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Legislação e Planejamento Tributário Unidade 2

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Legislação e Planejamento TributárioUnidade 2

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Educação a Distância – EaD

Professor: Flávio Brustoloni

Legislação e Planejamento Tributário

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Unidade 2

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

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Objetivos da Unidade:• Reconhecer o funcionamento do Sistema Constitucional

Tributário, tanto em relação à competência e à capacidade tributárias, quanto em relação às limitações constitucionais ao poder de tributar, representadas por diversos Princípios Constitucionais;

• Identificar as feições relevantes da obrigação tributária: seu nascimento, classificação e aspectos fundamentais;

• Distinguir o conceito de crédito tributário, bem como apontar como ele nasce, através do lançamento tributário;

• Assinalar quais os diferentes tipos de lançamento tributário existentes e suas principais diferenças;

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Objetivos da Unidade:• Individualizar em quais situações teremos a suspensão, a

extinção ou a exclusão do crédito tributário, assim como diferenciar cada uma das situações elencadas como tal;

• Diferenciar quais as garantias e privilégios que são legalmente conferidos à cobrança judicial do crédito tributário;

• Conhecer a função, as prerrogativas e os limites da Administração Tributária e, ainda, seus padrões modernos de atuação;

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TUTORIAL

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Tópico 1

03

Indicação do Tópico

Página da apostila

Numeração do slide

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TÓPICO 1

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Sistema Constitucional Tributário

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2 Competência Tributária2.1 Conceito

Competência Tributária é o poder concedido pela Constituição Federal

para criar tributos. Somente as pessoas políticas, ou seja, integrantes do Estado, podem, de acordo com a Constituição, criar tributos. Assim, a CF em si não cria tributos, mas dá o

poder de criá-los.

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2 Competência Tributária2.1 Conceito

Características da competência:

a) Irrenunciabilidade;b) Incaducabilidade;c) Indelegabilidade.

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2 Competência Tributária2.2 Classificação

* Competência privativa: é aquela concedida a apenas uma pessoa política. Ex: IPI, ICMS e ISSQN;* Competência comum: é compartilhada entre mais de um ente da Federação. Ex: Taxa e Contribuição de melhoria.* Competência residual: é exclusiva da União e é o poder dado pela Constituição para que ela crie tributo sobre fatos geradores que não estejam no âmbito da competência dos demais entes federados.

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2 Competência Tributária2.3 Capacidade Tributária

A capacidade tributária é o poder que o ente tributante tem para

arrecadar, cobrar e fiscalizar um produto, e é decorrência da

competência tributária.

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2 Competência Tributária2.3 Capacidade Tributária

Ao contrário da competência, a capacidade tributária pode ser delegada a outra pessoa, desde

que seja pública.

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2 Competência Tributária2.3 Capacidade Tributária

QUADRO 1 – DIFERENÇAS E CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA E DA CAPACIDADE

CONTRIBUTIVA

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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA

Poder para instituir tributos, previsto exclusivamente na CF/88.

Poder para exigir e fiscalizar tributos.

Atribuição legislativa, de índole política.

Atribuição administrativa.

Somente conferida às pessoas políticas: União, estados, Distrito Federal e municípios.

Pode ser conferida, também às pessoas administrativas de direito público (autarquias e fundações públicas).

É indelegável. É delegável.

FONTE: Alexandrino; Paulo (2007, p. 152)

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.1 Conceito

A Constituição criou uma série de mecanismos para limitar essa

competência, as chamadas limitações constitucionais ao poder de tributar.

