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CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO I LICENCIATURA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ISCSP 2012/2013 7ª AULA

LICENCIATURA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ISCSP 2012/2013 7ª AULA

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7ª AULA

CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO I

LICENCIATURA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ISCSP 2012/2013

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7ª AULA

MISSÕES E ESTRUTURAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Administração Pública

Satisfação das necessidades colectivas de segurança, bem estar e cultura

Missões

• Funções a realizar pela A. Pública para corresponder à sua razão de criação

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Regulamentação

Interesse nacional Segurança

Missões técnicas Económicas

Execução e gestão Social

Previsão Concepção

Organização Missões Gerais

Comando Direcção

Controlo

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Renate Maintz

1.ª Regulação das relações entre a sociedade e o exterior (defesa e estrangeiro)

2.ª Regulação das relações entre indivíduos e grupos dentro da sociedade

3.ª Garantia da capacidade de acção do sistema político e administrativo

4.ª Prestação de bens e serviços

5.ª Promoção do desenvolvimento

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João Caupers

Relativas à segurança interna

Regulação social e económica

Angariação de recursos

Prestação

Infra-estruturas e desenvolvimento

Auxiliares

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Proposta Defesa Nacional

Externa Relações externas

PolíticaSoberania Interna

Justiça

Funcionamento das instituições políticaPolitica Relações entidades religiosas

Informação/opinião

Atribuições relativas à moeda (reduzida)

EconómicasAcções especificas

Missões

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(………)

SaúdeHabitação e cidadania

Sociais Defesa dos direitos e interessesDistribuição dos rendimentosManutenção ou transformação dos

estatutos sociais

Investigação cientificaEducativas

Educação

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A Administração Central do Estado

Conjunto dos orgãos e serviços do Estado com competência para todo o território nacional.

Características

Unicidade Estado é a única espécie deste género

Carácter originário Estado não é criado pelo poder constituído. Tem natureza

originária. Territorialidade

Existência de um território onde o Es6yado incide a sua acção (Território nacional)

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Multiplicação de atribuições Possibilidade de prossecução de fins múltiplos e várias

atribuições

Pluralismo de órgãos e serviços Numerosos os órgãos do Estado e os serviços públicos que

auxiliam esses órgãos

Organização em ministérios Departamentos, organizados por assuntos ou matérias

Personalidade jurídica una O Estado mantém sempre uma personalidade jurídica una. O

Estado é vinculado no seu todo.

Instrumentalidade Administração do estado é subordinada, não é independente

nem autónoma

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Estrutura hierárquica Estruturada em termos hierárquicos, constituído por um

conjunto de órgãos e agentes ligados por um vínculo jurídico que confere ao superior o poder de direcção e ao subalterno o dever de obediência.

Supremacia Poderes superiores não apenas sobre sujeitos de

direito privado, mas também sobre as outras entidades públicas.

Atribuições do Estado

Soberania: Defesa nacional; relações externas; polícia; etc Económicas: Moeda; crédito; imposto; comércio externo;

preços, etc. Sociais: saúde; segurança social; habitação; urbanismo; etc Educativas e culturais: ensino; investigação cientifica;

fomento desporto; etc

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Órgãos de soberania Presidente da Républica; Assembleia da Républica Governo Tribunais

• (apenas o Governo tem funções executivas logo integra a A. P. )

O Governo art. 182.º CRP Órgão de condução política geral do país Órgão superior da A. Pública

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Composição: Art. 183 CRP

“1. O Governo é constituído pelo Primeiro-Ministro, pelos Ministros e pelos Secretários eSubsecretários de Estado.

2. O Governo pode incluir um ou mais Vice-Primeiros-Ministros.

3. O número, a designação e as atribuições dos ministérios e secretarias de Estado, bem comoas formas de coordenação entre eles, serão determinados, consoante os casos, pelos decretosde nomeação dos respectivos titulares ou por decreto-lei.”

