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PRÉ-HISTÓRIA IDADE ANTIGA IDADE MÉDIA IDADE MODERNA IDADE CONTEMPORÂNEA 4000 a.C. Surgimento da escrita 476 Queda do Império Romano do Ocidente 1453 Tomada de Constantinopla pelos turcos 1789 Revolução Francesa Linha do Tempo História Geral

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  • PR-HISTRIA IDADE ANTIGA IDADE MDIA IDADE MODERNA

    IDADE CONTEMPORNEA

    4000 a.C. Surgimento da escrita

    476 Queda do

    Imprio Romano do Ocidente

    1453 Tomada de

    Constantinopla pelos turcos

    1789 Revoluo Francesa

    Linha do Tempo Histria Geral

  • Principais acontecimentos Pr-Histria ( 3 000 000 a.C. a 4000 a.C.)

    Perodo Paleoltico Homens das cavernas. Principais atividades econmicas: caa,

    pesca, coleta. Nomadismo (as comunidades humanas se mudavam de acordo

    com a necessidade de alimento e gua)

    Perodo Neoltico Revoluo Agrcola (ou Revoluo Neoltica): o ser humano

    aprende agricultura e domesticao de animais. Isso permite a fixao dos homens em um lugar s, chamado de sedentarizao (oposto de nomadismo).

    Idade dos Metais

    Fabricao de ferramentas com metais (cobre, estanho e depois, ferro)

  • Principais acontecimentos Histria Antiga ( 4000 a.C. a 476)

    4000 a.C.: desenvolvimento da escrita Principais civilizaes: Mesopotmia e

    Egito (Antiguidade Oriental), Grcia (Atenas e Esparta) e Roma (Antiguidade Ocidental).

    Antiguidade Oriental: civilizaes prximas de rios (Mesopotmia rios Tigre e Eufrates; Egito rio Nilo), governos teocrticos e despticos (faras, reis, imperadores), servido coletiva, construo de grandes obras (pirmides, obras para irrigao), religio politesta (vrios deuses, muitas vezes antropozoomrficos) e crena na vida aps a morte (mumificao).

  • Antiguidade Ocidental: Grcia: cidades-Estado ou plis

    (cidades autnomas poltica, econmica e militarmente); sociedade escravista ( do escravismo moderno, baseado na cor da pele). Duas polis so mais importantes: Atenas: Desenvolvimento dos conceitos de

    cidadania e democracia (a cidadania grega era limitada a homens livres adultos); desenvolvimento de cincia, medicina e filosofia. Era uma cidade de navegadores, agricultores, filsofos e artistas.

    Esparta: Cidade militarista, aristocrtica e conservadora.

    Houve um perodo de expanso da Grcia (Macednia), em que se fundiram as culturas grega (helnica) e oriental. A esse fenmeno chamamos helenismo.

    Roma: Sociedade escravista, conceito de cidadania, legislao (direito) que tem influncia at hoje, lngua latina, , arte, incio do cristianismo, poltica do po e circo.

  • Principais acontecimentos Idade Mdia (476 a 1453)

    Invases brbaras (germnicas) sobre o Imprio Romano do Ocidente.

    Sociedade: estamental (com pouca mobilidade entre as camadas sociais) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Catlica) tinha um grande poder, pois era responsvel pela proteo espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dzimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses, escravos) e pequenos artesos. Os servos deviam pagar vrias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corveia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produo), banalidades (taxas pagas pela utilizao do moinho e forno do senhor feudal).

  • Estrutura poltica: o poder (jurdico, econmico e poltico) estava nas mos dos senhores feudais, os quais se organizavam atravs de relaes de suserania e vassalagem. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este ltimo deveria prestar fidelidade e ajuda militar ao seu suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteo e um lugar no sistema de produo. As redes de vassalagem se estendiam por vrias regies, sendo o rei o suserano mais poderoso.

  • Economia Medieval: A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Mdia, porm eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias (in natura) eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econmica deste perodo, pois quem tinha a terra possua mais poder. O feudo era constitudo pelo manso Senhorial (terras de domnio do senhor feudal como o moinho e o castelo), manso servil (rea de produo de subsistncia dos servos) e terras comunais (lugar onde os servos podiam coletar madeira, fazer pastagens, etc. O artesanato tambm era praticado na Idade Mdia. A produo era baixa, pois as tcnicas de trabalho agrcola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.

