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E. Física Lesões no desporto Tânia Caseiro Novembro de 2008 Página 1 de 20 Escola Eb, 2,3/S Drª. Maria Judite Serrão Andrade Educação Física As lesões no desporto Trabalho elaborado por: Tânia Caseiro Nº16 11ºA O professor: Pedro neves Data: Novembro de 2008

Lesoes No Desporto

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E. Física Lesões no desporto Tânia Caseiro

Novembro de 2008

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Escola Eb, 2,3/S Drª. Maria Judite Serrão Andrade

Educação Física

As lesões no desporto

Trabalho elaborado por: Tânia Caseiro Nº16 11ºA

O professor: Pedro neves

Data: Novembro de 2008

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Índice

1 Introdução--------------------------------------pág.2

2- Lesões no desporto-------------------------------pág.3

3-causas das lesões musculares-----------------------pág5

4- Diagnostico de uma lesão muscular-----------------pág.9

5- Prevenção de lesões musculares--------------------pág.9

6-tratamento das lesões musculares------------------pág.11

7-curiosidade------------------------------------pág13

Conclusão---------------------------------------pág.16

Bibliografia-------------------------------------pág.20

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1.Introdução

Praticar desporto faz parte de um estilo de vida saudável, mas

existem alguns cuidados a ter para evitar lesões musculares e

articulares. Rupturas de ligamentos, luxações de articulações ou

simples entorses são algumas das lesões que podem atingir os

desportistas, independentemente de serem jogadores profissionais ou

apenas atletas de domingo. As lesões no desporto amador acontecem

muito por não haver cuidados com o aquecimento, uma alimentação

adequada ou a escolha certa do calçado. Na alta competição há todas

estas preocupações, mas depois acontecem lesões devido ao

overtraining, ou seja, o músculo ultrapassa o seu limite. Os membros

inferiores são os mais atingidos pelas lesões durante a prática de

desporto. Em relação às articulações, o joelho é a que mais sofre,

seguindo-se as lesões musculares.

A dor muscular que se sente após um exercício físico é uma dor

perfeitamente normal que vai passar com a regularidade do exercício.

É frequente quem não pratica exercício com regularidade ter muitas

dores musculares após 24 horas e ter também aquilo a que

vulgarmente chamamos cãibras.

Ilustração 1 lesão muscular cãibra

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2.Lesões no desporto

Sendo o corpo, e principalmente o sistema músculo-esquelético, o

objecto privilegiado de todos os desportos ou da actividade física,

pode ser sujeito a uma série de inconvenientes de ordem física. A

maioria das lesões desportivas são resultado de um traumatismo

"externo", de forças dinâmicas internas ou de um esforço de sobre

uso. Conhecer as suas causas e mecanismos será a melhor maneira de

as evitar e controlar.

Em alguns países, as lesões causadas pelo desporto são muito

frequentes. Os princípios da medicina desportiva podem aplicar-se ao

tratamento de muitas lesões musculo esqueléticas, que podem ser

semelhantes a uma lesão durante uma actividade desportiva, mas

devidas a uma causa diferente. Por exemplo, o cotovelo do tenista

pode ser devido à acção de carregar uma mala, de atarraxar ou de

abrir uma porta emperrada, e um joelho de corredor pode dever-se

à acção de rodar excessivamente o pé para dentro ao andar

(pronação).

2.1-Tipos de lesões e lesões mais frequentes no desporto

Existem dois tipos de lesões desportivas: as lesões crónicas e

agudas. As lesões agudas são aquelas que se manifestam

repentinamente durante o desporto ou exercício e podem

incluir uma torção no tornozelo ou nas costas, ou fracturas nas

mãos. Em contraste, as lesões crónicas ocorrem após a prática

prolongada de exercícios ou desportos.

Como sinais de uma lesão aguda podemos considerar os

seguintes:

Dor repentina e intensa;

Inchaço;

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Incapacidade de suportar peso sobre uma perna, joelho,

tornozelo, pé, braço, cotovelo, pulso, mão ou dedo muito

sensível;

Incapacidade de movimentar uma junta de forma normal;

Extremidades fracas;

Osso ou articulação visivelmente fora de lugar.

