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Junho 2010 Flas
h 157
Passeio à Galiza Capa
Próximas Realizações Capa
Ópera para Crianças 6
Vila Moleza ao Vivo 7
Via Algarviana 13
Karting feminino 20
Workshop de Qi Gong 21
Black Eyed Peas 22
Destaques
Próximas Realizações
05 Nov 2010 -
Teatro: Apanhados na Rede
06 e 07 Nov 2010 -
Final Nacional de Pesca Desportiva
13 Nov 2010 -
Almoço de São Martinho
20 Nov 2010 -
Almoço de Excursões
20 Nov 2010 - Cinema: Harry
Potter and the Deathly Hallows
23 e 24 Nov 2010 -
Rastreio Ocular
27 Nov 2010 - Campeonato
Interno de Bowling Feminino
27 Nov 2010 - Panda vai à Escola
28 Nov 2010 - Ópera para Famílias:
Hansel e Gretel
02 e 03 Dez 2010 -
Rastreio Ocular
04 Dez 2010 -Festa de Natal 2010
30 Dez a 02 Jan 2011 -
Fim de Ano em Budapeste
www.clubegalpenergia.com
O dia nasceu agradável em Lisboa prometendo uma boa jornada para os
cerca de 50 “passeantes” que partiam no autocarro que os levaria até à
terra dos “nuestros hermanos”.
Arrancámos perto das oito horas e a primeira paragem deu-se na estação
de serviço de Torres Vedras para o pequeno-almoço e os alívios
necessários.
Seguimos depois para Norte até Vila Nova de Cerveira - linda terra
dedicada às artes – e aí atravessámos a ponte para entrarmos em
Espanha onde nos aguardava o já desejado almoço, no Monte de Santa
Tecla, local de interesse arqueológico onde se destacam um bem
conservado castro e as maravilhosas paisagens que o nosso Minho nos
oferece.
Após o almoço, e algumas fotos, partimos depois para Santiago de
Compostela, passando por Baiona, uma concorrida estância de turismo e
seguimos admirando a bela costa que nos levou até Vigo - um importante
porto pesqueiro onde abundam os viveiros de marisco.
Chegados ao hotel eram horas de jantar e dormir porque o dia tinha sido
longo e cansativo.
Na sexta-feira o dia acordou chuvoso mas lá nos dirigimos para o centro
de Santiago de Compostela onde nos esperava uma bela visita à Catedral,
acompanhados pelo guia Cláudio, um simpático, bem humorado e culto
galego que nos falou exaustivamente da catedral do século XI, objecto
da visita de tantos peregrinos que contribuíram para que a cidade
crescesse à sua volta aumentando o número de habitantes de 15.000 para
os actuais 80.000.
Durante a visita fomos surpreendidos pela cerimónia do bota-fumeiro,
acontecimento raro ocorrido durante a missa.
Passeio à Galiza
Junho 2010 Page 2
Passeio à Galiza
A parte antiga da cidade é particularmente bonita.
Após esta enriquecedora visita partimos para a península El Grove, situada entre as rias Arosa e
Pontevedra admirando um magnífico percurso pelas Rias Bajas. No restaurante Casa Campaña
aguardava-nos uma bela mariscada que nos deliciou a todos e, no final do almoço foi preparada pela
idosa proprietária do restaurante, uma típica queimada, bebida preparada com açúcar, limão e
aguardente à qual é pegado fogo, ardendo durante uns bons minutos e que tem o efeito simultâneo de
eliminar parte do álcool e afastar os espíritos das bruxas malvadas. No final foi servida a todos uma
chávena de queimada após o café, para remate do belo almoço.
Saindo do restaurante dirigimo-nos imediatamente ao porto onde
nos aguardava uma embarcação para um passeio na soberba Ria
Arosa. Durante o percurso, e ainda mal refeitos do almoço, eis que
nos aparecem travessas de mexilhão da ria, aberto ao vapor e
acompanhado de vinho da região.
Depois do desembarque partimos mais uma vez pela linda costa
galega e parámos em La Toja para uma breve visita à ilha, recheada
de belas casas de férias e tendo como atracção principal uma
igreja feita de conchas. Dirigimo-nos em seguida para a chamada
capital do turismo da Galiza, a magnífica praia de Sanxenxo onde,
no Verão, acorrem milhares de turistas.
Seguimos para Combarro, mais uma bela localidade turística e
regressámos ao hotel percorrendo toda a encantadora costa das
Rias Bajas.
Junho 2010 Page 3
Passeio à Galiza (conclusão) No terceiro dia, após o pequeno-almoço, e com um dia aparentemente mais agradável em termos
meteorológicos partimos, acompanhados pela guia Eva, em direcção à Corunha uma grande e bela
cidade à beira-mar, onde se destaca a longa avenida marginal bordeada pela esplêndida praia. Fizemos
um breve passeio a pé, destacando-se a enorme praça Maria PITTA , heroína do século XVI que as
gentes da Corunha recordam na estátua ali erigida e onde arde o fogo eterno.
Fomos depois à Torre Hércules considerado o farol mais antigo do mundo em funcionamento.
Visitámos de seguida o Castelo de Santo Anton e aí abrimos o apetite para o almoço que nos aguardava
no restaurante A Paneira, um nome a reter pelos amigos de boa comida, pois a confecção era
esplêndida, com referência especial para as três qualidades de sopa que nos foram servidas.
Findo o almoço fizemos uma visita ao Aquarium Finisterra e partimos para um belo circuito pela zona
das Rias Altas, onde abundam belas praias e “pueblos” típicos. Dirigimo-nos ainda a Finisterra
considerada durante longos anos o extremo do mundo.
Aproximava-se o regresso ao hotel e lá fomos para o jantar. À noite, alguns de nós fomos até ao
centro de Santiago onde se celebravam festas e as ruas estavam bastante animadas.
No quarto e último dia saímos do hotel às nove da manhã preparados para o regresso, não sem antes
termos visitado Pontevedra, uma cidade bastante cuidada e bonita. Continuámos até Santa Marta de
Portuzelo onde almoçámos “ à portuguesa” no restaurante Camelo.
Voltámos ao autocarro e seguimos para Lisboa numa viagem que nos deu tempo para recordar os
quatro dias muito bem passados por este grupo que se destacou pela harmonia, boa disposição e
companheirismo que nos faz desejar outra oportunidade para nos encontrarmos e desfrutar desta
camaradagem.
