilos alcanccedilados no

controle das doenccedilas imunopreveniacuteveis mas muito ainda deve ser feito para se

atingir a meta de vacinar com o esquema baacutesico no miacutenimo 95 das crianccedilas que

nascem a cada ano para garantir a interrupccedilatildeo da circulaccedilatildeo dos agentes

etioloacutegicos das doenccedilas imunopreveniacuteveis (PORTO PONTE 2003) Assim eacute

prioridade na atenccedilatildeo agrave sauacutede da mulher

bull vacinar mulheres em idade feacutertil com a dupla adulto e triacuteplice viral

bull vacinaccedilatildeo contra hepatite B ateacute 24 anos

bull gestantes sem esquema vacinal ou com esquema vacinal incompleto ou

completado haacute mais de 5 anos devem receber a vacina dupla adulto Completar

esquema com dupla adulto e triacuteplice viral no poacutes-parto e poacutes-aborto se o esquema

vacinal natildeo estiver completo

10

12 Vacinaccedilatildeo no periacuteodo feacutertil

Em mulheres que desejam engravidar e natildeo receberam o esquema

completo de vacinaccedilatildeo para essas doenccedilas ou que se mostram natildeo imunes a elas

deve ser aplicada antes da gestaccedilatildeo A gestaccedilatildeo deve ser evitada no primeiro mecircs

apoacutes a aplicaccedilatildeo da vacina uma vez que eacute composta por viacuterus atenuados e

portanto haacute o risco teoacuterico de infecccedilatildeo congecircnita na crianccedila (SBIM 2010-2011)

A imunidade agrave Rubeacuteola eacute importante uma vez que adquirindo esta

doenccedila na gestaccedilatildeo haacute riscos de malformaccedilotildees no feto como surdez catarata

glaucoma problemas cardiacuteacos e neuroloacutegicos

Tabela 1 Imunizaccedilatildeo para mulheres adultas entre 19 e 45 anos de acordo CDC (Centers for Disease Control and Prevention)

Imunizaccedilatildeo Agente Dose Aplicar na gestaccedilatildeo

Puerpeacuterio Intervalo para outra gestaccedilatildeo

Sarampo Caxumba e

Rubeacuteola (triacuteplice viral)

Vacinas vivas atenuadas

Uma dose se natildeo houver confirmaccedilatildeo anterior de sorologia

negativa

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Varicela (Catapora)

Vacinas vivas atenuadas

Duas doses Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Influenza (gripe)

Vacinas inativadas

Uma dose no periacuteodo de contaacutegio maacuteximo (inverno) ndash sugestatildeo

entre abril e maio

Sim Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano ndash

Coqueluche ou Pertussis

(dTaP)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim (A) Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano (dT)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim Sim Nenhum

Pneumocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

especiais de risco

Sim Sim Nenhum

Hepatite A Vacinas inativadas

Duas doses com intervalo de 6 meses

Sim (A) Sim Nenhum

11

Hepatite B Vacinas inativadas

Trecircs doses com intervalo de 1 mecircs

entre a 1ordf e a 2ordf e de 5 meses entre a 2ordf e a

3ordf

Sim Sim Nenhum

Meningocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas que tecircm

histoacuterico de contato

Sim Sim Nenhum

Raiva Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

de risco muito especiais

Sim (A) Sim Nenhum

Febre Amarela Vacinas vivas atenuadas

Para habitantes de aacutereas endecircmicas ou

os que a elas se dirigem

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

HPV Modificadas geneticamente

Trecircs dosesndash suspender no caso de gestaccedilatildeo inesperada

Natildeo Sim Apoacutes a 3ordf dose

A - Considerar situaccedilotildees de risco especial

B- Vacinas contraindicadas na gestaccedilatildeo em situaccedilotildees de exposiccedilatildeo pode-se utilizar imunoglobulina (imunizaccedilatildeo passiva)

13Triacuteplice viral no preacute-natal e Puerpeacuterio

As mulheres que desejam engravidar devem estar em dia com o

calendaacuterio de vacinaccedilatildeo Deve-se ter consciecircncia da importacircncia de estarem

imunizadas contra doenccedilas que poderatildeo afetar o futuro de seus bebecircs e de suas

gestaccedilotildees Grande parte delas desconhece a importacircncia de estar em dia com o

calendaacuterio da vacinaccedilatildeo recomendado e as seacuterias consequumlecircncias de doenccedilas que

podem ser evitadas para si e para o bebecirc na gravidez Eacute importante que mulheres e

casais sejam informados das recomendaccedilotildees antes de engravidarem (SCHRAG et

al 2003)

O ideal eacute que a imunizaccedilatildeo sempre ocorra antes da gestaccedilatildeo uma

vez que muitas vacinas natildeo podem ser aplicadas durante a gravidez A vacinaccedilatildeo

em mulheres em idade feacutertil ou em tratamento de fertilidade eacute fundamental pois

protege a mulher de doenccedilas importantes evita infecccedilotildees intrauterinas previne

12

malformaccedilotildees fetais e ateacute mesmo um aborto espontacircneo aleacutem de dar uma

imunizaccedilatildeo passiva ao bebecirc pela transferecircncia de anticorpos via transplacentaacuteria

que ocorre durante a gestaccedilatildeo (principalmente durante as uacuteltimas quatro ou seis

semanas) e pelo leite materno no periacuteodo de amamentaccedilatildeo (MUNOZ ENGLUND

2001)

Durante a gravidez a vacinaccedilatildeo soacute deve ser indicada em situaccedilotildees

de perigo quando os benefiacutecios satildeo superiores aos riscos Exemplos viagens para

locais de alto risco de contaminaccedilatildeo profissotildees de risco e doenccedilas crocircnicas

Nessas situaccedilotildees o uso de Imunoglobulinas eacute uma boa alternativa Deve-se lembrar

que quando a mulher natildeo estiver imunizada e jaacute tiver dado agrave luz o primeiro bebecirc

recomenda-se que logo apoacutes o nascimento ainda no periacuteodo chamado puerpeacuterio

ela receba as vacinas indicadas uma vez que estaraacute frequumlentando centros de

vacinaccedilatildeo com o seu filho e provavelmente natildeo deveraacute engravidar nos proacuteximos

meses (ACOG 2003)

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 6: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

6

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Histoacuterico

As primeiras campanhas de vacinaccedilatildeo em solo brasileiro datam de

1804 O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo (PNI) foi criado pelo governo em 18 de

setembro de 1973 no intuito de erradicar doenccedilas e assim melhorar o niacutevel de sauacutede

da populaccedilatildeo (MOREIRA 2002)

A primeira campanha de vacinaccedilatildeo em massa feita no Brasil foi

idealizada por Oswaldo Cruz no final do seacuteculo XIX tinha por objetivo controlar a

variacuteola que entatildeo dizimava boa parte da populaccedilatildeo do Rio de Janeiro A iniciativa

de Oswaldo Cruz resultou em fracasso e grave conflito os protestos contra a

vacinaccedilatildeo obrigatoacuteria culminaram na chamada Revolta da Vacina que transformou

as ruas da entatildeo capital federal em verdadeiro campo de batalha O conflito deixou

mortos e feridos a obrigatoriedade da vacinaccedilatildeo foi revogada Seguiu-se uma

epidemia da doenccedila que resultou em milhares de viacutetimas (BRASIL 2003)

O Brasil desenvolveu estrateacutegias diversas como campanhas

coberturas varreduras rotinas que determinaram em 1942 a eliminaccedilatildeo da febre

amarela urbana em 1973 da variacuteola e em 1989 da poliomielite Atualmente

manteacutem sob controle o sarampo o teacutetano neonatal as formas graves de

tuberculose a difteria o teacutetano acidental e a coqueluche (BRASIL 2003)

As vacinas tecircm na proteccedilatildeo agrave sauacutede e na prevenccedilatildeo de doenccedilas

imunopreveniacuteveis principalmente durante a infacircncia Assim autoridades de sauacutede

em todo o mundo estabeleceram calendaacuterios especiacuteficos de vacinas de acordo com

a faixa etaacuteria infantil (SILVEIRA et al 2007)

Segundo Moreira (2002) o Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo (PNI)

oferece regularmente todas as vacinas que compotildee o calendaacuterio de vacinaccedilatildeo a

toda populaccedilatildeo gratuitamente em todo territoacuterio nacional Vacinar crianccedilas a partir

do primeiro dias de vida eacute uma accedilatildeo de proteccedilatildeo especiacutefica contra doenccedilas graves

causadoras de danos definitivos ou letais

7

12 Vacina Triacuteplice Viral

A vacina Triacuteplice Viral resulta da combinaccedilatildeo de viacuterus vivos

atenuados de sarampo caxumba e rubeacuteola A vacina triacuteplice viral (TV) conhecida

na literatura meacutedica de liacutengua inglesa como MMR (Measles Mumps Rubella) foi

incorporada ao Programa Nacional de Imunizaccedilotildees (PNI) do Brasil no ano de 1992

no Estado de Satildeo Paulo Posteriormente foi introduzida em outros Estados em

forma de campanhas (Massad et al 1995)

Em 1993 realizou-se no Distrito Federal a primeira campanha de

vacinaccedilatildeo contra rubeacuteola com a vacina triacuteplice viral em crianccedilas entre 12 meses e

11 anos de idade como parte da rotina do Programa de Imunizaccedilatildeo Em 1996 foi

implementada a vacinaccedilatildeo no puerpeacuterio e em 1998 nas mulheres em idade feacutertil

(Massad et al 1995)

