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O homem que queria classificar o mundo (vídeo) Texto elaborado a partir de legendas em inglês Cristina Hilsdorf Barbanti Nº USP 2905531. Joana Alves da Silva Nº USP 864971 O que era o “mundaneum” em 1970: um prédio abandonado, vidros quebrados, milhares de caixas guardadas por pombos. E nessas caixas, a vasta e variada coleção de documentos, montada por um homem: Paul Otlet. “Repito: meus documentos formam um todo. Cada parte está relacionada, e juntas, elas compõem uma obra única... Meus arquivos, ‘******* mundaneum’, uma ferramenta projetada para o conhecimento mundial. Mantenha-os. Faça com eles que eu faria. Não os destrua.” Esta mensagem não foi atendida. Por 30 anos, estas caixas estiveram inacessíveis. Elas foram movidos de um lugar para outro, e muitas foram perdidas antes de finalmente serem salvas e alojadas permanentemente em Mons, na Bélgica. Eu tinha **************sobre isso. Perdi a Layla, uma jovem investigadora, para acompanhar-me nesta busca. Quem era este homem? Paul Otlet foi realmente o teórico por trás da Liga das Nações? O inventor do microfone e da classificação Decimal Universal? Um amigo de Henry La Fontaine, 1930 do prêmio da paz de Nobel? Um amigo de Le Corbusier e um dos precursores da internet? Eu decidi fazer um filme. Demos a nós mesmos até o final do ano, para tecer, juntos, a vida de Paul Otlet, a partir do conteúdo de cerca de cem caixas pessoais, que nunca tinham sido catalogadas. Hoje é 24 de abril. Por onde começamos? "Minha escrita, é horrível, e tenho pena de quem tem que me ler. Eu escrevo muito. Eu escrevo facilmente e com prazer. Eu escrevo para esclarecer meus pensamentos. Para progredir no meu trabalho. Para lembrar. Eu escrevo para estimular minha mente".

Legenda O Homem Que Queria Classificar o Mundo

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O homem que queria classificar o mundo (vdeo)

Texto elaborado a partir de legendas em inglsCristina Hilsdorf Barbanti N USP 2905531.

Joana Alves da Silva N USP 864971

O que era o mundaneum em 1970: um prdio abandonado, vidros quebrados, milhares de caixas guardadas por pombos. E nessas caixas, a vasta e variada coleo de documentos, montada por um homem: Paul Otlet.

Repito: meus documentos formam um todo. Cada parte est relacionada, e juntas, elas compem uma obra nica... Meus arquivos, ******* mundaneum, uma ferramenta projetada para o conhecimento mundial. Mantenha-os. Faa com eles que eu faria. No os destrua.

Esta mensagem no foi atendida. Por 30 anos, estas caixas estiveram inacessveis. Elas foram movidos de um lugar para outro, e muitas foram perdidas antes de finalmente serem salvas e alojadas permanentemente em Mons, na Blgica.

Eu tinha **************sobre isso. Perdi a Layla, uma jovem investigadora, para acompanhar-me nesta busca.

Quem era este homem? Paul Otlet foi realmente o terico por trs da Liga das Naes? O inventor do microfone e da classificao Decimal Universal? Um amigo de Henry La Fontaine, 1930 do prmio da paz de Nobel? Um amigo de Le Corbusier e um dos precursores da internet? Eu decidi fazer um filme. Demos a ns mesmos at o final do ano, para tecer, juntos, a vida de Paul Otlet, a partir do contedo de cerca de cem caixas pessoais, que nunca tinham sido catalogadas. Hoje 24 de abril. Por onde comeamos?

"Minha escrita, horrvel, e tenho pena de quem tem que me ler. Eu escrevo muito. Eu escrevo facilmente e com prazer. Eu escrevo para esclarecer meus pensamentos. Para progredir no meu trabalho. Para lembrar. Eu escrevo para estimular minha mente".

Pouco a pouco, comeamos a entend-lo, e neste rabisco de teia de aranha, descobrimos um homem quem ansiosamente, revela-se por escrito.

"Eu nasci em Bruxelas, em 1868, de pais que eram eles mesmos de Bruxelas. Quando minha me morreu, eu devia ter dois ou trs anos de idade. douard Otlet, meu pai, era o senador de um partido independente com laos com os catlicos. Este meu pai no estava excessivamente preocupado com os detalhes da minha educao e simplesmente queria liberdade para mim. Como no fomos para a escola, no tivemos amigos. Talvez isto tenha sido como eu desenvolvi meu gosto para isolamento e estudo. Eu sempre me vi sendo atrado para o papel e a escrita."

"Meu pai era um verdadeiro lder em negcios, um homem com um raro talento para finanas e um verdadeiro criador da indstria e a indstria? Transporte, ferrovias e bondes, por todo o mundo. Rssia, Argentina, Brasil,..."

