14
Decreto-Lei n.º 315/95 de 28 de Novembro ASSUNTO: Regula a instalação e o funcionamento dos recintos de espectáculos e divertimentos públicos e estabelece o regime jurídico dos espectáculos de natureza artística Os diplomas que regulam as atribuições do Estado, prosseguidas através da Direcção-Geral dos Espectáculos, em matéria de licenciamento de recintos de espectáculos e de divertimentos públicos e de outras licenças e autorizações a obter para efeitos de realização de espectáculos têm vindo a suceder-se ao longo dos anos, encontrando-se em vigor alguns desde a década de 50 e vários que suscitam dúvidas ao intérprete sobre a sua efectiva vigência. Por outro lado, a política de descentralização implica que o Estado não deva concentrar em si competências que mais eficazmente podem ser exercidas pelos municípios, sob pena de os seus serviços não poderem exercê-las com a proficiência e a qualidade que são repto de uma Administração moderna. Obviar ao primeiro inconveniente e realizar o segundo desiderato foram as duas grandes linhas mestras que orientaram a elaboração do presente diploma. Em matéria de transferência de competências, a ideia orientadora foi a de manter na tutela do Estado, através da Direcção-Geral dos Espectáculos, aqueles recintos cujo controlo é necessário para efeitos de assegurar os direitos de autor e conexos - os destinados à realização de espectáculos artísticos - e transferir a tutela dos demais para os municípios. A transferência verifica-se sem criação de encargos funcionais para os municípios em matéria de licenciamento, uma vez que o controlo dos projectos de recintos de espectáculos e divertimentos públicos se verificará no decurso do próprio processo de licenciamento municipal. Em matéria de obrigações que manteve ou veio gerar, nomeadamente para os promotores de espectáculos, delegados municipais da Direcção-Geral dos Espectáculos e câmaras municipais, constituiu preocupação do presente diploma assegurar à Direcção-Geral dos Espectáculos informação suficiente e credível em matéria de espectáculos que lhe permita, por um lado, melhor assessorar a tutela e responder aos pedidos de informações necessários sobre esta área e, por outro, garantir que os direitos dos autores, artistas intérpretes e executantes, produtores de fonogramas e videogramas e das entidades de radiodifusão e equiparadas sejam assegurados. De entre as reformas introduzidas pelo diploma, a que talvez mereça explicação mais detalhada é a substituição do «visto» para efeito de realização de espectáculos. Se bem que indevidamente ligado à ideia de «censura» que caracterizou o Estado Novo - porquanto a verdade é que se trata de um instituto que vem já dos primórdios da Inspecção de Teatros, criada por Almeida Garrett, e antecessora da actual Direcção-Geral dos Espectáculos -, o certo é que o «visto» vinha tendo uma carga negativa e burocrática que importava suprimir. Havia, porém, que garantir a tutela dos direitos de autor e conexos, que o instituto vinha permitindo, única finalidade, quase, que num Estado de direito se pode compreender que prossiga. Com efeito, sem a intervenção do Estado dificilmente os direitos de autor e conexos se poderão realizar, atenta a sua incidência sobre uma realidade imaterial, bem diferente daquela sobre que incidem normalmente os direitos reais. No demais, as preocupações do diploma cingiram-se à sempre difícil conjugação da eliminação de burocracias com a garantia da segurança. Foi ouvida a Associação Nacional de Municípios Portugueses. Assim: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 13.º da Lei n.º 39-B/94, de 27 de Dezembro, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Legislação - Recintos de Espectáculos e Divertimentos Públicos - Dec. Lei n 315 95 de 28 de Novembro

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Legislaçao - recintos e espectaculos para eventos

Citation preview

  • Decreto-Lei n. 315/95 de 28 de Novembro ASSUNTO: Regula a instalao e o funcionamento dos recintos de espectculos e divertimentos pblicos e estabelece o regime jurdico dos espectculos de natureza artstica Os diplomas que regulam as atribuies do Estado, prosseguidas atravs da Direco-Geral dos Espectculos, em matria de licenciamento de recintos de espectculos e de divertimentos pblicos e de outras licenas e autorizaes a obter para efeitos de realizao de espectculos tm vindo a suceder-se ao longo dos anos, encontrando-se em vigor alguns desde a dcada de 50 e vrios que suscitam dvidas ao intrprete sobre a sua efectiva vigncia. Por outro lado, a poltica de descentralizao implica que o Estado no deva concentrar em si competncias que mais eficazmente podem ser exercidas pelos municpios, sob pena de os seus servios no poderem exerc-las com a proficincia e a qualidade que so repto de uma Administrao moderna. Obviar ao primeiro inconveniente e realizar o segundo desiderato foram as duas grandes linhas mestras que orientaram a elaborao do presente diploma. Em matria de transferncia de competncias, a ideia orientadora foi a de manter na tutela do Estado, atravs da Direco-Geral dos Espectculos, aqueles recintos cujo controlo necessrio para efeitos de assegurar os direitos de autor e conexos - os destinados realizao de espectculos artsticos - e transferir a tutela dos demais para os municpios. A transferncia verifica-se sem criao de encargos funcionais para os municpios em matria de licenciamento, uma vez que o controlo dos projectos de recintos de espectculos e divertimentos pblicos se verificar no decurso do prprio processo de licenciamento municipal. Em matria de obrigaes que manteve ou veio gerar, nomeadamente para os promotores de espectculos, delegados municipais da Direco-Geral dos Espectculos e cmaras municipais, constituiu preocupao do presente diploma assegurar Direco-Geral dos Espectculos informao suficiente e credvel em matria de espectculos que lhe permita, por um lado, melhor assessorar a tutela e responder aos pedidos de informaes necessrios sobre esta rea e, por outro, garantir que os direitos dos autores, artistas intrpretes e executantes, produtores de fonogramas e videogramas e das entidades de radiodifuso e equiparadas sejam assegurados. De entre as reformas introduzidas pelo diploma, a que talvez merea explicao mais detalhada a substituio do visto para efeito de realizao de espectculos. Se bem que indevidamente ligado ideia de censura que caracterizou o Estado Novo - porquanto a verdade que se trata de um instituto que vem j dos primrdios da Inspeco de Teatros, criada por Almeida Garrett, e antecessora da actual Direco-Geral dos Espectculos -, o certo que o visto vinha tendo uma carga negativa e burocrtica que importava suprimir. Havia, porm, que garantir a tutela dos direitos de autor e conexos, que o instituto vinha permitindo, nica finalidade, quase, que num Estado de direito se pode compreender que prossiga. Com efeito, sem a interveno do Estado dificilmente os direitos de autor e conexos se podero realizar, atenta a sua incidncia sobre uma realidade imaterial, bem diferente daquela sobre que incidem normalmente os direitos reais. No demais, as preocupaes do diploma cingiram-se sempre difcil conjugao da eliminao de burocracias com a garantia da segurana. Foi ouvida a Associao Nacional de Municpios Portugueses. Assim: No uso da autorizao legislativa concedida pelo artigo 13. da Lei n. 39-B/94, de 27 de Dezembro, e nos termos das alneas a) e b) do n. 1 do artigo 201. da Constituio, o Governo decreta o seguinte:

