Lei Complementar Estadual nº 12-1993

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LEI COMPLEMENTAR N. 12, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1993. O Governador do Estado do Piau FAO SABER QUE O PODER LEGISLATIVO DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI COMPLEMENTAR: CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS Art.1 - O Ministrio Pblico instituio permanente, essencial funo jurisdicional do Estado , incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e individuais indisponveis. Pargrafo nico - So princpios institucionais do Ministrio Pblico a unidade, a indivisibilidade e a independncia funcional. Art. 2 - Ao Ministrio Pblico assegurado autonomia funcional, administrativa, cabendo-lhe especialmente: I - praticar atos prprios de gesto; II elaborar suas folhas de pagamentos expedindo os competentes demonstrativos; III praticar atos e decidir sobre a situao funcional e administrativa do pessoal de carreira ativo e inativo e dos servidores auxiliares, organizados em quadros prprios; IV adquirir bens, contratar servios e efetuar a respectiva contabilizao; V propor Assemblia Legislativa a criao e a extino de seus cargos e servios auxiliares, bem como a fixao dos vencimentos de seus membros e servidores; VI prover os cargos iniciais da carreira e dos servios auxiliares, bem como os casos de promoo, remoo e demais formas de provimentos derivados; VII editar atos de aposentadorias, exonerao, demisso e outros que importem em vacncia de cargos de carreira e dos servios auxiliares, bem como os de disponibilidade de membros do Ministrio Pblico e de seus servidores; VIII organizar suas secretarias e os servios auxiliares dos Procuradores e Promotores de Justia; IX - eleger seus membros para comporem os rgos de administrao superior; X elaborar seus regimentos internos; XI exercer a fiscalizao dos estabelecimentos prisionais e dos que abriguem menores , idosos, incapazes ou pessoas portadora de deficincia; XII fiscalizar a aplicao de verbas pblicas destinadas s instituies assistenciais; XIII deliberar sobre a participao em organismos estatais de defesa do meio ambiente, do consumidor, de poltica penal e penitenciria e outros afeitos sua rea de atuao; XIV receber peties, reclamaes, representaes ou queixa de qualquer pessoa, por desrespeito aos direitos assegurados na Constituio Federal, na Constituio Estadual, nesta e em outras leis em vigor; XV conhecer de representao por violao de direitos humanos e sociais, por abuso de poder econmico e administrativo, apur-la e dar-lhe curso junto ao rgo ou poder competente; XVI - requerer ao Tribunal de Contas do Estado a realizao de auditoria financeira em Prefeituras, Cmaras Municipais, rgo ou entidade de administrao direta ou indireta do Estado e dos Municpios, inclusive fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo poder pblico estadual ou municipal;

XVII expedir notificaes para colher depoimento ou esclarecimentos relativos sua rea de atuao funcional; XVIII - requisitar informaes e documentos de entidades pblicas e privadas, para instruir procedimentos ou processos em que oficie; XIX requisitar autoridade competente a instaurao de sindicncia, acompanh-la e produzir provas; XX dar publicidade aos procedimentos administrativos que instaurar e s medidas adotadas; XXI - sugerir ao poder competente a edio de normas e alterao da legislao em vigor; XXII - requisitar da administrao pblica os servios temporrios de servidores civis ou policiais militares, bem como os meios materiais necessrios realizao de atividades especficas. Pargrafo nico As decises do Ministrio Pblico fundadas em sua autonomia funcional, administrativa e financeira, obedecidas as formalidades legais, tem eficcia plena e executoriedade imediata, ressalvada a competncia constitucional do Poder Judicirio e Tribunal de Contas Art. 3 - O Ministrio Pblico, sem prejuzo de outras dependncias, instalar as Promotorias de Justia em prdios sob sua administrao, integrantes do conjunto arquitetnico dos fruns. CAPTULO II DA ORGANIZAO DO MINISTRIO PBLICO SEO I DOS RGOS DA ADMINISTRAO Art. 4 - So rgos da Administrao Superior do Ministrio Pblico: I a Procuradoria Geral de Justia; II o Colgio de Procuradores de Justia; III o Conselho Superior do Ministrio Pblico IV a Corregedoria Geral do Ministrio Pblico. Art. 5 - So tambm rgos de Administrao do Ministrio Pblico: I as Procuradorias de Justia; II as Promotorias de Justia; SEO II DOS RGOS DE EXECUO Art. 6 - So rgos de execuo do Ministrio Pblico: I o Procurador Geral de Justia; II o Conselho Superior do Ministrio Pblico; III os Procuradores de Justia; IV os Promotores de Justia; SEO III DOS RGOS AUXILIARES Art. 7 - So rgos auxiliares do Ministrio Pblico, alm de outros que podero ser criados: I o servio de Defesa Comunitria DECOM;

II os Centros de Apoio Operacional; III a Comisso de Concurso; IV o Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional; V os rgos de Apoio Administrativo; VI os Estgiarios. CAPTULO III DOS RGOS DA ADMINISTRAO SEO I DA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIA Art. 8 - A Procuradoria Geral de Justia , rgo de direo do Ministrio Pblico, ser chefiada pelo Procurador Geral de Justia, nomeado pelo Governador do Estado para mandato de dois anos , dentre os integrantes da carreira, em atividade, e que contarem com um mnimo de dez anos de servio, indicados em lista trplice, mediante escrutnio secreto dos membros no efetivo exerccio das funes, permitida uma reconduo, observando o mesmo procedimento. 1 - O Procurador Geral de Justia, o Subprocurador Geral de Justia e o Corregedor Geral, para concorrerem na formao da lista trplice devero afastar-se das respectivas funes trinta dias antes da data fixada para a eleio. 2 - A eleio da lista trplice far-se- mediante voto plurinominal de todos os integrantes da carreira, em atividade. 3 - A eleio para a formao da lista trplice ser regulamentada pelo Colgio de Procuradores de Justia, e dever ocorrer trinta dias antes do trmino do mandato do Procurador Geral. 4 - Ser defeso o voto postal e o voto por procurao. 5 - Sero considerados includos na lista trplice os trs candidatos mais votados e, em caso de empate, ser includo, sucessivamente, o mais antigo na carreira, o de maior tempo de servio pblico prestado ao Estado do Piau e, por fim, o mais idoso. 6 - A Comisso Eleitoral compor-se- dos trs membros mais antigos do Colgio de Procuradores, excludos os que estiverem concorrendo eleio, e ser presidida pelo membro mais antigo no cargo de Procurador de Justia, tendo competncia para dirigir o processo eleitoral desde a inscrio dos candidatos at a apurao dos sufrgios e proclamao do resultado. 7 - Encerrada a votao, a Comisso Eleitoral resolver os dissdios ocorrentes, dissolvendo-se com a elaborao da ata da eleio e a entrega ou remessa at o dia til seguinte, da lista trplice ao Procurador Geral de Justia. 8 - O Procurador Geral de Justia encaminhar a lista trplice at o dia til seguinte ao que receber, ao Governador do Estado, cumprindo este exercer, no prazo de dez dias , o seu direito de escolha e nomeao. 9 - Na hiptese do chefe do Executivo omitir-se no exerccio de seu direito de escolha, tomar posse e entrar em exerccio, perante o Colgio de Procuradores de Justia, o membro do Minsitrio Pblico mais votado na lista trplice.

Art. 9 - O Procurador Geral de Justia poder ser destitudo, em caso de abuso de poder, prtica de ato de incontinncia pblica ou conduta incompatvel com as suas atribuies, assegurada ampla defesa e obedecido o seguinte procedimento:

1 - A iniciativa competir ao Colgio de Procuradores de Justia, atravs de proposta aprovada pela maioria absoluta de seus integrantes e precedida de autorizao da maioria absoluta dos membros da Assemblia Legislativa. 2 - A proposta de destituio ser protocolada e encaminhada ao Corregedor Geral do Ministrio Pblico que, no prazo de quarenta e oito horas, dela cientificar pessoalmente o Procurador Geral de Justia, fazendo-lhe entrega da segunda via da proposta, mediante recibo. 3 - No prazo de dez dias o Procurador Geral de Justia poder oferecer defesa escrita e requerer produo de provas. 4 - No sendo oferecida defesa, o Corregedor Geral do Ministrio Pblico nomear defensor dativo, cuja escolha recair sobre um Procurador de Justia que ter igual prazo para oferecer defesa escrita. 5 - Findo o prazo, o Corregedor Geral designar data para a instruo e deliberao, no prazo de dez dias teis. 6 - Encerrada a fase de instruo, sero os autos includos em pauta para sesso de julgamento que ser presidida pelo Procurador de Justia mais antigo no cargo facultando-se ao Procurador Geral, sustentao oral por trinta minutos, deliberando, aps, o Colgio de Procuradores em escrutnio secreto, onde o Presidente no ter direito a voto. 7 - A deciso final, para concluir pela destituio do Procurador Geral de Justia, dever ser tomada por dois teros, pelo menos, dos integrantes do Colgio de Procuradores de Justia. 8 - Acolhida a proposta de destituio, o Presidente da sesso, em quarenta e oito horas, encaminhar os autos Assemblia Legislativa, que decidir por maioria absoluta. 9 - Destitudo ou vagando o cargo de Procurador Geral de Justia proceder-se- na forma do artigo 8, salvo se a vacncia ocorrer seis meses antes do trmino do mandato, quando assumir, para complementar o perodo, o decano do Colgio de Procuradores de Justia. 10 Nos seus afatamentos e impedimentos, o procurador Geral de Justia ser substitudo pelo Subprocurador Geral de Justia. Art. 10 - O Procurador Geral de Justia ficar suspenso de suas funes assegurandose-lhe no entanto, vencimentos integrais: I em caso de cometimento de infrao penal inafianvel, desde o recebimento, pelo Tribunal de Justia, da denncia ou queixa-crime; II no procedimento de destituio, desde o acolhimento da proposta em deciso final, por dois teros do Colgio de Procuradores. Pargrafo nico Em caso do inciso I, o afastamento ser de cento e vinte dias , e no caso do inciso II, de sessenta dias, findo os quais, cessa o afastamento do Procurador Geral de Justia, sem prejuzo do regular procedimento do processo. Art. 11 O Gabinete do Procurador Geral de Justia, para o exerccio de suas funes especficas, ter: I um Chefe de Gabinete, que ser de livre nomeao e destituio do Procurador Geral de Justia, dentre os Procuradores de Justia ou Promotores de Justia; II uma Assessoria Especial, composta de Procuradores e Promotores de Justia, designados pelo Procurador Geral de Justia, e com atribuies de assessoria administrativa, parlamentar, judiciria, de impressa, de pesquisa e de planejamento; III uma Secretaria Geral, chefiada por um Secretario de livre nomeao do Procurador de Justia, dentre Promotores de Justia. Art. 12 So atribuies de Procurador Geral de Justia. I exercer a chefia do Ministrio Pblico, representando-o judicial e extrajudicialmente;

