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Legislação

Professor Mateus Silveira

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Legislação

DECRETO Nº 5.824, DE 29 DE JUNHO DE 2006.

Estabelece os procedimentos para a concessão do Incentivo à Qualificação e para a efetivação do enquadramento por nível de capacitação dos servidores integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, instituído pela Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 11, no § 3º do art. 12 e no § 4º do art. 15 da Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005,

DECRETA:

Art. 1º O Incentivo à Qualificação será concedido aos servidores ativos, aos aposentados e aos instituidores de pensão com base no que determina a Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005, e no estabelecido neste Decreto.

§ 1º A implantação do Incentivo à Qualificação dar-se-á com base na relação dos servidores habilitados de que trata o art. 20 da Lei nº 11.091, de 2005, considerados os títulos obtidos até 28 de fevereiro de 2005, que será homologada pelo colegiado superior da Instituição Federal de Ensino - IFE.

§ 2º Após a implantação, o servidor que atender ao critério de tempo de efetivo exercício no cargo, estabelecido no art. 12 da Lei nº 11.091, de 2005, poderá requerer a concessão do Incentivo à Qualificação, por meio de formulário próprio, ao qual deverá ser anexado o certificado ou diploma de educação formal em nível superior ao

exigido para ingresso no cargo de que é titular.

§ 3º A unidade de gestão de pessoas da IFE deverá certificar se o curso concluído é direta ou indiretamente relacionado com o ambiente organizacional de atuação do servidor, no prazo de trinta dias após a data de entrada do requerimento devidamente instruído.

§ 4º O Incentivo à Qualificação será devido ao servidor após a publicação do ato de concessão, com efeitos financeiros a partir da data de entrada do requerimento na IFE.

§ 5º No estrito interesse institucional, o servidor poderá ser movimentado para ambiente organizacional diferente daquele que ensejou a percepção do Incentivo à Qualificação.

§ 6º Caso o servidor considere que a movimentação possa implicar aumento do percentual de Incentivo à Qualificação, deverá requerer à unidade de gestão de pessoas, no prazo de trinta dias, a contar da data de efetivação da movimentação, a revisão da concessão inicial.

§ 7º Na ocorrência da situação prevista no § 6º, a unidade de gestão de pessoas deverá pronunciar-se no prazo de trinta dias a partir da data de entrada do requerimento do servidor, sendo que, em caso de deferimento do pedido, os efeitos financeiros dar-se-ão a partir da data do ato de movimentação.

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§ 8º Em nenhuma hipótese poderá haver redução do percentual de Incentivo à Qualificação percebido pelo servidor.

§ 9º Os percentuais para a concessão do Incentivo à Qualificação são os constantes do Anexo I.

Art. 2º Os ambientes organizacionais de atuação do servidor no âmbito das IFE vinculadas ao Ministério da Educação são os estabelecidos no Anexo II.

Art. 3º As áreas de conhecimento dos cursos de educação formal diretamente relacionados a cada um dos ambientes organizacionais são as constantes do Anexo III.

Art. 4º No enquadramento dos servidores ativos, dos aposentados e dos instituidores de pensão no nível de capacitação correspondente às certificações apresentadas, deverão ser observadas as cargas horárias definidas no Anexo III da Lei nº 11.091, de 2005, e a correlação entre o conteúdo do curso e as atividades que definem o ambiente organizacional de atuação do servidor.

§ 1º A definição dos cursos de capacitação que não sejam de educação formal e que guardem relação direta com os ambientes organizacionais será disciplinada em ato do Ministro de Estado da Educação.

§ 2º O enquadramento no nível de capacitação dar-se-á com base na relação dos servidores habilitados de que trata o § 1º do art. 1º.

Art. 5º Para efeito do enquadramento no nível de capacitação, serão considerados os certificados dos cursos de capacitação obtidos durante o período em que o servidor esteve em atividade no serviço público federal até o dia 28 de fevereiro de 2005, nos termos do § 1º do art. 10 da Lei nº 11.091, de 2005.

§ 1º Os certificados de capacitação obtidos após o dia 28 de fevereiro de 2005 serão considerados para o desenvolvimento do servidor na Carreira, observado o

estabelecido nos §§ 1º e 3º do art. 10 da Lei nº 11.091, de 2005.

§ 2º Para efeito de concessão da primeira progressão por capacitação aos servidores enquadrados nos termos do § 4º do art. 15 da Lei nº 11.091, de 2005, deverá ser respeitado o interstício de dezoito meses contados a partir de 1º de março de 2005.

§ 3º Para as demais concessões de progressão por capacitação, deverá ser observado o mesmo interstício contado da última progressão concedida ao servidor nos termos do § 1º do art. 10 da Lei nº 11.091, de 2005.

Art. 6º O enquadramento dos servidores no nível de capacitação deverá ser objeto de homologação pelo colegiado superior da IFE.

§ 1º O ato de homologação deverá ser publicado no boletim interno da IFE.

§ 2º O servidor terá trinta dias, a partir da publicação do ato de homologação, para interpor recurso à Comissão de Enquadramento instituída na forma do art. 19 da Lei nº 11.091, de 2005, que decidirá no prazo de sessenta dias.

§ 3º Indeferido o recurso pela Comissão de Enquadramento, o servidor poderá recorrer ao colegiado superior da IFE.

Art. 7º Os efeitos financeiros decorrentes do enquadramento no nível de capacitação de que trata o art. 5º dar-se-á a partir de 1º de janeiro de 2006 e os da implantação do Incentivo à Qualificação de que trata o § 1º do art. 1º, a partir de 1º de julho de 2006.

Art. 8º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de junho de 2006; 1850 da Independência e 1180 da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Fernando Haddad

Paulo Bernardo Silva

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ANEXO I

Percentuais para a concessão do Incentivo à Qualificação

Nível de Classificação

Nível de escolaridade formal superior ao previsto para o

exercício do cargo

Percentuais de incentivo

Área de conhecimento com

relação direta

Área de conhecimento com

relação indireta

A

Ensino fundamental completo 10% -

Ensino médio completo 15% -

Ensino médio profissionalizante ou ensino médio com curso técnico completo ou título de educação formal de maior grau

20% 10%

B

Ensino Fundamental completo 5% -

Ensino médio completo 10% -

Ensino médio profissionalizante ou ensino médio com curso técnico completo

15% 10%

Curso de graduação completo 20% 15%

C

Ensino Fundamental completo 5% -

Ensino médio completo 8% -

Ensino médio com curso técnico completo 10% 5%

Curso de graduação completo 15% 10%

Especialização, superior ou igual a 360h 20% 15%

D

Ensino médio completo 8% -

Curso de graduação completo 10% 5%

Especialização, superior ou igual a 360h 15% 10%

Mestrado ou título de educação formal de maior grau 20% 15%

E

Especialização, superior ou igual a 360h 10% 5%

Mestrado 15% 10%

Doutorado 20% 15%

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ANEXO II

Ambientes organizacionais

1. Administrativo

Descrição do ambiente organizacional:

Gestão administrativa e acadêmica envolvendo planejamento, execução e avaliação de projetos e atividades nas áreas de auditoria interna, organização e métodos, orçamento, finanças, material, patrimônio, protocolo, arquivo, administração e desenvolvimento de pessoal, saúde do trabalhador, higiene e segurança no trabalho, assistência à comunidade interna, atendimento ao público e serviços de secretaria em unidades acadêmicas e administrativas.

Atividades nessas áreas:

• Planejamento, execução, fiscalização, controle ou avaliação de projetos. • Realização de estudos de viabilidade econômica e social. • Realização de atividades em assistência, assessoria, fiscalização, perícia, auditoria e suporte

técnico-administrativo a projetos e atividades. • Realização de coleta e tratamento de dados. • Pesquisa de preços e compras de bens e serviços. • Recepção, armazenamento, controle e distribuição de materiais. • Planejamento, execução, controle e avaliação nas áreas financeira e orçamentária. • Acompanhamento e análise na formalização de contratos. • Identificação, tombamento, controle, expedição de normas de uso e movimentação de

patrimônio. • Registro e controle dos assentamentos funcionais. • Elaboração, operação e controle do sistema de pagamento de pessoal. • Recrutamento e seleção de pessoal. • Elaboração, execução e avaliação da política de desenvolvimento de pessoas e dos

programas de capacitação e de avaliação de desempenho. • Análise de ocupações e profissões. • Proposição e operacionalização de modelos para definição do quadro de pessoal e a sua

distribuição nas diversas áreas da instituição. • Análise, identificação e reformulação dos fluxos e rotinas de trabalho. • Planejamento e implantação de novas tecnologias de trabalho. • Elaboração de manuais, catálogos e normas de rotinas administrativas. • Realização de estudos e análises da legislação de pessoal, orçamentária, acadêmica e

patrimonial. • Assessoramento aos diversos setores da instituição no atendimento de diligências internas

e externas. • Planejamento e elaboração de planos de auditoria.

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• Assistência administrativa às atividades de ensino, pesquisa e extensão. • Levantamento de dados estatísticos referentes a alunos, ingressos e egressos. • Organização, coordenação e controle do processo de seleção e matrícula de alunos. • Organização, coordenação e controle das atividades de pesquisa e extensão. • Organização e coordenação das atividades de planejamento da instituição e de suas

unidades. • Identificação de indicadores do alcance de marcas e objetivos. • Supervisão quanto à observância de normas institucionais. • Planejamento e acompanhamento à assistência médica e odontológica emergencial. • Identificação, avaliação e proposição de políticas de assistência à comunidade interna. • Realização de atividades que propiciem a melhoria da qualidade de vida na instituição. • Elaboração de política de assistência a portadores de deficiência. • Definição de políticas de integração dos indivíduos à comunidade interna. • Desenvolvimento de políticas de integração ou reintegração social. • Estabelecimento de políticas de reabilitação profissional. • Elaboração e implementação de políticas de assistência estudantil. • Realização de exames pré-admissionais, periódicos e especiais dos servidores. • Elaboração da política de saúde ocupacional e expedição de normas internas e orientações. • Proposição e aferição dos indicadores dos aspectos de higiene e segurança no trabalho e

correção dos problemas encontrados. • Elaboração de projetos de construção e adaptação de equipamentos de trabalho. • Realização de inquéritos sanitários, de doenças profissionais, de lesões traumáticas e

estudos epidemiológicos. • Inspeção dos locais de trabalho. • Elaboração de laudos periciais sobre acidentes do trabalho, doenças profissionais e

condições de insalubridade e periculosidade. • Elaboração de relatórios sobre a situação patrimonial, econômica e financeira da instituição. • Análise, acompanhamento e fiscalização da implantação e da execução de sistemas

financeiros e contábeis. • Execução dos serviços de auditoria e auditagem. • Estabelecimento do programa de auditoria. • Acompanhamento da execução orçamentária, financeira e patrimonial. • Emissão de pareceres sobre matérias de natureza orçamentária, financeira e patrimonial. • Planejamento, organização e coordenação de serviços de secretaria. • Assistência e assessoramento às direções. • Coleta de informações. • Redação de textos profissionais especializados, inclusive em idioma estrangeiro. • Taquigrafia e transcrição de ditados, discursos, conferências, palestras, explanações e

reuniões, inclusive em idioma estrangeiro.

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• Recebimento, orientação e encaminhamento do público. • Controle de entrada e saída de pessoas nos locais de trabalho. • Atendimento, informações e esclarecimentos ao público. • Abertura e fechamento das dependências dos prédios. • Recebimento e transmissão de mensagens telefônicas e fax. • Elaboração de normas de protocolo da instituição. • Recebimento, coleta e distribuição de correspondência, documentos, mensagens,

encomendas, volumes e outros, interna e externamente. • Reprodução de documentos administrativos. • Outras atividades de mesma natureza.

2. Infraestrutura

Descrição do ambiente organizacional:

Planejamento, execução e avaliação de projetos e atividades nas áreas de construção, manutenção, conservação e limpeza de prédios, veículos, máquinas, móveis, instrumentos, equipamentos, parques e jardins, segurança, transporte e confecção de roupas e uniformes.

Atividades nessas áreas:

• Planejamento, execução, fiscalização, controle ou avaliação de projetos. • Realização de estudos de viabilidade econômica e social. • Realização de atividades em assistência, assessoria, fiscalização, perícia e suporte técnico-

administrativos a projetos e atividades. • Realização de coleta e tratamento de dados. • Elaboração do plano diretor da instituição. • Execução e manutenção de instalações hidro-sanitárias, de redes de água e esgoto, elétricas

e telefônicas. • Identificação do tipo de solo e levantamento topográfico. • Zoneamento e ocupação da área física. • Execução de obras de infraestrutura e drenagem. • Realização de obras civis. • Especificação de materiais. • Realização da manutenção preventiva e corretiva, de edificações, veículos, móveis,

utensílios, máquinas e equipamentos. • Identificação da necessidade de área física, veículos, móveis, utensílios, máquinas e

equipamentos para especificação de compras. • Instalação, ajuste e calibração de máquinas e equipamentos. • Instalação de painéis de comandos eletro-eletrônicos. • Preparação, conservação e limpeza de jardins e áreas externas e execução de obras

paisagísticas.

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• Manuseio de adubos, sementes e defensivos. • Preparação e manuseio de mudas. • Instalação de sistemas de irrigação e drenagem. • Seleção, separação, lavagem, esterilização, passagem, acondicionamento e distribuição de

peças de vestuário, roupas de cama e mesa, materiais esportivos e outros. • Limpeza de prédios e instalações. • Remoção de entulhos de lixo. • Coleta seletiva de lixo. • Movimentação de móveis e equipamentos. • Abastecimento dos setores com materiais de higiene e limpeza. • Especificação, confecção e distribuição de peças de vestuário, roupa de cama e mesa. • Programação e controle do uso da frota. • Fornecimento de serviço de transporte em apoio às atividades administrativas, de ensino,

pesquisa e extensão. • Transporte de pessoas e cargas orgânicas e inorgânicas. • Especificação e orientação para a compra de novos veículos. • Especificação e controle da manutenção preventiva e corretiva da frota. • Elaboração dos planos de segurança e normas reguladoras da segurança na instituição. • Realização de operações preventivas contra acidentes. • Instalação, vistoria e manutenção de equipamentos de prevenção e combate a incêndio. • Aplicação de primeiros socorros. • Condução de veículos automotores e máquinas. • Remoção de vítimas ou bens atingidos. • Execução de atividades de defesa patrimonial. • Investigações e registro das anormalidades. • Registro de ocorrências de sinistros, desvios, furtos, roubos ou invasões. • Atuação em postos de segurança instalados nas entradas, portarias e vias de acesso. • Confecção, recuperação e modificação de móveis. • Especificação e orientação à compra de máquinas e ferramentas. • Vistoria e manutenção de móveis. • Operação de caldeiras, hidroelétricas e estações de água e esgotos. • Execução e controle de mensagens recebidas e expedidas. • Operação de mesa telefônica. • Coleta e registro de ligações. • Outras atividades de mesma natureza.

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3. Ciências Humanas, Jurídicas e Econômicas

Descrição do ambiente organizacional:

Planejamento, execução e avaliação das atividades de pesquisa e extensão e de apoio ao ensino em sala de aula, nos laboratórios, oficinas, campos de experimento ou outros espaços onde ocorram a produção e a transmissão do conhecimento no campo das Ciências Humanas, Jurídicas e Econômicas. Integram esse ambiente as seguintes áreas, além de outras que em cada instituição forem consideradas necessárias ao cumprimento de seus objetivos: direito, administração, economia, demografia, pedagogia, comunicação, serviço social, economia doméstica, turismo, filosofia, sociologia, ciências sociais, estudos sociais, arquitetura e urbanismo, antropologia, arqueologia, história, geografia, psicologia, educação, ciências políticas, lingüísticas, letras, cartografia, história natural, história da educação, relações internacionais, cooperativismo e ciências contábeis.

Atividades nessas áreas:

• Planejamento, execução, fiscalização, controle ou avaliação de projetos e atividades de pesquisa e extensão.

• Realização de estudos de viabilidade econômica e social.

• Manutenção, assistência, assessoria, consultoria, fiscalização, perícia, avaliação, arbitramento, elaboração de laudo e parecer técnico, suporte técnico-administrativo a projetos ou atividades.

• Realização de coleta e tratamento de dados e amostras.

• Preparação de material didático e científico.

• Estudo sobre aplicação de leis, metodologias, normas e regulamentos.

• Controle, conservação e restauração dos monumentos tombados e limpeza de acervos.

• Outras atividades de mesma natureza.

4. Ciências Biológicas

Descrição do ambiente organizacional:

Planejamento, execução e avaliação das atividades de pesquisa, extensão, assistência e de apoio ao ensino em sala de aula, laboratórios, oficinas, campos de experimento ou outros espaços onde ocorram a produção e a transmissão do conhecimento no campo das Ciências Biológicas. Integram esse ambiente as seguintes áreas, além de outras que em cada instituição forem consideradas necessárias ao cumprimento de seus objetivos: matemática, estatística, química, oceanografia, biologia geral, botânica, zoologia, morfologia, fisiologia, bioquímica, biofísica, farmacologia, imunologia, ecologia, parasitologia, bioengenharia, medicina, odontologia, farmácia, enfermagem, saúde coletiva, zootecnia, medicina veterinária, tecnologia de alimentos, educação, biomedicina e microbiologia.

Atividades nessas áreas:

• Planejamento, execução, fiscalização, controle ou avaliação de projetos e atividades de pesquisa e extensão.

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• Realização de estudos de viabilidade econômica, social e de impacto ambiental. • Realização de atividades em manutenção, assistência, assessoria, fiscalização, orientação,

perícia e suporte técnico-administrativo a projetos ou atividades. • Realização de coleta e tratamento de dados. • Preparação de material didático e científico. • Realização de estudos e experiências relativas à fabricação e transformação de alimentos. • Análise e teste de processos, produtos novos ou aperfeiçoados. • Determinação de misturas e fórmulas experimentais. • Preparação em macro e microfotografia de pequenos objetos, lâminas de cultura. • Documentação de peças anatômicas de cadáveres e pequenas peças cirúrgicas. • Preparação, classificação e catalogação de vegetais e animais. • Realização de análise de peças anatômicas. • Assepsia de material de laboratório em geral. • Tratamento de peles de animais mortos. • Outras atividades de mesma natureza.

5. Ciências Exatas e da Natureza

Descrição do ambiente organizacional:

Planejamento, execução e avaliação das atividades de pesquisa e extensão e de apoio ao ensino em sala de aula, laboratórios, oficinas, campos de experimento ou outros espaços onde ocorram a produção e a transmissão do conhecimento no campo das Ciências Exatas e da Natureza. Integram esse ambiente as seguintes áreas, além de outras que em cada instituição forem consideradas necessárias ao cumprimento de seus objetivos: meteorologia, geologia, topografia, cartografia, saneamento, química, física, matemática, extração mineral, obras, extração e refino de petróleo e gás natural, geologia, probabilidade estatística, ciências da computação, tecnologia da informação, astronomia, geociências, oceanografia, engenharias: civil, de minas, materiais e metalúrgica, elétrica, eletrônica, telecomunicações, mecânica, sanitária, química, de produção, nuclear, transportes, naval e oceânica, aeroespacial e biomédica.

Atividades nessas áreas:

• Planejamento, execução, fiscalização, controle ou avaliação de projetos e atividades de pesquisa e extensão.

• Realização de estudos de viabilidade econômica, social e de impacto ambiental. • Realização de atividades em manutenção, assistência, assessoria, fiscalização, perícia e

suporte técnico-administrativo a projetos ou atividades. • Realização de coleta e tratamento de dados. • Assepsia e preparo de laboratório e dos materiais necessários ao seu funcionamento.

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• Realização de coleta e análise de materiais em geral, através de métodos físicos, químicos, físico-químicos e bioquímicos, para se identificar, qualitativo e quantitativamente, os componentes desses materiais, utilizando-se a metodologia prescrita.

• Montagem de experimentos. • Auxílio nas análises e testes laboratoriais com registro e arquivamento de cópias dos

resultados dos exames, testes e análises. • Ensaios dos materiais, testes e verificação, para comprovar a qualidade das obras ou

serviços. • Realização de estudos e experiências de laboratórios. • Preparação de informes sobre descobertas e conclusões. • Manipulação dos insumos. • Controle de estoque de material usado em laboratório. • Conservação da aparelhagem de laboratório. • Controle de qualidade de materiais. • Outras atividades de mesma natureza.

6. Ciências da Saúde

Descrição do ambiente organizacional:

Planejamento, execução e avaliação das atividades de pesquisa, extensão, assistência e de apoio ao ensino em sala de aula, laboratórios, hospitais, ambulatórios, áreas de processamento de refeições e alimentos, campos de experimento ou outros espaços onde ocorram a produção e a transmissão do conhecimento no campo das Ciências da Saúde. Integram esse ambiente as seguintes áreas, além de outras que em cada instituição forem consideradas necessárias ao cumprimento de seus objetivos: medicina, odontologia, farmácia, nutrição, serviço social, ciências biomédicas, saúde coletiva, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, diagnóstico por imagem, educação física, psicologia e medicina veterinária.

Atividades nessas áreas:

• Planejamento, execução, fiscalização, controle ou avaliação de projetos e atividades de pesquisa e extensão.

• Realização de estudos de viabilidade econômica e social. • Realização de atividades em manutenção, assistência, assessoria, fiscalização, perícia e

suporte técnico-administrativo a projetos ou atividades. • Realização de coleta e tratamento de dados. • Participação em campanhas sanitárias. • Auxílio em calamidades públicas. • Execução de programas de assistência integral à saúde individual e coletiva. • Exames, diagnóstico e tratamentos com registro e arquivamento de cópias dos resultados. • Montagem de experimentos. • Observância das leis e regulamentos de saúde.