Em 1995 foi implantada no Espiacuterito Santo e no Paranaacute em 1996 a

vacina triacuteplice viral foi implantada em Minas Gerais Rio de Janeiro e Santa Catarina

Em 1997 concomitantemente ao aumento da ocorrecircncia de casos de sarampo em

vaacuterias cidades brasileiras uma campanha de vacinaccedilatildeo triacuteplice viral foi realizada nos

estados da Bahia Rio Grande do Sul Cearaacute e Piauiacute

Jaacute nos anos de 1998 a vacina comeccedila a ser implantada nos estados

do Rio Grande do Norte Paraiacuteba Mato Grosso do Sul e Mato Grosso Neste mesmo

ano estudos sobre eventos adversos associados ao uso da vacina triacuteplice viral

contendo cepa Leningrado-Zagreb no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso durante a

campanha de implantaccedilatildeo da vacina Somente em 1999 a vacina triacuteplice viral passa

a integrar a lista de imunobioloacutegicos oferecidos nos estados do Maranhatildeo Goiaacutes e

Sergipe

Em 1999 o meacutedico Andrew Wakefield publicou o artigo MMR

vaccination and autism estabelecendo uma suposta relaccedilatildeo entre a vacina triacuteplice

viral e o autismo Diversos estudos meacutedicos foram conduzidos desde entatildeo a fim de

se comprovar ou natildeo essa relaccedilatildeo sendo que natildeo houve evidecircncias nesses novos

estudos acerca dessa hipoacutetese Em 2010 o Conselho Meacutedico Geral britacircnico

considerou que o Dr Wakefield agiu de maneira antieacutetica e desonesta ao vincular a

vacina triacuteplice ao autismo Considera-se tambeacutem que o sarampo tenha ressurgido no

Reino Unido devido ao receio dos pais em aplicarem a vacina triacutepice em seus filhos

8

as taxas de vacinaccedilatildeo nunca mais voltaram a subir e surtos da doenccedila tornaram-se

comuns (Estadatildeo 2010)

13 Sarampo

O sarampo uma doenccedila altamente contagiosa foi responsaacutevel por

cerca de 26 milhotildees de mortes por ano antes de 1980 eacutepoca em que comeccedilaram

as intensas campanhas de vacinaccedilatildeo

O Sarampo eacute uma doenccedila viral que infecta o sistema respiratoacuterio

causada por um paramixoviacuterus do gecircnero Morbillivirus Eacute altamente contagiosa e

afeta principalmente crianccedilas Eacute transmitida atraveacutes de gotiacuteculas expelidas pelo

nariz boca ou garganta de pessoas infectadas Os sintomas iniciais que geralmente

aparecem 8-12 dias apoacutes a infecccedilatildeo incluem febre alta coriza olhos vermelhos e

pequenas manchas brancas na parte interna da boca Vaacuterios dias depois uma

erupccedilatildeo se desenvolve geralmente comeccedilando no pescoccedilo e na face e

gradualmente se espalhando pelo corpo1

A maioria das pessoas se recuperam dentro de 2-3 semanas

Contudo principalmente as crianccedilas desnutridas e pessoas com imunidade

reduzida o sarampo pode causar complicaccedilotildees seacuterias incluindo dor de cabeccedila

cegueira diarreia grave infecccedilatildeo do ouvido e pneumonia O sarampo pode ser

prevenido atraveacutes da vacinaccedilatildeo

A vacina contra o sarampo eacute uacutetil para evitar o aparecimento da doenccedila se

administrada dentro de 72 horas apoacutes o contato com o doente Por isso essa medida deve

ser realizada o mais precocemente possiacutevel A imunoglobulina de uso intramuscular pode

ser administrada como medida profilaacutetica ateacute 96 horas do contato

A primeira vacina a ser desenvolvida e comercializada foi a do

sarampo Nesta deacutecada 4 cepas da vacina do sarampo foram licenciadas

Edmonston A Schwarz Moraten e Edmonston-Zagreb Em 1969 foram licenciadas

trecircs vacinas com viacuterus atenuados para rubeacuteola A cepa mais largamente usada no

mundo eacute a Wistar RA 273 Nos uacuteltimos 25 anos diversas cepas de viacuterus atenuados

foram desenvolvidas e combinadas em apresentaccedilotildees trivalentes virais

9

14 Caxumba

A vacina contra caxumba deve ser administrada logo apoacutes a

exposiccedilatildeo em crianccedilas expostas e natildeo vacinadas embora natildeo haja evidecircncias de

que a vacina evite o aparecimento da doenccedila (AAP 2003)

A caxumba tambeacutem chamada de papeira ou parotidite tem um

periacuteodo de incubaccedilatildeo de duas ou trecircs semanas Seus primeiros sintomas satildeo febre

calafrios dores de cabeccedila musculares e ao mastigar ou engolir aleacutem de fraqueza

Uma das principais caracteriacutesticas da doenccedila eacute o aumento das glacircndulas salivares

proacuteximas aos ouvidos que fazem o rosto inchar

Nos casos graves a caxumba pode causar surdez meningite e

raramente levar agrave morte Apoacutes a puberdade pode causar inflamaccedilatildeo e inchaccedilo

doloroso dos testiacuteculos (orquite) nos homens ou dos ovaacuterios (ooforite) nas mulheres

e levar agrave esterilidade Por isso eacute necessaacuterio redobrar a atenccedilatildeo nestes casos e ter

acompanhamento meacutedico

14 Rubeacuteola

A erradicaccedilatildeo da febre amarela urbana da variacuteola da poliomielite e

eliminaccedilatildeo da circulaccedilatildeo autoacutectone do viacuterus do sarampo satildeo avanccedilos alcanccedilados no

controle das doenccedilas imunopreveniacuteveis mas muito ainda deve ser feito para se

atingir a meta de vacinar com o esquema baacutesico no miacutenimo 95 das crianccedilas que

nascem a cada ano para garantir a interrupccedilatildeo da circulaccedilatildeo dos agentes

etioloacutegicos das doenccedilas imunopreveniacuteveis (PORTO PONTE 2003) Assim eacute

prioridade na atenccedilatildeo agrave sauacutede da mulher

bull vacinar mulheres em idade feacutertil com a dupla adulto e triacuteplice viral

bull vacinaccedilatildeo contra hepatite B ateacute 24 anos

bull gestantes sem esquema vacinal ou com esquema vacinal incompleto ou

completado haacute mais de 5 anos devem receber a vacina dupla adulto Completar

esquema com dupla adulto e triacuteplice viral no poacutes-parto e poacutes-aborto se o esquema

vacinal natildeo estiver completo

10

12 Vacinaccedilatildeo no periacuteodo feacutertil

Em mulheres que desejam engravidar e natildeo receberam o esquema

completo de vacinaccedilatildeo para essas doenccedilas ou que se mostram natildeo imunes a elas

deve ser aplicada antes da gestaccedilatildeo A gestaccedilatildeo deve ser evitada no primeiro mecircs

apoacutes a aplicaccedilatildeo da vacina uma vez que eacute composta por viacuterus atenuados e

portanto haacute o risco teoacuterico de infecccedilatildeo congecircnita na crianccedila (SBIM 2010-2011)

A imunidade agrave Rubeacuteola eacute importante uma vez que adquirindo esta

doenccedila na gestaccedilatildeo haacute riscos de malformaccedilotildees no feto como surdez catarata

glaucoma problemas cardiacuteacos e neuroloacutegicos

Tabela 1 Imunizaccedilatildeo para mulheres adultas entre 19 e 45 anos de acordo CDC (Centers for Disease Control and Prevention)

Imunizaccedilatildeo Agente Dose Aplicar na gestaccedilatildeo

Puerpeacuterio Intervalo para outra gestaccedilatildeo

Sarampo Caxumba e

Rubeacuteola (triacuteplice viral)

Vacinas vivas atenuadas

Uma dose se natildeo houver confirmaccedilatildeo anterior de sorologia

negativa

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Varicela (Catapora)

Vacinas vivas atenuadas

Duas doses Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Influenza (gripe)

Vacinas inativadas

Uma dose no periacuteodo de contaacutegio maacuteximo (inverno) ndash sugestatildeo

entre abril e maio

Sim Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano ndash

Coqueluche ou Pertussis

(dTaP)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim (A) Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano (dT)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim Sim Nenhum

Pneumocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

especiais de risco

Sim Sim Nenhum

Hepatite A Vacinas inativadas

Duas doses com intervalo de 6 meses

Sim (A) Sim Nenhum

11

Hepatite B Vacinas inativadas

Trecircs doses com intervalo de 1 mecircs

entre a 1ordf e a 2ordf e de 5 meses entre a 2ordf e a

3ordf

Sim Sim Nenhum

Meningocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas que tecircm

histoacuterico de contato

Sim Sim Nenhum

Raiva Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

de risco muito especiais

Sim (A) Sim Nenhum

Febre Amarela Vacinas vivas atenuadas

Para habitantes de aacutereas endecircmicas ou

os que a elas se dirigem

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

HPV Modificadas geneticamente

Trecircs dosesndash suspender no caso de gestaccedilatildeo inesperada

Natildeo Sim Apoacutes a 3ordf dose

A - Considerar situaccedilotildees de risco especial

B- Vacinas contraindicadas na gestaccedilatildeo em situaccedilotildees de exposiccedilatildeo pode-se utilizar imunoglobulina (imunizaccedilatildeo passiva)

