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LEI N o 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Texto compilado Regulamento Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS Art. 1 o O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional. Art. 2 o Ao Sinarm compete: I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País; III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia Federal; IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores; V – identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma de fogo; VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais; VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a atividade; IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições; X – cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante; XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta.

LEI No 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.doc

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LEI No10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.Texto compiladoRegulamentoDispe sobre registro, posse e comercializao de armas de fogo e munio, sobre o Sistema Nacional de Armas Sinarm, define crimes e d outras providncias.

O PRESIDENTE DA REPBLICAFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPTULO I

DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS

Art. 1oO Sistema Nacional de Armas Sinarm, institudo no Ministrio da Justia, no mbito da Polcia Federal, tem circunscrio em todo o territrio nacional.

Art. 2oAo Sinarm compete:

I identificar as caractersticas e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;

II cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no Pas;

III cadastrar as autorizaes de porte de arma de fogo e as renovaes expedidas pela Polcia Federal;

IV cadastrar as transferncias de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrncias suscetveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurana privada e de transporte de valores;

V identificar as modificaes que alterem as caractersticas ou o funcionamento de arma de fogo;

VI integrar no cadastro os acervos policiais j existentes;

VII cadastrar as apreenses de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;

VIII cadastrar os armeiros em atividade no Pas, bem como conceder licena para exercer a atividade;

IX cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessrios e munies;

X cadastrar a identificao do cano da arma, as caractersticas das impresses de raiamento e de microestriamento de projtil disparado, conforme marcao e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;

XI informar s Secretarias de Segurana Pblica dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizaes de porte de armas de fogo nos respectivos territrios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta.

Pargrafo nico. As disposies deste artigo no alcanam as armas de fogo das Foras Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros prprios.

CAPTULO II

DO REGISTRO

Art. 3o obrigatrio o registro de arma de fogo no rgo competente.

Pargrafo nico. As armas de fogo de uso restrito sero registradas no Comando do Exrcito, na forma do regulamento desta Lei.

Art. 4oPara adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado dever, alm de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:

I comprovao de idoneidade, com a apresentao de certides de antecedentes criminais fornecidas pela Justia Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de no estar respondendo a inqurito policial ou a processo criminal;

I - comprovao de idoneidade, com a apresentao de certides negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justia Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de no estar respondendo a inqurito policial ou a processo criminal, que podero ser fornecidas por meios eletrnicos;(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008)II apresentao de documento comprobatrio de ocupao lcita e de residncia certa;

III comprovao de capacidade tcnica e de aptido psicolgica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.

1oO Sinarm expedir autorizao de compra de arma de fogo aps atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransfervel esta autorizao.

2oA aquisio de munio somente poder ser feita no calibre correspondente arma adquirida e na quantidade estabelecida no regulamento desta Lei.

2o A aquisio de munio somente poder ser feita no calibre correspondente arma registrada e na quantidade estabelecida no regulamento desta Lei.(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008) 3oA empresa que comercializar arma de fogo em territrio nacional obrigada a comunicar a venda autoridade competente, como tambm a manter banco de dados com todas as caractersticas da arma e cpia dos documentos previstos neste artigo.

4oA empresa que comercializa armas de fogo, acessrios e munies responde legalmente por essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto no forem vendidas.

5oA comercializao de armas de fogo, acessrios e munies entre pessoas fsicas somente ser efetivada mediante autorizao do Sinarm.

6oA expedio da autorizao a que se refere o 1oser concedida, ou recusada com a devida fundamentao, no prazo de 30 (trinta) dias teis, a contar da data do requerimento do interessado.

7oO registro precrio a que se refere o 4oprescinde do cumprimento dos requisitos dos incisos I, II e III deste artigo.

8o Estar dispensado das exigncias constantes do inciso III docaputdeste artigo, na forma do regulamento, o interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas caractersticas daquela a ser adquirida.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008)Art. 5 O Certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o territrio nacional, autoriza o seu proprietrio a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residncia ou domiclio, ou dependncia desses, desde que seja ele o titular ou o responsvel legal do estabelecimento ou empresa.

Art. 5oO certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o territrio nacional, autoriza o seu proprietrio a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residncia ou domiclio, ou dependncia desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsvel legal pelo estabelecimento ou empresa.(Redao dada pela Lei n 10.884, de 2004) 1oO certificado de registro de arma de fogo ser expedido pela Polcia Federal e ser precedido de autorizao do Sinarm.

2oOs requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4odevero ser comprovados periodicamente, em perodo no inferior a 3 (trs) anos, na conformidade do estabelecido no regulamento desta Lei, para a renovao do Certificado de Registro de Arma de Fogo.