Todos concordámos em aplaudir o bom desempenho da guia Ana Gomes, do Daniel Bertelo. do
motorista e dos guias Cláudio e Eva.
Maria do Céu e Abel Coelho
Sorteados Carlos Santana
Foram contemplados com um bilhete duplo para o espectáculo, no Pavilhão Atlântico em Lisboa, de um
dos melhores guitarristas de sempre, o mexicano Carlos Santana, os seguintes Associados do Clube
Galp Energia - Núcleo Centro:
Pedro Figueiredo Miguel Pereira Natália Rodrigues
Junho 2010 Page 4
Campeonato Interno de Karting Masculino Realizou-se no passado dia 1 de Maio, a 2ª eliminatória do Campeonato Interno de Karting Masculino.
Esta teve lugar na exigente pista do Kartódromo Internacional de Évora. Apesar de ser Sábado, o dia
foi madrugador para os vários participantes.
Alguns deles concentraram-se junto à Torre C seguindo depois viagem nos transportes
disponibilizados pelo Clube Galp Energia, enquanto outros foram pelo seu próprio meio.
A chuva matinal que caía em Lisboa indiciava uma prova complicada, mas à chegada ao Kartódromo o
cenário era outro. Céu limpo, algum vento, mas nada que impossibilitasse uma boa prova.
O relógio marcava 10h30 quando se deu a concentração geral dos participantes. Depois de cada um
fornecer os seus dados, deu-se então a explicação das regras essenciais de uma prova de karts.
De seguida cada participante ocupou um carro à sua escolha, aquele que aparentemente lhe daria
garantias para uma grande prova!
Eram 11 horas quando se deu o início do treino/qualificação. Para os “novatos”, tratou-se de um
reconhecimento da pista, enquanto que para os mais experientes a tentativa de obter o melhor tempo.
Terminada a qualificação, procedeu-se então ao posicionamento dos pilotos na grelha de partida.
Sinal vermelho…3,2,1….partida! Início da corrida sem contratempos, mas com uma acesa luta pela
primeira posição. Ao longo de 30 minutos o público foi presenciado com muitas ultrapassagens, saídas
de pista, “piões”, lutas (saudáveis) pelo melhor lugar, ...
A corrida termina com a vitória de José Motta, seguido de Rui Grosa e Carlos Matos. Depois de uns
minutos de descanso, eis que se procede à entrega dos prémios.
Chegada a hora de almoço, os participantes partiram em direcção a Évora, mais propriamente ao
restaurante Jardim do Paço. Ambiente agradável, boa disposição, variadíssimos pratos e “alguma
fome”, eram os ingredientes essenciais para um almoço convívio bem passado.
Terminada a refeição eis que surge a hora de regresso a casa, onde cada um pode relaxar e recuperar
das dores de forma a estar preparado para mais uma semana de trabalho na Galp Energia.
É de saudar este tipo de iniciativas por parte do Clube Galp Energia, que promove o convívio entre os
seus colaboradores.
A todos os participantes um obrigado por aderirem a este tipo de iniciativas e aos finalistas um
desejo de boa sorte na prova final no próximo dia 22 de Maio.
Tiago Barreiro
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Campeonato Interno de Bowling Feminino 2010
3ª etapa - Sesimbra Olá colegas,
desta feita calhou-me a mim fazer um comentário sobre a modalidade de Bowling Feminino, actividade
desportista que muito prezo, por motivos vários que não inclui a esperança de ganhar já que isso só
aconteceu uma vez (e ainda estou para saber como...)-
Pensei: "vou aproveitar para dizer que estamos todas (no feminino) muito tristes pois nunca vemos
renovada a adesão à nossa modalidade e somos sempre as mesmas … e não é por falta de publicidade
pois tenho alardeado imenso o nosso Campeonato, que já vai na sua 7ª Edição, mas não consigo
convencer as amigas colegas a aderirem a esta iniciativa."
Mas depois desisti. Afinal, eu não gosto de mentir … Claro que não estamos nada tristes!
Bem pelo contrário! Este grupo é bastante divertido e mesmo que falte alguma de nós de vez em
quando, logo marcará presença na etapa seguinte. E porquê? Porque é giro!!!
Querem uma razão melhor?
Então cá vai: estamos todas a torcer uma pelas outras, esperamos pela companheira da pista ao lado
para amandar juntas, dispensamos a "nossa" bola que dá mais jeito à colega do lado, rimo-nos das
voltas que damos à bola à procura dos buracos…
Depois há bolas que mal saem da nossa mão e vão logo para a Calheta e há bolas que em vez de ser
atiradas para a frente saltam da mão para trás ...é um fartote...
Só visto mesmo.
Por isso é que eu digo: se querem passar umas manhãs engraçadas de vez em quando, juntem-se ao
grupo do Bowling Feminino!
E tenho tudo dito.
Cá vos esperamos…
Helena Duarte
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Campeonato Interno de Bowling Feminino 2010
3ª etapa - Sesimbra
Se a um Príncipe, Tamino, juntarmos uma Princesa, Pamina, filha da Rainha da Noite, raptada por um
malvado Feiticeiro, um caçador de pássaros, Papageno, a sua Papagena, e uma Flauta Mágica, temos os
elementos principais para uma das mais conhecidas Óperas de Mozart - A Flauta Mágica - "um conto de fadas mágico e uma peça mistério, uma alegoria sobre o bem e o mal e uma fábula sobre o verdadeiro amor".
Foi numa quente (mesmo quente) tarde de Maio, que pudemos assistir no Teatro de São Carlos
à última ópera composta por Mozart (em 1791), numa versão especialmente dirigida às crianças,
cantada em português, e que as envolveu num mundo de fantasia e música, para uma experiência única
e certamente muito enriquecedora.
Carla Rosa
Ópera para Crianças
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Vila Moleza ao Vivo
A Aventura dos Piratas
Foi na ventosa manhã de dia 1 de Maio que nos dirigimos de barco até à Vila Moleza onde fomos
encontrar todos os nossos amiguinhos a festejarem o dia do pirata.
Todos estavam vestidos de pirata, a Estefânia (com um bonito chapéu), a Ticha, o Pixel, o distraído
Zico, o Sovina e até o presidente Melchior (que foi confundido pelo Sportacus com um palhaço).