Competência e exercício

Colegial (art. 200.º CRP) Individual

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Funcionamento (art. 200.º CRP) Programa de Governo Conselho de Ministros

Linhas gerais da política governamental Linhas gerais da execução da política governamental

Primeiro-ministro

Direcção da política geral do Governo Direcção do funcionamento do Governo

Ministros

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Administração Indirecta do Estado

Ainda que prossiga fins que pertencem ao Estado, aqueles são concretizados no seio de uma entidade diferente, criada por ele na sua dependência

Actividade administrativa do Estado, realizada, para a prossecução dos fins deste, por entidades públicas dotadas de personalidade jurídica própria e de autonomia administrativa e/ou financeira

Características:

o Materiais

• Forma de actividade administrativa• Realização dos fins do Estado• Actividade transferida por decisão do Estado, para entidades

distintas (Devolução de poderes)

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• Actividade exercida no interesse do Estado, mas desempenhada pelas entidades a quem está confiada em nome próprio e não em nome do Estado

• Sujeição aos poderes de superintendência e de tutela do Governo

o Orgânicas

Personalidade jurídica própria cabe ao Estado

o A Decisão da sua criação

o Nomear e destituir os seus dirigentes

o Dar instruções e directivas sobre o modo de exercer a sua actividade

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o Fiscalizar e controlar a forma como aquela actividade é desempenhada

o A criação e extinção pertence ao Estado

o O património pertence à entidade

o Os recursos humanos integram essa mesma entidade

o O financiamento decorre do Estado e de receitas próprias

Órgãos locais do Estado

Instalados em diversos pontos do território (delegado de saúde, chefe de repartição de finanças)

Tomam decisões em nome do Estado e pertencem a este e não às autarquias

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Administração Autónoma

Órgãos e serviços locais instalados em diversos pontos geográficos do

território nacional e cuja competência é limitada a uma determinada

área.

Aquela que prossegue interesses públicos próprios das pessoas que a

constituem e por isso se dirige a si mesma, definindo com

independência a orientação das suas actividades, sem sujeição a

hierarquia ou a superintendência do Governo

Entidades

Associações públicas

Autarquias locais

Regiões autónomas

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Associações públicas

Associações de entidades públicas

• Associações de freguesias

• Comunidades intermunicipais

• Áreas metropolitanas de Lisboa e Porto

Associações de entidades privadas

• Ordens Profissionais

• Câmaras Profissionais

Associações mistas

• Centros de formação profissional

• Cooperativas de interesse público (régies)

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Autarquias locais

Artigo 235.ª CRP

Caracteristicas

Pessoas colectivas públicas

Pessoas colectivas territoriais

Asseguram a prossecução dos interesses próprios de um certo

agregado populacional

Elementos

Território : circunscrição administrativa

Agregado populacional: residentes no território

Interesses comuns:

Órgãos representativos livremente eleitos

Divisão Administrativa Distrito e concelho Freguesias, municípios e regiões administrativas

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Sistema de organização administrativa

Concentração

Desconcentração

Centralização

Descentralização

Integração

Devolução de poderes

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Concentração

Sistema no qual o superior hierárquico mais elevado é o único competente para tomar a decisão, ficando os subalternos limitados às tarefas de preparação e execução das decisões.

Desconcentração (art. 267, n.º 2 CRP)

O poder decisório reparte-se entre o superior e um ou vários órgãos subalternos, os quais, permanecem sujeitos à direcção e supervisão

Vantagens• Aumento da eficiência administrativa• Melhoria da qualidade do serviço face à especialização de funções

Desvantagens• Multiplicidade de centros de decisão• Menor preparação dos subalternos

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Espécies

• Central – Administração Central Níveis

• Local – Administração local

Absoluta – Quando os órgãos deixam de ser subalternos e se tornam independentes

GrauRelativa – Órgãos subalternos criados mantêm uma

relação de subordinação ao superior

Originária – Decorre imediatamente da lei que reparte a competência entre superiores e subalternos

FormasDerivada – É necessária a permissão expressa e

legal e só tem lugar perante acto expresso : Delegação de Poderes

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Delegação de Poderes e de Competências

Instrumento da desconcentração administrativa – CPA –

Acto pelo qual um órgão permite que outro órgão ou agente pratique actos administrativos sobre a mesma matéria.

