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beatriz-fernandez
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Alguma letras para prepara o concerto de Uxia, Sérgio e João
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Carteiro em bicicleta João Afonso
Quando for grande vou ser quero ser um realejo ter um pedaço de terra fogo que salta ao braseiro dormir no fundo da serra quero ser um realejo
Carteiro em bicicleta leva recados de amor vem o sono com a música ao som do realejo
Quando for grande vou ser quero ser um realejo ter um burro viola e cão chamar a dança dos sapos correr com a bola na mão quero ser um realejo
Quando for grande vou ser quero ser um realejo colher amêndoa em telhados dar banana às andorinhas dobrar o cabo do mundo quero ser um realejo
Carteiro em bicicleta leva recados de amor vem o sono com a música ao som do realejo Quando for grande vou ser
quero ser um realejo ter um burro viola e cão chamar a dança dos sapos correr com a bola na mão quero ser um realejo
Carteiro em bicicleta leva recados de amor vem o sono com a música ao som do realejo
Aqui Em Baixo João Afonso
Aqui em baixo é tudo azul o arco-íris é azul e é azul a chuva quando molha a minha casa está no mar no fundo bem fundo, azul sem fronteiras a dividir corações
Aqui em baixo é tudo azul o meu lugar é azul em azul até dançam as areias só se vê estrelas no mar num silêncio todo azul e mais as bolhas de ar que nos rodeiam
Quando o riso tiver cor um reflexo de calor como pássaro liberto no teu quarto rio amarelo interior, ondas de sal e vapor fazem desenhos na água do teu parto
Aqui em baixo é tudo azul a lua veste de azul anémonas são nossas caricaturas E se a morte for azul E dormir no fundo mar onde os sonos nos confiam as lembranças.
Aqui em baixo é tudo azul o arco-íris é azul e é azul a chuva quando molha
Cheiro a Café João Afonso
Uma noite escrevi o teu nome num café a cafeteira adormece breve mesmo ao pé
O mar que passa pela vidraça senta-se à mesa cheira a café
Não me enjeites quando te escrevo o que à memória me vem contas contadas, contas da história que a ninguém devo, a ninguém
Já não vejo razão para calar as múrmures águas na areia sobre a praia a maré cheia enche toda antes de vazar
A noite dura para além da tarde cerveja com levedura vaga de espuma entre o meio dia calma a garganta que arde
O tesouro no ventre do mar não será para quem mareia como é bom dormir, acordar preguiçar em branca açoteia
O sentido que eu tive da vida num café o que foi certo para mim um dia já não o é
O mar que passa pela vidraça senta-se à mesa cheira a café
Cão vadio, cão sem raça pela rua a vaguear candeeiro de luz baça café moído a exalar
À noite os casais devassam os enigmas duma luz mansa os sonhos idos de criança como farrapos soltos que passam.
Entre Sodoma e Gomorra João Afonso
Entre Sodoma e Gomorra entrou na cama a barata a virginal favorita que às escondidas me mata
São horas de perder horas ou de minutos apenas entre Sodoma e Gomorra fui ver o mar a Atenas
Entre Sodoma e Gomorra entrou na cama a barata a virginal favorita que às escondidas me mata
Entre Sodoma e Gomorra somaras a minha vida barata minha barata não me deixes à deriva
Entre Sodoma e Gomorra entrou na cama a barata a virginal favorita que às escondidas me mata
São horas de perder horas ou de minutos apenas entre Sodoma e Gomorra fui ver o mar a Atenas
Grândola, Vila MorenaZeca Afonso
Grândola, vila morenaTerra da fraternidadeO povo é quem mais ordenaDentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidadeO povo é quem mais ordenaTerra da fraternidadeGrândola, vila morena
Em cada esquina um amigoEm cada rosto igualdadeGrândola, vila morenaTerra da fraternidade
Terra da fraternidadeGrândola, vila morenaEm cada rosto igualdadeO povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheiraQue já não sabia a idadeJurei ter por companheiraGrândola a tua vontade
Grândola a tua vontadeJurei ter por companheiraÀ sombra duma azinheiraQue já não sabia a idade
Filhos da Madrugada Zeca Afonso
Somos filhos da madrugadaPelas praias do mar nos vamosÀ procura de quem nos tragaVerde oliva de flor nos ramosNavegamos de vaga em vagaNão soubemos de dor nem mágoaPelas praia do mar nos vamosÀ procura da manhã clara
Lá do cimo de uma montanhaAcendemos uma fogueiraPara não se apagar a chamaQue dá vida na noite inteiraMensageira pomba chamadaCompanheira da madrugadaQuando a noite vier que venhaLá do cimo de uma montanha
Onde o vento cortou amarrasLargaremos p'la noite foraOnde há sempre uma boa estrelaNoite e dia ao romper da auroraVira a proa minha galeraQue a vitória já não esperaFresca, brisa, moira encantadaVira a proa da minha barca.
Utopia
José Afonso
CidadeSem muros nem ameiasGente igual por dentroGente igual por foraOnde a folha da palmaafaga a cantariaCidade do homemNão do lobo, mas irmãoCapital da alegria
Braço que dormesnos braços do rioToma o fruto da terraÉ teu a ti o deveslança o teu desafio
Homem que olhas nos olhosque não negaso sorriso, a palavra forte e justaHomem para quemo nada disto custaSerá que existelá para os lados do orienteEste rio, este rumo, esta gaivotaQue outro fumo deverei seguirna minha rota?
Alalá de Mariñas (tradicional)Uxía Senlle
Teño unha casiña branca na Mariña entre loureiros,teño amores, teño barcase estou vivindo no ceo.
Ailalelo, ailalalo..