Em 1880, nada impossvel para Edouard Otlet. Nada muito remoto, nada inacessvel e Paul, seu filho, vai herdar este sentimento de pertencimento ao mundo.

Dcimo quarto dia da pesquisa, da caixa

"Cerca de um ano e meio atrs, meu pai me informou que ele tinha comprado a ilha do Levant, a ltima das ilhas ********, no mar Mediterrneo. Uma ilha! Chegar l de barco! Ser Robinson Crusoe! Ah, que planos ns inventamos, que sonho, possuir uma ilha! Querendo saber tudo que havia para saber sobre esta ilha, isto foi o que me fez o enciclopedista que eu sou. Obrigado a passar um inverno l com meu irmo, eu trouxe de volta minhas notas como prova de que eu tinha continuado a trabalhar por conta prpria."

Foi na ilha do Levante que o adolescente Paul Otlet adolescente descobre que sua paixo para a coleta.

A nossa propriedade em Bruxelas foi o chal onde realizei meus estudos. No segundo andar estava a minha sala de trabalho, e meu quarto de coletas era no piso trreo."

"Posterior exposio aos livros me marcou para a vida. Enquanto estava no ensino mdio, em Bruxelas, quando eu tinha 15 anos, fui nomeado bibliotecrio. Eu poderia me trancar na biblioteca, olhar os livros, ler tudo o que eu queria e folhear o catlogo, que para mim era milagroso, este instrumento que me permitia usar todos aqueles livros. Assim foi como nasceram os meus primeiros pensamentos sistmico."

Oitavo dia. Estamos forando nossa passagem atravs da desordem de Otlet. Layla est se tornando uma detetive de verdade.

"Meu pai influenciou minha mente consideravelmente, mais ento porque ele s pediu uma coisa de mim: estudar qualquer outra coisa que voc gosta, mas estude Direito. Voc o mais velho e eu posso desaparecer amanh. A fortuna da famlia inteira est nos negcios, e pode ser um desastre se as transaes forem mal estabelecidas. Voc deve ser capaz de me substituir, pelo menos at os mais jovens poderem tomar posse, como voc realmente no tem jeito para negcios. "

Seguindo o conselho de seu pai, Paul Otlet estuda direito na Levaine. Em 1890, ele se casa com Fernande Glenaire. Ele trabalha para descobrir a prpria voz e revela-se plenamente em inmeros dirios pessoais.

"O que eu fao? Um monte de coisas e nada de nada. No consigo me controlar. Eu desperdio meu tempo em vez de concentrar. Eu assumi uma carreira profissional quando tudo o que eu sempre realmente amei eram estudos tericos. Eu sou um pobre pretexto de um advogado."

Aos 23, Otlet um jovem rico com um doutoramento em Direito, mas detesta Direito, um recm-casado sem muita paixo por sua esposa e em breve ser pai de duas crianas, Marcel e Jean.

"Em Bruxelas, fui um dos primeiros a construir de acordo com novas idias. Oitava Van Rysselberghe foi meu arquiteto e mais tarde se tornou amigo pessoal. Arquitetura me fascinou."

Esta manso particular, construda em 1900, a nica realizao arquitetnica de Paul Otlet que ainda existe hoje.

Vigsima-terceira caixa, 12 dia.

"Me juntei a um bar e encontrei ainda outra nova biblioteca. A pessoa responsvel pela minha formao me disse ' toda cincia de viver est no lixo, e ainda, no h nenhum catlogo. Precisamos de uma bibliografia deste lixo. Trabalhar.' como o resumo peridico das resernhas de Direito apareceram pela primeira vez. O dente da engrenagem".

Otlet finalmente encontra sua voz. Ele comea a trabalhar na sua magnum opus, nunca desistir. Ele se torna mais perto de Henry La Fontaine, um advogado catorze anos mais velho. Esta se tornar uma amizade para toda vida.

"La Fontaine, naquela poca, parecia ter uma personalidade misteriosa para a pessoa comum da rua. Ele era um advogado, como eu e tinha uma fortuna pessoal, como eu tinha; Ele tambm tinha uma completa falta de conscincia social, assim como eu. No entanto, ele era um wagneriano, pacifista e feminista, que eu no era."

"Em 1895, La Fontaine e eu criamos o Instituto Internacional de bibliografia. No demorou muito para o Instituto tornou-se a mim e eu me tornei o Instituto. Uma idia comeou a emergir, o que nos atraiu muito: criar um ndice universal de bibliografia. O que isso significava era catalogar totalmente todas as obras, de todas as pocas, de todos os pases e todos os campos, por autor e assunto. Para fazer isso, precisvamos de um sistema de classificao, e descobrimos que o sistema americano, idealizado por Melvil Dewey em que todo o conhecimento humano dividido em 10 categorias principais, numerados de 0 a 9.

