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5/28/2018 LeiOrganicaLoas-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/lei-organica-loas-562446b9933a9 1/152 LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (LOAS)      B     r     a     s      í      l      i     a      2      0      1      3

Lei Organica Loas

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  • LEI ORGNICA DA ASSISTNCIA SOCIAL (LOAS)

    LEI ORGNICA DA ASSISTNCIA SOCIAL (LOAS)

    A srie Legislao rene textos legais sobre temas especficos, com o objetivo de facilitar o acesso da

    sociedade s normas em vigor no Brasil.

    Por meio de publicaes como esta, a Cmara dos Deputados cumpre a misso de favorecer a prtica da

    cidadania e a consolidao da democracia no pas.

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  • Lei Orgnica da assistncia sOciaL(LOas)

  • Mesa da Cmara dos Deputados54 Legislatura | 2011-2015 3 Sesso Legislativa

    PresidenteHenrique Eduardo Alves1 Vice-PresidenteAndr Vargas2 Vice-PresidenteFbio Faria1 SecretrioMrcio Bittar2 SecretrioSimo Sessim3 SecretrioMaurcio Quintella Lessa4 SecretrioBiffi

    Suplentes de Secretrio

    1 SuplenteGonzaga Patriota2 SuplenteWolney Queiroz3 SuplenteVitor Penido4 SuplenteTakayama

    Diretor-GeralSrgio Sampaio Contreiras de AlmeidaSecretrio-Geral da MesaMozart Vianna de Paiva

  • Cmara dos Deputados

    Lei Orgnica da assistncia sOciaL (LOas)

    Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993, que dispe sobre a organizao da As-sistncia Social e d outras providn-

    cias, e legislao correlata.

    Atualizada em 26/11/2013.

    Centro de Documentao e InformaoEdies Cmara

    Braslia | 2013

  • CMARA DOS DEPUTADOSDiretoria LegislativaDiretor: Afrsio Vieira Lima Filho Centro de Documentao e InformaoDiretor: Adolfo C. A. R. FurtadoCoordenao Edies CmaraDiretor: Daniel Ventura Teixeira Coordenao de Estudos LegislativosDiretora: Lda Maria Louzada Melgao

    Projeto grfico de capa e miolo: Patrcia WeissDiagramao e capa: Mariana Rausch ChuquerFoto da capa: Dmitry Naumov FotoliaReviso e pesquisa: Seo de Reviso e Indexao

    Cmara dos DeputadosCentro de Documentao e Informao Cedi

    Coordenao Edies Cmara CoediAnexo II Praa dos Trs Poderes

    Braslia (DF) CEP 70160-900Telefone: (61) 3216-5809; fax: (61) 3216-5810

    [email protected]

    SRIELegislao

    n. 111

    Dados Internacionais de Catalogao-na-publicao (CIP)Coordenao de Biblioteca. Seo de Catalogao.

    Brasil. [Lei n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993].Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS) [recurso eletrnico] : Lei n. 8.742, de 7 de de-

    zembro de 1993, que dispe sobre a organizao da Assistncia Social e d outras providncias, e legislao correlata. Braslia : Cmara dos Deputados, Edies Cmara, 2013.

    156 p. (Srie legislao ; n. 111)

    Atualizada em 26/11/2013.ISBN 978-85-402-0169-9

    1. Assistncia social, legislao, Brasil. I. Ttulo. II. Srie.

    CDU 36(81)(094)

    ISBN 978-85-402-0168-2 (brochura) ISBN 978-85-402-0169-9 (e-book)

  • SUMRIO

    Apresentao..........................................................................................................................7LEI N 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993Dispe sobre a organizao da Assistncia Social e d outras providncias. ......................... 9

    LEGISLAO CORRELATACONSTITUIO FEDERAL[Dispositivos sobre assistncia social.] ...........................................................................................35

    DECRETO N 6.214, DE 26 DE SETEMBRO DE 2007Regulamenta o benefcio de prestao continuada da assistncia social devido pessoa com deficincia e ao idoso de que trata a Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e a Lei n 10.741, de 1 de outubro de 2003, acresce pargrafo ao art. 162 do Decreto n 3.048, de 6 de maio de 1999, e d outras providncias. .........................................41

    DECRETO N 6.307, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2007Dispe sobre os benefcios eventuais de que trata o art. 22 da Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993. ..............................................................................................................................62

    DECRETO N 6.308, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2007Dispe sobre as entidades e organizaes de assistncia social de que trata o art. 3 da Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e d outras providncias. ....................................65

    DECRETO N 7.788, DE 15 DE AGOSTO DE 2012Regulamenta o Fundo Nacional de Assistncia Social, institudo pela Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e d outras providncias. .................................................................68

    RESOLUO N 145, DE 15 DE OUTUBRO DE 2004 [Aprova a Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS).] .....................................................73

    LISTA DE OUTRAS NORMAS E INFORMAES DE INTERESSE ..........153

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 7

    ApReSentAO

    A Constituio Federal de 1988 inovou ao colocar o direito a assistncia social no mesmo patamar dos direitos a sade e a previdncia social. Com isso, constituiu-se o trip do sistema de seguridade social brasileiro.A Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas), Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993, foi criada com o objetivo de garantir uma poltica de proteo a quem necessita. Sua promulgao foi fruto do esforo conjunto de parla-mentares, gestores, servidores pblicos e representantes da sociedade civil. Em vinte anos de vigncia, a Loas passou por significativos avanos, que consolidaram seus princpios e possibilitaram seu aperfeioamento. Mere-ce destaque a instituio do Sistema nico de Assistncia Social (Suas), que descentralizou a prestao dos servios socioassistenciais, tornando-a mais efetiva populao em situao de vulnerabilidade.Com esta publicao, a Cmara dos Deputados reafirma seu compromisso com a divulgao da legislao vigente e contribui para que o direito as-sistncia social possa ser conhecido e reivindicado.

    HENRIQUE EDUARDO ALVESPresidente da Cmara dos Deputados

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 9

    LeI n 8.742, De 7 De DeZeMBRO De 19931

    Dispe sobre a organizao da Assistn-cia Social e d outras providncias.

    O presidente da RepblicaFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

    LEI ORGNICA DA ASSISTNCIA SOCIAL

    CAPTULO IDAS DEFINIES E DOS OBjETIVOS

    Art. 1 A assistncia social, direito do cidado e dever do Estado, Poltica de Seguridade Social no contributiva, que prov os mnimos sociais, rea-lizada atravs de um conjunto integrado de aes de iniciativa pblica e da sociedade, para garantir o atendimento s necessidades bsicas.2Art. 2 A assistncia social tem por objetivos:3I a proteo social, que visa garantia da vida, reduo de danos e preveno da incidncia de riscos, especialmente: a) a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e

    velhice; b) o amparo s crianas e aos adolescentes carentes; c) a promoo da integrao ao mercado de trabalho; d) a habilitao e reabilitao das pessoas com deficincia e a promo-

    o de sua integrao vida comunitria; e e) a garantia de um salrio-mnimo de benefcio mensal pessoa com

    deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de prover a prpria manuteno ou de t-la provida por sua famlia;

    4II a vigilncia socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famlias e nela a ocorrncia de vulnerabilidades, de ameaas, de vitimizaes e danos;

    1 Publicada no Dirio Oficial da Unio, Seo 1, de 8 de dezembro de 1993, p. 18769.2 Caput do artigo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.3 Inciso com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.4 Idem.

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    5III a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provises socioassistenciais;6IV (revogado);7V (revogado).8Pargrafo nico. Para o enfrentamento da pobreza, a assistncia social realiza-se de forma integrada s polticas setoriais, garantindo mnimos sociais e provimento de condies para atender contingncias sociais e pro-movendo a universalizao dos direitos sociais.9Art. 3 Consideram-se entidades e organizaes de assistncia social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam aten-dimento e assessoramento aos beneficirios abrangidos por esta lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos.10 1 So de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, per-manente e planejada, prestam servios, executam programas ou projetos e concedem benefcios de prestao social bsica ou especial, dirigidos s famlias e indivduos em situaes de vulnerabilidade ou risco social e pes-soal, nos termos desta lei, e respeitadas as deliberaes do Conselho Nacio-nal de Assistncia Social (CNAS), de que tratam os incisos I e II do art. 18.11 2 So de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanen-te e planejada, prestam servios e executam programas ou projetos volta-dos prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizaes de usurios, formao e capacitao de lideranas, dirigidos ao pblico da poltica de assistncia social, nos termos desta lei, e respei-tadas as deliberaes do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18.12 3 So de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam servios e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivao dos direitos socioassis-tenciais, construo de novos direitos, promoo da cidadania, enfrenta-mento das desigualdades sociais, articulao com rgos pblicos de defesa de direitos, dirigidos ao pblico da poltica de assistncia social, nos termos

    5 Inciso com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.6 Inciso revogado pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.7 Idem.8 Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.9 Caput do artigo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.10 Pargrafo acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.11 Idem.12 Idem.

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    desta lei, e respeitadas as deliberaes do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18.

    CAPTULO IIDOS PRINCPIOS E DAS DIRETRIZES

    Seo IDos Princpios

    Art. 4 A assistncia social rege-se pelos seguintes princpios:I supremacia do atendimento s necessidades sociais sobre as exigncias de rentabilidade econmica;II universalizao dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatrio da ao assistencial alcanvel pelas demais polticas pblicas;III respeito dignidade do cidado, sua autonomia e ao seu direito a benefcios e servios de qualidade, bem como convivncia familiar e co-munitria, vedando-se qualquer comprovao vexatria de necessidade;IV igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminao de qualquer natureza, garantindo-se equivalncia s populaes urbanas e rurais;V divulgao ampla dos benefcios, servios, programas e projetos assis-tenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo poder pblico e dos crit-rios para sua concesso.