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• Preparação de informes sobre descobertas e conclusões. • Especificação para compras. • Limpeza, desinfecção e esterilização de móveis, equipamentos, utensílio e áreas de

trabalho. • Prevenção de danos físicos e morais a pacientes durante a assistência à saúde. • Educação e vigilância sanitária. • Programas de capacitação de pessoal da área da saúde. • Elaboração e operacionalização de sistemas de referência e contra-referência nos diferentes

níveis de atenção à saúde. • Análise de carências alimentares e aproveitamento dos recursos nutricionais. • Controle, estocagem, preparação, conservação e distribuição dos alimentos. • Prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças humanas e animais. • Intervenções cirúrgicas para correção e tratamento de lesões e doenças. • Recebimento, armazenagem, manipulação e distribuição de produtos farmacêuticos. • Prevenção e controle das doenças transmissíveis e controle de infecção hospitalar. • Realização de autopsias e necropsias. • Preparo de cadáveres e peças anatômicas. • Diagnóstico e assistência psicológica a pacientes e familiares. • Exames pré-admissionais, periódicos e especiais dos servidores. • Elaboração da política de saúde ocupacional e expedição de normas internas e orientações. • Proposição e aferição dos indicadores dos aspectos de higiene e segurança no trabalho e

correção dos problemas encontrados. • Outras atividades de mesma natureza.

7. Agropecuário

Descrição do ambiente organizacional:

Planejamento, execução e avaliação das atividades de pesquisa e extensão e de apoio ao ensino em sala de aula, nos laboratórios, oficinas, fazenda-escola, campos de experimento ou outras espaços onde ocorram a produção e a transmissão do conhecimento no campo das Ciências Agropecuárias. Integram esse ambiente as seguintes áreas, além de outras que em cada Instituição forem consideradas necessárias ao cumprimento de seus objetivos: agronomia, recursos florestais, engenharia florestal, engenharia agrícola, medicina veterinária, recursos pesqueiros, engenharia da pesca, ciência e tecnologia dos alimentos, cooperativismo, zootecnia, curtume e tanagem, enologia, vigilância florestal, apicultura, zoologia, defesa fitossanitária, produção e manejo animal de pequeno, médio e grande porte, mecanização agrícola, parques e jardins, beneficiamento de recursos vegetais, produção de carvão e horticultura.

Atividades nessas áreas:

• Planejamento, execução, fiscalização, controle ou avaliação de projetos e atividades de pesquisa e extensão.

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• Realização de estudos de viabilidade econômica, social e de impacto ambiental. • Manutenção, assistência, assessoria, consultoria, fiscalização, perícia, avaliação,

arbitramento, elaboração de laudo e parecer técnico, suporte técnico-administrativo a projetos ou atividades.

• Realização de coleta e tratamento de dados e amostras. • Montagem de experimentos para aulas e pesquisa. • Análise de materiais, limpeza e conservação de instalações, equipamentos e materiais dos

laboratórios. • Exploração de recursos naturais e processamento e industrialização de produtos

agropecuários. • Elaboração e acompanhamento de programas de reprodução, criação, melhoramento de

animais e vegetais, nutrição animal, prevenção de doenças, guarda e abate de animais. • Controle e fiscalização sanitária da produção, manipulação, armazenamento e

comercialização dos produtos de origem animal e vegetal. • Consultoria, assistência e assessoramento à coordenação de sistemas cooperativos de

produção de bens agropecuários. • Produção, plantio, adubação, cultura, colheita e beneficiamento das espécies vegetais. • Diagnóstico e tratamento de doenças dos animais. • Controle de zoonoses e avaliações epidemiológicas. • Classificação dos diversos vegetais. • Preparo, conservação e limpeza de campos e jardins para utilização em aulas, experimentos

e pesquisa. • Manutenção e conservação das áreas experimentais. • Alimentação e guarda de animais das áreas e fazendas experimentais. • Instalação de sistemas de irrigação e drenagem. • Beneficiamento de produtos animais. • Análise e tratamento do solo e da água. • Planejamento e utilização de recursos hídricos. • Vigilância florestal. • Outras atividades de mesma natureza.

8. InformaçãoDescrição do ambiente organizacional:

Gestão do sistema de informações institucionais, envolvendo planejamento, execução, coordenação e avaliação de projetos e atividades nas áreas de microfilmagem, informatização, comunicação, biblioteconomia, museologia e arquivologia.

Atividades nessas áreas:

• Planejamento, execução, fiscalização, controle ou avaliação de projetos e atividades de pesquisa e extensão.

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• Realização de estudos de viabilidade econômica e social. • Manutenção, assistência, assessoria, consultoria, fiscalização, perícia, avaliação,

arbitramento, elaboração de laudo e parecer técnico, suporte técnico-administrativo a projetos ou atividades.

• Realização de coleta e tratamento de dados e amostras. • Execução de microfilmagem, manutenção e conservação dos equipamentos e acervos. • Assistência técnica na utilização de recursos de informática e de informação. • Produção e implementação de conteúdo e material para publicação em websites. • Manutenção preventiva e corretiva em sistema de comunicações. • Administração da biblioteca. • Atendimento aos usuários da biblioteca. • Controle de registro de usuários, empréstimo e devolução de material, guarda de

documentos. • Manutenção de fichários, controle do uso das dependências da biblioteca. • Manutenção de catálogos de livreiros e editores. • Preservação, conservação e restauração e controle de acervos. • Implementação de base de dados bibliográficos e não bibliográficos. • Seleção, catalogação, classificação de itens documentais e de informação. • Programação e avaliação da performance de sistemas de processamentos de dados. • Operação de redes de comunicação. • Instalação e administração de sistemas operacionais e aplicativos. • Elaboração, orientação e participação em programas de treinamento e cursos. • Implantação e manutenção de serviços de rede. • Análise de sistemas. • Definição do modelo de dados da instituição. • Armazenamento, manutenção e recuperação dos dados. • Implantação de sistemas de informação. • Suporte e administração de redes de comunicações. • Coordenação de sistemas e serviços de arquivos ou centros de documentação e informação

de acervos arquivísticos e mistos. • Levantamento e identificação das tipologias documentais. • Orientação da produção documental. • Definição e implementação de sistemas e instrumentos de classificação e arranjo de

documentos, implementação de políticas de avaliação documental. • Produção e publicação de instrumentos de pesquisa/descrição aplicados às normas

internacionais. • Digitalização e sistemas eletrônicos/híbridos de reprodução de documentos. • Armazenamento e transposição segura de mídias eletrônicas.

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• Assessoria em trabalhos arquivísticos, de pesquisa técnico-administrativos e científicos, implementação de sistemas de Gestão Eletrônica de Documentos Arquivísticos (GED).

• Implantação, ordenação e controle de sistemas biblioteconômicos. • Realização de estudos para o dimensionamento de equipamento, recursos humanos e

"layout" das diversas unidades da área biblioteconômica. • Estruturar e efetivar a normalização e padronização dos serviços técnicos biblioteconômicos. • Estruturar e executar a busca de dados e a pesquisa documental através da análise direta

das fontes de informações primárias, secundárias ou terciárias. • Difusão cultural das bibliotecas. • Definição de política de aquisição de peças de valor. • Registrar, catalogar, classificar e controlar as peças do museu. • Divulgação da coleção do museu através de exposições e outros meio. • Implantação de intercâmbios com outros museus. • Conservação e restauração de peças do acervo. • Outras atividades de mesma natureza.

9. Artes, Comunicação e Difusão

Descrição do ambiente organizacional:

Planejamento, elaboração, execução e controle das atividades de pesquisa e extensão e de apoio ao ensino em sala de aula, nos laboratórios, oficinas, teatros, galerias, museus, cinemas, editoras, gráficas, campos de experimento ou outras formas e espaços onde ocorram a produção e a transmissão do conhecimento no campo das artes, comunicação e difusão. Integram esse ambiente as seguintes áreas, além de outras que em cada instituição forem consideradas necessárias ao cumprimento de seus objetivos: comunicação, artes, desenho industrial, museologia, relações públicas, jornalismo, publicidade e propaganda, cinema, produção cultural, produção visual, mídia e ciências da informação.

Atividades nessas áreas:

• Planejamento, execução, fiscalização, controle ou avaliação de projetos e atividades de pesquisa e extensão.

• Realização de estudos de viabilidade econômica e social. • Manutenção, assistência, assessoria, consultoria, fiscalização, perícia, avaliação, elaboração

de laudo e parecer técnico, suporte técnico-administrativo a projetos ou atividades. • Coleta e tratamento de dados. • Montagem de experimentos para aulas e pesquisa. • Manuseio, identificação e guarda do acervo e do material produzido. • Transporte de material e de equipamentos para as atividades de ensino, pesquisa e

extensão. • Preparo de material de laboratórios e estúdios. • Confecção, afinação e manutenção de instrumentos musicais.

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• Aquisição, registros, catalogação e classificação de peças do museu. • Divulgação de atividades culturais e artísticas. • Revisão, editoração, publicação e venda de livros e periódicos. • Restauração de acervos diversos. • Confecção, manutenção e guarda de figurinos, adereços e cenários. • Manutenção e conservação de materiais e equipamentos. • Elaboração de cartazes, materiais didáticos, de expediente e outros. • Produção e tratamento de imagens fotográficas, de filmes, programas de rádio, televisão,

peças de teatro, espetáculos musicais e de dança, exibições cinematográficas, exposições e mostras de artes.

• Registro documental e por som e imagens. • Execução e verificação de roteiro. • Desenvolvimento de técnicas e ambientes para pessoas portadoras de necessidades

especiais. • Tradução ou interpretação de textos estrangeiros. • Implementação da política de comunicação social e visual. • Jornalismo. • Coleta, seleção e organização dos assuntos a serem divulgados. • Utilização de técnicas de comunicação para o atendimento de necessidades pedagógicas. • Outras atividades de mesma natureza.

10. Marítimo, Fluvial e Lacustre

Descrição do ambiente organizacional:

Planejamento, execução e avaliação das atividades de pesquisa e extensão e de apoio ao ensino em sala de aula, laboratórios, oficinas, campos de experimento ou outros espaços onde ocorram a produção e a transmissão do conhecimento no campo Marítimo, Fluvial e Lacustre. Integram esse ambiente as seguintes áreas, além de outras que em cada instituição forem consideradas necessárias ao cumprimento de seus objetivos: matemática, física, oceanografia, zoologia, morfologia, botânica, biofísica, parasitologia, engenharia naval e oceânica, antropologia, geografia, ciências políticas, engenharia cartográfica, estatística, biologia, ecologia, bioquímica, microbiologia, fisiologia, engenharia sanitária, recursos pesqueiros e engenharia de pesca, história, educação, língua portuguesa e ciências sociais.

Atividades nessas áreas:

• Planejamento, execução, fiscalização, controle ou avaliação de projetos e atividades de pesquisa e extensão.

• Realização de estudos de viabilidade econômica, social e de impacto ambiental. • Manutenção, assistência, assessoria, consultoria, fiscalização, perícia, avaliação,

arbitramento, elaboração de laudo e parecer técnico, suporte técnico-administrativo a projetos ou atividades.

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• Coleta e tratamento de dados e amostras. • Inspeção, limpeza e conservação de materiais, embarcações e instalações. • Operação de instrumentos, utensílios, equipamentos e embarcações. • Comando de embarcações. • Visceração, seleção e resfriamento de pescado. • Zelo pela segurança de embarcações. • Operação e verificação das condições de navegabilidade, segurança e higiene. • Controle, estocagem, preparação, conservação e distribuição dos alimentos. • Controle de tripulação, passageiros e cargas. • Montagem, teste e reparação da embarcação e de suas instalações. • Identificação de bens e serviços necessários à execução de projetos e atividades, bem como

o controle de custo e qualidade. • Fixação de programa de manutenção da maquinaria. • Despacho das embarcações. • Orientação, fiscalização e execução de projetos e atividades referentes ao tratamento,

produção, desenvolvimento, manejo e transporte de peixes, outros animais e plantas aquáticas.

• Estudo das cartas náuticas, definição de rumos e condução de embarcação. • Controle do processamento e industrialização de produtos pesqueiros. • Outras atividades de mesma natureza.

ANEXO III

Áreas de conhecimento relativas à educação formal, com relação direta aos ambientes organizacionais

Ambiente organizacional Administrativo:

Arquivologia;

Biblioteconomia;

Ciências Atuariais;

Ciências da Informação;

Contabilidade;

Direito;

Economia;

Economia Doméstica;

Enfermagem do Trabalho;

Engenharia de Produção;

Engenharia do Trabalho;

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Medicina do Trabalho;

Psicologia;

Relações Internacionais;

Secretariado;

Segurança do Trabalho;

Serviço Social.

Ambiente organizacional Infraestrutura:

Agrimensura;

Arquitetura e Urbanismo;

Construção Civil;

Ecologia;

Elétrica;

Eletrônica;

Eletrotécnica;

Engenharia de Produção;

Engenharia Florestal;

Hidráulica;

Material e Metalúrgica;

Segurança do Trabalho;

Telecomunicações;

Transportes.

Ambiente organizacional Ciências Humanas, Jurídicas e Econômicas:

Arquitetura e Urbanismo;

Arqueologia;

Comunicação;

Contabilidade;

Direito;

Economia;

Economia Doméstica;

Estudos Sociais;

Letras;

Relações Internacionais;

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Relações Públicas;

Serviço Social;

Teologia;

Turismo.

Ambiente organizacional Ciências Biológicas:

Bioengenharia;

Biofísica;

Biologia;

Biomedicina;

Bioquímica;

Ecologia;

Enfermagem;

Farmacologia;

Medicina Veterinária;

Medicina;

Oceanografia;

Odontologia;

Química;

Tecnologia de Alimentos;

Zootecnia.

Ambiente organizacional Ciências Exatas e da Natureza:

Agrimensura;

Agronomia;

Arqueologia;

Astronomia;

Bioengenharia;

Biologia;

Bioquímica;

Construção Civil;

Ecologia;

Elétrica;

Eletrônica;

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Engenharia Aeroespacial;

Engenharia Biomédica;

Engenharia de Minas;

Engenharia de Pesca;

Engenharia de Petróleo;

Engenharia de Produção;

Engenharia de Transporte;

Engenharia Naval;

Engenharia Nuclear;

Engenharia Oceânica;

Engenharia Química;

Engenharia Sanitária;

Farmacologia;

Física;

Geociências;

Geofísica;

Geografia;

Geologia;

Material e Metalurgia;

Mecânica;

Mecatrônica;

Medicina Veterinária;

Meteorologia;

Museologia;

Oceanografia;

Química;

Química Industrial, Recurso Florestais e Engenharia Florestal;

Tecnologia da Informação;

Zootecnia.

Ambiente organizacional Ciências da Saúde:

Biofísica;

Biologia;

Biomedicina;

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Bioquímica;

Ciências da Computação;

Ciências e Tecnologia de Alimentos;

Ecologia;

Economia Doméstica;

Educação Física;

Enfermagem;

Engenharia Nuclear;

Engenharia Sanitária;

Farmacologia;

Física;

Fisioterapia;

Fonoaudiologia;

Medicina;

Medicina Veterinária;

Nutrição;

Odontologia;

Psicologia;

Química;

Serviço Social;

Terapia Ocupacional;

Ambiente organizacional Agropecuário:

Agrimensura;

Agronomia;

Biologia;

Bioquímica;

Cooperativismo;

Ecologia;

Economia;

Economia Doméstica;

Engenharia Agrícola;

Engenharia Florestal e Recursos Florestais;

Engenharia Química;

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Farmacologia;

Física;

Geociências;

Medicina Veterinária;

Nutrição;

Pecuária;

Produção Agroindustrial;

Química;

Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca;

Tecnologia da Informação;

Tecnologia de Alimentos;

Zoologia;

Zootecnia.

Ambiente organizacional Informação:

Arquivologia;

Biblioteconomia;

Ciências da Informação;

Comunicação;

Engenharia Eletrônica;

Física;

Letras;

Museologia;

Música;

Produção Cultural;

Programação Visual;

Psicologia;

Relações Públicas;

Tecnologia da Informação.

Ambiente organizacional Artes, Comunicação e Difusão:

Arquitetura e Urbanismo;

Artes Visuais;

Artes Cênicas;

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Ciência da Informação;

Comunicação;

Decoração;

Desenho de Moda e Projetos;

Desenho Industrial;

Educação Artística;

Elétrica;

Eletrônica;

Engenharia Têxtil;

Física;

Tecnologia da Informação;

Letras;

Museologia;

Música;

Produção Cultural;

Programação Visual;

Psicologia;

Relações Públicas.

Ambiente organizacional Marítimo, Fluvial e Lacustre:

Astronomia;

Biofísica;

Biologia;

Bioquímica;

Ecologia;

Engenharia Cartográfica;

Engenharia Naval e Oceânica;

Engenharia Sanitária;

Física;

Geociências;

Medicina Veterinária;

Meteorologia;

Oceanografia;

Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca;

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Tecnologia da Informação.

Todos os ambientes organizacionais:

Administração;

Antropologia;

Ciência Política;

Ciências Sociais;

Educação – Magistério superior em nível superior, Magistério e Normal em nível médio;

Estatística;

Filosofia;

Geografia;

História;

Letras – Habilitação em Língua Portuguesa em nível de graduação e área de Língua Portuguesa em nível de pós-graduação;

Matemática;

Pedagogia;

Sociologia.

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Legislação Específica

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO

Mudanças em outras partes da LDBEN, que estão fora da parte do ensino médio:

Olá alunos, aqui estão os principais pontos que devem ser analisados por vocês junto com as alterações do ensino médio (Art. 35 ao Art. 36). Pois, estes pontos foram alterados em 2017, no resto a lei permanece a mesma LDBEN, conforme todos os destaques realizados em aula.

Sobre a carga horária mínima do ensino fundamental e médio:

Carga horária mínima para o ensino fundamental e médio de 800hs. Distribuídos em no mínimo 200 dias letivos.

O ensino médio deverá ter no prazo de 5 anos, a contar de março de 2017 o mínimo de 1.400hs de carga horária e a partir de 02/03/2017 no mínimo 1000hs anuais de carga horária.

“Art. 24. ...........................................................

I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;

.................................................................................

§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017.

§ 2º Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação de jovens e adultos e de ensino noturno regular, adequado às condições do educando, conforme o inciso VI do art. 4º.”

A arte se torna componente curricular obrigatório na educação básica. E o ensino da língua inglesa entra no currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano.

Além disso, para incluir novos componentes curriculares de caráter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação.

“Art. 26. ......................................................................................................................................

§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório da educação básica.

...............................................................................................................................................

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§ 5º No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, será ofertada a língua inglesa.

...............................................................................................................................................

§ 7º A integralização curricular poderá incluir, a critério dos sistemas de ensino, projetos e pesquisas envolvendo os temas transversais de que trata o caput.

...............................................................................................................................................

§ 10. A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação.”

“Art. 44. ......................................................................................................................................

§ 3º O processo seletivo referido no inciso II considerará as competências e as habilidades definidas na Base Nacional Comum Curricular.”

“Art. 61. ......................................................................................................................................

IV – profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino, para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação ou experiência profissional, atestados por titulação específica ou prática de ensino em unidades educacionais da rede pública ou privada ou das corporações privadas em que tenham atuado, exclusivamente para atender ao inciso V do caput do art. 36;

V – profissionais graduados que tenham feito complementação pedagógica, conforme disposto pelo Conselho Nacional de Educação.

..............................................................................................................................................”

“Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal.

...............................................................................................................................................

§ 8º Os currículos dos cursos de formação de docentes terão por referência a Base Nacional Comum Curricular.”

E estas foram as alterações agora de 2017 na lei de diretrizes e bases da educação que não estão na aula de ensino médio que foi totalmente alterado pelas mudanças na LDBEN, mas estão pelo decorrer da norma em diversos artigos como se pode verificar.

Atenção, pois as principais mudanças além da parte do ensino médio, foram os artigos 24 e 26 da LDEN que já estão destacados neste material.

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Legislação Específica – Lei nº 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Prof. Mateus Silveira

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LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996

Estabelece as diretrizes e bases da educação na-cional.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

Da Educação

Art. 1º A educação abrange os processos for-mativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas insti-tuições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições pró-prias.

§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

TÍTULO II

Dos Princípios e Fins da Educação Nacional

Art. 2º A educação, dever da família e do Esta-do, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por fina-lidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesqui-sar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;

III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV – respeito à liberdade e apreço à tolerân-cia;

V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI – gratuidade do ensino público em esta-belecimentos oficiais;

VII – valorização do profissional da educa-ção escolar;

VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos siste-mas de ensino;

IX – garantia de padrão de qualidade;

X – valorização da experiência extra-escolar;

XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

XII – consideração com a diversidade étni-co-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

TÍTULO IIIDo Direito à Educação e do Dever de Educar

Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Reda-ção dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

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a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

II – educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

III – atendimento educacional especializa-do gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, trans-versal a todos os níveis, etapas e modalida-des, preferencialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

IV – acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria; (Reda-ção dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

V – acesso aos níveis mais elevados do en-sino, da pesquisa e da criação artística, se-gundo a capacidade de cada um;

VI – oferta de ensino noturno regular, ade-quado às condições do educando;

VII – oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessi-dades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;

VIII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didá-tico-escolar, transporte, alimentação e as-sistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

IX – padrões mínimos de qualidade de en-sino, definidos como a variedade e quanti-dade mínimas, por aluno, de insumos indis-

pensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

X – vaga na escola pública de educação in-fantil ou de ensino fundamental mais próxi-ma de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).

Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comu-nitária, organização sindical, entidade de clas-se ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 1º O poder público, na esfera de sua com-petência federativa, deverá: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

I – recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

II – fazer-lhes a chamada pública;

III – zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais.

§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judi-cial correspondente.

§ 4º Comprovada a negligência da autorida-de competente para garantir o oferecimen-

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to do ensino obrigatório, poderá ela ser im-putada por crime de responsabilidade.

§ 5º Para garantir o cumprimento da obriga-toriedade de ensino, o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferen-tes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.

Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetu-ar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, aten-didas as seguintes condições:

I – cumprimento das normas gerais da edu-cação nacional e do respectivo sistema de ensino;

II – autorização de funcionamento e avalia-ção de qualidade pelo Poder Público;

III – capacidade de autofinanciamento, res-salvado o previsto no art. 213 da Constitui-ção Federal.

TÍTULO IVDa Organização da Educação Nacional

Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de cola-boração, os respectivos sistemas de ensino.

§ 1º Caberá à União a coordenação da políti-ca nacional de educação, articulando os dife-rentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em rela-ção às demais instâncias educacionais.

§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta Lei.

Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento)

I – elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

II – organizar, manter e desenvolver os ór-gãos e instituições oficiais do sistema fede-ral de ensino e o dos Territórios;

III – prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Mu-nicípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento priori-tário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva;

IV – estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum;

IV-A – estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, diretrizes e procedimentos para identifica-ção, cadastramento e atendimento, na edu-cação básica e na educação superior, de alu-nos com altas habilidades ou superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015)

V – coletar, analisar e disseminar informa-ções sobre a educação;

VI – assegurar processo nacional de avalia-ção do rendimento escolar no ensino fun-damental, médio e superior, em colabora-ção com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;

VII – baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação;

VIII – assegurar processo nacional de avalia-ção das instituições de educação superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de ensino;

IX – autorizar, reconhecer, credenciar, su-pervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação supe-rior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino. (Vide Lei nº 10.870, de 2004)

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§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com fun-ções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei.

§ 2º Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais.

§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos Estados e ao Dis-trito Federal, desde que mantenham insti-tuições de educação superior.

Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de:

I – organizar, manter e desenvolver os ór-gãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino;

II – definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino fundamen-tal, as quais devem assegurar a distribui-ção proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público;

III – elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as di-retrizes e planos nacionais de educação, in-tegrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios;

IV – autorizar, reconhecer, credenciar, su-pervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação supe-rior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino;

V – baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;

VI – assegurar o ensino fundamental e ofe-recer, com prioridade, o ensino médio a to-dos que o demandarem, respeitado o dis-posto no art. 38 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009)

VII – assumir o transporte escolar dos alu-nos da rede estadual. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)

Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar--se-ão as competências referentes aos Esta-dos e aos Municípios.

Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:

I – organizar, manter e desenvolver os ór-gãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e pla-nos educacionais da União e dos Estados;

II – exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;

III – baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;

IV – autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino;

V – oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensi-no fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as neces-sidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à ma-nutenção e desenvolvimento do ensino.

VI – assumir o transporte escolar dos alu-nos da rede municipal. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)

Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema es-tadual de ensino ou compor com ele um sis-tema único de educação básica.

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respei-tadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

I – elaborar e executar sua proposta peda-gógica;

II – administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;

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III – assegurar o cumprimento dos dias leti-vos e horas-aula estabelecidas;

IV – velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;

VI – articular-se com as famílias e a comu-nidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;

VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os res-ponsáveis legais, sobre a frequência e rendi-mento dos alunos, bem como sobre a exe-cução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009)

VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Mu-nicípio, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Pú-blico a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do percentual permitido em lei. (Incluído pela Lei nº 10.287, de 2001)

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

I – participar da elaboração da proposta pe-dagógica do estabelecimento de ensino;

II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabe-lecimento de ensino;

III – zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integral-mente dos períodos dedicados ao planeja-mento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

VI – colaborar com as atividades de articula-ção da escola com as famílias e a comunidade.

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as nor-mas da gestão democrática do ensino público

na educação básica, de acordo com as suas pe-culiaridades e conforme os seguintes princípios:

I – participação dos profissionais da educa-ção na elaboração do projeto pedagógico da escola;

II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autono-mia pedagógica e administrativa e de gestão fi-nanceira, observadas as normas gerais de direi-to financeiro público.

Art. 16. O sistema federal de ensino compreen-de: (Regulamento)

I – as instituições de ensino mantidas pela União;

II – as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa privada;

III – os órgãos federais de educação.

Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem:

I – as instituições de ensino mantidas, res-pectivamente, pelo Poder Público estadual e pelo Distrito Federal;

II – as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público municipal;

III – as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela iniciativa privada;

IV – os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente.

Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de educação infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino.

Art. 18. Os sistemas municipais de ensino com-preendem:

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I – as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas pelo Poder Público municipal;

II – as instituições de educação infantil cria-das e mantidas pela iniciativa privada;

III – os órgãos municipais de educação.

Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis classificam-se nas seguintes categorias administrativas: (Regulamento) (Regulamento)

I – públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público;

II – privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurí-dicas de direito privado.

Art. 20. As instituições privadas de ensino se enquadrarão nas seguintes categorias: (Regula-mento) (Regulamento)

I – particulares em sentido estrito, assim en-tendidas as que são instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não apresentem as características dos incisos abaixo;

II – comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclu-sive cooperativas educacionais, sem fins lu-crativos, que incluam na sua entidade man-tenedora representantes da comunidade; (Redação dada pela Lei nº 12.020, de 2009)

III – confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação confessional e ideo-logia específicas e ao disposto no inciso an-terior;

IV – filantrópicas, na forma da lei.

TÍTULO V

Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

CAPÍTULO IDA COMPOSIÇÃO DOS

NÍVEIS ESCOLARES

Art. 21. A educação escolar compõe-se de:

I – educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino mé-dio;

II – educação superior.

CAPÍTULO IIDA EDUCAÇÃO BÁSICA

Seção IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a forma-ção comum indispensável para o exercício da ci-dadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, gru-pos não-seriados, com base na idade, na com-petência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomen-dar.

§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais.

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§ 2º O calendário escolar deverá adequar--se às peculiaridades locais, inclusive climá-ticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.

Art. 24. A educação básica, nos níveis funda-mental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:

I – a carga horária mínima anual será de oi-tocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo traba-lho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

II – a classificação em qualquer série ou eta-pa, exceto a primeira do ensino fundamen-tal, pode ser feita:

a) por promoção, para alunos que cursa-ram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola;

b) por transferência, para candidatos proce-dentes de outras escolas;

c) independentemente de escolarização an-terior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e ex-periência do candidato e permita sua inscri-ção na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino;

III – nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do res-pectivo sistema de ensino;

IV – poderão organizar-se classes, ou tur-mas, com alunos de séries distintas, com ní-veis equivalentes de adiantamento na ma-téria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;

V – a verificação do rendimento escolar ob-servará os seguintes critérios:

a) avaliação contínua e cumulativa do de-sempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;

b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;

c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;

d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

e) obrigatoriedade de estudos de recupe-ração, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas institui-ções de ensino em seus regimentos;

VI – o controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regi-mento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação;

VII – cabe a cada instituição de ensino expe-dir históricos escolares, declarações de con-clusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especifica-ções cabíveis.

§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser amplia-da de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo má-ximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 2º Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação de jovens e adultos e de ensino noturno regular, adequado às condições do educando, conforme o inciso VI do art. 4º. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

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Art. 25. Será objetivo permanente das autorida-des responsáveis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento.

Parágrafo único. Cabe ao respectivo siste-ma de ensino, à vista das condições disponí-veis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo.

Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complemen-tada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diver-sificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estu-do da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil.

§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá com-ponente curricular obrigatório da educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curri-cular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; (In-cluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

IV – amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes cultu-ras e etnias para a formação do povo brasi-leiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia.

§ 5º No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, será ofertada a língua inglesa. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 6º As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que constituirão o componente curricular de que trata o § 2º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.278, de 2016)

§ 7º A integralização curricular poderá in-cluir, a critério dos sistemas de ensino, projetos e pesquisas envolvendo os temas transversais de que trata o caput. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 8º A exibição de filmes de produção nacio-nal constituirá componente curricular com-plementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais. (In-cluído pela Lei nº 13.006, de 2014)

§ 9º Conteúdos relativos aos direitos huma-nos e à prevenção de todas as formas de violência contra a criança e o adolescente serão incluídos, como temas transversais, nos currículos escolares de que trata o ca-put deste artigo, tendo como diretriz a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), observada a produção e distribuição de material didáti-co adequado. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)

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§ 10. A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Edu-cação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fun-damental e de ensino médio, públicos e priva-dos, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

§ 1º O conteúdo programático a que se re-fere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a par-tir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, per-tinentes à história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indíge-nas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretri-zes:

I – a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

II – consideração das condições de escolari-dade dos alunos em cada estabelecimento;

III – orientação para o trabalho;

IV – promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.

Art. 28. Na oferta de educação básica para a po-pulação rural, os sistemas de ensino promove-rão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:

I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interes-ses dos alunos da zona rural;

II – organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;

III – adequação à natureza do trabalho na zona rural.

Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas será precedido de manifestação do órgão nor-mativo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a mani-festação da comunidade escolar. (Incluído pela Lei nº 12.960, de 2014)

Seção IIDA EDUCAÇÃO INFANTIL

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desen-volvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, inte-lectual e social, complementando a ação da fa-mília e da comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

Art. 30. A educação infantil será oferecida em:

I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;

II – pré-escolas, para as crianças de 4 (qua-tro) a 5 (cinco) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

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Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: (Reda-ção dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

I – avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

II – carga horária mínima anual de 800 (oi-tocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educa-cional; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

III – atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

IV – controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequên-cia mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

V – expedição de documentação que permi-ta atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

Seção IIIDO ENSINO FUNDAMENTAL

Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)

I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o ple-no domínio da leitura, da escrita e do cálcu-lo;

II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se funda-menta a sociedade;

III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a forma-ção de atitudes e valores;

IV – o fortalecimento dos vínculos de famí-lia, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

§ 1º É facultado aos sistemas de ensino des-dobrar o ensino fundamental em ciclos.

§ 2º Os estabelecimentos que utilizam pro-gressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progres-são continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, ob-servadas as normas do respectivo sistema de ensino.

§ 3º O ensino fundamental regular será mi-nistrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.

§ 5º O currículo do ensino fundamental in-cluirá, obrigatoriamente, conteúdo que tra-te dos direitos das crianças e dos adolescen-tes, tendo como diretriz a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a produção e distribuição de material didáti-co adequado. (Incluído pela Lei nº 11.525, de 2007).

§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema transversal nos currículos do ensino fundamental. (Incluído pela Lei nº 12.472, de 2011).

Art. 33. O ensino religioso, de matrícula faculta-tiva, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários nor-mais das escolas públicas de ensino fundamen-

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tal, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997)

§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos con-teúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. (Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997)

§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denomina-ções religiosas, para a definição dos conteú-dos do ensino religioso. (Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997)

Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamen-tal incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola.

§ 1º São ressalvados os casos do ensino no-turno e das formas alternativas de organiza-ção autorizadas nesta Lei.

§ 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a cri-tério dos sistemas de ensino.

Seção IVDO ENSINO MÉDIO

Art. 35. O ensino médio, etapa final da educa-ção básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades:

I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino funda-mental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continu-ar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posterio-res;

III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelec-tual e do pensamento crítico;

IV – a compreensão dos fundamentos cien-tífico-tecnológicos dos processos produti-vos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhecimento: (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

I – linguagens e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

II – matemática e suas tecnologias; (Incluí-do pela Lei nº 13.415, de 2017)

III – ciências da natureza e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

IV – ciências humanas e sociais aplicadas. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 1º A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do art. 26, definida em cada sistema de ensino, deverá estar har-monizada à Base Nacional Comum Curri-cular e ser articulada a partir do contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 2º A Base Nacional Comum Curricular re-ferente ao ensino médio incluirá obrigato-riamente estudos e práticas de educação física, arte, sociologia e filosofia. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 3º O ensino da língua portuguesa e da ma-temática será obrigatório nos três anos do ensino médio, assegurada às comunidades indígenas, também, a utilização das respec-tivas línguas maternas. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

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§ 4º Os currículos do ensino médio inclui-rão, obrigatoriamente, o estudo da língua inglesa e poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter optativo, prefe-rencialmente o espanhol, de acordo com a disponibilidade de oferta, locais e horários definidos pelos sistemas de ensino. (Incluí-do pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 5º A carga horária destinada ao cumpri-mento da Base Nacional Comum Curricular não poderá ser superior a mil e oitocentas horas do total da carga horária do ensino médio, de acordo com a definição dos siste-mas de ensino. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 6º A União estabelecerá os padrões de de-sempenho esperados para o ensino médio, que serão referência nos processos nacio-nais de avaliação, a partir da Base Nacio-nal Comum Curricular. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 7º Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para sua formação nos aspectos físicos, cogniti-vos e socioemocionais. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 8º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação processual e formativa serão organizados nas redes de ensino por meio de atividades teóricas e práticas, pro-vas orais e escritas, seminários, projetos e atividades on-line, de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre: (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

I – domínio dos princípios científicos e tec-nológicos que presidem a produção moder-na; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

II – conhecimento das formas contempo-râneas de linguagem. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

Art. 36. O currículo do ensino médio será com-posto pela Base Nacional Comum Curricular e

por itinerários formativos, que deverão ser or-ganizados por meio da oferta de diferentes ar-ranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino, a saber: (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

I – linguagens e suas tecnologias; (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

II – matemática e suas tecnologias; (Reda-ção dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

III – ciências da natureza e suas tecnologias; (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

IV – ciências humanas e sociais aplicadas; (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

V – formação técnica e profissional. (Incluí-do pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 1º A organização das áreas de que trata o caput e das respectivas competências e ha-bilidades será feita de acordo com critérios estabelecidos em cada sistema de ensino. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

II – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

III – (revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.684, de 2008)

§ 2º (Revogado pela Lei nº 11.741, de 2008)

§ 3º A critério dos sistemas de ensino, po-derá ser composto itinerário formativo in-tegrado, que se traduz na composição de componentes curriculares da Base Nacional Comum Curricular – BNCC e dos itinerários formativos, considerando os incisos I a V do caput. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 4º (Revogado pela Lei nº 11.741, de 2008)

§ 5º Os sistemas de ensino, mediante dispo-nibilidade de vagas na rede, possibilitarão ao aluno concluinte do ensino médio cursar

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mais um itinerário formativo de que trata o caput. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 6º A critério dos sistemas de ensino, a oferta de formação com ênfase técnica e profissional considerará: (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

I – a inclusão de vivências práticas de traba-lho no setor produtivo ou em ambientes de simulação, estabelecendo parcerias e fazen-do uso, quando aplicável, de instrumentos estabelecidos pela legislação sobre apren-dizagem profissional; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

II – a possibilidade de concessão de certifi-cados intermediários de qualificação para o trabalho, quando a formação for estrutura-da e organizada em etapas com terminali-dade. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 7º A oferta de formações experimentais relacionadas ao inciso V do caput, em áreas que não constem do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, dependerá, para sua conti-nuidade, do reconhecimento pelo respecti-vo Conselho Estadual de Educação, no prazo de três anos, e da inserção no Catálogo Na-cional dos Cursos Técnicos, no prazo de cin-co anos, contados da data de oferta inicial da formação. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 8º A oferta de formação técnica e profis-sional a que se refere o inciso V do caput, realizada na própria instituição ou em par-ceria com outras instituições, deverá ser aprovada previamente pelo Conselho Esta-dual de Educação, homologada pelo Secre-tário Estadual de Educação e certificada pe-los sistemas de ensino. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 9º As instituições de ensino emitirão cer-tificado com validade nacional, que habili-tará o concluinte do ensino médio ao pros-seguimento dos estudos em nível superior ou em outros cursos ou formações para os quais a conclusão do ensino médio seja eta-

pa obrigatória. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 10. Além das formas de organização pre-vistas no art. 23, o ensino médio poderá ser organizado em módulos e adotar o sistema de créditos com terminalidade específica. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 11. Para efeito de cumprimento das exi-gências curriculares do ensino médio, os sistemas de ensino poderão reconhecer competências e firmar convênios com insti-tuições de educação a distância com notó-rio reconhecimento, mediante as seguintes formas de comprovação: (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

I – demonstração prática; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

II – experiência de trabalho supervisionado ou outra experiência adquirida fora do am-biente escolar; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

III – atividades de educação técnica ofere-cidas em outras instituições de ensino cre-denciadas; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

IV – cursos oferecidos por centros ou pro-gramas ocupacionais; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

V – estudos realizados em instituições de ensino nacionais ou estrangeiras; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

VI – cursos realizados por meio de educa-ção a distância ou educação presencial me-diada por tecnologias. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

§ 12. As escolas deverão orientar os alunos no processo de escolha das áreas de conhe-cimento ou de atuação profissional previs-tas no caput. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

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Seção IV-ADA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO(Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste Capítulo, o ensino médio, atendida a for-mação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições espe-cializadas em educação profissional. (Inclu-ído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 36-B. A educação profissional técnica de ní-vel médio será desenvolvida nas seguintes for-mas: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

I – articulada com o ensino médio; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

II – subseqüente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Parágrafo único. A educação profissional técnica de nível médio deverá observar: (In-cluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

I – os objetivos e definições contidos nas di-retrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação; (In-cluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

II – as normas complementares dos respec-tivos sistemas de ensino; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

III – as exigências de cada instituição de en-sino, nos termos de seu projeto pedagógico. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 36-C. A educação profissional técnica de ní-vel médio articulada, prevista no inciso I do ca-put do art. 36-B desta Lei, será desenvolvida de forma: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

I – integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sen-do o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensi-no, efetuando-se matrícula única para cada aluno; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

II – concomitante, oferecida a quem ingres-se no ensino médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo ocorrer: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

a) na mesma instituição de ensino, apro-veitando-se as oportunidades educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

b) em instituições de ensino distintas, apro-veitando-se as oportunidades educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

c) em instituições de ensino distintas, me-diante convênios de intercomplementarida-de, visando ao planejamento e ao desenvol-vimento de projeto pedagógico unificado. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação profissional técnica de nível médio, quando re-gistrados, terão validade nacional e habilitarão ao prosseguimento de estudos na educação su-perior. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Parágrafo único. Os cursos de educação profissional técnica de nível médio, nas for-mas articulada concomitante e subseqüen-te, quando estruturados e organizados em etapas com terminalidade, possibilitarão a obtenção de certificados de qualificação para o trabalho após a conclusão, com apro-veitamento, de cada etapa que caracterize uma qualificação para o trabalho. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

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Seção VDA EDUCAÇÃO DE

JOVENS E ADULTOS

Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamen-tal e médio na idade própria.

§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gra-tuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apro-priadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

§ 2º O Poder Público viabilizará e estimula-rá o acesso e a permanência do trabalha-dor na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.

§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a edu-cação profissional, na forma do regulamen-to. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cur-sos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regu-lar.

§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:

I – no nível de conclusão do ensino funda-mental, para os maiores de quinze anos;

II – no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.

§ 2º Os conhecimentos e habilidades adqui-ridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.

CAPÍTULO IIIDA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

(Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação na-cional, integra-se aos diferentes níveis e modali-dades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. (Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)

§ 1º Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a constru-ção de diferentes itinerários formativos, ob-servadas as normas do respectivo sistema e nível de ensino. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

§ 2º A educação profissional e tecnológi-ca abrangerá os seguintes cursos: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

I – de formação inicial e continuada ou qua-lificação profissional; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

II – de educação profissional técnica de ní-vel médio; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

III – de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

§ 3º Os cursos de educação profissional tec-nológica de graduação e pós-graduação or-ganizar-se-ão, no que concerne a objetivos, características e duração, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabeleci-das pelo Conselho Nacional de Educação. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 40. A educação profissional será desenvol-vida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente

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de trabalho. (Regulamento) (Regulamento) (Re-gulamento)

Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimen-to e certificação para prosseguimento ou con-clusão de estudos. (Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comuni-dade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao ní-vel de escolaridade. (Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)

CAPÍTULO IVDA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Art. 43. A educação superior tem por finalidade:

I – estimular a criação cultural e o desenvol-vimento do espírito científico e do pensa-mento reflexivo;

II – formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasilei-ra, e colaborar na sua formação contínua;

III – incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desen-volvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;

IV – promover a divulgação de conheci-mentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de pu-blicações ou de outras formas de comunica-ção;

V – suscitar o desejo permanente de aper-feiçoamento cultural e profissional e pos-

sibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sen-do adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;

VI – estimular o conhecimento dos proble-mas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços espe-cializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;

VII – promover a extensão, aberta à partici-pação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da cria-ção cultural e da pesquisa científica e tecno-lógica geradas na instituição.

VIII – atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, me-diante a formação e a capacitação de pro-fissionais, a realização de pesquisas peda-gógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares. (Incluído pela Lei nº 13.174, de 2015)

Art. 44. A educação superior abrangerá os se-guintes cursos e programas: (Regulamento)

I – cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, desde que tenham concluído o ensino mé-dio ou equivalente; (Redação dada pela Lei nº 11.632, de 2007).

II – de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equi-valente e tenham sido classificados em pro-cesso seletivo;

III – de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cur-sos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino;

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IV – de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino.