  • CAPTULO I mbito Artigo 1. mbito O presente diploma regula a instalao e o funcionamento dos recintos de espectculos e divertimentos pblicos e estabelece o regime jurdico dos espectculos de natureza artstica. CAPTULO II Instalao e funcionamento de recintos de espectculos e divertimentos pblicos SECO I Regime geral Artigo 2. Regulamentao Aos recintos de espectculos e divertimentos pblicos so aplicveis as normas previstas no Regulamento das Condies Tcnicas e de Segurana de Recintos de Espectculos e Divertimentos Pblicos, a aprovar por decreto regulamentar. Artigo 3. Regime aplicvel instalao e ao funcionamento 1 - A instalao de recintos de espectculos e divertimentos pblicos obedece ao regime jurdico do licenciamento municipal de obras particulares, com as especificidades estabelecidas no presente diploma. 2 - Os pedidos de licenciamento relativos instalao dos recintos de espectculos e divertimentos pblicos devem ser instrudos nos termos da legislao referida no nmero anterior e ainda com os elementos constantes de portaria conjunta dos membros do Governo responsveis pelas reas da cultura ou do desporto, consoante o caso, e do planeamento e administrao do territrio. 3 - Ressalvadas as excepes previstas no presente diploma, o funcionamento dos recintos de espectculos e divertimentos pblicos depende apenas da emisso da licena de utilizao e do respectivo alvar. SECO II Recintos destinados a espectculos de natureza artstica Artigo 4. Aprovao do projecto de arquitectura 1 - A aprovao, pela cmara municipal, do projecto de arquitectura relativo a recintos de espectculos que tenham por finalidade principal a actividade artstica carece de parecer favorvel da Direco-Geral dos Espectculos (DGESP). 2 - Consideram-se actividades artsticas, designadamente: a) Canto; b) Dana; c) Msica; d) Teatro; e) Literatura; f) Cinema; g) Tauromaquia; h) Circo. Artigo 5. Parecer da DGESP 1 - O parecer da DGESP destina-se a verificar a adequao, do ponto de vista funcional, do recinto projectado ao uso pretendido, bem como a observncia das normas estabelecidas no presente diploma e legislao complementar. 2 - Quando o recinto se situe em rea abrangida por plano de pormenor ou alvar de

  • loteamento, aplica-se, com as necessrias adaptaes, o disposto no artigo 35. do Decreto-Lei n. 445/91, de 20 de Novembro, com as alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n. 250/94, de 15 de Outubro. Artigo 6. Incio das actividades O funcionamento dos recintos de espectculos que tenham por finalidade principal a actividade artstica carece de licena de recinto a emitir pela DGESP. Artigo 7. Requerimento 1 - Concluda a obra, o interessado deve requerer a emisso de licena de recinto ao director-geral dos Espectculos. 2 - A emisso da licena de recinto sempre precedida de vistoria a efectuar pela DGESP nos termos do artigo seguinte. Artigo 8. Vistoria 1 - A vistoria a realizar pela DGESP para a emisso de licena de recinto destina-se a verificar a adequao do recinto, do ponto de vista funcional, ao uso previsto, bem como a observncia das normas estabelecidas no presente diploma e legislao complementar. 2 - Pela vistoria devida a taxa constante da tabela a aprovar por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da cultura. 3 - A taxa referida no nmero anterior deve ser depositada nos cinco dias subsequentes apresentao do requerimento previsto no n. 1 do artigo anterior. 4 - A vistoria deve realizar-se no prazo de 45 dias a contar da data do depsito referido no nmero anterior e, sempre que possvel, em data a acordar com o interessado. 5 - A vistoria efectuada por uma comisso composta por um representante da DGESP, que preside, por um representante da cmara municipal, pelo delegado ou subdelegado de sade e por um engenheiro civil ou arquitecto nomeado pelo director-geral dos Espectculos, quando o representante da DGESP no tiver essa formao. 6 - A comisso, depois de proceder vistoria, elabora o respectivo auto, do qual far meno no livro de obra, devendo entregar uma cpia daquele ao requerente. 7 - No pode ser emitida a licena de recinto quando o auto de vistoria conclua em sentido desfavorvel. Artigo 9. Licena de recinto 1 - A licena de recinto e o respectivo alvar so emitidos pelo director-geral dos Espectculos no prazo de 10 dias a contar da data da realizao da vistoria ou, no tendo havido vistoria, do termo do prazo para a sua realizao e, em qualquer caso, mediante a exibio do alvar de licena de utilizao emitido pela cmara municipal. 2 - A no realizao da vistoria no prazo fixado no n. 4 do artigo 8. ou a falta de deciso final no prazo referido no nmero anterior valem como deferimento tcito do pedido de licena de recinto, conferindo ao particular o direito de requerer que lhe seja passado, no prazo de 10 dias, o respectivo alvar. 3 - A emisso de alvar em prazo mais curto que o referido no n. 1 depende do pagamento de uma taxa suplementar de montante a fixar pelo membro do Governo responsvel pela rea da cultura. 4 - Do alvar de licena de recinto devem constar as seguintes indicaes: a) A identificao do recinto; b) O nome da entidade exploradora do recinto; c) A actividade ou actividades a que o recinto se destina; d) A lotao do recinto para cada uma das actividades referidas na alnea anterior; e) A data da sua emisso e o prazo de validade da licena.