13Triacuteplice viral no preacute-natal e Puerpeacuterio

As mulheres que desejam engravidar devem estar em dia com o

calendaacuterio de vacinaccedilatildeo Deve-se ter consciecircncia da importacircncia de estarem

imunizadas contra doenccedilas que poderatildeo afetar o futuro de seus bebecircs e de suas

gestaccedilotildees Grande parte delas desconhece a importacircncia de estar em dia com o

calendaacuterio da vacinaccedilatildeo recomendado e as seacuterias consequumlecircncias de doenccedilas que

podem ser evitadas para si e para o bebecirc na gravidez Eacute importante que mulheres e

casais sejam informados das recomendaccedilotildees antes de engravidarem (SCHRAG et

al 2003)

O ideal eacute que a imunizaccedilatildeo sempre ocorra antes da gestaccedilatildeo uma

vez que muitas vacinas natildeo podem ser aplicadas durante a gravidez A vacinaccedilatildeo

em mulheres em idade feacutertil ou em tratamento de fertilidade eacute fundamental pois

protege a mulher de doenccedilas importantes evita infecccedilotildees intrauterinas previne

12

malformaccedilotildees fetais e ateacute mesmo um aborto espontacircneo aleacutem de dar uma

imunizaccedilatildeo passiva ao bebecirc pela transferecircncia de anticorpos via transplacentaacuteria

que ocorre durante a gestaccedilatildeo (principalmente durante as uacuteltimas quatro ou seis

semanas) e pelo leite materno no periacuteodo de amamentaccedilatildeo (MUNOZ ENGLUND

2001)

Durante a gravidez a vacinaccedilatildeo soacute deve ser indicada em situaccedilotildees

de perigo quando os benefiacutecios satildeo superiores aos riscos Exemplos viagens para

locais de alto risco de contaminaccedilatildeo profissotildees de risco e doenccedilas crocircnicas

Nessas situaccedilotildees o uso de Imunoglobulinas eacute uma boa alternativa Deve-se lembrar

que quando a mulher natildeo estiver imunizada e jaacute tiver dado agrave luz o primeiro bebecirc

recomenda-se que logo apoacutes o nascimento ainda no periacuteodo chamado puerpeacuterio

ela receba as vacinas indicadas uma vez que estaraacute frequumlentando centros de

vacinaccedilatildeo com o seu filho e provavelmente natildeo deveraacute engravidar nos proacuteximos

meses (ACOG 2003)

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 7: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

7

12 Vacina Triacuteplice Viral

A vacina Triacuteplice Viral resulta da combinaccedilatildeo de viacuterus vivos

atenuados de sarampo caxumba e rubeacuteola A vacina triacuteplice viral (TV) conhecida

na literatura meacutedica de liacutengua inglesa como MMR (Measles Mumps Rubella) foi

incorporada ao Programa Nacional de Imunizaccedilotildees (PNI) do Brasil no ano de 1992

no Estado de Satildeo Paulo Posteriormente foi introduzida em outros Estados em

forma de campanhas (Massad et al 1995)

Em 1993 realizou-se no Distrito Federal a primeira campanha de

vacinaccedilatildeo contra rubeacuteola com a vacina triacuteplice viral em crianccedilas entre 12 meses e

11 anos de idade como parte da rotina do Programa de Imunizaccedilatildeo Em 1996 foi

implementada a vacinaccedilatildeo no puerpeacuterio e em 1998 nas mulheres em idade feacutertil

(Massad et al 1995)

Em 1995 foi implantada no Espiacuterito Santo e no Paranaacute em 1996 a

vacina triacuteplice viral foi implantada em Minas Gerais Rio de Janeiro e Santa Catarina

Em 1997 concomitantemente ao aumento da ocorrecircncia de casos de sarampo em

vaacuterias cidades brasileiras uma campanha de vacinaccedilatildeo triacuteplice viral foi realizada nos

estados da Bahia Rio Grande do Sul Cearaacute e Piauiacute

Jaacute nos anos de 1998 a vacina comeccedila a ser implantada nos estados

do Rio Grande do Norte Paraiacuteba Mato Grosso do Sul e Mato Grosso Neste mesmo

ano estudos sobre eventos adversos associados ao uso da vacina triacuteplice viral

contendo cepa Leningrado-Zagreb no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso durante a

campanha de implantaccedilatildeo da vacina Somente em 1999 a vacina triacuteplice viral passa

a integrar a lista de imunobioloacutegicos oferecidos nos estados do Maranhatildeo Goiaacutes e

Sergipe

Em 1999 o meacutedico Andrew Wakefield publicou o artigo MMR

vaccination and autism estabelecendo uma suposta relaccedilatildeo entre a vacina triacuteplice

viral e o autismo Diversos estudos meacutedicos foram conduzidos desde entatildeo a fim de

se comprovar ou natildeo essa relaccedilatildeo sendo que natildeo houve evidecircncias nesses novos

estudos acerca dessa hipoacutetese Em 2010 o Conselho Meacutedico Geral britacircnico

considerou que o Dr Wakefield agiu de maneira antieacutetica e desonesta ao vincular a

vacina triacuteplice ao autismo Considera-se tambeacutem que o sarampo tenha ressurgido no

Reino Unido devido ao receio dos pais em aplicarem a vacina triacutepice em seus filhos

8

as taxas de vacinaccedilatildeo nunca mais voltaram a subir e surtos da doenccedila tornaram-se

comuns (Estadatildeo 2010)

13 Sarampo

O sarampo uma doenccedila altamente contagiosa foi responsaacutevel por

cerca de 26 milhotildees de mortes por ano antes de 1980 eacutepoca em que comeccedilaram

as intensas campanhas de vacinaccedilatildeo

O Sarampo eacute uma doenccedila viral que infecta o sistema respiratoacuterio

causada por um paramixoviacuterus do gecircnero Morbillivirus Eacute altamente contagiosa e

afeta principalmente crianccedilas Eacute transmitida atraveacutes de gotiacuteculas expelidas pelo

nariz boca ou garganta de pessoas infectadas Os sintomas iniciais que geralmente

aparecem 8-12 dias apoacutes a infecccedilatildeo incluem febre alta coriza olhos vermelhos e

pequenas manchas brancas na parte interna da boca Vaacuterios dias depois uma

erupccedilatildeo se desenvolve geralmente comeccedilando no pescoccedilo e na face e

gradualmente se espalhando pelo corpo1

A maioria das pessoas se recuperam dentro de 2-3 semanas

Contudo principalmente as crianccedilas desnutridas e pessoas com imunidade

reduzida o sarampo pode causar complicaccedilotildees seacuterias incluindo dor de cabeccedila

cegueira diarreia grave infecccedilatildeo do ouvido e pneumonia O sarampo pode ser

prevenido atraveacutes da vacinaccedilatildeo

A vacina contra o sarampo eacute uacutetil para evitar o aparecimento da doenccedila se

administrada dentro de 72 horas apoacutes o contato com o doente Por isso essa medida deve

ser realizada o mais precocemente possiacutevel A imunoglobulina de uso intramuscular pode

ser administrada como medida profilaacutetica ateacute 96 horas do contato

A primeira vacina a ser desenvolvida e comercializada foi a do

sarampo Nesta deacutecada 4 cepas da vacina do sarampo foram licenciadas

Edmonston A Schwarz Moraten e Edmonston-Zagreb Em 1969 foram licenciadas

trecircs vacinas com viacuterus atenuados para rubeacuteola A cepa mais largamente usada no

mundo eacute a Wistar RA 273 Nos uacuteltimos 25 anos diversas cepas de viacuterus atenuados

foram desenvolvidas e combinadas em apresentaccedilotildees trivalentes virais

9

14 Caxumba

A vacina contra caxumba deve ser administrada logo apoacutes a

exposiccedilatildeo em crianccedilas expostas e natildeo vacinadas embora natildeo haja evidecircncias de

que a vacina evite o aparecimento da doenccedila (AAP 2003)

A caxumba tambeacutem chamada de papeira ou parotidite tem um

periacuteodo de incubaccedilatildeo de duas ou trecircs semanas Seus primeiros sintomas satildeo febre

calafrios dores de cabeccedila musculares e ao mastigar ou engolir aleacutem de fraqueza

Uma das principais caracteriacutesticas da doenccedila eacute o aumento das glacircndulas salivares

proacuteximas aos ouvidos que fazem o rosto inchar

Nos casos graves a caxumba pode causar surdez meningite e

raramente levar agrave morte Apoacutes a puberdade pode causar inflamaccedilatildeo e inchaccedilo

doloroso dos testiacuteculos (orquite) nos homens ou dos ovaacuterios (ooforite) nas mulheres

e levar agrave esterilidade Por isso eacute necessaacuterio redobrar a atenccedilatildeo nestes casos e ter

acompanhamento meacutedico

14 Rubeacuteola

A erradicaccedilatildeo da febre amarela urbana da variacuteola da poliomielite e

eliminaccedilatildeo da circulaccedilatildeo autoacutectone do viacuterus do sarampo satildeo avanccedilos alcanccedilados no

controle das doenccedilas imunopreveniacuteveis mas muito ainda deve ser feito para se

atingir a meta de vacinar com o esquema baacutesico no miacutenimo 95 das crianccedilas que

nascem a cada ano para garantir a interrupccedilatildeo da circulaccedilatildeo dos agentes

etioloacutegicos das doenccedilas imunopreveniacuteveis (PORTO PONTE 2003) Assim eacute

prioridade na atenccedilatildeo agrave sauacutede da mulher

bull vacinar mulheres em idade feacutertil com a dupla adulto e triacuteplice viral

bull vacinaccedilatildeo contra hepatite B ateacute 24 anos

bull gestantes sem esquema vacinal ou com esquema vacinal incompleto ou

completado haacute mais de 5 anos devem receber a vacina dupla adulto Completar

esquema com dupla adulto e triacuteplice viral no poacutes-parto e poacutes-aborto se o esquema

vacinal natildeo estiver completo

10

12 Vacinaccedilatildeo no periacuteodo feacutertil

Em mulheres que desejam engravidar e natildeo receberam o esquema

completo de vacinaccedilatildeo para essas doenccedilas ou que se mostram natildeo imunes a elas

deve ser aplicada antes da gestaccedilatildeo A gestaccedilatildeo deve ser evitada no primeiro mecircs

apoacutes a aplicaccedilatildeo da vacina uma vez que eacute composta por viacuterus atenuados e

portanto haacute o risco teoacuterico de infecccedilatildeo congecircnita na crianccedila (SBIM 2010-2011)