    Religio: Na Idade Mdia, a Igreja Catlica dominava o cenrio religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Mdia. A igreja tambm tinha grande poder econmico, pois possua terras em grande quantidade e at mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsveis pela proteo espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bblia.

  • Educao, cultura e arte medieval: A educao era para poucos, pois s os filhos dos nobres estudavam. Esta era marcada pela influncia da Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e tticas de guerras. Grande parte da populao medieval era analfabeta e no tinha acesso aos livros. A arte medieval tambm era fortemente marcada pela religiosidade da poca. As pinturas retratavam passagens da Bblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar populao um pouco mais sobre a religio. Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi fortemente influenciada pela religio. Na arquitetura destacou-se a construo de castelos, igrejas e catedrais. No campo da Filosofia, podemos destacar a escolstica (linha filosfica de base crist), representada pelo padre dominicano, telogo e filsofo italiano So Toms de Aquino.

  • Fim da Idade Mdia crise do sculo XIV Fome: As oscilaes de ndice populacional faziam com

    que a fome fosse uma ameaa constante. A situao se agravou por volta de 1316 quando a populao aumentou e a falta de alimentos tomou conta da Europa.

    Guerra: Algumas guerras eclodiram e dizimaram o que havia sobrado da populao. A pior delas foi a Guerra dos Cem Anos, conflito entre a Inglaterra e a Frana.

    Peste: Historiadores calculam que aproximadamente um tero dos habitantes morreram desta doena. A Peste Negra era transmitida atravs da picada de pulgas de ratos doentes. Como as cidades medievais no tinham condies higinicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente. Como os conhecimentos mdicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa.

    Revoltas camponesas ou Jacqueries: aps a Peste Negra, a populao europeia diminuiu muito. Muitos senhores feudais resolveram aumentar os impostos, taxas e obrigaes de trabalho dos servos sobreviventes. Em muitas regies da Inglaterra e da Frana estouraram revoltas camponesas contra o aumento da explorao dos senhores feudais. Combatidas com violncia por partes dos nobres, muitas foram sufocadas e outras conseguiram conquistar seus objetivos, diminuindo a explorao e trazendo conquistas para os camponeses.

    Esses fatores sinalizaram o fim da Idade Mdia, da estrutura e das relaes de trabalho feudais.

  • A Idade Mdia (476 a 1453) costuma ser conhecida como a poca em que a economia europeia esteve praticamente estagnada. Essa afirmao feita porque a maior parte da populao vivia nos feudos, que eram grandes reas cercadas e isoladas uma das outras, com uma economia quase autossuficiente. Desse modo, costuma-se dizer que o comrcio de produtos praticamente desapareceu no perodo medieval.

    No entanto, devemos relativizar essa ideia. Durante a Idade Mdia continuaram a existir profissionais como os artesos (ferreiros e construtores de mquinas, por exemplo), comerciantes e negociantes. As pessoas no deixaram de adquirir certos equipamentos fundamentais prtica da agricultura (como enxadas e arados), que eram, portanto, fabricados e comercializados. Ainda que essas atividades de comrcio tenham sido bastante restritas, numa Europa separada por feudos e ameaada por guerras entre os povos do continente, isso no significa que elas tenham desaparecido, ou que no tenha havido desenvolvimento de tecnologia e cincia durante esse perodo.

  • Principais acontecimentos Idade Moderna (1453 a 1789)

    Caractersticas gerais: O fato que a Histria Moderna representa um perodo de diversificao dos costumes e das tradies medievais. As relaes humanas e as formas de interpretar o mundo se alteram. O novo perodo oferece novas reflexes e recupera a grandiosa cultura da Antiguidade.

    A Histria Moderna fruto de inovaes que comearam a se desenvolver ainda durante a Idade Mdia. A fase final deste perodo viu crescer o comrcio atravs das feiras, das Cruzadas e dos Burgos. O renascimento do comrcio fez nascer uma nova classe social: os burgueses. Estes seriam os homens que conduziriam as alteraes sociais no novo perodo atravs do desenvolvimento do nascente Capitalismo.