    Seo IIDas Diretrizes

    Art. 5 A organizao da assistncia social tem como base as seguintes diretrizes:I descentralizao poltico-administrativa para os estados, o Distrito Federal e os municpios, e comando nico das aes em cada esfera de governo;II participao da populao, por meio de organizaes representativas, na formulao das polticas e no controle das aes em todos os nveis;III primazia da responsabilidade do Estado na conduo da poltica de assistncia social em cada esfera de governo.

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    CAPTULO IIIDA ORGANIZAO E DA GESTO

    13Art. 6 A gesto das aes na rea de assistncia social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema nico de Assistncia Social (Suas), com os seguintes objetivos:14I consolidar a gesto compartilhada, o cofinanciamento e a cooperao tcnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a prote-o social no contributiva;15II integrar a rede pblica e privada de servios, programas, projetos e benefcios de assistncia social, na forma do art. 6-C;16III estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organiza-o, regulao, manuteno e expanso das aes de assistncia social;17IV definir os nveis de gesto, respeitadas as diversidades regionais e municipais;18V implementar a gesto do trabalho e a educao permanente na assis-tncia social;19VI estabelecer a gesto integrada de servios e benefcios; e20VII afianar a vigilncia socioassistencial e a garantia de direitos.21 1 As aes ofertadas no mbito do Suas tm por objetivo a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice e, como base de organizao, o territrio.22 2 O Suas integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conse-lhos de assistncia social e pelas entidades e organizaes de assistncia social abrangidas por esta lei.23 3 A instncia coordenadora da Poltica Nacional de Assistncia Social o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome.

    13 Caput do artigo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.14 Inciso acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.15 Idem.16 Idem.17 Idem.18 Idem.19 Idem.20 Idem.21 Pargrafo acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.22 Idem.23 Pargrafo nico transformado em 3 com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 13

    24Art. 6-A. A assistncia social organiza-se pelos seguintes tipos de proteo:I proteo social bsica: conjunto de servios, programas, projetos e bene-fcios da assistncia social que visa a prevenir situaes de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisies e do fortalecimento de vnculos familiares e comunitrios; II proteo social especial: conjunto de servios, programas e projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstruo de vnculos familiares e comunitrios, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisies e a proteo de famlias e indivduos para o enfrentamento das situaes de violao de direitos.Pargrafo nico. A vigilncia socioassistencial um dos instrumentos das protees da assistncia social que identifica e previne as situaes de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no territrio.25Art. 6-B. As protees sociais bsica e especial sero ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes pblicos e/ou pelas entidades e organizaes de assistncia social vinculadas ao Suas, res-peitadas as especificidades de cada ao. 1 A vinculao ao Suas o reconhecimento pelo Ministrio do Desenvol-vimento Social e Combate Fome de que a entidade de assistncia social integra a rede socioassistencial. 2 Para o reconhecimento referido no 1, a entidade dever cumprir os seguintes requisitos:I constituir-se em conformidade com o disposto no art. 3;II inscrever-se em Conselho Municipal ou do Distrito Federal, na forma do art. 9;III integrar o sistema de cadastro de entidades de que trata o inciso XI do art. 19. 3 As entidades e organizaes de assistncia social vinculadas ao Suas celebraro convnios, contratos, acordos ou ajustes com o poder pblico para a execuo, garantido financiamento integral, pelo Estado, de servi-os, programas, projetos e aes de assistncia social, nos limites da capaci-dade instalada, aos beneficirios abrangidos por esta lei, observando-se as disponibilidades oramentrias.

    24 Artigo acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.25 Idem.

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    4 O cumprimento do disposto no 3 ser informado ao Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome pelo rgo gestor local da as-sistncia social.26Art. 6-C. As protees sociais, bsica e especial, sero ofertadas precipu-amente no Centro de Referncia de Assistncia Social (Cras) e no Centro de Referncia Especializado de Assistncia Social (Creas), respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de assistncia social de que trata o art. 3 desta lei. 1 O Cras a unidade pblica municipal, de base territorial, localizada em reas com maiores ndices de vulnerabilidade e risco social, destinada ar-ticulao dos servios socioassistenciais no seu territrio de abrangncia e prestao de servios, programas e projetos socioassistenciais de proteo social bsica s famlias. 2 O Creas a unidade pblica de abrangncia e gesto municipal, esta-dual ou regional, destinada prestao de servios a indivduos e famlias que se encontram em situao de risco pessoal ou social, por violao de direitos ou contingncia, que demandam intervenes especializadas da proteo social especial. 3 Os Cras e os Creas so unidades pblicas estatais institudas no mbito do Suas, que possuem interface com as demais polticas pblicas e articu-lam, coordenam e ofertam os servios, programas, projetos e benefcios da assistncia social.27Art. 6-D. As instalaes dos Cras e dos Creas devem ser compatveis com os servios neles ofertados, com espaos para trabalhos em grupo e am-bientes especficos para recepo e atendimento reservado das famlias e indivduos, assegurada a acessibilidade s pessoas idosas e com deficincia.28Art. 6-E. Os recursos do cofinanciamento do Suas, destinados execu-o das aes continuadas de assistncia social, podero ser aplicados no pagamento dos profissionais que integrarem as equipes de referncia, res-ponsveis pela organizao e oferta daquelas aes, conforme percentual apresentado pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome e aprovado pelo CNAS.

    26 Artigo acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.27 Idem.28 Idem.

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    Pargrafo nico. A formao das equipes de referncia dever considerar o nmero de famlias e indivduos referenciados, os tipos e modalidades de atendimento e as aquisies que devem ser garantidas aos usurios, confor-me deliberaes do CNAS.Art. 7 As aes de assistncia social, no mbito das entidades e organiza-es de assistncia social, observaro as normas expedidas pelo Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), de que trata o art. 17 desta lei.Art. 8 A Unio, os estados, o Distrito Federal e os municpios, observados os princpios e diretrizes estabelecidos nesta lei, fixaro suas respectivas Polticas de Assistncia Social. Art. 9 O funcionamento das entidades e organizaes de assistncia so-cial depende de prvia inscrio no respectivo conselho municipal de as-sistncia social, ou no Conselho de Assistncia Social do Distrito Federal, conforme o caso. 1 A regulamentao desta lei definir os critrios de inscrio e funcio-namento das entidades com atuao em mais de um municpio no mesmo estado, ou em mais de um estado ou Distrito Federal. 2 Cabe ao conselho municipal de assistncia social e ao Conselho de As-sistncia Social do Distrito Federal a fiscalizao das entidades referidas no caput na forma prevista em lei ou regulamento.29 3 (Revogado.) 4 As entidades e organizaes de assistncia social podem, para defesa de seus direitos referentes inscrio e ao funcionamento, recorrer aos Conse-lhos Nacional, estaduais, municipais e do Distrito Federal.Art. 10. A Unio, os estados, os municpios e o Distrito Federal podem celebrar convnios com entidades e organizaes de assistncia social, em conformidade com os planos aprovados pelos respectivos conselhos.Art. 11. As aes das trs esferas de governo na rea de assistncia social realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenao e as normas gerais esfera federal e a coordenao e execuo dos programas, em suas respec-tivas esferas, aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios.Art. 12. Compete Unio:

    29 Pargrafo revogado pela Lei n 12.101, de 27-11-2009.

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    I responder pela concesso e manuteno dos benefcios de prestao continuada definidos no art. 203 da Constituio Federal; 30II cofinanciar, por meio de transferncia automtica, o aprimoramento da gesto, os servios, os programas e os projetos de assistncia social em mbito nacional; III atender, em conjunto com os estados, o Distrito Federal e os munic-pios, s aes assistenciais de carter de emergncia;31IV realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de assistn-cia social e assessorar estados, Distrito Federal e municpios para seu desenvolvimento. 32Art. 12-A. A Unio apoiar financeiramente o aprimoramento gesto descentralizada dos servios, programas, projetos e benefcios de assistn-cia social, por meio do ndice de Gesto Descentralizada (IGD) do Sistema nico de Assistncia Social (Suas), para a utilizao no mbito dos estados, dos municpios e do Distrito Federal, destinado, sem prejuzo de outras aes a serem definidas em regulamento, a: I medir os resultados da gesto descentralizada do Suas, com base na atu-ao do gestor estadual, municipal e do Distrito Federal na implementao, execuo e monitoramento dos servios, programas, projetos e benefcios de assistncia social, bem como na articulao intersetorial; II incentivar a obteno de resultados qualitativos na gesto estadual, municipal e do Distrito Federal do Suas; eIII calcular o montante de recursos a serem repassados aos entes federa-dos a ttulo de apoio financeiro gesto do Suas. 1 Os resultados alcanados pelo ente federado na gesto do Suas, aferidos na forma de regulamento, sero considerados como prestao de contas dos recursos a serem transferidos a ttulo de apoio financeiro. 2 As transferncias para apoio gesto descentralizada do Suas adotaro a sistemtica do ndice de Gesto Descentralizada do Programa Bolsa Fa-mlia, previsto no art. 8 da Lei n 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e sero efetivadas por meio de procedimento integrado quele ndice. 3 (Vetado.)

    30 Inciso com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.31 Inciso acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.32 Artigo acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.

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    4 Para fins de fortalecimento dos conselhos de assistncia social dos estados, municpios e Distrito Federal, percentual dos recursos transferi-dos dever ser gasto com atividades de apoio tcnico e operacional queles colegiados, na forma fixada pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, sendo vedada a utilizao dos recursos para pagamento de pessoal efetivo e de gratificaes de qualquer natureza a servidor pblico estadual, municipal ou do Distrito Federal.Art. 13. Compete aos estados:33I destinar recursos financeiros aos municpios, a ttulo de participao no custeio do pagamento dos benefcios eventuais de que trata o art. 22, mediante critrios estabelecidos pelos conselhos estaduais de assistncia social;34II cofinanciar, por meio de transferncia automtica, o aprimoramento da gesto, os servios, os programas e os projetos de assistncia social em mbito regional ou local;III atender, em conjunto com os municpios, s aes assistenciais de ca-rter de emergncia;IV estimular e apoiar tcnica e financeiramente as associaes e consr-cios municipais na prestao de servios de assistncia social;V prestar os servios assistenciais cujos custos ou ausncia de demanda municipal justifiquem uma rede regional de servios, desconcentrada, no mbito do respectivo estado;35VI realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de assistncia so-cial e assessorar os municpios para seu desenvolvimento.Art. 14. Compete ao Distrito Federal:36I destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benef-cios eventuais de que trata o art. 22, mediante critrios estabelecidos pelos Conselhos de Assistncia Social do Distrito Federal;III executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parce-ria com organizaes da sociedade civil; IV atender s aes assistenciais de carter de emergncia; V prestar os servios assistenciais de que trata o art. 23 desta lei;

    33 Inciso com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.34 Idem.35 Inciso acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.36 Inciso com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.