Cada categoria por sua vez dividida em dez divises, que tambm esto divididas em dez sees e assim por diante, conforme necessrio de acordo com a preciso do assunto. Classificao decimal comparvel a um sol, cujos raios espalhem-se e multiplicar-se conforme eles se afastam do centro. Este sistema fez sentido para ns! Eu o estudei exaustivamente e ponderei todas as transformaes e adaptaes necessrias ao trabalho a ser realizado."

Otlet aperfeioa o sistema e o transforma em uma linguagem codificada virtual. Isso se torna conhecido como o CDU - Classificao Decimal Universal, e que ainda est em uso hoje.

preciso evitar categorias vagas e categorias mistas, que correspondem ao pessoal, ao contrrio de uma forma objetiva de ver as coisas. ndices de classificao aplicam-se diretamente s publicaes.

Nota: como voc classifica o que inclassificvel, tal qual indivduos? Devo produzir uma categoria prpria ou simplesmente usar, hummm, vrias delas?"

Uma vez na posse de um sistema de classificao confivel, Otlet e La Fontaine decidem sobre o formato padro do carto de 3 por 5.

"O princpio do carto ndice nos encantou. As fichas que ostentam os ttulos bibliogrficos so brancas; aqueles que marcam as divises so coloridas e tem furos ou entalhes. Eles so perfurados na *********e mantidos no lugar por uma haste mvel. "

Para aperfeioar esta padronizao inicial, Otlet encomenda 72 arquivos. Cada arquivo continha um ndice de mil fichas.

"Combinando a fora do escritrio da bibliografia que criamos e a dos nossos amigos, ns conseguimos compilar um ndice de 400.000 fichas."

Por Paul Otlet, classificando se torna a funo mais elevada do esprito humano. Ele usa esse mtodo de classificao em inmeras publicaes, relevantes para todos os campos.

Final de maio. Chegamos caixa trigsima.

Durante anos, paralelamente ao seu trabalho bibliogrfico, Paul Otlet tambm esteve envolvido na criao de um modelo de comunidade de praia em uma das propriedades familiares de cerca de 65 hectares.

"Eu criei o West End, o moderno beach resort belga nas dunas que, por uma longa temporada, serviu como um dos nossos campos de caa. L eu era capaz de realizar meus sonhos arquitetnicos em grande escala, de fazer algo novo e original, ainda trabalhando com van Rysselberghe. Nos 60 hectares da propriedade, seremos capazes de erguer 70 vilas ao longo do quebra-mar, 800 casas de campo nas ruas de dentro e 260 casas isoladas no parque das dunas. Todos os estilos so admissveis, mas devemos tentar evitar, tanto quanto possvel, o pomposo e solene, que esto fora de sincronia com o simples e ********* estilo de vida que se leva beira-mar. "

um perodo ********para a famlia de Otlet. No West End******* eles continuam a se sentir em casa. Edouard, o pai, os sonhos da criao de um bonde. Perto de seus filhos, Paul esquece por um tempo suas fichas, mas no seus sonhos de organizao.

"A propriedade de praia continua a ser um domnio privado, que dizer, uma propriedade privada. Tendo sido estabelecido sem qualquer interferncia por parte das autoridades pblicas, servios coletivos so organizados. Servios itinerantes para manuteno de estradas e limpeza de valas, superviso de banhos, construo de instalaes eltricas para iluminao de avenidas e casas de campo, organizao de correspondncia, servios de telgrafo e telefone, criao de um comit do festival para a diverso dos jovens e velhos, assim como especialmente uma praia para crianas..."

West End ********* foi completamente destruda durante a Primeira Guerra Mundial. Nada resta deste sonho de famlia, esta utopia em miniatura.

Em 1905, o ndice completo de bibliografias inclui mais de 7 milhes fichas de arquivo, classificadas por autor e assunto. Otlet comea a sonhar com uma biblioteca universal.

"Graas ao nosso ndice, todos os livros, todos os artigos, todas as memrias, todas as informaes publicadas so agora apenas captulos, sees, pargrafos, linhas de um livro nico e imenso, o livro da cincia universal. E este nico livro, composto de livros individuais que devem ser disponibilizado a todos."

Otlet faz um acordo com a biblioteca do Congresso em Washington. 600 mil fichas de ndice so trocadas entre a enorme biblioteca americana e o Instituto de Bruxelas. O nmero de obras impressas comea a aumentar em uma taxa exponencial e Otlet periga de se tornar desatualizado, mas ele no parou. Ao mesmo tempo em que ele est catalogando livros, ele tambm quer indexar todos os tipos de documentos: brochuras curtas, artigos de jornais e fotografias. Portanto, ele cria o ndice de documentao e a coleo iconogrfica Universal, usando o mesmo sistema de classificao. Em 1911, Otlet inventa microfilme, com o engenheiro Robert Goldschmidt. Ele foi um dos primeiros a ter o conceito de reproduzir fotograficamente as pginas dos livros a fim de melhorar o arquivamento. Ele acha que tambm uma maneira econmica de fazer cpias de documentos, letras musicais, manuscritos e edies raras estarem disponveis a todos.