3oOs registros de propriedade, expedidos pelos rgos estaduais, realizados at a data da publicao desta Lei, devero ser renovados mediante o pertinente registro federal no prazo mximo de 3 (trs) anos.3oOs registros de propriedade expedidos pelos rgos estaduais, realizados at a data da publicao desta Lei, devero ser renovados mediante o pertinente registro federal at o dia 31 de dezembro de 2007.(Redao dada pela Medida Provisria n 379, de 2007). 3oOs registros de propriedade, expedidos pelos rgos estaduais, realizados at a data da publicao desta Lei, devero ser renovados mediante o pertinente registro federal no prazo mximo de 3 (trs) anos.(Vide Medida Provisria n 390, de 2007)4oPara a renovao do certificado de registro de arma de fogo de cano longo de alma raiada, calibre igual ou inferior a .22, e de alma lisa, calibre igual ou inferior a 16, devero ser cumpridos, apenas, os requisitos dos incisos I e II docaputdo art. 4o, em perodo no inferior a trs anos, em conformidade com o estabelecido no regulamento.(Includo pela Medida Provisria n 379, de 2007).

HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Mpv/390.htm" \l "art1"(Vide Medida Provisria n 390, de 2007)3oOs registros de propriedade expedidos pelos rgos estaduais, realizados at a data da publicao desta Lei, devero ser renovados mediante o pertinente registro federal at o dia 2 de julho de 2008.(Redao dada pela Medida Provisria n 394, de 2007).3oOs registros de propriedade expedidos pelos rgos estaduais, realizados at a data da publicao desta Lei, devero ser renovados mediante o pertinente registro federal at 31 de dezembro de 2008.(Redao dada pela Medida Provisria n 417, de 2008) 3o O proprietrio de arma de fogo com certificados de registro de propriedade expedido por rgo estadual ou do Distrito Federal at a data da publicao desta Lei que no optar pela entrega espontnea prevista no art. 32 desta Lei dever renov-lo mediante o pertinente registro federal, at o dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentao de documento de identificao pessoal e comprovante de residncia fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigncias constantes dos incisos I a III docaputdo art. 4odesta Lei.(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008)(Prorrogao de prazo) 4o Para fins do cumprimento do disposto no 3odeste artigo, o proprietrio de arma de fogo poder obter, no Departamento de Polcia Federal, certificado de registro provisrio, expedido na rede mundial de computadores - internet, na forma do regulamento e obedecidos os procedimentos a seguir:(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008) I - emisso de certificado de registro provisrio pela internet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e(Includo pela Lei n 11.706, de 2008) II - revalidao pela unidade do Departamento de Polcia Federal do certificado de registro provisrio pelo prazo que estimar como necessrio para a emisso definitiva do certificado de registro de propriedade.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008)CAPTULO III

DO PORTE

Art. 6o proibido o porte de arma de fogo em todo o territrio nacional, salvo para os casos previstos em legislao prpria e para:

I os integrantes das Foras Armadas;

II os integrantes de rgos referidos nos incisos docaputdoart. 144 da Constituio Federal;III os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municpios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condies estabelecidas no regulamento desta Lei;

IV os integrantes das guardas municipais dos Municpios com mais de 250.000 (duzentos e cinqenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em servio;

IV-os integrantes das guardas municipais dos Municpios com mais de cinqenta mil e menos de quinhentos mil habitantes, quando em servio;(Redao dada pela Medida Provisria n 157, de 2003)IV - os integrantes das guardas municipais dos Municpios com mais de 50.000 (cinqenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em servio;(Redao dada pela Lei n 10.867, de 2004)V os agentes operacionais da Agncia Brasileira de Inteligncia e os agentes do Departamento de Segurana do Gabinete de Segurana Institucional da Presidncia da Repblica;

VI os integrantes dos rgos policiais referidos noart. 51, IV, e noart. 52, XIII, da Constituio Federal;

VII os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas porturias;

VIII as empresas de segurana privada e de transporte de valores constitudas, nos termos desta Lei;

IX para os integrantes das entidades de desporto legalmente constitudas, cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a legislao ambiental.

X os integrantes da Carreira Auditoria da Receita Federal, Auditores-Fiscais e Tcnicos da Receita Federal.(Includo pela Lei n 11.118, de 2005)X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributrio.(Redao dada pela Lei n 11.501, de 2007)XI - os tribunais do Poder Judicirio descritos no art. 92 da Constituio Federal e os Ministrios Pblicos da Unio e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exerccio de funes de segurana, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justia - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministrio Pblico - CNMP.(Includo pela Lei n 12.694, de 2012)1oAs pessoas descritas nos incisos I, II, III, V, VI, VII e X docaputtero direito de portar arma de fogo fornecida pela respectiva corporao ou instituio, mesmo fora de servio, bem como armas de fogo de propriedade particular, na forma do regulamento, em ambos os casos.(Redao dada pela Medida Provisria n 379, de 2007).(Medida Provisria n 379, revogada pela n 390, de 2007) 1oAs pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI deste artigo tero direito de portar arma de fogo fornecida pela respectiva corporao ou instituio, mesmo fora de servio, na forma do regulamento, aplicando-se nos casos de armas de fogo de propriedade particular os dispositivos do regulamento desta Lei.