A imunidade agrave Rubeacuteola eacute importante uma vez que adquirindo esta

doenccedila na gestaccedilatildeo haacute riscos de malformaccedilotildees no feto como surdez catarata

glaucoma problemas cardiacuteacos e neuroloacutegicos

Tabela 1 Imunizaccedilatildeo para mulheres adultas entre 19 e 45 anos de acordo CDC (Centers for Disease Control and Prevention)

Imunizaccedilatildeo Agente Dose Aplicar na gestaccedilatildeo

Puerpeacuterio Intervalo para outra gestaccedilatildeo

Sarampo Caxumba e

Rubeacuteola (triacuteplice viral)

Vacinas vivas atenuadas

Uma dose se natildeo houver confirmaccedilatildeo anterior de sorologia

negativa

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Varicela (Catapora)

Vacinas vivas atenuadas

Duas doses Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Influenza (gripe)

Vacinas inativadas

Uma dose no periacuteodo de contaacutegio maacuteximo (inverno) ndash sugestatildeo

entre abril e maio

Sim Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano ndash

Coqueluche ou Pertussis

(dTaP)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim (A) Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano (dT)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim Sim Nenhum

Pneumocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

especiais de risco

Sim Sim Nenhum

Hepatite A Vacinas inativadas

Duas doses com intervalo de 6 meses

Sim (A) Sim Nenhum

11

Hepatite B Vacinas inativadas

Trecircs doses com intervalo de 1 mecircs

entre a 1ordf e a 2ordf e de 5 meses entre a 2ordf e a

3ordf

Sim Sim Nenhum

Meningocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas que tecircm

histoacuterico de contato

Sim Sim Nenhum

Raiva Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

de risco muito especiais

Sim (A) Sim Nenhum

Febre Amarela Vacinas vivas atenuadas

Para habitantes de aacutereas endecircmicas ou

os que a elas se dirigem

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

HPV Modificadas geneticamente

Trecircs dosesndash suspender no caso de gestaccedilatildeo inesperada

Natildeo Sim Apoacutes a 3ordf dose

A - Considerar situaccedilotildees de risco especial

B- Vacinas contraindicadas na gestaccedilatildeo em situaccedilotildees de exposiccedilatildeo pode-se utilizar imunoglobulina (imunizaccedilatildeo passiva)

13Triacuteplice viral no preacute-natal e Puerpeacuterio

As mulheres que desejam engravidar devem estar em dia com o

calendaacuterio de vacinaccedilatildeo Deve-se ter consciecircncia da importacircncia de estarem

imunizadas contra doenccedilas que poderatildeo afetar o futuro de seus bebecircs e de suas

gestaccedilotildees Grande parte delas desconhece a importacircncia de estar em dia com o

calendaacuterio da vacinaccedilatildeo recomendado e as seacuterias consequumlecircncias de doenccedilas que

podem ser evitadas para si e para o bebecirc na gravidez Eacute importante que mulheres e

casais sejam informados das recomendaccedilotildees antes de engravidarem (SCHRAG et

al 2003)

O ideal eacute que a imunizaccedilatildeo sempre ocorra antes da gestaccedilatildeo uma

vez que muitas vacinas natildeo podem ser aplicadas durante a gravidez A vacinaccedilatildeo

em mulheres em idade feacutertil ou em tratamento de fertilidade eacute fundamental pois

protege a mulher de doenccedilas importantes evita infecccedilotildees intrauterinas previne

12

malformaccedilotildees fetais e ateacute mesmo um aborto espontacircneo aleacutem de dar uma

imunizaccedilatildeo passiva ao bebecirc pela transferecircncia de anticorpos via transplacentaacuteria

que ocorre durante a gestaccedilatildeo (principalmente durante as uacuteltimas quatro ou seis

semanas) e pelo leite materno no periacuteodo de amamentaccedilatildeo (MUNOZ ENGLUND

2001)

Durante a gravidez a vacinaccedilatildeo soacute deve ser indicada em situaccedilotildees

de perigo quando os benefiacutecios satildeo superiores aos riscos Exemplos viagens para

locais de alto risco de contaminaccedilatildeo profissotildees de risco e doenccedilas crocircnicas

Nessas situaccedilotildees o uso de Imunoglobulinas eacute uma boa alternativa Deve-se lembrar

que quando a mulher natildeo estiver imunizada e jaacute tiver dado agrave luz o primeiro bebecirc

recomenda-se que logo apoacutes o nascimento ainda no periacuteodo chamado puerpeacuterio

ela receba as vacinas indicadas uma vez que estaraacute frequumlentando centros de

vacinaccedilatildeo com o seu filho e provavelmente natildeo deveraacute engravidar nos proacuteximos

meses (ACOG 2003)

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 8: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

8

as taxas de vacinaccedilatildeo nunca mais voltaram a subir e surtos da doenccedila tornaram-se

comuns (Estadatildeo 2010)

13 Sarampo

O sarampo uma doenccedila altamente contagiosa foi responsaacutevel por

cerca de 26 milhotildees de mortes por ano antes de 1980 eacutepoca em que comeccedilaram

as intensas campanhas de vacinaccedilatildeo

O Sarampo eacute uma doenccedila viral que infecta o sistema respiratoacuterio

causada por um paramixoviacuterus do gecircnero Morbillivirus Eacute altamente contagiosa e

afeta principalmente crianccedilas Eacute transmitida atraveacutes de gotiacuteculas expelidas pelo

nariz boca ou garganta de pessoas infectadas Os sintomas iniciais que geralmente

aparecem 8-12 dias apoacutes a infecccedilatildeo incluem febre alta coriza olhos vermelhos e

pequenas manchas brancas na parte interna da boca Vaacuterios dias depois uma

erupccedilatildeo se desenvolve geralmente comeccedilando no pescoccedilo e na face e

gradualmente se espalhando pelo corpo1

A maioria das pessoas se recuperam dentro de 2-3 semanas

Contudo principalmente as crianccedilas desnutridas e pessoas com imunidade

reduzida o sarampo pode causar complicaccedilotildees seacuterias incluindo dor de cabeccedila

cegueira diarreia grave infecccedilatildeo do ouvido e pneumonia O sarampo pode ser

prevenido atraveacutes da vacinaccedilatildeo

A vacina contra o sarampo eacute uacutetil para evitar o aparecimento da doenccedila se

administrada dentro de 72 horas apoacutes o contato com o doente Por isso essa medida deve

ser realizada o mais precocemente possiacutevel A imunoglobulina de uso intramuscular pode

ser administrada como medida profilaacutetica ateacute 96 horas do contato

A primeira vacina a ser desenvolvida e comercializada foi a do

sarampo Nesta deacutecada 4 cepas da vacina do sarampo foram licenciadas

Edmonston A Schwarz Moraten e Edmonston-Zagreb Em 1969 foram licenciadas

trecircs vacinas com viacuterus atenuados para rubeacuteola A cepa mais largamente usada no

mundo eacute a Wistar RA 273 Nos uacuteltimos 25 anos diversas cepas de viacuterus atenuados

foram desenvolvidas e combinadas em apresentaccedilotildees trivalentes virais

9

14 Caxumba

A vacina contra caxumba deve ser administrada logo apoacutes a

exposiccedilatildeo em crianccedilas expostas e natildeo vacinadas embora natildeo haja evidecircncias de

que a vacina evite o aparecimento da doenccedila (AAP 2003)

A caxumba tambeacutem chamada de papeira ou parotidite tem um

periacuteodo de incubaccedilatildeo de duas ou trecircs semanas Seus primeiros sintomas satildeo febre

calafrios dores de cabeccedila musculares e ao mastigar ou engolir aleacutem de fraqueza

Uma das principais caracteriacutesticas da doenccedila eacute o aumento das glacircndulas salivares

proacuteximas aos ouvidos que fazem o rosto inchar

Nos casos graves a caxumba pode causar surdez meningite e

raramente levar agrave morte Apoacutes a puberdade pode causar inflamaccedilatildeo e inchaccedilo

doloroso dos testiacuteculos (orquite) nos homens ou dos ovaacuterios (ooforite) nas mulheres

e levar agrave esterilidade Por isso eacute necessaacuterio redobrar a atenccedilatildeo nestes casos e ter

acompanhamento meacutedico

14 Rubeacuteola

A erradicaccedilatildeo da febre amarela urbana da variacuteola da poliomielite e

eliminaccedilatildeo da circulaccedilatildeo autoacutectone do viacuterus do sarampo satildeo avanccedilos alcanccedilados no

controle das doenccedilas imunopreveniacuteveis mas muito ainda deve ser feito para se

atingir a meta de vacinar com o esquema baacutesico no miacutenimo 95 das crianccedilas que

nascem a cada ano para garantir a interrupccedilatildeo da circulaccedilatildeo dos agentes

etioloacutegicos das doenccedilas imunopreveniacuteveis (PORTO PONTE 2003) Assim eacute

prioridade na atenccedilatildeo agrave sauacutede da mulher

bull vacinar mulheres em idade feacutertil com a dupla adulto e triacuteplice viral

bull vacinaccedilatildeo contra hepatite B ateacute 24 anos

bull gestantes sem esquema vacinal ou com esquema vacinal incompleto ou

completado haacute mais de 5 anos devem receber a vacina dupla adulto Completar

esquema com dupla adulto e triacuteplice viral no poacutes-parto e poacutes-aborto se o esquema

vacinal natildeo estiver completo

10

12 Vacinaccedilatildeo no periacuteodo feacutertil

Em mulheres que desejam engravidar e natildeo receberam o esquema

completo de vacinaccedilatildeo para essas doenccedilas ou que se mostram natildeo imunes a elas

deve ser aplicada antes da gestaccedilatildeo A gestaccedilatildeo deve ser evitada no primeiro mecircs

apoacutes a aplicaccedilatildeo da vacina uma vez que eacute composta por viacuterus atenuados e

portanto haacute o risco teoacuterico de infecccedilatildeo congecircnita na crianccedila (SBIM 2010-2011)