  • Grandes Navegaes: Durante os sculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhis, lanaram-se nos oceanos Pacfico, ndico e Atlntico com dois objetivos principais: descobrir uma nova rota martima para as ndias e encontrar novas terras. Chegada dos europeus s Amricas e

    colonizao dessas terras. Brasil: Perodo colonial (escravido,

    capitanias hereditrias e sesmarias, governo geral, engenhos de cana-de-acar baseados no sistema de plantation, incio da minerao, colonizao mais litornea).

    Amrica hispnica: Encontro com grandes civilizaes pr-colombianas: incas, maias e astecas, os quais possuam religio, economia, poltica e sociedade muito bem estruturadas e desenvolvidas. A colonizao aqui se desenvolve no interior do continente, baseada na minerao de ouro e prata e utilizando servido indgena.

  • Renascimento comercial e urbano: Os pequenos burgos (cidades) comearam a crescer e se tornar importantes concentraes de trabalhadores livres e comerciantes, onde passaram a ser organizadas feiras permanentes, o que resultou no surgimento de inmeras cidades. As cidades voltaram a se tornar importantes ncleos econmicos. Ao mesmo tempo, isso indicou tambm a decadncia dos vnculos feudais, pois os moradores da cidade passaram a negociar com os senhores o fim do pagamento de tributos e servios. O aumento da liberdade poltica e econmica foi propiciando o aprimoramento do trabalho urbano. Os artesos, que faziam os produtos consumidos pelos europeus, passaram a ser organizar em entidades para alm de suas cidades. Para isso, formaram as guildas e as corporaes de ofcios, que eram associaes de trabalhadores de determinadas profisses.

  • Renascimento cultural: a intensificao artstica e cientfica que ocorreu nos sculos XV e XVI na Europa. Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteo e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da poca. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populaes das regies onde atuavam. Neste perodo, era muito comum as famlias nobres encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas. Cidades como Veneza, Florena e Gnova tiveram um expressivo movimento artstico e intelectual. Por este motivo, a Itlia passou a ser conhecida como o bero do Renascimento.

    Principais caractersticas do Renascimento cultural: Valorizao da cultura greco-romana. Para os artistas da poca renascentista, os gregos

    e romanos possuam uma viso completa e humana da natureza, ao contrrio dos homens medievais (que valorizavam mais o divino e viam o homem como um ser incompleto, imperfeito);

    Enquanto na Idade Mdia a vida do homem devia estar centrada em deus (teocentrismo), nos sculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo);

    A razo e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista, principalmente os cientistas, passam a utilizar mtodos experimentais e de observao da natureza e universo (empirismo).

  • Mercantilismo: Poltica econmica adotada na Europa durante o Antigo Regime (sculos XVI a XVIII). O governo absolutista (ver prximo slide) interferia muito na economia dos pases. O objetivo principal destes governos era alcanar o mximo possvel de desenvolvimento econmico, atravs do acmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um reino, maior seria seu prestgio, poder e respeito internacional.

    Principais caractersticas do Mercantilismo: Metalismo ou bulionismo: Acmulo de metais preciosos, especificamente o

    ouro e a prata. Industrializao: o governo estimulava o desenvolvimento de indstrias em

    seus territrios. Como o produto industrializado era mais caro do que matrias-primas ou gneros agrcolas, exportar manufaturados era certeza de bons lucros.

    Protecionismo Alfandegrio: os reis criavam impostos e taxas para evitar ao mximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indstria nacional e tambm evitar a sada de moedas para outros pases.

    Pacto Colonial: as colnias europeias deveriam fazer comrcio apenas com suas metrpoles. Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos no encontrados na Europa. Dentro deste contexto histrico ocorreu o ciclo econmico do acar no Brasil Colonial.

    Balana Comercial Favorvel: o esforo era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o pas em boa situao financeira.