Quando estavam a brincar, encontraram um velho livro que contava a história de um famoso pirata
chamado Barba Negra, que há mais de 300 anos navegou pelos sete mares até que um certo dia o navio
encalhou e foi ter à Vila Moleza, local onde plantou a primeira macieira. As pessoas diziam que essas
maçãs eram mágicas e por isso o Barba Negra guardou as suas sementes e escondeu-as, ficando a ser
o seu tesouro. Nunca se conseguiu descobrir onde estaria esse tesouro.
Foi então que os habitantes de Vila Moleza pensaram que a melhor forma de comemorar o dia do
pirata era ir à caça do tesouro escondido.
Entretanto, Robi Reles espreitava tudo pelo seu periscópio e resolve fingir que é o Barba Negra.
Consegue, com ajuda da máquina de tirar a memória, dizer ao Sportacus que comer gelados é bom e
manda-o ir vender gelados para Vila Moleza. Consegue também que todos entrem no barco e afasta
assim todos os habitantes. Isto para fazer desaparecer para sempre a macieira de Vila Moleza e não
haver mais Doces Desportivos (as maçãs).
Mas a tripulação Moleza consegue arranjar forças com a ajuda do Sportacus, que entretanto já tinha
recuperado a memória, para voltar novamente para a Vila e enfrentar o terrível pirata Barba Negra.
Com trabalho de equipa conseguem derrotar o pirata Barba Negra (Robi Reles) e salvar a macieira.
Conseguem também encontrar a mala do tesouro com as sementes mágicas.
E assim passaram o melhor dia do pirata de sempre … e nós passámos uma bela manhã a ajudar o
Sportacus e o seus amigos a descobrirem o tesouro.
Tânia Coutinho e Tiago Coutinho
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Final do Campeonato Interno de Karting Masculino No passado dia 22 de Maio o Kartódromo de Évora acolheu a Final do Campeonato Interno, edição
2010, de Karting Masculino organizado pelo Clube Galp Energia - Núcleo Centro. O evento contou com
a presença dos melhores classificados de corridas anteriores, bem como dos familiares dos
participantes que os quiseram apoiar.
O Kartódromo de Évora está situado à entrada da cidade com o mesmo nome. Foi inaugurado em
Novembro de 1987, por Dick Peters, e em muito contribuiu para o desenvolvimento da modalidade no
nosso país. A sua actividade iniciou-se com o aluguer individual de karts e hoje dedica-se à realização
de provas de grupo.
A pista, com um perímetro de 908 metros e largura constante, tem ao seu serviço uma frota de mais
de 70 karts para alugar, oficina, balneários e restaurante.
A ideia de construir um kartódromo em Évora foi, à data, uma iniciativa ousada pois o karting era uma
modalidade apenas de competição que contava com um reduzido número de participantes e, por isso,
pouco divulgada entre a população em geral.
Cerca das 11 horas, começou a prova que teve a duração de, aproximadamente, 45 minutos.
O calor não impediu os concorrentes de fazerem uma boa prova da qual saiu vencedor Tiago Barreiro,
actual trainee no Grupo Galp Energia. Com ele, correram pilotos experientes bem como outros colegas
trainees que deram luta até ao final da prova.
Segu i u - s e o a lmoço no
Restaurante Jardim do Paço,
localizado no jardim do Palácio
dos Duques de Cadaval, e que
decorreu de uma forma muito,
muito agradável.
O regresso a Lisboa foi bastante
animado, e o assunto dominante
na viagem foi, sem dúvida, a
corrida que havia sido realizada e
os bons momentos que passamos
juntos.
Patrícia Pinto Silva
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Hidrolinfa Grande era a curiosidade que existia da minha parte por fazer parte desta experiência, que entre os
amigos chamava-mos de “lava-pés”. De facto, apesar dos comentários relativos à cor da água que
ficava após o tratamento, nunca poderia imaginar que pelos poros dos meus pequenos pés pudesse sair
aquilo, que fiquei a saber serem impurezas e toxinas que existiam no meu organismo. E tem mais, de
acordo com a cor que fica na água e com a concentração daquelas impurezas, podemos diagnosticar o
que de menos bem está com a saúde do nosso corpo.
O início deu-se com a preparação de toda a sessão, desde o equipamento às competentes explicações
que eram dadas às perguntas formuladas. Depois da água colocada no recipiente e das gotinhas de
sulfato de sódio começou o tratamento propriamente dito. A máquina começou a trabalhar e depois
foi ver a água a mudar de cor e a ficar com um aspecto nojento e com uma cor entre o verde e o
castanho escuro.
No meu caso propriamente dito, tenho alguns problemas que variam ente a má circulação, colesterol
alto (pela concentração de gotas de gordura que apareciam na água) e problemas ao nível do fígado
(que fiquei a saber ser um órgão através do qual as emoções se manifestam: se estamos felizes temos
menos probabilidades de ter problemas no fígado) e do pâncreas.
No final foram dados conselhos relativos à alimentação de forma a melhorar as patologias que haviam
anteriormente sido diagnosticadas. O melhor foi mesmo a massagem com que terminou a sessão. Se
tiver oportunidade, voltarei a fazer.
LBR
Mais respeito que sou tua mãe Eu FUI ao Teatro...
No passado dia 21 de Maio, assisti a uma peça teatral, que aconselho.
"Mais Respeito que sou tua Mãe!", com Joaguim Monchique - a Esmeralda - no papel de uma dona de
casa, cinquentenária, à frente de um elenco de experientes actores e jovens promessas.
Uma comédia hilariante, que retrata o quotidiano de uma família portuguesa a viver nos arredores de
Lisboa, mais propriamente na Baixa da Banheira, e que dispõe bem após um dia de trabalho.
Aproveito para louvar o Clube Galp Energia - Núcleo Centro, por mais uma boa iniciativa em prol da
Cultura e do Lazer.
João Simões
Junho 2010 Page 10
Pesca de Mar em Setúbal O alarme do telemóvel acabou de tocar. São 4 horas da manhã do dia 16 de Maio. É uma hora em que o
sono nos retira alguma capacidade de decisão, mas aos poucos o nosso subconsciente põe-nos no
caminho da realidade, dá-nos lucidez e logo a mente e o corpo concertam esforços para nos arrancar
da cama.