II integrar, como membro nato e presidir o Colgio de Procuradores de Justia e o Conselho Superior do Ministrio Pblico, convocando-os extraordinriamente e proferindo voto de qualidade; III elaborar e submeter ao Colgio de Procuradores de Justia as propostas de criao e extino de cargos e servios auxiliares e de oramento anual; IV - encaminhar ao Poder Legislativo os projetos de leis de iniciativa do Ministrio Pblico; V praticar atos e decidir questes relativas administrao geral e execuo oramentria do Ministrio Pblico; VI prover os cargos iniciais de carreira e dos servios auxiliares, bem como os casos de remoo, promoo, convocao e demais forma de provimento derivado; VII editar atos de aposentadoria, exonerao, demisso ou outros que importem em desprovimento de cargos de carreira ou dos servios auxiliares e atos de disponibilidade de membros do Ministrio Pblico e de seus servios auxiliares; VIII fazer publicar , anualmente, at o dia trinta e um de janeiro, a lista de antiguidade dos membros do Ministrio Pblico; IX fazer publicar a tabela de frias dos membros do Ministrio Pblico; X conceder frias e licena ao pessoal da procuradoria Geral de Justia e aos membros do Ministrio Pblico; XI representar ao Tribunal de Justia, ao Conselho da Magistratura e ao Corregedor Geral da Justia, conforme o caso, sobre as faltas disciplinares dos magistrados, serventurios e auxiliares da justia; XII representar Ordem dos Advogados sobre faltas cometidas pelos nela inscritos; XIII delegar suas funes administrativas; XIV designar membro do Ministrio Pblico para: a) exercer as atribuies de dirigentes dos Centros de Apoio Operacional; b) ocupar cargos de confiana junto aos rgos da administrao superior e rgos auxiliares do Ministrio Pblico; c) integrar organismo estatal afeito sua rea de atuao; d) oferecer denncia ou propor ao civil pblica na hiptese de no confirmao de arquivamento de inqurito policial ou civil, bem como de quaisquer peas de informaes; e) acompanhar inqurito policial ou diligncia investigatria, devendo recair a escolha sobre membro do Ministrio Pblico com atribuio para, em tese, oficiar no feito, segundo as regras ordinrias de distribuio dos servios; f) assegurar a continuidade dos servios, em caso de vacncia, afastamento temporrio, ausncia, impedimento ou suspenso de titular de cargo, ou com o consentimento deste; g) por ato excepcional e fundamentado, exercer as funes processuais afeitas a outro membro da Instituio submetendo sua deciso previamente aprovao do Conselho Superior do Ministrio Pblico, facultando a apresentao, pelo membro do Ministrio Pblico preterido, de razes escritas que sero apreciadas na sesso. XV avocar as atribuies administrativas de quaisquer rgos de administrao do Ministrio Pblico, por ato excepcional e fundamentado; XVI dirimir conflitos de atribuies entre membros do Ministrio Pblico, designando quem deve oficiar no feito; XVII - decidir processo disciplinar contra membro do Ministrio Pblico, aplicando as sanes cabveis; XVIII expedir recomendaes, sem carter normativo, aos rgas do Ministrio Pblico para o bom desempenho de suas funes;

XIX encaminhar ao Presidente do Tribunal de Justia a lista sxtupla a que se referem aos artigos 94, caput e 104, e pargrafo nico, inciso II, da Constiuio Federal; XX - nomear o Corregedor Geral eleito pelo Colgio de Procuradores de Justia; XXI - autorizar membro do Ministrio Pblico a afastar-se do Estado, em objeto de servio. XXII - homologar os concursos pblicos, ouvindo o Conselho Superior do Ministrio Pblico; XXIII - exercer a presidncia da comisso examinadora de concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico; XXIV- solicitar Ordem dos Advogados do Brasil a indicao de representante para integrar a comisso de concurso; XXV - prorrogar os prazos de posse e incio do exerccio, na forma prevista nesta lei; XXVI- requisitar as dotaes oramentrias destinadas ao custio das atividades do Ministrio Pblico; XXVII - celebrar convnios com os chefes do executivo municipal, para atendimento das necessidades da Instituio nas respectivas Comarcas, como instalao da Promotoria, residncia do Promotor de Justia, e com quaisquer, rgos municipais, estaduais e federais, no interesse da Instituio; XXVIII - requisitar de qualquer autoridade, repartio, cartrio, as certides, exames e diligncias necessria ao exerccio de suas funes; XXIX - determinar instaurao de sindicncia e de processo administrativo; XXX - determinar, sempre que o interesse pblico o exigir, a investigao sumria de fatos tpicos; XXXI - autorizar, excepcionalmente e temporariamente, membro do Ministrio Pblico a residir fora da sede da Comarca de sua lotao, desde que comprovadas, simultaneamente, a ausncia de residncia condgna e inexistncia de prejuzo para o servio, ouvido o Conselho Superior do Ministrio Pblico; XXXII - deferir o compromisso e posse dos estagirios, designando-os para funcionar junto aos rgos do Ministrio Pblico. Art. 13 - O Procurador Geral de Justia poder ter em seu Gabinete, no exerccio de cargo de confiana, Procuradores ou Promotores de Justia da mais alta entrncia ou categoria, por ele designados. SEO II DA SUBPROCURADORIA GERAL DE JUSTIA Art. 14 - A Subprocuradoria Geral de Justia exercida pelo Subprocurador Geral de Justia, nomeado pelo Procurador Geral de Justia, dentro os Procuradores de Justia, de acordo com resoluo do Colgio de Procuradores. Pargrafo nico - Compete ao Subprocurador Geral de Justia substituir o Procurador Geral em suas faltas, impedimentos, licenas e frias. SEO III DA CHEFIA DE GABINETE Art. 15 - Ao Chefe de gabinete, compete: I - chefiar o gabinete do Procurador geral: II - preparar o exepediente a ser depachado pelo Procurador Geral de Justia; III - auxiliar o Procurador Geral de Justia na soluo das questes administrativas, inclusive do pessoa da Procuradoria Geral de Justia;

IV - auxiliar o Procurador Geral na coordenao das atividades dos Ministrio Pblico e no atendimento a seus membros. SEO IV DO COLGIO DE PROCURADORES DE JUSTIA

rgos do

Art. 16 O Colgio de Procuradores de Justia, presidido pelo Procurador Geral de Justia, composto por todos os Procuradores de Justia, competindo-lhe: I - opinar, por solicitao do Procurador Geral de Justia ou de um quarto de seus integrantes, sobre matria relativa autonomia do Ministrio Pblico, bem como sobre outras de interesse da instituio; II - propor ao Procurador Geral de Justia a criao de cargos e servios auxiliares, modificaes na Lei orgnica e providncia relacionadas ao desempenho das funes institucionais; III - aprovar a proposta oramentaria anual do Ministrio Pblico, elaborada pela Procuradoria Geral de Justia, bem como os projetos de criao, modificaes e extino de cargos e servios auxiliares; IV - propor ao Poder legislativo a destituio do Procurador Geral de Justia, pelo voto de dois teros de seus membros e por iniciativa da maioria absoluta de seus integrantes, em caso de abuso de poser, conduta incompatvel ou grave omisso nos deveres do cargo, assegurada ampla defesa; V - eleger o Corregedor Geral do Ministrio Pblico; VI - destituir o Corregedor Geral do Ministrio Pblico, pelo voto de dois teros de seus membros, em caso de abuso de poder, conduta incompatvel ou grave omisso nos deveres do cargo, por representao do Procurador Geral de Justia ou da maioria de seus integrantes, assegurada ampla defesa; VII recomendar ao Corregedor Geral do Ministrio Pblico a instaurao de procedimento administrativo disciplinar contra membro da Instituio; VIII - Julgar recurso com efeito suspensivo contra deciso. a) de vitaliciamento , ou no, de membro do Ministrio Pblico; b) condenatria em processo administrativo disciplinar; c) de indeferimento de pedido de reabilitao; d) de indeferimento de pedido de cessao de cumprimento de pena disciplinar; e) de indeferimento de autorizao de afastamento de membro do Ministrio Pblico, para o fim do disposto no artigo 116, inciso III; f) de colocao em disponibilidade e remoo de membro do Ministrio Pblico, por motivo de interesse pblico; g) proferida em reclamao sobre o quadro de antiguidade; h) de conflito de atribuies entre membros do Ministrio Pblico; i) de recusa na indicao por antiguidade, a que se refere o 3 artigo 23. IX decidir sobre pedido de reviso de procedimento disciplinar; X deliberar, por iniciativa de um quarto de seus integrantes ou do Procurador Geral de Justia , que este ajuize ao civil de decretao de perda do cargo de membro vitalcio do Ministrio Pblico nos casos previstos em lei; XI rever, mediante requerimento de legtimo interessado, deciso de arquivamento de inqurito policial ou peas de informao determinada pelo Procurador Geral de Justia, nos casos de sua atribuio originria; XII elaborar, aprovar e modificar o seu regimento interno; XIII desempenhar outras atribuies que lhe forem conferidas por lei.

1 - O Colgio de Procuradores de Justia se reunir ordinariamente uma vez por ms e, extraordinriamente, por convocao do Procurador Geral de Justia ou mediante proposta de, pelo menos, um quarto de seus membros. 2 - As decises do Colgio de Procuradores de Justia sero motivadas e publicadas, por extrato, salvo nas hipteses legais de sigilo, ou por deliberao, da maioria de seus integrantes. 3 - Funcionar como Secretrio do Colgio de Procuradores de Justia um de seus integrantes, designado pelo Procurador Geral de Justia. Art. 17 As deliberaes do Colgio de Procuradores sero tomadas por maioria simples de voto, presente mais da metade de seus integrantes, cabendo tambm ao seu Presidente, em caso de empate, o voto de qualidade , exceto na hiptese de punio disciplinar em que preponderar a soluo mais favorvel ao acusado. 1 - Aplicam se aos membros de Colgio de Procuradores de Justia as hiptese de impedimentos e suspeio da Lei Processual. 2 - Os Julgamentos de recursos interpostos em processo disciplinar sero secretos e neles o Corregedor Geral no ter direito a voto. SEO V DO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTRIO PBLICO Art. 18 O Conselho Superior do Ministrio Pblico, incumbido de fiscalizar e superintender a atuao do Ministrio Pblico, bem como velar pelos seus princpios institucionais, integrado pelo Procurador Geral de Justia, pelo Corregedor do Ministrio Pblico, como membros natos , e por mais quatro Procuradores de Justia no afastado da carreira , eleitos para o mandato de dois anos, em escrutnio secreto e plurinominal por todos os membros do Ministrio Pblico, devendo ter inicio no primeiro dia til de janeiro do ano seguinte ao de eleio * . *(alterao dada pela ADIN no. 97.001467-8, julg. TJ/PI, em 6.12.01) Art. 19 - As eleies dos membros do Conselho Superior, bem como de seus suplentes, em nmero de trs, sero regulamentadas pelo Colgio de Procuradores de Justia, e realizada na sede da Procuradoria Geral, quinze dias antes do trmino dos mandatos dos atuais conselheiros, obedecidos aos seguintes preceitos: I - publicao de Edital no Dirio da Justia, com antecedncia mnima de trinta dias do pleito, fixando a data e o horrio da votao e a relao do elegveis. II proibio do voto mandatrio, por portador ou por via postal; III apurao pblica, logo aps o encerramento da votao, por comisso de trs membros, todos da entrncia mais elevada, designados pelo Procurador Geral e sob sua presidncia , com a proclamao imediata dos eleitos; IV em caso de empate, ser considerado eleito o candidato mais antigo na segunda instncia; persistindo o empate, o mais antigo na carreira e, em caso de igualdade , o mais idoso; V os Conselheiros tero como suplentes os Procuradores de Justia que lhe seguiram na ordem de votao, at o mximo de trs. Pargrafo nico Ser excludo da relao dos elegveis, o Procurador de Justia que, no prazo de cinco dias, contados da publicao do Edital previsto no inciso I, manifestar por escrito renncia do direito de participar da eleio do Conselho Superior. Art. 20 So inelegveis para o Conselho Superior: I o Procurador de Justia que responder a processo criminal por crime inafianvel; II o Procurador de Justia que se encontre afastado da carreira.