Por sua vez, os principais sinais de uma lesão crónica são os

seguintes:

Dor durante o jogo;

Dor durante o exercício;

Dor leve durante o repouso;

Inchaço

2.2-A cãibra (uma das lesões musculares mais habituais)

A cãibra já foi experimentada pela maior parte da população: é um

espasmo muscular (contracção involuntária) que ocorre por

contracção exagerada do músculo; acaba-se a energia e o músculo,

em vez de relaxar, contrai. Conhecem-se algumas causas que estão

relacionadas com as cãibras, como consequência de falhas do impulso

nervoso, fadiga muscular, falta de alongamento dos músculos antes

dos exercícios, circulação reduzida e deficiência em minerais,

normalmente o cálcio, o sódio e o potássio. Outros investigadores

acreditam que a deficiência electrolítica provocada pela carência

conjunta de magnésio, cálcio e potássio também pode ser um dos

factores que causam a cãibra.

Pedalar sem fazer antes um bom aquecimento ou tendo feito um

alongamento inadequado é prejudicial. Aconselha-se que o atleta em

dias de competição inicie o seu alongamento logo ao acordar. Em

competições como provas de ciclismo alguns atletas costumam ter

cãibras, mas continuam a prova mesmo com dor, para não

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perderem tempo. Normalmente esticam bem a perna no próprio

pedal, para tentar aliviar a dor, mas isso é um erro. Ao sentir

sintomas de cãibra, por mais importante que seja a prova, pense na

sua saúde antes do título, pois continuar, além de bastante doloroso,

só faz agravar a situação, podendo trazer problemas irrecuperáveis.

A região mais atingida pela cãibra costuma ser a barriga da perna,

vulgarmente designada por gémeos - gastrocnémios (este músculo e

o solear formam o tricípede sural, músculos que constituem a barriga

da perna), sendo muito comum em ciclistas, nadadores, jogadores de

futebol, corredores e em outros desportistas quem trabalhem muito

as pernas. No caso de ter cãibra, o procedimento mais indicado para

obter algum alívio imediato é contrair o músculo oposto ao que está a

doer. Se a cãibra for na barriga da perna, basta alongar os músculos

da parte da frente, esticando o pé para trás. Uma vez que a resposta

de cãibra tenha sido desencadeada, ela pode durar algum tempo.

3-Causas das lesões musculares

Uma lesão causada pelo desporto deve-se a métodos de treino

incorrectos, anomalias estruturais que forçam certas partes do corpo

mais do que outras e fraqueza dos músculos, tendões e ligamentos. O

desgaste crónico é a causa de muitas destas lesões, que são resultado

de movimentos repentinos que afectam tecidos susceptíveis.

3.1Métodos de treino incorrectos

A maior parte das lesões musculares e articulares devem-se a

métodos de treino incorrectos. A pessoa não permite uma

recuperação adequada ao fim de um período de treino, ou então

não interrompe o exercício quando aparece a dor.

Sempre que se forçam os músculos num treino intensivo, algumas

fibras musculares lesionam-se e outras consomem a energia

disponível que foi armazenada sob a forma de glicogénio. Exigem-

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se mais de dois dias para que as fibras sarem e para substituir o

glicogénio. Como só as fibras não lesionadas e adequadamente

alimentadas funcionam de modo apropriado, os períodos de treino

intensivo muito seguidos exigem, enfim, um trabalho comparável

por parte de uma menor quantidade de fibras sãs, aumentando a

probabilidade de lesões. Por conseguinte, podem prevenir-se as

lesões crónicas deixando um intervalo de pelo menos 2 dias entre

os períodos de treino intensivo, ou alternando os que forçam

diferentes partes do corpo.

Muitos programas de treino alternam um dia de treino intensivo

com um de repouso (como fazem muitos levantadores de pesos)

ou com um dia de treino ligeiro. No caso de um corredor, este

pode correr a um ritmo de 5 minutos/1,5 km um dia e a um

ritmo de 6 a 8 minutos/1,5 km no dia seguinte. Se um atleta

treinar duas vezes por dia, cada exercício intenso deve ser

seguido de pelo menos de 3 exercícios menos enérgicos. Só os

nadadores podem praticar todos os dias ambos os treinos, o

enérgico e o ligeiro, sem se lesionar. A força de ascensão da água

ajuda-os a proteger os seus músculos e articulações.

A dor que precede muitas lesões por desgaste apresenta-se pela

primeira vez quando um número limitado de fibras do músculo ou

do tendão começam a rasgar-se. Interromper o exercício ao

primeiro sinal de dor limita a lesão a essas fibras, dando como

resultado uma recuperação mais rápida. Continuar a fazer

exercício enquanto se sente dor provoca a laceração de uma maior

quantidade de fibras, estendendo a lesão e atrasando a

recuperação.

