7
Língua Portuguesa Colégio Santa Dorotéia 1 Caro aluno Esta apostila é para auxiliá-lo a estudar para a prova de recuperação da Segunda Etapa. Eu disse auxiliá-lo, portanto, ela não deve ser sua única fonte de estudo. Faça as atividades com calma e me procure em sala, caso tenha alguma dúvida. Além dessa atividade, estude também pelas atividades em folhas avulsas (tanto da 1ª etapa quanto da 2ª) e pelos estudos autônomos dados ao longo do ano. Refazer as avaliações passadas também é um bom recurso. Os conteúdos contemplados na recuperação são leitura, interpretação e produção de textos dos tipos e gêneros estudados (texto argumentativo/dissertativo, carta do leitor, crônica, poema, charge, cartum), tipologia textual, linguagem verbal e não verbal, língua, código, variação linguística, intencionalidade discursiva, elementos da comunicação, funções da linguagem, efeitos de sentido (duplo sentido, humor), textualidade, coerência e coesão, paralelismo, uso da vírgula e acentuação. Bom trabalho! Jane Demorou, já é Do Rio de Janeiro gosto de muitas coisas: da malabarística eficiência das casas de suco, do orgulho aristocrático dos garçons, das árvores alienígenas do Aterro, dos luminosos dos armarinhos em Copacabana, da língua: essa língua tão parecida com a falada pelos paulistanos e, ao mesmo tempo, tão diferente. Veja o "demorou!", por exemplo. Lembro bem da primeira vez que ouvi um amigo carioca usar a expressão, anos atrás. Acabávamos de nos sentar num bar, numa rua pacata do Leblon, ajeitei minha cadeira e propus: "Vamos pedir umas empadas?". "Demorou!". "Como? A gente acabou de chegar!". "Então, pede aí, demorou!". "Ué, se tá achando que eu demorei, por que cê não pediu antes da gente sentar?” A conversa seguiu truncada por mais algum tempo, até que este obtuso paulista compreendesse, admirado, descobrisse que o “demorou!” não era uma reclamação, mas uma manifestação de júbilo. O "demorou!" é um sim turbinado. Mais do que isso, é uma proposta de parceria. Eu digo que meu amigo, ao responder "demorou!", indica não só que também as quer como que já as queria antes, de modo que estamos atrasados. As empadas, agora, são uma confirmação de nossas afinidades e um urgente (mini) projeto coletivo, que me enche de uma alegria infantil. É como se ele se juntasse a mim no gira-gira, dando impulso, como se corrêssemos para saltar de bombinha na piscina – o último que chegar é mulher do padre. Por anos, acreditei que o "demorou!" fosse o apogeu do "sim"; até que surgiu o "já é!". Incrível, mas, diante do "já é!", o "demorou!" parece até blasé. O "já é!" leva a concordância à beira da esquizofrenia. "Vamos pedir umas empadas?", "Já é!" – e não estamos mais atrasados na satisfação, estamos em pleno gozo, já comemos as empadas assim que manifestamos nosso desejo de pedi-las, caímos na piscina no mesmo momento em que pulamos. Se o "demorou!" é um acelerador apertado no caminho da satisfação, o "já é!" é como a barrinha na gaiola do rato, que, acionada, faz serem despejadas no sangue algumas gotas de serotonina – ou empadas de camarão –, é o seio descendo dos céus em direção à boca do bebê, é o Nirvana se apoderando da mesa do bar. Se um é a superconcordância, o outro é o superpresente: não só "é" como "já é!". É como se o desejo fosse capaz, tal qual a luz, de dobrar o tempo, criando o "mais do que agora", esta estreita faixa entre o mar e as montanhas onde nossas vontades são realizadas no instante em que surgem. Colégio Santa Dorotéia Área de Códigos e Linguagens Disciplina: Língua Portuguesa Ano: 1º – Ensino Médio Professora: Jane Teixeira Aluno(a): ________________________________________________ Nº: _____ Turma: _____ Atividades para Estudos Autônomos Data: 4 / 9 / 2018

