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LIBRAS Produzido por Valéria Camerlengo (47) 3054-4474

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LIBRAS

Professora de Inclusão/ Interprete de Libras

Valeria Camerlengo

Produzido por Valéria Camerlengo

(47) 3054-4474

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HISTÓRIA DE EDUCAÇÃO DE SURDOS

IDADE ANTIGA Escrita a 476 d.C.

Bíblia: Algumas pessoas trouxeram um homem um homem que era

surdo e quase não podia falar e pediram a Jesus que pusesse a mão sobre ele. Jesus o tirou do meio da multidão e pôs os dedos nos ouvidos dele. Em seguida cuspiu colocou um pouco da saliva na língua do homem. Depois olhou para o céu, deu um suspiro profundo e disse ao homem:

- “É fata!” (Isto quer dizer: “Abra-se!”). E Naquele momento os ouvidos do homem se abriram a sua língua se

soltou, e ele começou a falar sem dificuldade. Jesus ordenou a todos que não contassem para ninguém o que tinha acontecido; porém, quanto mais ele ordenava, mais eles falavam do que havia acontecido. E todas as pessoas que ouviam ficavam muito admiradas e diziam:

- Tudo o que faz ele faz bem: ele até mesmo faz com que os surdos ouçam e os mudos falem! (MARCOS 7: 31-37)

Na Roma não perdoavam os surdos porque achavam que eram pessoas castigadas ou

enfeitiçadas, a questão era resolvida por abandono ou com a eliminação física – jogavam os surdos em rio Tiger. Só se salvaram aqueles que do rio conseguiam sobreviver ou aqueles cujos pais os escondiam, mas era muito raro – e também faziam os surdos de escravos obrigando-os a passar toda a vida dentro do moinho de trigo empurrando a manivela.

Na Grécia, os surdos eram considerados inválidos e muito incômodos para a sociedade, por

isto eram condenados á morte – lançados abaixo do topo de rochedos de taygéte, nas águas de Barathere – e os sobreviventes viviam miseravelmente como escravos ou abandonados só.

Para Egito e Pérsia, os surdos eram considerados como criaturas privilegiadas, enviados dos

deuses, porque acreditavam que eles comunicavam em segredo com os deuses. Havia um forte sentimento humanitário e respeito, protegiam e tributavam aos surdos a adoração, no entanto, os surdos tinham vida inativa e não eram educados.

500 a.C. O filósofo Hipócrates associou a clareza da palavra com a mobilidade da língua,

mas nada falou sobre a audição.

470 a.C. O filósofo Heródoto classificava os surdos como “seres castigados pelos deuses”. O filósofo grego Sócrates perguntou ao seu discípulo Hermógenes: “suponha

que nós não tenhamos voz ou língua, e queiramos indicar objetos um ao outro. Não deveríamos nós, como os surdos-mudos, fazer sinais com as mãos, a cabeça e o rosto do corpo?” Hermógenes respondeu: “como poderia ser de oura maneira, Sócrates?”

(Cratylus de Plato, discípulo e cronista, 368 a.C.).

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355 a.C. O filósofo Aristóteles (384 – 322 a.C.) acreditava que quando não se falavam

consequentemente não possuíam linguagem tampouco pensamento, dizia que: “... de

todas as sensações, é a audição que contribuiu mais para a inteligência e o conhecimento ..., portanto, os nascidos surdo-mudo se tornam insensatos e naturalmente incapazes de razão”, ele achava absurdo a intenção de ensinar o surdo a falar.

IDADE MÉDIA 476 - 1453

Não davam tratamento digno aos surdos, colocava-os em imensa fogueira. Os surdos eram

sujeitos estranhos e objetos de curiosidades da sociedade. Aos surdos eram proibido receberem a comunhão porque eram incapazes de confessar seus

pecados, também haviam decretos bíblicos contra o casamento de duas pessoas surdas só sendo permitido aqueles que recebiam favor do Papa.

Também existiam leis que proibiam os surdos de receberem heranças, de votar e enfim, de

todos os direitos como cidadãos.

530

Os monges beneditinos, na Itália empregavam uma forma de sinais para comunicar entre eles, a fim de não violar rígido votos de silêncio.

IDADE MODERNA 1453 – 1789

1500

Girolamo Cardano (1501-1576) era médico filósofo que reconhecia a habilidade

do surdo para a razão, afirmava que “... a surdez e mudez não é o impedimento para

desenvolver a aprendizagem e o meio melhor dos surdos de aprender é através da escrita... e que era um crime não instruir um surdo-mudo.” Ele utilizava a língua de sinais

e escrita com os surdos.

O monge beneditino Pedro Ponce de Leon (1510-1584), na Espanha, estabeleceu a primeira escola para surdos em um monastério de Valladolid, inicialmente ensinava latim, grego e italiano, conceitos de física e astronomia aos dois irmãos surdos, Francisco e Pedro Velasco, membros de uma importante família

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de aristocratas espanhóis; Francisco conquistou o direito de receber a herança como marquês de Berlanger e Pedro se tornou padre com a permissão do Papa. Ponce de Leon usava como metodologia dactilologia, escrita e oralização.

Mais tarde ele criou escola para professores de surdos. Porém ele não publicou nada em sua vida e depois de sua morte o seu método caiu no esquecimento porque a tradição na época era de guardar segredos sobre os métodos de educação de surdos.

Nesta época, só os surdos que conseguiam falar tinham direito à herança.