Alcançado este desiderato é hora de acelerar o passo, sequenciar afazeres, reagrupar sacos e
apetrechos, pois a hora é curta para tanta coisa e o mestre Carlos Lopes, da embarcação TINA G,
espera-nos às 05.30h na marina de Setúbal, mesmo ao lado do cais de embarque dos Ferry Boats.
É homem de estatura média, de tez queimada, muito experiente nas lides do mar, já bem conhecido
por muitos de nós, colegas no activo e na reforma, que gostam do mar e têm o bichinho pela pesca. É
rigoroso na hora do embarque, embora não goste de deixar ninguém por terra.
Na hora da partida para a zona dos pesqueiros, depois de dadas as boas-vindas, serve-se o café. O
Grupo (dez pescadores) aproveita para trocar impressões, relembra coisas do passado, questiona as
últimas medidas governamentais e ouve-se com alguma curiosidade as últimas façanhas de pescarias
anteriores.
Entretanto, a embarcação, já com as amarras recolhidas, faz-se ao mar. O vento está moderado, a
vaga é larga, contempla-se o cenário imponente que é a Serra da Arrábida e a paisagem paradisíaca da
Reserva Natural do Estuário do Sado, na orla da Península de Tróia, a servirem de pano de fundo num
palco imenso de azul do mar, onde por vezes aparece o golfinho-roaz, uma espécie observada
praticamente em todos os mares do Mundo e que nesta região encontra refúgio.
Algum tempo depois o cheiro da maresia aguça-nos o apetite. Sacos e mochilas são remechidos não
tardando a saída das primeiras carcaças.
A embarcação fundeia. São 07.30 h. Canas e carretos já estão preparados, todos se esforçam por
trazer o melhor que têm, pois esta modalidade requer material específico senão corre-se o risco de
se ficar pela grade e muito mal na fotografia.
A faina decorre sem sobressaltos, o mar está calmo, a vaga como que a querer embalar-nos provoca
alguns enjôos, mesmo naqueles que fazendo cara de duros dizem estar bem.
Começam a sair alguns peixes de valor como sargos, besugos e parguetos já de aspecto crescidote,
idênticos aos que se vendem nas bancas de mercado. Carapaus, cavalas e sardas surgem com alguma
frequência, mas o pior é quando as bogas dão sinal! Estes peixes são suicidas, atiram-se a qualquer
isco, não olham a contornos, até o anzol descarnado lhes serve de alimento. Esta espécie que não é
apreciada, caiu ali como uma praga e o mestre teve que levantar ferro e ir em busca de melhores
fundos. O Grupo aproveita para bebericar e aconchegar estômagos. Desconfia-se que estas malvadas
estejam em cardume por todo o lado e não tardou que outros mestres por via rádio informassem a
nossa embarcação de que isso estava a acontecer.
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Pesca de Mar (conclusão) Em suma - foi uma manhã a apanhar bogas para as gaivotas que de papo cheio nos iriam fazer
companhia durante todo o dia. Estamos com o Sol já alto quase a atingir o meio dia e as conversas
começam a lembrar a já famosa caldeirada de peixe, bem condimentada, que o mestre Carlos Lopes
tão bem sabe fazer. Já se sente o cheiro do cozinhado e o sinal para a mesa é dado. Alguns mais
esperançosos teimam em não largar a cana na ideia de que mais algum pescado lhes possa compor o
balde, o vício é mais forte que o chamamento para a mesa, mas lá acabam por ceder porque nestas
coisas do mar, costuma-se dizer, há mais marés que marinheiros, e neste caso os peixes podem
esperar, a barriga é que não! Segue-se à caldeirada uma sopa de massinhas, uma especialidade, e por
fim o café e os respectivos digestivos espirituosos.
Concertadas estratégias para a segunda parte, o mestre manda levantar ferro e dirige a embarcação
para outros locais, a confiança renova-se e a fé baseada na experiência da tripulação faz-nos
acreditar que não vamos ter uma tarde em vão. E assim aconteceu, as manobras deram resultado e até
o próprio virar da maré veio ajudar. Saíram uns exemplares de primeira apanha - sarguetas, choupas e
alguns besugos voltaram a vir à tona de água.
São 17.00h. É tempo de refrescar as capturas. Os baldes mais ou menos compostos não nos
envergonham. Inicia-se o regresso e o mestre ruma em direcção à marina de Setúbal.
O Grupo (composto pelo Carlos Sobreira, Alexandre Sobreira, José Silva, António Morais, José
Morais, António Correia, António Nelas, Alberto Silva, Adelino Caixinha e eu próprio) congratula-se
por mais esta iniciativa do Clube Galp Energia - Núcleo Centro. Os seus responsáveis estão de
parabéns por nos terem proporcionado um são convívio entre colegas e familiares e um dia
enriquecedor de experiência e saber. Também não podemos esquecer a Tripulação que sempre presta
um serviço de rigor e qualidade. O nosso Muito Obrigado.
Carlos Albuquerque
Sorteio Taís de Atenas
A Direcção do Clube Galp Energia - Núcleo Centro vai sortear, entre os seus Associados, dez
exemplares do romance histórico Taís de Atenas, a última obra do escritor russo Ivan Efremov e que
se baseia em factos verídicos da vida e amor de Alexandre Magno e da cortesã grega Taís.
Caso pretenda ser um dos contemplados deve efectuar, até ao final do dia 11 de Novembro, a sua
inscrição junto da Secretaria do Clube Galp Energia - Núcleo Centro através do endereço de mail
interno “Clube Galp Energia – Secretaria” ou do telefone 21 724 05 32 (extensão interna 10 532).
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Pesca Desportiva 2010
Campeonato Nacional da 2ª Divisão
Disputaram-se, nos passados dias 29 e 30 de Maio, as primeiras duas provas do Campeonato da 2ª
Divisão Nacional de Clubes de Pesca Desportiva em águas interiores, primeiras etapas do campeonato
dois mil e dez que é composto no total por seis eventos, de acordo com a calendarização emanada da
Federação Portuguesa de Pesca Desportiva.
Estas duas primeiras provas decorreram na Ribeira de Raia, em Cabeção, no sistema de duas mangas
de três horas cada, distribuídas por Sábado e Domingo, e com o sorteio de pesqueiros de permanência
obrigatória.
É de salientar que, para este campeonato composto por catorze equipas, apenas três sobem de divisão
e outras três se mantêm, descendo as restantes oito até à Primeira Divisão Regional, o que é bem
revelador da dificuldade associada ao mesmo.