Língua Portuguesa Colégio Santa Dorotéia Atividades para ... · Lembro bem da primeira vez que ouvi um amigo carioca usar a expressão, ... no gira-gira, dando impulso, como

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Língua Portuguesa Colégio Santa Dorotéia Atividades para ... · Lembro bem da primeira vez que ouvi um amigo carioca usar a expressão, ... no gira-gira, dando impulso, como

Língua Portuguesa

Colégio Santa Dorotéia 1111

Caro aluno

Esta apostila é para auxiliá-lo a estudar para a prova de recuperação da Segunda Etapa. Eu disse

auxiliá-lo, portanto, ela não deve ser sua única fonte de estudo. Faça as atividades com calma e me

procure em sala, caso tenha alguma dúvida.

Além dessa atividade, estude também pelas atividades em folhas avulsas (tanto da 1ª etapa

quanto da 2ª) e pelos estudos autônomos dados ao longo do ano. Refazer as avaliações passadas

também é um bom recurso.

Os conteúdos contemplados na recuperação são leitura, interpretação e produção de textos dos

tipos e gêneros estudados (texto argumentativo/dissertativo, carta do leitor, crônica, poema,

charge, cartum), tipologia textual, linguagem verbal e não verbal, língua, código, variação

linguística, intencionalidade discursiva, elementos da comunicação, funções da linguagem, efeitos

de sentido (duplo sentido, humor), textualidade, coerência e coesão, paralelismo, uso da vírgula

e acentuação. Bom trabalho!

Jane

Demorou, já é

Do Rio de Janeiro gosto de muitas coisas: da malabarística eficiência das casas de suco, do orgulho aristocrático dos garçons, das árvores alienígenas do Aterro, dos luminosos dos armarinhos em Copacabana, da língua: essa língua tão parecida com a falada pelos paulistanos e, ao mesmo tempo, tão diferente. Veja o "demorou!", por exemplo. Lembro bem da primeira vez que ouvi um amigo carioca usar a expressão, anos atrás. Acabávamos de nos sentar num bar, numa rua pacata do Leblon, ajeitei minha cadeira e propus: "Vamos pedir umas empadas?". "Demorou!". "Como? A gente acabou de chegar!". "Então, pede aí, demorou!". "Ué, se tá achando que eu demorei, por que cê não pediu antes da gente sentar?” A conversa seguiu truncada por mais algum tempo, até que este obtuso paulista compreendesse, admirado, descobrisse que o “demorou!” não era uma reclamação, mas uma manifestação de júbilo.

O "demorou!" é um sim turbinado. Mais do que isso, é uma proposta de parceria. Eu digo que meu amigo, ao responder "demorou!", indica não só que também as quer como que já as queria antes, de modo que estamos atrasados. As empadas, agora, são uma confirmação de nossas afinidades e um urgente (mini) projeto coletivo, que me enche de uma alegria infantil. É como se ele se juntasse a mim no gira-gira, dando impulso, como se corrêssemos para saltar de bombinha na piscina – o último que chegar é mulher do padre.

Por anos, acreditei que o "demorou!" fosse o apogeu do "sim"; até que surgiu o "já é!". Incrível, mas, diante do "já é!", o "demorou!" parece até blasé. O "já é!" leva a concordância à beira da esquizofrenia. "Vamos pedir umas empadas?", "Já é!" – e não estamos mais atrasados na satisfação, estamos em pleno gozo, já comemos as empadas assim que manifestamos nosso desejo de pedi-las,

caímos na piscina no mesmo momento em que pulamos. Se o "demorou!" é um acelerador apertado no caminho da satisfação, o "já é!" é como a barrinha

na gaiola do rato, que, acionada, faz serem despejadas no sangue algumas gotas de serotonina – ou empadas de camarão –, é o seio descendo dos céus em direção à boca do bebê, é o Nirvana se apoderando da mesa do bar. Se um é a superconcordância, o outro é o superpresente: não só "é" como "já é!". É como se o desejo fosse capaz, tal qual a luz, de dobrar o tempo, criando o "mais do que agora", esta estreita faixa entre o mar e as montanhas onde nossas vontades são realizadas no instante em que surgem.