Fray de Melchor Yebra, de Madrid, escreveu livro chamado “Refugium

Infirmorum”, que descreve e ilustra o alfabeto manual da época 1613. Na Espanha, Juan Pablo Bonet (1579-1623) iniciou a educação com

outro membro surdo da família Velasco, Dom Luís, através de sinais, treinamento da fala e o uso de alfabeto dactilologia, teve tanto sucesso que foi nomeado pelo rei Henrique IV como “Marquês de Frenzo”.

O Juan Pablo Bonet publicou o primeiro livro sobre a educação de surdos em que expunha o seu método oral, “Reducción de las letras y arte para ensinar a hablar a

los mudos” no ano de 1620 em Madrid Espanha. Bonet defendia também o ensino

precoce de alfabeto manual aos surdos.

1644

John Bulwer (1614-1684) publicou “Chirologia e Natural Language of the Hand”,

onde preconiza a utilização de alfabeto manual, língua de sinais e leitura labial, ideia defendida pelo George Dalgarno anos mais tarde.

John Bulwer acreditava que a língua de sinais era universal e seus elementos constituídos icônicos.

1648

John Bulwer publicou “Philocopus”, onde afirmava que a língua de sinais era capaz de

expressar os mesmos conceitos que a língua oral.

1700

Johan Conrad Ammon (1669 – 1724), médico suiço desenvolveu e publicou método pedagógico da fala e da leitura labial: “surdus laquens”.

1741

Jacob Rodrigues Pereire (1715-1780) foi provavelmente o primeiro

professor de surdos na França, oralizou a sua irmã surda e utilizou o ensino de fala e de exercícios auditivos com os surdos. A Academia Francesa de Ciências reconheceu o grande progresso alcançado por Pereire: “Não tem nenhuma

dificuldade em admitir que a arte de leitura labial com suas reconhecidas limitações, (...) será de grande utilidade para os outros surdos-mudos da mesma classe, (...) assim como o alfabeto manual que o Pereira utiliza”.

1755

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Samuel Heinicke (1729-1790) o “Pai do Método Alemão” – Oralismo puro – iniciou as

bases da filosofia oralista, onde um grande valor era atribuído somente à fala, em Alemanha. Samuel Heinicke publicou uma obra “Observações sobre os Mudos e sobre a Palavra”. Em ano de

1778 o Samuel Heinicke fundou a primeira escola de oralismo puro em Leipzig, inicialmente a sua escola tinha 9 alunos surdos. Em carta escrita à L’Epée, o Heinicke narra: “meus alunos são

ensinados por meio de um processo fácil e lento de fala em sua língua pátria e língua estrangeira através da voz clara e com distintas entonações para a habitações e compreensão.

Uma pessoa muito conhecida na história de educação dos surdos, o abade

Charles Michel de L’Epée (1712-1789) conheceu duas irmãs gêmeas surdas que se comunicavam através de gestos, iniciou e manteve contato com os surdos carentes e humildes que perambulavam pela cidade de Paris, procurando aprender seu meio de comunicação e levar a efeito os primeiros estudos sérios sobre a língua de sinais. Procurou instruir os surdos em sua própria casa, com as combinações de língua de sinais e gramática francesa sinalizada denominada de “Sinais metódicos”. L’Epée

recebeu muita crítica pelo seu trabalho, principalmente dos educadores oralistas, entre eles, o Samuel Heinicke. Todo o trabalho de abade L’Epée com os surdos

dependia dos recursos financeiros das famílias dos surdos e das ajudas de caridades da sociedade. Abade Charles Michel de L’Epée fundou a primeira escola pública

para os surdos “Instituto para Jovens Surdos e Mudos de Paris” e treinou inúmeros professores para

Surdos. O abade Charles Michel de L’Epée publicou sobre o ensino dos surdos e mudos por meio

de sinais metódicos: “A verdadeira maneira de instruir os surdos-mudos”, o abade colocou as

regras sintáticas e também o alfabeto manual inventado pelo Pablo Bonnet e esta obra foi mais tarde completada com a teoria pelo abade Roch-Ambroise Sicard.

1760

Thomas Braidwood abre a primeira escola para surdos na Inglaterra, ele ensinava

aos surdos os significados das palavras e sua pronúncia, valorizando a leitura orofacial.

IDADE CONTEMPORÂNEA 1789 até os nossos dias

1789

Abade Charles Michel de L’Epée morre. Na ocasião de sua morte, ele já tinha fundado 21

escolas para surdos na França e na Europa.

1802 Jean marc Itard, Estados Unidos, afirmava que o surdo podia ser treinado para

ouvir palavras, ele foi o responsável pelo clássico trabalho com Victor, o “garoto

selvagem” (o menino que foi encontrado vivendo junto com os lobos na floresta de

Aveyron, no sul da França), considerando o comportamento semelhante à um animal por falta de socialização e educação, apesar de não ter obtido sucesso com o “selvagem” na relação à

língua francesa, mas influenciou na educação especial com o seu programa de adaptação do ambiente; afirmava que o ensino de língua de sinais implicava o estímulo de percepção de memória, de atenção e dos sentidos.