No final desta primeira série o Clube Galp Energia situa-se classificativamente num meritório 4º
lugar, tendo em conta que é apenas a segunda vez que participa num Campeonato Nacional, o que vem
demonstrar que o trabalho desenvolvido na última década vem dando os seus frutos.
Aproveitamos para lembrar que esta mesma equipa sagrou-se Campeã Regional da 1ª Divisão em 2007
e 2009.
Parabéns aos atletas envolvidos, pois a sua participação foi bastante conseguida ao obterem posições
cimeiras na classificação.
Um destaque muito particular para o pescador Rui Reis, que obteve seis pontos no conjunto das duas
mangas, tendo assim contribuído de uma forma muito significativa para a excelente classificação
existente de momento.
Os atletas envolvidos na manga de sábado foram Filipe Bertelo (sector A), Francisco Novo (sector B),
José Cruz (sector C), Rui Batalha (sector D) e Rui Reis (sector E) e na manga de Domingo foram
Rafael Passos (sector A), Daniel Bertelo (sector B), José Cruz (sector C), Rui Batalha (sector D), Rui
Reis (sector E).
A Direcção do Clube Galp Energia – Núcleo Centro endossa os parabéns aos atletas envolvidos em mais
este campeonato, pela forma empenhada com que actuaram e pela dignificação do nome deste Clube,
aproveitando simultaneamente para deixar uma palavra de incentivo para o restante campeonato.
Junho 2010 Page 13
Via Algarviana
“Evitemos a morte em doses suaves, Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o Simples acto de respirar. Estejamos vivos, então!”
Foi com este pensamento na alma e com o facto de estarmos vivos que o José Manuel Ferreira, o
António Zambujeiro, o Teotónio Tavares, o José Cruz e o Álvaro Pardelhas, cinco amigos e
colaboradores da Galp Energia, iniciaram (porque ainda não terminou) a aventura de percorrerem a
GR13, mais conhecida pela Via Algarviana, em bicicleta, desde Alcoutim até Sagres.
Nesta primeira parte da nossa aventura, fomos de Alcoutim até Alte, ficando a promessa de
realizarmos o restante percurso ainda este ano.
No dia 19 de Maio, ao fim do dia, rumámos em direcção a Alcoutim, onde ficámos alojados na
estalagem do Guadiana e de onde iniciaríamos a nossa aventura no dia seguinte.
Foi com um Sol esplendoroso, e que nos haveria de “castigar” durante todo o dia, que partimos por
caminhos de terra batida, num constante sobe e desce, e onde as sombras eram miragens no
horizonte.
A dificuldade do percurso e as altas temperaturas, sempre a rondar os 40º, colocavam à prova as
nossas capacidades por um lado mas, por outro, sentíamos que não há dureza que supere a beleza de
um trajecto com estas cores, cheiros e onde só as nossas vozes e incentivos moralizadores,
quebravam o silêncio da paisagem.
Furnazinhas, e quase 50Km após o início da travessia, era o nosso desejado e ansiado porto-de-abrigo.
Nesta pequena aldeia fomos recebidos como príncipes onde a anfitriã da Casa do Lavrador, Dª Maria
José Henriques, nos serviu um jantar recheado de iguarias, desde o requeijão com mel, queijo de
ovelha, broa de milho, sopa de espinafres e uma galinha do campo com arroz que estava divinal!
Junho 2010 Page 14
Via Algarviana
Foi um bálsamo este lauto repasto, e a calma e o silêncio desta simpática aldeia deram-nos o descanso
para a etapa seguinte.
Pelo amanhecer do segundo dia, e pela temperatura que já se fazia sentir, ficámos conscientes de que
o Sol iria, novamente, ser uma companhia constante e impiedosa. Estávamos no Algarve era um facto
mas, longe das praias….
Depois de um espectacular pequeno-almoço, feitas as despedidas a tão simpáticas pessoas e com a
promessa de um dia ali voltarmos, iniciámos uma das mais duras etapas, tendo como pano de fundo a
serra do Caldeirão e o Cachopo como destino.
Após algumas longas e fustigantes subidas, dignas de figurarem na Volta a Portugal em Bicicleta, de
loucas descidas e de alguns trilhos muito técnicos chegámos a Vaqueiros, que é a aldeia mais povoada
da sua freguesia e está construída sobre um povoado árabe.
Aqui foi tempo de descanso, de abastecermos de muita água e de ficarmos com água-na-boca ao
vermos um churrasco, de carne de porco preto, que estava a ser preparado no café onde comíamos as
nossas sandes!
De regresso à estrada, que é como quem diz de regresso à terra batida, fomos continuando o nosso
caminho, com um relaxante banho numa ribeira e o regresso às subidas (ou paredes?) e tendo sempre
por companhia um Sol que nos iluminava o caminho e nos torrava o corpo.
Várias vezes recordei Fernando Pessoa ao escrever…”Cheio de Deus não temo o que virá, pois venha o que vier, nada será maior que a minha alma”.
Este foi o dia da solidariedade e do espírito de grupo que estreitou a união entre estes 5 solitários e,
porque não dizê-lo, bravos bêtêtistas.
A chegada ao Cachopo foi um tónico e após nos instalarmos nos quartos e cuidarmos do corpo, fomos à
procura do conforto do estômago.
No Cachopo a simpatia das pessoas que aí vivem dão particular beleza a estes locais, onde as tradições
rurais ainda estão bem presentes. E para fazer jus ao bom acolhimento degustámos uns gostosos
caracóis e uns suculentos bifes com batatas fritas no restaurante mesmo por baixo dos nossos
alojamentos. Melhor era impossível!
Foi um jantar animado onde tivemos a companhia de um solitário caminhante que conhecemos logo no
1º dia. Pierre, de seu nome, é um cirurgião que trabalha e mora na Suiça. Está casado com uma
portuguesa há 20 anos e tem casa em Vilamoura. Gosta da natureza e da aventura. Pela sua simpatia e
pela empatia que criou em todos nós deixamos este destaque e o desejo que a sua aventura tenha tido
sucesso.
Junho 2010 Page 15
Via Algarviana (conclusão)
O último dia da nossa travessia, amanheceu mais fresco e o destino era Alte. Novamente a montanha,
as vertiginosas descidas com pedra solta, os ribeiros sempre reconfortantes e os famosos “singles”
rodeados de muita vegetação deram o mote até Alte.