Caixa de trinta e cinco.

Enquanto ns quase nada sabemos sobre Fernande, esposa de Paul, de repente, encontramos evidncias de outra mulher.

"Cato, ??? ???. Esses so seus trs nomes, um para cada momento. Trs traos de proa, trs sonhos pinados de seu harpa e voil, aljava Cato como eu estou te observando tremer porque estou tocando em voc, Cato, aqueles que me tinham e me deixaram e eu tenho sido seu, dediquei-me a voc, voc me ajudou descobrir todo o esplendor de um corao que ama. Sempre seu."(essa passagem no faz muito sentido; podem ignor-la)

Em 1912, Paul Otlet se divorcia e se casa com Cato van Nederhasselt, e na parte de trs da sua foto, ele escreve 'um par amoroso e amado'.

Atravs do Instituto Internacional de bibliografia, Otlet e La Fontaine descobrem que h um nmero significativo de associaes internacionais estabelecidas na Blgica. Ambos reconhecem a importncia dessas associaes e, em 1910, propor-se a organizar um Congresso Mundial de associaes internacionais.

"A partir de bibliografia, chegamos ao internacionalismo."

A partir disso, surge a idia de um museu internacional, concebido para demonstrar os progressos alcanados por estas associaes em todas as reas. O aspecto internacional deste museu intriga o fabulosamente rico patrono americano Andrew Carnegie, o rei do ao, que dedicou sua fortuna para a criao de bibliotecas em todo o mundo. Ele vem expressamente a Bruxelas, em 1913. Descobrimos este filme indito na parte inferior da caixa. Vemos um ********Paul Otlet, que parece ser bem sucedido em tudo que faz. Otlet conduzindo Carnegie. O Senador La Fontaine e sua esposa tambm esto presentes.

"O Museu ainda oferece apenas visitantes uma idia aproximada do que os fundadores sonham fazer. acima de tudo um museu de idias. o domnio de figuras, grficos, diagramas, grficos, ao servio do progresso e de uma maior compreenso entre as naes."

Carnegie: "Eu nunca gostei de tanto de uma visita. Estou espantado com o que encontrei. Os diretores dos centros internacionais demonstraram claramente. Ns decidimos subsidiar esta grande obra, porque vai trazer paz ao mundo."

O subsdio que vem dos Estados Unidos incentiva Paul Otlet em seus projetos futuros. Todos os sonhos so possveis agora. Otlet comea a sonhar com algo ainda maior. Isto quando ele descobre um projeto incrvel. So planos detalhados para uma cidade imaginria, concebido pelo noruegus Andersen Hendrik e projetado pelo arquiteto francs Erneste *******. Andersen quer reunir os maiores recursos intelectual de cada nao, com a finalidade de criar uma civilizao harmoniosa, pacifista e progressista. Esta cidade dos sonhos foi apresentada em forma de livro aos muitos pases que pudessem estar interessados em recebe-lo. Na Blgica, La Fontaine e Otlet responderam com grande entusiasmo.

"24 de fevereiro de 1912. Caro Sr. Andersen, voc j sabe o que pensamos sobre seu projeto. grandioso na sua concepo, e os planos que o Senhor ****** nos mostrou so dignos dele. Se percebe que tipo de trabalho que esto perseguindo, e que uma curiosa convergncia existente entre nossos respectivos planos."

Andersen: "Caro Senador La Fontaine e Messieur Otlet, agradeo muito sinceramente por suas palavras gentis e pela valorizao do Centro Mundial que, por muitos anos, vem sido minha principal ocupao fsica e mental. Estas plantas arquitetnicas do Centro Mundial foram criadas absolutamente sobre princpios idealsticos de harmonizao a humanidade."

Roma. Piazza del Popolo. Duzentos metros distante est o palcio que Andersen construiu, a Villa Helene, agora conhecido como o Museu de Andersen. Ns viemos pesquisar alguns documentos, mas descobrimos um mundo inteiro. Vamos de surpresa a surpresa. Hendrik Andersen no era noruegus, mas sim americano. Ele no era um arquiteto, mas sim um escultor e fervoroso admirador de Michelangelo. Decidimos estender a nossa estadia em Roma. Neste palcio, Andersen viveu com sua me, Helene e tambm com Olivia Cushing, sua cunhada, uma escritora. Ela manteve um dirio detalhado at sua morte, em 1917. A concepo do Centro Mundial histria recontada l diariamente.