1814

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Em Hartford, nos Estados unidos, o reverendo Thomas Hopkins Gallaudet (1787-1851) observava as crianças brincando no seu jardim quando percebeu que uma menina, Alice Gogswell, não participava das brincadeiras por ser surda e era rejeitada das demais crianças. Gallaudet ficou profundamente tocado pelo mutismo da Alice e pelo fato de ela não ter

uma escola para frequentar, pois na época não havia nenhuma escola de surdos nos Estados Unidos. Gallaudet tentou ensinar-lhe pessoalmente e juntamente com o pai da menina, o Dr. Masson Fitch Gogswell, pensou na possibilidade de criar uma escola para surdos.

O americano Thomas Hopkins Gallaudet parte à Europa para buscar métodos de ensino aos surdos. Na Inglaterra, o Gallaudet foi conhecer o trabalho realizado por Braidwood, em escola “Watson’s Asylum” (uma escola onde os métodos eram secretos, caros e ciumentamente guardados) que usava a língua oral na educação dos surdos, porém foi impedido e recusaram-lhe a expor a metodologia, não tendo outra opção o Gallaudet partiu para a França onde foi bem acolhido e impressionou-se com o método de língua de sinais usado pelo abade Sicard.

Thomas Hopkins Gallaudet volta à América trazendo o professor surdo Laurent Clerc,

melhor aluno do “Instituto Nacional para Surdos Mudos”, de Paris. Durante a travessia de 52 dias

na viagem de volta ao Estados Unidos, Clerc ensinou a língua d sinais para Gallaudet que por sua vez lhe ensinou o inglês.

Thomas H. Gallaudet, junto com Clerc fundou em Hartford, 15 de abril, a primeira escola

permanente para surdos nos Estados Unidos, “Asilo de Connecticut para Educação e Ensino de

pessoas Surdas e Mudas”. Com o sucesso imediato da escola levou à abertura de outras escolas de

surdos pelos Estados Undisos, quase todos os professores de surdos já eram usuários fluentes em língua de sinais e muitos eram surdos também.

1846

Alexander Melville Bell, professor de surdos, o pai do célebre inventor de telefone

Alexander Graham Bell, inventou um código de símbolos chamado “Fala visível” ou

“Linguagem visível”, sistema que utilizava desenhos dos lábios, garganta, língua, dentes e

palato, para que os surdos repitam os movimentos e os sons indicados pelo professor.

1855 Eduardo Huet, professor surdo com experiência de mestrado e cursos em Paris, chega ao Brasil sob beneplácido do imperador D. Pedro II, com a intenção de abrir uma escola para pessoas surdas.

1857

Foi fundada a primeira escola para surdos no Rio de Janeiro – Brasil, o “Imperial Instituto dos Surdos Mudos”, hoje, “Instituto Nacional de Educação de Surdos”– INES, criada pela Lei nº 939 (ou 839?) no dia 26 de setembro. Foi nesta escola que surgiu da mistura da língua de sinais francesa com os sistemas já usados pelos surdos de várias regiões do Brasil, a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Dezembro do mesmo ano, o Eduardo Huet apresentou ao grupo de pessoas na presença do imperador D. Pedro II os resultados de seu trabalho causando boa impressão.

1861

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Ernest Huet foi embora do Brasil devido aos seus problemas pessoais, para lecionar aos

surdos no México, neste período o INES ficou sendo dirigido por Frei do Carmo que logo abandonou o cargo alegando: “Não aguento as confusões” e com isto foi substituído por Ernesto do

Prado Seixa.

1862

Foi contratado para cargo de diretor do INES, Rio de Janeiro, o Dr. Manoel Magalhães Couto, que não tinha experiência de educação com os surdos.

1864

Foi fundada a primeira universidade nacional para surdos “Universidade Gallaudet” em Washington – Estados Unidos, um sonho de Thomas Hopkins Gallaudet realizado pelo filho do mesmo, Edward Miner Gallaudet (1837-1917).

1867

Alexander Graham Bell (1847-1922), nos Estados Unidos, dedicou-se aos estudos sobre acústica e fonética.

1868

Após a inspeção governamental, o INES foi considerado um asilo de surdos, então o Dr.

Manoel Magalhães foi demitido e o Sr. Tobias Leite assumiu a direção. Entre os anos 1870 e 1890, o Alexander Graham Bell publicou vários artigos criticando

casamentos entre pessoas surdas, a cultura surda e as escolas residenciais para surdos, alegando que são os fatores o isolamento dos surdos com a sociedade. Ele era contra a língua de sinais argumentando que a mesma não propiciava o desenvolvimento intelectual dos surdos.

1872

Alexander Graham Bell abriu sua própria escola para treinar os professores de surdos em Boston, publicou livreto com método “O pioneiro da fala visível”, a continuação do trabalho do pai.

1873

Alexander Graham Bell deu aulas de fisiologia da voz para surdos na Universidader de

Boston. Lá ele conheceu a surda Mabel Gardiner Hubbard com quem se casou no ano 1877.

1875

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Um ex-aluno do INES, Flausino José da Gama, aos 18 anos, publicou “Iconografia dos

Signaes dos Surdos Mudos”, o primeiro dicionário de língua de sinais no Brasil.

1880

Realizou-se Congresso Internacional de Surdo-Mudez, em Milão – Itália, onde o método

oral foi votado o mais adequado a ser adotado pelas escolas de surdos e a língua de sinais foi proibida oficialmente alegando que a mesma destruía a capacidade da fala dos surdos, argumentando que os surdos são “preguiçosos” para falar, preferindo a usar a língua de sinais. O

Alexander Graham Bell teve grande influência neste congresso. Este congresso foi organizado, patrocinado e conduzido por muitos especialistas ouvintes na área de surdez, todos defensores do oralismo puro (a maioria já havia empenhado muito antes de congresso em fazer prevalecer o método oral puro no ensino dos surdos). Na ocasião de votação na assembleia geral realizada no congresso todos os professores surdos foram negados o direito de votar e excluídos, dos 164 representantes presentes ouvintes, apenas 5 dos Estados Unidos votaram contra o oralismo puro.