A imunidade agrave Rubeacuteola eacute importante uma vez que adquirindo esta

doenccedila na gestaccedilatildeo haacute riscos de malformaccedilotildees no feto como surdez catarata

glaucoma problemas cardiacuteacos e neuroloacutegicos

Tabela 1 Imunizaccedilatildeo para mulheres adultas entre 19 e 45 anos de acordo CDC (Centers for Disease Control and Prevention)

Imunizaccedilatildeo Agente Dose Aplicar na gestaccedilatildeo

Puerpeacuterio Intervalo para outra gestaccedilatildeo

Sarampo Caxumba e

Rubeacuteola (triacuteplice viral)

Vacinas vivas atenuadas

Uma dose se natildeo houver confirmaccedilatildeo anterior de sorologia

negativa

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Varicela (Catapora)

Vacinas vivas atenuadas

Duas doses Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Influenza (gripe)

Vacinas inativadas

Uma dose no periacuteodo de contaacutegio maacuteximo (inverno) ndash sugestatildeo

entre abril e maio

Sim Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano ndash

Coqueluche ou Pertussis

(dTaP)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim (A) Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano (dT)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim Sim Nenhum

Pneumocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

especiais de risco

Sim Sim Nenhum

Hepatite A Vacinas inativadas

Duas doses com intervalo de 6 meses

Sim (A) Sim Nenhum

11

Hepatite B Vacinas inativadas

Trecircs doses com intervalo de 1 mecircs

entre a 1ordf e a 2ordf e de 5 meses entre a 2ordf e a

3ordf

Sim Sim Nenhum

Meningocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas que tecircm

histoacuterico de contato

Sim Sim Nenhum

Raiva Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

de risco muito especiais

Sim (A) Sim Nenhum

Febre Amarela Vacinas vivas atenuadas

Para habitantes de aacutereas endecircmicas ou

os que a elas se dirigem

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

HPV Modificadas geneticamente

Trecircs dosesndash suspender no caso de gestaccedilatildeo inesperada

Natildeo Sim Apoacutes a 3ordf dose

A - Considerar situaccedilotildees de risco especial

B- Vacinas contraindicadas na gestaccedilatildeo em situaccedilotildees de exposiccedilatildeo pode-se utilizar imunoglobulina (imunizaccedilatildeo passiva)

13Triacuteplice viral no preacute-natal e Puerpeacuterio

As mulheres que desejam engravidar devem estar em dia com o

calendaacuterio de vacinaccedilatildeo Deve-se ter consciecircncia da importacircncia de estarem

imunizadas contra doenccedilas que poderatildeo afetar o futuro de seus bebecircs e de suas

gestaccedilotildees Grande parte delas desconhece a importacircncia de estar em dia com o

calendaacuterio da vacinaccedilatildeo recomendado e as seacuterias consequumlecircncias de doenccedilas que

podem ser evitadas para si e para o bebecirc na gravidez Eacute importante que mulheres e

casais sejam informados das recomendaccedilotildees antes de engravidarem (SCHRAG et

al 2003)

O ideal eacute que a imunizaccedilatildeo sempre ocorra antes da gestaccedilatildeo uma

vez que muitas vacinas natildeo podem ser aplicadas durante a gravidez A vacinaccedilatildeo

em mulheres em idade feacutertil ou em tratamento de fertilidade eacute fundamental pois

protege a mulher de doenccedilas importantes evita infecccedilotildees intrauterinas previne

12

malformaccedilotildees fetais e ateacute mesmo um aborto espontacircneo aleacutem de dar uma

imunizaccedilatildeo passiva ao bebecirc pela transferecircncia de anticorpos via transplacentaacuteria

que ocorre durante a gestaccedilatildeo (principalmente durante as uacuteltimas quatro ou seis

semanas) e pelo leite materno no periacuteodo de amamentaccedilatildeo (MUNOZ ENGLUND

2001)

Durante a gravidez a vacinaccedilatildeo soacute deve ser indicada em situaccedilotildees

de perigo quando os benefiacutecios satildeo superiores aos riscos Exemplos viagens para

locais de alto risco de contaminaccedilatildeo profissotildees de risco e doenccedilas crocircnicas

Nessas situaccedilotildees o uso de Imunoglobulinas eacute uma boa alternativa Deve-se lembrar

que quando a mulher natildeo estiver imunizada e jaacute tiver dado agrave luz o primeiro bebecirc

recomenda-se que logo apoacutes o nascimento ainda no periacuteodo chamado puerpeacuterio

ela receba as vacinas indicadas uma vez que estaraacute frequumlentando centros de

vacinaccedilatildeo com o seu filho e provavelmente natildeo deveraacute engravidar nos proacuteximos

meses (ACOG 2003)

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 9: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

9

14 Caxumba

A vacina contra caxumba deve ser administrada logo apoacutes a

exposiccedilatildeo em crianccedilas expostas e natildeo vacinadas embora natildeo haja evidecircncias de

que a vacina evite o aparecimento da doenccedila (AAP 2003)

A caxumba tambeacutem chamada de papeira ou parotidite tem um

periacuteodo de incubaccedilatildeo de duas ou trecircs semanas Seus primeiros sintomas satildeo febre

calafrios dores de cabeccedila musculares e ao mastigar ou engolir aleacutem de fraqueza

Uma das principais caracteriacutesticas da doenccedila eacute o aumento das glacircndulas salivares

proacuteximas aos ouvidos que fazem o rosto inchar

Nos casos graves a caxumba pode causar surdez meningite e

raramente levar agrave morte Apoacutes a puberdade pode causar inflamaccedilatildeo e inchaccedilo

doloroso dos testiacuteculos (orquite) nos homens ou dos ovaacuterios (ooforite) nas mulheres

e levar agrave esterilidade Por isso eacute necessaacuterio redobrar a atenccedilatildeo nestes casos e ter

acompanhamento meacutedico

14 Rubeacuteola

A erradicaccedilatildeo da febre amarela urbana da variacuteola da poliomielite e

eliminaccedilatildeo da circulaccedilatildeo autoacutectone do viacuterus do sarampo satildeo avanccedilos alcanccedilados no

controle das doenccedilas imunopreveniacuteveis mas muito ainda deve ser feito para se

atingir a meta de vacinar com o esquema baacutesico no miacutenimo 95 das crianccedilas que

nascem a cada ano para garantir a interrupccedilatildeo da circulaccedilatildeo dos agentes

etioloacutegicos das doenccedilas imunopreveniacuteveis (PORTO PONTE 2003) Assim eacute

prioridade na atenccedilatildeo agrave sauacutede da mulher

bull vacinar mulheres em idade feacutertil com a dupla adulto e triacuteplice viral

bull vacinaccedilatildeo contra hepatite B ateacute 24 anos

bull gestantes sem esquema vacinal ou com esquema vacinal incompleto ou

completado haacute mais de 5 anos devem receber a vacina dupla adulto Completar

esquema com dupla adulto e triacuteplice viral no poacutes-parto e poacutes-aborto se o esquema

vacinal natildeo estiver completo

10

12 Vacinaccedilatildeo no periacuteodo feacutertil

Em mulheres que desejam engravidar e natildeo receberam o esquema

completo de vacinaccedilatildeo para essas doenccedilas ou que se mostram natildeo imunes a elas

deve ser aplicada antes da gestaccedilatildeo A gestaccedilatildeo deve ser evitada no primeiro mecircs

apoacutes a aplicaccedilatildeo da vacina uma vez que eacute composta por viacuterus atenuados e

portanto haacute o risco teoacuterico de infecccedilatildeo congecircnita na crianccedila (SBIM 2010-2011)

A imunidade agrave Rubeacuteola eacute importante uma vez que adquirindo esta

doenccedila na gestaccedilatildeo haacute riscos de malformaccedilotildees no feto como surdez catarata

glaucoma problemas cardiacuteacos e neuroloacutegicos

Tabela 1 Imunizaccedilatildeo para mulheres adultas entre 19 e 45 anos de acordo CDC (Centers for Disease Control and Prevention)

Imunizaccedilatildeo Agente Dose Aplicar na gestaccedilatildeo

Puerpeacuterio Intervalo para outra gestaccedilatildeo

Sarampo Caxumba e

Rubeacuteola (triacuteplice viral)

Vacinas vivas atenuadas

Uma dose se natildeo houver confirmaccedilatildeo anterior de sorologia

negativa

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Varicela (Catapora)

Vacinas vivas atenuadas

Duas doses Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Influenza (gripe)