Essas foram feitas sob a forma de princípios constitucionais, que visam dar uma salvaguarda ao contribuinte,

protegendo-o da sanha arrecadatória do Estado.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.2 Princípio da Legalidade

Este princípio consiste em um texto claro previsto no Artigo 150, inciso I da CF, no qual consta que sem uma lei, o Estado não pode cobrar ou aumentar

um tributo.Como a obrigação tributária nasce da lei e não da vontade do contribuinte, é fundamental que todos os aspectos do

tributo estejam previstos na lei.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.2 Princípio da Legalidade

Há três impostos, todos de competência da União, que a CF admite que sejam exceção ao princípio da Legalidade:

a) Imposto de Importação (II);b) Imposto de Exportação (IE);c) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.3 Princípio da Anterioridade e da Noventena

O princípio da anterioridade estabelece que um tributo não pode ser cobrado no mesmo ano em que

foi aprovada a lei que o criou ou o aumentou. Já a noventena estabelece um prazo mínimo de 90 dias entre a criação ou aumento de um tributo e

sua cobrança.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.3 Princípio da Anterioridade e da Noventena

Assim, por exemplo, uma lei que aumente as alíquotas de ICMS, e que

tenha sido publicada no dia 01/11/2007, só poderá entrar em vigor a partir de 01/02/2008, em virtude do princípio da anterioridade combinado

com a noventena.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.3 Princípio da Anterioridade e da Noventena

Este princípio também é chamado de não surpresa, e tem por

objetivo possibilitar ao contribuinte se planejar para pagar seus tributos, e para que não seja surpreendido com o aumento

repentino de um tributo.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.4 Princípio da Isonomia

Este princípio prega que os contribuintes que estejam em situação

similar devem ter tratamento tributário igual. Enfim, o princípio da isonomia tributária é a reafirmação, no

campo tributário, do fundamento primeiro da Constituição: todos são

iguais perante a lei.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.5 Princípio da Capacidade Contributiva

Basicamente, prega que quem tem maior capacidade econômica deve contribuir com mais recursos para

os cofres do Estado.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.6 Princípio da Vedação ao Confisco

O Princípio da Vedação ao Confisco tem por meta impedir que

um tributo se torne tão caro, que seja capaz de taxar a totalidade ou quase totalidade do patrimônio do

contribuinte. É derivado do princípio do direito à propriedade privada.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.7 Princípio da Liberdade de Tráfego

Nossa constituição, com o intuito de evitar que o tributo fosse usado

para restringir a livre circulação dentro do território nacional,

coibiu o seu uso com essa finalidade.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.7 Princípio da Liberdade de Tráfego

A exceção ficou por conta da cobrança de pedágio pela

utilização de vias conservadas pelo Poder Público. Essa

expressão causou muita discussão, uma vez que colocou o pedágio na seção destinada aos tributos, o que

tornaria também um tributo.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.8 Princípio da Uniformidade Geográfica

Esse princípio comporta duas situações distintas: por um lado,

proíbe que as diferentes regiões e Estados sejam tratados de maneira

distinta em termos de tributação impondo assim a uniformidade

geográfica do tributo.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.8 Princípio da Uniformidade Geográfica

Por outro lado, permite que o uso de incentivos fiscais para o

desenvolvimento de regiões menos desenvolvidas atenda à

necessidade de se manter a Federação unida.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.8 Princípio da Uniformidade Geográfica

Desta forma, o princípio da uniformidade geográfica quer

garantir a aplicação do Princípio da Igualdade entre os entes da

federação, provando que ele não é válido somente para os

contribuintes.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.9 Princípio da Não Cumulatividade

Esse é um princípio de aplicação restrita a três tributos: o IPI, o COFINS e o

ICMS, e determina basicamente que o valor pago na etapa anterior será

descontado quando do pagamento do imposto na etapa seguinte, fazendo com

que somente o valor agregado à operação naquela etapa seja realmente

tributado.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.9 Princípio da Não Cumulatividade

Ou seja, o contribuinte tem o direito ao crédito do imposto pago em etapas anteriores. Esse princípio visa diminuir consideravelmente o montante pago no final da cadeia

produtiva a fim de evitar a injustiça fiscal.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.10 Princípio da Seletividade

