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LEI COMPLEMENTAR Nº 579, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2013. ESTABELECE DIRETRIZES PARA ABERTURA, REFORMA OU AMPLIAÇÃO DE POSTOS REVENDEDORES DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E DERIVADOS DE PETRÓLEO, ÁLCOOL ETÍLICO HIDRATADO CARBURANTE, GÁS NATURAL VEICULAR – GNV COM OU SEM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE VEÍCULOS, TRANSPORTADOR REVENDEDOR RETALHISTA – TRR E POSTOS DE ABASTECIMENTOS, REVOGA OS ARTIGOS 104 A 116 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 524, DE 8 DE ABRIL DE 2011 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O PREFEITO MUNICIPAL, Faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece diretrizes para abertura, reforma ou ampliação de postos revendedores de combustíveis líquidos e derivados de petróleo, álcool etílico hidratado carburante, gás natural veicular – GNV com ou sem prestação de serviços de veículos, transportador revendedor retalhista – TRR e postos de abastecimentos. Art. 2º Para os fins desta Lei Complementar são adotadas as seguintes definições: I – ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas; II – ANP: Agência Nacional de Petróleo; 1 de 25 Obj102

LEI COMPLEMENTAR Nº 579, DE 18 DE DEZEMBRO … · alinhamento do lote, exceto a projeção da cobertura das bombas, que poderá atingir o alinhamento do lote com a calçada. § 9º

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LEI COMPLEMENTAR Nº 579, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2013.

ESTABELECE DIRETRIZES PARA ABERTURA, REFORMA OU AMPLIAÇÃO DE POSTOS REVENDEDORES DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E DERIVADOS DE PETRÓLEO, ÁLCOOL ETÍLICO HIDRATADO CARBURANTE, GÁS NATURAL VEICULAR – GNV COM OU SEM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE VEÍCULOS, TRANSPORTADOR REVENDEDOR RETALHISTA – TRR E POSTOS DE ABASTECIMENTOS, REVOGA OS ARTIGOS 104 A 116 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 524, DE 8 DE ABRIL DE 2011 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO MUNICIPAL,Faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono

a seguinte Lei Complementar:

Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece diretrizes para abertura, reforma ou ampliação de postos revendedores de combustíveis líquidos e derivados de petróleo, álcool etílico hidratado carburante, gás natural veicular – GNV com ou sem prestação de serviços de veículos, transportador revendedor retalhista – TRR e postos de abastecimentos.

Art. 2º Para os fins desta Lei Complementar são adotadas as seguintes definições:

I – ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas;

II – ANP: Agência Nacional de Petróleo;

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III – CONAMA: Conselho Nacional de Meio Ambiente;

IV – CONTRAN: Conselho Nacional de Trânsito;

V – DER: Departamento de Estradas de Rodagem;

VI – GNV: Gás Natural Veicular;

VII – Transportador Revendedor Retalhista – TRR: pessoa jurídica autorizada pela ANP ao exercício da atividade de transporte e revenda retalhista de combustíveis, observadas as exceções previstas nos atos pertinentes, conforme Resolução ANP nº 34, de 22 de dezembro de 2006, publicada com retificação no DOU de 17 de janeiro de 2007;

VIII – lanchonetes e restaurantes: locais de refeições rápidas ou servidas em mesas respectivamente, sujeitos ao estabelecido no Código de Saúde Municipal;

IX – lojas de conveniência: aquelas que vendem a varejo uma gama limitada de produtos alimentícios e não alimentícios, praticando preços livres, com horário de funcionamento estabelecido conforme a Lei Municipal nº 10.741, de 6 de abril de 2011 e suas alterações - Código de Posturas Municipal;

X – posto de abastecimento - PA: instalação que possua equipamentos e sistemas para o armazenamento de combustível automotivo, com registrador de volume apropriado para o abastecimento de equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações e locomotivas; e cujos produtos sejam destinados exclusivamente ao uso do detentor das instalações, pessoa física ou jurídica ou grupo fechado de pessoas físicas ou jurídicas, previamente identificadas e associadas em forma de empresas, cooperativas, consórcios ou condomínios, à exceção de condomínios edilícios, que seja proprietária, comodatária ou