Colégio Santa Dorotéia Área de Códigos e Linguagens Disciplina: Língua Portuguesa Ano: 1º – Ensino Médio

Professora: Jane Teixeira Aluno(a): ________________________________________________ Nº: _____ Turma: _____

Atividades para

Estudos Autônomos

Data: 4 / 9 / 2018

Page 2: Língua Portuguesa Colégio Santa Dorotéia Atividades para ... · Lembro bem da primeira vez que ouvi um amigo carioca usar a expressão, ... no gira-gira, dando impulso, como

Língua Portuguesa

Colégio Santa Dorotéia 2222

O paulistano ranzinza verá no "demorou!" e no "já é!" traços de nossa eterna cordialidade, hipocrisia mui brasileira que, se nos abriga no frescor do acolhimento, também nos impede de instituir a seca racionalidade, necessária para o pleno desenvolvimento da civilização. Pode ser, mas vejo agora o outro lado, esta incontrolável propensão para o prazer, esta alegria infinita nas parcerias, mesmo (ou, talvez, principalmente) nas mais desimportantes. Sei lá, minha modesta pena de cronista não é capaz de desdar o nó. Quem sabe um dia desses o grande José Miguel Wisnik, estudioso da linha tênue e tenaz que amarra nossas glórias e fracassos, não se anima e escreve algo a respeito? Demorou! Já é!

(Antonio Prata, Folha de S. Paulo, 22/08/2012)

QUEST�� 1 (I�sper�2013) A crônica é um gênero textual em que se usa um fato do cotidiano como mote para tecer reflexões mais amplas sobre aspectos da sociedade. Em “Demorou, já é”, infere-se que o objetivo central do cronista é a) discutir a rivalidade entre paulistanos e cariocas, por meio da comparação das variantes linguísticas

regionais. b) analisar, de forma objetiva e imparcial, os diferentes graus de satisfação que uma pessoa pode

atingir. c) propor uma análise metalinguística, seguida de considerações sobre o comportamento dos

brasileiros. d) constatar que o uso da função fática de linguagem é capaz de promover discussões filosóficas. e) revelar que a comunicação oral, mesmo em situações banais como pedir empadas, é imprescindível

para a construção de projetos coletivos.

QUEST�� 2 “O ´demorou!´ é um sim turbinado.” EXPLIQUE a passagem a seguir. Para isso, USE uma escolha lexical formal e os seus conhecimentos sobre variação linguística. ___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

QUEST�� 3 JUSTIFIQUE o uso da vírgula nas passagens a seguir. a) “Do Rio de Janeiro gosto de muitas coisas: da malabarística eficiência das casas de suco, do

orgulho aristocrático dos garçons, das árvores alienígenas do Aterro, dos luminosos dos armarinhos em Copacabana, da língua: essa língua tão parecida com a falada pelos paulistanos...”

________________________________________________________________________________

b) “Veja o "demorou!", por exemplo.”

________________________________________________________________________________ c) “As empadas, agora, são uma confirmação de nossas afinidades e um urgente (mini) projeto

coletivo...”

________________________________________________________________________________ d) “Pode ser, mas vejo agora o outro lado...”

________________________________________________________________________________

Page 3: Língua Portuguesa Colégio Santa Dorotéia Atividades para ... · Lembro bem da primeira vez que ouvi um amigo carioca usar a expressão, ... no gira-gira, dando impulso, como

Língua Portuguesa

Colégio Santa Dorotéia 3333

QUEST�� 4

O infográfico em destaque foi publicado na revista Planeta Sustentável. Pode-se afirmar que nele duas funções da linguagem estão presentes. IDENTIFIQUE-as e EXPLIQUE a presença de cada um delas no texto, considerando o objetivo que ele tem.

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________ Leia os textos a seguir para responder à questão 5. Texto I

O texto na era digital

Para além do internetês, a internet está mudando a maneira como lemos e escrevemos

Com cada vez mais usuários – o acesso à rede no Brasil aumentou 35% entre 2008 e 2009 – a

internet está criando novos hábitos de comunicação entre as pessoas, que acabam se adaptando às facilidades da nova tecnologia. (...)