Alte constitui uma das aldeias mais tradicionais do Algarve, com as suas casas caiadas de branco, os
vasos de flores colocados ao longo das ruas estreitas de calçada e os típicos pormenores
arquitectónicos, como os beirados e as chaminés algarvias. Aqui se pode observar algumas cascatas de
água que brotam vida e alimento para uma vegetação luxuriante em pleno interior algarvio.
Este é o nosso relato e a vivência de uma aventura que, como referimos no princípio, ainda não
terminou. A experiência adquirida dá-nos uma motivação extra para voltarmos, em breve, a relatar
mais aventuras na Via Algarviana.
Aos meus colegas e amigos de aventura o meu agradecimento pela companhia, amizade e pela
confiança depositada em mim para escrever este texto.
Ao meu amigo António Zambujeiro, o meu sincero obrigado pelas ajudas que me prestou em momentos
de dificuldade.
Agradecimento
Não podíamos finalizar a nossa crónica sem fazermos um sentido e merecido agradecimento ao nosso
Grupo Desportivo, na pessoa do Bruno Lopes.
Desde que pensámos realizar esta travessia e procurarmos ter toda a logística assegurada, o Clube
Galp Energia - Núcleo Centro, de uma forma incondicional e sem criar alguma entropia dispôs uma
carrinha para nosso uso durante a travessia da Via Algarviana. Um exemplo, que outros sectores da
Empresa não seguiram.
Bem-hajam.
José M. Ferreira
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Passeio a Castelo de Vide e a Marvão Cobrindo 31.750 hectares, o Parque Natural da Serra de São Mamede estende-se pela serra
homónima, abrangendo partes dos concelhos de Arronches, Castelo de Vide, Marvão e Portalegre e
fazendo fronteira com Espanha.
É um Alentejo montanhoso em vez de plano e verdejante em vez de seco. A par de uma natureza
pujante, há vestígios diversificados da presença humana: gravuras rupestres, como as de Esperança;
castelos medievais, como o de Alegrete; núcleos urbanos notáveis, como em Marvão ou Castelo de
Vide. Uma rede de calçadas medievais une as principais povoações e desafia os amantes dos passeios a
pé. A serra de São Mamede, com 1.025 m de altitude, é o mais importante dos relevos alentejanos.
Abundam cristas quartzíticas moldando a paisagem. O domínio romano deixou marcas bem visíveis,
sendo de realçar as ruínas da cidade romana de Ammaia, em Aramenha, a dois passos de Marvão.
Foi a diversos locais do Norte Alentejano que se dirigiu este passeio programado pelo nosso Clube.
Num autocarro de média capacidade, cerca de vinte participantes tiveram o privilégio de serem
guiados pela Srª. Drª. Maria José Calado, proprietária da empresa que forneceu o serviço turístico ao
Clube Galp Energia - Núcleo Centro, a qual, para além de todas as valiosas informações que foi
fornecendo durante o percurso, providenciou a intervenção de guias locais em todos os principais
locais visitados, o que se revelou fundamental para o êxito final desta iniciativa, mesmo tendo em
conta a chuva que se fez sentir durante todo o fim-de-semana.
Não tornaremos a referir no texto restante o alojamento no Sol e Serra Golf Hotel e as refeições
tomadas no Restaurante D. Pedro V.
O Hotel tem quartos razoáveis e o restaurante serviu várias magníficas e variadas refeições.
08 de Maio – sábado:
Saindo de Lisboa e parando em Mora, passámos por Ponte de Sor, na periferia de Alter do Chão, e
seguimos na direcção de Flor da Rosa, uma freguesia do concelho do Crato.
- Visita ao Mosteiro de Flor da Rosa (Pousadas de
Portugal)
Acompanhados pela guia do mosteiro, pudemos
apreciar todo o magnífico espaço público e ainda o
seu complemento, ocupado pela Pousada. Fundado em
1356, é o mais importante monumento da região e um
dos mais emblemáticos exemplos de mosteiro
fortificado existentes em Portugal.
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Passeio a Castelo de Vide e a Marvão Em 1232 o Rei D. Sancho II doou a povoação do Crato à Ordem dos Hospitalários, e foi em 1340 que a
sede da Ordem do Hospital foi deslocalizada de Leça do Balio ou de Belver, para o Crato, tendo logo o
Prior do Crato (título atribuído ao superior da Ordem dos Hospitalários em Portugal), D. Álvaro
Gonçalves Pereira, decidido fundar uma Capela na localidade.
Com o crescimento da Ordem é então erguido este Mosteiro, casa-mãe da Ordem em Portugal.
A partir do século XVI a Ordem do Hospital passou a denominar-se Ordem de Malta, nome que ainda
hoje conserva.
O Mosteiro é composto por três edificações distintas: a igreja-fortaleza de estilo Gótico, um paço-
acastelado também gótico mas já com alterações quinhentistas, e as restantes dependências
conventuais já renascentistas e mudéjares.
Em lugar de destaque na igreja, encontra-se o túmulo de D.
Álvaro Gonçalves Pereira, pai de D. Nuno Álvares Pereira,
Mestre de Avis e recentemente beatificado pelo Vaticano.
No paço, aproveitámos ainda para desfrutar de duas
exposições: uma de estatuária do século XII, cedida pelo
Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa e outra de
escultura muito criativa em que o personagem principal era
Fernando Pessoa. O autor assinava como “Camelo”.
- Visita a Castelo de Vide (Sintra do Alentejo)
Após o almoço, abrigados da chuva, estávamos todos junto à Igreja
Matriz com a Drª Maria José Calado esperando a nossa guia local, que
se supunha ser uma funcionária do Posto de Turismo. Afinal a senhora
foi substituída à última hora pelo Sr. Carolino Tapadejo. Quando este
senhor se despediu de nós, ao fim da tarde, depois de nos ter
explicado paciente e minuciosamente episódios da História de Castelo
de Vide, nomeadamente os aspectos relacionados com a vida da
população judaica que morava extra muralhas daquela Vila, fiquei
perplexo. Afinal Portugal não está assim tão carente de gente boa e
culta quanto se julga.