  • Absolutismo: Forte centralizao poltica nas mos dos reis. A burguesia comercial forneceu apoio poltico e financeiro aos reis, que em troca, criaram um sistema administrativo eficiente, unificando moedas e impostos e melhorando a segurana dentro de seus reinos. Nesta poca, o rei concentrava praticamente todos os poderes (da vem o termo absolutismo, seu poder era quase absoluto). Criava leis sem autorizao ou aprovao poltica da sociedade. Criava impostos, taxas e obrigaes de acordo com seus interesses econmicos. Agia em assuntos religiosos, chegando, at mesmo, a controlar o clero em algumas regies. Todos os luxos e gastos da corte eram mantidos pelos impostos e taxas pagos, principalmente, pela populao mais pobre, a qual tinha pouco poder poltico para exigir ou negociar. Os reis usavam a fora e a violncia de seus exrcitos para reprimir, prender ou at mesmo matar qualquer pessoa que fosse contrria aos interesses ou leis definidas pelos monarcas.

  • Reforma Protestante: A Igreja Catlica vinha, desde o final da Idade Mdia, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupaes materiais estavam tirando o objetivo catlico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. A burguesia comercial estava cada vez mais inconformada, pois os clrigos catlicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, tpicos de um capitalismo emergente, eram vistos como prticas condenveis pelos religiosos. Os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos comandos que eram prprios da realeza. O novo pensamento renascentista tambm fazia oposio aos preceitos da Igreja. O homem renascentista, comeava a ler mais e formar uma opinio cada vez mais crtica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, comearam a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na cincia e na busca da verdade atravs de experincias e da razo. Neste contexto, surgiram pessoas que contestaram (protestaram contra) os comportamentos da Igreja Catlica, inclusive fundando novas correntes religiosas. Reforma Luterana (Alemanha): O monge alemo Martinho Lutero foi um dos primeiros

    a contestar fortemente os dogmas da Igreja Catlica. Afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam vrios pontos da doutrina catlica.

    Reforma Calvinista (Frana): De acordo com Calvino, a salvao da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa ideia calvinista, atraiu muitos burgueses e banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores tambm viram nesta nova religio uma forma de ficar em paz com sua religiosidade.

    Reforma Anglicana (Inglaterra): O rei Henrique VIII funda o anglicanismo, que se torna a religio oficial da Inglaterra, e aumenta seu poder e suas posses, j que retirou da Igreja Catlica uma grande quantidade de terras.

  • Contrarreforma Catlica: Preocupados com os avanos do protestantismo e com a perda de fiis, bispos e papas renem-se na cidade italiana de Trento (Conclio de Trento) com o objetivo de traar um plano de reao. No Conclio de Trento ficou definido: Catequizao dos habitantes de terras

    descobertas, atravs da ao dos jesutas;

    Retomada do Tribunal do Santo Ofcio Inquisio : punir e condenar os acusados de heresias;

    Criao do Index Librorium Proibitorium (ndice de Livros Proibidos): evitar a propagao de idias contrrias Igreja Catlica.

  • Iluminismo: Este movimento surgiu na Frana do sculo XVII e defendia o domnio da razo sobre a viso teocntrica que dominava a Europa desde a Idade Mdia. Segundo os filsofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propsito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade. Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenas religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evoluo do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questes que, at ento, eram justificadas somente pela f.

    Sculo das Luzes: O apogeu deste movimento foi atingido no sculo XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Sculo das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na Frana, onde influenciou a Revoluo Francesa atravs de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Tambm teve influncia em outros movimentos sociais como na independncia das colnias inglesas na Amrica do Norte e na Inconfidncia Mineira, ocorrida no Brasil.

  • Revoluo Francesa (1789): A situao da Frana no sculo XVIII era de extrema injustia social na poca do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza. A Frana era um pas absolutista nesta poca. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justia, a poltica e at mesmo a religio dos sditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores no podiam votar, nem mesmo dar opinies na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (priso poltica da monarquia) ou condenados guilhotina. O clero tinha o privilgio de no pagar impostos. A nobreza, formada pelo rei, sua famlia, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como j dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema misria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condio social melhor, desejava uma participao poltica maior e mais liberdade econmica em seu trabalho.