  • Artigo 10. Averbamentos Devem ser comunicadas DGESP, no prazo de 10 dias, para averbamento no alvar da licena de recinto: a) A mudana do nome que identifica publicamente o recinto; b) A mudana da entidade exploradora do recinto. Artigo 11. Intimao judicial Nos casos de deferimento expresso ou tcito do pedido de licena de recinto e perante recusa injustificada ou falta de emisso do alvar respectivo nos prazos previstos nos n.os 1 e 2 do artigo 9., pode o interessado pedir ao tribunal administrativo de crculo a intimao do director-geral dos Espectculos para proceder referida emisso, nos termos do artigo 62. do Decreto-Lei n. 445/91, de 20 de Novembro, com as alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n. 250/94, de 15 de Outubro. Artigo 12. Prazo de validade 1 - A licena de recinto vlida por um prazo de trs anos. 2 - A renovao da licena de recinto deve ser requerida com, pelo menos, 60 dias de antecedncia em relao ao termo do seu prazo de validade. 3 - A concesso de nova licena de recinto ou a sua renovao implicam a realizao de nova vistoria, devendo a DGESP promover simultaneamente, no prazo de oito dias a contar da data da apresentao do requerimento, a consulta das entidades com responsabilidades nas reas dos servios, equipamentos e infra-estruturas instalados no recinto. Artigo 13. Obras no sujeitas a licenciamento municipal 1 - As obras no interior dos recintos de espectculos, quando no estejam sujeitas a licenciamento municipal, carecem de autorizao da DGESP. 2 - Para os efeitos previstos no nmero anterior, o particular deve dirigir DGESP um requerimento instrudo com a documentao a que alude o n. 6 do artigo 3. do Decreto-Lei n. 445/91, de 20 de Novembro, com as alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n. 250/94, de 15 de Outubro, podendo a DGESP, no prazo de 10 dias, solicitar esclarecimentos complementares ou outros elementos, se aqueles se revelarem insuficientes. 3 - A autorizao a que se refere o n. 1 deve ser emitida no prazo de 20 dias a contar da recepo do requerimento, sob pena de este se entender como tacitamente deferido. Artigo 14. Recintos resultantes de obras dispensadas de licenciamento municipal 1 - Os projectos de arquitectura de recintos cujas obras estejam dispensadas de licenciamento municipal, nos termos das alneas b) a f) do n. 1 do artigo 3. do Decreto-Lei n. 445/91, de 20 de Novembro, com as alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n. 250/94, de 15 de Outubro, devem ser entregues na DGESP para parecer. 2 - Os projectos devem ser acompanhados dos elementos constantes dos diplomas referidos no n. 2 do artigo 3. 3 - No prazo de 5 dias a contar da recepo do projecto, a DGESP pode solicitar, por uma nica vez, a apresentao de outros elementos que considere indispensveis sua apreciao. 4 - A DGESP deve pronunciar-se no prazo de 25 dias a contar da data da recepo do processo ou dos elementos pedidos nos termos do nmero anterior. Artigo 15. Alteraes Qualquer alterao aos projectos referidos no nmero anterior, quer na fase de execuo, quer posteriormente emisso da licena de recinto, est sujeita a parecer da DGESP, aplicando-se, com as necessrias adaptaes, o disposto no artigo 13.