Nasce a Hellen Keller em Alabama, Estados Unidos. Ela ficou cega, surda e muda

aos 2 anos de idade. Aos 7 anos foi confiada a professora Anne Mansfield Sullivan, que lhe ensinou o alfabeto manual tatil (método empregado pelos surdos-cegos). Hellen Keller obteve graus universitários e publicou trabalhos autobiográficos.

1932

O escultor surdo, Antônio Pitanga, pernambucano, formado pela escola de Belas

Artes, foi vencedor dos prêmios: Medalha de prata (escultura Menino sorrindo), Medalha de ouro (Escultura Ícaro) e o prêmio viagem à Europa (com a escultura Paraguassú).

1951

Um surdo, Vicente de Paulo Penido Burnier foi ordenado como padre no dia 22 de

setembro. Ele esperou durante 3 anos uma liberação do Papa da Lei Direito Canônico que na época proibia surdo de se tornar padre.

1957

Por decreto imperial, Lei nº 3.198, de 6 de julho, o “Imperial Instituto dos

Surdos-Mudos” passou a chamarse “Instituto Nacional de Educação dos Surdos” – INES. Nesta época a Ana Rímola de Faria Daoria assumiu a direção do INES com a assessoria da professora Alpia Couto, proibiram a língua de sinais oficialmente nas salas de aula, mesmo com a proibição os alunos surdos continuaram usar a língua de sinais nos corredores e nos pátios da escola.

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1960

Willian Stokoe publicou “Language Structure: na Outline of the Visual Communication

System of the American Deaf” afirmando que ASL é uma língua com todas as características da

língua oral. Esta publicação foi uma semente de todas as pesquisas que floresceram em Estados Unidos e na Europa.

1961

O surdo brasileiro Jorge Sérgio L. Guimarães publicou no Rio de Janeiro o livro “Até onde

vai o Surdo”, onde narra suas experiências de pessoa surda em forma de crônicas.

1969

A Universidade Gallaudet adotou a Comunicação Total. O padre americano Eugênio Oates publicou no Brasil “Linguagem das Mãos”, que

contém 1258 sinais fotografados.

1977

Foi criada a FENEIDA (Federação Nacional de Educação e Integração dos Deficientes Auditivos) composta apenas por pessoas ouvintes envolvidas com a problemática da surdez.

Foi lançado o livro de poemas: “Ansia de amar” do surdo Jorge Sérgio Gimarães, após a

morte do mesmo.

1986

Estreou o filme “Filhos do Silêncio”, na qual pela primeira vez uma atriz surda, a

Marlee Martin, conquistou o Oscar de melhor atriz em Estados Unidos.

1987

Foi fundado a FENEIS– Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, no Rio de Janeiro – Brasil, sendo que a mesma foi reestruturada da antiga ex- FENEIDA.

A FENEIS conquistou a sua sede própria no dia 8 de janeiro de 1993, Rio de Janeiro –

Brasil.

1994

Foi fundada a CBDS, Confederação Brasileira de desportos de Surdos, em São Paulo- Brasil.

1997

Closed Caption (acesso à exibição de legenda na televisão) foi iniciado pela primeira vez no Brasil, na emissora Rede Globo, o Jornal Nacional, em mês de setembro.

1999

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Foi lançada a primeira revista da FENEIS, com capa ilustrativa do desenhista surdo

Silas Queirós.

2002 Formação de agentes multiplicadores Libras em Contexto em MEC/Feneis.

2006

Iniciou Letras/libras com 9 polos. BIBLIOGRAFIA: Letras/Libras Disciplina: História de Educação de Surdos Doutora Karin Stroebel UFSC – 2006

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CULTURA SURDA

São hábitos, piadas, costumes, histórias que a comunidade surda compartilha e transmite ás gerações seguintes. Ela é construída no contato do surdo com outros surdos, nas suas associações, teatro, encontros, e clubes, pelo uso do intérprete de Língua de Sinais e pela tecnologia adaptada aos surdos.

Os surdos têm sua cultura expressa através de símbolos, basicamente visuais, cuja maior

representação é a língua de sinais.

LÍNGUA DE SINAIS A Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS é uma língua completa, não é mímica nem apenas

gestos. É captada pela visão e produzida pelos movimentos do corpo, especialmente as mãos. A LIBRAS é constituída por todos os componentes pertinentes às línguas orais, como:

gramática, semântica, pragmática e outros elementos, preenchendo assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumental linguístico de poder e força.

Sendo a língua que surgiu nas comunidades surdas é a que mais se adapta à expressão do

surdo. Não se deve dizer linguagem de sinais porque a LIBRAS é comparável a qualquer idioma do

mundo.

Oficialização da LIBRAS: - LEI FEDERAL Nº 10.436 – 24 DE ABRIL DE 2002 - LEI ESTADUAL Nº11.869 - 06 DE SETEMBRO DE 2001 Florianópolis-SC Reconhece oficialmente, no estado de Santa Catarina, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira De Sinais – Libras- e outros recursos de expressão a ela associados, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente.