O que já havia sido deflagrado nos anos 90 pela comunicação via e-mail, mensageiros eletrônicos e pela cultura escrita dos blogs, as redes sociais elevaram à enésima potência ao garantir interatividade e visibilidade às pessoas em torno de interesses em comum. (...) Para além dos modismos que nascem e morrem na grande rede mundial de computadores, o advento do microblog Twitter extrapolou essa esfera para cair na boca de grandes homens de letras, muitas vezes avessos a novidades tecnológicas, como o escritor José Saramago, que chegou a declarar: "Os tais 140 caracteres refletem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido". (...)

Embora não se possa afirmar categoricamente que a internet favoreceu o desenvolvimento de uma "cultura letrada", com ênfase em informações profundas e relevantes, ela reforçou o peso da palavra escrita no cotidiano das pessoas. Mais do que gírias e jargões, como o famigerado "internetês", as transformações pelas quais passam a escrita e a leitura estão por ser dimensionadas.

Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos/64/artigo249031-1.asp>

Page 4: Língua Portuguesa Colégio Santa Dorotéia Atividades para ... · Lembro bem da primeira vez que ouvi um amigo carioca usar a expressão, ... no gira-gira, dando impulso, como

Língua Portuguesa

Colégio Santa Dorotéia 4444

Texto II

Disponível em:

<http://ptwitter.blogspot.com.br/2009/06/o-que-e-hashtag-do-twitter.html>. (Adaptado)

QUEST�� 5 (I�sper – 2012)

Os Textos I e II abordam a questão da linguagem nos meios digitais. A partir de sua leitura, infere-se que a) em ambos os textos, há evidências de que a navegação na internet limita a disseminação do saber.

b) o Texto I defende que as inovações tecnológicas produziram uma torrente de informações tão grande que tornaram a escrita banal e empobrecidora.

c) tanto o Texto I quanto o Texto II revelam que o acesso à rede está interferindo na capacidade de leitura de crianças e adolescentes.

d) o Texto II apresenta marcas específicas da linguagem do Twitter que limitam a compreensão da tira em leitores que não são usuários do microblog.

e) o Texto I demonstra que o internetês produziu impactos na comunicação escrita, enquanto que o texto II nega esse fato.

QUEST�� 6 (I�sper – 2012)

Para divulgar a oferta de um plano de ligações ilimitadas, uma operadora de telefonia móvel apresentou, em seu anúncio publicitário, a seguinte frase:

Dentre as opções a seguir, a melhor substituição, no anúncio, para ”ASPAS“ é a) trapaças. b) cobranças. c) frescuras. d) burocracia. e) limite.

Page 5: Língua Portuguesa Colégio Santa Dorotéia Atividades para ... · Lembro bem da primeira vez que ouvi um amigo carioca usar a expressão, ... no gira-gira, dando impulso, como

Língua Portuguesa

Colégio Santa Dorotéia 5555

QUEST�� 7 (E�e� – 2014)

A História, mais ou menos

Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um piá de que tinha nascido um Guri. Viram o cometa no Oriente e tal e se flagraram que o Guri tinha pintado por lá. Os profetas, que não eram de dar cascata, já tinham dicado o troço: em Belém, da Judeia, vai nascer o Salvador, e tá falado. Os três magrinhos se mandaram. Mas deram o maior fora, Em vez de irem direto para Belém, como mandava o catálogo, resolveram dar uma incerta no velho Herodes, em Jerusalém, Pra quê! Chegaram lá de boca aberta e entregaram toda a trama. Perguntaram: Onde está o rei que acaba de

nascer? Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo. Quer dizer, pegou mal. Muito mal. O velho Herodes, que era um oligão, ficou grilado. Que rei era aquele? Ele é que era o dono da praça. Mas comeu em boca e disse: Joia. Onde é que esse guri vai se apresentar? Em que canal? Quem é o

empresário? Tem baixo elétrico? Quero saber tudo. Os magrinhos disseram que iam flagrar o Guri e na volta dicavam tudo para o coroa.