  • Artigo 16. Funcionamento Ao funcionamento dos recintos a que se refere o artigo 14. aplica-se o disposto nos artigos 6. a 10., excepo da comisso de vistoria, a qual composta por um representante da DGESP, que preside, por um representante do dono da obra, pelo delegado ou subdelegado de sade e por um engenheiro civil ou arquitecto nomeado pelo director-geral dos Espectculos, quando o representante da DGESP no tiver essa formao. Artigo 17. Autorizao de actividades diversas das constantes da licena de recinto Excepcionalmente, a DGESP pode autorizar, num recinto de espectculos que tenha por finalidade principal a actividade artstica, a realizao de actividades diversas daquelas a que o recinto se destina. Artigo 18. Vistorias extraordinrias 1 - A DGESP pode determinar a realizao das vistorias extraordinrias que entender convenientes. 2 - A composio da comisso da vistoria extraordinria a que for determinada pela DGESP. 3 - Quando da vistoria resultar que se encontram desrespeitadas as condies tcnicas e de segurana, sem prejuzo da coima que for aplicvel, a entidade responsvel pela explorao ser notificada para proceder s necessrias alteraes em prazo a fixar pela DGESP, sob pena de o recinto ser encerrado. 4 - O recinto ser imediatamente encerrado quando no esteja em condies de se manter aberto ao pblico, em virtude de oferecer perigo para a segurana ou sade dos espectadores ou das pessoas que realizam o espectculo. 5 - Pela realizao das vistorias extraordinrias no devida qualquer taxa. Artigo 19. Embargo 1 - Caso o desrespeito das condies tcnicas e de segurana a que deve obedecer o recinto resulte de obra a decorrer, ser o facto notificado cmara municipal para efeitos de ser decretado o embargo, se a obra estiver sujeita a licenciamento municipal mas este no tiver sido requerido, ou, se a obra estiver ou tiver sido dispensada daquele licenciamento, o embargo ser determinado pelo director-geral dos Espectculos. 2 - Ao embargo referido na parte final do n. 1 aplica-se, com as devidas aplicaes, o disposto no artigo 57. do Decreto-Lei n. 445/91, de 20 de Novembro, com as alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n. 250/94, de 15 de Outubro. SECO III Recintos itinerantes ou improvisados Artigo 20. Licena de funcionamento de recintos itinerantes ou improvisados Os recintos de espectculos e divertimentos pblicos que no envolvam a realizao de obras de construo civil nem impliquem a alterao da topografia local s podem ser abertos ao pblico e funcionar mediante licena de recinto a emitir pela cmara municipal. Artigo 21. Procedimento 1 - O procedimento para a emisso da licena referida no artigo anterior obedece ao disposto no respectivo regulamento municipal e, supletivamente, ao disposto nos nmeros seguintes. 2 - O requerimento deve ser acompanhado de memria descritiva e justificativa do recinto, podendo a cmara municipal, no prazo de trs dias, solicitar outros elementos se aqueles se mostrarem insuficientes. 3 - A cmara municipal deve pronunciar-se no prazo de cinco dias a contar da data da apresentao do requerimento ou dos elementos complementares solicitados nos termos do nmero anterior.

  • 4 - A competncia para a emisso da licena de recinto do presidente da cmara, com faculdade de delegao nos vereadores e directores de servio. 5 - Caso a cmara municipal entenda necessria a realizao de vistoria, a mesma deve efectuar-se no decurso do prazo referido no n. 3. 6 - A licena de recinto vlida pelo perodo que for fixado pela cmara municipal. CAPTULO III Licena acidental de recinto para espectculos de natureza artstica Artigo 22. Licena acidental de recinto para espectculos de natureza artstica 1 - necessria licena para a realizao acidental de espectculos de natureza artstica em qualquer recinto cujo funcionamento no esteja sujeito a licena de recinto, sendo aquela vlida apenas para as sesses para que foi concedida. 2 - Compete cmara municipal emitir a licena acidental de recinto, podendo ser consultada a DGESP, caso se entenda necessrio. 3 - A licena acidental de recinto deve ser requerida com, pelo menos, oito dias de antecedncia, devendo ser deferida at seis horas antes da marcada para o incio do espectculo. Artigo 23. Autenticao de bilhetes Os bilhetes para espectculos de natureza artstica a realizar em recintos acidentalmente licenciados para o efeito devem ser apresentados para autenticao cmara municipal, se esta assim o determinar e nas condies que fixar. CAPTULO IV Promotores de espectculos de natureza artstica Artigo 24. Registo 1 - Os promotores de espectculos de natureza artstica devem, no prazo de cinco dias sobre a data do incio da actividade, registar-se na DGESP. 2 - O pedido de registo deve ser instrudo com os seguintes elementos: a) Documento comprovativo da declarao do incio da actividade; b) Fotocpia do carto de identificao de pessoa colectiva ou equiparada. 3 - O registo vlido por trs anos. 4 - Por cada registo e suas renovaes so devidas as taxas de montante a fixar por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da cultura. 5 - No carecem de registo de promotor de espectculo as entidades que realizem espectculos ocasionais cuja receita se destine a fins culturais ou humanitrios. Artigo 25. Obrigaes dos promotores de espectculos Os promotores de espectculos devem remeter DGESP, nos primeiros 15 dias do ms de Janeiro e nos primeiros 15 dias do ms de Julho, a lista dos espectculos realizados no semestre anterior, da qual dever constar, nomeadamente, o nome do espectculo, o local e a data da sua realizao e o nmero de espectadores. CAPTULO V Espectculos de natureza artstica SECO I Licena de representao