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DIA DO SURDO

A data nacional dos surdos é dia 26 de setembro, sendo homenagem à inauguração da

primeira escola de surdos do país, o INES (Instituto Nacional de Educação Surdo), no Rio de Janeiro, mas durante todo o mês de setembro a comunidade surda mobiliza-se organizando festas, manifestações, passeatas e outros eventos.

O QUE SÃO SURDOS São aquelas pessoas que utilizam a comunicação espacial-visual como principal meio de

conhecer o mundo em substituição à audição e à fala. A maioria das pessoas surdas, no contato com outros surdos, desenvolve a Língua de Sinais.

Já outros, por viverem isolados ou em locais onde não exista uma comunidade surda, apenas se comunicam por gestos. Existem surdos que por imposição familiar ou opção pessoal preferem utilizara língua oral (falada). Deficiência Auditiva: Termo técnico usado na área da saúde e, algumas vezes, em textos legais. Refere-se a uma perda sensorial auditiva. Não designa o grupo cultural dos surdos.

Surdo-Mudo: Provavelmente a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao surdo, e infelizmente ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação, principalmente televisão, jornais e rádio.

Mudinho: Sendo a mudez uma impossibilidade de falar ou problema ligado à emissão da voz (órgão fono articulatório: língua, pregas vocais, laringe, pulmões, etc.), chamá-los de mudinhos é uma dupla agressão. Primeiro por tratá-los corno coitadinhos e segundo por lhes atribuir algo que não são.

GRAUS DE PERDA AUDITIVA 1- Perda Auditiva Leve: A incapacidade de ouvir sons abaixo de 30 decibéis. Discursos podem ser de difícil Audição especialmente se estiverem presentes ruídos de fundo.

2- Perda Auditiva Moderada: A incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 50 decibéis. Aparelho ou prótese auditiva pode ser necessário.

3- Perda Auditiva Severa: A incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 80 decibéis. Próteses auditivas são úteis em alguns casos, mas são insuficientes em outros. Alguns indivíduos com perda auditiva severa se comunicam principalmente através de linguagem gestual, outros contam com uso das técnicas de leitura labial.

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4-Perda Auditiva Profunda: A ausência da capacidade de ouvir, ou a incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 95 decibéis. Tal como aqueles com perda auditiva severa, alguns indivíduos com perda auditiva profunda se comunicam principalmente através de linguagem gestual, outros com uso das técnicas de leitura labial.

CLASSIFICAÇÕES DA PERDA DE AUDIÇÃO Surdez por perda Condutiva é o resultado de dano ou bloqueio das partes móveis do ouvido. Os ossos saudáveis de uma orelha interna, os ossículos: martelo, bigorna e estribo vibrão em resposta a sons. Certas doenças ou lesões podem levar á incapacidade destes ossos vibrarem adequadamente, impedindo a detecção das informações sonoras.

Surdez do nervo (Surdez Da Cóclea ou do Nervo Auditivo) ocorre quando o nervo auditivo está danificado, impedindo assim a obtenção de informações auditivas para o cérebro. Os ossos do ouvido interno podem vibrar corretamente mas os nervos são incapazes de transmitir essa informação adequada mente para o cérebro.

Som alto - perda auditiva é como o próprio nome indica a perda da capacidade de ouvir tons altos. Uma das mais importantes consequências sociais é que vozes femininas são mais difíceis de compreender.

Som baixo - perda auditiva é a incapacidade de ouvir tons baixos. Vozes masculinas são difíceis de ouvir e entender.

Surdo e Cego é a condição onde ocorrem ambos as condições para os surdos e cegos. Os

indivíduos que são surdos-cegos muitas vezes se comunicam com a linguagem gestual, mas devem ser capazes de perceber os sinais que a outra pessoa está fazendo, essencialmente através da exploração das mãos enquanto a outra pessoa conversar. Ao acessar o conteúdo da web, eles geralmente utilizam Browser em Braille, dispositivos que lhes permitem o acesso de todos os conteúdos textuais da página web, incluindo texto alternativo para imagens.

CAUSAS DA PERDA DA AUDIÇÃO

A maior parte surdez ocorre nos primeiros anos de vida, a maioria das vezes é genético ou com causas pré-natais. A surdez também pode ocorrer como resultado de infecções do ouvido médio (otite média), que são mais comuns em crianças. Também é possível adquirir surdez com o decorrer da vida, por doenças ou lesões traumáticas. Como adicional a perda auditiva é parte comum do processo de envelhecimento, especialmente em homens.

COMO COMUNICAR-SE COM A PESSOA SURDA

Ao encontrar um surdo, se você não sabe Língua de Sinais, observe:

- Não gritar; - Posicionar-se na frente da pessoa; - Para chamar sua atenção abane as mãos no campo visual do surdo e/ou toque a pessoa gentilmente; - Feito o contato visual, olhos nos olhos, fale calmamente em tom de voz normal articulando bem as palavras sem exagerar;

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- Utilize a comunicação visual, se você sabe, mesmo que poucos sinais use-os! Não se envergonhe de apontar, desenhar, escrever ou dramatizar.