Art. 21 O mandato dos membros do Conselho Superior ser de dois anos, permitida uma reeleio, observado o mesmo procedi-mento. Art. 22 O Conselho Superior se reunir, ordinariamente, quatro vezes por ms e, extraordinriamente, por convocao do Procurador Geral, ou dois teros dos seus membros. 1 - As deliberaes do Conselho Superior sero tomadas por maioria de votos, presentes mais da metade de seus integrantes, cabendo tambm ao seu Presidente, em caso de empate, o voto de qualidade, exceto na hiptese de punio disciplinar, em que preponderar a soluo mais favorvel ao acusado. 2 - Aplicam-se aos membros do Conselho Superior as hipteses de impedimento e suspeio da Lei processual. 3 - As sesses relativas a desenvolvimento de processo disciplinar referente ao membro do Ministrio Pblico sero secretas, e nelas o Corregedor Geral no ter direito a voto. 4 - Funcionar como Secretrio do Conselho Superior do Ministrio Pblico, o Secretrio Geral do Ministrio Pblico. Art. 23 Ao Conselho Superior do Ministrio Pblico compete: I elaborar as listas sxtuplas a que se referem os artigos 94, caput e 104 , pargrafo nico, inciso II, da Constituio Federal; II indicar ao Procurador Geral da Justia, em lista trplice, os candidatos a remoo ou promoo por merecimento; III indicar o nome do mais antigo membro do Ministrio Pblico para promoo por antiguidade; IV aprovar o quadro geral de antiguidade do Ministrio Pblico e decidir sobre reclamaes formuladas a esse respeito; V apreciar os pedidos de remoo por permuta entre membros do Ministrio Pblico; VI indicar ao Procurador Geral de Justia, atravs de formao de lista, Promotores de Justia para substituio por convocao; VII deliberar sobre reingresso de membros do Ministrio Pblico; VIII determinar, por voto de dois teros de seus integrantes, a disponibilidade ou remoo de membro do Ministrio Pblico, por interesse pblico, assegurada ampla defesa; IX sugerir ao Procurador Geral de Justia a edio de recomendaes, sem carter normativo, aos rgos do Ministrio Pblico para desempenho de suas funes e adoo de medidas convenientes ao aprimoramento dos servios; X autorizar o afastamento de membro do Ministrio Pblico para freqentar curso ou seminrio de aperfeioamento e estudos, no pas ou no exterior, sem prejuzo dos seus vencimentos; XI pronunciar-se sobre a homologao dos concursos pblicos, elaborando, de acordo com a ordem de classificao, a lista dos aprovados, para efeito de nomeao; XII recomendar ao Corregedor Geral do Ministrio Pblico a instaurao de procedimentos administrativos disciplinares; XIII elaborar o seu regimento interno e os da Corregedoria Geral do Ministrio Pblico, das Coordenadorias, dos Centros de Estudos e Aperfeioamento funcional, das Promotorias de Justia e Curadorias Gerais ou Especializadas e o regulamento geral de Concursos do Ministrio Pblico; XIV conceder licena aos membros do Ministrio Pblico por perodo superior a quinze dias; XV autorizar o Procurador Geral de Justia a exercer as funes processuais afeitas a outro membro da Instituio;

XVI determinar a instaurao de sindicncia e de processo administrativo, sem prejuzo das atribuies dos demais rgos; XVII disciplinar a concesso de dirias; XVIII opinar sobre pedidos de indicao de membro do Ministrio Pblico para integrar comisso de sindicncia ou processo administrativo estranho Instituio. 1 - As decises do Conselho Superior do Ministrio Pblico sero motivadas e publicadas, por extrato, salvo nas hipteses legais de sigilo, no prazo de quinze dias, sob pena de nulidade. 2 - A remoo e a promoo voluntria , por antiguidade e por merecimento, bem como a convocao, dependero de prvia manifestao escrita do interessado. 3 - Na indicao por antiguidade, o Conselho Superior do Minsitrio Pblico somente poder recusar o membro do Ministrio Pblico mais antigo pelo voto dois teros de seus membros , repetindo-se a votao at fixar-se a indicao. SEO VI DA CORREGEDORIA GERAL DO MINISTRIO PBLICO Art. 24 O Corregedor Geral do Ministrio Pblico ser eleito pelo Colgio de Procuradores de Justia, dentre os Procuradores de Justia no efetivo exerccio do cargo , para mandato de dois anos , permitida uma reconduo, observado o mesmo procedimento. 1 - O Corregedor Geral do Ministrio Pblico ser nomeado pelo Procurador Geral de Justia e tomar posse em reunio extraordinria do Colgio de Procuradores. 2 - O Corregedor Geral do Ministrio Pblico membro nato do Conselho Superior do Ministrio Pblico. 3 - O Corregedor Geral do Ministrio Pblico somente poder ser destitudo de suas funes pelo voto de , no mnimo, dois teros dos membros do Colgio de Procuradores, nos casos previstos no artigo 17, inciso VI, desta Lei. Art. 25 A Corregedoria Geral do Ministrio Pblico rgo orientador e fiscalizador das atividades funcionais e da conduta dos membros do Ministrio Pblico, incumbindo-lhe dentre outras atribuies: I realizar inspees nas Procuradorias de Justia, remetendo relatrio reservado ao Colgio de Procuradores de Justia; II realizar inspees e correies ordinrias, mensalmente, em pelo menos uma Promotoria da Capital e duas no interior, observando a regularidade do servio, o zelo, a eficincia e assiduidade dos membros do Ministrio Pblico, remetendo relatrio reservado ao Conselho Superior do Ministrio Pblico; III realizar correio extraordinria, por determinao do Procurador Geral de Justia ou por proposta do Conselho Superior do Ministrio Pblico, sempre que necessrio; IV propor ao Conselho Superior do Ministrio Pblico, na forma desta lei, o no vitaliciamento de membros do Ministrio Pblico; V instaurar, de ofcio ou por provocao de rgo da Administrao Superior do Ministrio Pblico , sindicncia ou processo disciplinar contra membro da Instituio, presidindo-o e aplicando as sanes administrativas cabveis, na forma desta lei; VI encaminhar ao Procurador Geral de Justia os processos administrativos disciplinares que, na forma desta lei, incumba a este decidir; VII remeter aos demais rgos da administrao Superior do Ministrio Pblico informaes necessrias ao desempenho de suas atribuies . VIII superintender a organizao dos assentamentos relativos s atividades funcionais e conduta dos membros do Ministrio Pblico, coligindo os elementos indispensveis apreciao do seu merecimento;

IX opinar, obrigatoriamente, nos casos de promoo e remoo dos membros do Ministrio Pblico, tanto pelo critrio de antiguidade como por merecimento e, quando solicitado, nos casos de substituies, dirias, licenas e frias; X apresentar ao Procurador Geral de Justia, na primeira quinzena de janeiro, relatrio com dados estatsticos sobre as atividades das Procuradorias e Promotorias de Justia, relativas ao ano anterior. Art. 26 O Corregedor Geral do Ministrio Pblico ser substitudo em seus impedimentos e afastamentos pelo Corregedor Geral Substituto, nomeado pelo Procurador Geral de Justia, dentre os Procuradores de Justia, mediante a indicao do Corregedor Geral. Art. 27 O Corregedor Geral do Ministrio Pblico ser assessorado por trs Promotores de Justia, por ele indicados e designados pelo Procurador Geral de Justia. 1 - Recusando-se o Procurador Geral de Justia a designar os Promotores de Justia que lhe foram indicados, o Corregedor Geral do Ministrio Pblico poder submeter a indicao deliberao do Colgio de Procuradores. 2 - Em caso de renuncia ou impedimento do Corregedor Geral por mais de sessenta dias consecutivos, o Colgio de Procuradores realizar nova eleio. SEO VII DAS PROCURADORIAS DE JUSTIA Art. 28 As Procuradorias de Justia so rgos da administrao do Ministrio Pblico, com cargos de Procurador de Justia e servios auxiliares necessrios ao desempenho das funes que lhes forem cometidas. 1 - obrigatria a presena de Procurador de Justia nas sesses de julgamento dos processos da respectiva Procuradoria de Justia, sendo-lhe assegurado usar da palavra, quando julgar necessrio, e intervir para sustentao oral nos feitos em que o Ministrio Pblico for parte ou atue como fiscal da lei. 2 - Junto a cada Cmara Especializada do Tribunal de Justia funcionar um Procurador de Justia, designado pelo Procurador Geral de Justia. 3 - os Procuradores de Justia exercero inspeo permanente nos servios dos Promotores de Justia, nos autos em que oficiem , remetendo seus relatrios Corregedoria Geral do Ministrio Pblico. 4 - Fica criada uma Procuradoria de Justia especializada para interposio de recursos junto aos Tribunais Superiores, cujo provimento de competncia do Procurador Geral de Justia, podendo recair em qualquer Procurador de Justia, que exercer o cargo em comisso. 5 - Nos processos de habeas-corpus, o Procurador Geral de Justia designar, semanalmente, um Procurador de Justia para que oficie em tais feitos. Art. 29 As Procuradorias de Justia Cveis e Criminais que oficiem junto ao Tribunal de Justia se reuniro para fixar orientaes jurdicas sem carter normativo, encaminhandoas ao Procurador Geral de Justia. Art. 30 A diviso interna dos servios das Procuradorias de Justia, sujeitar-se- a critrios definidos pelo Colgio de Procuradores, que visem distribuio eqitativa dos processos por sorteio, observadas, para esse feito, as regras de proporcionalidade, especialmente a alternncia fixada em funo da natureza, volume e espcie dos feitos, ressalvada a possibilidade de cada Procuradoria definir por consenso de seus membros critrios prprios de distribuio. Art. 31 Procuradoria de Justia incumbe, entre outras atribuies previstas nesta lei, as seguintes:

I escolher o Procurador de Justia Coordenador responsvel pela direo dos servios administrativos da Procuradoria; II propor ao Procurador Geral de Justia a escala de frias de seus integrantes; III solicitar ao Procurador Geral de Justia, em caso de licena de Procurador de Justia ou afastamento de suas funes junto Procuradoria de Justia, que convoca que Promotor de Justia da mais elevada entrncia ou categoria para substitu-los; IV solicitar ao Procurador Geral de Justia a designao de um Assessor dentre os membros da carreira, para funcionar em cada uma das Procuradorias instaladas; V tomar cincia pessoal das decises proferidas pelos rgos judicias junto aos quais oficiem, recorrendo nas hipteses possveis , sem prejuzo da iniciativa do Procurador Geral de Justia. Art. 32 As Procuradorias de Justia editaro Regimento destinado a regular o funcionamento dos seus servios administrativos, o acompanhamento dos processos de sua competncia e a coordenao das atividades desenvolvidas no desempenho de suas atribuies. SEO VIII DAS PROMOTORIAS DE JUSTIA Art. 33 As Promotorias de Justia so rgos de administrao de Ministrio Pblico, com servios auxiliares necessrios ao desempenho das funes que lhes forem cometidas. 1 - As Promotorias de Justia podero ser judiciais ou extrajudiciais, especializadas; gerais ou cumulativas. 2 - As atribuies das Promotorias de Justia e dos cargos dos Promotores de Justia que a integram sero fixadas mediante proposta do Procurador Geral de Justia, aprovada pelo Colgio de Procuradores de Justia. 3 - A excluso, incluso ou outra modificao nas atribuies das Promotorias de Justia, ser aprovada por maioria absoluta do Colgio de Procuradores. Art. 34 O Procurador Geral de Justia poder , com a concordncia do Promotor de Justia titular, designar outro Promotor para funcionar em feito determinado, de atribuio daquele. SEO IX DAS PROCURADORIAS DE CONTAS Art. 35 Junto ao Tribunal do Contas de Estado funcionar, pelo priodo de um ano , um Procurador de Justia escolhido pelo Conselho Superior do Ministrio Pblico, vedada a reconduo. Pargrafo nico A requerimento do Tribunal de Contas , o Procurador Geral de Justia poder aumentar esse nmero , ouvido o Conselho Superior do Ministrio Pblico: CAPITULO IV DAS FUNES DOS RGOS DE EXECUO SEO I DAS FUNES GERAIS Art. 36 - Alm das funes previstas na Constituio Federal, Constituio Estadual, nesta e noutras leis, compete ainda ao Ministrio Pblico:

I propor ao de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais , face Constituio Estadual; II promover a representao de inconstitucionalidade para efeito de interveno do Estado nos Municpios; III promover, privativamente , a ao penal pblica, na forma de lei; IV promover o inqurito civil e a ao civil pblicas para: a) proteo dos direitos constitucionais; b) a proteo, a preveno e a reparao dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico e paisagstico; c) a proteo dos interesses individuais indisponveis, difusos e coletivos, relativos s comunidades indgenas, famlia, criana, ao adolescente, ao idoso, aos deficiente fsicos, s minorias tnicas e ao consumidor; d) a anulao ou declarao de nulidade de atos lesivos ao patrimnio pblico ou moralidade administrativa do Estado ou dos Municpios, de suas administraes indiretas ou fundacionais ou de entidades privadas de que participe o Poder Pblico. V manifestar-se nos processos em que sua presena seja obrigatria por lei e, ainda, sempre que cabvel a interveno, para assegurar o exerccio de suas funes institucionais, no importando a fase ou grau de jurisdio em que se encontrem os processos; VI - exercer a fiscalizao dos estabelecimentos prisionais e dos que abriguem idosos, crianas e adolescentes, incapazes ou pessoas portadoras de deficincias; VII - deliberar sobre a participao em organismo estatais de defesa do meio ambiente, do trabalho, do consumidor, de poltica penal e penitenciria e outros efeitos sua rea de atuao; VIII - impetrar habeas-corpus habeas-data, mandado de injuno e mandado de segurana quando o fato disser respeito a sua rea de atribuies funcionais; IX - ingressar em juzo , de ofcio, para a responsabilizar os gestores do dinheiro pblico, condenados pelo Tribunal de Contas do Estado do Piau; X - defender judicialmente os direitos e interesses das populaes indgenas, includos os relativos s terras por elas tradicionalmente habilitadas, propondo as aes cabveis; XI - propor aes de responsabilidade do fornecedor de produtos e servios XII - interpor recursos a e Tribunal de Justia do Estado do Piau, ao Supremo Tribunal Federal ao Superior Tribunal de Justia, sempre que forem desatendidos os interesses tutelados pelo Ministrio Pblico; XIII fiscalizar, nos cartrios ou reparties em que funcione , o andamento dos processos e servios , usando das medidas necessrias apurao das responsabilidades de titulares de ofcios, serventurios da justia ou funcionrios; XIV - exercer o controle externo da atividade policial, atravs de medidas judiciais e administrativas, visando assegurar a indisponilibidade da persecuo penal e a correo de ilegalidade e abusos do poder, podendo: a) ter ingresso e realizar inspees em estabelecimentos policiais, civis ou militares, ou prisionais, b) requisitar providncias para sanar a omisso indevida ou para prevenir ou corrigir ilegalidade ou abuso do poder; c) ter livre acesso a quaisquer documentos relativos as atividades policiais; d) requisitar informaes sobre o andamento de inquritos policiais, bem como sua imediata remessa, caso j esteja esgotado o prazo para a sua concluso ; e) ser informado de todas as prises realizadas na sua jurisdio; f) requisitar autoridade competente a abertura de inqurito para apurao de fato ilcito ocorrido no exerccio da atividade policial; g) promover a ao penal por abuso de poder;

h) requisitar, sempre que necessrio, o auxlio de fora policial. Pargrafo nico - vedado o exerccio das funes do Ministrio Pblico a pessoas a ele estranhas, sob pena de nulidade do ato praticado. Art. 37 - No exerccio de suas funes, o Ministrio Pblico poder: I - instaurar inqurito civil e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instru-los. a) expedir notificaes para colher depoimentos ou esclarecimentos e, em caso de no comparecimento injustificado, requisitar conduo coercitiva, inclusive pela Polcia Civil ou Militar, ressalvadas as prerrogativas previstas em lei; b) requisitar informaes, exames, percias e documentos de autoridade municipais, estaduais e federais, bem como dos rgos e entidades da administrao direta, indireta ou fundacional, de quaisquer dos Poderes da Unio, do Estado e dos Municpios; c) promover inspees e diligncias investigatrias junto s autoridades, rgo e entidades a que se refere a alnea anterior. II - requisitar informaes , exames, percias e documentos a entidades privadas, para instruir procedimentos ou processos em que oficie; III - requisitar autoridade competente a instaurao de sindicncia ou procedimento administrativo cabvel, podendo acompanh-los e produzir provas, IV requisitar diligncias investigatrias e a instaurao de inqurito policial e de inqurito policial militar, observado o disposto no artigo 129, inciso VIII da Constituio Federal, podendo acompanh-los e produzir provas; V - praticar atos administrativos executivos, de carter preparatrios; VI - dar publicidade dos procedimentos administrativos no disciplinares que instaurar e das medidas adotadas; VII - sugerir ao poder competente a edio de normas e a alterao da legislao em vigor, bem com a adoo de medidas propostas, destinadas a preveno e controle da criminalidade; VIII - manifestar-se em qualquer fase dos processos, acolhendo solicitao do juiz, da parte ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse em causa que justifique a interveno; IX - requisitar da Administrao Pblica servio temporrio de servidores civis e policiais militares e meios materiais necessrios para a realizao de atividades especficas; X - ter a palavra pela ordem, perante qualquer Juzo ou Tribunal, para replicar acusaes ou censura que lhe tenha sido feita ou Instituio ; XI - levar ao conhecimento do Procurador Geral de Justia e Corregedor Geral fatos que possa ensejar processo disciplinar ou representao. XII - utilizar-se, gratuitamente dos meios oficiais de comunicao do Estado, no interesse do servio; XIII ter acesso a qualquer local pblico ou privado, respeitadas as normas constitucionais pertinentes inviolabilidade do domiclio. 1 - As notificaes e requisies previstas neste artigo, quando tiverem como destinatrios o Governador do Estado, os membros do Poder Legislativo sero encaminhadas pelo Procurador Geral de Justia. 2 - Nenhuma autoridade poder opor ao Ministrio Pblico, sob qualquer pretexto, a exceo de sigilo, sem prejuzo da subsistncia do carter reservado da informao, do registro, do dado ou do documento que lhe seja fornecido. 3 - O rgo do Ministrio Pblico ser responsvel pelo uso indevido das informaes e documentos que requisitar, inclusive nas hipteses legais do sigilo.

4 - Sero cumpridas gratuitamente as requisies feitas pelo Ministrio Pblico s autoridades, rgos e entidades da Administrao Pblica direta, indireta ou fundacional, de quaisquer dos Poderes da Unio dos Estados e dos Municpios. 5 - A recusa injustificvel e o retardamento indevido do cumprimento das requisies do Ministrio Pblico implicaro na responsabilizao de quem lhe der causa. 6 - A falta ao trabalho, em virtude do atendimento a notificao ou requisio, na forma do inciso I, deste artigo, no autoriza desconto de vencimento ou salrios, considerando-se de efetivo exerccio, para todos os efeitos, mediante comprovao escrita do membro do Ministrio Pblico. 7 - As requisies do Ministrio Pblico sero feitas, fixando-se prazo razovel de at 10 ( dez) dias teis para atendimento, prorrogveis mediante solicitao justificada. 8 - Toda representao ou petio formulada ao Ministrio Pblico ser distribuda entre seus membros que tenham atribuies para apreci-la, observados os critrios fixados pelo Colgio de Procuradores de Justia Art. 38 Cabe ao Ministrio Pblico exercer a defesa dos direitos assegurados nas Constituies Federal e Estadual, sempre que se cuidar de garantir o respeito: I pelos poderes estaduais ou municipais; II pelos rgas da Administrao Pblica Estadual ou Municipal, direta ou indireta; III pelos concessionrios e permissionrios de servio pblico estadual ou municipal; IV por entidades que exeram outra funo delegada do Estado ou do Municpio ou executem servios de relevncia pblica; Pargrafo nico - No exerccio das atribuies a que se refere este artigo, cabe ao Ministrio Pblico, entre outras providncias: I receber notcia de irregularidades, peties ou reclamaes de qualquer natureza, promover as apuraes cabveis que lhes sejam prprias e dar-lhes as solues adequadas; II zelar pela celeridade e racionalizao dos procedimentos administrativos; III dar andamento, no prazo de trinta dias, s noticias de irregularidades, peties ou reclamaes referidas no inciso I deste artigo; IV promover audincias pblicas e emitir relatrios anuais ou especiais , e recomendaes dirigidas aos rgos e entidades mencionadas no caput deste artigo, requisitando ao destinatrio sua divulgao adequada e imediata; assim como resposta por escrito. SEO II DO PROCURADOR GERAL DE JUSTIA Art. 39 Alm das atribuies previstas nas Constituies Federal e Estadual, na Lei Orgnica Nacional do Ministrio Pblico, neste e em outras leis, compete ao Procurador Geral de Justia: I promover ao direta de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais, face Constituio Estadual; II -representar, para fins de interveno do Estado no Municpio, com o objetivo de assegurar a observncia de princpios indicados na Constituio Estadual ou promover a execuo de lei, de ordem ou deciso judicial. III representar ao Procurador Geral da Repblica para fins de interveno da Unio no Estado, nas hipteses do artigo 34, incisos VI e VII, da Constituio Federal; IV representar o Ministrio Pblico nas sesses plenrias dos Tribunais e outros rgos judicirios, com assento imediatamente direita e no mesmo plano do Presidente; V ajuizar ao penal de competncia originria dos Tribunais, nela oficiando;