O princípio da seletividade é aplicado especificamente a dois impostos: IPI e

ICMS, e busca primariamente a justiça fiscal ao sobretaxar produtos

considerados supérfluos, em contrapartida aos produtos ditos essenciais, que devem ter uma

taxação menor.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.10 Princípio da Seletividade

A grande discussão é determinar o que é considerado supérfluo e o que é essencial. Um exemplo é o protetor solar, que, via de regra, é

considerado um cosmético, e portanto, supérfluo.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.11 Imunidade

A Imunidade tributária é uma garantia constitucional que impede

a cobrança de impostos sobre determinados fatos e pessoas.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.11 Imunidade

No artigo da CF estão descritas as seguintes situações de imunidade:a) Imunidade recíproca: PJ de direito público;b) Imunidades dos templos e cultos de qualquer natureza;c) Imunidades de Partidos Políticos;d) Entidades sindicais dos trabalhadores;e) Instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos;f) Livros, jornais, periódicos e o papel destinado à impressão.

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2.4 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar2.4.11 Imunidade

A imunidade garante somente a não incidência de impostos, mas não

exclui a responsabilidade tributária, e ainda não as desobriga de prestar

informações relativas a terceiros ou realizar qualquer outro ato que

assegure o cumprimento da obrigação tributária de terceiros.

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Obrigação Tributária

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2 Conceito

Obrigação tributária é o vínculo jurídico que une duas pessoas, uma chamada sujeito ativo (Fisco) e outra sujeito passivo (Contribuinte), que,

em vista de esta última ter praticado um fato gerador tributário, deve pagar

àquela certa quantia em dinheiro denominado tributo.

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2 Conceito

A obrigação tributária surge de três fontes:

* Por vontade das partes;* Por ato ilícito;* Por disposição legal.

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3 Classificação

A obrigação principal é uma obrigação de dar, ou seja, de entregar determinada quantia. Neste caso, é a obrigação do

contribuinte em pagar o tributo.Por outro lado, a obrigação acessória é uma obrigação de fazer. Neste caso são todas as obrigações impostas pelo Fisco

ao contribuinte, com o intuito de verificar se a obrigação principal foi cumprida.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.1 Aspecto Material

O aspecto material diz respeito à hipótese de incidência tributária, ou

seja, o fato previsto em lei que, quando ocorre, faz nascer a

obrigação tributária.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.2 Aspecto Quantitativo

O aspecto quantitativo se refere ao valor que será pago a título de tributo e está

ligado ao binômio base de cálculo e alíquota. A base de cálculo é a grandeza

material sobre a qual será aplicada a alíquota para se chegar ao valor a pagar. Por exemplo, a base de cálculo do IR é o

total de rendas ou proventos auferidos durante o ano.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.2 Aspecto Quantitativo

Já a alíquota é um percentual definido em lei, que deverá ser

aplicado sobre a base de cálculo. Ela pode ser ad valorem (segundo o

valor) ou específica.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.3 Aspecto Temporal

É referente ao momento em que ocorre o fato gerador, ou seja, quando ocorre, gerando assim a obrigação de

pagar o tributo. O aspecto temporal também é importante uma vez que se

deve atentar para a lei vigente no momento de sua ocorrência.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.4 Aspecto Espacial

Investiga onde o fato gerador ocorreu. Determina a competência territorial do ente tributante em cujo

território nasceu a obrigação tributária, indicando assim a pessoa pública

competente para exigir o tributo, bem como qual o diploma legal que rege o

fato gerador.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.5 Aspecto Pessoal

Determina quem figurará nos polos ativo (credor/Estado) e passivo

(devedor/contribuinte) da obrigação tributária.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.5 Aspecto Pessoal

* Sujeição Ativa: os entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e

Municípios), ou a quem eles tenham delegado a capacidade tributária, ou seja, a tarefa de cobrar, arrecadar e

administrar o tributo.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.5 Aspecto Pessoal