FORMA ERRADA

FORMA CERTA

COMO ATENDER-SE COM A PESSOA SURDA

ALERTA LUMINOSO PARA CHORO DE BEBÊ

CAMPANHIA LUMINOSA

COMO É A TECNOLOGIA COM A PESSOA SURDA

CENTRAL DE INTERMEDIAÇÃO SURDO-OUVINTE

LEGENDAS/CLOSED CAPTION

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INTÉRPRETE DE LIBRAS

OUTROS EXEMPLOS DA CULTURA

CULTURA SURDA Libras – comunicação gestual visual Programas de TV em Libras Teatro Piadas Esportes Festas Comemorativas TDD Internet – MSN>WEBCAN Celular (digital)‏ TV com Close Caption Filmes com legenda Jornal Visual (notícias TV) Videoteca (fitas de vídeo em Libras)

CULTURA OUVINTE Português – comunicação oral auditiva Programas de TV Teatro Piada Musicas Carnaval/ Discoteca/ Show Telefone Internet - MSN> Microfone Celular (com voz) TV (com voz) Filmes duplado Jornal e Rádio Biblioteca (leitura de língua portuguêsa)

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“SURDO – MUDO”

APAGUE ESSA IDÉIA

* A Linguagem gestual é a língua natural do surdo, sua primeira forma de comunicação.

* O surdo NÃO É, necessariamente, MUDO.

* Ele pode vir a falar, deste que seja treinado e incentivado.

* É preciso estimulá-lo para o uso da fala, quando necessário.

* A Língua de Sinais não significa DEIXAR DE FALAR.

* Cabem a nós, familiares, amigos e profissionais, trabalharmos com o surdo esta questão da fala –

tão importante na comunicação com os ouvintes – independentemente do uso da Língua de Sinais.

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O que é LIBRAS:

Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais

As Línguas de Sinais (LS) são as línguas naturais das comunidades surdas.

Ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos

soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais

próprias.

Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são compostas pelos níveis

linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.

O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas oral-auditivas são denominados sinais

nas línguas de sinais.

O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial.

Assim, uma pessoa que entra em contato com uma Língua de Sinais irá aprender uma outra língua,

como o Francês, Inglês etc.

Os seus usuários podem discutir filosofia ou política e até mesmo produzir poemas e peças teatrais.

INTRODUÇÃO À GRAMÁTICA DE LIBRAS

O SINAL E SEUS PARÂMETROS

O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas orais-auditivas, são denominados

sinais nas línguas de sinais.

O sinal é formado a partir da combinação do movimento das mãos com um determinado

formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do corpo ou um espaço em

frente ao corpo. Estas articulações das mãos, que podem ser comparadas aos fonemas e às vezes aos

morfemas, são chamadas de parâmetros, portanto, nas línguas de sinais podem ser encontrados os

seguintes parâmetros:

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1. configuração das mãos: são formas das mãos, que podem ser da datilologia (alfabeto

manual) ou outras formas feitas pela mão predominante (mão direita para os destros), ou pelas duas

mãos do emissor ou sinalizador. Os sinais APRENDER, LARANJA e ADORAR têm a mesma

configuração de mão;

2. ponto de articulação: é o lugar onde incide a mão predominante configurada, podendo

esta tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro vertical (do meio do corpo até à

cabeça) e horizontal (à frente do emissor). Os sinais TRABALHAR, BRINCAR, CONSERTAR são

feitos no espaço neutro e os sinais ESQUECER, APRENDER e PENSAR são feitos na testa;

3. movimento: os sinais podem ter um movimento ou não. Os sinais citados acima têm

movimento, com exceção de PENSAR que, como os sinais AJOELHAR, EM-PÉ, não tem

movimento;

4. orientação: os sinais podem ter uma direção e a inversão desta pode significar idéia de

oposição, contrário ou concordância número-pessoal, como os sinais QUERER E QUERER-NÃO;

IR e VIR;

5. Expressão facial e/ou corporal: muitos sinais, além dos quatro parâmetros mencionados

acima, em sua configuração têm como traço diferenciador também a expressão facial e/ou corporal,

como os sinais ALEGRE e TRISTE. Há sinais feitos somente com a bochecha como LADRÃO,

ATO-SEXUAL.

Na combinação destes quatro parâmetros, ou cinco, tem-se o sinal. Falar com as mãos é,

portanto, combinar estes elementos que formam as palavras e estas formam as frases em um

contexto.

Para conversar, em qualquer língua, não basta conhecer as palavras, é preciso aprender as

regras de combinação destas palavras em frases.

FONTE:

Brasil, Secretaria de Educação Especial. Deficiência Auditiva / organizado por Giuseppe Rinaldi et

al. - Brasília: SEESP, 1997. VI. - (série Atualidades Pedagógicas; n. 4).1.Deficiência Auditiva.I.

Rinaldi, Giuseppe. II – Título. CDU 376.353

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CONFIGURAÇÕES DE MÃOS

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ALFABETO MANUAL

* É substituição das letras escritas por movimentos feitos com os dedos das mãos.

* É uma espécie de escrita no ar.

* Pode ser feito com uma ou as duas mãos.

* Necessita de boa destreza motora.

* Não é espontâneo, nem natural como a mímica e, portanto, deve ser aprendido.

* É usado com maior frequência para indicar nomes de pessoas e lugares.

* O alfabeto manual foi inventado em 1579 por um italiano chamado Rosselius.

* O nome “Alfabeto Dactilológico (Digital)”, foi inventado por surdo, Saboreu de Fontenay.

* Este alfabeto é de grande precisão na comunicação dos surdos.

