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1 23 DE DEZEMBRO DE 2013 1 PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) PLD - 4ª Semana de Dezembro de 2013 Dezembro (21.12.2013 a 27.12.2013) PLD médio 1 PLD médio 2 R$/MWh Sudeste Sul Nordeste Norte Sudeste 297,09 296,73 Pesada 294,91 294,91 294,91 294,91 Sul 297,09 296,73 Média 294,54 294,54 294,54 294,54 Nordeste 298,58 298,03 Leve 293,94 293,94 293,94 293,94 Norte 297,09 296,73 1. Preço médio é a média ponderada dos valores divulgados do PLD1 pelas horas do período, no caso, nas quatro semanas de Dezembro. 2. Preço médio supondo que o último PLD publicado se estenda pelas semanas restantes Fonte: CCEE 12º Leilão de Energia Existente e Bandeira Tarifária No dia 17 de dezembro, foi realizado o Leilão A-1, destinado ao ACR, dada a necessidade declarada de 6.300 MW médios pelas distribuidoras. O A-1 prevê a contratação de empreendimentos de geração existentes com um ano de antecedência, mas, nesse caso, o início de suprimento será 1º de janeiro de 2014. Apenas 44% foram contratados na última terça-feira, o que causa uma exposição das distribuidoras em 2014, no curto prazo. O preço médio da energia comercializada variou entre R$149,99/MWh e R$191,41/MW. Produto Duração 12 Meses Duração 18 Meses Duração 36 Meses Preço Médio (R$/MWh) 191,41 165,2 149,99 Total Contratado (MWmed) 1.654 98 819 Fonte: CCEE No total, 32 distribuidoras contrataram 2.571 MW médios com término de suprimento entre 1 e 3 anos, conforme tabela abaixo: Em 2013, a exposição involuntária das distribuidoras foi auxiliada pelo repasse da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em função do PLD médio mensal mais elevado. A expectativa era que a aplicação das Bandeiras Tarifárias reduzisse o impacto imediato da geração térmica. Mas a diretoria da ANEEL decidiu, também no dia 17/12, prorrogar até o final de 2014 o período de testes das Bandeiras Tarifárias (http://www.comerc.com.br/conteudo/panoramas/Panorama_semanal_17_06_13.pdf). O sistema deverá entrar em vigor em 1º de janeiro de 2015, devido à necessidade de aperfeiçoamento de regras. O aumento do intervalo das bandeiras amarela e vermelha, abordado na edição 40/2013 do Panorama Semanal (http://www.comerc.com.br/conteudo/panoramas/Panorama_semanal_28_10_13.pdf), permanece como sugerido: Fonte: Aneel 23 12 13

Leilão de Energia Existente e Bandeira Tarifária · que a aplicação das Bandeiras Tarifárias reduzisse o impacto imediato da geração térmica. Mas a diretoria da ANEEL decidiu,

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1 23 DE DEZEMBRO DE 2013 • 1

PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) PLD - 4ª Semana de Dezembro de 2013 Dezembro

(21.12.2013 a 27.12.2013) PLD médio 1 PLD médio 2

R$/MWh Sudeste Sul Nordeste Norte Sudeste 297,09 296,73

Pesada 294,91 294,91 294,91 294,91 Sul 297,09 296,73

Média 294,54 294,54 294,54 294,54 Nordeste 298,58 298,03

Leve 293,94 293,94 293,94 293,94 Norte 297,09 296,73

1. Preço médio é a média ponderada dos valores divulgados do PLD1 pelas horas do período, no caso, nas quatro semanas de Dezembro. 2. Preço médio supondo que o último PLD publicado se estenda pelas semanas restantes

Fonte: CCEE

12 º Leilão de Energia Existente e Bandeira Tarifária

No dia 17 de dezembro, foi realizado o Leilão A-1, destinado ao ACR, dada a necessidade declarada de 6.300 MW médios pelas distribuidoras. O A-1 prevê a contratação de empreendimentos de geração existentes com um ano de antecedência, mas, nesse caso, o início de suprimento será 1º de janeiro de 2014. Apenas 44% foram contratados na última terça-feira, o que causa uma exposição das distribuidoras em 2014, no curto prazo. O preço médio da energia comercializada variou entre R$149,99/MWh e R$191,41/MW.

Produto Duração 12 Meses Duração 18 Meses Duração 36 Meses

Preço Médio (R$/MWh) 191,41 165,2 149,99 Total Contratado (MWmed) 1.654 98 819 Fonte: CCEE

No total, 32 distribuidoras contrataram 2.571 MW médios com término de suprimento entre 1 e 3 anos, conforme tabela abaixo:

Em 2013, a exposição involuntária das distribuidoras foi auxiliada pelo repasse da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em função do PLD médio mensal mais elevado. A expectativa era que a aplicação das Bandeiras Tarifárias reduzisse o impacto imediato da geração térmica.