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    37VI cofinanciar o aprimoramento da gesto, os servios, os programas e os projetos de assistncia social em mbito local;38VII realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de assistncia social em seu mbito. Art. 15. Compete aos municpios:39I destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benef-cios eventuais de que trata o art. 22, mediante critrios estabelecidos pelos conselhos municipais de assistncia social;II efetuar o pagamento dos auxlios natalidade e funeral;III executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parce-ria com organizaes da sociedade civil;IV atender s aes assistenciais de carter de emergncia;V prestar os servios assistenciais de que trata o art. 23 desta lei;40VI cofinanciar o aprimoramento da gesto, os servios, os programas e os projetos de assistncia social em mbito local; 41VII realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de assistncia social em seu mbito.42Art. 16. As instncias deliberativas do Suas, de carter permanente e composio paritria entre governo e sociedade civil, so: I o Conselho Nacional de Assistncia Social;II os conselhos estaduais de assistncia social;III o Conselho de Assistncia Social do Distrito Federal;IV os conselhos municipais de assistncia social.43Pargrafo nico. Os Conselhos de Assistncia Social esto vinculados ao rgo gestor de assistncia social, que deve prover a infraestrutura necess-ria ao seu funcionamento, garantindo recursos materiais, humanos e finan-ceiros, inclusive com despesas referentes a passagens e dirias de conselhei-ros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exerccio de suas atribuies.

    37 Inciso acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.38 Idem.39 Inciso com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.40 Inciso acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.41 Idem.42 Caput do artigo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.43 Pargrafo acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 19

    Art. 17. Fica institudo o Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), rgo superior de deliberao colegiada, vinculado estrutura do rgo da Administrao Pblica Federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacional de Assistncia Social, cujos membros, nomeados pelo presidente da Repblica, tm mandato de dois anos, permitida uma nica reconduo por igual perodo. 1 O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) composto por de-zoito membros e respectivos suplentes, cujos nomes so indicados ao rgo da administrao pblica federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacional de Assistncia Social, de acordo com os critrios seguintes:I nove representantes governamentais, incluindo um representante dos estados e um dos municpios;II nove representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usu-rios ou de organizaes de usurios, das entidades e organizaes de assis-tncia social e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro prprio sob fiscalizao do Ministrio Pblico Federal. 2 O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) presidido por um de seus integrantes, eleito dentre seus membros, para mandato de um ano, permitida uma nica reconduo por igual perodo. 3 O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) contar com uma secretaria executiva, a qual ter sua estrutura disciplinada em ato do Poder Executivo.44 4 Os conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competncia para acompanhar a execuo da poltica de assistncia social, apreciar e aprovar a proposta oramentria, em consonncia com as diretri-zes das conferncias nacionais, estaduais, distrital e municipais, de acordo com seu mbito de atuao, devero ser institudos, respectivamente, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municpios, mediante lei especfica.Art. 18. Compete ao Conselho Nacional de Assistncia Social:I aprovar a Poltica Nacional de Assistncia Social;II normatizar as aes e regular a prestao de servios de natureza p-blica e privada no campo da assistncia social;

    44 Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.

  • SrieLegislao20

    45III acompanhar e fiscalizar o processo de certificao das entidades e organizaes de assistncia social no Ministrio do Desenvolvimento So-cial e Combate Fome;46IV apreciar relatrio anual que conter a relao de entidades e organi-zaes de assistncia social certificadas como beneficentes e encaminh-lo para conhecimento dos conselhos de assistncia social dos estados, muni-cpios e do Distrito Federal;V zelar pela efetivao do sistema descentralizado e participativo de as-sistncia social;47VI a partir da realizao da II Conferncia Nacional de Assistncia So-cial em 1997, convocar ordinariamente a cada quatro anos a Conferncia Nacional de Assistncia Social, que ter a atribuio de avaliar a situao da assistncia social e propor diretrizes para o aperfeioamento do sistema;VII (vetado);VIII apreciar e aprovar a proposta oramentria da assistncia social a ser encaminhada pelo rgo da administrao pblica federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacional de Assistncia Social; IX aprovar critrios de transferncia de recursos para os estados, muni-cpios e Distrito Federal, considerando, para tanto, indicadores que infor-mem sua regionalizao mais equitativa, tais como: populao, renda per capita, mortalidade infantil e concentrao de renda, alm de disciplinar os procedimentos de repasse de recursos para as entidades e organizaes de assistncia social, sem prejuzo das disposies da Lei de Diretrizes Oramentrias;X acompanhar e avaliar a gesto dos recursos, bem como os ganhos so-ciais e o desempenho dos programas e projetos aprovados;XI estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar os programas anuais e plu-rianuais do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS);XII indicar o representante do Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) junto ao Conselho Nacional da Seguridade Social;XIII elaborar e aprovar seu regimento interno;XIV divulgar, no Dirio Oficial da Unio, todas as suas decises, bem como as contas do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS) e os res-pectivos pareceres emitidos.

    45 Inciso com redao dada pela Lei n 12.101, de 27-11-2009.46 Idem.47 Inciso com redao dada pela Lei n 9.720, de 30-11-1998.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 21

    48Pargrafo nico. (Revogado.)Art. 19. Compete ao rgo da administrao pblica federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacional de Assistncia Social:I coordenar e articular as aes no campo da assistncia social;II propor ao Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) a Poltica Nacional de Assistncia Social, suas normas gerais, bem como os critrios de prioridade e de elegibilidade, alm de padres de qualidade na prestao de benefcios, servios, programas e projetos;III prover recursos para o pagamento dos benefcios de prestao conti-nuada definidos nesta lei;IV elaborar e encaminhar a proposta oramentria da assistncia social, em conjunto com as demais reas da Seguridade Social;V propor os critrios de transferncia dos recursos de que trata esta lei;VI proceder transferncia dos recursos destinados assistncia social, na forma prevista nesta lei;VII encaminhar apreciao do Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) relatrios trimestrais e anuais de atividades e de realizao finan-ceira dos recursos;VIII prestar assessoramento tcnico aos estados, ao Distrito Federal, aos municpios e s entidades e organizaes de assistncia social; IX formular poltica para a qualificao sistemtica e continuada de re-cursos humanos no campo da assistncia social; X desenvolver estudos e pesquisas para fundamentar as anlises de ne-cessidades e formulao de proposies para a rea;XI coordenar e manter atualizado o sistema de cadastro de entidades e organizaes de assistncia social, em articulao com os estados, os muni-cpios e o Distrito Federal;XII articular-se com os rgos responsveis pelas polticas de sade e previdncia social, bem como com os demais responsveis pelas polticas socioeconmicas setoriais, visando elevao do patamar mnimo de aten-dimento s necessidades bsicas;XIII expedir os atos normativos necessrios gesto do Fundo Nacio-nal de Assistncia Social (FNAS), de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS);

    48 Pargrafo nico acrescido pela Lei n 10.684, de 30-5-2003, e revogado pela Lei n 12.101, de 27-11-2009.

  • SrieLegislao22

    XIV elaborar e submeter ao Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) os programas anuais e plurianuais de aplicao dos recursos do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS).

    CAPTULO IVDOS BENEFCIOS, DOS SERVIOS, DOS PROGRAMAS

    E DOS PROjETOS DE ASSISTNCIA SOCIAL

    Seo IDo Benefcio de Prestao Continuada

    49Art. 20. O benefcio de prestao continuada a garantia de um salrio-m-nimo mensal pessoa com deficincia e ao idoso com sessenta e cinco anos ou mais que comprovem no possuir meios de prover a prpria manuteno nem de t-la provida por sua famlia.50 1 Para os efeitos do disposto no caput, a famlia composta pelo re-querente, o cnjuge ou companheiro, os pais e, na ausncia de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.51 2 Para efeito de concesso deste benefcio, considera-se pessoa com de-ficincia aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza fsica, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interao com diversas bar-reiras, podem obstruir sua participao plena e efetiva na sociedade em igualdade de condies com as demais pessoas.52I (revogado);53II (revogado).54 3 Considera-se incapaz de prover a manuteno da pessoa com defici-ncia ou idosa a famlia cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salrio mnimo.55 4 O benefcio de que trata este artigo no pode ser acumulado pelo beneficirio com qualquer outro no mbito da seguridade social ou de

    49 Caput do artigo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.50 Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.51 Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.470, de 31-8-2011.52 Inciso revogado pela Lei n 12.470, de 31-8-2011.53 Idem.54 Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.55 Idem.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 23

    outro regime, salvo os da assistncia mdica e da penso especial de na-tureza indenizatria.56 5 A condio de acolhimento em instituies de longa permanncia no prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficincia ao benefcio de prestao continuada.57 6 A concesso do benefcio ficar sujeita avaliao da deficincia e do grau de impedimento de que trata o 2, composta por avaliao mdica e avaliao social realizadas por mdicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).58 7 Na hiptese de no existirem servios no municpio de residncia do beneficirio, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o seu en-caminhamento ao municpio mais prximo que contar com tal estrutura.59 8 A renda familiar mensal a que se refere o 3 dever ser declarada pelo requerente ou seu representante legal, sujeitando-se aos demais proce-dimentos previstos no regulamento para o deferimento do pedido.60 9 A remunerao da pessoa com deficincia na condio de aprendiz no ser considerada para fins do clculo a que se refere o 3 deste artigo.61 10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do 2 deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mnimo de dois anos.Art. 21. O benefcio de prestao continuada deve ser revisto a cada dois anos para avaliao da continuidade das condies que lhe deram origem. 1 O pagamento do benefcio cessa no momento em que forem superadas as condies referidas no caput, ou em caso de morte do beneficirio. 2 O benefcio ser cancelado quando se constatar irregularidade na sua concesso ou utilizao.62 3 O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacio-nais e a realizao de atividades no remuneradas de habilitao e reabili-tao, entre outras, no constituem motivo de suspenso ou cessao do benefcio da pessoa com deficincia.