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arrendatária das instalações de Ponto de Abastecimento, conforme Resolução CONAMA nº 273, de 2000 e suas alterações e demais legislações que regulamentam o setor;

XI – posto revendedor – PR: instalação onde se exerça a atividade de revenda varejista de combustíveis líquidos, derivados de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis automotivos dispondo de equipamentos e sistemas para armazenamento de combustíveis automotivos e equipamentos medidores, conforme Resolução CONAMA nº 273, de 2000 e suas alterações e demais legislações que regulamentam o setor;

XII – SEPLAN – Secretaria Municipal de Planejamento Urbano;

XIII – SEMEIAM – Secretaria Municipal de Meio Ambiente;

XIV – DMAE – Departamento Municipal de Água e Esgoto;

XV – SETTRAN – Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes;

XVI – PREMEND – Programa de Recebimento e Monitoramento de Efluentes Não Domésticos.

Art. 3º Ficam facultados no Município de Uberlândia, aos postos revendedores:

I – serviços de lubrificação, troca de óleo, borracharia, lavagens automáticas ou não, polimentos e congêneres;

II – atividades de lojas de conveniência, prestação de serviços e afins;

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III – comércio de bar, restaurante, lanchonetes, café, mercearia e correlatos;

IV – suprimento de água, ar e borracharia;

V – comércio de peças e acessórios para veículos relacionados com a higiene, conservação, aparência e segurança de veículos.

Parágrafo único. A liberação dos serviços mencionados no caput deste artigo fica condicionada à verificação de área de segurança pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.

Art. 4º A partir da publicação desta Lei Complementar, somente será autorizada pelo Município de Uberlândia, a instalação de novos postos revendedores, transportadores revendedores retalhistas e postos de abastecimentos que obedecerem os seguintes parâmetros:

I – zoneamento: estar situado em via de circulação principal, Zonas ZC1, ZC2, ZI, ZT, SVS, SVA, SVC, SVE, de acordo com as Leis Complementares Municipais nºs 525, de 14 de abril de 2011 e suas alterações e 535, de 21 de outubro de 2011;

II – terreno:

a) ter frente mínima de 25m (vinte e cinco metros);

b) estar situado na esquina, quando em vias públicas, desde que os acessos não sejam confrontantes com:

1. rotatórias;

2. trevos e cruzamentos de rodovias;

3. anel viário;

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4. vias rápidas urbanas, definidas pela Lei Municipal nº 10.686, de 20 de dezembro de 2010 - Sistema Viário Municipal;

c) ter área mínima de 1.000m2 (um mil metros quadrados), com testada principal mínima de 25m (vinte e cinco metros) de frente para a avenida principal com maior fluxo de veículos e comportar a inscrição de um círculo de 25m (vinte e cinco metros) de diâmetro;

III – restrições urbanísticas - lote: quando em vias públicas, deverão ser de esquina;

IV – sistema viário:

a) deverão ser confrontantes com pelo menos uma das seguintes vias:

1. rotas de cargas urbanas;

2. estruturais,

3. arteriais, coletoras e marginais às rodovias e anel viário, nos termos da Lei Municipal nº 10.686, de 2010 - Sistema Viário do Município;

b) quanto ao acesso de entrada e saída de veículos e pedestres:

1. o acesso deve ter por finalidade facilitar a entrada e saída de veículos e proteger a passagem de pedestres;

2. a implantação do rebaixamento de meio-fio e execução de rampa de acesso de veículos somente serão permitidas dentro da faixa de serviço;

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3. o projeto de circulação deverá ser apresentado com a indicação dos locais de acesso de pedestres separados dos acessos de veículos, locais de entrada e saída, sinalização vertical, horizontal e de luzes intermitentes no alinhamento do imóvel, devendo ser aprovado pelos órgãos responsáveis pelo planejamento urbano e trânsito e transportes;

4. a interceptação da calçada é proibida em toda a sua extensão transversal para o acesso de veículos ao empreendimento, devendo-se executar, para tal fim, o rebaixamento do meio fio, conforme disposto nesta Lei Complementar;