§ 1º Os resultados do processo seletivo re-ferido no inciso II do caput deste artigo se-rão tornados públicos pelas instituições de ensino superior, sendo obrigatória a divul-gação da relação nominal dos classificados, a respectiva ordem de classificação, bem como do cronograma das chamadas para matrícula, de acordo com os critérios para preenchimento das vagas constantes do res-pectivo edital. (Incluído pela Lei nº 11.331, de 2006) (Renumerado do parágrafo único para § 1º pela Lei nº 13.184, de 2015)

§ 2º No caso de empate no processo sele-tivo, as instituições públicas de ensino su-perior darão prioridade de matrícula ao candidato que comprove ter renda familiar inferior a dez salários mínimos, ou ao de menor renda familiar, quando mais de um candidato preencher o critério inicial. (In-cluído pela Lei nº 13.184, de 2015)

§ 3º O processo seletivo referido no inciso II considerará as competências e as habilida-des definidas na Base Nacional Comum Cur-ricular. (Incluído pela lei nº 13.415, de 2017)

Art. 45. A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização. (Regulamento) (Regulamento)

Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de insti-tuições de educação superior, terão prazos limi-tados, sendo renovados, periodicamente, após processo regular de avaliação. (Regulamento) (Regulamento) (Vide Lei nº 10.870, de 2004)

§ 1º Após um prazo para saneamento de de-ficiências eventualmente identificadas pela avaliação a que se refere este artigo, haverá reavaliação, que poderá resultar, conforme o caso, em desativação de cursos e habili-tações, em intervenção na instituição, em suspensão temporária de prerrogativas da autonomia, ou em descredenciamento.

(Regulamento) (Regulamento) (Vide Lei nº 10.870, de 2004)

§ 2º No caso de instituição pública, o Poder Executivo responsável por sua manutenção acompanhará o processo de saneamento e fornecerá recursos adicionais, se necessá-rios, para a superação das deficiências.

§ 3º No caso de instituição privada, além das sanções previstas no § 1º, o processo de reavaliação poderá resultar também em redução de vagas autorizadas, suspensão temporária de novos ingressos e de oferta de cursos. (Incluído pela Medida Provisória nº 785, de 2017)

§ 4º É facultado ao Ministério da Educação, mediante procedimento específico e com a aquiescência da instituição de ensino, com vistas a resguardar o interesse dos estudan-tes, comutar as penalidades previstas nos § 1º e § 3º em outras medidas, desde que adequadas para a superação das deficiên-cias e irregularidades constatadas. (Incluído pela Medida Provisória nº 785, de 2017)

Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regu-lar, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.

§ 1º As instituições informarão aos interes-sados, antes de cada período letivo, os pro-gramas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração, requisitos, qua-lificação dos professores, recursos dispo-níveis e critérios de avaliação, obrigando--se a cumprir as respectivas condições, e a publicação deve ser feita, sendo as 3 (três) primeiras formas concomitantemente: (Re-dação dada pela lei nº 13.168, de 2015)

I – em página específica na internet no sí-tio eletrônico oficial da instituição de ensi-no superior, obedecido o seguinte: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)

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a) toda publicação a que se refere esta Lei deve ter como título “Grade e Corpo Docen-te”; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

b) a página principal da instituição de ensino superior, bem como a página da oferta de seus cursos aos ingressantes sob a forma de vestibulares, processo seletivo e outras com a mesma finalidade, deve conter a ligação desta com a página específica prevista neste inciso; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

c) caso a instituição de ensino superior não possua sítio eletrônico, deve criar página específica para divulgação das informações de que trata esta Lei; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

d) a página específica deve conter a data completa de sua última atualização; (Inclu-ída pela lei nº 13.168, de 2015)

II – em toda propaganda eletrônica da insti-tuição de ensino superior, por meio de liga-ção para a página referida no inciso I; (Inclu-ído pela lei nº 13.168, de 2015)

III – em local visível da instituição de ensino superior e de fácil acesso ao público; (Incluí-do pela lei nº 13.168, de 2015)

IV – deve ser atualizada semestralmente ou anualmente, de acordo com a duração das disciplinas de cada curso oferecido, ob-servando o seguinte: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)

a) caso o curso mantenha disciplinas com duração diferenciada, a publicação deve ser semestral; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

b) a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes do início das aulas; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

c) caso haja mudança na grade do curso ou no corpo docente até o início das aulas, os alunos devem ser comunicados sobre as alterações; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

V – deve conter as seguintes informações: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)

a) a lista de todos os cursos oferecidos pela instituição de ensino superior; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

b) a lista das disciplinas que compõem a grade curricular de cada curso e as respec-tivas cargas horárias; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

c) a identificação dos docentes que ministra-rão as aulas em cada curso, as disciplinas que efetivamente ministrará naquele curso ou cur-sos, sua titulação, abrangendo a qualificação profissional do docente e o tempo de casa do docente, de forma total, contínua ou intermi-tente. (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

§ 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por ban-ca examinadora especial, poderão ter abre-viada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino.

§ 3º É obrigatória a freqüência de alunos e professores, salvo nos programas de educa-ção a distância.

§ 4º As instituições de educação superior oferecerão, no período noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de quali-dade mantidos no período diurno, sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, garantida a necessária previsão or-çamentária.

Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reco-nhecidos, quando registrados, terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular.

§ 1º Os diplomas expedidos pelas universi-dades serão por elas próprias registrados, e aqueles conferidos por instituições não--universitárias serão registrados em univer-sidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação.

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§ 2º Os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras serão revalidados por universidades públicas que tenham cur-so do mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou equiparação.

§ 3º Os diplomas de Mestrado e de Douto-rado expedidos por universidades estran-geiras só poderão ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de pós--graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior.

Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão a transferência de alunos regulares, para cursos afins, na hipótese de existência de vagas, e mediante processo seletivo.

Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão na forma da lei. (Regulamento)

Art. 50. As instituições de educação superior, quando da ocorrência de vagas, abrirão matrí-cula nas disciplinas de seus cursos a alunos não regulares que demonstrarem capacidade de cursá-las com proveito, mediante processo sele-tivo prévio.

Art. 51. As instituições de educação superior credenciadas como universidades, ao deliberar sobre critérios e normas de seleção e admissão de estudantes, levarão em conta os efeitos des-ses critérios sobre a orientação do ensino mé-dio, articulando-se com os órgãos normativos dos sistemas de ensino.

Art. 52. As universidades são instituições pluri-disciplinares de formação dos quadros profissio-nais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por: (Regulamento) (Regulamen-to)

I – produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto regio-nal e nacional;

II – um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado;

III – um terço do corpo docente em regime de tempo integral.

Parágrafo único. É facultada a criação de universidades especializadas por campo do saber. (Regulamento) (Regulamento)

Art. 53. No exercício de sua autonomia, são as-seguradas às universidades, sem prejuízo de ou-tras, as seguintes atribuições:

I – criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior previstos nesta Lei, obedecendo às normas gerais da União e, quando for o caso, do res-pectivo sistema de ensino; (Regulamento)

II – fixar os currículos dos seus cursos e pro-gramas, observadas as diretrizes gerais per-tinentes;

III – estabelecer planos, programas e proje-tos de pesquisa científica, produção artísti-ca e atividades de extensão;

IV – fixar o número de vagas de acordo com a capacidade institucional e as exigências do seu meio;

V – elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em consonância com as normas gerais atinentes;

VI – conferir graus, diplomas e outros títu-los;

VII – firmar contratos, acordos e convênios;

VIII – aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral, bem como administrar rendimentos conforme dispositivos institucionais;

IX – administrar os rendimentos e deles dis-por na forma prevista no ato de constitui-ção, nas leis e nos respectivos estatutos;

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X – receber subvenções, doações, heranças, legados e cooperação financeira resultante de convênios com entidades públicas e pri-vadas.

Parágrafo único. Para garantir a autonomia didático-científica das universidades, cabe-rá aos seus colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos orçamentários disponíveis, sobre:

I – criação, expansão, modificação e extin-ção de cursos;

II – ampliação e diminuição de vagas;

III – elaboração da programação dos cursos;

IV – programação das pesquisas e das ativi-dades de extensão;

V – contratação e dispensa de professores;

VI – planos de carreira docente.

Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Público gozarão, na forma da lei, de estatuto ju-rídico especial para atender às peculiaridades de sua estrutura, organização e financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus planos de carreira e do regime jurídico do seu pessoal. (Regulamento) (Regulamento)

§ 1º No exercício da sua autonomia, além das atribuições asseguradas pelo artigo an-terior, as universidades públicas poderão:

I – propor o seu quadro de pessoal docen-te, técnico e administrativo, assim como um plano de cargos e salários, atendidas as nor-mas gerais pertinentes e os recursos dispo-níveis;

II – elaborar o regulamento de seu pesso-al em conformidade com as normas gerais concernentes;

III – aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral, de acordo com os recursos alocados pelo res-pectivo Poder mantenedor;

IV – elaborar seus orçamentos anuais e plu-rianuais;

V – adotar regime financeiro e contábil que atenda às suas peculiaridades de organiza-ção e funcionamento;

VI – realizar operações de crédito ou de fi-nanciamento, com aprovação do Poder competente, para aquisição de bens imó-veis, instalações e equipamentos;

VII – efetuar transferências, quitações e tomar outras providências de ordem orça-mentária, financeira e patrimonial necessá-rias ao seu bom desempenho.

§ 2º Atribuições de autonomia universitária poderão ser estendidas a instituições que comprovem alta qualificação para o ensino ou para a pesquisa, com base em avaliação realizada pelo Poder Público.

Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral, recursos suficientes para manutenção e desenvolvimento das insti-tuições de educação superior por ela mantidas.

Art. 56. As instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio da gestão de-mocrática, assegurada a existência de órgãos colegiados deliberativos, de que participarão os segmentos da comunidade institucional, local e regional.

Parágrafo único. Em qualquer caso, os do-centes ocuparão setenta por cento dos as-sentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes.

Art. 57. Nas instituições públicas de educação superior, o professor ficará obrigado ao mínimo de oito horas semanais de aulas. (Regulamento)

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CAPÍTULO VDA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com defici-ência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.

§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializa-dos, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensi-no regular.

§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educa-ção infantil.

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou su-perdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;

II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e acelera-ção para concluir em menor tempo o pro-grama escolar para os superdotados;

III – professores com especialização ade-quada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como pro-fessores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

IV – educação especial para o trabalho, vi-sando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, median-te articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponí-veis para o respectivo nível do ensino regu-lar.

Art. 59-A. O poder público deverá instituir ca-dastro nacional de alunos com altas habilidades ou superdotação matriculados na educação bá-sica e na educação superior, a fim de fomentar a execução de políticas públicas destinadas ao de-senvolvimento pleno das potencialidades desse alunado. (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015)

Parágrafo único. A identificação precoce de alunos com altas habilidades ou super-dotação, os critérios e procedimentos para inclusão no cadastro referido no caput des-te artigo, as entidades responsáveis pelo ca-dastramento, os mecanismos de acesso aos dados do cadastro e as políticas de desen-volvimento das potencialidades do alunado de que trata o caput serão definidos em re-gulamento.

Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, es-pecializadas e com atuação exclusiva em educa-ção especial, para fins de apoio técnico e finan-ceiro pelo Poder Público.

Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com defi-ciência, transtornos globais do desenvolvi-mento e altas habilidades ou superdotação na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às institui-ções previstas neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

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TÍTULO VI

Dos Profissionais da Educação

Art. 61. Consideram-se profissionais da educa-ção escolar básica os que, nela estando em efe-tivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são: (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)

I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação in-fantil e nos ensinos fundamental e médio; (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)

II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, super-visão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou dou-torado nas mesmas áreas; (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)

III – trabalhadores em educação, portado-res de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim. (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)

IV – profissionais com notório saber reco-nhecido pelos respectivos sistemas de ensi-no, para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação ou experiência profissional, atestados por titulação específica ou práti-ca de ensino em unidades educacionais da rede pública ou privada ou das corporações privadas em que tenham atuado, exclusi-vamente para atender ao inciso V do caput do art. 36; (Incluído pela lei nº 13.415, de 2017)

V – profissionais graduados que tenham fei-to complementação pedagógica, conforme disposto pelo Conselho Nacional de Educa-ção. (Incluído pela lei nº 13.415, de 2017)

Parágrafo único. A formação dos profissio-nais da educação, de modo a atender às especificidades do exercício de suas ativida-des, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica,

terá como fundamentos: (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)

I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos funda-mentos científicos e sociais de suas com-petências de trabalho; (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)

II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e ca-pacitação em serviço; (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)

III – o aproveitamento da formação e expe-riências anteriores, em instituições de ensi-no e em outras atividades. (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)

Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como for-mação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível mé-dio, na modalidade normal. (Redação dada pela lei nº 13.415, de 2017)

§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a con-tinuada e a capacitação dos profissionais de magistério. (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009).

§ 2º A formação continuada e a capacita-ção dos profissionais de magistério poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a distância. (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009).

§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério dará preferência ao ensino pre-sencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de educação a dis-tância. (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009).

§ 4º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios adotarão mecanismos facili-tadores de acesso e permanência em cursos

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de formação de docentes em nível superior para atuar na educação básica pública. (In-cluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 5º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios incentivarão a formação de profissionais do magistério para atuar na educação básica pública mediante pro-grama institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes matriculados em cur-sos de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de educação superior. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 6º O Ministério da Educação poderá es-tabelecer nota mínima em exame nacional aplicado aos concluintes do ensino médio como pré-requisito para o ingresso em cur-sos de graduação para formação de docen-tes, ouvido o Conselho Nacional de Educa-ção – CNE. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 7º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 8º Os currículos dos cursos de formação de docentes terão por referência a Base Na-cional Comum Curricular. (Incluído pela lei nº 13.415, de 2017) (Vide Lei nº 13.415, de 2017)

Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere o inciso III do art. 61 far-se-á por meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível médio ou superior, incluindo habilitações tecnológicas. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a que se refere o caput, no local de trabalho ou em instituições de educação básica e superior, incluindo cursos de educação profissional, cursos superiores de graduação plena ou tecnológicos e de pós-graduação. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão: (Regulamento)

I – cursos formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o curso normal superior, destinado à formação de docentes para a educação infantil e para as primeiras séries do ensino fundamental;

II – programas de formação pedagógica para portadores de diplomas de educação superior que queiram se dedicar à educa-ção básica;

III – programas de educação continuada para os profissionais de educação dos diver-sos níveis.

Art. 64. A formação de profissionais de educa-ção para administração, planejamento, inspe-ção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de gradu-ação em pedagogia ou em nível de pós-gradua-ção, a critério da instituição de ensino, garanti-da, nesta formação, a base comum nacional.

Art. 65. A formação docente, exceto para a edu-cação superior, incluirá prática de ensino de, no mínimo, trezentas horas.

Art. 66. A preparação para o exercício do magis-tério superior far-se-á em nível de pós-gradua-ção, prioritariamente em programas de mestra-do e doutorado.

Parágrafo único. O notório saber, reconhe-cido por universidade com curso de douto-rado em área afim, poderá suprir a exigên-cia de título acadêmico.

Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a va-lorização dos profissionais da educação, assegu-rando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:

I – ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;

II – aperfeiçoamento profissional continu-ado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;

III – piso salarial profissional;

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IV – progressão funcional baseada na titu-lação ou habilitação, e na avaliação do de-sempenho;

V – período reservado a estudos, planeja-mento e avaliação, incluído na carga de tra-balho;

VI – condições adequadas de trabalho.

§ 1º A experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino. (Re-numerado pela Lei nº 11.301, de 2006)

§ 2º Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no § 8º do art. 201 da Constitui-ção Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluí-das, além do exercício da docência, as de di-reção de unidade escolar e as de coordena-ção e assessoramento pedagógico. (Incluído pela Lei nº 11.301, de 2006)

§ 3º A União prestará assistência técnica aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni-cípios na elaboração de concursos públicos para provimento de cargos dos profissionais da educação. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

TÍTULO VII

Dos Recursos financeiros

Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educação os originários de:

I – receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicípios;

II – receita de transferências constitucionais e outras transferências;

III – receita do salário-educação e de outras contribuições sociais;

IV – receita de incentivos fiscais;

V – outros recursos previstos em lei.

Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Fede-ral e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impos-tos, compreendidas as transferências constitu-cionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Dis-trito Federal e aos Municípios, ou pelos Es-tados aos respectivos Municípios, não será considerada, para efeito do cálculo previs-to neste artigo, receita do governo que a transferir.

§ 2º Serão consideradas excluídas das recei-tas de impostos mencionadas neste artigo as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária de impostos.

§ 3º Para fixação inicial dos valores corres-pondentes aos mínimos estatuídos neste artigo, será considerada a receita estimada na lei do orçamento anual, ajustada, quan-do for o caso, por lei que autorizar a abertu-ra de créditos adicionais, com base no even-tual excesso de arrecadação.

§ 4º As diferenças entre a receita e a des-pesa previstas e as efetivamente realizadas, que resultem no não atendimento dos per-centuais mínimos obrigatórios, serão apura-das e corrigidas a cada trimestre do exercí-cio financeiro.

§ 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ocorrerá imediatamente ao órgão responsável pela educação, observados os seguintes prazos:

I – recursos arrecadados do primeiro ao dé-cimo dia de cada mês, até o vigésimo dia;

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II – recursos arrecadados do décimo primei-ro ao vigésimo dia de cada mês, até o trigé-simo dia;

III – recursos arrecadados do vigésimo pri-meiro dia ao final de cada mês, até o déci-mo dia do mês subseqüente.

§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recur-sos a correção monetária e à responsabili-zação civil e criminal das autoridades com-petentes.

Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as despesas reali-zadas com vistas à consecução dos objetivos bá-sicos das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a:

I – remuneração e aperfeiçoamento do pes-soal docente e demais profissionais da edu-cação;

II – aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino;

III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;

IV – levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao apri-moramento da qualidade e à expansão do ensino;

V – realização de atividades-meio necessá-rias ao funcionamento dos sistemas de en-sino;

VI – concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas;

VII – amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo;

VIII – aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte escolar.

Art. 71. Não constituirão despesas de manuten-ção e desenvolvimento do ensino aquelas reali-zadas com:

I – pesquisa, quando não vinculada às ins-tituições de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão;

II – subvenção a instituições públicas ou pri-vadas de caráter assistencial, desportivo ou cultural;

III – formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos;

IV – programas suplementares de alimenta-ção, assistência médico-odontológica, far-macêutica e psicológica, e outras formas de assistência social;

V – obras de infra-estrutura, ainda que re-alizadas para beneficiar direta ou indireta-mente a rede escolar;

VI – pessoal docente e demais trabalhado-res da educação, quando em desvio de fun-ção ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino.

Art. 72. As receitas e despesas com manuten-ção e desenvolvimento do ensino serão apura-das e publicadas nos balanços do Poder Público, assim como nos relatórios a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal.

Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, prioritariamente, na prestação de contas de re-cursos públicos, o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição Federal, no art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e na legislação concernente.

Art. 74. A União, em colaboração com os Esta-dos, o Distrito Federal e os Municípios, estabe-lecerá padrão mínimo de oportunidades edu-cacionais para o ensino fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade.

Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela União ao final de cada ano, com validade para o ano subseqüente, considerando variações

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regionais no custo dos insumos e as diver-sas modalidades de ensino.

Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão mínimo de qualidade de ensino.

§ 1º A ação a que se refere este artigo obe-decerá a fórmula de domínio público que inclua a capacidade de atendimento e a me-dida do esforço fiscal do respectivo Estado, do Distrito Federal ou do Município em fa-vor da manutenção e do desenvolvimento do ensino.

§ 2º A capacidade de atendimento de cada governo será definida pela razão entre os recursos de uso constitucionalmente obri-gatório na manutenção e desenvolvimento do ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padrão mínimo de qualidade.

§ 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e 2º, a União poderá fazer a trans-ferência direta de recursos a cada estabele-cimento de ensino, considerado o número de alunos que efetivamente freqüentam a escola.

§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser exercida em favor do Distrito Fe-deral, dos Estados e dos Municípios se estes oferecerem vagas, na área de ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o inciso V do art. 11 desta Lei, em número inferior à sua capacidade de aten-dimento.

Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no artigo anterior ficará condicionada ao efetivo cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e Municípios do disposto nesta Lei, sem prejuízo de outras prescrições legais.

Art. 77. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a es-colas comunitárias, confessionais ou filantrópi-cas que:

I – comprovem finalidade não-lucrativa e não distribuam resultados, dividendos, bo-nificações, participações ou parcela de seu patrimônio sob nenhuma forma ou pretex-to;

II – apliquem seus excedentes financeiros em educação;

III – assegurem a destinação de seu patri-mônio a outra escola comunitária, filantró-pica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas ativida-des;

IV – prestem contas ao Poder Público dos recursos recebidos.

§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estu-do para a educação básica, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública de domi-cílio do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na ex-pansão da sua rede local.

§ 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financei-ro do Poder Público, inclusive mediante bol-sas de estudo.

TÍTULO VIII

Das Disposições Gerais

Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolve-rá programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilingüe e inter-cultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos:

I – proporcionar aos índios, suas comunida-des e povos, a recuperação de suas memó-rias históricas; a reafirmação de suas identi-dades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências;

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II – garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, conheci-mentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-índias.

Art. 79. A União apoiará técnica e financeira-mente os sistemas de ensino no provimento da educação intercultural às comunidades indíge-nas, desenvolvendo programas integrados de ensino e pesquisa.

§ 1º Os programas serão planejados com audiência das comunidades indígenas.

§ 2º Os programas a que se refere este arti-go, incluídos nos Planos Nacionais de Edu-cação, terão os seguintes objetivos:

I – fortalecer as práticas sócio-culturais e a língua materna de cada comunidade indíge-na;

II – manter programas de formação de pes-soal especializado, destinado à educação escolar nas comunidades indígenas;

III – desenvolver currículos e programas es-pecíficos, neles incluindo os conteúdos cul-turais correspondentes às respectivas co-munidades;

IV – elaborar e publicar sistematicamente material didático específico e diferenciado.