    56 Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.57 Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.470, de 31-8-2011.58 Pargrafo com redao dada pela Lei n 9.720, de 30-11-1998.59 Pargrafo acrescido pela Lei n 9.720, de 30-11-1998.60 Pargrafo acrescido pela Lei n 12.470, de 31-8-2011.61 Idem.62 Pargrafo acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.

  • SrieLegislao24

    63 4 A cessao do benefcio de prestao continuada concedido pessoa com deficincia no impede nova concesso do benefcio, desde que aten-didos os requisitos definidos em regulamento.Art. 21-A. O benefcio de prestao continuada ser suspenso pelo rgo concedente quando a pessoa com deficincia exercer atividade remunerada, inclusive na condio de microempreendedor individual. 1 Extinta a relao trabalhista ou a atividade empreendedora de que trata o caput deste artigo e, quando for o caso, encerrado o prazo de pagamen-to do seguro-desemprego e no tendo o beneficirio adquirido direito a qualquer benefcio previdencirio, poder ser requerida a continuidade do pagamento do benefcio suspenso, sem necessidade de realizao de percia mdica ou reavaliao da deficincia e do grau de incapacidade para esse fim, respeitado o perodo de reviso previsto no caput do art. 21.64 2 A contratao de pessoa com deficincia como aprendiz no acarreta a suspenso do benefcio de prestao continuada, limitado a dois anos o recebimento concomitante da remunerao e do benefcio.

    Seo IIDos Benefcios Eventuais

    65Art. 22. Entendem-se por benefcios eventuais as provises suplementa-res e provisrias que integram organicamente as garantias do Suas e so prestadas aos cidados e s famlias em virtude de nascimento, morte, situ-aes de vulnerabilidade temporria e de calamidade pblica. 1 A concesso e o valor dos benefcios de que trata este artigo sero de-finidos pelos estados, Distrito Federal e municpios e previstos nas respec-tivas leis oramentrias anuais, com base em critrios e prazos definidos pelos respectivos conselhos de assistncia social. 2 O CNAS, ouvidas as respectivas representaes de estados e muni-cpios dele participantes, poder propor, na medida das disponibilidades oramentrias das trs esferas de governo, a instituio de benefcios subsi-dirios no valor de at 25% (vinte e cinco por cento) do salrio mnimo para cada criana de at seis anos de idade.

    63 Pargrafo acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011, e com redao dada pela Lei n 12.470, de 31-8-2011.

    64 Artigo acrescido pela Lei n 12.470, de 31-8-2011.65 Artigo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 25

    3 Os benefcios eventuais subsidirios no podero ser cumulados com aqueles institudos pelas Leis nos 10.954, de 29 de setembro de 2004, e 10.458, de 14 de maio de 2002.

    Seo IIIDos Servios

    66Art. 23. Entendem-se por servios socioassistenciais as atividades conti-nuadas que visem melhoria de vida da populao e cujas aes, voltadas para as necessidades bsicas, observem os objetivos, princpios e diretrizes estabelecidos nesta lei.67 1 O regulamento instituir os servios socioassistenciais.68 2 Na organizao dos servios da assistncia social sero criados pro-gramas de amparo, entre outros:I s crianas e adolescentes em situao de risco pessoal e social, em cum-primento ao disposto no art. 227 da Constituio Federal e na Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente);II s pessoas que vivem em situao de rua.

    Seo IVDos Programas de Assistncia Social

    Art. 24. Os programas de assistncia social compreendem aes integra-das e complementares com objetivos, tempo e rea de abrangncia defi-nidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefcios e os servios assistenciais. 1 Os programas de que trata este artigo sero definidos pelos respectivos conselhos de assistncia social, obedecidos os objetivos e princpios que regem esta lei, com prioridade para a insero profissional e social.69 2 Os programas voltados para o idoso e a integrao da pessoa com deficincia sero devidamente articulados com o benefcio de prestao continuada estabelecido no art. 20 desta lei.

    66 Caput do artigo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.67 Pargrafo acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.68 Pargrafo nico transformado em 2 e com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.69 Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.

  • SrieLegislao26

    70Art. 24-A. Fica institudo o Servio de Proteo e Atendimento Integral Famlia (Paif), que integra a proteo social bsica e consiste na oferta de aes e servios socioassistenciais de prestao continuada, nos Cras, por meio do trabalho social com famlias em situao de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos vnculos familiares e a violncia no mbito de suas relaes, garantindo o direito convivncia familiar e comunitria.Pargrafo nico. Regulamento definir as diretrizes e os procedimentos do Paif.71Art. 24-B. Fica institudo o Servio de Proteo e Atendimento Especia-lizado a Famlias e Indivduos (Paefi), que integra a proteo social especial e consiste no apoio, orientao e acompanhamento a famlias e indivduos em situao de ameaa ou violao de direitos, articulando os servios so-cioassistenciais com as diversas polticas pblicas e com rgos do sistema de garantia de direitos. Pargrafo nico. Regulamento definir as diretrizes e os procedimentos do Paefi.72Art. 24-C. Fica institudo o Programa de Erradicao do Trabalho Infan-til (Peti), de carter intersetorial, integrante da Poltica Nacional de Assis-tncia Social, que, no mbito do Suas, compreende transferncias de ren-da, trabalho social com famlias e oferta de servios socioeducativos para crianas e adolescentes que se encontrem em situao de trabalho. 1 O Peti tem abrangncia nacional e ser desenvolvido de forma articula-da pelos entes federados, com a participao da sociedade civil, e tem como objetivo contribuir para a retirada de crianas e adolescentes com idade inferior a dezesseis anos em situao de trabalho, ressalvada a condio de aprendiz, a partir de quatorze anos. 2 As crianas e os adolescentes em situao de trabalho devero ser iden-tificados e ter os seus dados inseridos no Cadastro nico para Programas Sociais do Governo Federal (Cadnico), com a devida identificao das si-tuaes de trabalho infantil.

    70 Artigo acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.71 Idem.72 Idem.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 27

    Seo VDos Projetos de Enfrentamento da Pobreza

    Art. 25. Os projetos de enfrentamento da pobreza compreendem a insti-tuio de investimento econmico-social nos grupos populares, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gesto para melhoria das condies gerais de subsistncia, elevao do padro da qualidade de vida, a preservao do meio-ambiente e sua organizao social.Art. 26. O incentivo a projetos de enfrentamento da pobreza assentar-se- em mecanismos de articulao e de participao de diferentes reas gover-namentais e em sistema de cooperao entre organismos governamentais, no governamentais e da sociedade civil.

    CAPTULO VDO FINANCIAMENTO DA ASSISTNCIA SOCIAL

    Art. 27. Fica o Fundo Nacional de Ao Comunitria (Funac), institudo pelo Decreto n 91.970, de 22 de novembro de 1985, ratificado pelo Decreto Legislativo n 66, de 18 de dezembro de 1990, transformado no Fundo Na-cional de Assistncia Social (FNAS).Art. 28. O financiamento dos benefcios, servios, programas e projetos estabelecidos nesta lei far-se- com os recursos da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, das demais contribuies sociais pre-vistas no art. 195 da Constituio Federal, alm daqueles que compem o Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS).73 1 Cabe ao rgo da administrao pblica responsvel pela coordenao da poltica de assistncia social nas trs esferas de governo gerir o Fundo de Assistncia Social, sob orientao e controle dos respectivos conselhos de assistncia social. 2 O Poder Executivo dispor, no prazo de cento e oitenta dias a contar da data de publicao desta lei, sobre o regulamento e funcionamento do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS).74 3 O financiamento da assistncia social no Suas deve ser efetuado mediante cofinanciamento dos trs entes federados, devendo os recursos

    73 Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.74 Pargrafo acrescido pela Lei n12.435, de 6-7-2011.

  • SrieLegislao28

    alocados nos fundos de assistncia social ser voltados operacionalizao, prestao, aprimoramento e viabilizao dos servios, programas, projetos e benefcios desta poltica.75Art. 28-A. Constitui receita do Fundo Nacional de Assistncia Social, o produto da alienao dos bens imveis da extinta Fundao Legio Brasilei-ra de Assistncia.Art. 29. Os recursos de responsabilidade da Unio destinados assistncia social sero automaticamente repassados ao Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS), medida que se forem realizando as receitas.76Pargrafo nico. Os recursos de responsabilidade da Unio destinados ao financiamento dos benefcios de prestao continuada, previstos no art. 20, podero ser repassados pelo Ministrio da Previdncia e Assistncia Social diretamente ao INSS, rgo responsvel pela sua execuo e manuteno. Art. 30. condio para os repasses, aos municpios, aos estados e ao Dis-trito Federal, dos recursos de que trata esta lei, a efetiva instituio e fun-cionamento de:I Conselho de Assistncia Social, de composio paritria entre governo e sociedade civil; II Fundo de Assistncia Social, com orientao e controle dos respectivos Conselhos de Assistncia Social; III Plano de Assistncia Social. 77Pargrafo nico. , ainda, condio para transferncia de recursos do FNAS aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios a comprovao orament-ria dos recursos prprios destinados assistncia social, alocados em seus respectivos fundos de assistncia social, a partir do exerccio de 1999.78Art. 30-A. O cofinanciamento dos servios, programas, projetos e bene-fcios eventuais, no que couber, e o aprimoramento da gesto da poltica de assistncia social no Suas se efetuam por meio de transferncias autom-ticas entre os fundos de assistncia social e mediante alocao de recursos prprios nesses fundos nas trs esferas de governo. Pargrafo nico. As transferncias automticas de recursos entre os fundos de assistncia social efetuadas conta do oramento da seguridade social,

    75 Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.187-13, de 24-8-2001.76 Pargrafo acrescido pela Lei n 9.720, de 30-11-1998.77 Idem.78 Artigo acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 29

    conforme o art. 204 da Constituio Federal, caracterizam-se como despe-sa pblica com a seguridade social, na forma do art. 24 da Lei Complemen-tar n 101, de 4 de maio de 2000.79Art. 30-B. Caber ao ente federado responsvel pela utilizao dos recur-sos do respectivo Fundo de Assistncia Social o controle e o acompanha-mento dos servios, programas, projetos e benefcios, por meio dos respec-tivos rgos de controle, independentemente de aes do rgo repassador dos recursos.80Art. 30-C. A utilizao dos recursos federais descentralizados para os fundos de assistncia social dos estados, dos municpios e do Distrito Federal ser declarada pelos entes recebedores ao ente transferidor, anual-mente, mediante relatrio de gesto submetido apreciao do respectivo Conselho de Assistncia Social, que comprove a execuo das aes na for-ma de regulamento. Pargrafo nico. Os entes transferidores podero requisitar informaes referentes aplicao dos recursos oriundos do seu fundo de assistncia so-cial, para fins de anlise e acompanhamento de sua boa e regular utilizao.