  • Artigo 26. Licena de representao 1 - Os espectculos de natureza artstica s podem ser anunciados ou realizados aps a emisso pela DGESP de licena de representao. 2 - A licena de representao tem por finalidade garantir a tutela dos direitos de autor e conexos devidos pela representao ou execuo. 3 - A licena de representao pode abranger vrias sesses. Artigo 27. Procedimento para emisso da licena de representao 1 - O requerimento da licena de representao deve indicar: a) O programa do espectculo e a sua classificao etria; b) O nmero de sesses do espectculo e o dia, hora e local da sua realizao; c) O promotor do espectculo; d) A autorizao dos detentores de direitos de autor e conexos ou do seu representante. 2 - No constitui fundamento de indeferimento a mera falta de pagamento antecipado dos direitos devidos. SECO II Afixaes obrigatrias e publicidade Artigo 28. Afixaes obrigatrias 1 - No decurso dos espectculos de natureza artstica obrigatria a afixao, em local bem visvel, dos originais ou fotocpias do alvar da licena de recinto, da cpia da licena de representao e ainda da lotao do recinto. 2 - Todos os espectculos onde haja entradas pagas ou seja exigida qualquer outra forma de pagamento, ainda que indirecta, devem ser anunciados por meio de cartazes afixados na entrada principal do recinto contendo os elementos de informao constantes das alneas a) a d) do n. 1 do artigo anterior. 3 - Junto das bilheteiras so sempre afixados de forma bem visvel: a) O preo dos bilhetes; b) A planta do recinto e, quando houver lugares numerados, a indicao das diversas categorias e nmeros. Artigo 29. Publicidade 1 - A publicidade dos espectculos pblicos de natureza artstica deve conformar-se com os elementos constantes da licena de representao emitida. 2 - proibida a publicidade sonora durante a realizao ou nos intervalos dos espectculos referidos no n. 2 do artigo anterior. 3 - Exceptuam-se do disposto no nmero anterior: a) Os espectculos tauromquicos e circenses; b) A publicidade por meio de videogramas musicais e discos, apenas durante os intervalos e sem que ocupe mais de metade dos mesmos. SECO III Bilhetes, reserva de lugares e livre trnsito Artigo 30. Bilhetes 1 - Dos bilhetes de ingresso em espectculos deve constar a indicao do preo, do recinto onde aqueles se realizam, do dia e da hora do espectculo e, havendo numerao de lugares, o correspondente a cada bilhete. 2 - No havendo lugares numerados, os bilhetes emitidos devem ter uma numerao sequencial correspondente, no mximo, lotao do recinto. 3 - proibido vender bilhetes para alm da lotao atribuda ao recinto. 4 - Esgotados os bilhetes, ser afixada, junto das bilheteiras, a indicao de lotao

  • esgotada. Artigo 31. Restituio do preo dos bilhetes 1 - O promotor do espectculo obrigado a restituir aos espectadores que o exigirem a importncia das respectivas entradas sempre que: a) No puder efectuar-se o espectculo no local e na data e hora marcados; b) Houver substituio do programa ou de artistas principais; c) O espectculo for interrompido. 2 - Nos casos das alneas b) e c) do nmero anterior, a restituio no ser devida se a substituio ou interrupo forem determinadas por caso de fora maior verificado depois do incio do espectculo. Artigo 32. Reserva de lugares 1 - Em todos os recintos de espectculos onde existam camarotes deve ser permanentemente reservado um para as entidades que exercem funes de superintendncia e fiscalizao. 2 - Se no recinto no existirem camarotes, deve ser reservada uma frisa ou, se no existirem camarotes nem frisas, reservado um nmero de lugares no inferior a dois nem superior a seis. 3 - Os bilhetes correspondentes aos lugares reservados nos termos do presente artigo podem ser colocados venda se, at uma hora antes do incio do espectculo, no forem requisitados pelas entidades a que se destinam. Artigo 33. Livre trnsito 1 - Os titulares de carto ou ttulo oficial que d direito a livre entrada nos recintos de espectculos devero requisitar o respectivo bilhete com antecedncia mnima de vinte e quatro horas, o que apenas ser satisfeito se a lotao no estiver esgotada. 2 - Os funcionrios ou agentes que, em servio, devam entrar em recintos de espectculos tm acesso aos locais em que as actividades ou situaes a fiscalizar ou a controlar se verifiquem, sem direito a ocupao de qualquer lugar ou permanncia nos recintos para alm do tempo estritamente indispensvel ao exerccio das suas funes. SECO IV Espectadores Artigo 34. Espectadores 1 - Nas sesses de cinema, teatro, bailado, concertos, peras ou quaisquer outros espectculos que se realizem nas salas a estes destinados, os espectadores so obrigados a manter-se nos seus lugares durante as representaes e execues, de modo a no perturbarem os artistas e o pblico. 2 - Se o espectador, depois de advertido quanto ao seu comportamento, persistir na sua atitude ou se desde logo esta perturbar a realizao do espectculo, ser obrigado a sair do recinto, sem direito a qualquer reembolso e sem prejuzo da coima aplicvel. 3 - Nos recintos referidos no n. 1 proibido aos espectadores levar para o seu lugar: a) Animais; b) Quaisquer objectos que possam deteriorar ou sujar o recinto ou incomodar os demais espectadores. 4 - proibido fumar dentro dos recintos fechados onde se realizem espectculos, a no ser nos locais para esse fim indicados nas vistorias. 5 - Nos espectculos de declamao, de pera ou de bailado e nos concertos de msica clssica proibida a entrada, durante a actuao, para quaisquer lugares que no sejam frisas ou camarotes, devendo conservar-se fechadas as portas de acesso a tais lugares. 6 - Durante os espectculos, apenas os arrumadores, os elementos da fora policial ou do piquete dos bombeiros e os funcionrios da fiscalizao da DGESP, quando em exerccio de funes, podem permanecer de p nas coxias.