Olivia Cushing: "Ah, o sonho maravilhoso de contribuir ainda que s um nico passo em direo a um Estados Unidos Mundial, um dos resultados inevitveis do futuro. Vamos mover o mundo, agora tenho certeza disso. "

"Caro Sr. Andersen, voc deveria montar seu Centro Mundial na Blgica. Estvamos pensando em Tervueren, perto da floresta de *******, no muito longe do Palcio do Congo. H mais de 300 hectares disponveis."

Andersen: "Sinto-me bastante seguro, meu querido amigo Otlet, de que o rei da Blgica tem uma forte simpatia para com nosso Centro Mundial, e tenho certeza que ele no tem nenhuma objeo ao seu estabelecimento na Blgica. Afetuosamente seu, Andersen."

Com o apoio de Paul Otlet, Andersen recebido pelo Rei Albert. O soberano est interessado na idia de construir um Centro Mundial nos arredores de Bruxelas.

Incio de julho. Retornando a Mons e as nossas caixas. Em novembro de 1913, Henri La Fontaine recebe o prmio Nobel da paz. o verdadeiro reconhecimento ao trabalho que ele tem realizado h 20 anos com Paul Otlet. Graas quantia generosa do prmio, 143.000 coroas norueguesas, La Fontaine ser capaz de financiar os projetos de Paul Otlet com a Unio de Associaes Internacionais, por muitos anos adiante.

"Um desastre me atingiu. Separou-me de toda corrente de pensamentos, minha paz de esprito, minhas codificaes. Eu testemunhei a progresso total da invaso, at a decapitao do nosso estado. O novo mundo que pensvamos que estavam se formando, atravs da crosta do preconceito, est provavelmente afastado agora por sculos."

A guerra apenas comeou e Paul Otlet j est trabalhando para a paz mtua.

"Em outubro de 1914, escrevi meu livro O Fim da Guerra, que eu consegui lanar em 5 curtas semanas. Nele, eu expliquei como eu concebi a Liga das Naes sob a forma de uma mapa mundial. Sua finalidade seria manter a paz, garantir os direitos internacionais, e governar para o interesse comum de toda a humanidade."

Enquanto este livro estava sendo publicado clandestinamente em Bruxelas, Paul Otlet descobre que um de seus filhos est totalmente desamparado em Calais. Ele decide levar-lhe conforto. Via Holanda, Inglaterra e Frana, ele chega fronteira belga.

"Meu filho foi dado como desaparecido na batalha de Stuvvekenskerke. No fui capaz de encontr-lo, e ento, me foi recusada permisso para retornar para a Blgica. Eu tenho sido da Estrada, desde ento."

No exlio, a ocupao principal de Paul Otlet o restabelecimento da paz. Ele desenha manifesto aps manifesto e organiza vrias conferncias. Em Genebra, em 1916, ele publica Problemas Internacional na Guerra, no qual ele define o conceito da futura Liga das Naes.

60 Caixa.

24 de junho de 1917. Paul Otlet finalmente descobre o destino de seu filho mais novo.

"Meu pobre querido Jean no est mais desaparecido. Agora sabemos que ele est morto. H duas horas atrs, ouvi isso de Marcel. Meu pobre Jean morreu um heri. Uma bala na cabea o matou no Yser, no dia em que os alemes cruzaram o rio. Querido Jean, filho querido, todas as minhas lembranas de voc como um pequeno menino vem me inundando de novo, to boas como a memria de um jovem. Nele, vejo tudo da juventude dizimada, todo o sangue que fluiu, os milhes que outras balas, nos outros campos de batalha ********, e eu sinto em mim algo mais forte que o dio, no contra o homem, mas contra todo o abominvel sistema que provocou este cataclismo. Estou mais empenhado do que nunca numa vingana. Eu vou ving-lo trabalhando, para que seu sacrifcio signifique algo e sirva como progresso para o mundo, finalmente livre de guerra."

A morte de seu filho e a destruio total do West End obrigada Paul Otlet a uma deciso inevitvel:

"Esquecendo minha famlia e amigos, esquecendo meus interesses, resolvi me dedicar a este imenso trabalho: o de descrever as condies de uma cidade humana superior, inteiramente dedicada paz. As naes decidiram priorizar os princpios que devem, daqui em diante, servir como base para uma nova ordem. A guerra internacional deve ser abolida, como sero abolidas a guerra civil e guerra privada. Toda a guerra deve ser declarada um crime contra a humanidade e, como tal, deve ser reprimida."

21 de novembro de 1918. O Rei Alberto retorna Blgica. Ele saudado como um heri. Por Paul Otlet, o momento de ver o triunfo de suas ideias. A futura Liga das Naes deve ser montada em Bruxelas. Isto constituir uma promessa de paz e uma maneira de compensar o sofrimento suportado pela Blgica.

"Caro Andersen, vida longa a vitria, que certamente ser a de nossas ideias. a hora de trabalhar neste projeto. O que que est a fazer? O que que propes? Voc deve vir aqui, agora. Melhores cumprimentos."