    CAPTULO VIDAS DISPOSIES GERAIS E TRANSITRIAS

    Art. 31. Cabe ao Ministrio Pblico zelar pelo efetivo respeito aos direitos estabelecidos nesta lei.Art. 32. O Poder Executivo ter o prazo de sessenta dias, a partir da pu-blicao desta lei, obedecidas as normas por ela institudas, para elaborar e encaminhar projeto de lei dispondo sobre a extino e reordenamento dos rgos de assistncia social do Ministrio do Bem-Estar Social. 1 O projeto de que trata este artigo definir formas de transferncias de benefcios, servios, programas, projetos, pessoal, bens mveis e imveis para a esfera municipal. 2 O ministro de Estado do Bem-Estar Social indicar comisso encarre-gada de elaborar o projeto de lei de que trata este artigo, que contar com a participao das organizaes dos usurios, de trabalhadores do setor e de entidades e organizaes de assistncia social.

    79 Artigo acrescido pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.80 Idem.

  • SrieLegislao30

    Art. 33. Decorrido o prazo de cento e vinte dias da promulgao desta lei, fica extinto o Conselho Nacional de Servio Social (CNSS), revogando-se, em consequncia, os Decretos-Lei nos 525, de 1 de julho de 1938, e 657, de 22 de julho de 1943. 1 O Poder Executivo tomar as providncias necessrias para a instala-o do Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) e a transferncia das atividades que passaro sua competncia dentro do prazo estabeleci-do no caput, de forma a assegurar no haja soluo de continuidade. 2 O acervo do rgo de que trata o caput ser transferido, no prazo de ses-senta dias, para o Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), que pro-mover, mediante critrios e prazos a serem fixados, a reviso dos processos de registro e certificado de entidade de fins filantrpicos das entidades e organizao de assistncia social, observado o disposto no art. 3 desta lei.Art. 34. A Unio continuar exercendo papel supletivo nas aes de assis-tncia social, por ela atualmente executadas diretamente no mbito dos estados, dos municpios e do Distrito Federal, visando implementao do disposto nesta lei, por prazo mximo de doze meses, contados a partir da data da publicao desta lei.Art. 35. Cabe ao rgo da administrao pblica federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacional de Assistncia Social operar os benefcios de prestao continuada de que trata esta lei, podendo, para tanto, contar com o concurso de outros rgos do governo federal, na forma a ser estabe-lecida em regulamento.Pargrafo nico. O regulamento de que trata o caput definir as formas de comprovao do direito ao benefcio, as condies de sua suspenso, os procedimentos em casos de curatela e tutela e o rgo de credenciamento, de pagamento e de fiscalizao, dentre outros aspectos.81Art. 36. As entidades e organizaes de assistncia social que incorrerem em irregularidades na aplicao dos recursos que lhes foram repassados pe-los poderes pblicos tero a sua vinculao ao Suas cancelada, sem prejuzo de responsabilidade civil e penal.82Art. 37. O benefcio de prestao continuada ser devido aps o cum-primento, pelo requerente, de todos os requisitos legais e regulamentares

    81 Artigo com redao dada pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.82 Caput do artigo com redao dada pela Lei n 9.720, de 30-11-1998.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 31

    exigidos para a sua concesso, inclusive apresentao da documentao ne-cessria, devendo o seu pagamento ser efetuado em at quarenta e cinco dias aps cumpridas as exigncias de que trata este artigo.83Pargrafo nico. No caso de o primeiro pagamento ser feito aps o prazo previsto no caput, aplicar-se- na sua atualizao o mesmo critrio adotado pelo INSS na atualizao do primeiro pagamento de benefcio previdenci-rio em atraso.84Art. 38. (Revogado.)Art. 39. O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), por deciso da maioria absoluta de seus membros, respeitados o oramento da seguridade social e a disponibilidade do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS), poder propor ao Poder Executivo a alterao dos limites de renda mensal per capita definidos no 3 do art. 20 e caput do art. 22.Art. 40. Com a implantao dos benefcios previstos nos arts. 20 e 22 desta lei, extinguem-se a renda mensal vitalcia, o auxlio-natalidade e o auxlio-funeral existentes no mbito da Previdncia Social, conforme o disposto na Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991.85 1 A transferncia dos beneficirios do sistema previdencirio para a assistncia social deve ser estabelecida de forma que o atendimento po-pulao no sofra soluo de continuidade.86 2 assegurado ao maior de setenta anos e ao invlido o direito de reque-rer a renda mensal vitalcia junto ao INSS at 31 de dezembro de 1995, des-de que atenda, alternativamente, aos requisitos estabelecidos nos incisos I, II ou III do 1 do art. 139 da Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991.Art. 41. Esta lei entra em vigor na data da sua publicao.Art. 42. Revogam-se as disposies em contrrio.

    Braslia, 7 de dezembro de 1993, 172 da Independncia e 105 da Repblica.

    ITAMAR FRANCO jutahy Magalhes jnior

    83 Pargrafo acrescido pela Lei n 9.720, de 30-11-1998.84 Artigo revogado pela Lei n 12.435, de 6-7-2011.85 Pargrafo nico transformado em 1 pela Lei n 9.711, de 19-11-1998.86 Pargrafo acrescido pela Lei n 9.711, de 19-11-1998.

  • LegisLaO cOrreLata

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 35

    COnStItUIO FeDeRAL87

    [Dispositivos sobre assistncia social.]

    [...]

    TTULO IIDOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

    [...]

    CAPTULO IIDOS DIREITOS SOCIAIS

    88Art. 6 So direitos sociais a educao, a sade, a alimentao, o tra-balho, a moradia, o lazer, a segurana, a previdncia social, a proteo maternidade e infncia, a assistncia aos desamparados, na forma desta Constituio.[...]

    TTULO IIIDA ORGANIZAO DO ESTADO

    [...]

    CAPTULO IIDA UNIO

    [...]Art. 23. competncia comum da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios:[...]II cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pesso-as portadoras de deficincia;[...]

    87 Publicada no Dirio Oficial da Unio, Seo 1, de 5 de outubro de 1988. 88 Artigo com redao dada pela Emenda Constitucional n 64, de 4-2-2010.

  • SrieLegislao36

    TTULO VIDA TRIBUTAO E DO ORAMENTO

    CAPTULO IDO SISTEMA TRIBUTRIO NACIONAL

    [...]

    Seo IIDas Limitaes do Poder de Tributar

    Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios:[...]VI instituir impostos sobre:[...] c) patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas

    fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das institui-es de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, aten-didos os requisitos da lei;

    [...]

    TTULO VIIIDA ORDEM SOCIAL

    [...]

    CAPTULO IIDA SEGURIDADE SOCIAL

    Seo IDisposies Gerais

    Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social.Pargrafo nico. Compete ao poder pblico, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:I universalidade da cobertura e do atendimento;

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 37

    II uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais;III seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios;IV irredutibilidade do valor dos benefcios;V equidade na forma de participao no custeio;VI diversidade da base de financiamento;89VII carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos empregado-res, dos aposentados e do governo nos rgos colegiados.Art. 195. A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de for-ma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, e das seguintes contribuies sociais:90I do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 91a) a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou cre-

    ditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio;

    92b) a receita ou o faturamento; 93c) o lucro;94II do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social, no in-cidindo contribuio sobre aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia social de que trata o art. 201;III sobre a receita de concursos de prognsticos.95IV do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 1 As receitas dos estados, do Distrito Federal e dos municpios destinadas seguridade social constaro dos respectivos oramentos, no integrando o oramento da Unio.

    89 Inciso com redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 15-12-1998.90 Idem.91 Alnea acrescida pela Emenda Constitucional n 20, de 15-12-1998.92 Idem.93 Idem.94 Inciso com redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 15-12-1998.95 Inciso acrescido pela Emenda Constitucional n 42, de 19-12-2003.