Verissimo, L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994

Na crônica de Verissimo, a estratégia para gerar o efeito de humor decorre do(a) a) linguagem rebuscada utilizada pelo narrador no tratamento do assunto. b) inserção de perguntas diretas acerca do acontecimento narrado. c) emprego de termos bíblicos de forma descontextualizada. d) contraste entre o tema abordado e a linguagem utilizada. e) caracterização dos lugares onde se passa a história.

QUEST�� 8 Leia a tirinha a seguir, retirada do blog de Lexy Soares.

Disponível em: <http://lexysoares.blogspot.com.br/2012_02_01_archive.html>

Nela, constata-se a presença da metalinguagem. EXPLIQUE como se deu a exploração dessa função da linguagem. ___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Page 6: Língua Portuguesa Colégio Santa Dorotéia Atividades para ... · Lembro bem da primeira vez que ouvi um amigo carioca usar a expressão, ... no gira-gira, dando impulso, como

Língua Portuguesa

Colégio Santa Dorotéia 6666

QUEST�� 9 Com base nos seus conhecimentos de variação linguística, EXPLIQUE como se dá a construção do humor no texto a seguir.

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

QUEST�� 10 Leia.

Considerando os elementos da comunicação estudados por nós (locutor, locutário, mensagem, código, canal e referente), EXPLICITE com base em que ocorreu o ruído na comunicação entre os personagens do texto em destaque. ___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

Page 7: Língua Portuguesa Colégio Santa Dorotéia Atividades para ... · Lembro bem da primeira vez que ouvi um amigo carioca usar a expressão, ... no gira-gira, dando impulso, como

Língua Portuguesa

Colégio Santa Dorotéia 7777

GABARIT� 1) c 2) SUGESTÃO DE RESPOSTA - Segundo a passagem, a expressão “demorou” é uma espécie de

“sim” modernizado e acrescido de uma ideia de atraso, de perda de tempo em relação à ação, como se os agentes já devessem tê-la executado. É uma típica demonstração de que a língua é um mecanismo vivo que se amplia e se modifica com o passar do tempo.

3)

a) Isolar elementos numa enumeração. b) Isolar a expressão “por exemplo”. c) Isolar uma informação complementar de tempo (adjunto adverbial). d) Antes da conjunção adversativa “mas”.

4) No infográfico há a presença das funções, a conativa e a referencial.

Uma vez que se trata de um texto de caráter apelativo, que tem a intenção de induzir o locutário a uma tomada de atitude, no caso diminuir o consumo da água, há o uso da conativa, com foco no receptor. Para fazer mostrar ao locutor a realidade do consumo de água no mundo, o texto faz uso de informações objetivas com dados precisos, daí a presença da função referencial, como foco no assunto.

5) d 6) a 7) d 8) A função metalinguística consiste na discussão do código, no processo criativo, por ele mesmo.

Uma vez que os personagem dos quadrinhos discutem o tipo de letra usada na confecção do próprio quadrinho, pode-se afirmar que o código foi colocado em destaque e que a metalinguagem ocorreu.

9) O primo de Chico Bento, garoto da cidade, que tem conhecimento da língua inglesa, canta para o

aniversariante o “parabéns pra você”, musica típica dos aniversários, em inglês. O menino do campo, que não tem o menor conhecimento da língua estrangeira, associa-a, pela fonética, a palavras do seu dialeto regional, mas não consegue produzir sentido. É justamente a semelhança fonética entre as palavras em inglês e português e a falta de compreensão de Chico que geram o humor nos quadrinhos.

10) SUGESTÃO DE RESPOSTA - O ruído aconteceu no referente que foi mal interpretado por um

interlocutor fora da comunicação. O garoto, que não estava na conversa, interpretou-a em outro contexto e não entendeu que a “pelada” a que o pai se referia era uma partida de futebol, daí sua cara de frustração ao ter que ficar vendo o pai jogar, enquanto ele esperava.