Vacinas inativadas

Uma dose no periacuteodo de contaacutegio maacuteximo (inverno) ndash sugestatildeo

entre abril e maio

Sim Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano ndash

Coqueluche ou Pertussis

(dTaP)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim (A) Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano (dT)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim Sim Nenhum

Pneumocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

especiais de risco

Sim Sim Nenhum

Hepatite A Vacinas inativadas

Duas doses com intervalo de 6 meses

Sim (A) Sim Nenhum

11

Hepatite B Vacinas inativadas

Trecircs doses com intervalo de 1 mecircs

entre a 1ordf e a 2ordf e de 5 meses entre a 2ordf e a

3ordf

Sim Sim Nenhum

Meningocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas que tecircm

histoacuterico de contato

Sim Sim Nenhum

Raiva Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

de risco muito especiais

Sim (A) Sim Nenhum

Febre Amarela Vacinas vivas atenuadas

Para habitantes de aacutereas endecircmicas ou

os que a elas se dirigem

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

HPV Modificadas geneticamente

Trecircs dosesndash suspender no caso de gestaccedilatildeo inesperada

Natildeo Sim Apoacutes a 3ordf dose

A - Considerar situaccedilotildees de risco especial

B- Vacinas contraindicadas na gestaccedilatildeo em situaccedilotildees de exposiccedilatildeo pode-se utilizar imunoglobulina (imunizaccedilatildeo passiva)

13Triacuteplice viral no preacute-natal e Puerpeacuterio

As mulheres que desejam engravidar devem estar em dia com o

calendaacuterio de vacinaccedilatildeo Deve-se ter consciecircncia da importacircncia de estarem

imunizadas contra doenccedilas que poderatildeo afetar o futuro de seus bebecircs e de suas

gestaccedilotildees Grande parte delas desconhece a importacircncia de estar em dia com o

calendaacuterio da vacinaccedilatildeo recomendado e as seacuterias consequumlecircncias de doenccedilas que

podem ser evitadas para si e para o bebecirc na gravidez Eacute importante que mulheres e

casais sejam informados das recomendaccedilotildees antes de engravidarem (SCHRAG et

al 2003)

O ideal eacute que a imunizaccedilatildeo sempre ocorra antes da gestaccedilatildeo uma

vez que muitas vacinas natildeo podem ser aplicadas durante a gravidez A vacinaccedilatildeo

em mulheres em idade feacutertil ou em tratamento de fertilidade eacute fundamental pois

protege a mulher de doenccedilas importantes evita infecccedilotildees intrauterinas previne

12

malformaccedilotildees fetais e ateacute mesmo um aborto espontacircneo aleacutem de dar uma

imunizaccedilatildeo passiva ao bebecirc pela transferecircncia de anticorpos via transplacentaacuteria

que ocorre durante a gestaccedilatildeo (principalmente durante as uacuteltimas quatro ou seis

semanas) e pelo leite materno no periacuteodo de amamentaccedilatildeo (MUNOZ ENGLUND

2001)

Durante a gravidez a vacinaccedilatildeo soacute deve ser indicada em situaccedilotildees

de perigo quando os benefiacutecios satildeo superiores aos riscos Exemplos viagens para

locais de alto risco de contaminaccedilatildeo profissotildees de risco e doenccedilas crocircnicas

Nessas situaccedilotildees o uso de Imunoglobulinas eacute uma boa alternativa Deve-se lembrar

que quando a mulher natildeo estiver imunizada e jaacute tiver dado agrave luz o primeiro bebecirc

recomenda-se que logo apoacutes o nascimento ainda no periacuteodo chamado puerpeacuterio

ela receba as vacinas indicadas uma vez que estaraacute frequumlentando centros de

vacinaccedilatildeo com o seu filho e provavelmente natildeo deveraacute engravidar nos proacuteximos

meses (ACOG 2003)

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 10: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

10

12 Vacinaccedilatildeo no periacuteodo feacutertil

Em mulheres que desejam engravidar e natildeo receberam o esquema

completo de vacinaccedilatildeo para essas doenccedilas ou que se mostram natildeo imunes a elas

deve ser aplicada antes da gestaccedilatildeo A gestaccedilatildeo deve ser evitada no primeiro mecircs

apoacutes a aplicaccedilatildeo da vacina uma vez que eacute composta por viacuterus atenuados e

portanto haacute o risco teoacuterico de infecccedilatildeo congecircnita na crianccedila (SBIM 2010-2011)

A imunidade agrave Rubeacuteola eacute importante uma vez que adquirindo esta

doenccedila na gestaccedilatildeo haacute riscos de malformaccedilotildees no feto como surdez catarata

glaucoma problemas cardiacuteacos e neuroloacutegicos

Tabela 1 Imunizaccedilatildeo para mulheres adultas entre 19 e 45 anos de acordo CDC (Centers for Disease Control and Prevention)

Imunizaccedilatildeo Agente Dose Aplicar na gestaccedilatildeo

Puerpeacuterio Intervalo para outra gestaccedilatildeo

Sarampo Caxumba e

Rubeacuteola (triacuteplice viral)

Vacinas vivas atenuadas

Uma dose se natildeo houver confirmaccedilatildeo anterior de sorologia

negativa

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Varicela (Catapora)

Vacinas vivas atenuadas

Duas doses Natildeo (B) Sim 1 mecircs

Influenza (gripe)

Vacinas inativadas

Uma dose no periacuteodo de contaacutegio maacuteximo (inverno) ndash sugestatildeo

entre abril e maio

Sim Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano ndash

Coqueluche ou Pertussis

(dTaP)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim (A) Sim Nenhum

Difteria ndash Teacutetano (dT)

Vacinas inativadas

Uma dose a cada 10 anos

Sim Sim Nenhum

Pneumocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

especiais de risco

Sim Sim Nenhum

Hepatite A Vacinas inativadas

Duas doses com intervalo de 6 meses

Sim (A) Sim Nenhum

11

Hepatite B Vacinas inativadas

Trecircs doses com intervalo de 1 mecircs

entre a 1ordf e a 2ordf e de 5 meses entre a 2ordf e a

3ordf

Sim Sim Nenhum

Meningocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas que tecircm

histoacuterico de contato

Sim Sim Nenhum

Raiva Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

de risco muito especiais

Sim (A) Sim Nenhum

Febre Amarela Vacinas vivas atenuadas

Para habitantes de aacutereas endecircmicas ou

os que a elas se dirigem

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

HPV Modificadas geneticamente

Trecircs dosesndash suspender no caso de gestaccedilatildeo inesperada

Natildeo Sim Apoacutes a 3ordf dose

A - Considerar situaccedilotildees de risco especial

B- Vacinas contraindicadas na gestaccedilatildeo em situaccedilotildees de exposiccedilatildeo pode-se utilizar imunoglobulina (imunizaccedilatildeo passiva)

13Triacuteplice viral no preacute-natal e Puerpeacuterio

As mulheres que desejam engravidar devem estar em dia com o

calendaacuterio de vacinaccedilatildeo Deve-se ter consciecircncia da importacircncia de estarem

imunizadas contra doenccedilas que poderatildeo afetar o futuro de seus bebecircs e de suas

gestaccedilotildees Grande parte delas desconhece a importacircncia de estar em dia com o

calendaacuterio da vacinaccedilatildeo recomendado e as seacuterias consequumlecircncias de doenccedilas que

podem ser evitadas para si e para o bebecirc na gravidez Eacute importante que mulheres e

casais sejam informados das recomendaccedilotildees antes de engravidarem (SCHRAG et

al 2003)

O ideal eacute que a imunizaccedilatildeo sempre ocorra antes da gestaccedilatildeo uma

vez que muitas vacinas natildeo podem ser aplicadas durante a gravidez A vacinaccedilatildeo

em mulheres em idade feacutertil ou em tratamento de fertilidade eacute fundamental pois

protege a mulher de doenccedilas importantes evita infecccedilotildees intrauterinas previne

12

malformaccedilotildees fetais e ateacute mesmo um aborto espontacircneo aleacutem de dar uma

imunizaccedilatildeo passiva ao bebecirc pela transferecircncia de anticorpos via transplacentaacuteria

que ocorre durante a gestaccedilatildeo (principalmente durante as uacuteltimas quatro ou seis

semanas) e pelo leite materno no periacuteodo de amamentaccedilatildeo (MUNOZ ENGLUND

2001)

Durante a gravidez a vacinaccedilatildeo soacute deve ser indicada em situaccedilotildees

de perigo quando os benefiacutecios satildeo superiores aos riscos Exemplos viagens para

locais de alto risco de contaminaccedilatildeo profissotildees de risco e doenccedilas crocircnicas

Nessas situaccedilotildees o uso de Imunoglobulinas eacute uma boa alternativa Deve-se lembrar

que quando a mulher natildeo estiver imunizada e jaacute tiver dado agrave luz o primeiro bebecirc

recomenda-se que logo apoacutes o nascimento ainda no periacuteodo chamado puerpeacuterio

ela receba as vacinas indicadas uma vez que estaraacute frequumlentando centros de

vacinaccedilatildeo com o seu filho e provavelmente natildeo deveraacute engravidar nos proacuteximos

meses (ACOG 2003)

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 11: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