§ 3º No que se refere à educação superior, sem prejuízo de outras ações, o atendimen-to aos povos indígenas efetivar-se-á, nas universidades públicas e privadas, median-te a oferta de ensino e de assistência estu-dantil, assim como de estímulo à pesquisa e desenvolvimento de programas especiais. (Incluído pela Lei nº 12.416, de 2011)

Art. 79-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)

Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Cons-ciência Negra’. (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)

Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvol-vimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. (Regula-mento) (Regulamento)

§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credencia-das pela União.

§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância.

§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a dis-tância e a autorização para sua implemen-tação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e inte-gração entre os diferentes sistemas. (Regu-lamento)

§ 4º A educação a distância gozará de trata-mento diferenciado, que incluirá:

I – custos de transmissão reduzidos em ca-nais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens e em outros meios de co-municação que sejam explorados median-te autorização, concessão ou permissão do poder público; (Redação dada pela Lei nº 12.603, de 2012)

II – concessão de canais com finalidades ex-clusivamente educativas;

III – reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais.

Art. 81. É permitida a organização de cursos ou instituições de ensino experimentais, desde que obedecidas as disposições desta Lei.

Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de realização de estágio em sua juris-dição, observada a lei federal sobre a matéria. (Redação dada pela Lei nº 11.788, de 2008)

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Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.788, de 2008)

Art. 83. O ensino militar é regulado em lei es-pecífica, admitida a equivalência de estudos, de acordo com as normas fixadas pelos sistemas de ensino.

Art. 84. Os discentes da educação superior po-derão ser aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituições, exercen-do funções de monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos.

Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a ti-tulação própria poderá exigir a abertura de con-curso público de provas e títulos para cargo de docente de instituição pública de ensino que estiver sendo ocupado por professor não con-cursado, por mais de seis anos, ressalvados os direitos assegurados pelos arts. 41 da Constitui-ção Federal e 19 do Ato das Disposições Consti-tucionais Transitórias.

Art. 86. As instituições de educação superior constituídas como universidades integrar-se--ão, também, na sua condição de instituições de pesquisa, ao Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, nos termos da legislação específica.

TÍTULO IX

Das Disposições Transitórias

Art. 87. É instituída a Década da Educação, a ini-ciar-se um ano a partir da publicação desta Lei.

§ 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei, encaminhará, ao Con-gresso Nacional, o Plano Nacional de Edu-cação, com diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declara-ção Mundial sobre Educação para Todos.

§ 2º (Revogado). (Redação dada pela lei nº 12.796, de 2013)

§ 3º O Distrito Federal, cada Estado e Mu-nicípio, e, supletivamente, a União, devem: (Redação dada pela Lei nº 11.330, de 2006)

I – (revogado); (Redação dada pela lei nº 12.796, de 2013)

a) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)

b) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)

c) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)

II – prover cursos presenciais ou a distância aos jovens e adultos insuficientemente es-colarizados;

III – realizar programas de capacitação para todos os professores em exercício, utilizan-do também, para isto, os recursos da educa-ção a distância;

IV – integrar todos os estabelecimentos de ensino fundamental do seu território ao sis-tema nacional de avaliação do rendimento escolar.

§ 4º (Revogado). (Redação dada pela lei nº 12.796, de 2013)

§ 5º Serão conjugados todos os esforços ob-jetivando a progressão das redes escolares públicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de tempo integral.

§ 6º A assistência financeira da União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni-cípios, bem como a dos Estados aos seus Municípios, ficam condicionadas ao cumpri-mento do art. 212 da Constituição Federal e dispositivos legais pertinentes pelos gover-nos beneficiados.

Art. 87-A. (VETADO). (Incluído pela lei nº 12.796, de 2013)

Art. 88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adaptarão sua legislação edu-cacional e de ensino às disposições desta Lei nº prazo máximo de um ano, a partir da data de sua publicação. (Regulamento) (Regulamento)

§ 1º As instituições educacionais adaptarão seus estatutos e regimentos aos dispositi-

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vos desta Lei e às normas dos respectivos sistemas de ensino, nos prazos por estes es-tabelecidos.

§ 2º O prazo para que as universidades cum-pram o disposto nos incisos II e III do art. 52 é de oito anos.

Art. 89. As creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas deverão, no prazo de três anos, a contar da publicação desta Lei, inte-grar-se ao respectivo sistema de ensino.

Art. 90. As questões suscitadas na transição en-tre o regime anterior e o que se institui nesta Lei serão resolvidas pelo Conselho Nacional de Educação ou, mediante delegação deste, pelos órgãos normativos dos sistemas de ensino, pre-servada a autonomia universitária.

Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 92. Revogam-se as disposições das Leis nºs 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e 5.540, de 28 de novembro de 1968, não alteradas pelas Leis nºs 9.131, de 24 de novembro de 1995 e 9.192, de 21 de dezembro de 1995 e, ainda, as Leis nºs 5.692, de 11 de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as demais leis e decretos-lei que as modificaram e quaisquer outras disposições em contrário.

Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175º da Inde-pendência e 108º da República.

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Direitos Humanos

LEI Nº 13.146/2015 – ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Defi-ciência).

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LIVRO I

PARTE GERAL

TÍTULO I

Disposições Preliminares

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a pro-mover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Faculta-tivo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008, em conformidade com o procedimento previsto no § 3º do art. 5º

da Constituição da República Federativa do Brasil, em vigor para o Brasil, no plano jurí-dico externo, desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, data de início de sua vi-gência no plano interno.

Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barrei-ras, pode obstruir sua participação plena e efe-tiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

§ 1º A avaliação da deficiência, quando ne-cessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:

I – os impedimentos nas funções e nas es-truturas do corpo;

II – os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;

III – a limitação no desempenho de ativida-des; e

IV – a restrição de participação.

§ 2º O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da deficiência.

Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, conside-ram-se:

I – acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equi-pamentos urbanos, edificações, transpor-tes, informação e comunicação, inclusive

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seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao pú-blico, de uso público ou privados de uso co-letivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobili-dade reduzida;

II – desenho universal: concepção de pro-dutos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto es-pecífico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva;

III – tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, re-cursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcio-nalidade, relacionada à atividade e à parti-cipação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autono-mia, independência, qualidade de vida e in-clusão social;

IV – barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de mo-vimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à cir-culação com segurança, entre outros, classi-ficadas em:

a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados aber-tos ao público ou de uso coletivo;

b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados;

c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes;

d) barreiras nas comunicações e na infor-mação: qualquer entrave, obstáculo, atitu-de ou comportamento que dificulte ou im-possibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermé-dio de sistemas de comunicação e de tecno-logia da informação;

e) barreiras atitudinais: atitudes ou com-portamentos que impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com defici-ência em igualdade de condições e oportu-nidades com as demais pessoas;

f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com defici-ência às tecnologias;

V – comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de co-municação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a lin-guagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunica-ções;

VI – adaptações razoáveis: adaptações, mo-dificações e ajustes necessários e adequa-dos que não acarretem ônus despropor-cional e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais;

VII – elemento de urbanização: quaisquer componentes de obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos, distribuição de energia elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de comunica-ção, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indica-ções do planejamento urbanístico;

VIII – mobiliário urbano: conjunto de ob-jetos existentes nas vias e nos espaços pú-blicos, superpostos ou adicionados aos ele-mentos de urbanização ou de edificação, de forma que sua modificação ou seu traslado não provoque alterações substanciais nes-

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Direitos Humanos – Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência – Prof. Mateus Silveira

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ses elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, terminais e pon-tos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;

IX – pessoa com mobilidade reduzida: aque-la que tenha, por qualquer motivo, dificul-dade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordena-ção motora ou da percepção, incluindo ido-so, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso;

X – residências inclusivas: unidades de ofer-ta do Serviço de Acolhimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas) localiza-das em áreas residenciais da comunidade, com estruturas adequadas, que possam contar com apoio psicossocial para o aten-dimento das necessidades da pessoa acolhi-da, destinadas a jovens e adultos com de-ficiência, em situação de dependência, que não dispõem de condições de autossusten-tabilidade e com vínculos familiares fragili-zados ou rompidos;

XI – moradia para a vida independente da pessoa com deficiência: moradia com estru-turas adequadas capazes de proporcionar serviços de apoio coletivos e individuali-zados que respeitem e ampliem o grau de autonomia de jovens e adultos com defici-ência;

XII – atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem remu-neração, assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência no exercício de suas atividades diárias, excluí-das as técnicas ou os procedimentos iden-tificados com profissões legalmente estabe-lecidas;

XIII – profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de alimentação, hi-giene e locomoção do estudante com defi-ciência e atua em todas as atividades esco-

lares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em ins-tituições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas;

XIV – acompanhante: aquele que acompa-nha a pessoa com deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de atendente pessoal.

CAPÍTULO IIDA IGUALDADE E DA NÃO

DISCRIMINAÇÃO

Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direi-to à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de dis-criminação.

§ 1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, res-trição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de preju-dicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.

§ 2º A pessoa com deficiência não está obri-gada à fruição de benefícios decorrentes de ação afirmativa.

Art. 5º A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opres-são e tratamento desumano ou degradante.

Parágrafo único. Para os fins da proteção mencionada no caput deste artigo, são considerados especialmente vulneráveis a criança, o adolescente, a mulher e o idoso, com deficiência.

Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacida-de civil da pessoa, inclusive para:

I – casar-se e constituir união estável;

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II – exercer direitos sexuais e reprodutivos;

III – exercer o direito de decidir sobre o nú-mero de filhos e de ter acesso a informa-ções adequadas sobre reprodução e plane-jamento familiar;

IV – conservar sua fertilidade, sendo veda-da a esterilização compulsória;

V – exercer o direito à família e à convivên-cia familiar e comunitária; e

VI – exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou ado-tando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.

Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade competente qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da pessoa com deficiência.

Parágrafo único. Se, no exercício de suas funções, os juízes e os tribunais tiverem co-nhecimento de fatos que caracterizem as violações previstas nesta Lei, devem reme-ter peças ao Ministério Público para as pro-vidências cabíveis.

Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da fa-mília assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilita-ção, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecno-lógicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Con-venção sobre os Direitos das Pessoas com De-ficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico.

Seção ÚnicaDO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO

Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de:

I – proteção e socorro em quaisquer cir-cunstâncias;

II – atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público;

III – disponibilização de recursos, tanto hu-manos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de condições com as demais pessoas;

IV – disponibilização de pontos de parada, estações e terminais acessíveis de transpor-te coletivo de passageiros e garantia de se-gurança no embarque e no desembarque;

V – acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis;

VI – recebimento de restituição de imposto de renda;

VII – tramitação processual e procedimen-tos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e di-ligências.

§ 1º Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao acompanhante da pessoa com deficiência ou ao seu atendente pesso-al, exceto quanto ao disposto nos incisos VI e VII deste artigo.

§ 2º Nos serviços de emergência públicos e privados, a prioridade conferida por esta Lei é condicionada aos protocolos de aten-dimento médico.

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TÍTULO II

Dos Direitos Fundamentais

CAPÍTULO IDO DIREITO À VIDA

Art. 10. Compete ao poder público garantir a dignidade da pessoa com deficiência ao longo de toda a vida.

Parágrafo único. Em situações de risco, emergência ou estado de calamidade públi-ca, a pessoa com deficiência será conside-rada vulnerável, devendo o poder público adotar medidas para sua proteção e segu-rança.

Art. 11. A pessoa com deficiência não poderá ser obrigada a se submeter a intervenção clínica ou cirúrgica, a tratamento ou a institucionaliza-ção forçada.

Parágrafo único. O consentimento da pes-soa com deficiência em situação de curatela poderá ser suprido, na forma da lei.

Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclare-cido da pessoa com deficiência é indispensável para a realização de tratamento, procedimento, hospitalização e pesquisa científica.

§ 1º Em caso de pessoa com deficiência em situação de curatela, deve ser assegurada sua participação, no maior grau possível, para a obtenção de consentimento.

§ 2º A pesquisa científica envolvendo pes-soa com deficiência em situação de tutela ou de curatela deve ser realizada, em cará-ter excepcional, apenas quando houver in-dícios de benefício direto para sua saúde ou para a saúde de outras pessoas com defici-ência e desde que não haja outra opção de pesquisa de eficácia comparável com parti-cipantes não tutelados ou curatelados.

Art. 13. A pessoa com deficiência somente será atendida sem seu consentimento prévio, livre

e esclarecido em casos de risco de morte e de emergência em saúde, resguardado seu supe-rior interesse e adotadas as salvaguardas legais cabíveis.

CAPÍTULO IIDO DIREITO À HABILITAÇÃO

E À REABILITAÇÃO

Art. 14. O processo de habilitação e de reabilita-ção é um direito da pessoa com deficiência.

Parágrafo único. O processo de habilitação e de reabilitação tem por objetivo o desen-volvimento de potencialidades, talentos, habilidades e aptidões físicas, cognitivas, sensoriais, psicossociais, atitudinais, pro-fissionais e artísticas que contribuam para a conquista da autonomia da pessoa com deficiência e de sua participação social em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas.

Art. 15. O processo mencionado no art. 14 desta Lei baseia-se em avaliação multidisciplinar das necessidades, habilidades e potencialidades de cada pessoa, observadas as seguintes diretrizes:

I – diagnóstico e intervenção precoces;

II – adoção de medidas para compensar perda ou limitação funcional, buscando o desenvolvimento de aptidões;

III – atuação permanente, integrada e arti-culada de políticas públicas que possibili-tem a plena participação social da pessoa com deficiência;

IV – oferta de rede de serviços articulados, com atuação intersetorial, nos diferentes ní-veis de complexidade, para atender às ne-cessidades específicas da pessoa com defi-ciência;

V – prestação de serviços próximo ao do-micílio da pessoa com deficiência, inclusive na zona rural, respeitadas a organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) nos territó-

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rios locais e as normas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Art. 16. Nos programas e serviços de habilitação e de reabilitação para a pessoa com deficiência, são garantidos:

I – organização, serviços, métodos, técnicas e recursos para atender às características de cada pessoa com deficiência;

II – acessibilidade em todos os ambientes e serviços;

III – tecnologia assistiva, tecnologia de re-abilitação, materiais e equipamentos ade-quados e apoio técnico profissional, de acordo com as especificidades de cada pes-soa com deficiência;

IV – capacitação continuada de todos os profissionais que participem dos programas e serviços.

Art. 17. Os serviços do SUS e do Suas deverão promover ações articuladas para garantir à pes-soa com deficiência e sua família a aquisição de informações, orientações e formas de acesso às políticas públicas disponíveis, com a finalidade de propiciar sua plena participação social.

Parágrafo único. Os serviços de que trata o caput deste artigo podem fornecer informa-ções e orientações nas áreas de saúde, de educação, de cultura, de esporte, de lazer, de transporte, de previdência social, de as-sistência social, de habitação, de trabalho, de empreendedorismo, de acesso ao crédi-to, de promoção, proteção e defesa de di-reitos e nas demais áreas que possibilitem à pessoa com deficiência exercer sua cida-dania.

CAPÍTULO IIIDO DIREITO À SAÚDE

Art. 18. É assegurada atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os níveis de

complexidade, por intermédio do SUS, garanti-do acesso universal e igualitário.

§ 1º É assegurada a participação da pessoa com deficiência na elaboração das políticas de saúde a ela destinadas.

§ 2º É assegurado atendimento segundo normas éticas e técnicas, que regulamen-tarão a atuação dos profissionais de saúde e contemplarão aspectos relacionados aos direitos e às especificidades da pessoa com deficiência, incluindo temas como sua dig-nidade e autonomia.

§ 3º Aos profissionais que prestam assistên-cia à pessoa com deficiência, especialmente em serviços de habilitação e de reabilitação, deve ser garantida capacitação inicial e con-tinuada.

§ 4º As ações e os serviços de saúde pública destinados à pessoa com deficiência devem assegurar:

I – diagnóstico e intervenção precoces, rea-lizados por equipe multidisciplinar;

II – serviços de habilitação e de reabilitação sempre que necessários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para a manutenção da melhor condição de saúde e qualidade de vida;

III – atendimento domiciliar multidiscipli-nar, tratamento ambulatorial e internação;

IV – campanhas de vacinação;

V – atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e atendentes pessoais;

VI – respeito à especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa com deficiência;

VII – atenção sexual e reprodutiva, incluin-do o direito à fertilização assistida;

VIII – informação adequada e acessível à pessoa com deficiência e a seus familiares sobre sua condição de saúde;

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IX – serviços projetados para prevenir a ocorrência e o desenvolvimento de defici-ências e agravos adicionais;

X – promoção de estratégias de capacita-ção permanente das equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa com deficiência, bem como orientação a seus atendentes pesso-ais;

XI – oferta de órteses, próteses, meios au-xiliares de locomoção, medicamentos, in-sumos e fórmulas nutricionais, conforme as normas vigentes do Ministério da Saúde.

§ 5º As diretrizes deste artigo aplicam-se também às instituições privadas que parti-cipem de forma complementar do SUS ou que recebam recursos públicos para sua manutenção.

Art. 19. Compete ao SUS desenvolver ações destinadas à prevenção de deficiências por cau-sas evitáveis, inclusive por meio de:

I – acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, com garantia de parto hu-manizado e seguro;

II – promoção de práticas alimentares ade-quadas e saudáveis, vigilância alimentar e nutricional, prevenção e cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição da mulher e da criança;

III – aprimoramento e expansão dos progra-mas de imunização e de triagem neonatal;

IV – identificação e controle da gestante de alto risco.

Art. 20. As operadoras de planos e seguros pri-vados de saúde são obrigadas a garantir à pes-soa com deficiência, no mínimo, todos os servi-ços e produtos ofertados aos demais clientes.

Art. 21. Quando esgotados os meios de atenção à saúde da pessoa com deficiência no local de residência, será prestado atendimento fora de domicílio, para fins de diagnóstico e de trata-mento, garantidos o transporte e a acomodação

da pessoa com deficiência e de seu acompa-nhante.

Art. 22. À pessoa com deficiência internada ou em observação é assegurado o direito a acom-panhante ou a atendente pessoal, devendo o órgão ou a instituição de saúde proporcionar condições adequadas para sua permanência em tempo integral.

§ 1º Na impossibilidade de permanência do acompanhante ou do atendente pesso-al junto à pessoa com deficiência, cabe ao profissional de saúde responsável pelo tra-tamento justificá-la por escrito.

§ 2º Na ocorrência da impossibilidade pre-vista no § 1º deste artigo, o órgão ou a insti-tuição de saúde deve adotar as providências cabíveis para suprir a ausência do acompa-nhante ou do atendente pessoal.

Art. 23. São vedadas todas as formas de discri-minação contra a pessoa com deficiência, inclu-sive por meio de cobrança de valores diferencia-dos por planos e seguros privados de saúde, em razão de sua condição.

Art. 24. É assegurado à pessoa com deficiência o acesso aos serviços de saúde, tanto públicos como privados, e às informações prestadas e recebidas, por meio de recursos de tecnologia assistiva e de todas as formas de comunicação previstas no inciso V do art. 3º desta Lei.

Art. 25. Os espaços dos serviços de saúde, tan-to públicos quanto privados, devem assegurar o acesso da pessoa com deficiência, em con-formidade com a legislação em vigor, mediante a remoção de barreiras, por meio de projetos arquitetônico, de ambientação de interior e de comunicação que atendam às especificidades das pessoas com deficiência física, sensorial, in-telectual e mental.

Art. 26. Os casos de suspeita ou de confirmação de violência praticada contra a pessoa com de-ficiência serão objeto de notificação compulsó-ria pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade policial e ao Ministério Público, além

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dos Conselhos dos Direitos da Pessoa com Defi-ciência.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra a pessoa com deficiência qualquer ação ou omissão, pra-ticada em local público ou privado, que lhe cause morte ou dano ou sofrimento físico ou psicológico.

CAPÍTULO IVDO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacio-nal inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus ta-lentos e habilidades físicas, sensoriais, intelec-tuais e sociais, segundo suas características, in-teresses e necessidades de aprendizagem.

Parágrafo único. É dever do Estado, da fa-mília, da comunidade escolar e da socieda-de assegurar educação de qualidade à pes-soa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e dis-criminação.

Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:

I – sistema educacional inclusivo em to-dos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida;

II – aprimoramento dos sistemas educacio-nais, visando a garantir condições de aces-so, permanência, participação e aprendiza-gem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena;

III – projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adapta-ções razoáveis, para atender às caracterís-ticas dos estudantes com deficiência e ga-

rantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia;

IV – oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade es-crita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;

V – adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino;

VI – pesquisas voltadas para o desenvolvi-mento de novos métodos e técnicas peda-gógicas, de materiais didáticos, de equi-pamentos e de recursos de tecnologia assistiva;

VII – planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento edu-cacional especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva;

VIII – participação dos estudantes com de-ficiência e de suas famílias nas diversas ins-tâncias de atuação da comunidade escolar;

IX – adoção de medidas de apoio que fa-voreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e profis-sionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com deficiência;

X – adoção de práticas pedagógicas inclusi-vas pelos programas de formação inicial e continuada de professores e oferta de for-mação continuada para o atendimento edu-cacional especializado;

XI – formação e disponibilização de profes-sores para o atendimento educacional es-pecializado, de tradutores e intérpretes da

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Libras, de guias intérpretes e de profissio-nais de apoio;

XII – oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação;

XIII – acesso à educação superior e à educa-ção profissional e tecnológica em igualdade de oportunidades e condições com as de-mais pessoas;

XIV – inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível superior e de educação profissional técnica e tecnológica, de temas relacionados à pessoa com deficiência nos respectivos campos de conhecimento;

XV – acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a ativida-des recreativas, esportivas e de lazer, no sis-tema escolar;

XVI – acessibilidade para todos os estudan-tes, trabalhadores da educação e demais integrantes da comunidade escolar às edifi-cações, aos ambientes e às atividades con-cernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino;

XVII – oferta de profissionais de apoio esco-lar;

XVIII – articulação intersetorial na imple-mentação de políticas públicas.