5. devem estar localizados a uma distância mínima de 5m (cinco metros), a partir do ponto de encontro das tangentes do arco de concordância das vias, referenciado pelo alinhamento do lote;

6. o rebaixamento de meios-fios, para acesso de entrada e saída de veículos, o qual deverá constar em projeto arquitetônico, poderá ser de até 50% (cinquenta por cento) da testada do lote, desde que cada rebaixamento não ultrapasse 8m (oito metros);

7. quando houver mais de um rebaixamento, a distância mínima entre eles será de 5m (cinco metros), sendo que as medidas acima já contemplam 50cm (cinquenta centímetros) de cada lado para inclinação do meio-fio;

8. os acessos não serão permitidos em rotatórias, trevos e cruzamentos;

9. o acesso de veículos aos postos instalados à margem de rodovias e anel viário somente poderá ser feito pela via marginal, de acordo com projeto aprovado pelas Secretarias Municipais de Planejamento Urbano e de Trânsito e Transportes, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT e pelo Departamento de Estrada de Rodagem – DER, quando for o caso;

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c) com relação às calçadas:

1. consultar o órgão municipal competente pela acessibilidade;

2. atender o disposto na Lei Municipal nº 10.686, de 2010 - Sistema Viário do Município;

3. deverão ter sua cota de nível superior à cota do nível do piso do posto, no mínimo, 10cm (dez centímetros), a fim de que as calçadas limítrofes não recebam líquidos do interior do estabelecimento;

4. a rampa deverá estar contida dentro dos limites do lote, para se transpor a diferença de cotas de nível entre a calçada e piso do posto;

d) projeto arquitetônico:

1. indicar nomes e classificação das vias confrontantes com a área do empreendimento;

2. apresentar as cotas da seção transversal final das vias confrontantes ao imóvel, inclusive a curva de concordância entre elas, as amarrações do lote com as esquinas e as medidas das larguras das calçadas opostas, sendo que as calçadas do empreendimento deverão indicar faixa de serviço e faixa de circulação;

3. indicar as cotas de largura e comprimento do rebaixamento do meio-fio para acesso de entrada e saída de veículos ao empreendimento, bem como a distância entre o acesso e o alinhamento do lote, a qual deve ser de, no mínimo, 5m (cinco metros), não sendo permitido locar o acesso nas curvas dos cruzamentos das vias projetadas.

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§ 1º Os casos excepcionais relativos ao acesso de entrada e saída de veículos e pedestres deverão ser definidos e autorizados pelos Órgãos Municipais competentes e avaliados os aspectos relativos à segurança de pedestres e veículos.

§ 2º Os postos revendedores já instalados, ou que tiverem os projetos aprovados pelo Município de Uberlândia até a data da entrada em vigor desta Lei Complementar, deverão adequar o rebaixo do meio-fio.

§ 3º Para os postos de combustíveis já instalados, o Município de Uberlândia deverá notificar e estabelecer o prazo de 06 (seis) meses para adequação do rebaixo do meio-fio.

§ 4º Não será permitida a instalação de postos revendedores, transportadores revendedores retalhistas e postos de abastecimentos a menos de 300m (trezentos metros) das áreas de proteção ambiental somadas as faixas de preservação permanente, legalmente previstas, abrangendo, especialmente córregos mananciais, lagos, lagoas e reservas ecológicas.

§ 5º Não poderão ser instalados postos revendedores, transportadores revendedores retalhistas e postos de abastecimentos no interior ou a menos de 300 (trezentos) metros dos estabelecimentos, áreas e locais de acesso controlado, nos quais possa ocorrer grande circulação e concentração de pessoas e veículos, tais como os relacionados abaixo:

I – asilos;

II – berçários;

III – creches;

IV – casas de diversão;

V – escolas;

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VI – hospitais;

VII – maternidades;

VIII – orfanatos;

IX – prontos-socorros;

X – quartéis;

XI – sanatórios;

XII – templos religiosos;

XIII – terminais ferroviários;

XIV – terminais rodoviários;

XV – unidades básicas de saúde;

XVI – estádios esportivos;

XVII - saída de túnel;

XVIII – rotatórias;

XIX - pontes e viadutos;

XX - parques de exposições.

