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LISTA DE TABELAS Tabela 01. Volume de Corte e Aterro ......................................................................... 8 Tabela 02. Muros de Arrimo ....................................................................................... 8 Tabela 03. Delimitação das sub-bacias de drenagem ............................................. 11 Tabela 04. Dimensionamento das Canaletas........................................................... 12 Tabela 05. Escadas Hidráulicas ............................................................................... 13

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01. Volume de Corte e Aterro ......................................................................... 8

Tabela 02. Muros de Arrimo ....................................................................................... 8

Tabela 03. Delimitação das sub-bacias de drenagem ............................................. 11

Tabela 04. Dimensionamento das Canaletas........................................................... 12

Tabela 05. Escadas Hidráulicas ............................................................................... 13

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Ferreira Costa Engenharia e Consultoria Ltda. (37) 3351-2221 / 9966-1647 – [email protected]

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1

2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PROJETO ..................................................... 2

2.1. Estabilidade local e global das intervenções propostas ............................... 2

2.1.1.1. Estabilidade Local ................................................................................. 2

2.1.1.2. Estabilidade Global ............................................................................... 5

2.2. Pontos de Intervenções Propostos ..................................................................... 7

2.2.1. Corte e Aterro .............................................................................................. 7

2.2.2. Muro de Arrimo ............................................................................................ 8

2.2.3. Parâmetros Hidrológicos utilizados nas Obras de Drenagem ...................... 8

2.2.3.1. Área de Drenagem (A) .......................................................................... 9

2.2.3.2. Coeficiente de Impermeabilização (C) .................................................. 9

2.2.3.3. Período de Recorrência (T) ................................................................... 9

2.2.3.4. Duração da Chuva de Projeto (D) ......................................................... 9

2.2.3.5. Intensidade da Chuva de Projeto (I) ...................................................... 9

2.2.3.6. Cálculo Vazões das Bacias ................................................................. 10

2.2.3.7. Canaletas de Drenagem...................................................................... 11

2.2.3.8. Escada Hidráulica ............................................................................... 12

3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ........................................................................ 13

3.2. Especificações Gerais ...................................................................................... 13

3.3. Especificações Complementares ..................................................................... 13

3.3.1. Condução da Obra ..................................................................................... 13

3.3.2. Qualidade da Obra ..................................................................................... 14

3.3.3. Imprevistos da Obra ................................................................................... 15

3.3.4. Segurança e Meio Ambiente ...................................................................... 15

3.3.5. Locação de Obra ....................................................................................... 15

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Ferreira Costa Engenharia e Consultoria Ltda. (37) 3351-2221 / 9966-1647 – [email protected]

1. INTRODUÇÃO

O presente Memorial Técnico é parte integrante dos projetos de contenção de encostas das

áreas de risco da Vila Morro Vermelho, localizada na cidade de Contagem/MG. Tal documento

visa criar diretrizes e estabelecer normas necessárias a uma execução satisfatória dos serviços

nele referidos.

Como o interior da área está parcialmente ocupado optou-se, nesse projeto, por uma solução

que cause o menor impacto para a população residente. Nesta diretriz a concepção se deu por

muros de arrimo, padrão URBEL, acompanhando as curvas de nível.

Os muros de arrimo padrão URBEL são muros sob estacas de fundação ou tubulões,

escavados manualmente, moldados “in loco”, com pilares em concreto armado, e paramento

arrimado em blocos de concreto preenchidos com ferragem e concreto estrutural. O processo

construtivo destas contenções, por exigir poucos equipamentos (e de pequeno porte)

representa menor impacto na comunidade, com menores requisitos de área e de acessos.

Ressalta-se que o presente documento, deve ser seguido na íntegra e em caso de dúvidas

quanto à interpretação do texto, ou até mesmo dos projetos, esta consultoria e a

FISCALIZAÇÃO da obra deverão ser consultadas.

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2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PROJETO

2.1. Estabilidade local e global das intervenções propostas

2.1.1.1. Estabilidade Local

Na Vila Morro Vermelho foram analisadas algumas áreas de riscos, como visto anteriormente,

encontrando-se fatores de segurança insuficientes para a segurança exigida.

Para obter os fatores de segurança necessária foram propostos muros de arrimo realizando a

contenção das encostas, seccionando os taludes inseguros, em outros menores, obtendo-se

fatores adequados.