Tínhamos tido à nossa disposição, durante toda uma tarde, o homem que nascido em Castelo de Vide
foi durante muitos anos e logo após o 25 de Abril o seu Presidente da Câmara, tendo mandado adquirir
para a edilidade todos os prédios com interesse histórico para a cidade e promoveu o seu estudo e
transformação no valor turístico que hoje é o sustento maior de Castelo de Vide.
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Passeio a Castelo de Vide e a Marvão Como isso não bastasse, o Sr. Carolino Tapadejo, que também foi durante nove anos Presidente da
Câmara Municipal de Gouveia e hoje é o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Vide,
tornou-se num especialista mundial em judaísmo.
Visitámos a sinagoga, arqueologicamente estudada, com
chão em vidro para poderem ser vistos os silos de cereais e
um reservatório de água usados no passado. Vimos o altar,
único no mundo a poder ser usado por qualquer religião e
soubemos que as mulheres judias não tinham acesso a este
lugar de culto - tinham uma janela por onde podiam
espreitar. Falou-se depois no pão ázimo e nos hábitos
gastronómicos dos judeus.
Presente nesta Sinagoga a divulgação de uma grande figura da cidade, Garcia de Orta, médico de D.
João II e estudioso na Índia de plantas medicinais. Deixei para o fim um dos espaços mais
importantes deste lugar: uma sala toda de cor preta, onde estão escritos os nomes de todos os
castelvidenses mortos pela Inquisição. Perguntei, mas já não me lembro do número - talvez 180.
Visitámos depois as ruas da judiaria, onde o Sr. Carolino
Tapadejo continuou a detalhar porta a porta os sinais
dos cristãos-novos, até chegarmos à Fonte da Vila, fonte
de 6 colunas onde se faziam os baptismos e, no terreiro
contíguo, a Inquisição queimava pessoas na fogueira.
Para finalizar mais uma curiosidade proporcionada pelo
Sr. Carolino Tapadejo. Numa casa que visitámos, também
ela adquirida pela Câmara e pertença de um cristão-novo
abastado, havia uma dependência junto à sala, que
constituía uma luxuosa capela católica.
Na sala existiu um grande móvel em madeira que tinha uma gaveta que permitia accionar uma secção
do móvel, de modo a permitir que pessoas passassem de joelhos para outra dependência que ficava por
detrás do móvel. Aí havia um altar para a prática dos ritos judeus.
Esta sala estava decorada com móveis todos feitos em ferro pelo pai, já falecido, do Sr. Carolino
Tapadejo, um dos maiores artistas do ferro da região e que recuperou a varanda da Casa do
Governador em Marvão, o que iríamos ver no dia seguinte. Foram ainda abordadas as particularidades
judaicas e cristãs da celebração da Páscoa em Castelo de Vide.
Passámos também a saber que mais um ilustre filho da terra foi recentemente sepultado em Castelo
de Vide. Trata-se do capitão Salgueiro Maia, figura marcante do 25 de Abril.
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Passeio a Castelo de Vide e a Marvão 09 de Maio – domingo:
- Visita a Marvão
Antes das nove horas da manhã já nós esperávamos, fora das muralhas, a funcionária do Posto de
Turismo de Marvão. Dirigimo-nos para os antigos Paços do Concelho onde é hoje a Casa da Cultura.
Admirámos o tribunal e a antiga prisão. No tribunal havia muita informação sobre Mousinho da
Silveira que, em 1809, foi juiz de fora de Marvão.
Seguiu-se a passagem de um filme explicativo sobre Marvão, passando a
saber-se que todos os anos é ali realizada a Feira da Castanha. Visitámos de
seguida o Museu Municipal, instalado na Igreja de Santa Maria. Expostas
peças antigas de estatuária, vestes, bordados a fio de castanha e até um
esqueleto humano descoberto na área. Curiosa era uma caixa com o cunho
real, destinada a conter massas marcadas de pesos padrão.
Passámos ainda pelo Largo do Pelourinho e pela Torre do Relógio e
terminámos na Casa do Governador, com a varanda decorada em ferro
recuperado pelo pai do Sr. Carolino Tapadejo.
- Visita à Ermita de Nossa Senhora da Penha
Apesar da chuva, fizemos todos, a pé, o caminho que nos levou à Ermida. Daí desfruta-se de uma vista
magnífica e completa sobre Castelo de Vide.
- Visita ao Convento de Nossa Senhora da Assunção em Arraiolos ( Pousadas de Portugal)
Chegados, já tínhamos uma funcionária da Pousada para nos explicar o Convento.
A primeira pedra lançada para a sua construção data do reinado de D. João III, mais exactamente a
14 de Agosto de 1527, vésperas do dia de Nossa Senhora da Assunção. Neste local habitou durante
vários anos a Ordem dos Lóios, datando o claustro de 1575 e a igreja de 1585.
Foram vistos os bonitos azulejos azuis da igreja em obras de melhoramento e a parte do Convento
ocupada pela Pousada.
Após passagem pelo Bairro da Petrogal, terminou esta visita em Sete Rios por volta das 19 horas.
Paulino Matos da Fonseca
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Karting Feminino em Évora Foi no dia 30 de Maio que se realizou mais uma prova de Karting Feminino para as “aceleras” do Clube
Galp Energia Energia - Núcleo Centro.
Apesar de estar um dia muito quente, isso não demoveu as participantes de comparecerem
atempadamente no recinto do Kartódromo.
Como era a minha primeira vez a conduzir um Kart no início estava um pouco nervosa, pois não fazia
ideia como conduzi-lo, mas depois das primeiras voltas consegui adaptar-me com sucesso, de tal
maneira que fiquei bastante contente por ter conseguido um lugar no pódio e ter trazido para casa um
troféu muito bonito.
Foi uma experiência muito divertida e aventureira, fiquei com vontade de repetir.
Espero que o Clube Galp Energia - Núcleo Centro repita esta iniciativa mais vezes, bem hajam e até
uma próxima!
Vanessa Guerra
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Workshop de Qi Gong ao ar livre
Acordar cedo ao fim de semana!!! O carro ia cheio com o marido, a mãe e a irmã, todos entusiasmados
para descobrir o que afinal era o Qi Gong. Chegados ao Parque das Nações, dirigimo-nos a um recanto
relvado perto do Rio ladeado de árvores altas (o que mais tarde deu muito jeito), onde nos
encontrámos com os outros participantes neste Workshop.