Andersen: "caro Otlet, peoi e ao Senador La Fontaine, que faam todo o possvel para trazer o nosso projeto da cidade antes da conferncia de paz, e da talvez possamos constru-lo no Tervueren. Faa seus planos e mantenha nosso trabalho vivo."

Um dos objetivos da conferncia de paz realizada em Paris em 24 de abril de 1919 era a criao da Liga das Naes, que seria responsvel pela arbitragem de conflitos entre Estados-Membros. A candidatura da Blgica foi descartada pelo Presidente Wilson dos Estados Unidos.

Na opinio dele, no era vivel para escolher um dos pases em guerra. Genebra abordada, em virtude de sua neutralidade. A visita do Presidente Wilson e do Rei Albert s runas de Yser no altera a deciso dele. Na Blgica, h uma grande decepo. Otlet abandona seu plano de Bruxelas e prope que a futura Liga das Naes colabore com sua Unio Internacional.

19 de agosto. Ns j abrimos 80 caixas.

King Albert, durante uma visita a Washington, decide apoiar projetos de Paul Otlet. Ele concede a Unio das Associaes Internacionais a ala esquerda da**********, enquanto se aguarda a construo dos novos edifcios em Genebra. Uma subveno anual alocada pelo governo.

"Aqui, neste Palcio Mundial, ser montado um imenso trabalho coletivo que rene retratos vivos de todas as naes, os prodigiosos resultados de todas as cincias e as maravilhas de todas as civilizaes."

Nos seus 150 quartos, Otlet pode finalmente concretizar seu sonho pacifista, oferecendo o melhor conhecimento do mundo para todos. Ao mesmo tempo, ele persegue seu trabalho bibliogrfico. Mas logo o vento mudo para Otlet. Em 1924, o Governo belga pretende levar parte das instalaes da ******* e no hesita em usar a fora.

"O incompreensvel, a inveja, os cpticos esto na liga contra o trabalho, a preferir uma borracha comercial justo para um Palcio Mundial, que vergonha para nossa nao amada. Blgica, mais uma vez, o pas das oportunidades perdidas. Pequeno pas, pessoas pequenas, pequenas idias."

Em Roma, Andersen decola em uma direo completamente diferente. Na esperana de finalmente fazer o Centro Mundial um sucesso, ele se aproxima de Mussolini.

Andersen: "Caro amigo Otlet, eu ainda estou batalhando junto ao governo italiano para ter nossa Cidade Mundial estabelecida em Ostia, perto de Roma. Pedi uma audincia privada com sua excelncia, Mussolini, e espero ser capaz de convenc-lo. Afetuosamente seu Hendrik Andersen..

"Meu caro Andersen, voc ama a Itlia, assim como eu, mas voc est ciente de todas as dificuldades polticas internacionais que saltam mente, em relao a este pas, neste momento?"

Desapontado por Andersen, desgostoso com a Blgica, Paul Otlet busca uma colaborao mais estreita com a Liga das Naes. Ele quer transferir suas colees e associaes para Genebra.

"Por que Genebra? Porque o lugar lindo, a localizao, central, a liga de proteo, simples. Porque Genebra sinnima de relaes internacionais, porque a Organizao Internacional do Trabalho est l, assim como estar a Liga das Naes."

15 de setembro, caixa oitenta e seis. E agora, um novo personagem entra no palco: Le Corbusier. Que estranha aliana, entre o mais moderno dos arquitetos e o bibligrafo mais velho.

"Bruxelas, 2 de abril de 1928. Para Sr. Le Corbusier e Jean Neret. Vocs vo trazer para o projeto sua expertise arquitetnica. Assumindo os riscos do plano, vocs trabalharo conosco para transformar possibilidades em realidade. Ns estamos envolvidos, meus caros senhores, com um trabalho, um grande trabalho. Requer toda fora, cheia de inteligncia, sentimento e desejo. Mundaneum opus maximum."

[Le Corbusier explica o plano do Mundaneum em francs]

O projeto aumenta constantemente seu escopo. Otlet quer uma Cidade Mundial grandiosa como a imaginada por Andersen. Isso requer 566,000 hectares, 5 milhes de francos em ouro e aderncia universal.

"A Cidade Mundial vai ser um livro colossal, com edifcios e layout que sero, assim como as pedras das catedrais foram lidas pelo povo da Idade Mdia. Uma estrutura imensa cresceria com o tempo. Das fichas de ndice para a Cidade Mundial."

[Outra resposta, em francs, de Le Corbusier]

******* e campanhas de imprensa seguiram o mesmo caminho. As plantas originais e o gigantesco diorama sero expostos em Genebra, durante o vero de 1929. Otlet quer basear sua Cidade Mundial no ******* do recm-criado Vaticano, mas a ideia de uma zona internacional enfurece os suos.