  • CAPTULO VI Segurana e fiscalizao Artigo 35. Fiscalizao do disposto no presente diploma 1 - A fiscalizao do cumprimento do disposto no presente diploma e na respectiva legislao complementar incumbe DGESP e s cmaras municipais, bem como s autoridades policiais e administrativas, no mbito das respectivas competncias. 2 - As autoridades policiais e administrativas que verificarem infraces ao disposto no presente diploma levantaro os competentes autos de notcia, que remetero DGESP ou cmara municipal, conforme o caso, no prazo mximo de vinte e quatro horas. 3 - Para efeitos do cumprimento das funes a que se refere o presente artigo, deve ser prestada DGESP e s cmaras municipais pelas entidades sujeitas fiscalizao toda a colaborao necessria que lhes for solicitada. Artigo 36. Representao do promotor O promotor do espectculo deve fazer-se representar durante as sesses, a fim de receber qualquer aviso ou notificao e garantir o cumprimento das disposies legais e regulamentares constantes do presente diploma. Artigo 37. Piquete de bombeiros 1 - Nenhum espectculo de natureza artstica ao vivo poder realizar-se sem comunicao DGESP, com a antecedncia mnima de vinte e quatro horas, para efeitos de verificao da necessidade da presena de piquete de bombeiros. 2 - Se a DGESP considerar necessria a presena do piquete de bombeiros, este dever comparecer no local pelo menos uma hora antes do incio do espectculo, salvo se o promotor ou qualquer agente de fiscalizao considerar necessria uma maior antecipao. 3 - Sendo necessria a presena do piquete de bombeiros, devero ser entregues ao respectivo chefe as chaves dos compartimentos onde estiverem os contadores de electricidade e gs, bem como dos compartimentos de material inflamvel. 4 - O chefe do piquete de bombeiros comunicar ao promotor do espectculo se o recinto est ou no em condies de funcionamento e se as portas devem ser abertas ao pblico. 5 - Quando o recinto no deva ser aberto ao pblico, a comunicao referida no nmero anterior deve ser escrita e fundamentada. 6 - Quando o recinto, no obstante as faltas detectadas, puder ser aberto ao pblico, o chefe do piquete de bombeiros comunicar no dia seguinte a ocorrncia entidade fiscalizadora e ao titular da licena de recinto, a fim de serem tomadas com urgncia as necessrias providncias. 7 - No final do espectculo, o piquete dos bombeiros inspeccionar todo o recinto para prevenir qualquer causa de incndio. Artigo 38. Fora policial 1 - O promotor do espectculo pode requisitar, sempre que o julgar necessrio para a manuteno da ordem pblica, uma fora policial da zona onde se situa o recinto. 2 - A fora policial prevista no nmero anterior ter a composio que vier a ser fixada pelo respectivo comandante. 3 - O promotor do espectculo, quando no solicitar a presena da fora policial, fica responsvel pela manuteno da ordem no respectivo recinto. CAPTULO VII Iseno de taxas Artigo 39. Iseno de taxas 1 - Esto isentos das taxas a que se refere o presente diploma: a) O Estado e as demais pessoas colectivas pblicas;

  • b) As instituies particulares de solidariedade social. 2 - O disposto no nmero anterior no se aplica taxa devida pela vistoria prevista no artigo 8. CAPTULO VIII Colaborao entre a DGESP e as cmaras municipais Artigo 40. Colaborao entre a DGESP e as cmaras municipais A DGESP e as cmaras municipais devem prestar mtua colaborao na matria a que se refere o presente diploma e, nomeadamente: a) A DGESP deve remeter s cmaras municipais, at ao dia 10 de cada ms, informao completa das licenas de recintos e de representao emitidas na rea do respectivo municpio no ms imediatamente anterior; b) As cmaras municipais devem remeter DGESP, at ao dia 10 de cada ms, informao completa das licenas relativas a recintos de espectculos e divertimentos pblicos emitidas no ms imediatamente anterior. CAPTULO IX Delegados municipais da DGESP Artigo 41. Delegados municipais da DGESP 1 - So delegados da DGESP: a) Nos municpios sede de distrito, o secretrio do governo civil ou outro funcionrio que o governador civil designar; b) Nos restantes municpios, o funcionrio da cmara municipal designado para o efeito pelo respectivo presidente. 2 - As funes de delegado municipal consideram-se exercidas por inerncia do cargo exercido no governo civil ou na cmara municipal e conferem o direito percepo de uma gratificao a fixar por despacho conjunto do membro do Governo responsvel pela rea da cultura e do Ministro das Finanas. 3 - O cargo de delegado municipal da DGESP exercido em regime de comisso de servio anual renovvel. 4 - A comisso renova-se automaticamente se o nomeante no tiver manifestado inteno contrria at 10 dias antes do seu termo. 5 - No pode ser renovada a comisso do delegado que tiver merecido parecer desfavorvel do director-geral dos Espectculos, comunicada ao governador civil ou ao presidente da cmara, respectivamente, com a antecedncia de dois meses sobre a data da renovao. 6 - O delegado cuja comisso no for renovada mantm-se em exerccio de funes at nomeao do novo delegado. Artigo 42. Competncias dos delegados municipais da DGESP Compete aos delegados municipais da DGESP: a) Integrar as comisses de vistorias, sempre que determinado pelo director-geral dos Espectculos; b) Receber requerimentos de registo de promotores de espectculos de natureza artstica e conceder licenas de representao, na rea do respectivo municpio, mediante delegao do director-geral dos Espectculos; c) Fiscalizar, na rea do respectivo municpio, o cumprimento das disposies relativas a espectculos de natureza artstica e levantar autos de notcia das infraces cometidas; d) Manter informada a DGESP de todos os elementos que se revelem necessrios sua actividade; e) Enviar DGESP, nos primeiros cinco dias de cada ms, toda a informao referente actividade realizada no ms imediatamente anterior; f) Exercer as competncias que lhes sejam delegadas pelo director-geral dos Espectculos.