E adiós á miña casiña, portelo do meu quinteiro,auga da miña fontiña, sombra do meu laranxeiro
Ailalelo ailalalo..
Xente da festa (tradicional)Uxía Senlle
Por ese que entrou no bailePor ese que entrou agoraPor ese que entrou no baileCantarei a noite toda
Baila así, baila así, ai morenaBaila que non hai pó nin areaNon hai pó nin area nin nadaBaila así miña nena dourada
Se o mar tivera varandasÍate ver ao BrasilMáis como o mar non as tenMeu amor por onde hei d´ir
Baila así, baila así, ai morenaBaila que non hai pó nin areaNon hai pó nin area nin nadaBaila así miña nena dourada
Vou a dar a despedidaPor riba dun pau de xestaAquí está a boa xenteAquí está a xente da festa
Verde gaio (tradicional)Uxia Senlle
Non te namores meniñaDo canto do verde gaioPorque rouba as alegríasDos olhos dos namorados
Nao cantes o verde gaioQue tu nao sabes cantarTem um requebro no meioNem todos o saben dar
Olha o verde gaio, olhe o zás traz trazQueira meu amor que a vida me trazOlha o verde gaio, olha o zus truz truzO meu verde gaio, foi u quem o pus
Vai tu, vai tu, vai ela, vai tu para casa dela vai tu, vai tu, vai ela, vai tu para casa vaiVai tu, vai tu, vai ela, vai tu para casa dela vai tu, vai tu, vai ela, vai tu para casa vai
É do meu gosto, é da minha opinião
É da madeira máis fina da raiz do coraçãoÉ do meu gosto, é da minha opiniãoÉ da madeira máis fina da raiz do coração
Vai tu, vai tu, vai ela, vai tu para casa dela vai tu, vai tu, vai ela, vai tu para casa vaiVai tu, vai tu, vai ela, vai tu para casa dela vai tu, vai tu, vai ela, vai tu para casa vai
Menino do bairro negro (José Afonso)
Olha o sol que vai nascendo Anda ver o marOs meninos vão correndoVer o sol chegar
Menino sem condiçãoIrmão de todos os nusTira os olhos do chãoVem ver a luz
Menino do mal trajarUm novo dia lá vemSó quem souber cantarVira também
Negro bairro negroBairro negroOnde não há pãoNão há sossego
Menino pobre o teu larQueira ou não queira o papãoHá-de um dia cantarEsta canção
Olha o sol que vai nascendoAnda ver o marOs meninos vão correndoVer o sol chegar
Se até da gosto cantarSe toda a terra sorriQuem te não há-de amarMenino a ti
Se não é fúria a razãoSe toda a gente quiserUm dia hás-de aprenderHaja o que houver
Negro bairro negroBairro negroOnde não há pãoNão há sossego
Menino pobre o teu larQueira ou não queira o papãoHá-de um dia cantarEsta canção
Cantar galego (Achégate a min, Maruxa)letra popular galega, música José Afonso)
Achégate a mim, Maruxachégate ben, moreniñaquérome casar contigoserás miña mulleriña
Adeus, estrela brilantecompañeiriña da luamoitas caras teño vistomais como a tua ningunha
Adeus lubeiriña tristede espaldas te vou mirandonon sei que me queda dentroque me despido chorando
Son brasilego, Sérgio Tannus
Me preguntaram se sou brasileiroEu respondi que depende, a verEu xa colhín um xeitinho galegoque, junto ao brasileiro,fez minha forma de ser.
Somos irmáns e case almas xémeas,somos dous troncos da mesma raízSon dous sotaques, a mesma sementefeijoada bem quente, temperada com X
Son brasilego!!!manga e pexegosou fruto cem por cento de uma nova raza de genteque chegou para viver
Toquei chorinho, baião e muinheiraGaliza inteira virou meu paísum alalá de alma brasileiratodo o dia me beiracomo uma meiga que diz:
-Pediste um beijo e te deram um bico-A tua nota em bilhete virou-Com dous países son muito mais ricodiga ao povo que fico, declarado o que sou
Son brasilego...
Quem disse? Sérgio Tannus
Quem disse que o amor é belo?Quem disse que o amor é simples?Quem disse que seria ƒácil ?Quem disse que não vale a pena?
Quem disse que o amor é lógica?Quem disse que o amor é plano?Quem disse que não é um engano?Quem disse que não vale a pena.?
Corações desencontradosCorações descompassadosCorações entrelaçadosCorações apaixonados
Rio que roça a margem virgemOndas que deitam na areiaChuva que afoga o som das cidadesTrovão ressoa no céu dos aflitosMr calmo onde aesperança navegaCéu azul abraçando as estrelasLua cheia pelas águasCalor solar que nso emana alegria
Qum disse que o amor é triste?Quem disse que ele não existe?Quem disse que disse, quem disse que disse?Quem disse que disse?Que ele não existe?
Choro alegre, Sérgio Tannus com Uxía
Não quero um choro tão tristonho e amarguradoCom lembranças do passado e vivendo de ilusãoPois essa vida é um mar não navegadoOndas feitas no acaso para levar meu coração
Prefiro um choro com perfume de outras floresQue me faz morrer de amoresQue me traz toda emoçãoQuero viver todos os dias ao teu ladoQuero ser seu bem amadoDedicar-lhe esta canção
Pois nossas vidas se encontraram no presenteDe um passado tão ausente onde eu fui te buscarMas o destino de meu Deus não posso explicarVocê se foi e eu não consigo nem chorar
O amor não teve início e nem final ele teráVocê é o meu amor e o meu parO amor não teve início e nem fim ele teráVocê é o meu amor e o meu par
Vem bem... pros campos caminharVamos... o céu pode esperar
O amor não teve início...