11

Hepatite B Vacinas inativadas

Trecircs doses com intervalo de 1 mecircs

entre a 1ordf e a 2ordf e de 5 meses entre a 2ordf e a

3ordf

Sim Sim Nenhum

Meningocoacutecica Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas que tecircm

histoacuterico de contato

Sim Sim Nenhum

Raiva Vacinas inativadas

Dose uacutenica para pessoas em situaccedilotildees

de risco muito especiais

Sim (A) Sim Nenhum

Febre Amarela Vacinas vivas atenuadas

Para habitantes de aacutereas endecircmicas ou

os que a elas se dirigem

Natildeo (B) Sim 1 mecircs

HPV Modificadas geneticamente

Trecircs dosesndash suspender no caso de gestaccedilatildeo inesperada

Natildeo Sim Apoacutes a 3ordf dose

A - Considerar situaccedilotildees de risco especial

B- Vacinas contraindicadas na gestaccedilatildeo em situaccedilotildees de exposiccedilatildeo pode-se utilizar imunoglobulina (imunizaccedilatildeo passiva)

13Triacuteplice viral no preacute-natal e Puerpeacuterio

As mulheres que desejam engravidar devem estar em dia com o

calendaacuterio de vacinaccedilatildeo Deve-se ter consciecircncia da importacircncia de estarem

imunizadas contra doenccedilas que poderatildeo afetar o futuro de seus bebecircs e de suas

gestaccedilotildees Grande parte delas desconhece a importacircncia de estar em dia com o

calendaacuterio da vacinaccedilatildeo recomendado e as seacuterias consequumlecircncias de doenccedilas que

podem ser evitadas para si e para o bebecirc na gravidez Eacute importante que mulheres e

casais sejam informados das recomendaccedilotildees antes de engravidarem (SCHRAG et

al 2003)

O ideal eacute que a imunizaccedilatildeo sempre ocorra antes da gestaccedilatildeo uma

vez que muitas vacinas natildeo podem ser aplicadas durante a gravidez A vacinaccedilatildeo

em mulheres em idade feacutertil ou em tratamento de fertilidade eacute fundamental pois

protege a mulher de doenccedilas importantes evita infecccedilotildees intrauterinas previne

12

malformaccedilotildees fetais e ateacute mesmo um aborto espontacircneo aleacutem de dar uma

imunizaccedilatildeo passiva ao bebecirc pela transferecircncia de anticorpos via transplacentaacuteria

que ocorre durante a gestaccedilatildeo (principalmente durante as uacuteltimas quatro ou seis

semanas) e pelo leite materno no periacuteodo de amamentaccedilatildeo (MUNOZ ENGLUND

2001)

Durante a gravidez a vacinaccedilatildeo soacute deve ser indicada em situaccedilotildees

de perigo quando os benefiacutecios satildeo superiores aos riscos Exemplos viagens para

locais de alto risco de contaminaccedilatildeo profissotildees de risco e doenccedilas crocircnicas

Nessas situaccedilotildees o uso de Imunoglobulinas eacute uma boa alternativa Deve-se lembrar

que quando a mulher natildeo estiver imunizada e jaacute tiver dado agrave luz o primeiro bebecirc

recomenda-se que logo apoacutes o nascimento ainda no periacuteodo chamado puerpeacuterio

ela receba as vacinas indicadas uma vez que estaraacute frequumlentando centros de

vacinaccedilatildeo com o seu filho e provavelmente natildeo deveraacute engravidar nos proacuteximos

meses (ACOG 2003)

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 12: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

12

malformaccedilotildees fetais e ateacute mesmo um aborto espontacircneo aleacutem de dar uma

imunizaccedilatildeo passiva ao bebecirc pela transferecircncia de anticorpos via transplacentaacuteria

que ocorre durante a gestaccedilatildeo (principalmente durante as uacuteltimas quatro ou seis

semanas) e pelo leite materno no periacuteodo de amamentaccedilatildeo (MUNOZ ENGLUND

2001)

Durante a gravidez a vacinaccedilatildeo soacute deve ser indicada em situaccedilotildees

de perigo quando os benefiacutecios satildeo superiores aos riscos Exemplos viagens para

locais de alto risco de contaminaccedilatildeo profissotildees de risco e doenccedilas crocircnicas

Nessas situaccedilotildees o uso de Imunoglobulinas eacute uma boa alternativa Deve-se lembrar

que quando a mulher natildeo estiver imunizada e jaacute tiver dado agrave luz o primeiro bebecirc

recomenda-se que logo apoacutes o nascimento ainda no periacuteodo chamado puerpeacuterio

ela receba as vacinas indicadas uma vez que estaraacute frequumlentando centros de

vacinaccedilatildeo com o seu filho e provavelmente natildeo deveraacute engravidar nos proacuteximos

meses (ACOG 2003)

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 13: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

13

2 OBJETIVO GERAL

O estudo tem por objetivo fazer um levantamento bibliograacutefico da cobertura

vacinal de mulheres em idade feacutertil preacute-natal pueacuterperas sobre a importacircncia da

imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral

21 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinaccedilatildeo inadequada sem

cumprimento do calendaacuterio nacional de vacinaccedilatildeo

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 14: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

14

3 METODOLOGIA

O estudo teve que ser modificado para uma revisatildeo bibliograacutefica

devido a dificuldades encontradas que seraacute justificada e anexada com devidas

ocorrecircncias

1ordm o Comitecirc de eacutetica em Pesquisa em seres humanos natildeo analisou

dando um parecer favoraacutevel ou desfavoraacutevel (Anexo 1)

2ordm a aluna teve problemas de sauacutede com licenccedila a maternidade e um

oacutebito do receacutem-nascido sem condiccedilotildees psicoloacutegicas de realizar em tempo haacutebil as

devidas providencias concernente ao comitecirc de eacutetica em pesquisa (Anexo 2)

Diante disso o presente trabalho foi um estudo exploratoacuterio-

descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de mulheres imunizadas

com a triacuteplice viral no periacuteodo feacutertil preacute-natal e puerperal Foi realizado uma revisatildeo

de literatura a partir de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados

Lilacs Bireme e Scielo Todos os dados foram tabulados e realizada a estatiacutestica

adequada para pesquisa qualitativa

Atualmente natildeo se tem uma estrateacutegia especiacutefica voltada somente para a

gestante em sua complexidade de sanar as duacutevidas quanto a Imunizaccedilatildeo e seus

benefiacutecios Momentaneamente esses cuidados satildeo realizados somente na sala de

vacina para que natildeo se perca totalmente o vinculo com a matildee o receacutem- nascido e

em um contexto de maior amplitude a famiacutelia

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 15: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

15

4 RESULTADOS

O acompanhamento vacinal da famiacutelia pelos profissionais da sauacutede

pode ser uma estrateacutegia para demonstrar a falha na cobertura vacinal de mulheres

na imunizaccedilatildeo com a Triacuteplice Viral durante o periacuteodo feacutertil preacute-natal e pueacuterperas

Reconhecer a cobertura da aacuterea de abrangecircncia da UBS e da

cidade conhecer o funcionamento da sala de vacina avaliar se as metas estatildeo

sendo atingidas quais as dificuldades para alcanccedilaacute-las Eacute importante saber a razatildeo

desta diferenccedila para orientar e esclarecer a populaccedilatildeo

Para minimizar as consequumlecircncias da falta de vacinaccedilatildeo o periacuteodo

feacutertil preacute-natal e puerperal faz-se necessaacuterio investigar a cobertura vacinal desta

populaccedilatildeo A inexistecircncia do cartatildeo ou a falta de vacinaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees

importantes para elaboraccedilatildeo de accedilotildees que possam auxiliar a famiacutelia cumprirem com

prevenccedilatildeo tatildeo importante Este estudo tem a finalidade demonstrar as

precariedades em relaccedilatildeo agraves orientaccedilotildees dadas as mulheres sobre a importacircncia da

vacina Triacuteplice Viral

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 16: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

16

5 DISCUSSAtildeO

A imunizaccedilatildeo eacute uma das medidas mais custo-efetivas na prevenccedilatildeo

de doenccedilas Para os indiviacuteduos a imunizaccedilatildeo significa a estimulaccedilatildeo do sistema

imunitaacuterio no sentido de preparaacute-lo para enfrentar infecccedilotildees Para a comunidade

desde que uma parcela significativa da populaccedilatildeo esteja coberta a imunizaccedilatildeo

representa a chance de diminuir ou interromper a transmissatildeo de determinados

agentes etioloacutegicos (Rappuoli Miller Falkow 2002)

As vacinas satildeo vantajosas porque seu custo eacute menor do que o

custo cumulativo de consequumlecircncias como hospitalizaccedilotildees tratamentos e perda de

dias de trabalho entre outras resultantes da ocorrecircncia de doenccedilas

imunopreveniacuteveis Por exemplo nos Estados Unidos a vacina triacuteplice viral permite

economizar 1634 doacutelares apenas em custos meacutedicos diretos para cada doacutelar gasto

com a vacina enquanto a triacuteplice bacteriana permite economizar 621 doacutelares para

cada doacutelar gasto (Rappuoli Miller Falkow 2002)

A vacinaccedilatildeo passou por diversas crises que muito influenciaram e

ainda hoje influenciam na resistecircncia e aceitabilidade em relaccedilatildeo agraves vacinas Muitas

satildeo as variaacuteveis que fazem a populaccedilatildeo ter pensamentos diferentes em relaccedilatildeo agrave

importacircncia da vacinaccedilatildeo Questotildees demograacuteficas soacutecio-econocircmicas religiosas

cientiacuteficas poliacuteticas falta de confianccedila devido acidentes apresentados nas primeiras

campanhas entre outras marcaram os primeiros anos da histoacuteria da vacinaccedilatildeo no

Brasil (MOULIN 2003)

O Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo eacute um programa do Ministeacuterio

da sauacutede do Brasil criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nordm