1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI docaputdeste artigo tero direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporao ou instituio, mesmo fora de servio, nos termos do regulamento desta Lei, com validade em mbito nacional para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI.(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008) 1o-A Os servidores a que se refere o inciso X do caput deste artigo tero direito de portar armas de fogo para sua defesa pessoal, o que constar da carteira funcional que for expedida pela repartio a que estiverem subordinados.(Includo pela Lei n 11.118, de 2005)(Revogado pela Lei n 11.706, de 2008) 1-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais podero portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporao ou instituio, mesmo fora de servio, desde que estejam:(Includo pela Lei n 12.993, de 2014)I - submetidos a regime de dedicao exclusiva;(Includo pela Lei n 12.993, de 2014)II - sujeitos formao funcional, nos termos do regulamento; e(Includo pela Lei n 12.993, de 2014)III - subordinados a mecanismos de fiscalizao e de controle interno.(Includo pela Lei n 12.993, de 2014) 1-C. (VETADO).(Includo pela Lei n 12.993, de 2014)2A autorizao para o porte de arma de fogo dos integrantes das instituies descritas nos incisos V, VI, VII e X docaputest condicionada comprovao do requisito a que se refere o inciso III docaputdo art. 4o, nas condies estabelecidas no regulamento.(Redao dada pela Medida Provisria n 379, de 2007). 2oA autorizao para o porte de arma de fogo dos integrantes das instituies descritas nos incisos V, VI e VII est condicionada comprovao do requisito a que se refere o inciso III do art. 4o, nas condies estabelecidas no regulamento desta Lei.(Vide Medida Provisria n 390, de 2007)2oA autorizao para o porte de arma de fogo dos integrantes das instituies descritas nos incisos V, VI, VII e X est condicionada comprovao do requisito a que se refere o inciso III do art. 4o, nas condies estabelecidas no regulamento desta Lei.(Redao dada pela Medida Provisria n 417, de 2008) 2o A autorizao para o porte de arma de fogo aos integrantes das instituies descritas nos incisos V, VI, VII e X docaputdeste artigo est condicionada comprovao do requisito a que se refere o inciso III docaputdo art. 4odesta Lei nas condies estabelecidas no regulamento desta Lei.(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008) 3oA autorizao para o porte de arma de fogo das guardas municipais est condicionada formao funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial, existncia de mecanismos de fiscalizao e de controle interno, nas condies estabelecidas no regulamento desta Lei. 3oA autorizao para o porte de arma de fogo das guardas municipais est condicionada formao funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial e existncia de mecanismos de fiscalizao e de controle interno, nas condies estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a superviso do Comando do Exrcito.(Redao dada pela Lei n 10.867, de 2004) 3oA autorizao para o porte de arma de fogo das guardas municipais est condicionada formao funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial, existncia de mecanismos de fiscalizao e de controle interno, nas condies estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a superviso do Ministrio da Justia.(Redao dada pela Lei n 10.884, de 2004) 4oOs integrantes das Foras Armadas, das polcias federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito no art. 4o, ficam dispensados do cumprimento do disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do regulamento desta Lei.

5oAos residentes em reas rurais, que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistncia alimentar familiar, ser autorizado, na forma prevista no regulamento desta Lei, o porte de arma de fogo na categoria "caador".(Vide Lei n 11.191, de 2005) 6oAos integrantes das guardas municipais dos Municpios que integram regies metropolitanas ser autorizado porte de arma de fogo, quando em servio.(Includo pela Lei n 10.867, de 2004) 5o Aos residentes em reas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistncia alimentar familiar ser concedido pela Polcia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caador para subsistncia, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual devero ser anexados os seguintes documentos:(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008) I - documento de identificao pessoal;(Includo pela Lei n 11.706, de 2008) II - comprovante de residncia em rea rural; e(Includo pela Lei n 11.706, de 2008) III - atestado de bons antecedentes.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008) 6o O caador para subsistncia que der outro uso sua arma de fogo, independentemente de outras tipificaes penais, responder, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido.(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008) 7o Aos integrantes das guardas municipais dos Municpios que integram regies metropolitanas ser autorizado porte de arma de fogo, quando em servio.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008)Art. 7oAs armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurana privada e de transporte de valores, constitudas na forma da lei, sero de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas quando em servio, devendo essas observar as condies de uso e de armazenagem estabelecidas pelo rgo competente, sendo o certificado de registro e a autorizao de porte expedidos pela Polcia Federal em nome da empresa.

1oO proprietrio ou diretor responsvel de empresa de segurana privada e de transporte de valores responder pelo crime previsto no pargrafo nico do art. 13 desta Lei, sem prejuzo das demais sanes administrativas e civis, se deixar de registrar ocorrncia policial e de comunicar Polcia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessrios e munies que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato.

2oA empresa de segurana e de transporte de valores dever apresentar documentao comprobatria do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4odesta Lei quanto aos empregados que portaro arma de fogo.