VI oficiar nos processos de competncia originria dos Tribunais, nos limites estabelecidos nesta Lei; VII determinar o arquivo de representao , notcia de crime, peas de informao, concluso de Comisses Parlamentares de Inqurito ou Inqurito Policial, nas hipteses de suas atribuies legais; VIII tomar conhecimento de despacho judicial que negar pedido de arquivamento de inqurito policial, ou de qualquer pea de informao, oferecendo denuncia ou designando outro membro do Ministrio Pblico para faz-la, ou insistindo no arquivamento; IX exercer as atribuies do artigo 129, II e III, da Constituio Federal, quando a autoridade reclamada for o Governador do Estado, o Presidente da Assemblia Legislativa ou os Presidentes dos Tribunais, bem como quando contra estes , por ato praticado em razo de suas funes deva ser ajuizada a competente ao; X representar ao Procurador Geral da Repblica sobre lei ou ato normativo que infrinja a Constituio Federal; XI delegar a membro do Ministrio Pblico suas funes de rgos de execuo; XII elaborar e publicar relatrio anual de atividades do Ministrio Pblico; XIII comparecer Assemblia Legislativa, anualmente, em sesso pblica e solene, para relatar as atividades do Ministrio Pblico e manter informados os parlamentares sobre assuntos de interesse da Instituio; XIV indicar representante do Ministrio Pblico para compor o Conselho Penitencirio do Estado; XV - ajuizar mandado de injuno, quando a elaborao de norma regulamentadora for atribuio do Governador do Estado, de Secretrio de Estado, da Assemblia Legislativa, do Tribunal de Justia ou do Tribunal de Contas, ou em outros casos de competncia originria do Tribunal de Justia; XVI impetrar habeas-corpus; XVII exercer superviso geral do controle externo do Ministrio Pblico sobre atividade policial, zelando especialmente pela indisponibilidade, moralidade e legalidade da persecuo criminal; XVIII - requerer ao Tribunal de Contas a realizao de auditoria financeira em Prefeituras, Cmaras Municipais, rgos e entidades da administrao direta ou indireta do Estado e dos Municpios; XIX - dar cumprimento ao decidido pelo Conselho Superior do Ministrio Pblico, nos casos de arquivamento de inqurito civil, na forma da lei. XX - exercer outras funes necessrias ao desempenho de seu cargo no vedadas por lei. Pargrafo nico O ato que determinar o arquivamento a que se refere o inciso VII poder ser revisto pelo Colgio de Procuradores de Justia, por iniciativa da maioria de seus integrantes que, na hiptese de deciso contrria ao arquivamento, determinar que se proceda a medidas legalmente cabveis. SEO III DO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTRIO PBLICO. Art. 40 - Cabe ao Conselho Superior do Ministrio Pblico rever arquivamento de inqurito civil, na forma da lei.

SEO IV DOS PROCURADORES DE JUSTIA Art. 41 - So Atribuies dos Procuradores de Justia: I - exercer as atribuies do Ministrio Pblico junto aos Tribunais, desde que no cometidas ao Procurador Geral de Justia e inclusive por delegao deste; II - quando designados, interpor recursos, inclusive para Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justia, nos processos em que oficiar, sempre que forem desatendidos os interesses tutelados pelo Ministrio Pblico; III - tomar cincia das decises proferidas nos feitos em que tenha oficiado; IV - realizar correio permanente nos autos que oficiar; V - assistir e auxiliar o Procurador Geral de Justia, quando designado; VI - substituir Procurador de Justia, na forma desta Lei; VII - integrar o Colgio de Procuradores; VIII - integrar comisso de procedimentos administrativo-disciplinar; IX - integrar comisso examinadora de concurso; X - exercer cargos no Gabinete ou na Assessoria Especial, quando designados; XI - exercer, quando eleito, o cargo de Corregedor Geral , de Membro de rgo especial do Colgio de Procuradores e do Conselho Superior do Ministrio Pblico; XII - oferecer sugestes para aperfeioamento dos servios do Ministrio Pblico; XIII - exercer outras atribuies compatveis com suas funes e natureza do cargo. Pargrafo nico - Mensalmente ser publicado estatstica em que se mencionaro o nmero de processos distribudos a cada Procurador de Justia. SEO V DOS PROMOTORES DE JUSTIA Art. 42 - Compete aos Promotores de Justia: I - exercer as funes institucionais do Ministrio Pblico; II - fiscalizar, nos cartrios e reparties competentes, o andamento dos processos em que lhes caibam intervir, usando das medidas necessrias apurao de responsabilidade de titulares de ofcio, serventurios da justia ou funcionrios; III - impetrar habeas-corpus, habeas-data, mandado de injuno, mandado de segurana e requerer correio parcial ou reclamao, inclusive perante os Tribunais competentes; IV - atender a qualquer do povo, tomando as providncias cabveis; V - oficiar perante a Justia Eleitoral de primeira instncia, com as atribuies do Ministrio Pblico Eleitoral previstas na Lei Orgnica do Ministrio Pblico da Unio que forem pertinentes, alm de outras estabelecidas na legislao eleitoral e partidria; VI - propor ao penal pblica, na forma da lei, oferecer denncias substitutivas, libelo e aditar queixas; VII - assistir obrigatoriamente instruo criminal, intervindo em todos os termos de qualquer processo penal , inclusive em fase de execuo, nos pedidos de relaxamento de priso, prestao de fiana, suspenso condicional da pena, de sua unificao, do livramento condicional e demais incidentes; VIII - acompanhar inquritos policiais, bem como requisitar a sua abertura, retorno autoridade policial para novas diligncias e investigaes, nos termos da presente lei; IX - promover diligncias e requisitar documentos, certides e informaes a qualquer repartio pblica ou rgo federal, estadual ou municipal, da administrao direta ou

indireta, ressalvadas as hipteses legais de sigilo e segurana nacional, podendo dirigir-se diretamente a qualquer autoridade ; X - expedir notificaes, por meio dos servios e dos agentes de polcia civil ou militar, sob pena de conduo coercitiva; XI - examinar, em qualquer repartio policial autos dos flagrantes, livros de ocorrncias e quaisquer registros policiais, podendo copiar peas e tomar apontamentos; XII - representar a Fazenda Nacional na forma e nos casos definidos na Constituio Federal; XIII - inspecionar as cadeias e prises , promovendo as medidas necessrias proteo dos direitos e garantias individuais, de higine e da decncia no tratamento dos presos, com o rigoroso cumprimento das leis e sentenas; XIV - requerer priso preventiva; XV - oferecer sugestes para o aperfeioamento dos servios do Ministrio Pblico; XVI - participar do Conselho Penitencirio quando designado; XVII - exercer outras atribuies, por determinao do Procurador Geral de Justia. Art. 43 - So atribuies do Promotor de Justia, em matria criminal: I - exercer as atribuies conferidas ao Ministrio Pblico pela legislao penal, processual penal e de execues penais; II - requisitar a instaurao de inqurito policial; III - acompanhar atos investigatrios junto a organismos policiais ou administrativos, quando assim considerar conveniente apurao de infraes penais, ou se designado pelo Procurador Geral de Justia; IV - assumir a direo de inquritos policiais, quando designado pelo Procurador Geral de Justia, nos termos desta lei; V - assistir a todos os atos e diligncias em que a lei reclamar sua presena; VI - visitar os estabelecimentos carcerrios civis, militares ou congneres das comarcas, sempre que julgar conveniente, pelo menos uma vez por ms, relatando suas observaes ao Procurador Geral de Justia, requisitando as medidas e diligncias necessrias remoo das irregularidades constatadas; VII - recorrer das sentenas que concedam ordem de habeas-corpus, sempre que julgar conveniente, devendo para isto ser intimado; VIII - no caso de priso em flagrante, manifestar-se sempre sobre a concesso da liberdade provisria; IX - remeter ao Ministrio Pblico, de ofcio, at trinta dias aps o trnsito em julgado, cpia de sentena condenatria de estrangeiro autor de crime doloso, bem como a folha de antecedentes penais constantes dos autos; X - diligenciar, logo que transite em julgado a sentena condenatria, quando remoo de sentenciado do estabelecimento prisional em que se encontrar recolhido, para o de cumprimento da pena; XI - assistir qualificao dos jurados, bem como ao sorteio dos que devem compor o Conselho de Sentena do Tribunal do Jur; XII - assistir s correies procedidas pelos Juizes; XIII - atuar perante o Conselho de Justia Militar, devendo acompanhar e fiscalizar o sorteio para sua composio. SUB-SEO I DAS ATRIBUIES DO PROMOTOR DE JUSTIA COMO CURADOR Art. 44 - So atribuies do Promotor de Justia em matria de Casamento, Famlia e Sucesses, ressalvadas as atribuies em matria de crianas e adolescentes:

I - oficiar nos processos de habilitao de casamento, determinando o que for conveniente sua regularidade; II - oficiar nos pedidos de dispensa de proclamas; III - providenciar a realizao de casamento do ofensor com a ofendida, nos crimes contra os costumes, desde que haja acordo de vontade; IV - exercer, no que se refere a casamento, a inspeo e fiscalizao dos cartrios de registro civil; V - funcionar nos processos de separao judicial, de divrcio e nas nulidades ou anulao de casamento; VI - oficiar nas causas relativas ao estado de pessoa, ptrio poder, tutela e curatela; VII - requerer remoo, suspenso, destituio de tutor ou curador e acompanhar as aes da mesma natureza por outrem propostas, bem como reger a pessoa do incapaz e administrar-lhe os bens nos termos da lei processual civil, at que assuma o exerccio do cargo o tutor ou curador nomeado; VIII - promover, por iniciativa prpria ou provocao de terceiros, as aes tendentes anulao de atos ou contratos lesivos aos interesses de incapazes; IX - intervir nas escrituras relativas venda de bens de incapazes; X - propor, em nome de incapazes , ao de alimentos contra pessoas obrigadas por lei a prest-los; XI - requerer interdio, nos casos previstos em lei, e promover a defesa dos interesses do interditando nas aes propostas por terceiros; XII - velar pela proteo da pessoa e dos bens do doente mental, na forma da legislao pertinente; XIII - requerer instaurao e andamento de inventrios e arrolamentos, bem como prestao de contas, quando houver interesse de incapazes e ausentes, intervindo nos que forem ajuizados por terceiros; XIV - intervir nas arrecadaes e servir de curador herana; XV - promover as diligncias tendentes a assegurar o pleno exerccio do direito de testar; XVI - requerer a exibio de testamento para ser aberto e registrado no prazo legal; XVII - reclamar da deciso que nomeie testamenteiro; XVIII - diligenciar para que o testamenteiro nomeado preste o competente compromisso e, terminado o prazo do cumprimento do testamento, sejam prestadas contas; XIX - promover a execuo da sentena proferida contra o testamenteiro; XX - intervir em todos os feitos relativos a testamentos e resduos; XXI - oficiar nos feitos em que se discute clusulas restritivas, imposta ao testamento ou doao. Art. 45 - So atribuies do Promotor de Justia, em matria de menores: I - exercer todas as atribuies conferidas ao Ministrio pela legislao especial relativa a menores, promovendo a aplicao das medidas pertinentes, quando se tratar de fatos definidos como infraes penais; II - funcionar em todos os termos dos processos judiciais ou administrativos da competncias dos juzos de menores; III - provocar a imediata apreenso e destruio, se for o caso, de quaisquer publicaes, impressos, material fotogrfico e fonogrfico, desenho, pintura, ofensivos aos bons costumes e prejudicial ormao moral dos menores; IV - representar autoridade competente sobre a atuao dos comissionrios de menores; V - praticar os atos atribudos ao Ministrio Pblico no tocante ao poder de polcia administrativa, relativa a menores;