  • A situao social era to grave e o nvel de insatisfao popular to grande que o povo foi s ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionrios foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o incio do processo revolucionrio, pois a priso poltica era o smbolo da monarquia francesa. O lema dos revolucionrios era Liberdade, Igualdade e Fraternidade, pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francs. Durante o processo revolucionrio, grande parte da nobreza deixou a Frana, porm a famlia real foi capturada enquanto tentava fugir do pas. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793.O clero tambm no saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revoluo. No ms de agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado. Este importante documento trazia significativos avanos sociais, garantindo direitos iguais aos cidados, alm de maior participao poltica para o povo.

  • Girondinos e Jacobinos: Aps a revoluo, o terceiro estado comea a se transformar e partidos comeam a surgir com opinies diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participao maior dos trabalhadores urbanos e rurais na poltica. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participao popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam tambm profundas mudanas na sociedade que beneficiassem os mais pobres.

    A Fase do Terror: Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organizao as guardas nacionais. Estas, recebem ordens dos lderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposio foram condenados a morte neste perodo. A violncia e a radicalizao poltica so as marcas desta poca.

    Napoleo Bonaparte implantao do governo burgus: Em 1795, os girondinos assumem o poder e comeam a instalar um governo burgus na Frana. Uma nova Constituio aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos polticos e econmico. O general francs Napoleo Bonaparte colocado no poder, aps o Golpe de 18 de Brumrio (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burgus. Napoleo assumi o cargo de primeiro-cnsul da Frana, instaurando uma ditadura.

  • A Revoluo Francesa foi um importante marco na Histria Moderna da nossa civilizao. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilgios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domnio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revoluo. Os ideais polticos (principalmente iluministas) presentes na Frana antes da Revoluo Francesa tambm influenciaram a independncia de alguns pases da Amrica Espanhola e o movimento de Inconfidncia Mineira no Brasil.

  • Revoluo Industrial: A Revoluo Industrial teve incio no sculo XVIII, na Inglaterra, com a mecanizao dos sistemas de produo. Enquanto na Idade Mdia o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, vida por maiores lucros, menores custos e produo acelerada, buscou alternativas para melhorar a produo de mercadorias. O sculo XVIII foi marcado pelo grande salto tecnolgico nos transportes e mquinas. As mquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a mquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preo de mercadorias e acelerou o ritmo de produo.

  • As fbricas do incio da Revoluo Industrial no apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condies das fbricas eram precrias. Eram ambientes com pssima iluminao, abafados e sujos. Os salrios recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar at 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos fsicos dos patres. No havia direitos trabalhistas como, por exemplo, frias, dcimo terceiro salrio, auxlio doena, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefcio. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxlio e passavam por situaes de precariedade.

    Em muitas regies da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condies de trabalho. Os empregados das fbricas formaram as trade unions (espcie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condies de trabalho dos empregados. Houve tambm movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Tambm conhecidos como "quebradores de mquinas", os ludistas invadiam fbricas e destruam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relao a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuao, pois optou pela via poltica, conquistando diversos direitos polticos para os trabalhadores.

  • A Revoluo Industrial tornou os mtodos de produo mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preo e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou tambm o nmero de desempregados. As mquinas foram substituindo, aos poucos, a mo-de-obra humana. A poluio ambiental, o aumento da poluio sonora, o xodo rural e o crescimento desordenado das cidades tambm foram consequncias nocivas para a sociedade.

  • Principais acontecimentos Idade Contempornea (1789 a hoje)

    Guerras Napolenicas (1799-1815) Independncia da Amrica

    Espanhola (1808-1829) e da Amrica Portuguesa (1822)

    Imperialismo na frica e na sia Guerra Civil dos Estados Unidos

    (1861-1865)

    Unificao da Itlia e da Alemanha (1870, 1871)

    Belle poque (1871-1914) Primeira Guerra Mundial (1914-

    1918)

    Revoluo Russa (1917) Crise de 1929

    Modernismo Comunismo Fascismo e Nazismo Segunda Guerra Mundial (1939-

    1945)

    Descolonizao da frica (dc. 1940-dc. 1980)

    Guerra Fria (1945-1991) Atentados de 11 de setembro

    (2001)

    Crise econmica de 2008-2009 Primavera rabe de 2010-2011

  • Fontes

    http://www.suapesquisa.com/