3oA listagem dos empregados das empresas referidas neste artigo dever ser atualizada semestralmente junto ao Sinarm.

Art. 7o-A.As armas de fogo utilizadas pelos servidores das instituies descritas no inciso XI do art. 6osero de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas instituies, somente podendo ser utilizadas quando em servio, devendo estas observar as condies de uso e de armazenagem estabelecidas pelo rgo competente, sendo o certificado de registro e a autorizao de porte expedidos pela Polcia Federal em nome da instituio. (Includo pela Lei n 12.694, de 2012) 1o A autorizao para o porte de arma de fogo de que trata este artigo independe do pagamento de taxa. (Includo pela Lei n 12.694, de 2012) 2o O presidente do tribunal ou o chefe do Ministrio Pblico designar os servidores de seus quadros pessoais no exerccio de funes de segurana que podero portar arma de fogo, respeitado o limite mximo de 50% (cinquenta por cento) do nmero de servidores que exeram funes de segurana. (Includo pela Lei n 12.694, de 2012) 3o O porte de arma pelos servidores das instituies de que trata este artigo fica condicionado apresentao de documentao comprobatria do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4odesta Lei, bem como formao funcional em estabelecimentos de ensino de atividade policial e existncia de mecanismos de fiscalizao e de controle interno, nas condies estabelecidas no regulamento desta Lei. (Includo pela Lei n 12.694, de 2012) 4o A listagem dos servidores das instituies de que trata este artigo dever ser atualizada semestralmente no Sinarm. (Includo pela Lei n 12.694, de 2012) 5o As instituies de que trata este artigo so obrigadas a registrar ocorrncia policial e a comunicar Polcia Federal eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessrios e munies que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato.(Includo pela Lei n 12.694, de 2012)Art. 8oAs armas de fogo utilizadas em entidades desportivas legalmente constitudas devem obedecer s condies de uso e de armazenagem estabelecidas pelo rgo competente, respondendo o possuidor ou o autorizado a portar a arma pela sua guarda na forma do regulamento desta Lei.

Art. 9oCompete ao Ministrio da Justia a autorizao do porte de arma para os responsveis pela segurana de cidados estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exrcito, nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a concesso de porte de trnsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caadores e de representantes estrangeiros em competio internacional oficial de tiro realizada no territrio nacional.

Art. 10. A autorizao para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o territrio nacional, de competncia da Polcia Federal e somente ser concedida aps autorizao do Sinarm.

1oA autorizao prevista neste artigo poder ser concedida com eficcia temporria e territorial limitada, nos termos de atos regulamentares, e depender de o requerente:

I demonstrar a sua efetiva necessidade por exerccio de atividade profissional de risco ou de ameaa sua integridade fsica;

II atender s exigncias previstas no art. 4odesta Lei;

III apresentar documentao de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro no rgo competente.

2oA autorizao de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perder automaticamente sua eficcia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substncias qumicas ou alucingenas.

Art. 11. Fica instituda a cobrana de taxas, nos valores constantes do Anexo desta Lei, pela prestao de servios relativos:

I ao registro de arma de fogo;

II renovao de registro de arma de fogo;

III expedio de segunda via de registro de arma de fogo;

IV expedio de porte federal de arma de fogo;

V renovao de porte de arma de fogo;

VI expedio de segunda via de porte federal de arma de fogo.

1oOs valores arrecadados destinam-se ao custeio e manuteno das atividades do Sinarm, da Polcia Federal e do Comando do Exrcito, no mbito de suas respectivas responsabilidades.