§ 6º A profundidade do lençol freático no terreno deverá ser tal que permaneça, no mínimo, 6m ( seis metros) abaixo da cota inferior do tanque que estiver enterrado mais profundo, devendo esta condição ser testada em laudo profissional e com a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica - ART devidamente recolhida e formalizada.

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§ 7º Nenhuma construção poderá ser feita a menos de 30m (trinta metros) do limite da faixa de domínio das rodovias.

§ 8º As edificações dos postos revendedores e as bombas deverão obedecer ao recuo mínimo de 5m (cinco metros) do alinhamento do lote, exceto a projeção da cobertura das bombas, que poderá atingir o alinhamento do lote com a calçada.

§ 9º A instalação de PRs, quando localizadas às margens de rodovias e anel viário deverá ter seu acesso de veículos, de acordo com as determinações e normas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT e Departamento de Estradas de Rodagem – DER.

§ 10. Os depósitos de combustíveis deverão estar instalados a no mínimo 10m (dez metros) do alinhamento do lote com o passeio público e serem equipados com dispositivos detectores de vazamento.

§ 11. Não poderão ser instalados postos revendedores, transportadores revendedores retalhistas e postos de abastecimentos a menos de 500 metros em raio de influência de outro posto já instalado, excetuando os distritos de Uberlândia.

§ 12. Não se sujeitarão as disposições contidas neste artigo, os novos postos revendedores, transportadores retalhistas e postos de abastecimento, cujas diretrizes foram protocolizadas antes da publicação desta Lei Complementar e se encontram em análise perante os órgãos municipais competentes.

Art. 5º As medidas de distância contidas nesta Lei Complementar serão as tomadas, quando de raio, a partir dos limites perimetrais dos terrenos de postos revendedores, transportadores revendedores retalhistas e postos de abastecimentos com armazenamento de combustíveis.

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Parágrafo único. Entende-se por distância inferior, a medida tomada dos dois extremos mais próximos entre os limites do terreno confrontados entre si.

Art. 6º É vedada a construção de postos revendedores quando a atividade principal do empreendimento não for a de Postos Revendedores de Combustíveis Líquidos e Derivados de Petróleo – PR, Álcool Etílico Hidratado Carburante e Gás Natural Veicular.

Art. 7º Não será permitida nos PRs, TRRs e PAs:

I – a venda de gás liquefeito de petróleo – GLP;

II – a instalação do sistema self service de abastecimento de combustíveis;

III – a estocagem, distribuição e comercialização de gasolina misturada de metil, tercil, butil, éter – M.T.B.E., salvo por disposição federal;

IV – a conservação de qualquer quantidade de inflamáveis em latas, tambores, garrafas, e outros recipientes inadequados para o produto.

Art. 8º A instalação de postos revendedores, transportadores revendedores retalhistas e postos de abastecimentos fica sujeita à aprovação pelo Município de Uberlândia, por meio da apresentação de:

I – certidão de diretrizes para uso do solo para implantação de atividade, expedida pela SEPLAN, com base na legislação pertinente e solicitada pelo interessado por intermédio de requerimento no Núcleo de Protocolo da Secretaria Municipal de Administração, anexando os seguintes dados:

a) endereço completo do local requerido;

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b) nº da referência cadastral;

c) discriminação de todas as atividades que pretende desenvolver no local;

d) croqui da área apresentando o tamanho da área em metros quadros e suas medidas de frente, fundo e profundidade;

e) registro do cartório com nome do proprietário do imóvel, atualizado, com unificação ou membramento, quando se tratar de mais de um imóvel;

f) telefone, fax e endereço eletrônico para contato;

II – aprovação do projeto e a consequente autorização para construção ou reforma pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano;

III – comprovante de abertura de inscrição municipal expedida pela Secretaria Municipal de Finanças;

IV – alvará de funcionamento, de horário regular e horário especial, após habite-se da edificação e a conclusão da obra;

V – apresentação do Programa de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC durante a construção;

VI – apresentação do Programa de Gerenciamento de Resíduos sólidos durante o seu funcionamento, de acordo com as recomendações das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Serviços Urbanos;

VII – apresentação de todas as licenças ambientais concedidas pelo órgão estadual competente e pela Agência Nacional de Petróleo – ANP.