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ALFABETO MANUAL

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IDENTIDADE/ CUMPRIMENTOS

BEM/ BOM

BEM VINDO (A)

BOA NOITE

BOA SORTE

BOA TARDE

BOM DIA

CUMPRIMENTO

DESCULPE

IDADE

MEU NOME

MEU SINAL

NASCIMENTO

OBRIGADA (O)

OI

POR FAVOR/ COM LICENÇA

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PRAZER EM CONHECER

SAUDADE

SEU NOME

SEU SINAL

TCHAU/ ATÉ LOGO

TUDO BEM

PESSOAS/ FAMÍLIA

ADULTO

AFILHADO

AMIGO

BEBÊ

BISAVÔ (A)

CASADO (A)

CRIANÇA

CRIANÇAS

CUNHADO (A)

FEMININO/ MULHER

FILHO (A)

FILHO (A) ADOTIVO (A)

GÊMEOS

GENRO

IRMÃO (Ã)

JOVEM

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MADRASTA

MÃE

MASCULINO/ HOMEM

MENINO (A)

NAMORADO (A)

NETO (A)

NOIVO (A)

NORA

PADRASTO

PADRINHO/MADRINHA

PAI

PRIMO (A)

SOBRINHO (A)

SOGRO (A)

SOLTEIRO

TIO (A)

VELHO

VIZINHO

VOVÔ (Ó)