2oAs taxas previstas neste artigo sero isentas para os proprietrios de que trata o 5odo art. 6oe para os integrantes dos incisos I, II, III, IV, V, VI e VII do art. 6o, nos limites do regulamento desta Lei.2So isentas do pagamento das taxas previstas neste artigo as pessoas e as instituies a que se referem ocapute os incisos I a VII e X e o 5odo art. 6odesta Lei.(Redao dada pela Medida Provisria n 379, de 2007).2oSo isentas do pagamento das taxas previstas neste artigo as pessoas e as instituies a que se referem os incisos I a VII e X e o 5odo art. 6odesta Lei.(Vide Medida Provisria n 390, de 2007)2oSo isentas do pagamento das taxas previstas neste artigo as pessoas e as instituies a que se referem os incisos I a VII e X e o 5odo art. 6odesta Lei.(Redao dada pela Medida Provisria n 417, de 2008) 2o So isentas do pagamento das taxas previstas neste artigo as pessoas e as instituies a que se referem os incisos I a VII e X e o 5odo art. 6odesta Lei.(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008)3oSo isentos de taxas o registro e a renovao do certificado de registro de arma de fogo de cano longo de alma raiada, calibre igual ou inferior a .22, e de alma lisa, calibre igual ou inferior a 16.(Includo pela Medida Provisria n 379, de 2007).(Vide Medida Provisria n 390, de 2007)Art.11-A.O Ministrio da Justia disciplinar a forma e condies do credenciamento de profissionais pela Polcia Federal para comprovao da aptido psicolgica e da capacidade tcnica para o manuseio de arma de fogo.(Includo pela Medida Provisria n 379, de 2007).(Vide Medida Provisria n 390, de 2007)1oNa comprovao da aptido psicolgica, o valor cobrado pelo psiclogo no poder exceder ao valor mdio dos honorrios profissionais estabelecidos na tabela do Conselho Federal de Psicologia.(Includo pela Medida Provisria n 379, de 2007).(Vide Medida Provisria n 390, de 2007)2oNa comprovao da capacidade tcnica, o pagamento ao instrutor de armamento e tiro ter como base a hora-aula particular, em valor no superior a R$ 80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da munio.(Includo pela Medida Provisria n 379, de 2007).(Vide Medida Provisria n 390, de 2007)3oA cobrana de valores superiores aos previstos nos 1oe 2oimplicar o descredenciamento do profissional pela Polcia Federal.(Includo pela Medida Provisria n 379, de 2007).(Vide Medida Provisria n 390, de 2007)Art.11-A.O Ministrio da Justia disciplinar a forma e condies do credenciamento de profissionais, pela Polcia Federal, para comprovao da aptido psicolgica e da capacidade tcnica para o manuseio de arma de fogo.(Includo pela Medida Provisria n 417, de 2008) 1oNa comprovao da aptido psicolgica, o valor cobrado pelo psiclogo no poder exceder ao valor mdio dos honorrios profissionais para avaliao psicolgica estabelecido na tabela do Conselho Federal de Psicologia.(Includo pela Medida Provisria n 417, de 2008) 2oNa comprovao da capacidade tcnica, o valor cobrado pelo instrutor de armamento e tiro no poder exceder R$ 80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da munio.(Includo pela Medida Provisria n 417, de 2008) 3oA cobrana de valores superiores aos previstos nos 1oe 2oimplicar o descredenciamento do profissional pela Polcia Federal.(Includo pela Medida Provisria n 417, de 2008)Art. 11-A. O Ministrio da Justia disciplinar a forma e as condies do credenciamento de profissionais pela Polcia Federal para comprovao da aptido psicolgica e da capacidade tcnica para o manuseio de arma de fogo.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008) 1o Na comprovao da aptido psicolgica, o valor cobrado pelo psiclogo no poder exceder ao valor mdio dos honorrios profissionais para realizao de avaliao psicolgica constante do item 1.16 da tabela do Conselho Federal de Psicologia.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008) 2o Na comprovao da capacidade tcnica, o valor cobrado pelo instrutor de armamento e tiro no poder exceder R$ 80,00 (oitenta reais),acrescido do custo da munio.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008) 3o A cobrana de valores superiores aos previstos nos 1oe 2odeste artigo implicar o descredenciamento do profissional pela Polcia Federal.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008)CAPTULO IV

DOS CRIMES E DAS PENAS

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido

Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessrio ou munio, de uso permitido, em desacordo com determinao legal ou regulamentar, no interior de sua residncia ou dependncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsvel legal do estabelecimento ou empresa:

Pena deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos, e multa.

Omisso de cautela

Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessrias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficincia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:

Pena deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorrem o proprietrio ou diretor responsvel de empresa de segurana e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrncia policial e de comunicar Polcia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessrio ou munio que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.

Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido

Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou munio, de uso permitido, sem autorizao e em desacordo com determinao legal ou regulamentar:

Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo inafianvel, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente.(Vide Adin 3.112-1) Disparo de arma de fogo

Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munio em lugar habitado ou em suas adjacncias, em via pblica ou em direo a ela, desde que essa conduta no tenha como finalidade a prtica de outro crime:

Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo inafianvel.(Vide Adin 3.112-1) Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito

Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou munio de uso proibido ou restrito, sem autorizao e em desacordo com determinao legal ou regulamentar:

Pena recluso, de 3 (trs) a 6 (seis) anos, e multa.

Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorre quem:

I suprimir ou alterar marca, numerao ou qualquer sinal de identificao de arma de fogo ou artefato;

II modificar as caractersticas de arma de fogo, de forma a torn-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;

III possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendirio, sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar;

IV portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numerao, marca ou qualquer outro sinal de identificao raspado, suprimido ou adulterado;

V vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessrio, munio ou explosivo a criana ou adolescente; e

VI produzir, recarregar ou reciclar, sem autorizao legal, ou adulterar, de qualquer forma, munio ou explosivo.

Comrcio ilegal de arma de fogo

Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depsito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito prprio ou alheio, no exerccio de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar:

Pena recluso, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

Pargrafo nico. Equipara-se atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestao de servios, fabricao ou comrcio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residncia.

Trfico internacional de arma de fogo

Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou sada do territrio nacional, a qualquer ttulo, de arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao da autoridade competente:

Pena recluso de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena aumentada da metade se a arma de fogo, acessrio ou munio forem de uso proibido ou restrito.

Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena aumentada da metade se forem praticados por integrante dos rgos e empresas referidas nos arts. 6o, 7oe 8odesta Lei.

Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 so insuscetveis de liberdade provisria.(Vide Adin 3.112-1)CAPTULO V

DISPOSIES GERAIS

Art. 22. O Ministrio da Justia poder celebrar convnios com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do disposto nesta Lei.

Art. 23. A classificao legal, tcnica e geral, bem como a definio das armas de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos ou permitidos ser disciplinada em ato do Chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do Exrcito.

Art. 23. A classificao legal, tcnica e geral bem como a definio das armas de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histrico sero disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do Exrcito.(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008) 1oTodas as munies comercializadas no Pas devero estar acondicionadas em embalagens com sistema de cdigo de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificao do fabricante e do adquirente, entre outras informaes definidas pelo regulamento desta Lei.

2oPara os rgos referidos no art. 6o, somente sero expedidas autorizaes de compra de munio com identificao do lote e do adquirente no culote dos projteis, na forma do regulamento desta Lei.

3oAs armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicao desta Lei contero dispositivo intrnseco de segurana e de identificao, gravado no corpo da arma, definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os rgos previstos no art. 6o.

4oAs instituies de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV do art. 6oe no seu 6opodero adquirir insumos e mquinas de recarga de munio para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante autorizao concedida nos termos definidos em regulamento.(Includo pela Medida Provisria n 417, de 2008) 4o As instituies de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV docaputdo art. 6odesta Lei e no seu 7opodero adquirir insumos e mquinas de recarga de munio para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante autorizao concedida nos termos definidos em regulamento.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008)Art. 24. Excetuadas as atribuies a que se refere o art. 2 desta Lei, compete ao Comando do Exrcito autorizar e fiscalizar a produo, exportao, importao, desembarao alfandegrio e o comrcio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trnsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caadores.

Art. 25. Armas de fogo, acessrios ou munies apreendidos sero, aps elaborao do laudo pericial e sua juntada aos autos, encaminhados pelo juiz competente, quando no mais interessarem persecuo penal, ao Comando do Exrcito, para destruio, no prazo mximo de 48 (quarenta e oito) horas. Pargrafo nico. As armas de fogo apreendidas ou encontradas e que no constituam prova em inqurito policial ou criminal devero ser encaminhadas, no mesmo prazo, sob pena de responsabilidade, pela autoridade competente para destruio, vedada a cesso para qualquer pessoa ou instituio.

Art. 25. As armas de fogo apreendidas, aps a elaborao do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando no mais interessarem persecuo penal sero encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exrcito, no prazo mximo de 48 (quarenta e oito) horas, para destruio ou doao aos rgos de segurana pblica ou s Foras Armadas, na forma do regulamento desta Lei.(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008) 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exrcito que receberem parecer favorvel doao, obedecidos o padro e a dotao de cada Fora Armada ou rgo de segurana pblica, atendidos os critrios de prioridade estabelecidos pelo Ministrio da Justia e ouvido o Comando do Exrcito, sero arroladas em relatrio reservado trimestral a ser encaminhado quelas instituies, abrindo-se-lhes prazo para manifestao de interesse.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008) 2o O Comando do Exrcito encaminhar a relao das armas a serem doadas ao juiz competente, que determinar o seu perdimento em favor da instituio beneficiada.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008) 3o O transporte das armas de fogo doadas ser de responsabilidade da instituio beneficiada, que proceder ao seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008) 4o(VETADO)(Includo pela Lei n 11.706, de 2008) 5o O Poder Judicirio instituir instrumentos para o encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate de arma de uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da relao de armas acauteladas em juzo, mencionando suas caractersticas e o local onde se encontram.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008)Art. 26. So vedadas a fabricao, a venda, a comercializao e a importao de brinquedos, rplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.

Pargrafo nico. Excetuam-se da proibio as rplicas e os simulacros destinados instruo, ao adestramento, ou coleo de usurio autorizado, nas condies fixadas pelo Comando do Exrcito.

Art. 27. Caber ao Comando do Exrcito autorizar, excepcionalmente, a aquisio de armas de fogo de uso restrito.

Pargrafo nico. O disposto neste artigo no se aplica s aquisies dos Comandos Militares.

Art. 28. vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II e III do art. 6odesta Lei.Art.28. vedado ao menor de vinte e cinco anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e X docaputdo art. 6odesta Lei.(Redao dada pela Medida Provisria n 379, de 2007).Art. 28. vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II e III do art. 6odesta Lei.(Vide Medida Provisria n 390, de 2007)Art.28. vedado ao menor de vinte e cinco anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do art. 6odesta Lei.(Redao dada pela Medida Provisria n 417, de 2008)Art. 28. vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X docaputdo art. 6odesta Lei.(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008)Art. 29. As autorizaes de porte de armas de fogo j concedidas expirar-se-o 90 (noventa) dias aps a publicao desta Lei.(Vide Lei n 10.884, de 2004) Pargrafo nico. O detentor de autorizao com prazo de validade superior a 90 (noventa) dias poder renov-la, perante a Polcia Federal, nas condies dos arts. 4o, 6oe 10 desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias aps sua publicao, sem nus para o requerente.