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§ 1º A certidão de diretrizes de que trata o inciso I deste artigo, uma vez expedida, vigorará pelo prazo máximo de 06 (seis) meses, contados de sua expedição.

§ 2º A aprovação do projeto de construção do estabelecimento que objetiva promover a venda, revenda, estocagem, manuseio de combustíveis automotivos, de gás natural veicular – GNV ou qualquer outro material inflamável, estará sujeita à observância do disposto nesta Lei Complementar e nas demais legislações federal, estadual e municipal, no Decreto Municipal nº 13.481, de 22 de junho de 2012, que regulamenta o Programa de Recebimento e Monitoramento de Efluentes Não Domésticos do Município de Uberlândia – PREMEND, no laudo de avaliação do Corpo de Bombeiros Militar sobre o grau de risco do local em relação a estabelecimentos vizinhos, na Resolução nº 38, de 21 de maio de 1998 do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, ou outra que vier a substituí-la, e nas normas e nos regulamentos expedidos pelos seguintes órgãos:

I - ANP;

II - ABNT.

§ 3º As obras de construção de postos revendedores, transportadores revendedores retalhistas e postos de abastecimentos, com projeto aprovado pelo Município de Uberlândia, deverá ter início no prazo máximo de 06 (seis) meses, contado da data de sua aprovação, após o que perderá a validade.

Art. 9º A aprovação dos projetos dos postos revendedores, transportadores revendedores retalhistas e postos de abastecimentos na sua parte externa deverá obedecer às seguintes exigências:

I - todo posto revendedor deverá dispor de um sistema para recepção das águas residuárias oriundas dos processos de lavagem de veículos e áreas de abastecimento cobertas, devidamente segregadas das redes de águas pluviais, a ser ligado à rede de esgoto;

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II – o piso das calçadas deverá seguir os seguintes parâmetros:

a) a faixa de circulação deverá destinar-se exclusivamente ao trânsito de pedestres, não podendo ser atribuído outro uso, mesmo que temporário, e deverá:

1. ter inclinação transversal máxima de 2% (dois por cento);

2. ter permanente manutenção;

3. ter superfície regular, firme, estável e antiderrapante, sob qualquer condição;

4. evitar trepidação que prejudique a livre circulação;

b) ser de concreto armado nos acessos destinados às entradas e saídas de veículos;

c) ter demarcação de faixa de segurança em toda sua extensão, com faixa para passagem de pedestres;

III – as guias com ou sem rebaixo devem obedecer os seguintes parâmetros:

a) guia sem rebaixo tanto em reta como em curva deverá ter inclinação máxima de 2% (dois por cento) onde a guia terá 15cm (quinze centímetros) acima da sarjeta;

b) no trecho de guia com rebaixo, tanto em reta como em curva, deverá ter inclinação máxima de 6% (seis por cento) onde a guia terá 5cm (cinco centímetros) acima da sarjeta, e, por conseguinte o alinhamento predial ficará com 20cm (vinte centímetros) acima da sarjeta.

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§ 1º O sistema de recepção das águas residuárias deverá conter, no mínimo:

I - caixas de sedimentação de areia e de barro;

II - caixa ou dispositivo eficiente de retenção de óleos e graxas;

III - caixa separadora de água e óleo - CSAO, para as quais deverão ser conduzidas as águas de lavagem antes de serem lançadas à rede pública de esgoto, conforme projeto aprovado pelos órgãos municipais responsáveis pelo meio ambiente, abastecimento de água, tratamento de esgoto e saneamento básico, na forma definida em regulamento.

§ 2º As águas residuárias, após o tratamento e antes de serem lançadas na rede de esgoto, deverão estar enquadradas aos padrões de emissão estabelecidos pela legislação vigente.

§ 3º É obrigatória a instalação e manutenção de caixas de gordura sifonadas pelos estabelecimentos implantados, facultados aos postos revendedores.