Apresentações feitas e explicações dadas, a Sónia, a nossa monitora, pôs a música a tocar e logo uma
melodia relaxante e o som dos passarinhos criou o ambiente ideal para a prática do Qi Gong e deixar
fluir a energia que existe em cada um de nós.
Desta vez, foram escolhidas três sequências cujos exercícios têm a finalidade de estimular e
promover uma melhor circulação de energia Qi (energia vital) no nosso corpo, conjugando a respiração
com os movimentos sempre suaves e naturais. Tudo parece simples ao ver fazer mas, quando chega a
nossa vez, percebemos que o nosso corpo não obedece, não é assim tão flexível e aquela naturalidade
é mesmo o resultado de muito trabalho e disciplina. O importante é não desistir, respirar bem, tentar
fazer o melhor possível, ter prazer no movimento, enfim sobretudo sentir-se bem.
A hora da pausa é sempre bem vinda e a sombra das árvores veio mesmo a calhar pois o Sol já estava
a aquecer. Uma bebida fresca e uma bolachita repuseram as energias gastas e com motivação
reforçada e a bela paisagem oferecida pelo Rio até parecia que esta sequência final era uma dança e
nós todos, um corpo de bailado bem treinado que se movia como um só ao sabor do vento, da música e
da vontade de todos. Ok! Ok! esta foi a minha visão idílica mas penso que todos saímos deste convívio
renovados e prontos a passar um dia fantástico.
Quanto a mim continuarei a praticar o Qi Gong todas as quartas-feiras à tarde com a Sónia, para que
a minha energia circule de uma forma positiva. Porque não vem você experimentar?
Teresa Amaral
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Black Eyed Peas Domingo – 30 de Maio de 2010
O domingo estava quente e prometia uma noite calorosa no Jamor.
A meio da tarde, para lá partimos, mais um carro a compactar o já difícil trânsito.
Era o Festival BES Selecção no Estádio Nacional com Black Eyed Peas. Sabíamos o programa - Nu Soul Family: 18h20; Buraka Som Sistema: 19h35; Ana Moura: 20h45; Black Eyed Peas: 21h30.
Quando o espectáculo começou ainda haviam muitas clareiras embora se fossem, gradualmente,
preenchendo.
Foi quando os Buraka Som Sistema se preparavam para entrar em palco, cerca das 19h30, que as
extravagantes vuvuzelas se fizeram ouvir. Começava o delírio! Incansáveis, os Buraka Som Sistema actuaram durante uma hora, terminando com a “actuação” de quinze raparigas vindas da assistência e
convidadas a dançar.
Já perto das 21 horas, todos cantámos, acompanhados por Ana Moura, o Hino Nacional.
Fez-se, depois, uma ligação em directo ao estágio da Selecção na Covilhã. Liedson foi o primeiro a
falar. Seguiram-se Eduardo, Simão, Carlos Queiroz e Cristiano Ronaldo – todos eles recebidos com
euforia.
E foi o som das vuvuzelas que preparou o início da actuação dos Black Eyed Peas. Fergie foi a primeira
a fazer-se ouvir. Seguiu-se, Will.i.am. O concerto principiava, entre fumo e cintilantes lantejoulas,
com a canção "Let's Get It Started".
Depois, foi "Rock Your Body" e Will.i.am ocupava o centro do palco, as bandeiras agitavam-se e havia
sugestivos "robots transformers" em cena. Era o delírio completo.
Seguiram-se "Don't Phunk With My Heart" e "Don't Lie", enquanto Will.i.am ia cantando de cachecol
de Portugal preso ao cinto. E aplaudimos com entusiasmo "Where Is The Love".
O concerto aproximava-se do final e Will.i.am apareceu em palco como uma espécie de Tin Man, de O Feiticeiro de Oz. Os bailarinos pareciam Power Rangers. Uma fantasia total para ouvir "American
Boy", de Estelle.
E, por fim, o esperado "I Gotta Feeling". Telemóveis, lenços, cachecóis, bandeiras de Portugal
agitavam-se com intensidade contra o céu escuro daquela noite quente no Jamor.
Todos rejubilámos e aplaudimos.
E depois desta glorificação final, partimos, felizes, guardadas por cerca de 40 mil amigos que ali nos
fizeram companhia!
Maria Beatriz e Maria José C.N. Lobato Sousa
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Adipólise Apesar de já saber com o que iria contar na primeira sessão de adipólise que realizei, fiquei apavorada
quando antes da sessão me perguntaram: "Vais fazer isto?! E não tens medo das agulhinhas?"
No entanto posso dizer que voltei a repetir o tratamento e voltarei sempre que tiver oportunidade,
pois os benefícios que se obtêm são visíveis logo de imediato, pela sensação de leveza obtida nas
pernas e pela sensação de tonificação sentida nos locais que foram alvo de tratamento. No longo
prazo, e se as indicações dadas forem seguidas com preceito, podemos contar com resultados muito
interessantes.
O ambiente proporcionado é de facto muito agradável e convida a um bom par de minutos de
relaxamento que tanta falta nos fazem na nossa vida tão preenchida. Da música à massagem no final,
dos aromas dos produtos aplicados à delicadeza da técnica que acompanha o tratamento, levam-nos à
abstracção quase total, não fossem as ligeiras picadas seguidas de pequenos choques quase
imperceptíveis.
Pelo exposto, recomendo vivamente e aconselho ao Clube Galp Energia - Núcleo Centro o alargamento
do leque de tratamentos para que mais pessoas a eles tenham acesso e para que a mesma pessoa possa
marcar logo um lote de vários tratamentos, pois só um ou dois são insuficientes se se pretender obter
resultados duradouros.
LBR
Tiro aos Pratos Na manhã do passado sábado dia 29 de Maio, realizou-se uma prova de tiro organizada pelo Clube Galp
Energia - Núcleo Centro no âmbito das suas inúmeras actividades desportivas desenvolvidas ao longo
do ano.
Nessa manhã nove praticantes da modalidade puseram à prova a sua mira e rapidez de execução,
disputando duas das mais conhecidas variantes de Tiro - o Fosso Universal e o Compak Sporting.
Depois da manhã desportiva seguiu-se um almoço convívio, onde aí todos de forma generalizada
tiveram “mira e rapidez de execução” ao saborearem um belo Cozido à Portuguesa e partilharam as
vivências da manhã desportiva.
Foi mais uma jornada de salutar convívio proporcionada pelo Clube Galp Energia - Núcleo Centro.