VI - promover a apreenso e a internao de menores abandonados ou infratores: VII - oficiar nos feitos relativos a assentamentos do registro civil de menores abandonados. Art. 46 - So atribuies do Promotor de Justia em matria de Fundaes: I - aprovar minutas das escrituras de instituio de fundaes e respectivas alteraes, verificando se atendem aos requisitos legais e se bastam os bens aos fins a que se destinam, fiscalizando seu registro; II - elaborar os estatutos das fundaes se no o fizer aquele a quem o instituidor conferiu o encargo; III - fiscalizar o funcionamento das fundaes , salvaguardando a sua estrutura jurdica e estatutria e promover a extino nos casos previstos em lei; IV - aprovar a prestao de contas dos administradores ou tesoureiros das fundaes, requerendo-a judicialmente quando no o fizerem em tempo hbil; V - visitar regularmente as fundaes sob fiscalizao; VI - fiscalizar a aplicao ou utilizao dos bens e recursos destinados s fundaes; VII - promover a anulao de atos praticados pelos, administradores das fundaes, quando no observadas as normas estatutrias ou disposies legais, requerendo o seqestro dos bens irregularmente alienados e outras medidas cautelares; VIII - requerer a remoo dos administradores das fundaes, quando negligentes ou infiis, e a nomeao de administradores provisrios, se de modo diverso no dispuserem os respectivos estatutos ou regimentos; IX - examinar balanos e demonstrativos de resultados das fundaes; X - fiscalizar todas as fundaes institudas pelo Estado e Municpio; XI - requerer prestaes de contas dos administradores ou tesoureiros de hospitais, asilos , associaes beneficentes, fundaes e de qualquer instituio de utilidades pblica, que tenham recebido ou recebam legados ou subveno da Unio, Estado ou do Municpio; XII - requisitar informaes e cpias autnticas das atas, convenientes fiscalizao das fundaes; XIII - promover a verificao de que trata o artigo 30 , pargrafo nico, do Cdigo Civil; XIV - promover, na forma da lei, a cassao de declarao de utilidade pblica de sociedade, associao ou fundao; XV - fiscalizar e promover, nos termos da lei, a dissoluo das sociedades ou associaes beneficentes; XVI - exercer outras atribuies que lhe couberem, em conformidade com a legislao pertinente. Art. 47 So atribuies do Promotor de Justia, em matria falimentar: I - exercer as atribuies que as leis cometem ao Ministrio Pblico em matria de falncia e concordata e de insolvncia reguladas pela legislao Processual Civil; II - funcionar nos processos de falncia e concordata e em todas as aes de reclamaes sobre bens e interesses relativos massa falida, podendo , impugnar as habilitaes de crdito, os pedidos de restituio e os embargos de terceiros, ainda que no contestados ou impugnados; III - assistir, obrigatoriamente, arrecadao dos livros, papis, documentos, bens do falido, bem como s praas e aos leiles dos bens da massa e do concordatrio; IV - promover ao penal nos casos previstos na legislao falimentar e acompanh-la no Juizo competente. Art. 48- So atribuies do Promotor de Justia em matria de registro pblico: I - oficiar nos feitos contenciosos e nos procedimentos administrativos relativos a: a) usucapio de terras;

b)retificao, averbao ou cancelamento de registros imobilirios, ou de suas respectivas matrculas; c) retificao, averbao ou cancelamento de registro civil das pessoas naturais; d) retificao, averbao ou cancelamento de registro em geral; e) cancelamento e demais incidentes correcionais dos protestos; f) trasladao de assentos de nascimentos, bito e de casamento de brasileiro, efetuados em pases estrangeiros; g) justificaes que devam produzir efeitos no registro civil das pessoas naturais; h) pedidos de registros de loteamento ou desmembramentos de imveis, suas alteraes e demais incidentes, inclusive notificao por falta de registro ou ausncia de irregular execuo: i) dvidas e representaes apresentadas pelos oficiais de registros pblicos quanto aos atos de seu ofcio. II - representar contra qualquer falta ou omisso concernente ao registro civil das pessoas naturais, para fins disciplinares e de represso criminal; III - exercer outras atribuies que lhe couber, em conformidade com a legislao pertinente aos registros pblicos. Art. 49 - So atribuies do Promotor de Justia em matria de acidente do trabalho: I - exercer as atribuies conferidas ao Ministrio Pblico pela legislao especial de acidente do trabalho; II - impugnar convenes ou acordos contrrios lei ou aos interesses das vtimas ou dos beneficirios destas; III - requerer as providncias necessrias assistncia mdico- hospitalar devida vtima de acidente do trabalho. Art. 50 - So atribuies do Promotor de Justia em matria de Fazenda Pblica: I - oficiar nos mandados de segurana, na ao popular constitucional e nas demais causas relativas Fazenda Pblica em que deva intervir o Ministrio Pblico; II - promover a execuo da pena de multa ou de fianas criminais, quebradas ou perdidas. Art. 51 - So atribuies do Promotor de Justia em matria de proteo ao consumidor: I exercer as atribuies conferidas ao Ministrio Pblico na legislao que disciplina as relaes do consumo; II - fiscalizar o fornecimento de produtos e servios, tomando as providncias necessrias no sentido de que se ajustem s disposies legais e regulamentares; III - promover o inqurito civil e ao pblica para a defesa dos interesses difusos, coletivos e individuais homogneos em matria de consumo; IV - exercer outras atribuies que lhe couberem, em conformidade com a legislao pertinente. Art. 52 - So atribuies do Promotor de Justia em matria de infncia e adolescncia: I - exercer as atribuies conferidas ao Ministrio Pblico no Estatuto da Criana e do Adolescentes e na legislao correlata; II - participar de organismos de defesa das criana e do adolescente, quando obrigatria por lei ou conveniente a participao do Ministrio Pblico; III - intervir nos processos que envolvam interesse de crianas e adolescentes; IV - intervir nos processos que envolvam interesses de entidades pblicas ou privadas que tenham por objetivo a proteo das crianas e adolescentes:

V - fiscalizar as entidades relacionadas com os interesses das crianas e adolescentes, bem como as casas de diverses de todos os gneros e os estabelecimentos comerciais, fabris e agrcolas , promovendo as medidas que se fizerem necessrias; VI - promover o inqurito civil e ao pblica para a defesa dos direitos e interesses constitucionais e legais das crianas e dos adolescentes; VII - exercer outras atribuies que lhe couber , em conformidade com a legislao pertinente. CAPTULO V DOS RGOS AUXILIARES SEO I DO SERVIO DE DEFESA COMUNITRIA DECOM Art. 53 - O Servio de Defesa Comunitria - DECOM, rgo especial de execuo do Ministrio Pblico, com a finalidade de promover aes e medidas, visando a defesa da comunidade. Art. 54 - Ao Servio de Defesa Comunitria, nos limites da competncia que a lei confere ao Ministrio Pblico e sem prejuzo das garantias e prerrogativas que a este so asseguradas, compete promover as aes e medidas, visando a: I - defender o meio ambiente; II - coibir os crimes contra a economia popular e os abusos do poder econmico; III - assistir judicialmente as vtimas dos crimes IV - garantir as legalidades dos atos constitucionais e a gesto regular das fundaes; V - proteger o patrimnio cultural; VI - assegurar os direitos e defesa dos cidados nos casos previstos nas Constituies Federal e Estadual; VII - garantir os direitos e assegurar apoio s pessoas portadoras de deficincia, sua integrao social, de acordo com os preceitos da lei n 7.853, de 24.10.89; VIII - defender outros interesses difusos ou coletivos. Pargrafo nico - Lei complementar regular o funcionamento, atribuies e competncia do Servio de Defesa Comunitria - DECOM. SEO II DOS CENTROS DE APOIO OPERACIONAL Art. 55 - Os Centros de Apoio Operacional so rgos auxiliares da atividade funcional do Ministrio Pblico, competindo-lhes: I - estimular a integrao e o intercmbio entre rgos de execuo que atuem na mesma rea e que tenham atribuies comuns; II - remeter informaes tcnico-jurdicas, sem carter vinculatrio, aos rgos ligados sua atividade: III - estabelecer intercmbio permanente com rgos pblicos ou privados, entidades que atuem em reas afins, para prestarem atendimento e orientao, bem como para obteno de elementos tcnicos especializados necessrios ao desempenho de suas funes; IV - remeter anualmente na primeira quinzena de janeiro, ao Procurador Geral de Justia, relatrio das atividades do Ministrio Pblico relativo s suas reas de atribuies; V - acompanhar as polticas nacional e estadual afetas s suas reas;

VI - prestar auxlio aos rgos do Ministrio Pblico na instruo do inqurito civil ou na preparao e proposio de medidas processuais; VII - zelar pelo cumprimento das obrigaes do Ministrio Pblico, decorrentes de convnios firmados; VIII - receber representaes e expedientes dessa natureza, encaminhando para os respectivos rgos de execuo; IX - apresentar ao Procurador Geral de Justia proposta e sugestes para: a) elaborao de poltica institucional e dos programas especficos; b) realizao de convnios; c) alteraes legislativas ou a edio de normas jurdicas; d) edio de atos e instrues, sem carter normativo, tendentes a melhoria do servio do Ministrio Pblico; X - exercer outras funes compatveis com suas finalidades, vedado o exerccio de qualquer atividade de rgos de execuo, bem como a expedio de atos normativos a estes regidos. Art. 56 - O Procurador Geral de Justia, mediante ato, constituir os Centros de Apoio Operacional, que exercero as atribuies dentro de sua respectiva rea de especificao. Art. 57- Os Coordenadores de cada Centro de Apoio sero designados pelo Procurador Geral de Justia, dentre os integrantes da carreira. Art. 58 - So atribuies dos Coordenadores de Centro de Apoio Operacional: I - representar o Ministrio Pblico nos rgos afins perante os quais tenha assento; II - manter permanente contato com o Poder Legislativo Federal e Estadual, inclusive acompanhando o trabalho das comisses tcnicas encarregadas do exame de projetos de lei afetos s suas reas; III - manter contato e intercmbio com entidades pblicas ou privadas que, direta ou indiretamente, dediquem-se ao estudo ou proteo dos bens, valores ou interesses que lhes incumbe defender. SEO III DA COMISSO DE CONCURSO Art. 59 - Comisso do Concurso, rgo auxiliar de natureza transitria, incumbe realizar a seleo de candidatos ao ingresso na carreira do Ministrio Pblico, observando sempre o que dispe a Constituio Federal. 1 - O Procurador Geral de Justia ser o Presidente dessa comisso e os demais membros sero eleitos pelo Conselho Superior do Ministrio Pblico, na forma de seu regimento interno. 2 - O Conselho Superior do Ministrio Pblico, por meio de resoluo, elaborar o regulamento do concurso. Art. 60 - A comisso examinadora do concurso, composta de sete membros, incluindo um representante da O.A.B. - PI, funcionar na sede da Procuradoria Geral de Justia, sendo suas decises tomadas por maioria absoluta. Art. 61- O Procurador Geral de Justia, no interesse do servio, poder dispensar de suas atribuies normais os membros da instituio integrantes da Comisso do Concurso. SEO IV DO CENTRO DE ESTUDOS E APERFEIOAMENTO FUNCIONAL Art. 62 - O Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional rgo auxiliar do Ministrio Pblico destinado a realizar cursos, seminrios, congressos, simpsios, pesquisas,