"Pena por Genebra. Outros vo querer ser aquela pequena semente de esperana que isso tinha comeado a ser."

Aqui estamos em Genebra. Ns somos atingidos pela total ausncia de qualquer vestgio deste projeto. Quase nenhum arquivo, ainda menos memrias. como se os suos quisessem esquecer a coisa toda.

De volta a Mons. A crise econmica que atingiu a Blgica no incio dos anos 30 atinge a Cidade Mundial, mais improvavelmente que nunca. Otlet no quer admitir a derrota. Ele se apega a seus sonhos e congressos. Enquanto se fala de sua expulso, ele s pensa em expandir suas colees.

"No jogue fora os impressos ou documentos. No os destrua. No os use como papis velhos. No os d queles a quem s fariam uso hediondo deles. Estamos buscando livros, brochuras, opinies, jornais, catlogos, prospectos, circulares, propagandas, publicaes, mapas, fotografias, desenhos, diagramas, postais ilustrados, amostras..."

2 de outubro. Chegamos a 100 caixa.

"Meu caro amigo, volto questo da Anturpia, onde existem algumas possibilidades muito interessantes. O concurso est aberto para o desenvolvimento de milhares de hectares de terra nos arredores de Anturpia."

Mais uma vez, vemos o entusiasmo de Paul Otlet para este novo projeto e contra todas as expectativas, Le Corbusier o segue.

[Outra resposta, em francs, de Le Corbusier]

"Para voc, Anvers, Anturp, Anturpia, para que o antigo, o nobre, o ainda vital, tem a elegncia a aceitar este projeto, o Centro Mundial, o Mundaneum; tem sido em grande parte inspirado por voc, em grande parte projetado para voc. Ele tambm pode vir a ser concretizadas com voc."

No haver nenhuma Cidade Mundial fora da Anturpia; no entanto, Le Corbusier permanecer fiel Otlet at o fim.

Uma doce surpresa. Durante estes anos, quando tudo est indo to mal, quando o ndice bibliogrfico est afundando, Paul Otlet se ocupa produzindo filmes de eventos atuais, um por semana, que ele mostra nas manhs de domingo no Palcio Mundial.

"Sbado, 24 de maro de 1934. Berlim: servio militar torna-se obrigatrio; os alemes aplaudem. Montado na Praa do palcio, as corretas ****** tropas aguardam a chegada do Chanceler Hitler. Em Paris, no Parc du Prince, a primeira saudao hitleriano pelos adeptos alemes. Em Roma, Benito Mussolini apresenta seus dois filhos nos festivais da juventude fascista. A Europa estremece. A paz est em perigo."

1 de junho de 1934. Chegando ao *******, Paul Otlet encontra as portas fechadas por ordem do governo. Ele imediatamente alertar a imprensa e, com seus apoiadores, acampa do lado de fora em frente entrada por vrios dias. Em sua casa na Rue *****, Otlet define um secretariado provisrio, enquanto se organiza um comit de defesa.

"Acorde, opinio pblica! O Palcio Mundial foi fechado fora, com os arquivos e colees ******dentro. O que querem derrubar no Palcio Mundial? o trabalho de paz, de documentao universal, da democracia saudvel? Queremos manter a opinio pblica sistematicamente ignorante em relao ao que est acontecendo no mundo? Conclamo a todos a exigir a reabertura do Palcio Mundial!"

Tambm em 1934, Otlet publica seu livro mais importante, O Tratado da Documentao, o livro sobre o livro. Nele onde encontramos as pginas mais visionrias, onde j surge o conceito do computador.

"Aqui, o espao de trabalho j no est mais entulhado de livros. Uma tela e um telefone no seu alcance. Ali, em um edifcio imenso, esto todos os livros e informaes. A partir da, a pgina para ser lido, a fim de saber a resposta para a pergunta feita por telefone, feita para aparecer na tela. A tela pode ser dividida ao meio, por quatro, ou mesmo por dez, se vrios textos e documentos tem que ser consultados simultaneamente. Haveria um alto-falante, se a imagem tiver que ser complementada por informao verbal, e esta melhoria pode continuar, at ao ponto de automatizar a chamada para os dados na tela. Cinema, fongrafos, rdio, televiso, estes instrumentos tidos como substitutos para o livro, na verdade, se tornaro o novo livro; as obras mais poderosas para a difuso do pensamento humano. Ser como uma biblioteca irradiada e o livro na televiso.

[Depoimento de Wilhelmina Coops, assistente de Paul Otlet, em flamenco]

"Eu classifico novos links constantemente em minha mente, e reduzo tudo a um conceito cclico. Acho que em termos do universal e o cosmos, destilando tudo at um pequeno nmero de ideias essenciais.

Novembro, a 110 caixa.

