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reflexão
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Ligados e Frutificando
João 15.1-8
Num mundo marcado pelo pluralismo, não é difícil encontrarmos pessoas que
se autoproclamam “discípulos de Jesus”, cada uma “a sua maneira”. Logo,
encontramos uma disparidade significativa em tais pessoas. Cada uma busca justificar
a autenticidade de sua afirmação. Para tanto, alguns lançam mão das Escrituras e a
utilizam ao seu bel-prazer. O resultado são uma série de heresias e interpretações
inadequadas da mensagem bíblica. O fato é que muitos destes discípulos
autoproclamados está muito longe de Cristo e do seu discipulado.
Antes de sua crucificação, Jesus esteva com seus discípulos por um período
expressivo, no qual instituiu a Ceia do Senhor, respondeu os questionamentos dos
discípulos e deu diversas orientações e ensinos aos mesmos (Jo 13-17). Neste
contexto, ele fez um dos mais extensos discursos para os discípulos (Jo 15). Este
capítulo aborda o tema do discipulado, tratando de alguns aspectos específicos. O
texto pode ser divido em três aspectos básicos: 1) Ligados e Frutificando (v.1-8); 2)
Amados, amando e servindo (v.9-17) e 3) Odiados e consolados (v.18-27).
Há algumas verdades que precisamos aprender com o primeiro aspecto
apresentado neste capítulo. Aprendemos que o cuidado de Deus com os discípulos de
Cristo está em remover certos embaraços ao seu redor, para que eles sejam
produtivos (v.1-3). O objetivo de Jesus nestes versos é mostrar o cuidado de Deus para
com a sua Igreja (cf. Sl 80; Is 5.1-17). Este cuidado é visto tanto no juízo contra os
“ramos que nada produzem” (cf. v.6) quanto na purificação dos “ramos que
produzem” (v.3). Ramos que nada produzem podem utilizar inadequadamente o vigor
que extraem da planta. Deus não permitirá que isto aconteça com a sua igreja.
Em segundo lugar, aprendemos que o “sucesso” do nosso discipulado é um
mérito apenas de Cristo (v.4,5). Todo o nosso “esforço” revela a nossa insignificância
diante da majestade da Videira. Se somos ramos, a única razão para produzirmos está
no fato de estarmos ligados a Cristo. Ele é a fonte de todo o bem (Tg 1.17). Ele efetua
em nós tanto o querer quanto o realizar (Fp 2.13). Ele o motivo e a finalidade de tudo o
que somos e que fazemos. O que produzimos é dele, por meio dele e para ele (Rm
11.36). Somos apenas canais ou instrumentos pelos quais ele realiza a sua vontade e a
do Pai.
Por fim, aprendemos que ser discípulo de Jesus visa a glória do Pai (v.6-8).
Assim, como o viticultor é o que usufrui da produção de suas parreiras, assim é o Pai
que é glorificado por aquilo que somos e fazemos quando estamos em Cristo.
Devemos nos lembrar que fomos criados para a gloria de Deus (Gn 1.26-28 cf. Sl 8). Ao
glorificar a Deus, encontramos a nossa verdadeira felicidade, aquilo que o mundo
chama de: “o sentido da vida”. Por isso, o verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que
glorifica o Pai com os seus frutos (cf. Jo 12.28; 17.1,4; 1 Co 10.31).
Quando aprendermos estar verdades e as colocarmos em prática em nossa
vida, evidenciaremos que estamos ligados a Jesus de verdade. Que Deus nos abençoe.
Gladston Cunha