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ENCICLOPÉDIA LEISHMANIOSE VISCERAL (CALAZAR) Leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi. Embora alguns canídeos (raposas, cães), roedores, edentados (tamanduás, preguiças) e equídeos possam ser reservatório do protozoário e fonte de infecção para os vetores, nos centros urbanos a transmissão se torna potencialmente perigosa por causa do grande número de cachorros, que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem. A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado. Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses. Sintomas Os principais sintomas da leishmaniose visceral são febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos. Diagnóstico O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações que podem pôr em risco a vida do paciente. Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Entre eles destacam-se os testes sorológicos (Elisa e reação de imunofluorescência), e de punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos. É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial, porque os sintomas da leishmaniose visceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de Chagas, febre tifóide, etc. Tratamento Ainda não foi desenvolvida uma vacina contra a leishmaniose visceral, que pode ser curada nos homens, mas não nos animais. Os antimoniais pentavalentes, por via endovenosa, são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos. Em segundo lugar, está a anfotericina B, cujo inconveniente maior é o alto preço do medicamento. Uma nova droga, a miltefosina, por via oral, tem-se mostrado eficaz no tratamento dessa moléstia. A regressão dos sintomas é sinal de que a doença foi pelo menos controlada, uma vez que pode recidivar até seis meses depois de terminado o tratamento. Recomendações * Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer; * Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo; * Cuide bem da saúde do seu cão. Ele poderá transformar-se num reservatório doméstico do parasita que será transmitido para pessoas próximas e outros animais não diretamente, mas por meio da picada do mosquito vetor da doença, quando ele se alimenta do sangue infectado de um hospedeiro e inocula a Leishmania em pessoas ou animais sadios que desenvolvem a doença; * Lembre-se de que os casos de leishmaniose são de comunicação compulsória ao serviço oficial de saúde. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Leishmaniose visceral (Calazar) | Dr. Drauzio Varella http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/leishmaniose-viscera... 1 of 1 2/2/13 10:48 AM

Leishmaniose Visceral (Calazar) | Dr. Drauzio Varella

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  • ENCICLOPDIA

    LEISHMANIOSE VISCERAL (CALAZAR)

    Leishmaniose visceral, ou calazar, uma doena transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz nacirculao do hospedeiro o protozorio Leishmania chagasi.

    Embora alguns candeos (raposas, ces), roedores, edentados (tamandus, preguias) e equdeos possam ser reservatrio do protozorio e fontede infeco para os vetores, nos centros urbanos a transmisso se torna potencialmente perigosa por causa do grande nmero de cachorros, queadquirem a infeco e desenvolvem um quadro clnico semelhante ao do homem.

    A doena no contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para aspessoas. A transmisso do parasita ocorre apenas atravs da picada do mosquito fmea infectado.

    Na maioria dos casos, o perodo de incubao de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses.

    Sintomas

    Os principais sintomas da leishmaniose visceral so febre intermitente com semanas de durao, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento,anemia, palidez, aumento do bao e do fgado, comprometimento da medula ssea, problemas respiratrios, diarreia, sangramentos na boca e nosintestinos.

    Diagnstico

    O diagnstico precoce fundamental para evitar complicaes que podem pr em risco a vida do paciente. Alm dos sinais clnicos, existemexames laboratoriais para confirmar o diagnstico. Entre eles destacam-se os testes sorolgicos (Elisa e reao de imunofluorescncia), e depuno da medula ssea para detectar a presena do parasita e de anticorpos.

    de extrema importncia estabelecer o diagnstico diferencial, porque os sintomas da leishmaniose visceral so muito parecidos com os damalria, esquistossomose, doena de Chagas, febre tifide, etc.

    Tratamento

    Ainda no foi desenvolvida uma vacina contra a leishmaniose visceral, que pode ser curada nos homens, mas no nos animais.Os antimoniais pentavalentes, por via endovenosa, so as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colateraisadversos.

    Em segundo lugar, est a anfotericina B, cujo inconveniente maior o alto preo do medicamento. Uma nova droga, a miltefosina, por via oral,tem-se mostrado eficaz no tratamento dessa molstia.

    A regresso dos sintomas sinal de que a doena foi pelo menos controlada, uma vez que pode recidivar at seis meses depois de terminado otratamento.

    Recomendaes

    * Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residncias, preferencialmente emlugares midos, mais escuros e com acmulo de material orgnico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer;

    * Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo;

    * Cuide bem da sade do seu co. Ele poder transformar-se num reservatrio domstico do parasita que ser transmitido para pessoas prximase outros animais no diretamente, mas por meio da picada do mosquito vetor da doena, quando ele se alimenta do sangue infectado de umhospedeiro e inocula a Leishmania em pessoas ou animais sadios que desenvolvem a doena;

    * Lembre-se de que os casos de leishmaniose so de comunicao compulsria ao servio oficial de sade.

    A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

    Leishmaniose visceral (Calazar) | Dr. Drauzio Varella http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/leishmaniose-viscera...

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