Para verificar a estabilidade dos taludes foi considerado o tipo de solo local, a inclinação e

altura dos taludes. A análise foi realizada no programa computacional GeoStudio (módulo

Slope), método Fellenius (ou Ordinário). Os parâmetros utilizados são os seguintes:

a) Argila:

✓ Ângulo de atrito: 24º; ✓ Peso específico: 19kN/m³; ✓ Coesão efetiva: 2,0 tf/m².

b) Argila Siltosa:

✓ Ângulo de atrito: 24º; ✓ Peso específico: 19kN/m³; ✓ Coesão efetiva: 3,0 tf/m².

c) Silte Arenoso:

✓ Ângulo de atrito: 27°; ✓ Peso específico: 20 kN/m³; ✓ Coesão efetiva: 3,0 tf/m².

A análise baseou-se em procurar uma altura de talude para a qual o fator de segurança (FS)

fosse maior ou igual a 1,5.

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Ferreira Costa Engenharia e Consultoria Ltda. (37) 3351-2221 / 9966-1647 – [email protected]

Entende-se, então, que limitando-se as alturas de projeto às encontradas na análise do

GeoSlope, o solo terá uma estabilidade local com FS maior ou igual a 1,5.

A seguir estão os perfis das piores situações encontradas na Vila Morro Vermelho.

SUPERFÍCIE DE RUPTURA

Name: ARGILA SILTOSA

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 19 kN/m³

Cohesion: 30 kPa

Phi: 24 °

Name: ARGILA

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 19 kN/m³

Cohesion: 20 kPa

Phi: 24 °

Name: SILTE ARENOSO

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 20 kN/m³

Cohesion: 30 kPa

Phi: 27 °

PERFIL 01 - TERRENO NATURAL- FS - 2,2

COMPRIMENTO

0 10 20 30 40 50

AL

TU

RA

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

SUPERFÍCIE DE RUPTURA

Name: ARGILA

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 19 kN/m³

Cohesion: 20 kPa

Phi: 24 °

Name: SILTE ARENOSO

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 20 kN/m³

Cohesion: 30 kPa

Phi: 27 °

Name: ARGILA SILTOSA

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 19 kN/m³

Cohesion: 30 kPa

Phi: 24 °

PERFIL 03 - TERRENO NATURAL- FS - 2,1

COMPRIMENTO

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

AL

TU

RA

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

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SUPERFÍCIE DE RUPTURA

Name: ARGILA SILTOSA

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 19 kN/m³

Cohesion: 30 kPa

Phi: 24 °

Name: ARGILA

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 19 kN/m³

Cohesion: 20 kPa

Phi: 24 °

Name: SILTE ARENOSO

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 20 kN/m³

Cohesion: 30 kPa

Phi: 27 °

PERFIL 05 - TERRENO NATURAL- FS - 1,6

COMPRIMENTO

0 10 20 30 40 50

AL

TU

RA

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

SUPERFÍCIE DE RUPTURA

Name: ARGILA SILTOSA

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 19 kN/m³

Cohesion: 30 kPa

Phi: 24 °

Name: ARGILA

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 19 kN/m³

Cohesion: 20 kPa

Phi: 24 °

Name: SILTE ARENOSO

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 20 kN/m³

Cohesion: 30 kPa

Phi: 27 °

PERFIL 06 - TERRENO NATURAL- FS - 1,9

COMPRIMENTO

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

AL

TU

RA

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

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2.1.1.2. Estabilidade Global

SUPERFÍCIE DE RUPTURA

Name: ARGILA SILTOSA

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 19 kN/m³

Cohesion: 30 kPa

Phi: 24 °

Name: ARGILA

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 19 kN/m³

Cohesion: 20 kPa

Phi: 24 °

Name: SILTE ARENOSO

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 20 kN/m³

Cohesion: 30 kPa

Phi: 27 °

PERFIL 07 - TERRENO NATURAL- FS - 1,7

COMPRIMENTO

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

AL

TU

RA

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

SUPERFÍCIE DE RUPTURA

Name: ARGILA

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 19 kN/m³

Cohesion: 20 kPa

Phi: 24 °

Name: ARGILA SILTOSA

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 19 kN/m³

Cohesion: 30 kPa

Phi: 24 °

Name: SILTE ARENOSO

Model: Mohr-Coulomb

Unit Weight: 20 kN/m³

Cohesion: 30 kPa

Phi: 27 °

PERFIL 12 - TERRENO NATURAL- FS - 2,1

COMPRIMENTO

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

AL

TU

RA

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

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Para a análise da estabilidade global dos taludes recorreu-se à verificação da estabilidade local