Ilustração 2 lesão desportiva

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3.2-Anomalias estruturais

As anomalias estruturais podem fazer com que uma pessoa seja

propensa a uma lesão desportiva pelo esforço desigual de várias

partes do corpo. Por exemplo, quando as pernas são desiguais em

comprimento, exerce-se uma força maior sobre a anca e o joelho da

perna mais comprida. Habitualmente, correr pelos lados de caminhos

com desníveis tem o mesmo efeito; pisar repetidamente com um pé a

superfície um pouco mais elevada aumenta o risco de dor ou lesão

nesse lado do corpo. A pessoa que tem uma curva exagerada da

coluna vertebral pode sentir dor de costas quando faz girar um taco

de basebol. Em geral, a dor desaparece quando se interrompe a

actividade, mas regressa sempre que se atinge a mesma intensidade

de exercício.

O factor biomecânico que causa a maioria das lesões do pé, da perna

e da anca é a pronação excessiva (uma rotação dos pés para dentro

depois de entrar em contacto com o solo). Um certo grau de

pronação é normal e evita as lesões, dado que ajuda a distribuir a

força por todo o pé.

Contudo, a pronação excessiva pode causar dor no pé, no joelho e na

perna. Em pessoas que têm uma pronação excessiva, os tornozelos são

tão flexíveis que o arco dos pés toca o solo enquanto caminham ou

correm, dando a aparência de pés chatos. Um corredor com

pronação excessiva pode sofrer dores dos joelhos quando corre longas

distâncias.

O problema contrário, a fraca pronação, pode ocorrer nas pessoas

que têm tornozelos rígidos. Nestas pessoas, o pé parece ter um arco

muito elevado e não absorve bem o impacto, aumentando o risco de

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produzir pequenas fendas nos ossos dos pés e das pernas (fracturas

por sobrecarga).

3.3-Debilidade de músculos, tendões e ligamentos

Os músculos, os tendões e os ligamentos rompem-se quando são

submetidos a esforços superiores à sua força intrínseca. Por exemplo,

podem lesionar-se se forem demasiado fracos ou rígidos para o

exercício que se está a tentar praticar. As articulações são mais

propensas às lesões quando os músculos e os ligamentos que as

sustentam são fracos, como acontece depois de uma entorse. Os ossos

enfraquecidos pela osteoporose podem fracturar-se facilmente.

Os exercícios de fortalecimento ajudam a prevenir as lesões. O

exercício regular não aumenta nem reforça a musculatura de forma

significativa. O único modo de fortalecer os músculos é exercitá-los

contra uma maior resistência de forma progressiva, como praticar

um desporto cada vez mais intenso, levantar pesos cada vez maiores,

ou usar máquinas especiais de fortalecimento. Os exercícios de

reabilitação para fortalecer os músculos e os tendões que já estão sãos

fazem-se, geralmente, levantando ou pressionando contra elementos

resistentes, em séries de 8 a 11 repetições, em dias alternados no

máximo.

Ilustração 3 prática do desporto

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4-Diagnóstico de uma lesão muscular

Para diagnosticar uma lesão desportiva ou outra lesão

musculoesquelética, o médico indaga sobre o local e o modo como se

deu a mesma e sobre o tipo de actividades, recreativas ou

ocupacionais que a pessoa desempenhou recentemente ou que

desempenha periodicamente. O médico examina também a zona

lesada. O doente pode ser remetido para um especialista para outros

exames. Os exames de diagnóstico podem incluir radiografias,

tomografia axial computadorizada (TAC), ressonância magnética

(RM), artroscopia (observação da articulação afectada através de um

pequeno instrumento introduzido na articulação), electromiografia e

um estudo, com a ajuda de um computador, da função muscular e

articular.

5-Prevenção de lesões musculares

O aquecimento antes de iniciar exercícios extenuantes ajuda à

prevenção das lesões. Exercitar-se com passo calmo durante 3 a 10

minutos aquece os músculos o suficiente para os tornar mais flexíveis

e resistentes às lesões. Este método activo de aquecimento prepara os

músculos para exercícios enérgicos com maior eficácia que os métodos

passivos como a água quente, as almofadas de calor, os ultra-sons ou

a lâmpada de raios infravermelhos. Os métodos passivos não

aumentam a circulação de sangue de modo significativo.