encontros, estudos e publicaes visando ao aprimoramento profissional e cultural dos membros da instituio, de seus auxiliares e funcionrios, bem como a melhor execuo de seus servios e racionalizao de seus recursos materiais, incumbindo-lhe: I - instituir: a) cursos preparatrios para os candidatos ao ingresso nos quadros institucionais e de auxiliares do Ministrio Pblico; b) cursos para aperfeioamento e especializao de membros do Ministrio Pblico; II - indicar os professores regulares e eventuais para os cursos e atividades do rgo, ouvindo o Procurador Geral de Justia; III - estimular e realizar atividades culturais ligadas ao campo do Direito e cincias correlatas relacionadas s funes afetas Instituio; IV - promover crculos de estudos e pesquisas, reunies, seminrios e congressos, abertos frequncia de membros do Minis-trio Pblico e, eventualmente, a outros profissionais da rea jurdica; V - apoiar projetos e atividades de ensino e pesquisas que se realizem para o aprimoramento dos membros do Ministrio Pblico; VI - manter intercmbio cultural e cientfico com instituio pblica; VII - prestar orientao aos Promotores Substitutos durante o estgio de adaptao; V III - editar publicaes de assuntos jurdicos e de interesse da Instituio. Art. 63 - O Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional ser dirigido por um Procurador de Justia, que ser nomeado pelo Procurador Geral de Justia e dispor de apoio administrativo e servios auxiliares necessrios ao desempenho de suas funes. Pargrafo nico - O Coordenador do Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional dever anualmente, na primeira quinzena de janeiro, enviar ao Procurador Geral de Justia relatrio a respeito do desempenho e aperfeioamento dos membros da Instituio nas atividades desenvolvidas pelo rgo. Art. 64 - As atividades inerentes ao Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional sero desenvolvidas diretamente, atravs de seus prprios rgos e servios auxiliares, ou indiretamente, por meio de convnios celebrados com instituies oficiais ou reconhecidas de finalidades assemelhadas. SEO V DOS RGOS DE APOIO ADMINISTRATIVO Art.65 Lei de iniciativa do Procurador Geral de Justia disciplinar os rgos e servios auxiliares de apoio administrativo, organizados em quadro prprio de carreira, com cargos que atendam s suas peculiaridades e s necessidades funcionais. SEO VI DOS ESTGIRIOS Art.66 - Os estagirios do Ministrio Pblico, auxiliares das Promotorias de Justia, sero nomeados pelo Procurador Geral de Justia, de acordo com as necessidades do servio de cada Promotoria, junto a qual devam servir, dentre os alunos dos trs ltimos anos do curso de bacharelado em Direito, das Escolas oficiais ou reconhecidas, para o perodo de um ano, vedada a reconduo. 1 - Os estagirios podero ser dispensados a qualquer tempo a pedido ou a Juizo do Procurador Geral, e o sero, obrigatoriamente, quando concludo o curso.

2 - O estagirio que exercer as suas funes, com aproveitamento satisfatrio, receber certificado vlido como ttulo no concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico. 3 Os - estagirios, recebero ajuda de custo que ser fixada pelo Procurador Geral Justia, nos valores atribudos categoria em outras reas jurdicas do Estado. 4 - O exerccio da atividade de estagirio, bem como avaliao de seu aproveitamento sero regulamentadas pelo Procurador Geral de Justia. Art. 67 - A nomeao de estagirios, com o nmero fixado pelo Conselho Superior do Ministrio Pblico, ser precedida de convocao por Edital pelo prazo de quinze dias e de prova de seleo, devendo os candidatos instruir os requerimentos de inscrio com os seguintes documentos: I - certificado de matrcula no curso de bacharelado em Direito, observando o disposto no artigo anterior; II - certido das notas obtidas durante o curso ou histrico escolar; III - declarao do candidato que no tem antecedentes criminais. 1 - A prova de seleo ser realizada por comisso designada pelo Procurador Geral de Justia. 2 - O Conselho Superior do Ministrio Pblico, na primeira reunio que se seguir proclamao dos resultados, apreciar a idoneidade e a capacidade dos candidatos e far a indicao dos nomes para nomeao, observando a ordem de classificao. Art. 68 - O estgirio servir, de preferncia, no rgo do Ministrio Pblico correspondente da sede da escola que freqentar. 1 - A orientao do servio de estagirio, bem como a fiscalizao de sua freqncia, que obrigatria, competir ao membro do Ministrio Pblico junto ao qual servir. 2 - O estagirio poder ser removido do local de estgio a pedido ou por proposta fundamentada do membro do Ministrio Pblico perante o qual servir, dirigida sempre ao Procurador Geral de Justia. 3 - Os estagirios podero ser designados para atuar junto aos rgos de execuo e auxiliares do Ministrio Pblico. 4 - permitido ao estgirio afastar-se do servio, nos dias de seus exames, mediante prvia comunicao ao membro do Ministrio Pblico junto ao qual servir, ficando , todavia, obrigado a comprovar a prestao dos respectivos exames. Art. 69 - So atribuies do estagirio do Ministrio Pblico: I - auxiliar ao membro do Ministrio Pblico junto ao qual servir, acompanhado-o em todos os atos e termos judiciais; II - auxiliar ao membro do Ministrio Pblico no exame de autos e papis, realizao de pesquisas, organizao de notas e fichrios, bem como recebimento e devoluo de autos, dando-lhe cincia das irregularidade que observar; III - estar presente s sesses do Jri, ao lado dos Promotores de Justia, auxiliandoos no que for necessrio. Art. 70 - Sob pena de dispensa, vedado ao estgirio o uso de vestes talares ou o exerccio de advocacia, bem como, sem a presena, orientao e assinatura do membro do Ministrio Pblico competente: I - elaborar e subscrever denncia, peties iniciais, contestaes, alegaes finais, razes e contra-razes de recurso, ou qualquer pea do processo: II - intervir em qualquer ato processual: III - atender ao pblico com o fim de orientar a soluo de conflitos de interesse, especialmente entre empregados e empregadores.

Art. 71 - So deveres do estagirio: I - seguir, no servio, a orientao que lhe for prestada pelo Promotor de Justia junto ao qual servir; II - permanecer no Frum durante o horrio que lhe for fixado; III - apresentar Corregedoria, trimestralmente, relatrio circunstanciado, aprovado pelo membro do Ministrio Pblico. SEO VII DO CENTRO DE CONTROLE ORAMENTRIO Art. 72 - O Centro de Controle Oramentrio ser composto pelo Procurador Geral de Justia e dois membros do Colgio de Procuradores eleitos por seus pares para o mandato de um ano. Art. 73 - Compete ao Centro de Controle Oramentrio receber os relatrios mensais de todos os rgos gestores de recursos financeiros do Ministrio Pblico, para fins de controle e fiscalizao, tomando as medidas cabveis, em caso de irregularidades. CAPTULO VI DAS GARANTIAS E PRERROGATIVAS DOS MEMBROS DO MINISTRIO PBLICO Art. 74 - Os Membros do Ministrio Pblico sujeitam-se a regime jurdico especial, so independentes no exerccio de suas funes e gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, aps dois anos de exerccio, no podendo perder o cargo seno por sentena judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pblico; III - irredutibilidade de vencimentos, observado, quando remunerao, o disposto na Constituio Federal e na Lei n.8.625, de 12 de fevereiro de 1993. 1 - O membro vitalcio do Ministrio Pblico somente perder o cargo por sentena judicial transitada em julgado, proferida em ao cvel prpria, nos seguintes casos: a) prtica de crime incompatvel com o exerccio do cargo; b) exerccio de advocacia; c) abandono de cargo por prazo superior a trinta dias corridos Art. 75 - Em caso de extino do rgo de execuo da Comarca ou mudana da sede da Promotoria de Justia, ser facultado ao Promotor de Justia remover-se para outra Promotoria de igual entrncia ou categoria, havendo vaga ,ou ser posto em disponibilidade com vencimentos integrais e contagem de tempo se servio como se estivesse em exerccio. 1 - O membro do Ministrio Pblico em disponibilidade remunerada continuar sujeito s vedaes constitucionais e ser classificado em quadro especial, provendo-se a vaga que ocorrer. 2 - A disponibilidade outorga ao membro do Ministrio Pblico o direito percepo de vencimentos e vantagens integrais e contagem de tempo de servio como se estivesse em exerccio. Art. 76 - Constituem prerrogativas dos membros do Ministrio Pblico, alem de outras previstas nesta Lei Orgnica: I - ser ouvido, como testemunha ou ofendido, em qualquer processo ou inqurito, em dia ,hora e local previamente ajustados com a autoridade competente; II - no estar sujeito intimao ou convocao para comparecimento, exceto se expedida pela autoridade judicial ou por rgo da administrao superior do Ministrio Pblico, ressalvadas as hipteses constitucionais;

III - no ser preso seno por ordem judicial escrita, salvo em flagrante delito de crime inafianvel, caso em que a autoridade far, no prazo mximo de vinte e quatro horas, a comunicao e apresentao do membro do Ministrio Pblico e a remessa dos autos ao Procurador Geral de Justia, a quem competir dar prosseguimento apurao; IV - ser processado e julgado originariamente pelo Tribunal de Jstia do Estado do Piau, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a exceo constitucional; V - ser custodiado ou recolhido priso domiciliar ou sala especial de Estado Maior, por ordem e disposio do Tribunal competente, quando sujeito a priso antes do julgamento final; VI - ter assegurado o direito de acesso, retificao e complementao dos dados e informaes relativos suas pessoa, existentes nos rgos da Instituio, mediante requerimento dirigido ao Procurador Geral de Justia . Art. 77- Constituem prerrogativas dos membros do Ministrio Pblico, no exerccio de sua funo, alm de outras previstas nesta Lei: I - receber o mesmo tratamento jurdico e protocolar, dispensados aos membros do Poder Judicirio junto aos quais oficiem; II - no ser indiciado em inqurito policial, observando-se o disposto no pargrafo nico deste artigo; III - ter vista dos autos aps distribuio s Turmas ou Cmaras e intervir nas sesses de julgamento para sustentao oral ou esclarecimento de matria de fato; IV - receber intimao pessoal em qualquer processo e grau de jurisdio, atravs da entrega dos autos com vistas; V - gozar de inviolabilidade pelas opinies que externar ou pelo teor de suas manifestaes processuais ou procedimento, nos limites de sua independncia funcional; VI - ingressar e transitar livremente: a) nas salas de sesses de Tribunais, mesmo alm dos limites que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependncias de audincias, secretarias, cartrios, tabelionatos, ofcios de justia, inclusive dos registros pblico, delegacias de polcia e estabelecimentos de internao coletivas; c) em qualquer recinto pblico ou privado, ressalvada a garantia constitucional de inviolabilidade de domiclio. VII - examinar, em qualquer Juzo ou Tribunal , autos de processos findos ou em andamento, ainda que conclusos autoridade, podendo copiar peas e tomar apontamentos; VIII - examinar, em qualquer repartio policial, autos de flagrante ou inqurito, findos ou em andamento, ainda que conclusos autoridade, podendo copiar peas e tomar apontamentos; IX - ter acesso ao indiciado preso, a qualquer momento, mesmo quando decretada a sua incomunicabilidade; X - usar as vestes talares e as insgnias privativas do Ministrio Pblico; XI - tomar assento direita dos Juzes de primeira instncia ou do Presidente do Tribunal, Cmara ou Turma. Pargrafo nico - Quando no curso de investigao, houver indcio da prtica de infrao penal por parte de membro do Ministrio Pblico, a autoridade policial, civil ou militar, sob pena de responsabilidade, remeter imediatamente os respectivos autos ao Procurador Geral de Justia, a quem competir dar prosseguimento apurao. Art. 78 - Os membros do Ministrio Pblico tero carteira funcional, expedida pela Procuradoria Geral de Justia, valendo em todo territrio como cdula de identidade e porte de arma, independentemente, neste caso, de qualquer ato formal de licena ou autorizao.