Art. 30. Os possuidores e proprietrios de armas de fogo no registradas devero, sob pena de responsabilidade penal, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias aps a publicao desta Lei, solicitar o seu registro apresentando nota fiscal de compra ou a comprovao da origem lcita da posse, pelos meios de prova em direito admitidos.(Vide Lei n 10.884, de 2004)(Vide Lei n 11.118, de 2005)(Vide Lei n 11.191, de 2005)Art.30.Os possuidores e proprietrios de armas de fogo de fabricao nacional, de uso permitido e no registradas, devero solicitar o seu registro at o dia 31 de dezembro de 2008, apresentando nota fiscal de compra ou comprovao da origem lcita da posse, pelos meios de prova em direito admitidos, ou declarao firmada na qual constem as caractersticas da arma e a sua condio de proprietrio.(Redao dada pela Medida Provisria n 417, de 2008) Pargrafonico.Os possuidores e proprietrios de armas de fogo de procedncia estrangeira, de uso permitido, fabricadas anteriormente ao ano de 1997, podero solicitar o seu registro no prazo e condies estabelecidos nocaput.(Includo pela Medida Provisria n 417, de 2008)Art. 30. Os possuidores e proprietrios de arma de fogo de uso permitido ainda no registrada devero solicitar seu registro at o dia 31 de dezembro de 2008, mediante apresentao de documento de identificao pessoal e comprovante de residncia fixa, acompanhados de nota fiscal de compra ou comprovao da origem lcita da posse, pelos meios de prova admitidos em direito, ou declarao firmada na qual constem as caractersticas da arma e a sua condio de proprietrio, ficando este dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigncias constantes dos incisos I a III docaputdo art. 4odesta Lei.(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008)(Prorrogao de prazo) Pargrafo nico. Para fins do cumprimento do disposto nocaputdeste artigo, o proprietrio de arma de fogo poder obter, no Departamento de Polcia Federal, certificado de registro provisrio, expedido na forma do 4odo art. 5odesta Lei.(Includo pela Lei n 11.706, de 2008)Art. 31. Os possuidores e proprietrios de armas de fogo adquiridas regularmente podero, a qualquer tempo, entreg-las Polcia Federal, mediante recibo e indenizao, nos termos do regulamento desta Lei.

Art. 32. Os possuidores e proprietrios de armas de fogo no registradas podero, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias aps a publicao desta Lei, entreg-las Polcia Federal, mediante recibo e, presumindo-se a boa-f, podero ser indenizados, nos termos do regulamento desta Lei.(Vide Lei n 10.884, de 2004)(Vide Lei n 11.118, de 2005)(Vide Lei n 11.191, de 2005) Pargrafo nico. Na hiptese prevista neste artigo e no art. 31, as armas recebidas constaro de cadastro especfico e, aps a elaborao de laudo pericial, sero encaminhadas, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Comando do Exrcito para destruio, sendo vedada sua utilizao ou reaproveitamento para qualquer fim.

Art.32.Os possuidores e proprietrios de armas de fogo podero entreg-las, espontaneamente, mediante recibo e, presumindo-se de boa f, podero ser indenizados.(Redao dada pela Medida Provisria n 417, de 2008)Art. 32. Os possuidores e proprietrios de arma de fogo podero entreg-la, espontaneamente, mediante recibo, e, presumindo-se de boa-f, sero indenizados, na forma do regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse irregular da referida arma.(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008)Pargrafonico.O procedimento de entrega de arma de fogo de que trata ocaputser definido em regulamento.(Includo pela Medida Provisria n 417, de 2008)(Revogado pela Lei n 11.706, de 2008)Art. 33. Ser aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme especificar o regulamento desta Lei:

I empresa de transporte areo, rodovirio, ferrovirio, martimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por qualquer meio, faa, promova, facilite ou permita o transporte de arma ou munio sem a devida autorizao ou com inobservncia das normas de segurana;

II empresa de produo ou comrcio de armamentos que realize publicidade para venda, estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicaes especializadas.

Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com aglomerao superior a 1000 (um mil) pessoas, adotaro, sob pena de responsabilidade, as providncias necessrias para evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI do art. 5oda Constituio Federal.

Pargrafo nico. As empresas responsveis pela prestao dos servios de transporte internacional e interestadual de passageiros adotaro as providncias necessrias para evitar o embarque de passageiros armados.

CAPTULO VI

DISPOSIES FINAIS

Art. 35. proibida a comercializao de arma de fogo e munio em todo o territrio nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6odesta Lei.

1oEste dispositivo, para entrar em vigor, depender de aprovao mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005.