Ilustração 4 aquecimento desportivo

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Arrefecimento significa uma redução gradual da velocidade antes de

interromper o exercício e evita a tontura ao manter a circulação

sanguínea. Quando se interrompe bruscamente um exercício enérgico,

o sangue pode acumular-se nas veias das pernas (estagna), reduzindo

momentaneamente a irrigação cerebral. O resultado pode ser

tonturas e inclusive desfalecimento. O arrefecimento também ajuda a

eliminar os resíduos como o ácido láctico dos músculos, mas não

parece prevenir a dor muscular no dia seguinte, causada pela lesão

das fibras musculares.

Os exercícios de estiramento não parecem prevenir as lesões, mas

alongam os músculos de tal forma que se podem contrair mais

eficazmente e funcionar melhor. Para evitar lesões musculares

durante o estiramento, este deve ser realizado depois do aquecimento

ou do exercício. Cada estiramento deve ser suficientemente cómodo

para se conseguir contar até 10 ensaios.

As palmilhas para o calçado (ortopédicas) podem muitas vezes

corrigir os problemas do pé como a pronação. As palmilhas, que

podem ser flexíveis, semi-rígidas ou rígidas, e podem variar em

comprimento, devem ser colocadas dentro de sapatilhas de desporto

adequadas. As sapatilhas de desporto de boa qualidade têm um

calcanhar rígido (a parte posterior da sapatilha que cobre o

calcanhar) para controlar o movimento da face posterior do pé, um

suporte de um lado ao outro do peito do pé (guarnição), para

prevenir a pronação excessiva, e uma abertura acolchoada (colar),

para apoiar o tornozelo. O calçado deve ter o espaço adequado para

a palmilha. As palmilhas ortopédicas geralmente reduzem o tamanho

do calçado num número. Por exemplo, um sapato 38 com uma

palmilha ortopédica transforma-se em 37.

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6-Tratamento de lesões musculares

O tratamento imediato para quase todas as lesões do desporto

consiste em repouso, gelo, compressão e elevação. A parte lesada é

imediatamente imobilizada para minimizar a hemorragia interna e o

inchaço e para evitar que a lesão piore. A aplicação de gelo faz com

que os vasos sanguíneos se contraiam, ajudando a limitar a

inflamação e a reduzir a dor. Ligar a parte lesionada com fita

adesiva ou uma ligadura elástica (compressão) e colocá-la acima do

coração (elevação) ajuda a limitar o inchaço. Uma bolsa de gelo como

as que se encontram no comércio, ou uma bolsa de gelo triturado ou

picado, que se molda ao contorno do corpo melhor do que o gelo em

cubos, pode ser colocada numa toalha em cima da zona lesada

durante 10 minutos. Uma ligadura elástica pode envolver, sem

apertar, a bolsa de gelo e a zona lesada. A zona lesada deve manter-

se elevada, mas o gelo deve ser retirado durante 10 minutos, com

uma nova aplicação ao fim desse tempo durante outros 10 minutos e

assim sucessivamente durante uma ou duas horas. Este processo pode

repetir-se várias vezes durante as primeiras 24 horas.

O gelo acalma a dor e o inchaço de vários modos. A parte lesionada

incha porque o líquido sai dos vasos sanguíneos. A aplicação de frio

(que causa uma contracção dos vasos sanguíneos) reduz essa

tendência do líquido para sair; deste modo restringe-se a quantidade

de líquido e o inchaço da parte lesada. Diminuindo a temperatura da

pele sobre a lesão, pode-se reduzir a dor e os espasmos musculares. O

gelo também limita a destruição dos tecidos mediante a diminuição

da velocidade dos processos celulares.

Ilustração 5 tratamento de lesão desportiva

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Contudo, a aplicação demasiado prolongada de gelo pode lesar os

tecidos. A pele reage por reflexo quando atinge uma temperatura

baixa, dilatando os vasos sanguíneos da zona. A pele torna-se

avermelhada, aquece, causa ardor e pode doer. Estes efeitos

aparecem geralmente de 9 a 16 minutos depois de se ter aplicado o

gelo e diminuem em 4 a 8 minutos, depois de retirado o gelo.

Portanto, deve-se tirar o gelo quando se manifestarem esses efeitos

ou ao fim de 10 minutos de aplicação, mas pode-se repetir ao fim

de outros 10 minutos.