  • CAPTULO X Contra-ordenaes Artigo 43. Contra-ordenaes Constituem contra-ordenaes, punveis com as seguintes coimas: a) De 50000$00 a 750000$00 e de 500000$00 a 9000000$00, conforme seja praticada por pessoa singular ou colectiva, respectivamente, a violao do disposto no artigo 6.; b) De 50000$00 a 600000$00 e de 250000$00 a 9000000$00, conforme seja praticada por pessoa singular ou colectiva, respectivamente, a violao do disposto nos artigos 12., n.os 1 e 2, 13., 18., n. 3, 22., 23., 24., n. 1, 33., n. 2, e 37., n.os 1 a 3; c) De 10000$00 a 600000$00 e de 50000$00 a 6750000$00, conforme seja praticada por pessoa singular ou colectiva, respectivamente, a violao do disposto nos artigos 20., 26., n. 1, e 29., n. 1, e, bem assim, do disposto no artigo 37., n.os 1, 2 e 3, quando relativa a recintos referidos no artigo 20. ou com menos de 200 lugares; d) De 10000$00 a 450000$00 e de 30000$00 a 4500000$00, conforme seja praticada por pessoa singular ou colectiva, respectivamente, a violao do disposto nos artigos 10., 17., 24., n. 3, 28., n.os 1 a 3, 29., n. 2, 30., nos 1 a 4, 32., n. 4, 33., n. 1, 34., n.os 1 a 6, 35., n. 3, e 36. e, bem assim, 18., n. 3, 22., 24., n. 1, e 29., n. 1, quando relativa a recintos referidos no artigo 20. ou com menos de 200 lugares. Artigo 44. Negligncia e tentativa 1 - Nas contra-ordenaes referidas no artigo anterior a negligncia punvel. 2 - A tentativa punvel nas contra-ordenaes decorrentes da violao do disposto nos artigos 6., 17., 20., 22., 24., n. 1, e 26., n. 1. Artigo 45. Sanes acessrias 1 - Para alm da coima, podem ser aplicadas ao infractor as seguintes sanes acessrias, nos termos da lei geral: a) Interdio do exerccio da actividade de promotor de espectculos; b) Encerramento do recinto; c) Revogao total ou parcial da licena de recinto. 2 - As sanes referidas no nmero anterior tm a durao mxima de dois anos. Artigo 46. Competncia para a instruo e aplicao das sanes 1 - A instruo do procedimento de contra-ordenao incumbe DGESP ou s cmaras municipais, relativamente violao das normas do presente diploma cujo cumprimento lhes caiba assegurar. 2 - A aplicao da coima e das eventuais sanes acessrias compete ao director-geral dos Espectculos ou ao presidente da cmara municipal, cabendo o montante da coima ao Fundo de Fomento Cultural, no primeiro caso, e cmara municipal, no segundo. CAPTULO XI Disposies finais e transitrias Artigo 47. Espectculos de mbito familiar Para efeitos do presente diploma, no so considerados espectculos e divertimentos pblicos os que, sendo de natureza familiar, se realizem sem fins lucrativos, para recreio dos membros da famlia e convidados, quer tenham lugar no prprio lar familiar, quer em recinto obtido para o efeito.

  • Artigo 48. Alteraes 1 - Os artigos 1. e 3. do Decreto-Lei n. 37534, de 30 de Agosto de 1949, passam a ter a seguinte redaco: Artigo 1. ... nico. O disposto no corpo deste artigo no prejudica a obrigao de ser reservada para venda nas bilheteiras das prprias casas ou recintos de espectculos a maior parte dos bilhetes de cada categoria. ... Art. 3. A faculdade a que se refere o presente diploma depende de licena concedida pelo governador civil, que previamente apreciar a convenincia ou inconvenincia da localizao proposta e as condies de funcionamento do prprio estabelecimento e fixar a regulamentao comum que se torne necessria para defesa dos interesses do pblico. 2 - O artigo 7. do Decreto-Lei n. 517/80, de 31 de Outubro, passa a ter a seguinte redaco: Art. 7. - 1 - ... 2 - ... 3 - No caso de instalaes de 1., 2. e 4. categorias, o distribuidor pblico, aps apreciao sumria, remeter os exemplares selados para apreciao pelos servios exteriores da Direco-Geral de Energia. 4 - Se se tratar de instalaes de 3. e 5. categorias, o distribuidor proceder sua apreciao, ficando com um dos exemplares no selados do projecto. 5 - ... 6 - ... 7 - ... 8 - ... 9 - ... 10 - ... 11 - ... 3 - O artigo 2. do Decreto-Lei n. 39/88, de 6 de Fevereiro, passa a ter a seguinte redaco: Art. 2. O exerccio da actividade das empresas importadoras e distribuidoras de filmes e videogramas e, bem assim, da edio, reproduo, distribuio, venda, aluguer ou troca de videogramas fica sujeito superintendncia da Direco-Geral dos Espectculos (DGESP), aplicando-se o disposto no n. 1 do artigo 21. do Decreto-Lei n. 315/95. 4 - O artigo 1. do Decreto-Lei n. 227/89, de 8 de Julho, passa a ter a seguinte redaco: Artigo 1. - 1 - O exerccio das actividades de importao, fabrico, produo, edio, distribuio e exportao de fonogramas, bem como da impresso das respectivas capas, fica sujeito fiscalizao da Direco-Geral dos Espectculos (DGESP), aplicando-se-lhe o disposto no n. 1 do artigo 21. do Decreto-Lei n. 315/95. 2 - ... 5 - Os artigos 2. e 16. do Decreto-Lei n. 106-B/92, de 1 de Junho, com as alteraes que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei n. 6/94, de 12 de Janeiro, passam a ter a seguinte redaco: Art. 2. So atribuies da DGESP: a) ... b) ... c) Garantir e verificar as condies tcnicas e de segurana dos recintos de espectculos que tenham por finalidade principal a actividade artstica, nomeadamente atravs de aces de estudo, vistoria e licenciamento; d) Estudar e propor as alteraes que se revelem adequadas no domnio da explorao de recintos de espectculos que tenham por finalidade principal a actividade artstica, designadamente a afectao a fins diferentes ou o seu encerramento; e) Assegurar a legalizao e promover a classificao dos espectculos artsticos, nos termos estabelecidos na legislao em vigor; f) ... g) ... h) Executar as polticas de apoio e incentivo actividade artstica que lhe sejam determinadas pelo Governo, nomeadamente atravs da concesso de subsdios;