Art. 79 - Os rgos da Administrao Superior do Ministrio Pblico tero tratamento de Egrgio e os membros do Ministrio Pblico o de Excelncia, assegurada a estes a mesma ordem de precedncia reconhecida aos magistrados de igual entrncia nas solenidades estaduais de que participem. Art.80 - As garantias e prerrogativas do membros do Ministrio Pblico so inerentes ao exerccio de suas funes e irrenunciveis. Art. 81 - As garantias e prerrogativas previstas nesta Lei no excluem as que sejam estabelecidas em outras leis. CAPTULO VII DOS DEVERES DOS MEMBROS DO MINISTRIO PBLICO E DAS VEDAES A ELES IMPOSTAS Art. 82 so deveres dos membros do Ministrio Pblico, alm de outros previstos em Lei: I - manter ilibada conduta pblica e particular ; II - zelar pelo prestgio da Justia, por suas prerrogativas e pelas dignidade de suas funes; III - obedecer aos prazos processuais; IV - indicar os fundamentos jurdicos de seus pronunciamentos, elaborando relatrio em sua manifestao final ou recursal ; V - assistir aos atos judiciais, quando obrigatria ou conveniente a sua presena; VI - desempenhar, com zelo e presteza, as suas funes; VII - declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da Lei; VIII - adotar, nos limites de suas atribuies as providncias cabveis em fase de irregularidade de que tenha conhecimento ou que ocorra nos servios a seu cargo ; IX - tratar com urbanidade as partes, testemunhas, funcionrios e auxiliares da Justia; X - residir, se titular, na respectiva Comarca; XI - prestar informaes solicitadas pelos rgo da Instituio; XII - identificar-se em suas manifestaes funcionais; XIII - atender aos interessados, a qualquer momento, nos casos urgentes; XIV - acatar, no plano administrativo, as decises dos rgos da Administrao Superior do Ministrio Pblico; XV - comparecer s reunies dos rgos colegiados da Instituio aos quais pertencer; XVI - comparecer diariamente ao seu local de trabalho e nele permanecer durante o horrio de expediente, saindo nos casos em que tenha de proceder a diligncias indispensveis ao servio de suas funes; XVII - apresentar ao Corregedor Geral do Ministrio Pblico relatrio mensal das suas atividades funcionais, bem como da situao carcerria da Comarca em que oficie; XVIII - adotar providncias administrativas e judiciais em defesa do meio ambiente, do consumidor e do patrimnio cultural. Art. 83 - Aos membros do Ministrio Pblico se impem as seguintes vedaes: I - receber, a qualquer ttulo e sobre qualquer pretexto, honorrios, percentagens ou custas processuais; II - exercer a advocacia; III - exercer o comrcio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou acionista ; IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra funo, salvo uma de magistrio;

V - exercer atividade poltico-partidria, ressalvada a filiao e o disposto no art. 128, paragrfo 5 , inciso II , alnea e, da Constituio Federal; VI - manifestar-se , por qualquer meio de comunicao, sobre assunto pertinente a seu ofcio, salvo quando autorizado pelo Procurador Geral de Justia; VII - empregar em despacho, promoo, informao ou pea processual, expresso ou termo desrespeitoso Justia, ao Ministrio Pblico e s autoridades constitudas. Pargrafo nico - No constituem acumulao, para os efeitos do inciso IV, as atividades exercidas em organismos estatais e afetos rea de atuao do Ministrio Pblico, em Centro de estudos e Aperfeioamento do Ministrio Pblico, em entidades de representao de classe e o exerccio de cargos de confiana na sua administrao e nos rgos auxiliares. CAPTULO VIII DOS VENCIMENTOS, VANTAGENS E DIREITOS Art. 84 - Os vencimentos dos membros do Ministrio Pblico sero fixados em nvel condizente com a relevncia da funo e de forma a compensar todas as vedaes e incompatibilidade especficas que lhes so impostas: 1 - A remunerao dos membros do Ministrio Pblico observar como limite mximo, os valores percebidos como remunerao pelos membros do Poder Judicirio local, ressalvadas as vantagens de carter pessoal e em razo do exerccio de cargo ou funo temporria. 2 - O vencimento e a representao dos Membros do Ministrio Pblico sero reajustados mediante lei ordinria, atendendo o preceito contido no pargrafo 1 do art. 84 e 1 do art. 85, desta Lei. Art. 85 - Os vencimentos dos membros do Ministrio Pblico sero fixados com diferena no excedente a 10% (dez por cento) de uma para outra entrncia ou categoria, ou da entrncia mais elevada para o cargo de Procurador Geral de Justia, garantindo-se aos Procuradores de Justia no menos de 95% (noventa e cinco por cento) dos vencimentos atribudos ao Procurador Geral. Pargrafo nico - Os vencimentos do Procurador Geral de Justia, para efeito do disposto no 1, do art. 39, da Constituio Federal, guardaro equivalncia com os vencimentos dos Desembargadores do Tribunal de Justia, nos termos do art. 84, 1, desta Lei. Art. 86- Na Comarca da Capital, os promotores se substituiro nas frias, licenas, faltas ou impedimentos, na ordem da numerao , cabendo ao primeiro substituir o ltimo, ao segundo o primeiro, e sucessivamente, percebendo a gratificao de trinta por cento dos vencimentos do substitudo. 1 - Nas Comarcas do interior, onde houver mais de um Promotor, ser observada, quanto substituio e gratificao, o disposto neste artigo. 2 - Na Comarca onde existir apenas um Promotor, este ser substitudo pelo Promotor de Justia da Comarca mais prxima ou por Promotor designado pelo Procurador Geral de Justia. 3 - Os critrios de substituio estabelecidos neste artigo podero, todavia, no interesse ou necessidade do servio, ser alterados pelo Procurador Geral de Justia, mediante designao de outro membro do Ministrio Pblico at ulterior deliberao. Art. 87 - Constitui parcela de vencimentos, para todos os efeitos, a gratificao de representao do Ministrio Pblico. Pargrafo nico - A verba de representao do Ministrio Pblico e a verba de representao pelo exerccio de direo ou cargo de confiana tem carter indenizatrio.

Art. 88 - A verba de representao pelo exerccio de cargo de direo ou de confiana ser concedida nos seguintes percentuais sobre os vencimentos do cargo efetivo: 30% (trinta por cento) ao Procurador Geral de Justia, 25% (vinte e cinco por cento) ao Subprocurador Geral de Justia, ao Chefe de Gabinete e ao Corregedor Geral do Ministrio Pblico, 20% (vinte por cento) ao Secretrio Geral do Ministrio Pblico, Assessores, ao Coordenador dos Centros de Apoio Operacional, do Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional, Coordenador das Procuradorias e Promotorias de Justia e ao Coordenador do DECOM. SEO I DA AJUDA DE CUSTO Art. 89 - Ao membro do Ministrio Pblico nomeado, promovido, removido ou designado de ofcio, para sede de exerccio que importe em alterao do domiclio legal, ser paga uma ajuda de custo correspondente a um ms de vencimento do cargo que deva assumir, para indenizao das despesas de mudanas, transporte e instalao na nova sede de exerccio. SEO II DAS DIRIAS Art. 90 - Ao membro do Ministrio Pblico que se deslocar para fora da sede de sua lotao em servio eventual, sero pagas dirias, de valor correspondente, cada uma a 1/30 ( um trinta avos) e a 2/30 (dois trinta avos) dos vencimentos do cargo, se o deslocamento se der dentro ou fora do Estado, respectivamente, para atender s despesas de locomoo alimentao e pousada. 1 - A diria ser concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento no exigir pernoite fora da sede. 2 - Na hiptese do membro do Ministrio Pblico retornar sede em prazo menor do que o previsto para o afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo de 5 (cinco) dias. SEO III DO AUXLIO MORADIA Art. 91 - O membro do Ministrio Pblico que na data da publicao dessa Lei estiver percebendo o auxlio moradia na forma legal, ter assegurada a continuidade da percepo daquela vantagem cujo valor no poder ultrapassar o equivalente a trs vezes o valor do salrio mnimo nacional *. *Nova redao dada pela Lei Complementar n .022, de 26.7.99, publ.DO do Estado n .143, de 28.7.99. SEO IV DO AUXLIO FUNERAL Art. 92 - Ao cnjuge suprstite e, em sua falta, aos herdeiros do membro do Ministrio Pblico falecido, ainda que aposentado ou em disponibilidade, ser paga importncia equivalente a um ms de vencimento bsico que percebe, para atender s despesas de funeral e luto. Pargrafo nico - A despesa correr pela dotao prpria do cargo e o pagamento ser efetuado pela repartio pagadora, mediante a apresentao da certido de bito.

SEO V DO SALRIO FAMLIA Art. 93 - O salrio famlia ser pago aos membros do Ministrio Pblico ativos e inativos que possuirem dependentes, no percentual de 1% (um por cento) dos vencimentos do seu cargo, por cada dependente. Art. 94 - Consideram-se dependentes, desde que vivam total ou parcialmente s expensas do membro do Ministrio Pblico: I - o filho menor de 18 (dezoito ) anos; II - o filho invlido de qualquer idade; III - o filho estudante que freqentar curso de nvel mdio ou superior, e que no exera atividade lucrativa, at a idade de 24 (vinte e quatro) anos; IV - o cnjuge, tambm entendido, o companheiro ou companheira, desde que no exera atividade remunerada. Pargrafo nico - Compreendem-se nos incisos I,II e III deste artigo, os filhos de qualquer condio, os enteados, os adotivos e o menor que, mediante autorizao judicial , viver sob a guarda e o sustento do membro do Ministrio Pblico. Art.95 - O salrio famlia relativo a cada dependente ser devido a partir do ms em que se verificar o ato ou o fato que lhe der origem. Art. 96 - Deixar de ser pago o salrio famlia relativo a cada dependente no ms seguinte ao ato ou fato que tiver determinado sua supresso. SEO VI DAS GRATIFICAO Art. 97 - Aos membros do Ministrio Pblico sero deferidas as seguintes gratificaes: I - gratificao adicional de 1% ( um por cento) por ano de servio, incidente sobre o vencimento bsico e a verba de representao, observado o disposto no 2 deste artigo e no inciso XIV, do art. 37 da Constituio Federal. II - gratificao pela prestao de servios Justia Eleitoral, equivalente quela devida ao Magistrado, ante o qual oficiar * . III - gratificao pela prestao de servios Justia do Trabalho, nas Comarcas em que no haja Junta de Conciliao e Julgamento, que ser havida como vantagem pesso