As injecções de corticosteróides na articulação lesionada ou nos

tecidos circundantes aliviam a dor, reduzem o edema e podem em

certas ocasiões ser uma ajuda adicional para o repouso. Contudo,

estas injecções podem atrasar o processo de cura, aumentando o

risco de lesão do tendão ou da cartilagem. A lesão pode piorar se a

pessoa usar a articulação lesada antes que esta sare.

Os fisioterapeutas podem aplicar calor, frio, electricidade, ultra-sons

ou estabelecer a prática de exercícios na água como parte de um

plano de reabilitação. Aconselha-se também o uso de palmilhas

especiais para o calçado ou outros acessórios ortopédicos. A duração

da terapia física depende do grau de gravidade e complexidade da

lesão.

A actividade ou o desporto que causou a lesão devem ser evitados até

à cura. A substituição por actividades que não forcem a zona

lesionada é preferível à abstenção de toda a actividade física, dado

que a inactividade completa causa a perda da massa muscular, da

força e da resistência. Por exemplo, uma semana de repouso requer

pelo menos duas semanas de exercício para voltar ao nível de estado

físico anterior à lesão. As actividades que podem substituir a habitual

incluem ciclismo, natação, esqui e remo, quando a parte inferior da

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perna ou do pé estão lesados; correr sem se mover do mesmo sítio ou

sobre um trampolim, natação e remo quando as lesões se localizam

na parte superior da perna; ciclismo e natação, quando são na zona

inferior das costas, e corrida, patinagem e esqui, quando são no

ombro ou no braço.

7-A título de curiosidade…

Visto que o aquecimento e o arrefecimento é uma das principais

formas de se evitar lesões, apresentaremos algumas das suas funções

ou objectvos.

O aquecimento possui diversos objectivos que podem ser expressos em

três rubricas:

- Prevenir lesões ao elevar a temperatura dos músculos em

actividade e aumentar a lubrificação articular,

Aumentar o rendimento; um músculo cuja temperatura diminui em

relação à normal, vê a sua contractilidade e o seu rendimento

diminuir,

Melhorar as prestações; o aquecimento permite o aumento da

velocidade de contracção do músculo, da potência desenvolvida e

muito simplesmente da capacidade de trabalho físico.

Ilustração 6 Alongamentos

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7.1Vantagens e efeitos do aquecimento sobre as grandes funções

7.1.2-Aspectos musculares

O aumento de temperatura local, no plano muscular, (passagem de

37 º a 38º centígrados) provoca uma diminuição da viscosidade

muscular (frottements no interior do músculo); os músculos, os

tendões e os ligamentos tornam-se mais estiráveis, o que proporciona

uma diminuição do risco de lesão.

Sabe-se que o aumento de temperatura permite melhorar a

capacidade de separação do oxigénio (O2) fixado pela Hemoglobina e

como tal o seu rendimento de utilização (cerca de 15% por grau

centígrado elevado). O músculo contrai-se mais rapidamente e com

mais força. Além disso, a capacidade de utilização de substâncias

energéticas e de oxigénio são incrementadas devido a um aumento

da irrigação sanguínea em direcção aos músculos envolvidos. Enfim, o

aquecimento permite aumentar a velocidade das reacções

enzimáticas.

7.1.2-Aspectos cardiovasculares

O aquecimento provoca uma adaptação cardiovascular mais rápida.

Permite um aumento do consumo máximo de oxigénio (VO2máx), da

frequência e do débito cardíaco, de débitos musculares locais e da

pressão arterial. Além disso, para uma mesma intensidade de

esforço, as concentrações de lactatos no sangue diminuem.

7.1.3-Efeitos biomecânicos

Através do aquecimento, a elasticidade articular dos ligamentos e dos

tendões melhora assim como também melhora, de uma forma

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notável, a lubrificação das articulações. Estas modificações, provocam

uma melhoria na fluidez e na eficácia do gesto prevenindo os

problemas articulares.