§ 4º Consideram-se materiais adequados para acabamento de faixas de circulação:

I - cimentado áspero;

II - cimentado estampado;

III - ladrilho hidráulico;

IV - bloco intertravado;

V - placa pré-moldada de concreto.

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§ 5º Quando o acabamento for executado por assentamento de peças com existência de juntas, como blocos intertravados, placas de concreto, ou quando o processo executivo necessitar ou se caracterizar por ranhura ou sulcos na superfície, como concreto estampado, as juntas, ranhuras ou sulcos não poderão ter espessuras e profundidades superiores a 5 mm (cinco milímetros).

§ 6º A faixa de circulação deve ser completamente desobstruída e isenta de interferências, tais como vegetação, mobiliário urbano, equipamentos de infraestrutura urbana aflorados - postes, armários de equipamentos, e outros, orlas de árvores e jardineiras, rebaixamentos para acesso de veículos, bem como qualquer outro tipo de interferência ou obstáculo que reduza a largura da faixa livre.

§ 7º Eventuais obstáculos aéreos, tais como marquises, faixas e placas de identificação, toldos, luminosos, vegetação e outros, devem se localizar a uma altura superior a 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros).

§ 8º São vedados os usos dos seguintes materiais na faixa de circulação:

I - pintura resinada;

II – ardósia;

III – granito polido;

IV – mármore,

V – marmorite;

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VI – pastilhas;

VII - cerâmica lisa;

VIII – cimento liso.

§ 9º O alinhamento predial em curva definido pela mureta continuará com 20 cm (vinte centímetros) acima da sarjeta.

§ 10. As inclinações do passeio público serão consideradas perpendicularmente ao alinhamento predial e quando em curva será o centro da curva a referência.

§ 11. Deverá ser apresentado projeto de circulação com indicação dos locais de acesso de veículos separado dos acessos de pedestres, locais de entrada e saída, sinalização vertical e horizontal, devendo ser aprovado pelos órgãos responsáveis pelo trânsito e transportes e pelo planejamento urbano.

§ 12. O meio-fio não poderá ser rebaixado no trecho correspondente à curva de concordância das duas vias públicas.

§ 13. Os acessos deverão estar localizados a uma distância mínima de 5m (cinco metros) a partir do ponto de encontro das tangentes do arco de concordância das vias, referenciado pelo alinhamento do lote.

§ 14. Poderá haver mais de um trecho de 8m (oito metros) de meio-fio rebaixado, desde que a uma distância de 5m (cinco metros) um do outro, os quais deverão constar em projeto arquitetônico.

§ 15. Aplica-se este artigo também às oficinas mecânicas, lava-jatos, garagens e similares.

Art. 10. A aprovação do projeto do PR na sua parte interna deverá obedecer às seguintes exigências:

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I – sobre o recuo interno:

a) o limite do recuo com o passeio público deverá ser demarcado em toda sua extensão, com jardineiras de, no mínimo, 30cm (trinta centímetros) de altura ou com faixa para passagem de pedestres;

b) os depósitos de combustíveis deverão estar instalados a no mínimo 10m (dez metros) do alinhamento do lote com o passeio público e serem equipados com dispositivo detector de vazamento;

c) deverá ter 2m (dois metros) de recuo em toda a extensão do perímetro do terreno destinadas à área verde – jardim, em relação às divisas confrontantes;

d) as edificações dos postos revendedores, e as bombas deverão obedecer ao recuo mínimo de 5m (cinco metros) do alinhamento do lote, exceto a projeção da cobertura das bombas, que poderá atingir o alinhamento do lote com a calçada;

e) o recuo interno tem por finalidade preservar a iluminação, ventilação, segurança e sossego da vizinhança bem como defender os passeios públicos do tráfego de veículos;

II – as bombas de abastecimento deverão respeitar distâncias mínimas de:

a) 5m (cinco metros) dos aparelhos abastecedores e das

instalações de serviços como casa das máquinas, valeta para lubrificação ou troca de óleo, tanque de armazenamento de combustível, sendo que seus respectivos respiros deverão estar a uma distância mínima de 10m (dez metros) dos alinhamentos prediais, guardando idênticos recuos laterais e de fundo, sem qualquer prejuízo dos recuos legais;