do muro sobre estacas/tubulões, padrão URBEL. Na lógica, se o muro proposto em posição

central ao talude, dividindo-o em 2 de alturas parecidas, atravessando a curva de ruptura global

provável, está estável, pode-se afirmar que a estabilidade global é atendida, restando avaliar a

estabilidade local do talude inferior.

Para a avaliação da estabilidade local do muro, suportando o talude superior, recorreu-se ao

uso de software de cálculo estrutural que permitisse avaliar a interação estacas/solo,

considerando o efeito elástico. Foi empregado o Eberick Next Gold, da AltoQi, que possui estes

recursos, sendo possível, também, verificar o detalhamento feito pela URBEL.

Como se faz, praticamente em todos os casos, pequeno desaterro em corte para a inserção

das estacas, aproveitando o solo escavado para configurar o aterro atrás do muro, obtêm-se

terraplano superior e inferior ao muro feito, condição que valida a hipótese de cálculo desta

verificação e a considerada pela URBEL, no desenvolvimento de seus padrões.

A URBEL considera sobrecarga distribuída de 700 kgf/m², no terraplano superior, que além de

simular prováveis efeitos de máquinas/veículos garante empuxo superior ao obtido pelo efeito

da inclinação do talude. Nesta verificação também foi considerada esta sobrecarga, validando

o uso do muro padrão.

A seguir apresentamos os padrões de cálculo, alinhados com o padrão URBEL:

✓ Terrapleno plano;

✓ Sobrecarga/efeito da inclinação: 700 kgf/m²;

✓ Peso específico do solo: 1800 kgf/m³;

✓ Ângulo de atrito do solo: 27o;

✓ Coesão: 0,3 kgf/cm²;

✓ Peso específico do concreto: 2500 kgf/m³;

✓ Concreto fck 20 MPa;

✓ Cobrimento das armações: 3 cm;

✓ Presença de drenagem efetiva, sem pressão de água;

✓ Solo de apoio dos tubulões: Silte Arenoso medianamente compacto;

✓ Coeficiente de empuxo ativo: 0,4;

✓ Vinculo com o solo: elástico em x, y e z;

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✓ Coeficiente de mola vertical do solo: 9.600 tf/m³;

✓ Coeficiente de Poisson: 0,3;

✓ Coeficiente de recalque horizontal: 2.880 tf/m³;

✓ Tensão admissível no solo (ponta do tubulão): 6,0 kgf/cm²;

À partir destas condições de contorno, processando as diversas hipóteses condizentes com os

muros empregados, chegou-se às conclusões:

✓ Todas as verificações feitas se mostraram estáveis, atestando o padrão de

muros usado pela URBEL;

✓ As flechas nos muros mostraram-se inferiores aos limites normativos (L/125);

✓ Os comprimentos de fundações profundas estipulados pela URBEL foram

suficientes para transpor com segurança a curva de ruptura global e para dar

estabilidade aos muros lançados;

✓ As ferragens obtidas nos pilares e nas estacas de fundação estão coerentes (as

vezes um pouco menor) que as ferragens do padrão URBEL;

✓ Os muros inseridos em posições intermediárias aos taludes globais foram

suficientes para assegurar a estabilidade global.

2.2. PONTOS DE INTERVENÇÕES PROPOSTOS

2.2.1. Corte e Aterro

Foram lançados no projeto 07 cortes para identificar os volumes de cortes e aterros na

colocação dos muros e nos retaludamentos, como mostrado nas tabelas 01.