Mas a diretoria da ANEEL decidiu, também no dia 17/12, prorrogar até o final de 2014 o período de testes das Bandeiras Tarifárias (http://www.comerc.com.br/conteudo/panoramas/Panorama_semanal_17_06_13.pdf). O sistema deverá entrar em vigor em 1º de janeiro de 2015, devido à necessidade de aperfeiçoamento de regras. O aumento do intervalo das bandeiras amarela e vermelha, abordado na edição 40/2013 do Panorama Semanal (http://www.comerc.com.br/conteudo/panoramas/Panorama_semanal_28_10_13.pdf), permanece como sugerido:

Fonte: Aneel

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Índice Setorial Comerc

Fonte: Comerc

No caso do setor de Veículos e Autopeças, a queda é esperada já que neste período a indústria automobilística diminui a produção. Quanto aos demais setores, um dos fatores que pode ter influenciado na redução do consumo de energia foi o fato de novembro ter tido dois dias úteis a menos do que o mês de outubro.

O setor de Comércio e Varejo, no entanto, apresentou crescimento de 4,24% em relação a outubro. O resultado está associado ao aumento da temperatura, que eleva o uso de ar-condicionado, além do maior movimento de consumidores em função da aproximação do Natal.

Setores

Na comparação com novembro de 2012, o consumo de energia elétrica no mês passado cresceu 2,49%, com destaque para o setor de Veículos e Autopeças que aumentou em 12,73% o consumo de energia.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, também registraram crescimento os segmentos de Embalagem (5,74%), Higiene e Limpeza (4,80%), e Têxtil, Couro e Vestuário (4,23%). Na contramão, a indústria de Papel e Celulose teve queda de 3,51% no período.

Fonte: ONS

O Índice Setorial Comerc, com base em dados de consumo de energia elétrica das 450 unidades sob gestão Comerc, aponta que entre novembro e outubro deste ano o consumo de energia elétrica caiu 0,94%.

O setor de Veículos e Autopeças foi o que teve a maior queda, com redução de 6,37%, seguido pelos segmentos de Siderurgia, Papel e Celulose, e Têxtil, Couro e Vestuários, que tiveram índices negativos, respectivamente, de 3,39%, 2,33% e 2,01%.

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Acumulado de janeiro a novembro de 2013

Enquanto a carga de energia, divulgada no Panorama Semanal anterior (http://www.comerc.com.br/panorama.asp)

cresceu 3,6% entre janeiro e dezembro (com a previsão do PMO), o Índice Setorial Comerc registrou um crescimento de 0,56% no consolidado entre janeiro e novembro.

A carga de energia contempla o consumo e perdas do sistema de todos os setores (industriais, comerciais, residenciais) e o Índice Setorial Comerc é focado no consumo de energia industrial e de prédios comerciais, concentrado no setor de “Comércio e Varejo”.

No consolidado de janeiro a novembro de 2013, o aumento de 0,56% no consumo de energia em comparação ao mesmo período do ano passado teve como destaque o setor de Veículos e Autopeças. Esse setor avançou 6,6% no consumo de energia, corroborando os dados divulgados pela Anfavea sobre a produção histórica de automóveis, comerciais leves e caminhões em 2013.

Os setores de Papel e Celulose, Materiais de Construção Civil e Alimentos mantiveram-se estáveis, com um consumo de energia similar aos patamares observados em 2012. O setor siderúrgico, por sua vez, sofreu a maior queda no consumo de energia entre janeiro e novembro deste ano, de 2,6%, o que pode estar relacionada à queda na produção de aço bruto do país em 2013 – 1,4% menor do que em 2012.

Fonte: Comerc

Nível dos Reservatórios

Fonte: ONS

Falta uma semana para o término do mês e o nível dos reservatórios está abaixo do registrado no ano passado em todos os submercados, exceto o Sudeste e Sul. Em dezembro de 2012, o nível dos reservatórios estava em 30% no Sudeste e 33% no Sul e em 2013 está com 42% e 62% da capacidade máxima, respectivamente.

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Previsão da Energia Natural Afluente

Fonte: ONS

Nesta semana, os submercados Sudeste e Nordeste apresentaram variações positivas, tanto na previsão de vazão mensal quanto na previsão de vazão semanal.

Na previsão de vazão mensal, o submercado Sudeste apresentou aumento de 4%, com uma previsão de vazão na média histórica (100% da MLT), seguido pelo Nordeste com aumento de 5%, atingindo 81% da MLT. O Sul contabiliza queda de 2% da MLT (95% da MLT) e o Norte queda de 3% da MLT (70% da MLT).

Na previsão de vazão semanal, o Nordeste contabiliza um aumento de 46% – 118% da MLT– seguido pelo Sudeste com aumento de 19% – 112% da MLT – e Norte com aumento de 4% da MLT. A região Sul teve uma queda de 11%, atingindo 78% da MLT nesta semana.

Previsão do tempo

Fonte: SOMAR

A previsão para a próxima quinzena é de pouca chuva sobre o subsistema Sul. Chuvas mais intensas atingirão a bacia do Iguaçu e norte do Paraná, mas sem grandes acumulados.

Mesmo com o fim das ZCAS*, as chuvas permanecem no centro do Brasil e Minas Gerais, beneficiando as bacias dos subsistemas Sudeste e Centro-Oeste, principalmente as que compõem a região do Atlântico Leste e parte da Bacia do Paraná.