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b) 10m (dez metros) de lanchonetes e restaurantes, de ruas e avenidas confrontantes com o terreno;

III - os empreendimentos que possuírem lojas de qualquer tipo no mesmo terreno do posto, deverão disponibilizar, no mínimo, 04 (quatro) vagas de estacionamento dentro da área do posto para seus clientes, respeitando mais 1 (uma) para idosos e 1 (uma) para pessoas com deficiência;

IV – as bombas de abastecimento e os tanques deverão obedecer os padrões previstos pelos órgãos ambientais;

V – os boxes para lavagem ou lubrificação deverão estar recuados, de no mínimo 10m (dez metros), do alinhamento do lote para o qual estejam abertos;

VI - a abertura dos boxes, quando perpendicular à via pública, deverá ter a parede de divisa com os lotes vizinhos prolongada, com o mesmo pé direito, até uma extensão mínima de 3m (três metros).

VII – instalação de sanitários de uso público, para ambos os sexos, que contemplem fraldário;

VIII – manter em perfeito estado de conservação e funcionamento:

a) compressor e calibrador de ar;

b) extintores e demais equipamentos de prevenção de incêndio em quantidade suficiente e convenientemente localizados, conforme exigência do Corpo de Bombeiros;

c) filtros de combustíveis em todas as bombas de abastecimento;

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IX- em local visível, os certificados de aferição expedidos pelo Instituto de Pesos e Medidas – IPEM e pelo INMETRO.

Parágrafo único. No trecho definido pela curva de concordância entre os alinhamentos prediais das vias públicas deverá ser construída uma mureta de segurança de 60cm (sessenta centímetros) de altura com revestimentos refletivos de maneira a defender os passeios públicos do tráfego de veículos, sendo que esta mureta poderá também ter função de jardineira.

Art. 11. Quando se tratar de reforma com demolição total da edificação existente, o projeto deverá observar integralmente às disposições desta Lei Complementar, resguardados os direitos adquiridos no tocante à localização e à área do terreno.

Art. 12. Quando se tratar de ampliação da construção, as partes acrescidas deverão obedecer às disposições desta Lei Complementar.

Art. 13. As autoridades municipais incumbidas da fiscalização de postos de combustível deverão instaurar procedimento administrativo para a cassação de alvará sempre que tomarem conhecimento da perda da autorização para funcionamento perante quaisquer outros órgãos públicos competentes nesta matéria.

Art. 14. Os proprietários e responsáveis pelos estabelecimentos de que trata esta Lei Complementar deverão comunicar de imediato à Defesa Civil do Município qualquer ocorrência que envolva infiltração de produto combustível e óleo no subsolo local, a partir de vazamento em tanque e em superfície.

Parágrafo único. No caso de constatação de irregularidades e risco à população e ao meio ambiente, o Município de Uberlândia poderá determinar a imediata interdição do estabelecimento.

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Art. 15. O auto de infração será lavrado por fiscal da Municipalidade e deverá conter, obrigatoriamente:

I – qualificação do autuado;

II – o local, a data e a hora da lavratura do auto;

III – a descrição do fato infracional;

IV – a disposição legal infringida;

V – o prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da notificação ao autuado, para apresentação de defesa;

VI – a qualificação das testemunhas se houver;

VII – a assinatura do autuante, a indicação do órgão de origem, cargo ou função e o número de sua matrícula.

Parágrafo único. A assinatura do autuado no auto de infração, que poderá ser lançada sob protesto, não implica em confissão da falta, nem a recusa, em sua agravação, devendo, em qualquer caso, ser entregue a respectiva contrafé.

Art. 16. A notificação do infrator será efetuada da seguinte forma:

I – pessoalmente, na pessoa do autuado, do seu representante legal ou preposto, entregando-lhe cópia do auto de notificação, em que se mencionarão as infrações e o prazo estipulado para defesa;

II – por carta com AR, quando impossível a citação prevista no inciso anterior.

Parágrafo único. O prazo para apresentação da defesa contar-se-á a partir do primeiro dia útil da entrega da cópia do auto

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de notificação ou da juntada do comprovante de entrega da notificação enviada por carta com AR ao processo iniciado pelo auto de infração.