Projeto: MORRO VERMELHO

RETALUDAMENTO/MUROS

IDENT. ÁREAS VOLUME

PERFIL CORTE ATERRO DISTÂNCIA CORTE ATERRO

01 1,06

9,95 10,54 0,00

02 0,56 8,45 4,73 0,00

03 8,91 12,34 109,95 0,00

04 9,22 5,60 51,63 0,00

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05 2,98 0,11 18,12(5,97) 54,00 0,66

06 0,36 0,39 8,00(21,94) 2,88 8,56

07 0,19 0,29 15,18(21,94) 2,88 2,90

08 1,71 0,20 22,18(21,68) 37,93 4,34

09 2,05 0,85(m) 14,30(43) 29,31 36,55

10 1,27 0,85 (m) 27,80(43) 35,31 36,55

SOMA 339,16 89,56

Tabela 01. Volume de Corte e Aterro

O projeto terá uma sobra de 299,6 m³ de terra (corte-aterro+alinhamento taludes) 67,29 m³

limpeza do terreno, 13,03 m³ na drenagem superficial e 396,02 m³ na construção dos muros de

arrimo. Contudo a obra terá uma sobra de 752,94 m³.

Muro de Arrimo

Serão construídos 08 muros com altura variando entre 2,20 e 5,0 m e com comprimento total

de 110,00 m. Encontram-se em anexo o detalhamento dos muros. A Tabela 02 refere-se à

caracterização dos muros.

IDENTIFICAÇÃO COTA TOPO COMPRIMENTO ALTURA

M-01 864,53 9,50 4,60

M-02 864,40 3,78 5,00

M-03 864,15 5,97 5,00

M-04 865,04 2,20 4,60

M-05 867,57 1,93 2,40

M-06 867,00 21,68 3,20

M-07 866,00 21,94 2,20

M-08 867,00 43,00 3,20

Tabela 02. Muros de Arrimo

2.2.2. Parâmetros Hidrológicos utilizados nas Obras de Drenagem

Entende-se por drenagem a captação e/ou captação dos escoamentos de áreas urbanizadas

desprovidas de infraestrutura para drenagem.

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2.2.2.1. Área de Drenagem (A)

A área total de drenagem é de 4.223,06m², dividida em 09 sub-bacias de escoamento.

2.2.2.2. Coeficiente de Impermeabilização (C)

O coeficiente de impermeabilização considerado foi de 46,9%.

2.2.2.3. Período de Recorrência (T)

Será adotado um período de recorrência 10 anos.

2.2.2.4. Duração da Chuva de Projeto (D)

A duração de chuva de projeto deve igualar ao tempo de concentração (tc)

D = tc = 10 min = 0,17 h

2.2.2.5. Intensidade da Chuva de Projeto (I)

De acordo com a Instrução Técnica Elaboração de Estudos e Projetos de Drenagem para a

cidade de BH da SUDECAP, as intensidades de chuvas deverão ser calculadas através da

equação de chuvas intensas apresentada na dissertação de mestrado de Márcia Maria

Guimarães Pinheiro (Escola de Engenharia da UFMG, Orientador: Prof. Mauro Naghettini,

1997) estabelecida com base nas relações intensidade-duração-frequência e de ietogramas

típicos de distribuição temporal, para as precipitações históricas da Região Metropolitana de

BH.

A expressão geral da equação é:

IT,i= 0,76542 x D-0,7059 x P0,5360 x μT,d

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IT,ié a estimativa da intensidade de chuva no local “i” associada ao período de retorno T

(mm/h).

D é a duração da chuva (horas). P é a precipitação média anual no local “i” (mm).

μT,dé o quantil adimensional de frequência regional associado ao período de retorno T e à

duração d (tabelado). A tabela 1 (Quantis Adimensionais de Frequência Regional μT,d), da

Instrução Técnica da SUDECAP, mostra o valor utilizado de 1,4233.

A precipitação média anual a ser adotada nos estudos e projetos de microdrenagem, no

município de Belo Horizonte, será de 1.500 mm.

Chegou-se então em uma intensidade de chuva de 194,48 mm/h.

2.2.2.6. Cálculo Vazões das Bacias

Pelo Método Racional C x I x A, foram encontradas as vazões de drenagem para cada bacia e

dimensionadas as canaletas através do caminhamento da água proposto pelo projeto.

Optou-se por um sistema superficial composto por:

• 10 canaletas meia-cana de concreto, diâmetros de 20 e 30cm, com comprimento total

de 116,17 m;

• 01 escada hidráulica para dissipação de energia, com comprimento total de 4,0 m;

• 01 Boca de lobo simples;

• 16,57 m Tubo de concreto armado com DN 400 mm;

• 06 Caixas de Passagem;

• 02 Caixa de drenagem superficial.