PRONOMES

ELE (A) / VOCÊ

EU

MEU/ MINHA

NÓS

SEU/ SUA

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CALENDÁRIO

ONTEM

HOJE

AMANHÃ

ANTES

DEPOIS

ANO

ANO PASSADO

ANO QUEM VEM

PASSADO

PRESENTE

FUTURO

DIA

HORA

MINUTO

MANHÃ

TARDE

NOITE

FERIADO

FÉRIA

SEMANA

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DOMINGO

SEGUNDA-FEIRA

TERÇA-FEIRA

QUARTA-FEIRA

QUINTA-FEIRA

SEXTA-FEIRA

SÁBADO

MÊS

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

ESTAÇÕES DO ANO

OUTONO

INVERNO

PRIMAVERA

VERÃO

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SINAIS DIVERSOS

COMO

ONDE

POR QUE

QUANDO

QUANTO/ CONTAR

QUE/ QUEM

NADA/ NINGÉM

SIM

NÃO

TER

NÃO TER

IR

MORAR/ CASA

QUERER

TRABALHAR

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VERBOS

ABENÇOAR

ABRAÇAR

ABRIR

ACALMAR

ACHAR

ACOMPANHAR

ACORDAR

ACUSAR

ADIAR

ADIVINHAR

ADMITIR

AFASTAR

ALUGAR

AMAR

ANDAR

ANOTAR

APAGAR

APERTAR

APRENDER

APRESENTAR

ARRASTAR

ARRUMAR

ASSISTIR

ASSUSTAR

ATRASAR

AUMENTAR

AVISAR

AVISAR-ME

BATER

BATIZAR

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BEBER

BEIJAR

BRIGAR

BRINCAR

CAIR

CANSAR

CHAMAR

CHEGAR

CHORAR

CHUTAR

CLASSIFICAR

COCHILAR

COLIDIR

COLOCAR

COMEMORAR

COMER

COMPARAR

COMPRAR

CONHECER

CONSERTAR

CONSOLAR

CONSTRUIR

CONTAR

CONTINUAR

CONVERSAR

CONVIDAR

COPIAR

CORRER

CORRIGIR

CORTAR

CRER

CRESCER

CUIDAR

DAR

DECIDIR

DEFECAR

DEITAR

DEMITIR

DEMORAR

DERRETER

DESCANSAR

DESCER

DESENHAR

DESOBEDECER

DESTRUIR

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DEVER

DEVOLVER

DIMINUIR

DISPUTAR

DISTRAIR

DIVIDIR

DIVORCIAR

DORMIR

DUVIDAR

ENCONTRAR

ENSINAR

ENTENDER

ENTRAR

ENVELHECER

ENVERGONHAR

ENVIAR

ESCOLHER

ESCONDER

ESCREVER

ESCUTAR

ESPERAR

ESQUECER

ESTAR

ESTUDAR

EVITAR

EXAGERAR

EXPERIMENTAR

EXPULSAR

FALAR

FALAR COM AS MÃOS/ LIBRAS

FALTAR

FAZER

FECHAR

FICAR

FRITAR

FUMAR

GANHAR

GASTAR

GOSTAR

GRITAR

IMPRIMIR

INVEJAR

IR

JANTAR

JOGAR

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JURAR

LAVAR

LEMBRAR

LER

LER OS LÁBIOS

LEVAR

LIMPAR

LIVRAR

MANDAR

MATAR

MEDIR

MELHORAR

MEMORIZAR

MENDIGAR

MENTIR

MISTURAR

MONTAR

MORRER

MOSTRAR

MUDAR

NADAR

NAMORAR

NASCER

OBEDECER

OBSERVAR

ODIAR

OFENDER

OLHAR

OPERAR

OUVIR

PAGAR

PAQUERAR

PARAR

PARECER

PASSAR

PASSEAR

PECAR

PEDIR

PEGAR

PENDURAR

PERDER

PERGUNTAR

PESAR

PESCAR

PESQUISAR

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PODER

PÔR

PRECISAR

PRENDER

PROCURAR

PROIBIR

PROMETER

PROTEGER

PROVOCAR

PULAR

QUEBRAR

QUEIMAR

QUERER

RECEBER

REPREENDER

RESERVAR

RESPONDER

ROUBAR

SABER

SALVAR

SEGUIR

SEGURAR

SENTAR

SENTIR

SER

SERVIR

SOFRER

SOLETRAR

SOMAR

SUBIR

TER

TERMINAR

TOCAR

TRABALHAR

TRAIR

TRANCAR

TREINAR

TROCAR

USAR

VENCER

VIAJAR

VIGIAR

VIR

VISITAR

VIVER

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VOTAR

XERETAR

XEROCAR

ZANGAR

ZOMBAR

NEGATIVOS

AINDA NÃO

NÃO ADIANTAR

NÃO CONHECER

NÃO CONSEGUIR

NÃO ENTENDER

NÃO ENTENDER NADA

NÃO GOSTAR

NÃO OUVIR

NÃO PODER

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NÃO PRESTAR

NÃO QUERER

NÃO SABER

NÃO TER

NÃO TER JEITO

ADJETIVOS/ ADVÉRBIOS

ALTO

ANSIOSO

APERTADO

ATRASADO

AVARENTO

BAIXO

BARATO

BARULHENTO

BOBO

BOM/ LEGAL

BONITO

BRAVO

CALMO

CANSADO

CARO

CASADO

CHEIROSO

CIUMENTO

COITADO

CONTENTE

CORAJOSO

CUIDADOSO

CURIOSO

DELICIOSO

DENTRO

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DESCONFIADO

DEVAGAR

DIFÍCIL

DIVORCIADO

DOENTE

DURO

EDUCADO

ENVERGONHADO

FÁCIL

FAMINTO

FEDIDO

FEIO

FELIZ

FINO

FORA

FRACO

GORDO

GRANDE

GROSSO

INIMIGO

INTELIGENTE

LIMPO

LONGE

LOUCO

MAGRO

MAL/ MALVADO

MARAVILHOSO

MEDROSO

MOLE

MUITO

NERVOSO

NOVO

OBEDIENTE

PEQUENO

PERIGOSO

PERTO

POBRE

PREGUIÇOSO

PREOCUPADO

RÁPIDO

RICO

SAFADO

SEDENTO

SILENCIOSO

SOLTEIRO

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SONOLENTO

SORTUDO

SOZINHO

SUJO

TEIMOSO

TRISTE

VAIDOSO

VAZIO

VELHO

VERDADEIRO

CORES

AMARELO

AZUL

BEGE

BRANCO

CINZA

CLARO

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ESCURO

LARANJA

LILÁS

MARROM

OURO

PRATA

PRETO

ROSA

ROXO

VERDE

VERMELHO

VINHO

MEIOS DE TRANSPORTE

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AVIÃO

BARCO

BICICLETA

CAMINHÃO

CARRO

HELICÓPTERO

JET SKI

METRÔ

MOTO

NÁVIO

ÔNIBUS

TÁXI

TREM

MEIOS DE COMUNICAÇÃO

CARTA

CARTAZ

CELULAR

COMPUTADOR

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FAX

INTERNET

JORNAL

MANDAR E-MAIL

ORELHÃO

RÁDIO

RECEBER E-MAIL

REVISTA

TELEFONE

tdd

TELEFONE PARA SURDOS

TELEVISÃO

-FACEBOOK

-MSN

-ORKUT

-SKYPE

-TWITER

AS BORBOLETAS (VINICIUS DE MORAIS)

BRANCAS

AZUIS

AMARELAS

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E PRETAS

BRINCAM

NA LUZ

AS BELAS

BORBOLETAS

BORBOLETAS BRANCAS

SÃO ALEGRES E FRANCAS.

BORBOLETAS AZUIS

GOSTAM MUITO DE LUZ.

AS AMARELINHAS

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SÃO TÃO BONITINHAS!

E AS PRETAS, ENTÃO...

OH, QUE ESCURIDÃO!

SINAIS DIVERSOS

CARINHO

CORAÇÃO

ISTRUTOR (A)

OLHOS

PROFESSOR (A)

RUA

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VONTADE

CARINHOSO

(Marisa Monte)

Meu coração, não sei por que

Bate feliz quando te vê

E os meus olhos ficam sorrindo

E pelas ruas vão te seguindo

Mas mesmo assim

Foges de mim

Ah se tu soubesses como sou tão carinhosa

E o muito, muito que te quero

E como é sincero o meu amor

Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem

Vem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teus

Vem matar essa paixão que me devora o coração

E só assim então serei feliz

Bem feliz

Ah se tu soubesses como sou tão carinhosa

E o muito, muito que te quero

E como é sincero o meu amor

Eu sei que tu não fugirias mais de mim

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Vem, vem, vem, vem

Vem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teus

Vem matar essa paixão que me devora o coração

E só assim então serei feliz

Bem feliz

LIBRAS

CARINHOSO

MEU CORAÇÃO

NÃO SABER PORQUE

BATER FELIZ, VER VOCÊ

MEUS OLHOS BRILHAR

RUA EU SEGUIR VOCÊ

VOCÊ FUGIR

VOCÊ PRECISAR SABER

EU CARINHOSO

QUERER MUITO VOCÊ

VERDADE MEU AMOR

VOCÊ FUGIR NÃO

VEM VEM VEM

EU VONTADE BEIJAR VOCÊ

ACABAR SOFRER

MEU CORAÇÃO

EU FELIZ JUNTO VOCÊ