2oEm caso de aprovao do referendo popular, o disposto neste artigo entrar em vigor na data de publicao de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 36. revogada aLei no9.437, de 20 de fevereiro de 1997.Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

Braslia, 22 de dezembro de 2003; 182oda Independncia e 115oda Repblica.

LUIZ INCIO LULA DA SILVAMrcio Thomaz BastosJos Viegas FilhoMarina Silva

Este texto no substitui o publicado no DOU de 23.12.2003

ANEXOTABELA DE TAXAS

SITUAOR$

I Registro de arma de fogo300,00

II Renovao de registro de arma de fogo300,00

III Expedio de porte de arma de fogo1.000,00

IV Renovao de porte de arma de fogo1.000,00

V Expedio de segunda via de registro de arma de fogo300,00

VI Expedio de segunda via de porte de arma de fogo1.000,00

ANEXO(Redao dada pela Medida Provisria n 379, de 2007).(Vide Medida Provisria n 390, de 2007)TABELA DE TAXAS

SITUAOR$

I-Registro de arma de fogo60,00

II-Renovao do certificado de registro de arma de fogo60,00

III-Registro de arma de fogo para empresa de segurana privada e de transporte de valores60,00

IV-Renovao do certificado de registro de arma de fogo para empresa de segurana privada e de transporte de valores60,00

V-Expedio de porte de arma de fogo1.000,00

VI-Renovao de porte de arma de fogo1.000,00

VII-Expedio de segunda via de certificado de registro de arma de fogo60,00

VIII-Expedio de segunda via de porte de arma de fogo60,00

ANEXO(Redao dada pela Medida Provisria n 394, de 2007).TABELA DE TAXAS

SITUAOR$

I - Registro de arma de fogo

at 31 de dezembro de 2007

de 1 de janeiro de 2008 a 30 de abril de 2008

de 1 de maio de 2008 a 2 de julho de 2008

30,00

45,00

60,00

II - Renovao do certificado de registro de arma de fogo

at 31 de dezembro de 2007

de 1 de janeiro de 2008 a 30 de abril de 2008

de 1 de maio de 2008 a 2 de julho de 2008

30,00

45,00

60,00

III - Registro de arma de fogo para empresa de segurana privada e de transporte de valores

at 31 de dezembro de 2007

de 1 de janeiro de 2008 a 30 de abril de 2008

de 1 de maio de 2008 a 2 de julho de 2008

30,00

45,00

60,00

IV - Renovao do certificado de registro de arma de fogo para empresa de segurana privadae de transporte de valores

at 31 de dezembro de 2007

de 1 de janeiro de 2008 a 30 de abril de 2008

de 1 de maio de 2008 a 2 de julho de 2008

30,00

45,00

60,00

V-Expedio de porte de arma de fogo1.000,00

VI - Renovao de porte de arma de fogo1.000,00

VII-Expedio de segunda via de certificado de registro de arma de fogo300,00

VIII-Expedio de segunda via de porte de arma de fogo1000,00

ANEXO(Redao dada pela Medida Provisria n 417, de 2008)TABELA DE TAXAS

SITUAOR$

I-Registro de arma de fogo60,00

II-Renovao do certificado de registro de arma de fogo:

at 30 de junho de 200830,00

de 1ode julho de 2008 a 31 de outubro de 200845,00

a partir de 1ode novembro de 200860,00

III-Registro de arma de fogo para empresa de segurana privada e de transporte de valores60,00

IV-Renovao do certificado de registro de arma de fogo para empresa de segurana privada e de transporte de valores:

at 30 de junho de 200830,00

de 1ode julho de 2008 a 31 de outubro de 200845,00

a partir de 1ode novembro de 200860,00

V-Expedio de porte de arma de fogo1.000,00

VI-Renovao de porte de arma de fogo1.000,00

VII-Expedio de segunda via de certificado de registro de arma de fogo60,00

VIII-Expedio de segunda via de porte de arma de fogo1.000,00

ANEXO(Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008)TABELA DE TAXAS

ATO ADMINISTRATIVOR$

I - Registro de arma de fogo:

- at 31 de dezembro de 2008Gratuito

(art. 30)

- a partir de 1ode janeiro de 200960,00

II - Renovao do certificado de registro de arma de fogo:

Gratuito

- at 31 de dezembro de 2008(art. 5o, 3o)

- a partir de 1ode janeiro de 200960,00

III - Registro de arma de fogo para empresa de segurana privada e de transporte60,00

de valores

IV - Renovao do certificado de registro de arma de fogo para empresa de

segurana privada e de transporte de valores:

- at 30 de junho de 200830,00

- de 1ode julho de 2008 a 31 de outubro de 200845,00

- a partir de 1ode novembro de 200860,00

V-Expedio de porte de arma de fogo1.000,00

VI - Renovao de porte de arma de fogo1.000,00

VII -Expedio de segunda via de certificado de registro de arma de fogo60,00

VIII-Expedio de segunda via de porte de arma de fogo60,00

*