No subsistema Nordeste, estima-se chuva intensa sobre a bacia do São Francisco, com expectativa de acumulado médio em torno dos 200mm. Nas demais bacias do subsistema não há expectativa de acumulados significativos;

No subsistema Norte, chuvas com elevado volume atingem os estados do Amazonas e sul do Pará, e perdem força sobre a bacia do Tocantins.

*Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS): A Zona de Convergência do Atlântico Sul é caracterizada como uma banda persistente de precipitação e nebulosidade orientada no sentido noroeste-sudeste, que se estende desde o sul da Amazônia até o Atlântico Sul-Central por alguns milhares de quilômetros. (Fonte: http://www7.cptec.inpe.br/noticias/noticia/8995)

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O presente Informativo foi preparado pela COMERC para uso exclusivo do destinatário, não podendo ser reproduzido ou distribuído por este a qualquer pessoa sem a expressa autorização desta. O presente informativo é distribuído somente com o objetivo de prover informações, sendo que as opiniões nele contidas são baseadas em julgamento e estimativas. Informações adicionais podem ser obtidas por meio de solicitação por escrito no seguinte endereço eletrônico: [email protected]

Glossário de termos

Sigla Termo Explicação

ACL Ambiente de Contratação Livre Nesse ambiente existe livre negociação entre os agentes geradores, comercializadores, consumidores livres, importadores e exportadores de energia, sendo que os acordos de compra e venda de energia são pactuados por contratos bilaterais.

ACR Ambiente de Contratação Regulada A contratação no ACR é formalizada por Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (CCEAR), celebrados entre Agentes Vendedores e as distribuidoras que participam dos leilões de compra e venda de energia elétrica específica para o agente distribuidor.

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica Agência reguladora que tem como missão proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade.

Biomassa Qualquer matéria orgânica que possa ser transformada em energia mecânica, térmica ou elétrica. Pode ser de origem florestal (madeira), agrícola (soja, arroz ou cana-de-açúcar) ou ainda urbanos/industriais (sólidos ou líquidos como lixo).

CCEE Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

A CCEE é responsável pela contabilização e pela liquidação financeira no mercado de curto prazo de energia. A instituição é incumbida do cálculo e da divulgação do Preço de Liquidação das Diferenças - PLD, utilizado para valorar as operações de compra e venda de energia.

CVaR Valor Condicionado a um Dado Risco Mecanismo de Aversão ao Risco utilizado na metodologia do Newave para formação do preço de curto prazo (PLD). A metodologia considerará os cenários hidrológicos mais desfavoráveis e consequente elevação do despacho termoelétrico.

DECOMP Programa Computacional utilizado a partir dos resultados do NEWAVE para um horizonte de até 2 meses. O Custo Marginal de Operação (CMO), no qual o PLD se baseia, é resultado da utilização do DECOMP que gera os valores em base semanal por patamar de carga.

Despacho Térmico Fora da Ordem de Mérito

Geração térmica não considerada no modelo de formação de preços que tem como objetivo atender a segurança energética do SIN.

EAR Energia Armazenada Energia disponível em um sistema de reservatórios expresso em porcentagem da capacidade máxima de armazenagem.

ENA Energia Natural Afluente Energia que pode ser produzida a partir das vazões naturais afluentes aos reservatórios. Os valores são expressos em MW médios ou em percentual da média histórica de longo termo, MLT (histórico de 82 anos).

ESS Encargo de Serviços do Sistema Encargo que tem como objetivo ressarcir a geração térmica fora da ordem de mérito para atender aos requisitos de segurança no fornecimento de energia do SIN (restrições elétricas e razões energéticas).

MLT Média de Longo Termo A partir do histórico de 82 anos de vazões, o ONS gera uma média de ENA para cada mês. Esse valor passa a representar a média de longo prazo para o ano vigente.

NEWAVE Programa computacional utilizado no planejamento mensal da operação para um horizonte de 5 anos. A metodologia do programa é baseada em um modelo matemático que visa determinar a melhor política de geração (mix entre geração hidráulica e térmica) minimizando o custo da operação do sistema para todo o período de planejamento.

ONS Operador Nacional do Sistema Associação sem fins lucrativos responsável pela coordenação e controle das operações de geração e transmissão de energia elétrica no SIN, sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

PLD Preço de Liquidação das Diferenças É o preço de curto prazo divulgado semanalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), base para as negociações que ocorrem no mercado de curto prazo. Em 2014, esse valor pode variar entre R$15,62 a R$822,83/MWh.

PMO Programa Mensal da Operação Acontece na última semana de cada mês, no ONS, uma reunião entre os agentes do setor elétrico para estabelecer as diretrizes eletroenergéticas de curto prazo para otimizar a utilização de recursos de geração e transmissão do SIN.

SIN Sistema Interligado Nacional É toda a área interligada pela energia distribuída pelo ONS. Compreende cinco regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte). Apenas 1,7% da capacidade de produção está fora do SIN, em sistemas isolados localizados na região Amazônica (Fonte: ONS).