Confrontando-se com uma situao poltica cada vez mais difcil e as inmeras dificuldades confrontando o Palcio Mundial, em 15 de maio de 1939, Paul Otlet oferece toda sua obra ao Presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt.

"O homem foi afastado para longe da grande construo. Para salvar o essencial, ns necessitaremos da arca, do navis mundaneum. Por enquanto, est flutuando sobre as furiosas inundaes, indo de vento em popa em direo ao sol, o sol que j abarca o vasto horizonte com todo seu poder de fogo."

"Novembro de 1939. A hora de agonia absoluta. As duas frentes vo atacar uns aos outros. a hora quando a pequena Blgica, pela segunda vez, pode tornar a se envolver em uma guerra que no propriamente sua. Que horrvel. A Liga das Naes, silenciada e amordaada, tem decepcionado a todos ns. O lugar, que deveria ter sacramentado para cooperao, tem sido utilizado como um campo de batalha para o egosmo e rivalidades. Temos de recomear de novo, do zero."

O mundo se move em direo ao caos, e Otlet cada vez mais consumido com sua obsesso: salvar o trabalho da sua vida, preservando o Mundaneum.

"Para garantir uma paz justa e duradoura, todo-poderosos deste mundo, poderiam intervir...

Marechal Ptain, voc que tem sido citado como a encarnao mais profunda da Frana, quem, ao longo de todos os tempos...

Mestre da Rssia, Stalin, de quem tantas vezes se disse que era asitico...

Mussolini, voc tinha um gosto pela grandiosidade, voc construu cidades e secou pntanos...

Churchill, voc no s Lorde Churchill, e o primeiro-ministro de...

Franco, Caudillo Franco, voc disse um dia, num futuro no distante, as foras se alinhariam novamente...

Presidente de Helvetia, a pequena e j to grande Sua...

... talvez voc intervenha a favor da Organizao Internacional e um dos seus ativos mais poderosos, a Cidade Mundial.

Dezembro, 122 caixa. 53:51

"... para Alemanha representa grandes vantagens. Isto ***** est altamente desinteressado. Possa essa ideia contar com o seu mais profundo apoio. Paul Otlet."

Para Hitler esta proposta de Cidade Mundial nunca ser realizada. Os alemes desconfiam de Otlet e o mantm sob restrita vigilncia. Durante buscas na sua casa, eles encontram centenas de livros, que so considerados contra os alemes. Alm disso, eles suspeitam que ele seja um maom, pacifista e comunista. A partir de janeiro de 1941, o Palcio Mundial e suas colees ficam sob a jurisdio alem, e as colees so expulsas, *****.

[Depoimento de Igor Platounoff, amigo de Paul Otlet, em francs]

"Para fazer o seu melhor e no duvidar, sozinho antes mesmo da imensido indiferente e hostil, para jogar as ltimas probabilidades, a probabilidade final que a sorte do sorteio pode oferecer, para fazer o seu melhor, e no duvidar."

Com a liberao de Bruxelas, Paul Otlet apresenta-se ante ao Palcio Mundial, na *****, simbolicamente retomando a posse.

"Juntos, nos alegramos da libertao, no mesmo esprito, que ns iremos restaurar esta grande obra, agora despedaada, assassinada e mutilada. Vamos preparar a Cidade do Mundo."

Paul Otlet morre na noite de 10 de dezembro de 1944, com a idade de 76 anos. As colees do Mundaneum permanecem armazenadas no ******** at 1972, data em que a cidade de Bruxelas exigiu a recuperao das instalaes. Um dos seus gestores caracterizadou o Mundaneum como se tornando o Judeu Errante da documentao global. A cada movimento, sees inteiras das colees desapareciam. 70 toneladas destrudas em 1970, 23 toneladas em 1980, seis contineres em 1993. At que, finalmente, resgate em Mons em 1996.

Paul Otlet pode ter levado este sonho de pedra e papel com ele, esta utopia da Cidade do Mundo, projetado para reunir e disseminar o conhecimento universal. Mas ele no estava errado. A Cidade do Mundo est incorporada nas conexes invisveis que nos ligam um ao outro, de um lado do globo ao outro, graas internet.

"Diante dos nossos olhos, um imenso maquinrio para trabalho intelectual est sendo construdo. Esta mquina vai servir como um verdadeiro crebro mecnico coletivo. Um sistema de publicao universal, condensado com todos os dados individuais fragmentados e constantemente atualizado, dever ser montado para cada ramo das Cincias e outras atividades. Esta rede deve vincular centros de produo, distribuidores e usurios. Qualquer pessoa, com dados ainda a serem conhecidos, ou com proposta a apresentar ou defender, ser capaz de faz-lo, ou, com um mnimo de esforo e a garantia da qualidade e segurana, ser capaz de obter qualquer informao."

(Paul Otlet, Tratado da Documentao, 1934)