  • SrieLegislao38

    2 A proposta de oramento da seguridade social ser elaborada de forma integrada pelos rgos responsveis pela sade, previdncia social e assis-tncia social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias, assegurada a cada rea a gesto de seus recursos. 3 A pessoa jurdica em dbito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, no poder contratar com o poder pblico nem dele receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios. 4 A lei poder instituir outras fontes destinadas a garantir a manuteno ou expanso da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 5 Nenhum benefcio ou servio da seguridade social poder ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 6 As contribuies sociais de que trata este artigo s podero ser exigidas aps decorridos noventa dias da data da publicao da lei que as houver institudo ou modificado, no se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. 7 So isentas de contribuio para a seguridade social as entidades bene-ficentes de assistncia social que atendam s exigncias estabelecidas em lei.96 8 O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatrio rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cnjuges, que exeram suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribui-ro para a seguridade social mediante a aplicao de uma alquota sobre o resultado da comercializao da produo e faro jus aos benefcios nos termos da lei.97 9 As contribuies sociais previstas no inciso I do caput deste artigo podero ter alquotas ou bases de clculo diferenciadas, em razo da ativi-dade econmica, da utilizao intensiva de mo de obra, do porte da em-presa ou da condio estrutural do mercado de trabalho.98 10. A lei definir os critrios de transferncia de recursos para o sistema nico de sade e aes de assistncia social da Unio para os estados, o Dis-trito Federal e os municpios, e dos estados para os municpios, observada a respectiva contrapartida de recursos.99 11. vedada a concesso de remisso ou anistia das contribuies so-ciais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para dbitos em mon-tante superior ao fixado em lei complementar.

    96 Pargrafo com redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 15-12-1998.97 Pargrafo com redao dada pela Emenda Constitucional n 47, de 5-7-2005.98 Pargrafo acrescido pela Emenda Constitucional n 20, de 15-12-1998.99 Idem.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 39

    100 12. A lei definir os setores de atividade econmica para os quais as contribuies incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, sero no cumulativas.101 13. Aplica-se o disposto no 12 inclusive na hiptese de substituio gradual, total ou parcial, da contribuio incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento.[...]

    Seo IIDa Sade

    [...]Art. 199. A assistncia sade livre iniciativa privada. 1 As instituies privadas podero participar de forma complementar do sistema nico de sade, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito pblico ou convnio, tendo preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos.[...]

    Seo IVDa Assistncia Social

    Art. 203. A assistncia social ser prestada a quem dela necessitar, inde-pendentemente de contribuio seguridade social, e tem por objetivos:I a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice;II o amparo s crianas e adolescentes carentes;III a promoo da integrao ao mercado de trabalho;IV a habilitao e reabilitao das pessoas portadoras de deficincia e a promoo de sua integrao vida comunitria;V a garantia de um salrio mnimo de benefcio mensal pessoa portadora de deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de prover pr-pria manuteno ou de t-la provida por sua famlia, conforme dispuser a lei.Art. 204. As aes governamentais na rea da assistncia social sero reali-zadas com recursos do oramento da seguridade social, previstos no art. 195, alm de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:

    100 Pargrafo acrescido pela Emenda Constitucional n 42, de 19-12-2003.101 Idem.

  • SrieLegislao40

    I descentralizao poltico-administrativa, cabendo a coordenao e as normas gerais esfera federal e a coordenao e a execuo dos respectivos programas s esferas estadual e municipal, bem como a entidades benefi-centes e de assistncia social;II participao da populao, por meio de organizaes representativas, na formulao das polticas e no controle das aes em todos os nveis.102Pargrafo nico. facultado aos estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio incluso e promoo social at cinco dcimos por cento de sua receita tributria lquida, vedada a aplicao desses recursos no pagamento de:103I despesas com pessoal e encargos sociais;104II servio da dvida;105III qualquer outra despesa corrente no vinculada diretamente aos in-vestimentos ou aes apoiados.[...]

    TTULO XATO DAS DISPOSIES CONSTITUCIONAIS TRANSITRIAS

    [...]Art. 56. At que a lei disponha sobre o art. 195, I, a arrecadao decorrente de, no mnimo, cinco dos seis dcimos percentuais correspondentes al-quota da contribuio de que trata o Decreto-Lei n 1.940, de 25 de maio de 1982, alterada pelo Decreto-Lei n 2.049, de 1 de agosto de 1983, pelo Decreto n 91.236, de 8 de maio de 1985, e pela Lei n 7.611, de 8 de julho de 1987, passa a integrar a receita da seguridade social, ressalvados, exclusiva-mente no exerccio de 1988, os compromissos assumidos com programas e projetos em andamento.

    102 Pargrafo acrescido pela Emenda Constitucional n 42, de 19-12-2003.103 Inciso acrescido pela Emenda Constitucional n 42, de 19-12-2003.104 Idem.105 Idem.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 41

    DeCRetO n 6.214, De 26 De SeteMBRO De 2007106

    Regulamenta o benefcio de prestao continuada da assistncia social devido pessoa com deficincia e ao idoso de que trata a Lei n 8.742, de 7 de dezem-bro de 1993, e a Lei n 10.741, de 1 de outubro de 2003, acresce pargrafo ao art. 162 do Decreto n 3.048, de 6 de maio de 1999, e d outras providncias.

    O presidente da Repblica, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituio, e tendo em vista o disposto no art. 20 da Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e no art. 34 da Lei n 10.741, de 1 de outubro de 2003, decreta:Art. 1 Fica aprovado, na forma do anexo deste decreto, o Regulamento do Benefcio de Prestao Continuada institudo pelo art. 20 da Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993.Art. 2 O art. 162 do Regulamento da Previdncia Social, aprovado pelo Decreto n 3.048, de 6 de maio de 1999, passa a vigorar acrescido do se-guinte pargrafo:

    Pargrafo nico. O perodo a que se refere o caput poder ser prorrogado por iguais perodos, desde que comprovado o anda-mento regular do processo legal de tutela ou curatela. (NR)

    Art. 3 Este decreto entra em vigor na data de sua publicao.Art. 4 Ficam revogados os Decretos nos 1.744, de 8 de dezembro de 1995, e 4.712, de 29 de maio de 2003.

    Braslia, 26 de setembro de 2007; 186 da Independncia e 189 da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVALuiz Marinho

    Patrus Ananias

    106 Publicado no Dirio Oficial da Unio, Seo 1, de 28 de setembro de 2007.

  • SrieLegislao42

    Anexo

    ReGULAMentO DO BeneFCIO De pReStAO COntInUADA

    CAPTULO IDO BENEFCIO DE PRESTAO

    CONTINUADA E DO BENEFICIRIO

    Art. 1 O Benefcio de Prestao Continuada previsto no art. 20 da Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993, a garantia de um salrio mnimo mensal pessoa com deficincia e ao idoso, com idade de sessenta e cinco anos ou mais, que comprovem no possuir meios para prover a prpria manuteno e nem de t-la provida por sua famlia. 1 O Benefcio de Prestao Continuada integra a proteo social bsica no mbito do Sistema nico de Assistncia Social (Suas), institudo pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, em consonncia com o estabelecido pela Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS). 2 O Benefcio de Prestao Continuada constitutivo da PNAS e inte-grado s demais polticas setoriais, e visa ao enfrentamento da pobreza, garantia da proteo social, ao provimento de condies para atender con-tingncias sociais e universalizao dos direitos sociais, nos moldes defi-nidos no pargrafo nico do art. 2 da Lei n 8.742, de 1993. 3 A plena ateno pessoa com deficincia e ao idoso beneficirio do Be-nefcio de Prestao Continuada exige que os gestores da assistncia social mantenham ao integrada s demais aes das polticas setoriais nacional, estaduais, municipais e do Distrito Federal, principalmente no campo da sade, segurana alimentar, habitao e educao.Art. 2 Compete ao Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, por intermdio da Secretaria Nacional de Assistncia Social, a im-plementao, a coordenao-geral, a regulao, financiamento, o monitora-mento e a avaliao da prestao do beneficio, sem prejuzo das iniciativas compartilhadas com estados, Distrito Federal e municpios, em consonn-cia com as diretrizes do Suas e da descentralizao poltico-administrativa, prevista no inciso I do art. 204 da Constituio e no inciso I do art. 5 da Lei n 8.742, de 1993.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 43

    Art. 3 O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o responsvel pela operacionalizao do Benefcio de Prestao Continuada, nos termos deste Regulamento.Art. 4 Para os fins do reconhecimento do direito ao benefcio, considera-se:I idoso: aquele com idade de sessenta e cinco anos ou mais;107II pessoa com deficincia: aquela que tem impedimentos de longo pra-zo de natureza fsica, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em intera-o com diversas barreiras, podem obstruir sua participao plena e efetiva na sociedade em igualdade de condies com as demais pessoas;III incapacidade: fenmeno multidimensional que abrange limitao do desempenho de atividade e restrio da participao, com reduo efetiva e acentuada da capacidade de incluso social, em correspondncia intera-o entre a pessoa com deficincia e seu ambiente fsico e social;IV famlia incapaz de prover a manuteno da pessoa com deficincia ou do idoso: aquela cuja renda mensal bruta familiar dividida pelo nmero de seus integrantes seja inferior a um quarto do salrio mnimo;108V famlia para clculo da renda per capita: conjunto de pessoas com-posto pelo requerente, o cnjuge, o companheiro, a companheira, os pais e, na ausncia de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto; e109VI renda mensal bruta familiar: a soma dos rendimentos brutos aufe-ridos mensalmente pelos membros da famlia composta por salrios, pro-ventos, penses, penses alimentcias, benefcios de previdncia pblica ou privada, seguro-desemprego, comisses, pr-labore, outros rendimentos do trabalho no assalariado, rendimentos do mercado informal ou aut-nomo, rendimentos auferidos do patrimnio, Renda Mensal Vitalcia e Be-nefcio de Prestao Continuada, ressalvado o disposto no pargrafo nico do art. 19.110 1 Para fins de reconhecimento do direito ao Benefcio de Prestao Continuada s crianas e adolescentes menores de dezesseis anos de idade, deve ser avaliada a existncia da deficincia e o seu impacto na limitao

    107 Inciso com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.108 Idem.109 Idem.110 Pargrafo com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.