7.1.4-Efeitos neuro-musculares

Os influxos nervosos propagam-se muito mais rapidamente a uma

temperatura de 38,5º do que a 37º.Com efeito, pode-se observar

um abrandamento na velocidade de condução se arrefecermos a fibra

nervosa, o que modifica a velocidade de contracção muscular e a

velocidade de reacção do indivíduo, assim como os parâmetros

psíquicos propícios à prestação motora tais como a vigilância, a

atenção, a percepção, a concentração e a motivação

Ilustração 7 alongamento

Ilustração 8 quadro de alongamentos

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Conclusão

Muitas são as lesões que podemos encontrar no desporto. Existem

dois tipos de lesões desportivas: as lesões crónicas e agudas. As lesões

agudas são aquelas que se manifestam repentinamente durante o

desporto ou exercício e podem incluir uma torção no tornozelo ou nas

costas, ou fracturas nas mãos. Em contraste, as lesões crónicas

ocorrem após a prática prolongada de exercícios ou desportos.

As cãibras são uma das lesões mais frequentes.

São muitas as causas que poderão estar na origem de uma lesão

muscular, como por exemplo; métodos de treino incorrectos,

anomalias estruturais que forçam certas partes do corpo mais do que

outras e fraqueza dos músculos, tendões e ligamentos.

Para o tratamento de lesões pode-se proceder de várias formas.

Sempre que sentir dor, diminuição de força, instabilidade, tensão

muscular intensa, procure imediatamente um profissional de saúde

para avaliar o grau de gravidade da sua lesão, aconselhar e prestar

os primeiros cuidados. Os cuidados a ter nas primeiras 48 horas após

uma lesão (ruptura muscular ou ligamentar, entorse, traumatismo,

etc.) são determinantes para uma recuperação mais rápida e

eficiente.

Assim nas primeiras 48 horas após a lesão :

Deve Fazer

Repouso - Parar toda a actividade que provoque aumento de

dor ou outra sintomatologia.

Gelo - Aplicar na região lesada, durante 15 minutos , de 3 em

3 horas.

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Compressão - Comprimir a região lesada de modo a controlar

o edema e o derrame.

Elevação - Elevar a zona lesada de modo a facilitar a

circulação sanguínea de retorno.

Avaliação/Diagnóstico - Procure imediatamente um

profissional de saúde qualificado no despiste, tratamento e

aconselhamento destas situações.

Não Deve Fazer

Calor - Promove a vasodilatação, aumentando o derrame.

Álcool - Não deve beber bebidas alcoólicas porque o álcool é um

potente vasodilatador.

Massagem - Aumenta o edema e o derrame, sendo agressiva

para os tecidos em cicatrização.

Actividade - Solicitar demasiado cedo as estruturas pode

agravar a situação.

Para evitar lesões musculares o tipo de prevenção mais usual é a

elbaoração de um bom aquecimento e arrefecimento.

Deste modo para recuperar melhor do exercício e evitar lesões

musculares, siga alguns conselhos:

Se sentir algo errado pare imediatamente o exercício, tentando

moderar as suas actividades de modo a não exercitar

excessivamente os seus músculos.

Na cãibra muscular estique o membro afectado e tente relaxá-

lo. Após a cãibra, não comece novamente a correr, caminhe

devagar durante algum tempo.

A quinina é uma droga eficaz para reduzir as cãibras

musculares: funciona como relaxante muscular. Mas o seu

consumo em excesso pode causar fraqueza muscular.

Coma bananas. A banana aumenta os níveis de potássio, o que

ajuda a prevenir rupturas e cãibras musculares.

Tome um anti-inflamatório caso as dores se tornem intensas.

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Mantenha-se em movimento. Após o trauma muscular, no dia

seguinte, a última coisa que lhe apetece é movimentar-se, mas

deve fazê-lo. Estudos provaram que o exercício ligeiro ajuda a

recuperação.

Um dos melhores remédios para o músculo dorido é um bom

banho em água fria acompanhado de movimentos ligeiros. A

natação é um óptimo tónico para todos os músculos.

Beba muitos líquidos, principalmente água. Uma das causas das

cãibras musculares é a desidratação.

Exercícios de «aquecimento muscular». Sempre que fizer

exercício aqueça primeiro os músculos, nem que sejam tarefas

de esforço.

Aprenda os seus limites; cada um tem o seu próprio limite:

aprenda o seu e não volte a cair em excessos.

Perde-se no tempo o conselho à prática desportiva. Quer sejamos

velhos ou novos a actividade física deveria ser parte integrante do

nosso dia a dia.

Como forma alternativa à rotina, ao sedentarismo e ao stress, o

desporto de lazer ou de competição representa para todos nós a

busca de Prazer, Beleza e Saúde.

Ilustração 9 imagem ilustrativa á prática de desporto

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