A Tabela 03 mostra a delimitação das sub-bacias de drenagem.

ESTUDO HIDROLÓGICO - MICRODRENAGEM

MORRO VERMELHO

Sub-Bacias Dados da Bacia

Escoamento Vazão

Área de Drenagem

Área (m²) C Q

min m³/s

4.223,06 -

0,107

BACIA 01 1.479,28

46,9%

0,0375

BACIA 02 732,00

46,9%

0,0186

BACIA 03A 469,26 46,9%

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0,0119

BACIA 03B 149,27

46,9%

0,0038

BACIA 04A 264,98

46,9%

0,0067

BACIA 04B 40,24

46,9%

0,0010

BACIA 05 93,39

46,9%

0,0024

BACIA 06A 489,12

46,9%

0,0124

BACIA 06B 505,52

46,9%

0,0128

Resumo 4.223,06

0,1071

Tabela 03. Delimitação das sub-bacias de drenagem

2.2.2.7. Canaletas de Drenagem

As canaletas foram dimensionadas através da equação de Manning.

Cálculo de Vazão das Canaletas

Equação 01

Onde:

Q = Vazão em m³/s;

n = Rugosidade do material;

Rh = Raio Hidráulico = 𝐴𝑚

𝑃𝑚;

Am = Área Molhada;

Pm = Perímetro molhado;

S = Área molhada;

i = Inclinação.

Cálculo da Velocidade

iSRhn

Q .1

3

2

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Equação 02

A tabela 04 mostra o dimensionamento das canaletas.

DIMENSIONAMENTO DAS CANALETAS DE DRENAGEM PLUVIAL - MORRO VERMELHO

CANALETA Q (m³/s) D Manning (n) i h v

y/D Compr.

Projeto Máxima (mm) - (%) (mm) m/s (m)

C - 01 0,0186 0,031 300 0,014 0,50 114,0 0,79 0,380 20,14

DC - 01 0,0186 0,434 300 0,014 95,24 30,9 5,07 0,103 2,10

C - 02 0,0119 0,031 300 0,014 0,50 87,9 0,69 0,293 16,00

C - 03 0,0038 0,011 200 0,014 0,50 56,8 0,52 0,284 3,25

C - 04 0,0067 0,011 200 0,014 0,50 76,6 0,61 0,383 12,74

C - 05 0,0010 0,010 200 0,014 0,50 29,4 0,35 0,147 1,00

C - 06 0,0024 0,010 200 0,014 0,50 45,0 0,45 0,225 37,89

DC-02 0,0024 0,117 200 0,014 67,64 13,8 2,53 0,069 1,48

C - 07 0,0124 0,030 300 0,014 0,50 90,0 0,70 0,300 10,89

C - 08 0,0128 0,029 300 0,014 0,50 91,5 0,70 0,305 10,69

Tabela 04. Dimensionamento das Canaletas

2.2.2.8. Escada Hidráulica

As escadas hidráulicas foram calculadas através das equações de Manning.

Equação 01

Equação 02

A tabela 05 mostra o dimensionamento das escadas hidráulicas.

SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL - MORRO VERMELHO

DIMENSIONAMENTO DAS ESCADAS HIDRÁULICAS DE DRENAGEM PLUVIAL

ESCADAS Q(m³/s) yn f h L n i padot eadot V

5,03

2

.1

iRhn

V

ibaba

ba

nQ ..

).2(

.1 3

2

5,03

2

.1

iRhn

V

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Projeto (m) (m) (m) (m) (%) (m) (m) m/s

EH-01 0,0077 0,027 0,10 0,03 0,60 0,014 1,00 * 0,50 0,61

Vazão Total 0,0077 m³/s

* Ajustar "in loco" conforme declividade do terreno, para que o topo da escada acompanhe, aproximadamente, a inclinação natural do terreno

Tabela 05. Escadas Hidráulicas

3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Apresentam-se neste item, especificações técnicas para os serviços a serem executados, na

Vila Morro Vermelho.

3.2. ESPECIFICAÇÕES GERAIS

Serão utilizadas as especificações técnicas da SUCECAP (Caderno de Encargos de

Infraestrutura Urbana), em primeira instância, do DEOP/MG (Parte C - Descrição dos Serviços),

em segunda instância e da URBEL em suas notas gerais de projeto. Não havendo nestas duas

referências, as especificações procuradas, dever-se-á usar as complementares, elaboradas

neste relatório, e ou pela Fiscalização das obras.