78231 de 12 de agosto de 1976 com o objetivo de promover o controle das

doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo estabelecendo normas e paracircmetros teacutecnicos

para a utilizaccedilatildeo de imunobioloacutegicos para estados e municiacutepios O PNI tambeacutem tem

as funccedilotildees de coordenaccedilatildeo e supervisatildeo da utilizaccedilatildeo dos imunobioloacutegicos e ainda

participaccedilatildeo na produccedilatildeo dos imunobioloacutegicos produzidos no paiacutes (RIBEIRO 2008)

Apesar da melhoria nas coberturas vacinais observada no Brasil

existem vaacuterios fatores de risco para a natildeo-vacinaccedilatildeo como a baixa renda residecircncia

em aacuterea rural baixa escolaridade materna maior nuacutemero de moradores no

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 17: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

17

domiciacutelio falta de conhecimento acerca das doenccedilas previniacuteveis por imunizaccedilatildeo

dificuldades de transporte conflitos trabalhistas motivados pela perda de dias de

trabalho e presenccedila de doenccedila Natildeo somente fatores relacionados com os usuaacuterios

estatildeo associados a niacuteveis mais baixos de cobertura vacinal Fatores estruturais

relacionados aos serviccedilos de sauacutede tais como retardo no agendamento das

consultas faltam de consultas noturnas ou nos finais de semana filas tempo de

espera dificultam as vacinaccedilotildees (SILVA et al 1999)

A vacina Triacuteplice Viral (SCR) foi introduzida em junho de 1992 na

eacutepoca recomendada aos 15 meses de vida Poreacutem algumas atualizaccedilotildees ocorreram

em 2003 passando a ser administrada aos 12 meses com a suspensatildeo da dose da

vacina contra o sarampo aos 9 meses No intuito de reduzir casos das doenccedilas e

surtos que vinham ocorrendo foi instituiacuteda em setembro de 2004 a 2ordf dose (reforccedilo)

da vacina contra SCR entre 4 e 6 anos de idade A aplicaccedilatildeo eacute feita

simultaneamente com o 2ordm reforccedilo das vacinas DTP e Poliomielite (CVE-SESSP

2009)

Moraes et al (2000) afirmam a importacircncia de treinar os

funcionaacuterios das salas de vacinaccedilatildeo para o preenchimento adequado dos dados

evitando erros Ainda orientam intensificar a divulgaccedilatildeo do calendaacuterio oficial de

vacinaccedilatildeo aos profissionais de sauacutede e principalmente facilitar o acesso da

populaccedilatildeo a estes serviccedilos

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 18: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

18

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

A vacinaccedilatildeo de mulheres na idade feacutertil puerperal e preacute-natal eacute

fundamental para a prevenccedilatildeo de vaacuterias doenccedilas transmissiacuteveis

A identificaccedilatildeo da cobertura vacinal e dos fatores responsaacuteveis pelo

retardo ou pela falta de imunizaccedilotildees eacute accedilatildeo fundamental para a adequada

monitorizaccedilatildeo dos programas de vacinaccedilatildeo principalmente em adultos

A vacina em mulheres na idade reprodutiva antes ou durante a

gestaccedilatildeo confere a elas resistecircncia a doenccedilas e ao receacutem-nascido uma imunidade

passiva

A imunizaccedilatildeo deve ser realizada preferencialmente antes dos

tratamentos de infertilidade pois algumas delas natildeo podem ser administradas no

periacuteodo da gestaccedilatildeo

A vacina da triacuteplice viral deve ser prescrita para todas as mulheres

que natildeo comprovarem imunidade desta doenccedila

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 19: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

19

7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

American College of Obstetricians and Gynecologists ACOG Committee Opinion

(Immunization during pregnancy) Obstet Gynecol 2003101207ndash212

American Academy of Pediatrics Mumps In Pickering LK editor 2003 Red Book

Report of the Committee on Infectious Diseases 26th ed Elk Grove Village

American Academy of Pediatrics 2003 p 235-9

Andrew J Wakefield MMR vaccination and autism The Lancet 354 (9182) 949

- 950 DOI101016S0140-6736(05)75696-8 Paacutegina visitada em 08122013

BRASIL Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Programa Nacional de Imunizaccedilotildees 30

anosBrasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2003

CVE-SESSP Centro de Vigilacircncia Epidemioloacutegica de Satildeo Paulo Professor

Alexandre Vranjac Imunizaccedilatildeo - Seacuterie Histoacuterica dos Calendaacuterios de Vacinaccedilatildeo do

Estado de Satildeo Paulo Disponiacutevel

emlthttpwwwcvesaudespgovbrhtmimuniimuni_shcalenhtmgt Acesso em 08

dez 2013

ESTADAtildeO Artigo que associa vacina a autismo eacute condenado (03 de fevereiro

de 2010) Paacutegina visitada em 08122013

MASSAD E AZEVEDO NETO RS BURATTINI MN ZANETTA DMT COUTINHO

FAB YANG HM MORAES JC PANNUTI CS SOUZA VAUF SILVEIRA ASB

STRUCHINER CJ OSELKA GW CAMARGO MCC OMOTO TM PASSOS SD

Assessing the efficacy of a mixed vaccination strategy against rubella in Satildeo Paulo

Brazil International Journal of Epidemiology 24 842-850 1995

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 20: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

20

MORAES JC BARATA RCB RIBEIRO MCSA CASTRO PC Cobertura

vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de Satildeo Paulo Brasil

Revista Panamericana de Salud Publica v8 n5 p332-341 2000

MOREIRA MS Poliacutetica de Imunizaccedilatildeo no Brasil processo de introduccedilatildeo de novas

Vacinas 2002 84 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias na aacuterea de Sauacutede Puacuteblica)

ndash Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2002

MOULIN AM A hipoacutetese vacinal por uma abordagem criacutetica e antropoloacutegica de

um fenocircmeno histoacuterico Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro

2003

MUNOZ FM ENGLUND JA Vaccines in pregnancy Infect Dis Clin North Am V15

p253ndash271 2001

POcircRTO A PONTE C F Vacinas e campanhas as imagens de uma histoacuteria a ser

contada Hist cienc saude-Manguinhos vol10 n2 Rio de Janeiro 2003

RAPPUOLI R MILLER HI FALKOW S Medicine The intangible value of

vaccination Science 2002297(5583)937ndash9

RIBEIRO MCS Programa Nacional de Imunizaccedilatildeo ndash PNI In DAVID R

ALEXANDRE LBSP Vacinas Orientaccedilotildees Praacuteticas Satildeo Paulo Martinari 2008

SBIM Vacinaccedilatildeo da Mulher consenso 2010-2011

SCHRAG SJ FIORE AE GONIK B MALIK T Vaccination and perinatal infection

prevention practices among obstetrician-gynecologists Obstet Gynecol v101

p704ndash710 2003

SILVA A A M et al Cobertura vacinal e fatores de risco associados agrave natildeo-

vacinaccedilatildeo em localidade urbana do Nordeste brasileiro 1994 Rev Sauacutede Puacuteblica

v33 n2 Satildeo Paulo abril 1999

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

23

ANEXO II

Page 21: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

21

SILVEIRA ASA SILVA BMF PERES EC MENEGHIN P Controle de

vacinaccedilatildeo de crianccedilas matriculadas em escolas municipais da cidade de Satildeo Paulo

Revista Escola Enfermagem USP Satildeo Paulo v41 n2 p299-305 2007

22

ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

181503

Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

06072013

181302

TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

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ANEXO II

Page 22: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

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ANEXO I

Dados do Projeto de Pesquisa

Tiacutetulo da Pesquisa INVESTIGACcedilAtildeO DA COBERTURA VACINAL DE MULHERES IMUNIZADAS COM A TRIacutePLICE VIRAL NO PERIacuteODO FEacuteRTIL PREacute-NATAL E PUERPERAL

Pesquisador Luciana Pereira Silva

Aacuterea Temaacutetica Projetos de pesquisa que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) ceacutelulas-tronco embrionaacuterias e organismos que representem alto risco coletivo incluindo organismos relacionados a eles nos acircmbitos de experimentaccedilatildeo construccedilatildeo cultivo manipulaccedilatildeo transporte transferecircncia importaccedilatildeo exportaccedilatildeo armazenamento liberaccedilatildeo no meio ambiente e descarte

Versatildeo

CAAE

Submetido em 06072013

Instituiccedilatildeo Proponente FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Situaccedilatildeo Em Recepccedilatildeo e Validaccedilatildeo Documental

Localizaccedilatildeo atual do Projeto Hospital Regional de Assis - HRA

Patrocinador Principal FUNDACAO EDUCACIONAL DO MUNICIPIO DE ASSIS

Documentos Postados do Projeto

Tipo Documento Situaccedilatildeo Arquivo Postagem

Interface REBEC A PB_XML_INTERFACE_REBECxml

08122013

133341

Informaccedilotildees Baacutesicas do Projeto A PB_INFORMACcedilOtildeES_BAacuteSICAS_DO_PROJETO_139198pdf

06072013

181642

Viacutenculo Instituiccedilotildees Participantes P HRA-autorizaccedilatildeojpg

06072013

181553

Documento comprobatoacuterio P fr-2jpg

06072013

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Declaraccedilotildees Diversas P cartajpg

06072013

181438

Folha de Rosto P fr-1jpg

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TCLE - Modelo de Termo de

Consentimento Livre e

Esclarecido

P TCLEdoc

20062013

155903

Projeto Detalhado P Projeto06-12-12doc

20062013

155412

Tramitaccedilatildeo

CEP Tracircmite Situaccedilatildeo Data Tracircmite Parecer Informaccedilotildees

CONEP Submetido para

avaliaccedilatildeo do CEP 06072013

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ANEXO II

Page 23: JOSEANE MARIA ROMANCINI DE OLIVEIRA · causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de

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ANEXO II