* Sujeição Passiva: de quem pode ser cobrado o tributo. Há duas

modalidades: direta e indireta.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.5 Aspecto Pessoal

a) Sujeito Passivo Direto: é aquele titular do fato jurídico tributário e também aquele que deverá, pela lei, pagar o tributo devido. Ex.: IPVA, IPTU e ITR.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.5 Aspecto Pessoal

b) Sujeito Passivo Indireto: é aquele que, sem ser o responsável pelo fato gerador, deve pagar o tributo, por expressa disposição legal. Há duas formas de responsabilidade tributária: por substituição e por transferência.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.5 Aspecto Pessoal

* Por substituição: No momento em que ocorre o fato gerador, a

obrigação de pagar o tributo já é automaticamente transferida a

terceiro, afastando-se o titular do fato gerador.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.5 Aspecto Pessoal

* Por transferência: A obrigação nasce com uma pessoa, e depois é transferida para outra. Ex.: No caso de imóvel com dívida de IPTU, essa dívida é transferida para o terceiro

que a comprou.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.5 Aspecto Pessoal

A lei estabeleceu critérios a serem seguidos no caso do devedor

desaparecer, quando será substituído por um sucessor legalmente

designado.

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4 Aspectos da Obrigação Tributária4.5 Aspecto Pessoal

a) Sucessores;b) De terceiros;c) Por infração;

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Crédito Tributário

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2 Crédito Tributário

O crédito tributário decorre diretamente do nascimento da

obrigação tributária, e é o direito de crédito que o Fisco tem contra o

contribuinte. Seu nascimento não é automático e é resultante de um

procedimento administrativo chamado lançamento tributário.

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3 Lançamento Tributário

O lançamento tributário é o procedimento administrativo que declarará existente a obrigação

tributária, e assim o fazendo, constituirá o crédito tributário.

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3 Lançamento Tributário

Somente um agente competente legalmente pode fazer o

lançamento tributário. Nesse caso, são os agentes públicos que

trabalham na Fazenda Pública quem tem a atribuição legal de

fazer o lançamento.

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4 Modalidades de Lançamento4.1 Lançamento de Ofício

O lançamento de ofício á aquele efetuado pela autoridade

administrativa independentemente de qualquer atuação ou

participação do contribuinte, sendo a modalidade mais usada.

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4 Modalidades de Lançamento4.2 Lançamento por Declaração

Nesta modalidade, o lançamento é feito pela autoridade, que usa as

informações declaradas pelo sujeito passivo, ou por terceiro, a respeito da matéria necessária para se efetivar o procedimento administrativo. Ex.: ITR (Imposto

sobre propriedade rural).

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4 Modalidades de Lançamento4.3 Lançamento por Homologação ou Autolançamento

Nessa modalidade de lançamento, o contribuinte presta informações à

autoridade administrativa, calcula o valor do tributo devido, recolhe este

tributo, efetuando, portanto, ele próprio, sua notificação para o

recolhimento, e aguarda a confirmação de seus atos por parte

da autoridade administrativa.53/71

Tópico 3

Unid. 2

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4 Modalidades de Lançamento4.4 Arbitramento

O arbitramento é um procedimento administrativo usado pela

autoridade fazendária para determinar a base de cálculo, quando o contribuinte deixa de

prestar as informações necessárias para determiná-la, ou ainda,

quando essas informações são falsas.

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Tópico 3

Unid. 2

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5 Suspensão do Crédito Tributário

Na suspensão, o crédito tributário tem sua exigibilidade suspensa até que uma determinada situação seja

discutida.

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Tópico 3

Unid. 2

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6 Extinção do Crédito Tributário

Na Extinção, o crédito tributário deixa de existir definitivamente.

O quadro da página 103 exibe as hipóteses em que pode ocorrer a

extinção.

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Tópico 3

Unid. 2

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7 Exclusão do Crédito Tributário

Na Exclusão, a constituição do crédito tributário é evitada. São duas as situações possíveis: no

caso de isenção ou anistia.