3.3. ESPECIFICAÇÕES COMPLEMENTARES

3.3.1. Condução da Obra

Competirá à Prefeitura Municipal de Contagem a supervisão e FISCALIZAÇÃO de toda a obra,

devendo ficar à disposição da FISCALIZAÇÃO todos os meios necessários a permitir o controle

dos serviços executados e daqueles em execução, a inspeção das instalações como também

dos materiais e equipamentos.

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Qualquer sub-empreitada de serviços especializados deverá ser previamente aceita pela

FISCALIZAÇÃO, à qual será dirigido o pedido e consentimento, acompanhado do nome e da

relação dos serviços a serem executados.

Imediatamente após o início das obras, os trabalhos deverão ser executados de forma contínua

e regular, dentro do cronograma estabelecido.

A CONTRATADA deverá disponibilizar como administração da obra, o seguinte quadro

mínimo:

✓ Engenheiro pleno de obras, que deverá cumprir carga mínima de 4 horas diárias;

✓ Auxiliar de engenharia (estagiário de 3º ano de engenharia civil, no mínimo, ou técnico

em edificações graduado), em tempo integral;

✓ Mestre de obras com experiência comprovada em obras de mesma natureza, em tempo

integral;

✓ Técnico de segurança do trabalho, em tempo integral;

✓ Almoxarife, em tempo integral;

✓ Vigias de obra, em tempo integral, inclusive em horários noturnos;

✓ Auxiliar de escritório de RH, em tempo integral.

Caberão à administração todas as despesas indiretas e diretas, decorrentes da obra, como

carretos de pessoal, em veículos adequados, e as despesas com energia elétrica, durante a

obra, despesas com vigília e canteiro de obras, despesas com eventuais danos a terceiros, etc.

A FISCALIZAÇÃO poderá glosar das medições realizadas, a parcela referente à Administração

local, caso a CONTRATADA não cumpra as exigências acima.

3.3.2. Qualidade da Obra

Todo o material a ser utilizado deverá ser de ótima qualidade, dentro das especificações

técnicas, e no caso de não estarem especificados, deverão ser apresentados previamente à

FISCALIZAÇÃO que os aprovará ou não, registrando o fato no Diário de Obras.

As obras devem obedecer rigorosamente às plantas, desenhos e detalhes do projeto e aos

demais elementos que eventualmente a FISCALIZAÇÃO venha a fornecer.

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3.3.3. Imprevistos da Obra

Não poderão ser executados quaisquer serviços que não estejam projetados, especificados,

orçados e autorizados pela FISCALIZAÇÃO, salvo os eventuais de emergência, necessários à

estabilidade e segurança da obra ou do pessoal encarregado da mesma.

3.3.4. Segurança e Meio Ambiente

Antes do início de obras a CONTRATADA, obrigatoriamente terá de contratar o SEGURO DE

RISCO DE ENGENHARIA do valor da obra de modo a garantir o ressarcimento a pessoas

físicas e jurídicas quanto a possíveis danos que possam ser causados por obras ou

equipamentos. Este SEGURO DE RISCO DE ENGENHARIA deverá ser segurado por empresa

especializada nesta modalidade de seguro. Os custos são considerados incluídos na

composição ofertada pela CONTRATADA.

É necessário, para atendimento legal, apresentar a anotação de responsabilidade técnica dos

trabalhos.

Deverá ser observada a legislação que determina obrigações no campo de Segurança, Higiene

e Medicina do Trabalho.

Todos os funcionários que estiverem na obra deverão usar obrigatoriamente e corretamente,

os equipamentos de proteção individual que lhes serão fornecidos, de acordo com as Normas

do Serviço de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.

3.3.5. Locação de Obra

Este serviço deverá ser desenvolvido por profissionais habilitados, com equipamento tipo

estação total, obedecendo coordenadas e cotas constantes do projeto.

Caso sejam observadas discrepâncias entre o levantamento planialtimétrico do projeto e a

situação real do terreno, por ocorrência de novos escorregamentos em datas posteriores ao

levantamento planialtimétrico, deverão ser informadas para providências de adequações se

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necessárias. A consultoria que elaborou os estudos, neste caso, deverá rever os cálculos nas

seções alteradas.