§ 1º Às instituições privadas, de qualquer nível e modalidade de ensino, aplica-se obrigatoriamente o disposto nos incisos I, II, III, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste artigo, sendo ve-dada a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento dessas determinações.

§ 2º Na disponibilização de tradutores e in-térpretes da Libras a que se refere o inciso XI do caput deste artigo, deve-se observar o seguinte:

I – os tradutores e intérpretes da Libras atu-antes na educação básica devem, no míni-mo, possuir ensino médio completo e certi-ficado de proficiência na Libras;

II – os tradutores e intérpretes da Libras, quando direcionados à tarefa de interpretar nas salas de aula dos cursos de graduação e pós-graduação, devem possuir nível supe-rior, com habilitação, prioritariamente, em Tradução e Interpretação em Libras.

Art. 29. (VETADO).

Art. 30. Nos processos seletivos para ingresso e permanência nos cursos oferecidos pelas insti-tuições de ensino superior e de educação pro-fissional e tecnológica, públicas e privadas, de-vem ser adotadas as seguintes medidas:

I – atendimento preferencial à pessoa com deficiência nas dependências das Institui-ções de Ensino Superior (IES) e nos serviços;

II – disponibilização de formulário de inscri-ção de exames com campos específicos para que o candidato com deficiência informe os recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva necessários para sua participação;

III – disponibilização de provas em formatos acessíveis para atendimento às necessida-des específicas do candidato com deficiên-cia;

IV – disponibilização de recursos de acessi-bilidade e de tecnologia assistiva adequa-dos, previamente solicitados e escolhidos pelo candidato com deficiência;

V – dilação de tempo, conforme demanda apresentada pelo candidato com deficiên-cia, tanto na realização de exame para sele-ção quanto nas atividades acadêmicas, me-diante prévia solicitação e comprovação da necessidade;

VI – adoção de critérios de avaliação das provas escritas, discursivas ou de redação que considerem a singularidade linguística da pessoa com deficiência, no domínio da modalidade escrita da língua portuguesa;

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VII – tradução completa do edital e de suas retificações em Libras.

CAPÍTULO VDO DIREITO À MORADIA

Art. 31. A pessoa com deficiência tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou substituta, com seu cônjuge ou companheiro ou desacompanhada, ou em moradia para a vida independente da pessoa com deficiência, ou, ainda, em residência inclusiva.

§ 1º O poder público adotará programas e ações estratégicas para apoiar a criação e a manutenção de moradia para a vida inde-pendente da pessoa com deficiência.

§ 2º A proteção integral na modalidade de residência inclusiva será prestada no âmbi-to do Suas à pessoa com deficiência em si-tuação de dependência que não disponha de condições de autossustentabilidade, com vínculos familiares fragilizados ou rom-pidos.

Art. 32. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, a pessoa com deficiência ou o seu responsável goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte:

I – reserva de, no mínimo, 3% (três por cen-to) das unidades habitacionais para pessoa com deficiência;

II – (VETADO);

III – em caso de edificação multifamiliar, ga-rantia de acessibilidade nas áreas de uso co-mum e nas unidades habitacionais no piso térreo e de acessibilidade ou de adaptação razoável nos demais pisos;

IV – disponibilização de equipamentos ur-banos comunitários acessíveis;

V – elaboração de especificações técnicas no projeto que permitam a instalação de elevadores.

§ 1º O direito à prioridade, previsto no ca-put deste artigo, será reconhecido à pessoa com deficiência beneficiária apenas uma vez.

§ 2º Nos programas habitacionais públicos, os critérios de financiamento devem ser compatíveis com os rendimentos da pessoa com deficiência ou de sua família.

§ 3º Caso não haja pessoa com deficiência interessada nas unidades habitacionais re-servadas por força do disposto no inciso I do caput deste artigo, as unidades não utiliza-das serão disponibilizadas às demais pesso-as.

Art. 33. Ao poder público compete:

I – adotar as providências necessárias para o cumprimento do disposto nos arts. 31 e 32 desta Lei; e

II – divulgar, para os agentes interessados e beneficiários, a política habitacional previs-ta nas legislações federal, estaduais, distri-tal e municipais, com ênfase nos dispositi-vos sobre acessibilidade.

CAPÍTULO VIDO DIREITO AO TRABALHO

Seção IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 34. A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.

§ 1º As pessoas jurídicas de direito públi-co, privado ou de qualquer natureza são obrigadas a garantir ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos.

§ 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de oportunidades com as de-mais pessoas, a condições justas e favorá-

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veis de trabalho, incluindo igual remunera-ção por trabalho de igual valor.

§ 3º É vedada restrição ao trabalho da pes-soa com deficiência e qualquer discrimina-ção em razão de sua condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção, contrata-ção, admissão, exames admissional e peri-ódico, permanência no emprego, ascensão profissional e reabilitação profissional, bem como exigência de aptidão plena.

§ 4º A pessoa com deficiência tem direito à participação e ao acesso a cursos, treina-mentos, educação continuada, planos de carreira, promoções, bonificações e incenti-vos profissionais oferecidos pelo emprega-dor, em igualdade de oportunidades com os demais empregados.

§ 5º É garantida aos trabalhadores com de-ficiência acessibilidade em cursos de forma-ção e de capacitação.

Art. 35. É finalidade primordial das políticas públicas de trabalho e emprego promover e ga-rantir condições de acesso e de permanência da pessoa com deficiência no campo de trabalho.

Parágrafo único. Os programas de estímulo ao empreendedorismo e ao trabalho autô-nomo, incluídos o cooperativismo e o asso-ciativismo, devem prever a participação da pessoa com deficiência e a disponibilização de linhas de crédito, quando necessárias.

Seção IIDA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL E

REABILITAÇÃO PROFISSIONAL

Art. 36. O poder público deve implementar serviços e programas completos de habilitação profissional e de reabilitação profissional para que a pessoa com deficiência possa ingressar, continuar ou retornar ao campo do trabalho, respeitados sua livre escolha, sua vocação e seu interesse.

§ 1º Equipe multidisciplinar indicará, com base em critérios previstos no § 1º do art. 2º desta Lei, programa de habilitação ou de

reabilitação que possibilite à pessoa com deficiência restaurar sua capacidade e habi-lidade profissional ou adquirir novas capaci-dades e habilidades de trabalho.

§ 2º A habilitação profissional corresponde ao processo destinado a propiciar à pessoa com deficiência aquisição de conhecimen-tos, habilidades e aptidões para exercício de profissão ou de ocupação, permitindo nível suficiente de desenvolvimento profissional para ingresso no campo de trabalho.

§ 3º Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação profissional e de educação profissional devem ser dotados de recursos necessários para atender a toda pessoa com deficiência, independentemente de sua ca-racterística específica, a fim de que ela pos-sa ser capacitada para trabalho que lhe seja adequado e ter perspectivas de obtê-lo, de conservá-lo e de nele progredir.

§ 4º Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação profissional e de educação profissional deverão ser oferecidos em am-bientes acessíveis e inclusivos.

§ 5º A habilitação profissional e a reabilita-ção profissional devem ocorrer articuladas com as redes públicas e privadas, especial-mente de saúde, de ensino e de assistência social, em todos os níveis e modalidades, em entidades de formação profissional ou diretamente com o empregador.

§ 6º A habilitação profissional pode ocorrer em empresas por meio de prévia formaliza-ção do contrato de emprego da pessoa com deficiência, que será considerada para o cumprimento da reserva de vagas prevista em lei, desde que por tempo determinado e concomitante com a inclusão profissional na empresa, observado o disposto em regu-lamento.

§ 7º A habilitação profissional e a reabili-tação profissional atenderão à pessoa com deficiência.

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Seção IIIDA INCLUSÃO DA PESSOA COM

DEFICIÊNCIA NO TRABALHO

Art. 37. Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência no trabalho a colocação com-petitiva, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, na qual devem ser atendidas as regras de acessibilidade, o forne-cimento de recursos de tecnologia assistiva e a adaptação razoável no ambiente de trabalho.

Parágrafo único. A colocação competitiva da pessoa com deficiência pode ocorrer por meio de trabalho com apoio, observadas as seguintes diretrizes:

I – prioridade no atendimento à pessoa com deficiência com maior dificuldade de inser-ção no campo de trabalho;

II – provisão de suportes individualizados que atendam a necessidades específicas da pessoa com deficiência, inclusive a disponi-bilização de recursos de tecnologia assisti-va, de agente facilitador e de apoio no am-biente de trabalho;

III – respeito ao perfil vocacional e ao inte-resse da pessoa com deficiência apoiada;

IV – oferta de aconselhamento e de apoio aos empregadores, com vistas à definição de estratégias de inclusão e de superação de barreiras, inclusive atitudinais;

V – realização de avaliações periódicas;

VI – articulação intersetorial das políticas públicas;

VII – possibilidade de participação de orga-nizações da sociedade civil.

Art. 38. A entidade contratada para a realização de processo seletivo público ou privado para cargo, função ou emprego está obrigada à ob-servância do disposto nesta Lei e em outras nor-mas de acessibilidade vigentes.

CAPÍTULO VIIDO DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 39. Os serviços, os programas, os projetos e os benefícios no âmbito da política pública de assistência social à pessoa com deficiência e sua família têm como objetivo a garantia da segu-rança de renda, da acolhida, da habilitação e da reabilitação, do desenvolvimento da autonomia e da convivência familiar e comunitária, para a promoção do acesso a direitos e da plena parti-cipação social.

§ 1º A assistência social à pessoa com de-ficiência, nos termos do caput deste artigo, deve envolver conjunto articulado de servi-ços do âmbito da Proteção Social Básica e da Proteção Social Especial, ofertados pelo Suas, para a garantia de seguranças funda-mentais no enfrentamento de situações de vulnerabilidade e de risco, por fragilização de vínculos e ameaça ou violação de direi-tos.

§ 2º Os serviços socioassistenciais destina-dos à pessoa com deficiência em situação de dependência deverão contar com cuida-dores sociais para prestar-lhe cuidados bási-cos e instrumentais.

Art. 40. É assegurado à pessoa com deficiência que não possua meios para prover sua subsis-tência nem de tê-la provida por sua família o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993.

CAPÍTULO VIIIDO DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 41. A pessoa com deficiência segurada do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) tem direito à aposentadoria nos termos da Lei Com-plementar nº 142, de 8 de maio de 2013.

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CAPÍTULO IXDO DIREITO À CULTURA, AO

ESPORTE, AO TURISMO E AO LAZER

Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pes-soas, sendo-lhe garantido o acesso:

I – a bens culturais em formato acessível;

II – a programas de televisão, cinema, tea-tro e outras atividades culturais e desporti-vas em formato acessível; e

III – a monumentos e locais de importância cultural e a espaços que ofereçam serviços ou eventos culturais e esportivos.

§ 1º É vedada a recusa de oferta de obra intelectual em formato acessível à pessoa com deficiência, sob qualquer argumento, inclusive sob a alegação de proteção dos di-reitos de propriedade intelectual.

§ 2º O poder público deve adotar soluções destinadas à eliminação, à redução ou à su-peração de barreiras para a promoção do acesso a todo patrimônio cultural, observa-das as normas de acessibilidade, ambientais e de proteção do patrimônio histórico e ar-tístico nacional.

Art. 43. O poder público deve promover a par-ticipação da pessoa com deficiência em ativida-des artísticas, intelectuais, culturais, esportivas e recreativas, com vistas ao seu protagonismo, devendo:

I – incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de recursos adequados, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas;

II – assegurar acessibilidade nos locais de eventos e nos serviços prestados por pes-soa ou entidade envolvida na organização das atividades de que trata este artigo; e

III – assegurar a participação da pessoa com deficiência em jogos e atividades recreati-

vas, esportivas, de lazer, culturais e artísti-cas, inclusive no sistema escolar, em igual-dade de condições com as demais pessoas.

Art. 44. Nos teatros, cinemas, auditórios, está-dios, ginásios de esporte, locais de espetáculos e de conferências e similares, serão reservados espaços livres e assentos para a pessoa com de-ficiência, de acordo com a capacidade de lota-ção da edificação, observado o disposto em re-gulamento.

§ 1º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem ser distribuídos pelo re-cinto em locais diversos, de boa visibilidade, em todos os setores, próximos aos corredo-res, devidamente sinalizados, evitando-se áreas segregadas de público e obstrução das saídas, em conformidade com as nor-mas de acessibilidade.

§ 2º No caso de não haver comprovada pro-cura pelos assentos reservados, esses po-dem, excepcionalmente, ser ocupados por pessoas sem deficiência ou que não tenham mobilidade reduzida, observado o disposto em regulamento.

§ 3º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem situar-se em locais que garantam a acomodação de, no mínimo, 1 (um) acompanhante da pessoa com defici-ência ou com mobilidade reduzida, resguar-dado o direito de se acomodar proxima-mente a grupo familiar e comunitário.

§ 4º Nos locais referidos no caput deste ar-tigo, deve haver, obrigatoriamente, rotas de fuga e saídas de emergência acessíveis, conforme padrões das normas de acessibi-lidade, a fim de permitir a saída segura da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, em caso de emergência.

§ 5º Todos os espaços das edificações pre-vistas no caput deste artigo devem atender às normas de acessibilidade em vigor.

§ 6º As salas de cinema devem oferecer, em todas as sessões, recursos de acessibilidade para a pessoa com deficiência.

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§ 7º O valor do ingresso da pessoa com de-ficiência não poderá ser superior ao valor cobrado das demais pessoas.

Art. 45. Os hotéis, pousadas e similares devem ser construídos observando-se os princípios do desenho universal, além de adotar todos os meios de acessibilidade, conforme legislação em vigor.

§ 1º Os estabelecimentos já existentes de-verão disponibilizar, pelo menos, 10% (dez por cento) de seus dormitórios acessíveis, garantida, no mínimo, 1 (uma) unidade acessível.

§ 2º Os dormitórios mencionados no § 1º deste artigo deverão ser localizados em ro-tas acessíveis.

CAPÍTULO XDO DIREITO AO TRANSPORTE

E À MOBILIDADE

Art. 46. O direito ao transporte e à mobilida-de da pessoa com deficiência ou com mobili-dade reduzida será assegurado em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de identificação e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu acesso.

§ 1º Para fins de acessibilidade aos serviços de transporte coletivo terrestre, aquaviário e aéreo, em todas as jurisdições, conside-ram-se como integrantes desses serviços os veículos, os terminais, as estações, os pon-tos de parada, o sistema viário e a prestação do serviço.

§ 2º São sujeitas ao cumprimento das dis-posições desta Lei, sempre que houver inte-ração com a matéria nela regulada, a outor-ga, a concessão, a permissão, a autorização, a renovação ou a habilitação de linhas e de serviços de transporte coletivo.

§ 3º Para colocação do símbolo internacio-nal de acesso nos veículos, as empresas de transporte coletivo de passageiros depen-

dem da certificação de acessibilidade emi-tida pelo gestor público responsável pela prestação do serviço.

Art. 47. Em todas as áreas de estacionamento aberto ao público, de uso público ou privado de uso coletivo e em vias públicas, devem ser reservadas vagas próximas aos acessos de cir-culação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoa com defi-ciência com comprometimento de mobilidade, desde que devidamente identificados.

§ 1º As vagas a que se refere o caput deste artigo devem equivaler a 2% (dois por cen-to) do total, garantida, no mínimo, 1 (uma) vaga devidamente sinalizada e com as espe-cificações de desenho e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes de acessi-bilidade.

§ 2º Os veículos estacionados nas vagas re-servadas devem exibir, em local de ampla visibilidade, a credencial de beneficiário, a ser confeccionada e fornecida pelos órgãos de trânsito, que disciplinarão suas caracte-rísticas e condições de uso.

§ 3º A utilização indevida das vagas de que trata este artigo sujeita os infratores às san-ções previstas no inciso XVII do art. 181 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro). (Vide Lei nº 13.281, de 4/5/2016)

§ 4º A credencial a que se refere o § 2º deste artigo é vinculada à pessoa com deficiência que possui comprometimento de mobilida-de e é válida em todo o território nacional.

Art. 48. Os veículos de transporte coletivo ter-restre, aquaviário e aéreo, as instalações, as es-tações, os portos e os terminais em operação no País devem ser acessíveis, de forma a garantir o seu uso por todas as pessoas.

§ 1º Os veículos e as estruturas de que trata o caput deste artigo devem dispor de siste-ma de comunicação acessível que disponi-bilize informações sobre todos os pontos do itinerário.

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§ 2º São asseguradas à pessoa com defici-ência prioridade e segurança nos procedi-mentos de embarque e de desembarque nos veículos de transporte coletivo, de acor-do com as normas técnicas.

§ 3º Para colocação do símbolo internacio-nal de acesso nos veículos, as empresas de transporte coletivo de passageiros depen-dem da certificação de acessibilidade emi-tida pelo gestor público responsável pela prestação do serviço.

Art. 49. As empresas de transporte de freta-mento e de turismo, na renovação de suas fro-tas, são obrigadas ao cumprimento do disposto nos arts. 46 e 48 desta Lei.

Art. 50. O poder público incentivará a fabrica-ção de veículos acessíveis e a sua utilização como táxis e vans, de forma a garantir o seu uso por todas as pessoas.

Art. 51. As frotas de empresas de táxi devem reservar 10% (dez por cento) de seus veículos acessíveis à pessoa com deficiência.

§ 1º É proibida a cobrança diferenciada de tarifas ou de valores adicionais pelo serviço de táxi prestado à pessoa com deficiência.

§ 2º O poder público é autorizado a instituir incentivos fiscais com vistas a possibilitar a acessibilidade dos veículos a que se refere o caput deste artigo.

Art. 52. As locadoras de veículos são obrigadas a oferecer 1 (um) veículo adaptado para uso de pessoa com deficiência, a cada conjunto de 20 (vinte) veículos de sua frota.

Parágrafo único. O veículo adaptado deverá ter, no mínimo, câmbio automático, direção hidráulica, vidros elétricos e comandos ma-nuais de freio e de embreagem.

TÍTULO III

Da Acessibilidade

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 53. A acessibilidade é direito que garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade re-duzida viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação so-cial.

Art. 54. São sujeitas ao cumprimento das dis-posições desta Lei e de outras normas relativas à acessibilidade, sempre que houver interação com a matéria nela regulada:

I – a aprovação de projeto arquitetônico e urbanístico ou de comunicação e informa-ção, a fabricação de veículos de transporte coletivo, a prestação do respectivo serviço e a execução de qualquer tipo de obra, quan-do tenham destinação pública ou coletiva;

II – a outorga ou a renovação de concessão, permissão, autorização ou habilitação de qualquer natureza;

III – a aprovação de financiamento de pro-jeto com utilização de recursos públicos, por meio de renúncia ou de incentivo fiscal, contrato, convênio ou instrumento congê-nere; e

IV – a concessão de aval da União para ob-tenção de empréstimo e de financiamento internacionais por entes públicos ou priva-dos.

Art. 55. A concepção e a implantação de pro-jetos que tratem do meio físico, de transporte, de informação e comunicação, inclusive de sis-temas e tecnologias da informação e comunica-ção, e de outros serviços, equipamentos e ins-talações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, devem atender aos princípios do

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desenho universal, tendo como referência as normas de acessibilidade.

§ 1º O desenho universal será sempre to-mado como regra de caráter geral.

§ 2º Nas hipóteses em que comprovada-mente o desenho universal não possa ser empreendido, deve ser adotada adaptação razoável.

§ 3º Caberá ao poder público promover a inclusão de conteúdos temáticos referentes ao desenho universal nas diretrizes curricu-lares da educação profissional e tecnológica e do ensino superior e na formação das car-reiras de Estado.

§ 4º Os programas, os projetos e as linhas de pesquisa a serem desenvolvidos com o apoio de organismos públicos de auxílio à pesquisa e de agências de fomento deverão incluir temas voltados para o desenho uni-versal.

§ 5º Desde a etapa de concepção, as polí-ticas públicas deverão considerar a adoção do desenho universal.

Art. 56. A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de edificações abertas ao público, de uso público ou privadas de uso cole-tivo deverão ser executadas de modo a serem acessíveis.

§ 1º As entidades de fiscalização profissio-nal das atividades de Engenharia, de Arqui-tetura e correlatas, ao anotarem a respon-sabilidade técnica de projetos, devem exigir a responsabilidade profissional declarada de atendimento às regras de acessibilidade previstas em legislação e em normas técni-cas pertinentes.

§ 2º Para a aprovação, o licenciamento ou a emissão de certificado de projeto executivo arquitetônico, urbanístico e de instalações e equipamentos temporários ou perma-nentes e para o licenciamento ou a emissão de certificado de conclusão de obra ou de

serviço, deve ser atestado o atendimento às regras de acessibilidade.

§ 3º O poder público, após certificar a aces-sibilidade de edificação ou de serviço, de-terminará a colocação, em espaços ou em locais de ampla visibilidade, do símbolo in-ternacional de acesso, na forma prevista em legislação e em normas técnicas correlatas.