Art. 35.º CPA

“1 - Os órgãos administrativos normalmente competentes para decidir em determinada matéria podem, sempre que para tal estejam habilitados por lei, permitir, através de um acto de delegação de poderes, que outro órgão ou agente pratique actos administrativos sobre a mesma matéria.

2 - Mediante um acto de delegação de poderes, os órgãos competentes para decidir em determinada matéria podem sempre permitir que o seu imediato inferior hierárquico, adjunto ou substituto pratiquem actos de administração ordinária nessa matéria.

3 - O disposto no número anterior vale igualmente para a delegação de poderes dos órgãos colegiais nos respectivos presidentes, salvo havendo lei de habilitação específica que estabeleça uma particular repartição de competências entre os diversos órgãos. “

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Requisitos Depende da lei que a preveja. Lei de Habilitação.

Sem este requisito: ILEGAL (Nula)!

Exige a existência de dois órgãos, ou órgão e agente da mesma pessoa colectiva: delegante e delegado.

Acto de delegação formal (acto pelo qual o delegante concretiza a

delegação dos seus poderes no delegado)

Espécies Habilitação

• Genérica, a lei permite que os órgãos deleguem sempre que o quiserem alguns dos seus poderes em outros órgãos (art. 35.º, n.º 2 e 3 do CPA), com limitação: apenas actos de administração ordinária.

• Especifica, quando abrange apenas um acto isolado. Delegação

• Ampla ou restrita• Especifica ou genérica• Hierárquica e não hierárquica

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Coadjuvação: forma de delegação . Relação que se estabelece entre dois órgãos a que a lei atribui competências iguais e que podem ser exercidas indiferentemente por qualquer deles (Sec. Estado/Ministro).

Subdelegação: art. 36.º CPA

“”1 - Salvo disposição legal em contrário, o delegante pode autorizar o delegado a subdelegar.

2 - O subdelegado pode subdelegar as competências que lhe tenham sido subdelegadas, salvo disposição legal em contrário ou reserva expressa do delegante ou subdelegante. “”

Especificações

Artigo 37º CPA Requisitos do acto de delegação

 “1 - No acto de delegação ou subdelegação, deve o órgão delegante ou subdelegante especificar os poderes que são delegados ou subdelegados ou quais os actos que o delegado ou subdelegado pode praticar. 2 - Os actos de delegação e subdelegação de poderes estão sujeitos a publicação no Diário da República, ou, tratando-se da administração local, no boletim da autarquia, e devem ser afixados nos lugares de estilo quando tal boletim não exista. “

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Desconcentração, descentralização e devolução de poderes

Desconcentração: fenómeno interno do Estado ou pessoa colectiva pública que se consubstancia no reconhecimento de outras pessoas colectivas públicas.

Geográfica: Transferência das missões e dos poderes de decisão detidos pelos serviços centrais para um representante do Governo a nível territorial.

Técnica: Transferência para um funcionário situado à frente de um serviço com um campo de acção nacional ou de uma missão especifica.

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Devolução de poderes

Interesses públicos podem ser transferidos para outras pessoas colectivas de direito público (institutos públicos e associações públicas) de fins singulares, especialmente incumbidas de assegurar tais interesses.

Consiste na transferência do poder do centro para a periferia

Três modalidades

Administrativa: Transferência de responsabilidade administrativa central para departamentos regionais

Executiva: Transferência da competências do Governo central para o Governo regional

Legislativa: Transferência de competências legislativas nacionais para as Assembleias regionais.

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Bibliografia Complementar

CHEVALIER, Jacques - Science Administrative, 2. Ed., Paris: PUF, 1994

CAUPERS, João - A Administração Periférica do Estado: Estudo de Ciência da Administração. Lisboa: Ed. Notícias, 1994

SILVESTRE, Hugo C. – Gestão Pública. Modelos de Prestação no Serviço Público. Lisboa: Escolar Editora, 2010