  • SrieLegislao44

    do desempenho de atividade e restrio da participao social, compatvel com a idade.111 2 Para fins do disposto no inciso VI do caput, no sero computados como renda mensal bruta familiar:112I benefcios e auxlios assistenciais de natureza eventual e temporria;113II valores oriundos de programas sociais de transferncia de renda;114III bolsas de estgio curricular;115IV penso especial de natureza indenizatria e benefcios de assistncia mdica, conforme disposto no art. 5;116V rendas de natureza eventual ou sazonal, a serem regulamentadas em ato conjunto do Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome e do INSS; e117VI remunerao da pessoa com deficincia na condio de aprendiz.118 3 Considera-se impedimento de longo prazo aquele que produza efei-tos pelo prazo mnimo de dois anos.119Art. 5 O beneficirio no pode acumular o Benefcio de Prestao Con-tinuada com qualquer outro benefcio no mbito da Seguridade Social ou de outro regime, inclusive o seguro-desemprego, ressalvados o de assistn-cia mdica e a penso especial de natureza indenizatria, bem como a re-munerao advinda de contrato de aprendizagem no caso da pessoa com deficincia, observado o disposto no inciso VI do caput e no 2 do art. 4.120Pargrafo nico. A acumulao do benefcio com a remunerao advinda do contrato de aprendizagem pela pessoa com deficincia est limitada ao prazo mximo de dois anos.121Art. 6 A condio de acolhimento em instituies de longa permanncia, como abrigo, hospital ou instituio congnere no prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficincia ao Benefcio de Prestao Continuada.

    111 Pargrafo com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.112 Inciso acrescido pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.113 Idem.114 Idem.115 Idem.116 Idem.117 Idem.118 Pargrafo com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.119 Caput com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.120 Pargrafo acrescido pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.121 Artigo com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 45

    122Art. 7 devido o Benefcio de Prestao Continuada ao brasileiro, natu-ralizado ou nato, que comprove domiclio e residncia no Brasil e atenda a todos os demais critrios estabelecidos neste Regulamento.

    CAPTULO IIDA HABILITAO, DA CONCESSO, DA MANUTENO,

    DA REPRESENTAO E DO INDEFERIMENTO

    Seo IDa Habilitao e da Concesso

    Art. 8 Para fazer jus ao Benefcio de Prestao Continuada, o idoso dever comprovar:I contar com sessenta e cinco anos de idade ou mais;II renda mensal bruta familiar, dividida pelo nmero de seus integrantes, inferior a um quarto do salrio mnimo; e123III no possuir outro benefcio no mbito da Seguridade Social ou de outro regime, inclusive o seguro-desemprego, salvo o de assistncia mdi-ca e a penso especial de natureza indenizatria, observado o disposto no inciso VI do caput e no 2 do art. 4.Pargrafo nico. A comprovao da condio prevista no inciso III poder ser feita mediante declarao do idoso ou, no caso de sua incapacidade para os atos da vida civil, do seu curador.Art. 9 Para fazer jus ao Benefcio de Prestao Continuada, a pessoa com deficincia dever comprovar:124I a existncia de impedimentos de longo prazo de natureza fsica, men-tal, intelectual ou sensorial, os quais, em interao com diversas barreiras, obstruam sua participao plena e efetiva na sociedade em igualdade de condies com as demais pessoas, na forma prevista neste Regulamento;II renda mensal bruta familiar do requerente, dividida pelo nmero de seus integrantes, inferior a um quarto do salrio mnimo; eIII no possuir outro benefcio no mbito da Seguridade Social ou de ou-tro regime, salvo o de assistncia mdica.

    122 Artigo com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.123 Inciso com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.124 Idem.

  • SrieLegislao46

    125III no possuir outro benefcio no mbito da Seguridade Social ou de outro regime, salvo o de assistncia mdica e no caso de recebimen-to de penso especial de natureza indenizatria, observado o disposto no inciso VI do art. 4.126III no possuir outro benefcio no mbito da Seguridade Social ou de outro regime, inclusive o seguro-desemprego, salvo o de assistncia mdica e a penso especial de natureza indenizatria, bem como a remunerao advinda de contrato de aprendizagem, observado o disposto no inciso VI do caput e no 2 do art. 4.Pargrafo nico. A comprovao da condio prevista no inciso III poder ser feita mediante declarao da pessoa com deficincia ou, no caso de sua incapacidade para os atos da vida civil, do seu curador ou tutor.Art. 10. Para fins de identificao da pessoa com deficincia e do idoso e de comprovao da idade do idoso, dever o requerente apresentar um dos seguintes documentos:I certido de nascimento;II certido de casamento;III certificado de reservista;IV carteira de identidade; ouV carteira de trabalho e previdncia social.Art. 11. Para fins de identificao da pessoa com deficincia e do idoso e de comprovao da idade do idoso, no caso de brasileiro naturalizado, devero ser apresentados os seguintes documentos:I ttulo declaratrio de nacionalidade brasileira; eII carteira de identidade ou carteira de trabalho e previdncia social.127Art. 12. A inscrio no Cadastro de Pessoa Fsica condio para a con-cesso do benefcio, mas no para o requerimento e anlise do processo administrativo.Art. 13. A comprovao da renda familiar mensal per capita ser feita me-diante Declarao da Composio e Renda Familiar, em formulrio ins-titudo para este fim, assinada pelo requerente ou seu representante legal,

    125 Inciso com redao dada pelo Decreto n 6.564, de 12-9-2008.126 Inciso com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.127 Artigo com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 47

    confrontada com os documentos pertinentes, ficando o declarante sujeito s penas previstas em lei no caso de omisso de informao ou declarao falsa. 1 Os rendimentos dos componentes da famlia do requerente devero ser comprovados mediante a apresentao de um dos seguintes documentos:I carteira de trabalho e previdncia social com as devidas atualizaes;II contracheque de pagamento ou documento expedido pelo empregador;III Guia da Previdncia Social (GPS), no caso de contribuinte individual; ouIV extrato de pagamento de benefcio ou declarao fornecida por outro regime de previdncia social pblico ou previdncia social privada. 2 O membro da famlia sem atividade remunerada ou que esteja impossi-bilitado de comprovar sua renda ter sua situao de rendimento informa-da na Declarao da Composio e Renda Familiar. 3 O INSS verificar, mediante consulta a cadastro especfico, a existncia de registro de benefcio previdencirio, de emprego e renda do requerente ou beneficirio e dos integrantes da famlia. 4 Compete ao INSS e aos rgos autorizados pelo Ministrio do Desen-volvimento Social e Combate Fome, quando necessrio, verificar junto a outras instituies, inclusive de previdncia, a existncia de benefcio ou de renda em nome do requerente ou beneficirio e dos integrantes da famlia. 5 Havendo dvida fundada quanto veracidade das informaes presta-das, o INSS ou rgos responsveis pelo recebimento do requerimento do benefcio devero elucid-la, adotando as providncias pertinentes. 6 Quando o requerente for pessoa em situao de rua deve ser adotado, como referncia, o endereo do servio da rede socioassistencial pelo qual esteja sendo acompanhado, ou, na falta deste, de pessoas com as quais man-tm relao de proximidade. 7 Ser considerado famlia do requerente em situao de rua as pessoas elencadas no inciso V do art. 4, desde que convivam com o requerente na mesma situao, devendo, neste caso, ser relacionadas na Declarao da Composio e Renda Familiar.128 8 Entende-se por relao de proximidade, para fins do disposto no 6, aquela que se estabelece entre o requerente em situao de rua e as pessoas indicadas pelo prprio requerente como pertencentes ao seu ciclo de conv-vio que podem facilmente localiz-lo.

    128 Pargrafo acrescido pelo Decreto n 6.564, de 12-9-2008.

  • SrieLegislao48

    Art. 14. O Benefcio de Prestao Continuada dever ser requerido junto s agncias da Previdncia Social ou aos rgos autorizados para este fim.Pargrafo nico. Os formulrios utilizados para o requerimento do bene-fcio sero disponibilizados pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, INSS, rgos autorizados ou diretamente em meios ele-trnicos oficiais, sempre de forma acessvel, nos termos do Decreto n 5.296, de 2 de dezembro de 2004.Art. 15. A habilitao ao benefcio depender da apresentao de requeri-mento, preferencialmente pelo requerente, juntamente com os documentos necessrios. 1 O requerimento ser feito em formulrio prprio, devendo ser assinado pelo requerente ou procurador, tutor ou curador. 2 Na hiptese de no ser o requerente alfabetizado ou de estar impossibi-litado para assinar o pedido, ser admitida a aposio da impresso digital na presena de funcionrio do rgo recebedor do requerimento. 3 A existncia de formulrio prprio no impedir que seja aceito qual-quer requerimento pleiteando o beneficio, desde que nele constem os dados imprescindveis ao seu processamento. 4 A apresentao de documentao incompleta no constitui motivo de recusa liminar do requerimento do benefcio.129Art. 16. A concesso do benefcio pessoa com deficincia ficar sujeita avaliao da deficincia e do grau de impedimento, com base nos prin-cpios da Classificao Internacional de Funcionalidades, Incapacidade e Sade (CIF), estabelecida pela Resoluo da Organizao Mundial da Sade n 54.21, aprovada pela 54 Assembleia Mundial da Sade, em 22 de maio de 2001.130 1 A avaliao da deficincia e do grau de impedimento ser realizada por meio de avaliao social e avaliao mdica.131 2 A avaliao social considerar os fatores ambientais, sociais e pesso-ais, a avaliao mdica considerar as deficincias nas funes e nas estru-turas do corpo, e ambas consideraro a limitao do desempenho de ati-vidades e a restrio da participao social, segundo suas especificidades.