Art. 57. As edificações públicas e privadas de uso coletivo já existentes devem garantir aces-sibilidade à pessoa com deficiência em todas as suas dependências e serviços, tendo como refe-rência as normas de acessibilidade vigentes.

Art. 58. O projeto e a construção de edificação de uso privado multifamiliar devem atender aos preceitos de acessibilidade, na forma regula-mentar.

§ 1º As construtoras e incorporadoras res-ponsáveis pelo projeto e pela construção das edificações a que se refere o caput des-te artigo devem assegurar percentual míni-mo de suas unidades internamente acessí-veis, na forma regulamentar.

§ 2º É vedada a cobrança de valores adicio-nais para a aquisição de unidades interna-mente acessíveis a que se refere o § 1º des-te artigo.

Art. 59. Em qualquer intervenção nas vias e nos espaços públicos, o poder público e as empresas concessionárias responsáveis pela execução das obras e dos serviços devem garantir, de forma segura, a fluidez do trânsito e a livre circulação e acessibilidade das pessoas, durante e após sua execução.

Art. 60. Orientam-se, no que couber, pelas re-gras de acessibilidade previstas em legislação e em normas técnicas, observado o disposto na Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, nº 10.257, de 10 de julho de 2001, e nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012:

I – os planos diretores municipais, os planos diretores de transporte e trânsito, os planos de mobilidade urbana e os planos de pre-

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servação de sítios históricos elaborados ou atualizados a partir da publicação desta Lei;

II – os códigos de obras, os códigos de pos-tura, as leis de uso e ocupação do solo e as leis do sistema viário;

III – os estudos prévios de impacto de vizi-nhança;

IV – as atividades de fiscalização e a imposi-ção de sanções; e

V – a legislação referente à prevenção con-tra incêndio e pânico.

§ 1º A concessão e a renovação de alvará de funcionamento para qualquer atividade são condicionadas à observação e à certificação das regras de acessibilidade.

§ 2º A emissão de carta de habite-se ou de habilitação equivalente e sua renovação, quando esta tiver sido emitida anterior-mente às exigências de acessibilidade, é condicionada à observação e à certificação das regras de acessibilidade.

Art. 61. A formulação, a implementação e a ma-nutenção das ações de acessibilidade atenderão às seguintes premissas básicas:

I – eleição de prioridades, elaboração de cronograma e reserva de recursos para im-plementação das ações; e

II – planejamento contínuo e articulado en-tre os setores envolvidos.

Art. 62. É assegurado à pessoa com deficiência, mediante solicitação, o recebimento de contas, boletos, recibos, extratos e cobranças de tribu-tos em formato acessível.

CAPÍTULO IIDO ACESSO À INFORMAÇÃO

E À COMUNICAÇÃO

Art. 63. É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou

representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponí-veis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente.

§ 1º Os sítios devem conter símbolo de acessibilidade em destaque.

§ 2º Telecentros comunitários que recebe-rem recursos públicos federais para seu cus-teio ou sua instalação e lan houses devem possuir equipamentos e instalações acessí-veis.

§ 3º Os telecentros e as lan houses de que trata o § 2º deste artigo devem garantir, no mínimo, 10% (dez por cento) de seus com-putadores com recursos de acessibilidade para pessoa com deficiência visual, sendo assegurado pelo menos 1 (um) equipamen-to, quando o resultado percentual for infe-rior a 1 (um).

Art. 64. A acessibilidade nos sítios da internet de que trata o art. 63 desta Lei deve ser obser-vada para obtenção do financiamento de que trata o inciso III do art. 54 desta Lei.

Art. 65. As empresas prestadoras de serviços de telecomunicações deverão garantir pleno aces-so à pessoa com deficiência, conforme regula-mentação específica.

Art. 66. Cabe ao poder público incentivar a ofer-ta de aparelhos de telefonia fixa e móvel celular com acessibilidade que, entre outras tecnolo-gias assistivas, possuam possibilidade de indica-ção e de ampliação sonoras de todas as opera-ções e funções disponíveis.

Art. 67. Os serviços de radiodifusão de sons e imagens devem permitir o uso dos seguintes re-cursos, entre outros:

I – subtitulação por meio de legenda oculta;

II – janela com intérprete da Libras;

III – audiodescrição.

Art. 68. O poder público deve adotar mecanis-mos de incentivo à produção, à edição, à difu-

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são, à distribuição e à comercialização de livros em formatos acessíveis, inclusive em publica-ções da administração pública ou financiadas com recursos públicos, com vistas a garantir à pessoa com deficiência o direito de acesso à lei-tura, à informação e à comunicação.

§ 1º Nos editais de compras de livros, inclu-sive para o abastecimento ou a atualização de acervos de bibliotecas em todos os níveis e modalidades de educação e de bibliote-cas públicas, o poder público deverá adotar cláusulas de impedimento à participação de editoras que não ofertem sua produção também em formatos acessíveis.

§ 2º Consideram-se formatos acessíveis os arquivos digitais que possam ser reconhe-cidos e acessados por softwares leitores de telas ou outras tecnologias assistivas que vierem a substituí-los, permitindo leitura com voz sintetizada, ampliação de caracte-res, diferentes contrastes e impressão em Braille.

§ 3º O poder público deve estimular e apoiar a adaptação e a produção de artigos científicos em formato acessível, inclusive em Libras.

Art. 69. O poder público deve assegurar a dispo-nibilidade de informações corretas e claras so-bre os diferentes produtos e serviços ofertados, por quaisquer meios de comunicação emprega-dos, inclusive em ambiente virtual, contendo a especificação correta de quantidade, qualidade, características, composição e preço, bem como sobre os eventuais riscos à saúde e à segurança do consumidor com deficiência, em caso de sua utilização, aplicando-se, no que couber, os arts. 30 a 41 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.

§ 1º Os canais de comercialização virtual e os anúncios publicitários veiculados na imprensa escrita, na internet, no rádio, na televisão e nos demais veículos de comuni-cação abertos ou por assinatura devem dis-ponibilizar, conforme a compatibilidade do meio, os recursos de acessibilidade de que

trata o art. 67 desta Lei, a expensas do for-necedor do produto ou do serviço, sem pre-juízo da observância do disposto nos arts. 36 a 38 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.

§ 2º Os fornecedores devem disponibilizar, mediante solicitação, exemplares de bulas, prospectos, textos ou qualquer outro tipo de material de divulgação em formato aces-sível.

Art. 70. As instituições promotoras de congres-sos, seminários, oficinas e demais eventos de natureza científico-cultural devem oferecer à pessoa com deficiência, no mínimo, os recursos de tecnologia assistiva previstos no art. 67 desta Lei.

Art. 71. Os congressos, os seminários, as ofici-nas e os demais eventos de natureza científico--cultural promovidos ou financiados pelo poder público devem garantir as condições de acessi-bilidade e os recursos de tecnologia assistiva.

Art. 72. Os programas, as linhas de pesquisa e os projetos a serem desenvolvidos com o apoio de agências de financiamento e de órgãos e enti-dades integrantes da administração pública que atuem no auxílio à pesquisa devem contemplar temas voltados à tecnologia assistiva.

Art. 73. Caberá ao poder público, diretamente ou em parceria com organizações da sociedade civil, promover a capacitação de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais habilitados em Braille, audiodes-crição, estenotipia e legendagem.

CAPÍTULO IIIDA TECNOLOGIA ASSISTIVA

Art. 74. É garantido à pessoa com deficiência acesso a produtos, recursos, estratégias, prá-ticas, processos, métodos e serviços de tecno-logia assistiva que maximizem sua autonomia, mobilidade pessoal e qualidade de vida.

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Art. 75. O poder público desenvolverá plano específico de medidas, a ser renovado em cada período de 4 (quatro) anos, com a finalidade de:

I – facilitar o acesso a crédito especializado, inclusive com oferta de linhas de crédito subsidiadas, específicas para aquisição de tecnologia assistiva;

II – agilizar, simplificar e priorizar procedi-mentos de importação de tecnologia assis-tiva, especialmente as questões atinentes a procedimentos alfandegários e sanitários;

III – criar mecanismos de fomento à pesqui-sa e à produção nacional de tecnologia as-sistiva, inclusive por meio de concessão de linhas de crédito subsidiado e de parcerias com institutos de pesquisa oficiais;

IV – eliminar ou reduzir a tributação da ca-deia produtiva e de importação de tecnolo-gia assistiva;

V – facilitar e agilizar o processo de inclusão de novos recursos de tecnologia assistiva no rol de produtos distribuídos no âmbito do SUS e por outros órgãos governamentais.

Parágrafo único. Para fazer cumprir o dis-posto neste artigo, os procedimentos cons-tantes do plano específico de medidas de-verão ser avaliados, pelo menos, a cada 2 (dois) anos.

CAPÍTULO IVDO DIREITO À PARTICIPAÇÃO NA

VIDA PÚBLICA E POLÍTICA

Art. 76. O poder público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e a oportunidade de exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas.

§ 1º À pessoa com deficiência será assegu-rado o direito de votar e de ser votada, in-clusive por meio das seguintes ações:

I – garantia de que os procedimentos, as instalações, os materiais e os equipamentos para votação sejam apropriados, acessíveis a todas as pessoas e de fácil compreensão e uso, sendo vedada a instalação de seções eleitorais exclusivas para a pessoa com de-ficiência;

II – incentivo à pessoa com deficiência a candidatar-se e a desempenhar quaisquer funções públicas em todos os níveis de go-verno, inclusive por meio do uso de novas tecnologias assistivas, quando apropriado;

III – garantia de que os pronunciamentos oficiais, a propaganda eleitoral obrigatória e os debates transmitidos pelas emissoras de televisão possuam, pelo menos, os recursos elencados no art. 67 desta Lei;

IV – garantia do livre exercício do direito ao voto e, para tanto, sempre que necessário e a seu pedido, permissão para que a pessoa com deficiência seja auxiliada na votação por pessoa de sua escolha.

§ 2º O poder público promoverá a partici-pação da pessoa com deficiência, inclusive quando institucionalizada, na condução das questões públicas, sem discriminação e em igualdade de oportunidades, observado o seguinte:

I – participação em organizações não gover-namentais relacionadas à vida pública e à política do País e em atividades e adminis-tração de partidos políticos;

II – formação de organizações para repre-sentar a pessoa com deficiência em todos os níveis;

III – participação da pessoa com deficiência em organizações que a representem.

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TÍTULO IV

Da Ciência e Tecnologia

Art. 77. O poder público deve fomentar o desen-volvimento científico, a pesquisa e a inovação e a capacitação tecnológicas, voltados à melhoria da qualidade de vida e ao trabalho da pessoa com deficiência e sua inclusão social.

§ 1º O fomento pelo poder público deve priorizar a geração de conhecimentos e téc-nicas que visem à prevenção e ao tratamen-to de deficiências e ao desenvolvimento de tecnologias assistiva e social.

§ 2º A acessibilidade e as tecnologias assis-tiva e social devem ser fomentadas median-te a criação de cursos de pós-graduação, a formação de recursos humanos e a inclusão do tema nas diretrizes de áreas do conheci-mento.

§ 3º Deve ser fomentada a capacitação tec-nológica de instituições públicas e privadas para o desenvolvimento de tecnologias as-sistiva e social que sejam voltadas para me-lhoria da funcionalidade e da participação social da pessoa com deficiência.

§ 4º As medidas previstas neste artigo de-vem ser reavaliadas periodicamente pelo poder público, com vistas ao seu aperfeiço-amento.

Art. 78. Devem ser estimulados a pesquisa, o desenvolvimento, a inovação e a difusão de tec-nologias voltadas para ampliar o acesso da pes-soa com deficiência às tecnologias da informa-ção e comunicação e às tecnologias sociais.

Parágrafo único. Serão estimulados, em es-pecial:

I – o emprego de tecnologias da informação e comunicação como instrumento de su-peração de limitações funcionais e de bar-reiras à comunicação, à informação, à edu-cação e ao entretenimento da pessoa com deficiência;

II – a adoção de soluções e a difusão de nor-mas que visem a ampliar a acessibilidade da pessoa com deficiência à computação e aos sítios da internet, em especial aos serviços de governo eletrônico.

LIVRO II

PARTE ESPECIAL

TÍTULO I

Do Acesso à Justiça

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 79. O poder público deve assegurar o aces-so da pessoa com deficiência à justiça, em igual-dade de oportunidades com as demais pessoas, garantindo, sempre que requeridos, adaptações e recursos de tecnologia assistiva.

§ 1º A fim de garantir a atuação da pessoa com deficiência em todo o processo judicial, o poder público deve capacitar os membros e os servidores que atuam no Poder Judiciá-rio, no Ministério Público, na Defensoria Pú-blica, nos órgãos de segurança pública e no sistema penitenciário quanto aos direitos da pessoa com deficiência.

§ 2º Devem ser assegurados à pessoa com deficiência submetida a medida restritiva de liberdade todos os direitos e garantias a que fazem jus os apenados sem deficiência, garantida a acessibilidade.

§ 3º A Defensoria Pública e o Ministério Pú-blico tomarão as medidas necessárias à ga-rantia dos direitos previstos nesta Lei.

Art. 80. Devem ser oferecidos todos os recursos de tecnologia assistiva disponíveis para que a pessoa com deficiência tenha garantido o aces-

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so à justiça, sempre que figure em um dos polos da ação ou atue como testemunha, partícipe da lide posta em juízo, advogado, defensor público, magistrado ou membro do Ministério Público.

Parágrafo único. A pessoa com deficiência tem garantido o acesso ao conteúdo de to-dos os atos processuais de seu interesse, in-clusive no exercício da advocacia.

Art. 81. Os direitos da pessoa com deficiência serão garantidos por ocasião da aplicação de sanções penais.

Art. 82. (VETADO).

Art. 83. Os serviços notariais e de registro não podem negar ou criar óbices ou condições dife-renciadas à prestação de seus serviços em ra-zão de deficiência do solicitante, devendo reco-nhecer sua capacidade legal plena, garantida a acessibilidade.

Parágrafo único. O descumprimento do dis-posto no caput deste artigo constitui discri-minação em razão de deficiência.

CAPÍTULO IIDO RECONHECIMENTO IGUAL PERANTE A LEI

Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegura-do o direito ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais pes-soas.

§ 1º Quando necessário, a pessoa com defi-ciência será submetida à curatela, conforme a lei.

§ 2º É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de decisão apoiada.

§ 3º A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui medida protetiva ex-traordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará o menor tempo possível.

§ 4º Os curadores são obrigados a prestar, anualmente, contas de sua administração ao juiz, apresentando o balanço do respec-tivo ano.

Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimo-nial e negocial.

§ 1º A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.

§ 2º A curatela constitui medida extraordi-nária, devendo constar da sentença as ra-zões e motivações de sua definição, preser-vados os interesses do curatelado.

§ 3º No caso de pessoa em situação de ins-titucionalização, ao nomear curador, o juiz deve dar preferência a pessoa que tenha vínculo de natureza familiar, afetiva ou co-munitária com o curatelado.

Art. 86. Para emissão de documentos oficiais, não será exigida a situação de curatela da pes-soa com deficiência.

Art. 87. Em casos de relevância e urgência e a fim de proteger os interesses da pessoa com de-ficiência em situação de curatela, será lícito ao juiz, ouvido o Ministério Público, de oficio ou a requerimento do interessado, nomear, desde logo, curador provisório, o qual estará sujeito, no que couber, às disposições do Código de Pro-cesso Civil.

TÍTULO II

Dos Crimes e das Infrações Administrativas

Art. 88. Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência:

Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

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§ 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a vítima encontrar-se sob cuidado e res-ponsabilidade do agente.

§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no ca-put deste artigo é cometido por intermédio de meios de comunicação social ou de pu-blicação de qualquer natureza:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Pú-blico ou a pedido deste, ainda antes do in-quérito policial, sob pena de desobediência:

I – recolhimento ou busca e apreensão dos exemplares do material discriminatório;

II – interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na internet.

§ 4º Na hipótese do § 2º deste artigo, cons-titui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do ma-terial apreendido.

Art. 89. Apropriar-se de ou desviar bens, pro-ventos, pensão, benefícios, remuneração ou qualquer outro rendimento de pessoa com de-ficiência:

Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o crime é cometido:

I – por tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial; ou

II – por aquele que se apropriou em razão de ofício ou de profissão.

Art. 90. Abandonar pessoa com deficiência em hospitais, casas de saúde, entidades de abriga-mento ou congêneres:

Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.

Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem não prover as necessidades básicas de pessoa com deficiência quando obrigado por lei ou mandado.

Art. 91. Reter ou utilizar cartão magnético, qual-quer meio eletrônico ou documento de pessoa com deficiência destinados ao recebimento de benefícios, proventos, pensões ou remuneração ou à realização de operações financeiras, com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem:

Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o crime é cometido por tutor ou curador.

TÍTULO III

Disposições Finais e Transitórias

Art. 92. É criado o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), registro público eletrônico com a finalidade de coletar, processar, sistematizar e disseminar in-formações georreferenciadas que permitam a identificação e a caracterização socioeconômica da pessoa com deficiência, bem como das bar-reiras que impedem a realização de seus direi-tos.

§ 1º O Cadastro-Inclusão será administrado pelo Poder Executivo federal e constituído por base de dados, instrumentos, procedi-mentos e sistemas eletrônicos.

§ 2º Os dados constituintes do Cadastro--Inclusão serão obtidos pela integração dos sistemas de informação e da base de dados de todas as políticas públicas relacionadas aos direitos da pessoa com deficiência, bem como por informações coletadas, inclusive em censos nacionais e nas demais pesqui-sas realizadas no País, de acordo com os pa-râmetros estabelecidos pela Convenção so-

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bre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo.

§ 3º Para coleta, transmissão e sistematiza-ção de dados, é facultada a celebração de convênios, acordos, termos de parceria ou contratos com instituições públicas e pri-vadas, observados os requisitos e procedi-mentos previstos em legislação específica.

§ 4º Para assegurar a confidencialidade, a privacidade e as liberdades fundamentais da pessoa com deficiência e os princípios éticos que regem a utilização de informa-ções, devem ser observadas as salvaguar-das estabelecidas em lei.

§ 5º Os dados do Cadastro-Inclusão somen-te poderão ser utilizados para as seguintes finalidades:

I – formulação, gestão, monitoramento e avaliação das políticas públicas para a pes-soa com deficiência e para identificar as barreiras que impedem a realização de seus direitos;

II – realização de estudos e pesquisas.

§ 6º As informações a que se refere este ar-tigo devem ser disseminadas em formatos acessíveis.

Art. 93. Na realização de inspeções e de audito-rias pelos órgãos de controle interno e externo, deve ser observado o cumprimento da legisla-ção relativa à pessoa com deficiência e das nor-mas de acessibilidade vigentes.

Art. 94. Terá direito a auxílio-inclusão, nos ter-mos da lei, a pessoa com deficiência moderada ou grave que:

I – receba o benefício de prestação continu-ada previsto no art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e que passe a exer-cer atividade remunerada que a enquadre como segurado obrigatório do RGPS;

II – tenha recebido, nos últimos 5 (cinco) anos, o benefício de prestação continuada previsto no art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de

dezembro de 1993, e que exerça atividade remunerada que a enquadre como segura-do obrigatório do RGPS.

Art. 95. É vedado exigir o comparecimento de pessoa com deficiência perante os órgãos pú-blicos quando seu deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de condições de aces-sibilidade, imponha-lhe ônus desproporcional e indevido, hipótese na qual serão observados os seguintes procedimentos:

I – quando for de interesse do poder públi-co, o agente promoverá o contato necessá-rio com a pessoa com deficiência em sua residência;

II – quando for de interesse da pessoa com deficiência, ela apresentará solicitação de atendimento domiciliar ou fará representar--se por procurador constituído para essa fi-nalidade.

Parágrafo único. É assegurado à pessoa com deficiência atendimento domiciliar pela perícia médica e social do Instituto Na-cional do Seguro Social (INSS), pelo serviço público de saúde ou pelo serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que inte-gre o SUS e pelas entidades da rede socioas-sistencial integrantes do Suas, quando seu deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de condições de acessibilidade, imponha-lhe ônus desproporcional e inde-vido.

Art. 96. O § 6º-A do art. 135 da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 135. .....................................................................................................................................................................................

§ 6º-A. Os Tribunais Regionais Eleitorais de-verão, a cada eleição, expedir instruções aos Juízes Eleitorais para orientá-los na escolha dos locais de votação, de maneira a garantir acessibilidade para o eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive em

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seu entorno e nos sistemas de transporte que lhe dão acesso.

......................................................................

........................." (NR)

Art. 97. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com as seguin-tes alterações:

"Art. 428. ...................................................................................................................................................................................

§ 6º Para os fins do contrato de aprendi-zagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz com deficiência deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização.

......................................................................

....................................

§ 8º Para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos ou mais, a validade do con-trato de aprendizagem pressupõe anotação na CTPS e matrícula e frequência em pro-grama de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em for-mação técnico-profissional metódica." (NR)

"Art. 433. ...................................................................................................................................................................................

I – desempenho insuficiente ou inadapta-ção do aprendiz, salvo para o aprendiz com deficiência quando desprovido de recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessário ao desempenho de suas atividades;

......................................................................

........................." (NR)

Art. 98. A Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, passa a vigorar com as seguintes altera-ções:

"Art. 3º As medidas judiciais destinadas à pro-teção de interesses coletivos, difusos, individu-ais homogêneos e individuais indisponíveis da

pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria Públi-ca, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por funda-ção ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de direitos da pes-soa com deficiência.

......................................................................

