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“ O SURDO “FALA” COM AS MÃOS E “OUVE” COM OS OLHOS. SUAS MÃOS PINTAM QUADROS DE SEUS PENSAMENTOS E IDÉIAS”.

L ingua, linguagem e fonologia 2011

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“ O SURDO “FALA” COM AS MÃOS E “OUVE” COM OS

OLHOS. SUAS MÃOS PINTAM QUADROS

DE SEUS PENSAMENTOS E IDÉIAS”.

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LIBRASESTUDOS LINGUÍSTICOS

O QUE É LÍNGUA E LINGUAGEM?

DEFINIÇÕES:

Saussure: “ língua não se confunde com linguagem: é somente uma parte determinada, essencial dela, indubitavelmente. É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos”.

Chomsky: “O conceito de língua pode ser analisado considerando-se duas perspectivas: a língua externa e a língua interna”.

Stokoe: “ as línguas de sinais são, portanto, consideradas pela linguística como línguas naturais ou como um sistema linguístico legítimo e não como um problema do surdo ou como uma patologia da linguagem.”

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DEFINIÇÃO DA LIBRAS

Libras é a Língua de Sinais Brasileira, utilizada pela comunidade surda, sua modalidade é gestual-visual.

A Libras é um sistema de comunicação arbitrário, composto por símbolos com significados convencionais, dentro de uma cultura ou comunidade, por meio das quais constroem um conjunto de regras gramaticais.

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ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE

Sinais Icônicos: Os sinais se apresentam em forma icônica, ou seja, em formas linguísticas que tentam imitar o referencial real e suas características visuais.

CARRO CASA TELEFONE

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ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE

Sinais Arbitrários: Os sinais arbitrários não representam as características visuais do referencial real. Na Libras a maioria dos sinais são arbitrários, ou seja, abstratos ou complexos.

ACEITAR ADIAR ALUGAR

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LIBRASESTUDOS LINGUÍSTICOS

Desmistificações referente a Libras

Mito 1: A língua de sinais seria uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, incapaz de expressar conceitos abstratos.

Mito 2: Haveria uma única e universal língua de sinais usada por todas as pessoas surdas.

Mito 3: Haveria uma falha na organização gramatical da língua de sinais, que seria derivada das línguas de sinais, sendo sem estrutura própria, subordinado e inferior às línguas orais.

Mito 4: A língua de sinais seria um sistema de comunicação superficial, com conteúdo restrito, sendo estética, expressiva e linguisticamente inferior ao sistema de comunicação oral.

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LIBRASFonologia das Línguas de Sinais

“Contrário ao modo como muitos definem a surdez(...) pessoas surdas definem-se em termos culturais e linguísitcos.

( Wrigley, 1996, p.13)

Fonologia

Fonologia das línguas de sinais é o ramo da linguística que objetiva identificar a estrutura e a organização dos constituintes fonológicos, propondo modelos descritivos e explanatórios. A primeira tarefa da fonologia para língua de sinais é determinar quais são as unidades mínimas que formam os sinais. A segunda tarefa é estabelecer quais são os padrões possíveis de combinação entre essas unidades e as variações possíveis no ambiente fonológico.

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LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais

“Contrário ao modo como muitos definem a surdez(...) pessoas surdas definem-se em termos culturais e linguísitcos.

( Wrigley, 1996, p.13)

As unidades mínimas (fonemas) de acordo com o Stokoe são:

a) Configuração de mão (CM)

b) Locação da mão (L)*

c) Movimento da mão (M)

* Ponto de Articulação

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LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais

Configuração de mão

Conforme Ferreira-Brito,a língua de sinais brasileira apresenta 46 CMs, um sistema bastante similar àquele da ASL, embora nem todas as línguas de sinais partilhem o mesmo inventário. As CMs da língua de sinais brasileira foram descritas a partir de dados coletados nas principais capitais brasileiras.

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CONFIGURAÇÃO DE MÃO E ALFABETO MANUAL

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LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais

Movimento

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LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais

Locação Friedman afirma que locação “é aquela área no corpo, ou no

espaço de articulação definido pelo corpo, em que ou perto da qual o sinal é articulado”.

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LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais

Orientação da mão (Or)

Orientação é a direção para a qual a palma da mão aponta na produção do sinal. Ferreira- Brito (1995, p.41), na língua de sinais brasileira, enumeram seis tipos de orientações da palma da mão: para cima, para baixo, para o corpo, para frente, para direita e para esquerda.

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LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais

Expressões não-manuais ( ENM).

As expressões não manuais (movimento da face, dos olhos, da cabeça ou do tronco) prestam-se a dois papéis nas línguas de sinais: marcação de construções sintáticas e diferenciações de itens lexicais. As expressões não-manuais que têm função sintática marcam sentenças interrogativas sim-não, interrogativas, topicalizações, concordância e foco.

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ALGUMAS EXPRESSÕES

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LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais

Restrições na formação de sinais Restrições físicas e linguísticas especificam possíveis

combinações entre as unidades mínimas ( CM, M e L) na formação de sinais.

Há duas restrições fonológicas na produção de diferentes tipos de sinais envolvendo as duas mãos: a condição de simetria e a condição de dominância.

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Mão Ativa

Mão Passiva

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BIBLIOGRAFIA

Recortes extraídos:Livro: “Língua de sinais brasileira – Estudos Linguísticos”

Autoras: Ronice Muller Quadros Lodenir Becker Karnopp