Art. 17. Constituem infrações administrativas construir, modificar, ampliar e funcionar postos revendedores, transportadores revendedores retalhistas e postos de abastecimentos em desacordo com a presente Lei Complementar, ficando o infrator sujeito às seguintes penalidades:

I – intimação para cumprimento desta Lei Complementar ou para saneamento de irregularidades no prazo de 10 (dez) dias;

II – multa equivalente a 10% (dez por cento) do faturamento dos últimos 12 (doze) meses de funcionamento, comprovado contabilmente e corrigido pelos índices do INPC/IBGE ou outro índice que vier a substituí-lo pela inobservância da intimação, com a concomitante lavratura de nova intimação para o encerramento da atividade no prazo de 72 (setenta e duas) horas;

III – lacração do estabelecimento, após o decurso de prazo para o encerramento da atividade;

IV – multa diária equivalente a 1% (um por cento) do faturamento mensal comprovado nos últimos 12 (doze) meses de funcionamento, também comprovado contabilmente e corrigido pelos índices do INPC/IBGE ou outro índice que vier a substituí-lo por descumprimento do lacre, além das medidas judiciais cabíveis.

Parágrafo único. A interposição de recurso suspende a aplicação da penalidade até o seu julgamento, facultando-se ao interessado requerer, alternativamente, à Administração Pública, a dilação do prazo necessário ao saneamento das irregularidades, prazo este nunca superior a 90 (noventa) dias, improrrogável.

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Art. 18. As infrações administrativas serão apuradas em processo próprio, assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Parágrafo único. Nas hipóteses em que a irregularidade possa ocasionar risco à segurança e à incolumidade de pessoas ou bens, a Administração Pública deverá promover à imediata lacração do estabelecimento, abrindo vista do procedimento aos interessados, para que tenham acesso aos motivos expostos nos autos.

Art. 19. O prazo para a interposição de razões de defesa em primeira instância será de 15 (quinze) dias, contados da data da notificação e igual prazo para recurso em segunda instância, a contar do recebimento da notificação da decisão do primeiro julgamento.

§ 1º As razões de defesa, em primeira instância, serão dirigidas à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, e o recurso em segunda instância ao Prefeito Municipal.

§ 2º O prazo de recurso contar-se-á a partir do primeiro dia útil da publicação do despacho no Diário Oficial do Município.

Art. 20. Os postos revendedores, transportadores revendedores retalhistas e postos de abastecimentos em operação na data da publicação desta Lei Complementar que estejam obrigados a proceder à adequação por força de normas e exigências do órgão ambiental estadual, mesmo que tais exigências impliquem em reforma ou readequação total ou parcial do estabelecimento se eximem, em âmbito municipal, da incidência das regras estabelecidas no que diz respeito a recuos e distâncias entre equipamentos e divisas, caso o espaço físico existente não seja suficiente para atendimento das regras estabelecidas e demais normas municipais.

Art. 21. Ao Transportador Revendedor Retalhista - TRR e ao Posto de Abastecimento - PA aplicam-se todas as disposições desta Lei Complementar, sem prejuízo da ampliação e da exigência de maiores padrões de segurança sempre que haja exigência

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específica assentada em estudos e pareceres dos órgãos ambientais e de regulamentação, ou em legislação específica.

Parágrafo único. A exigência de padrões diferenciados para os TRRs e PAs será tomada por termo de acordo, a ser firmado pelos empreendedores com as Secretarias Municipais de Obras, Planejamento Urbano e de Meio Ambiente, que constituirá condição prévia para a expedição do alvará de funcionamento.

Art. 22. Ficam resguardados o direito adquirido aos estabelecimentos ora regulados, concluídos anteriormente à data da publicação desta Lei Complementar, devendo se adequarem naquilo que couber.

Art. 23. Ficam revogados os arts. 104 a 116 da Lei Complementar nº 524, de 8 de abril de 2011.

Art. 24. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Uberlândia, 18 de dezembro de 2013.

Gilmar Machado Prefeito

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Autor do Projeto: PREFEITO GILMAR MACHADOGCMM /AVR/ GMD/PGM Nº 8.438/2013.

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