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Tópico 3

Unid. 2

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8 Garantias e Privilégios do Crédito Tributário

Por se tratar da principal fonte de recursos do Estado, o crédito

tributário goza de diversos privilégios e garantias, para

assegurar a efetividade de sua cobrança.

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Tópico 3

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8 Garantias e Privilégios do Crédito Tributário

A principal delas é assegurar que todos os bens e rendas do

contribuinte respondem pelo pagamento do crédito tributário.

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Tópico 3

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8 Garantias e Privilégios do Crédito Tributário

A extensão da garantia atinge todos os bens e direitos, não importando a origem ou a

natureza, além do seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real

ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, com

exceção unicamente dos bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis

(art. 184).

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Tópico 3

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TÓPICO 4

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Administração Tributária

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2 Conceito

A Administração Tributária – também chamada de Fisco ou Fazenda – é o órgão público encarregado de fiscalizar e

arrecadar tributos. Seus poderes e limitações estão dispostos nos arts.

194 a 200 do CTN (Código Tributário Nacional).

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Tópico 4

Unid. 2

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3 Prerrogativas e Deveres da Administração Tributária

a) O Fisco pode examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e

efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes, industriais ou produtores,

não podendo o contribuinte se escusar de exibí-los (art. 195 do CTN).

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Tópico 4

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3 Prerrogativas e Deveres da Administração Tributária

b) Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes

dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a

prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram (art. 195, parágrafo único do

CTN).

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Tópico 4

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3 Prerrogativas e Deveres da Administração Tributária

c) O Fisco deve sempre dar ciência ao contribuinte de que está iniciando uma ação fiscal, através de um termo

de início de fiscalização.

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Tópico 4

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4 Dívida Ativa e Certidões Emitidas pela Administração Tributária

A Dívida Ativa é representada pela totalidade dos créditos – tributários e não tributários – da Fazenda Pública contra terceiros. Somente a inscrição

em Dívida Ativa torna o crédito tributário já certo, líquido e exigível

(art. 201 do CTN).

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Tópico 4

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4 Dívida Ativa e Certidões Emitidas pela Administração Tributária

Denomina-se dívida certa aquela sobre a qual não há dúvida sobre sua

existência, e dívida líquida aquela sobre cujo total também não há

discussão. Uma vez inscrito em Dívida Ativa, o crédito tributário torna-se

exigível, isto é, cabe ao contribuinte fazer prova de que esse crédito não

está correto.67/71

Tópico 4

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4 Dívida Ativa e Certidões Emitidas pela Administração Tributária

As Certidões são documentos emitidos pela Administração

Tributária para atestar a situação do contribuinte. São exigidas em

diversas situações, em especial para participação em licitações.

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Tópico 4

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4 Dívida Ativa e Certidões Emitidas pela Administração Tributária

A Certidão Negativa de Débito (CND) é uma certidão emitida com a

finalidade de atestar que o contribuinte está em dia com sua

obrigação de pagar tributos. Sem ela não é possível dar baixa de uma

pessoa jurídica.

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Tópico 4

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4 Dívida Ativa e Certidões Emitidas pela Administração Tributária

Já a Certidão de Dívida Ativa (CDA) – do termo de inscrição extrai-se a

chamada Certidão de Dívida Ativa (CDA). A CDA demonstra a existência de um crédito tributário constituído e

não extinto pela forma regular (pagamento), e dá certeza e liquidez ao

crédito.

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Tópico 4

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4 Dívida Ativa e Certidões Emitidas pela Administração Tributária

A Certidão Positiva com efeito negativo – emitida quando há um

débito pendente junto à Fazenda, que está sendo objeto de discussão administrativa ou parcelamento.

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Tópico 4

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Parabéns!!! Terminamos a Unidade.

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PRÓXIMA AULA:

Legisl. Planej. Trib.

3º Encontro da Disciplina2ª Avaliação da Disciplina (10 Questões Objetivas)