........................." (NR)

"Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa:

I – recusar, cobrar valores adicionais, sus-pender, procrastinar, cancelar ou fazer ces-sar inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, públi-co ou privado, em razão de sua deficiência;

II – obstar inscrição em concurso público ou acesso de alguém a qualquer cargo ou em-prego público, em razão de sua deficiência;

III – negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua defici-ência;

IV – recusar, retardar ou dificultar interna-ção ou deixar de prestar assistência médico--hospitalar e ambulatorial à pessoa com de-ficiência;

V – deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei;

VI – recusar, retardar ou omitir dados téc-nicos indispensáveis à propositura da ação civil pública objeto desta Lei, quando requi-sitados.

§ 1º Se o crime for praticado contra pes-soa com deficiência menor de 18 (dezoito) anos, a pena é agravada em 1/3 (um terço).

§ 2º A pena pela adoção deliberada de cri-térios subjetivos para indeferimento de ins-crição, de aprovação e de cumprimento de

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estágio probatório em concursos públicos não exclui a responsabilidade patrimonial pessoal do administrador público pelos da-nos causados.

§ 3º Incorre nas mesmas penas quem impe-de ou dificulta o ingresso de pessoa com de-ficiência em planos privados de assistência à saúde, inclusive com cobrança de valores diferenciados.

§ 4º Se o crime for praticado em atendi-mento de urgência e emergência, a pena é agravada em 1/3 (um terço)." (NR)

Art. 99. O art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso XVIII:

"Art. 20. .......................................................................................................................................................................................

XVIII – quando o trabalhador com deficiên-cia, por prescrição, necessite adquirir órte-se ou prótese para promoção de acessibili-dade e de inclusão social.

......................................................................

........................." (NR)

Art. 100. A Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 6º .........................................................................................................................................................................................

Parágrafo único. A informação de que tra-ta o inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência, observa-do o disposto em regulamento." (NR)

"Art. 43. .......................................................................................................................................................................................

§ 6º Todas as informações de que trata o caput deste artigo devem ser disponibilizadas em for-matos acessíveis, inclusive para a pessoa com deficiência, mediante solicitação do consumi-dor." (NR)

Art. 101. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 16. ...................................................................................

I – o cônjuge, a companheira, o companhei-ro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectu-al ou mental ou deficiência grave;

......................................................................

....................................

III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectu-al ou mental ou deficiência grave;

......................................................................

........................." (NR)

"Art. 77. .....................................................................................................................................................................................

§ 2º ...............................................................................................................................................................................................

II – para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela eman-cipação ou ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou defici-ência grave;

......................................................................

.....................................

§ 4º ( VETADO).

......................................................................

........................." (NR)

"Art. 93. (VETADO):

I – (VETADO);

II – (VETADO);

III – (VETADO);

IV – (VETADO);

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V – (VETADO).

§ 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdên-cia Social ao final de contrato por prazo de-terminado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social.

§ 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe estabelecer a sistemática de fisca-lização, bem como gerar dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas pre-enchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência Social, fornecendo-os, quando solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos cidadãos interessa-dos.

§ 3º Para a reserva de cargos será considera-da somente a contratação direta de pessoa com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decre-to-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

§ 4º (VETADO)." (NR)

"Art. 110-A. No ato de requerimento de benefí-cios operacionalizados pelo INSS, não será exigi-da apresentação de termo de curatela de titular ou de beneficiário com deficiência, observados os procedimentos a serem estabelecidos em re-gulamento."

Art. 102. O art. 2º da Lei nº 8.313, de 23 de de-zembro de 1991, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º:

"Art. 2º .........................................................................................................................................................................................

§ 3º Os incentivos criados por esta Lei so-mente serão concedidos a projetos culturais que forem disponibilizados, sempre que tecnicamente possível, também em forma-

to acessível à pessoa com deficiência, ob-servado o disposto em regulamento." (NR)

Art. 103. O art. 11 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IX:

"Art. 11. ........................................................................................................................................................................................

IX – deixar de cumprir a exigência de requi-sitos de acessibilidade previstos na legisla-ção." (NR)

Art. 104. A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 3º ........................................................................................................................................................................................

§ 2º ...............................................................................................................................................................................................

V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdên-cia Social e que atendam às regras de aces-sibilidade previstas na legislação.

......................................................................

.....................................

§ 5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para:

I – produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras; e

II – bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimen-to de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às re-gras de acessibilidade previstas na legisla-ção.

......................................................................

........................." (NR)

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"Art. 66-A. As empresas enquadradas no inciso V do § 2º e no inciso II do § 5º do art. 3º desta Lei deverão cumprir, durante todo o período de execução do contrato, a reserva de cargos pre-vista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social, bem como as regras de acessibilidade previstas na legislação.

Parágrafo único. Cabe à administração fis-calizar o cumprimento dos requisitos de acessibilidade nos serviços e nos ambientes de trabalho."

Art. 105. O art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de de-zembro de 1993, passa a vigorar com as seguin-tes alterações:

"Art. 20. .......................................................................................................................................................................................

§ 2º Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pes-soa com deficiência aquela que tem impe-dimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

......................................................................

....................................

§ 9º Os rendimentos decorrentes de estágio supervisionado e de aprendizagem não se-rão computados para os fins de cálculo da renda familiar per capita a que se refere o § 3º deste artigo.

......................................................................

.....................................

§ 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo, poderão ser utili-zados outros elementos probatórios da con-dição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento." (NR)

Art. 106. (VETADO).

Art. 107. A Lei nº 9.029, de 13 de abril de 1995, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 1º É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional, idade, entre outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e ao adolescente previstas no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal." (NR)

"Art. 3º Sem prejuízo do prescrito no art. 2º desta Lei e nos dispositivos legais que tipificam os crimes resultantes de preconceito de etnia, raça, cor ou deficiência, as infrações ao dispos-to nesta Lei são passíveis das seguintes comina-ções:

......................................................................

........................." (NR)

"Art. 4º .....................................................................................

I – a reintegração com ressarcimento in-tegral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros legais;

......................................................................

........................." (NR)

Art. 108. O art. 35 da Lei nº 9.250, de 26 de de-zembro de 1995, passa a vigorar acrescido do seguinte § 5º:

"Art. 35. ....................................................................................................................................................................................

§ 5º Sem prejuízo do disposto no inciso IX do parágrafo único do art. 3º da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, a pes-soa com deficiência, ou o contribuinte que tenha dependente nessa condição, tem pre-ferência na restituição referida no inciso III do art. 4º e na alínea "c" do inciso II do art. 8º." (NR)

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Art. 109. A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), passa a vi-gorar com as seguintes alterações:

"Art. 2º .....................................................................................

Parágrafo único. Para os efeitos deste Có-digo, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabe-lecimentos privados de uso coletivo." (NR)

"Art. 86-A. As vagas de estacionamento regula-mentado de que trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser sinalizadas com as respec-tivas placas indicativas de destinação e com pla-cas informando os dados sobre a infração por estacionamento indevido."

"Art. 147-A. Ao candidato com deficiência au-ditiva é assegurada acessibilidade de comunica-ção, mediante emprego de tecnologias assisti-vas ou de ajudas técnicas em todas as etapas do processo de habilitação.

§ 1º O material didático audiovisual utiliza-do em aulas teóricas dos cursos que prece-dem os exames previstos no art. 147 desta Lei deve ser acessível, por meio de subtitu-lação com legenda oculta associada à tradu-ção simultânea em Libras.

§ 2º É assegurado também ao candidato com deficiência auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de intérprete da Libras, para acompanhamento em aulas práticas e teóricas."

"Art. 154. (VETADO)."

"Art. 181. ...................................................................................................................................................................................

XVII – ......................................................................................

Infração – grave;

......................................................................

........................." (NR)

Art. 110. O inciso VI e o § 1º do art. 56 da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, passam a vigo-rar com a seguinte redação:

"Art. 56. .......................................................................................................................................................................................

VI – 2,7% (dois inteiros e sete décimos por cento) da arrecadação bruta dos concursos de prognósticos e loterias federais e simi-lares cuja realização estiver sujeita a auto-rização federal, deduzindo-se esse valor do montante destinado aos prêmios;

......................................................................

....................................

§ 1º Do total de recursos financeiros resul-tantes do percentual de que trata o inciso VI do caput, 62,96% (sessenta e dois intei-ros e noventa e seis centésimos por cento) serão destinados ao Comitê Olímpico Brasi-leiro (COB) e 37,04% (trinta e sete inteiros e quatro centésimos por cento) ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), devendo ser observado, em ambos os casos, o conjunto de normas aplicáveis à celebração de con-vênios pela União.

......................................................................

........................." (NR)

Art. 111. O art. 1º da Lei nº 10.048, de 8 de no-vembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 1º As pessoas com deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes, as pessoas com crianças de colo e os obesos terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei." (NR)

Art. 112. A Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, passa a vigorar com as seguintes altera-ções:

"Art. 2º .....................................................................................

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I – acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equi-pamentos urbanos, edificações, transpor-tes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao pú-blico, de uso público ou privados de uso co-letivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobili-dade reduzida;

II – barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de mo-vimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à cir-culação com segurança, entre outros, classi-ficadas em:

a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados aber-tos ao público ou de uso coletivo;

b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados;

c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes;

d) barreiras nas comunicações e na infor-mação: qualquer entrave, obstáculo, atitu-de ou comportamento que dificulte ou im-possibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermé-dio de sistemas de comunicação e de tecno-logia da informação;

III – pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de longo prazo de natu-reza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais bar-reiras, pode obstruir sua participação ple-na e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas;

IV – pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo, di-ficuldade de movimentação, permanente

ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordena-ção motora ou da percepção, incluindo ido-so, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso;

V – acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de atendente pes-soal;

VI – elemento de urbanização: quaisquer componentes de obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos, distribuição de energia elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de comunica-ção, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indica-ções do planejamento urbanístico;

VII – mobiliário urbano: conjunto de obje-tos existentes nas vias e nos espaços públi-cos, superpostos ou adicionados aos ele-mentos de urbanização ou de edificação, de forma que sua modificação ou seu traslado não provoque alterações substanciais nes-ses elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, terminais e pon-tos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;

VIII – tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, re-cursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcio-nalidade, relacionada à atividade e à parti-cipação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autono-mia, independência, qualidade de vida e in-clusão social;

IX – comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de co-municação tátil, os caracteres ampliados, os

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dispositivos multimídia, assim como a lin-guagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunica-ções;

X – desenho universal: concepção de pro-dutos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto es-pecífico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva." (NR)

"Art. 3º O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser concebidos e execu-tados de forma a torná-los acessíveis para todas as pessoas, inclusive para aquelas com deficiên-cia ou com mobilidade reduzida.

Parágrafo único. O passeio público, ele-mento obrigatório de urbanização e parte da via pública, normalmente segregado e em nível diferente, destina-se somente à circulação de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano e de ve-getação." (NR)

"Art. 9º .....................................................................................

Parágrafo único. Os semáforos para pedes-tres instalados em vias públicas de grande circulação, ou que deem acesso aos servi-ços de reabilitação, devem obrigatoriamen-te estar equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave para orientação do pedestre." (NR)

"Art. 10-A. A instalação de qualquer mobiliário urbano em área de circulação comum para pe-destre que ofereça risco de acidente à pessoa com deficiência deverá ser indicada median-te sinalização tátil de alerta no piso, de acordo com as normas técnicas pertinentes."

"Art. 12-A. Os centros comerciais e os estabe-lecimentos congêneres devem fornecer carros e cadeiras de rodas, motorizados ou não, para o

atendimento da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida."

Art. 113. A Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade), passa a vigorar com as se-guintes alterações:

"Art. 3º .........................................................................................................................................................................................

III – promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, programas de construção de moradias e melhoria das condições habi-tacionais, de saneamento básico, das calça-das, dos passeios públicos, do mobiliário ur-bano e dos demais espaços de uso público;

IV – instituir diretrizes para desenvolvimen-to urbano, inclusive habitação, saneamen-to básico, transporte e mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos lo-cais de uso público;

......................................................................

........................." (NR)

"Art. 41. .........................................................................................................................................................................................

§ 3º As cidades de que trata o caput deste artigo devem elaborar plano de rotas aces-síveis, compatível com o plano diretor no qual está inserido, que disponha sobre os passeios públicos a serem implantados ou reformados pelo poder público, com vis-tas a garantir acessibilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida a todas as rotas e vias existentes, inclusi-ve as que concentrem os focos geradores de maior circulação de pedestres, como os órgãos públicos e os locais de prestação de serviços públicos e privados de saúde, edu-cação, assistência social, esporte, cultura, correios e telégrafos, bancos, entre outros, sempre que possível de maneira integrada com os sistemas de transporte coletivo de passageiros." (NR)

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Art. 114. A Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a vigorar com as se-guintes alterações:

"Art. 3º São absolutamente incapazes de exer-cer pessoalmente os atos da vida civil os meno-res de 16 (dezesseis) anos.

I – (Revogado);

II – (Revogado);

III – (Revogado)." (NR)

"Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

......................................................................

.....................................

II – os ébrios habituais e os viciados em tó-xico;

III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

......................................................................

....................................

Parágrafo único. A capacidade dos indíge-nas será regulada por legislação especial." (NR)

"Art. 228. ...................................................................................................................................................................................

II – (Revogado);

III – (Revogado);

......................................................................

...............................

§ 1º ...........................................................................................

§ 2º A pessoa com deficiência poderá tes-temunhar em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe assegurados todos os recursos de tecnologia assistiva." (NR)

"Art. 1.518 Até a celebração do casamento po-dem os pais ou tutores revogar a autorização." (NR)

"Art. 1.548 ..............................................................................

I – (Revogado);

......................................................................

........................." (NR)

"Art. 1.550 ..............................................................................

......................................................................

.............................

§ 1º ...........................................................................................

§ 2º A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade dire-tamente ou por meio de seu responsável ou curador." (NR)

"Art. 1.557 ..................................................................................................................................................................................

III – a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não ca-racterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro côn-juge ou de sua descendência;

IV – (Revogado)." (NR)

"Art. 1.767 ..............................................................................

I – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

II – (Revogado);

III – os ébrios habituais e os viciados em tó-xico;

IV – (Revogado);

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......................................................................

........................." (NR)

"Art. 1.768 O processo que define os termos da curatela deve ser promovido:

......................................................................

....................................

IV – pela própria pessoa." (NR)

"Art. 1.769 O Ministério Público somente pro-moverá o processo que define os termos da curatela:

I – nos casos de deficiência mental ou inte-lectual;

......................................................................

....................................

III – se, existindo, forem menores ou inca-pazes as pessoas mencionadas no inciso II." (NR)

"Art. 1.771 Antes de se pronunciar acerca dos termos da curatela, o juiz, que deverá ser as-sistido por equipe multidisciplinar, entrevistará pessoalmente o interditando." (NR)

"Art. 1.772 O juiz determinará, segundo as po-tencialidades da pessoa, os limites da curatela, circunscritos às restrições constantes do art. 1.782, e indicará curador.

Parágrafo único. Para a escolha do curador, o juiz levará em conta a vontade e as prefe-rências do interditando, a ausência de con-flito de interesses e de influência indevida, a proporcionalidade e a adequação às cir-cunstâncias da pessoa." (NR)

"Art. 1.775-A Na nomeação de curador para a pessoa com deficiência, o juiz poderá estabele-cer curatela compartilhada a mais de uma pes-soa."

"Art. 1.777 As pessoas referidas no inciso I do art. 1.767 receberão todo o apoio necessário para ter preservado o direito à convivência fa-miliar e comunitária, sendo evitado o seu re-colhimento em estabelecimento que os afaste desse convívio." (NR)

Art. 115. O Título IV do Livro IV da Parte Espe-cial da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a vigorar com a seguinte re-dação:

"TÍTULO IV

Da Tutela, da Curatela e da Tomada de Decisão Apoiada"

Art. 116. O Título IV do Livro IV da Parte Especial da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Có-digo Civil), passa a vigorar acrescido do seguinte Capítulo III:

"CAPÍTULO IIIDa Tomada de Decisão Apoiada

Art. 1.783-A A tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência ele-ge pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade.

§ 1º Para formular pedido de tomada de de-cisão apoiada, a pessoa com deficiência e os apoiadores devem apresentar termo em que constem os limites do apoio a ser ofe-recido e os compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o respeito a vontade, aos direitos e aos inte-resses da pessoa que devem apoiar.

§ 2º O pedido de tomada de decisão apoia-da será requerido pela pessoa a ser apoia-da, com indicação expressa das pessoas ap-tas a prestarem o apoio previsto no caput deste artigo.

§ 3º Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de decisão apoiada, o juiz, assis-tido por equipe multidisciplinar, após oitiva do Ministério Público, ouvirá pessoalmente

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Direitos Humanos – Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência – Prof. Mateus Silveira

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o requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio.

§ 4º A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros, sem restrições, desde que esteja inserida nos li-mites do apoio acordado.

§ 5º Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha relação negocial pode solicitar que os apoiadores contra-assinem o contra-to ou acordo, especificando, por escrito, sua função em relação ao apoiado.

§ 6º Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou prejuízo relevante, haven-do divergência de opiniões entre a pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz, ouvido o Ministério Público, decidir sobre a questão.

§ 7º Se o apoiador agir com negligência, exercer pressão indevida ou não adimplir as obrigações assumidas, poderá a pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresentar de-núncia ao Ministério Público ou ao juiz.

§ 8º Se procedente a denúncia, o juiz desti-tuirá o apoiador e nomeará, ouvida a pes-soa apoiada e se for de seu interesse, outra pessoa para prestação de apoio.

§ 9º A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar o término de acordo fir-mado em processo de tomada de decisão apoiada.

§ 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a ex-clusão de sua participação do processo de tomada de decisão apoiada, sendo seu des-ligamento condicionado a manifestação do juiz sobre a matéria.

§ 11. Aplicam-se a tomada de decisão apoiada, no que couber, as disposições re-ferentes a prestação de contas na curatela."

Art. 117. O art. 1º da Lei nº 11.126, de 27 de junho de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 1º É assegurado a pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em estabeleci-mentos abertos ao público, de uso público e pri-vados de uso coletivo, desde que observadas as condições impostas por esta Lei.

......................................................................

.....................................

§ 2º O disposto no caput deste artigo aplica--se a todas as modalidades e jurisdições do serviço de transporte coletivo de passagei-ros, inclusive em esfera internacional com origem no território brasileiro." (NR)

Art. 118. O inciso IV do art. 46 da Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009, passa a vigorar acres-cido da seguinte alínea "k":

"Art. 46. .......................................................................................................................................................................................

IV – .............................................................................................................................................................................................

k) de acessibilidade a todas as pessoas.

......................................................................

......................... " (NR)

Art. 119. A Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 12-B:

"Art. 12-B. Na outorga de exploração de serviço de táxi, reservar-se-ão 10% (dez por cento) das vagas para condutores com deficiência.

§ 1º Para concorrer às vagas reservadas na forma do caput deste artigo, o condutor com deficiência deverá observar os seguin-tes requisitos quanto ao veículo utilizado:

I – ser de sua propriedade e por ele condu-zido; e

II – estar adaptado às suas necessidades, nos termos da legislação vigente.

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§ 2º No caso de não preenchimento das va-gas na forma estabelecida no caput deste artigo, as remanescentes devem ser dispo-nibilizadas para os demais concorrentes."

Art. 120. Cabe aos órgãos competentes, em cada esfera de governo, a elaboração de rela-tórios circunstanciados sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos por força das Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, bem como o seu encaminhamento ao Ministério Público e aos órgãos de regulação para adoção das providên-cias cabíveis.

Parágrafo único. Os relatórios a que se refe-re o caput deste artigo deverão ser apresen-tados no prazo de 1 (um) ano a contar da entrada em vigor desta Lei.

Art. 121. Os direitos, os prazos e as obrigações previstos nesta Lei não excluem os já estabeleci-dos em outras legislações, inclusive em pactos, tratados, convenções e declarações internacio-nais aprovados e promulgados pelo Congresso Nacional, e devem ser aplicados em conformi-dade com as demais normas internas e acordos internacionais vinculantes sobre a matéria.

Parágrafo único. Prevalecerá a norma mais benéfica à pessoa com deficiência.

Art. 122. Regulamento disporá sobre a ade-quação do disposto nesta Lei ao tratamento di-ferenciado, simplificado e favorecido a ser dis-pensado às microempresas e às empresas de pequeno porte, previsto no § 3º do art. 1º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Art. 123. Revogam-se os seguintes dispositivos:

I – o inciso II do § 2º do art. 1º da Lei nº 9.008, de 21 de março de 1995;

II – os incisos I, II e III do art. 3º da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

III – os incisos II e III do art. 228 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

IV – o inciso I do art. 1.548 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

V – o inciso IV do art. 1.557 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

VI – os incisos II e IV do art. 1.767 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Ci-vil);

VII – os arts. 1.776 e 1.780 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).

Art. 124. O § 1º do art. 2º desta Lei deverá en-trar em vigor em até 2 (dois) anos, contados da entrada em vigor desta Lei.

Art. 125. Devem ser observados os prazos a se-guir discriminados, a partir da entrada em vigor desta Lei, para o cumprimento dos seguintes dispositivos:

I – incisos I e II do § 2º do art. 28, 48 (qua-renta e oito) meses;

II – § 6º do art. 44, 48 (quarenta e oito) me-ses;

III – art. 45, 24 (vinte e quatro) meses;

IV – art. 49, 48 (quarenta e oito) meses.

Art. 126. Prorroga-se até 31 de dezembro de 2021 a vigência da Lei nº 8.989, de 24 de feve-reiro de 1995.

Art. 127. Esta Lei entra em vigor após decorri-dos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial.

Brasília, 6 de julho de 2015; 194º da Indepen-dência e 127º da República.