  • i) Apoiar as polticas de descentralizao cultural e execut-las no respeitante Regio de Lisboa e Vale do Tejo; j) Estudar e propor medidas necessrias actualizao do ordenamento jurdico que regula os domnios da actividade da Direco-Geral; l) Assegurar o intercmbio de informaes, no domnio da sua competncia, com instituies internacionais e com o Gabinete de Relaes Culturais Internacionais. Art. 16. ... Diviso de Recintos e Espectculos (DRE) compete, em especial: a) Emitir parecer, nos termos da lei, sobre a conformidade dos projectos de construo, reconstruo, adaptao e alterao de recintos de espectculos que tenham por finalidade principal a actividade artstica; b) Verificar o cumprimento das disposies que se referem manuteno das condies tcnicas e de segurana dos recintos que tenham por finalidade principal a actividade artstica, atravs da realizao de vistorias tcnicas e da emisso das respectivas licenas; c) Coordenar e definir normas orientadoras relacionadas com os processos de licenciamento de espectculos artsticos e de recintos que tenham por finalidade principal a actividade artstica; d) ... e) ... f) ... Artigo 49. Normas transitrias 1 - Os processos relativos aos projectos de construo de recintos de espectculos e divertimentos pblicos que data de entrada em vigor do presente diploma se encontrem para apreciao na DGESP sero arquivados, sendo o interessado disso notificado no prazo de cinco dias sobre a referida data. 2 - No caso referido no nmero anterior, se a respectiva taxa se encontrar paga, ser a mesma devolvida ao interessado. 3 - Os processos de transgresso e contra-ordenao pendentes de apreciao e deciso data da entrada em vigor do presente diploma continuam a reger-se pela legislao que lhes era aplicvel ao tempo da abertura, salvo no respeitante sano, que ser a mais favorvel ao arguido. 4 - O disposto no n. 1 do artigo 24. aplica-se ao promotores de espectculos que j tenham iniciado a actividade ao tempo da entrada em vigor do presente diploma, devendo o requerimento de registo ser apresentado no prazo de trs meses sobre aquela data. 5 - Em caso de incumprimento do disposto no nmero anterior, so aplicveis ao promotor de espectculos as sanes previstas no presente diploma para a falta de registo. 6 - Com a entrada em vigor do presente diploma, os actuais delegados da DGESP consideram-se providos em comisso de servio, cessando essas comisses no prazo de trs meses, se no forem confirmadas expressamente pelo nomeante, aplicando-se o disposto no n. 6 do artigo 41. Artigo 50. Regulamentos especiais Os recintos de espectculos e divertimentos pblicos que caream de normas especficas relativamente s constantes do decreto regulamentar a aprovar nos termos do artigo 2. sero dotados de regulamentos especiais, a aprovar igualmente por decreto regulamentar. Artigo 51. Revogao So revogados: a) O artigo 10. da Lei n. 2041, de 16 de Junho de 1950; b) O Decreto-Lei n. 42660, de 20 de Novembro de 1959; c) O Decreto-Lei n. 42661, de 20 de Novembro de 1959; d) O Decreto-Lei n. 42663, de 20 de Novembro de 1959; e) O Decreto-Lei n. 42664, de 20 de Novembro de 1959; f) Os artigos 40. e 41. do Decreto-Lei n. 184/73, de 25 de Abril; g) A Portaria n. 366/77, de 20 de Junho;

  • h) A Portaria n. 165/78, de 28 de Maro; i) O Decreto-Lei n. 94/79, de 20 de Abril; j) O Decreto-Lei n. 456/85, de 29 de Outubro; k) O artigo 26. do Decreto-Lei n. 106-B/92, de 1 de Junho. Artigo 52. Entrada em vigor O presente diploma, com excepo do disposto nos seus artigos 2. e 50., entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 1996. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 23 de Junho de 1995. - Anbal Antnio Cavaco Silva - Manuel Dias Loureiro - Lus Francisco Valente de Oliveira - Jos Manuel Cardoso Borges Soeiro - Lus Filipe Conceio Pereira - Maria Manuela Dias Ferreira Leite - Joaquim Martins Ferreira do Amaral - Fernando Manuel Barbosa Faria de Oliveira - Joaquim Manuel Veloso Poas Martins. Promulgado em 13 de Outubro de 1995. Publique-se. O Presidente da Repblica, MRIO SOARES. Referendado em 16 de Outubro de 1995. O Primeiro-Ministro, Anbal Antnio Cavaco Silva.