    129 Caput com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.130 Pargrafo com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.131 Idem.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 49

    132 3 As avaliaes de que trata o 1 sero realizadas, respectivamente, pelo servio social e pela percia mdica do INSS, por meio de instrumentos desenvolvidos especificamente para este fim, institudos por ato conjunto do Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome e do INSS.133 4 O Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome e o INSS garantiro as condies necessrias para a realizao da avaliao social e da avaliao mdica para fins de acesso ao Benefcio de Prestao Continuada.134 5 A avaliao da deficincia e do grau de impedimento tem por objetivo:I comprovar a existncia de impedimentos de longo prazo de natureza fsica, mental, intelectual ou sensorial; eII aferir o grau de restrio para a participao plena e efetiva da pessoa com deficincia na sociedade, decorrente da interao dos impedimentos a que se refere o inciso I com barreiras diversas.135 6 O benefcio poder ser concedido nos casos em que no seja possvel prever a durao dos impedimentos a que se refere o inciso I do 5, mas exista a possibilidade de que se estendam por longo prazo.136 7 Na hiptese prevista no 6, os beneficirios devero ser priorita-riamente submetidos a novas avaliaes social e mdica, a cada dois anos.137Art. 17. Na hiptese de no existirem servios pertinentes para avaliao da deficincia e do grau de impedimento no municpio de residncia do re-querente ou beneficirio, fica assegurado o seu encaminhamento ao muni-cpio mais prximo que contar com tal estrutura, devendo o INSS realizar o pagamento das despesas de transporte e dirias com recursos oriundos do Fundo Nacional de Assistncia Social. 1 Caso o requerente ou beneficirio necessite de acompanhante, a viagem deste dever ser autorizada pelo INSS, aplicando-se o disposto no caput. 2 O valor da diria paga ao requerente ou beneficirio e seu acompa-nhante ser igual ao valor da diria concedida aos beneficirios do Regime Geral de Previdncia Social.

    132 Pargrafo com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.133 Idem.134 Pargrafo acrescido pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.135 Idem.136 Idem.137 Caput com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.

  • SrieLegislao50

    138 3 Caso o requerente ou beneficirio esteja impossibilitado de se apre-sentar no local de realizao da avaliao da deficincia e do grau de im-pedimento a que se refere o caput, os profissionais devero deslocar-se at o interessado.Art. 18. A concesso do Benefcio de Prestao Continuada independe da interdio judicial do idoso ou da pessoa com deficincia.Art. 19. O Benefcio de Prestao Continuada ser devido a mais de um membro da mesma famlia enquanto atendidos os requisitos exigidos neste Regulamento.Pargrafo nico. O valor do Benefcio de Prestao Continuada concedido a idoso no ser computado no clculo da renda mensal bruta familiar a que se refere o inciso VI do art. 4, para fins de concesso do Benefcio de Prestao Continuada a outro idoso da mesma famlia.Art. 20. O Benefcio de Prestao Continuada ser devido com o cumpri-mento de todos os requisitos legais e regulamentares exigidos para a sua concesso, devendo o seu pagamento ser efetuado em at quarenta e cinco dias aps cumpridas as exigncias.139Pargrafo nico. Para fins de atualizao dos valores pagos em atraso, se-ro aplicados os mesmos critrios adotados pela legislao previdenciria.Art. 21. Fica o INSS obrigado a emitir e enviar ao requerente o aviso de concesso ou de indeferimento do benefcio, e, neste caso, com indicao do motivo.

    Seo IIDa manuteno e da representao

    Art. 22. O Benefcio de Prestao Continuada no est sujeito a desconto de qualquer contribuio e no gera direito ao pagamento de abono anual.Art. 23. O Benefcio de Prestao Continuada intransfervel, no gerando direito penso por morte aos herdeiros ou sucessores.Pargrafo nico. O valor do resduo no recebido em vida pelo beneficirio ser pago aos seus herdeiros ou sucessores, na forma da lei civil.

    138 Pargrafo com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.139 Idem.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 51

    Art. 24. O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou edu-cacionais e a realizao de atividades no remuneradas de habilitao e reabilitao, dentre outras, no constituem motivo de suspenso ou ces-sao do benefcio da pessoa com deficincia.Art. 25. A cessao do Benefcio de Prestao Continuada concedido pessoa com deficincia, inclusive em razo do seu ingresso no mercado de trabalho, no impede nova concesso do benefcio desde que atendidos os requisitos exigidos neste decreto.Art. 26. O benefcio ser pago pela rede bancria autorizada e, nas localida-des onde no houver estabelecimento bancrio, o pagamento ser efetuado por rgos autorizados pelo INSS.140Art. 27. O pagamento do Benefcio de Prestao Continuada poder ser antecipado excepcionalmente, na hiptese prevista no 1 do art. 169 do Decreto n 3.048, de 6 de maio de 1999.Art. 28. O benefcio ser pago diretamente ao beneficirio ou ao procura-dor, tutor ou curador. 1 O instrumento de procurao poder ser outorgado em formulrio prprio do INSS, mediante comprovao do motivo da ausncia do benefi-cirio, e sua validade dever ser renovada a cada doze meses. 2 O procurador, tutor ou curador do beneficirio dever firmar, perante o INSS ou outros rgos autorizados pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome termo de responsabilidade mediante o qual se comprometa a comunicar qualquer evento que possa anular a procurao, tutela ou curatela, principalmente o bito do outorgante, sob pena de in-correr nas sanes criminais e civis cabveis.Art. 29. Havendo indcios de inidoneidade acerca do instrumento de pro-curao apresentado para o recebimento do Benefcio de Prestao Conti-nuada ou do procurador, tanto o INSS como qualquer um dos rgos au-torizados pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, podero recus-los, sem prejuzo das providncias que se fizerem necess-rias para a apurao da responsabilidade e aplicao das sanes criminais e civis cabveis.

    140 Artigo com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.

  • SrieLegislao52

    Art. 30. Somente ser aceita a constituio de procurador com mais de um instrumento de procurao ou instrumento de procurao coletiva, nos ca-sos de beneficirios representados por dirigentes de instituies nas quais se encontrem internados.141Art. 30. Para fins de recebimento do Benefcio de Prestao Continu-ada, aceita a constituio de procurador com mais de um instrumento de procurao, nos casos de beneficirios representados por parentes de primeiro grau e nos casos de beneficirios representados por dirigentes de instituies nas quais se encontrem acolhidos, sendo admitido tambm, neste ltimo caso, o instrumento de procurao coletiva.Art. 31. No podero ser procuradores:I o servidor pblico civil e o militar em atividade, salvo se parentes do beneficirio at o segundo grau; eII o incapaz para os atos da vida civil, ressalvado o disposto no art. 666 do Cdigo Civil.Pargrafo nico. Nas demais disposies relativas procurao observar-se-, subsidiariamente, o Cdigo Civil.Art. 32. No caso de transferncia do beneficirio de uma localidade para outra, o procurador fica obrigado a apresentar novo instrumento de man-dato na localidade de destino.Art. 33. A procurao perder a validade ou eficcia nos seguintes casos:I quando o outorgante passar a receber pessoalmente o benefcio, decla-rando, por escrito que cancela a procurao existente;II quando for constitudo novo procurador;III pela expirao do prazo fixado ou pelo cumprimento ou extino da finalidade outorgada;IV por morte do outorgante ou do procurador;V por interdio de uma das partes; ouVI por renncia do procurador, desde que por escrito.Art. 34. No podem outorgar procurao o menor de dezoito anos, exceto se assistido ou emancipado aps os dezesseis anos, e o incapaz para os atos da vida civil que dever ser representado por seu representante legal, tutor ou curador.

    141 Artigo com redao dada pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.

  • Lei Orgnica da Assistncia Social (Loas) 53

    Art. 35. O beneficio devido ao beneficirio incapaz ser pago ao cnjuge, pai, me, tutor ou curador, admitindo-se, na sua falta, e por perodo no superior a seis meses, o pagamento a herdeiro necessrio, mediante termo de compromisso firmado no ato do recebimento. 1 O perodo a que se refere o caput poder ser prorrogado por iguais perodos, desde que comprovado o andamento do processo legal de tutela ou curatela. 2 O tutor ou curador poder outorgar procurao a terceiro com poderes para receber o benefcio e, nesta hiptese, obrigatoriamente, a procurao ser outorgada mediante instrumento pblico. 3 A procurao no isenta o tutor ou curador da condio original de mandatrio titular da tutela ou curatela.142Art. 35-A. O beneficirio, ou seu representante legal, deve informar ao INSS alteraes dos dados cadastrais correspondentes mudana de nome, endereo e estado civil, a fruio de qualquer benefcio no mbito da Segu-ridade Social ou de outro regime, a sua admisso em emprego ou a percep-o de renda de qualquer natureza elencada no inciso VI do caput do art. 4.

    Seo IIIDo Indeferimento

    Art. 36. O no atendimento das exigncias contidas neste Regulamento pelo requerente ensejar o indeferimento do benefcio. 1 Do indeferimento do benefcio caber recurso junta de Recursos do Conselho de Recursos da Previdncia Social, no prazo de trinta dias, a con-tar do recebimento da comunicao. 2 A situao prevista no art. 24 tambm no constitui motivo para o indeferimento do benefcio.

    CAPTULO IIIDA GESTO

    Art. 37. Constituem garantias do Suas o acompanhamento do beneficirio e de sua famlia, e a insero destes rede de servios socioassistenciais e de outras polticas setoriais.

    142 Artigo acrescido pelo Decreto n 7.617, de 17-11-2011.

  • SrieLegislao54

    1 O acompanhamento do beneficirio e de sua famlia visa a favorecer-lhes a obteno de aquisies materiais, sociais, socioeducativas, socioculturais para suprir as necessidades de subsistncia, desenvolver capacidades e talen-tos para a convivncia familiar e comunitria, o protagonismo e a autonomia. 2 Para fins de cumprimento do disposto no caput, o acompanhamento dever abranger as pessoas que vivem sob o mesmo teto com o beneficirio e que com este mantm vnculo parental, conjugal, gentico ou de afinidade.143 3 Para o cumprimento do disposto no caput, bem como para subsidiar o processo de reavaliao bienal do benefcio, os beneficirios e suas fam-lias devero ser cadastrados no Cadastro nico para Programas Sociais do Governo Federal (Cadnico), previsto no Decreto n 6.135, de 26 de junho de 2007, observada a legislao aplicvel.Art. 38. Compete ao Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, por intermdio da Secretaria Nacional da Assistncia Social, sem prejuzo do previsto no art. 2 deste regulamento:I acompanhar os beneficirios do Benefcio de Prestao Continuada no mbito do Suas, em articulao com o Distrito Federal, municpios e, no que