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LITERATURA MODERNISMO NO BRASIL 1ª. Geração

LITERATURA MODERNISMO NO BRASIL 1ª. Geração. Momento Histórico Início do século XX: apogeu da Belle Époque. O burguês comportado, tranqüilo, contando

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LITERATURA

MODERNISMO NO BRASIL

1ª. Geração

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Momento Histórico

Início do século XX: apogeu da Belle Époque. O burguês comportado, tranqüilo, contando seu lucro. Capitalismo monetário. Industrialização e Neocolonialismo.

Reivindicações de massa. Greves e turbulências sociais. Socialismo ameaça.

Progresso científico: eletricidade. Motor a combustão: automóvel e avião.

Concreto armado: “arranha-céu”. Telefone, telégrafo. Mundo da máquina, da informação, da velocidade.

Primeira Guerra Mundial e Revolução Russa.

Abolir todas as regras. O passado é responsável. O passado, sem perfil, impessoal. Eliminar o passado.

Arte Moderna. Inquietação. Nada de modelos a seguir. Recomeçar. Rever. Reeducar. Chocar. Buscar o novo: multiplicidade e velocidade, originalidade e incompreensão, autenticidade e novidade.

Vanguarda - estar à frente, repudiar o passado e sua arte. Abaixo o padrão cultural vigente.

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Comparado a outros movimentos modernistas, o brasileiro foi

desencadeado tardiamente, na década de 20. Foi resultado, em grande parte,

da assimilação de tendências culturais e artísticas lançadas pelas vanguardas

européias no período que antecedeu a 1ª. Guerra Mundial e refletiu na procura

da abolição de todas as regras anteriores e a procura da novidade e da

velocidade.

O modernismo brasileiro foi um amplo movimento cultural que repercutiu fortementesobre a cena artística e a sociedade brasileira na primeira metade do séc. XX,

sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas.

Considera-se a Semana de Arte Moderna,

Realizada em São Paulo, em 1922, como ponto de

partida do modernismo no Brasil. Não sendo

dominante desde o início, o modernismo, com o

tempo, suplantou os anteriores. Foi marcado, pela

liberdade de estilo e aproximação com a linguagem

falada, sendo os da primeira fase mais radicais em

relação a esse marco.

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1ª. fase: mais radical e fortemente oposta a tudo que foi anterior, cheia de irreverência e escândalo;

2ª. fase: mais amena, que formou grandes romancistas e poetas;

3ª. fase: também chamada Pós-Modernismo por vários autores,

que se opunha de certo modo a primeira fase e era por isso

ridicularizada com o apelido de neoparnasianismo.

Divide-se o Modernismo em três fases:

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Caracterizada pela tentativa de definir e marcar posições, sendo ela rica em manifestos e revistas de circulação efêmera.

Havia a busca pelo moderno, original e polêmico, com o nacionalismo em suas múltiplas facetas. A volta das origens, através da valorização do indígena e a língua falada pelo povo, também foram abordados.

Contudo, o nacionalismo foi empregado de duas formas distintas: a crítica, alinhado a esquerda política através da denúncia da realidade, e a ufanista, exagerado e de extrema direita.

Devido à necessidade de definições e de rompimento com todas as estruturas do passado foi a fase mais radical, assumindo um caráter anárquico e destruidor.

Primeira geração (1922-1930)

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Primeira geração (1922-1930)

Principais Manifestos e RevistasPrincipais Manifestos e Revistas

Revista Klaxon - Mensário de Arte Moderna (1922-1923)

Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924-1925)

A Revista (1925-1926)

Verde-Amarelismo (1926-1929)

Manifesto Regionalista de 1926

Revista Antropofagia (1928-1929) Surgida como conseqüência do Manifesto Antropófago escrito por Oswald de Andrade Seu nome origina-se da tela Abaporu (O que come) De Tarsila do Amaral

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Primeira geração (1922-1930)

Principais AutoresPrincipais Autores

Antônio de Alcântara Machado (1901-1935) Cassiano Ricardo (1895-1974) Guilherme de Almeida (1890-1969) Juó Bananére (1892-1933) Manuel Bandeira (1886-1968) Mário de Andrade (1893-1945) Menotti del Picchia (1892-1988) Oswald de Andrade (1890-1953) Plínio Salgado (1895-1975) Raul Bopp (1898-1984) Ronald de Carvalho (1893-1935)

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Poesia1926: Pau-Brasil 1927: Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade 1945: Cântico dos cânticos para Flauta e Violão 1945: O Escaravelho de Ouro 1947: O Cavalo Azul

Romance1922-1934: Os Condenados (trilogia); 1924: Memórias Sentimentais de João Miramar; 1933: Serafim Ponte Grande; 1943: Marco Zero à Revolução Melancólica.

Teatro1934: O Homem e o Cavalo; 1937: A Morta; 1937: Rei da Vela.

Primeira geração (1922-1930)

OSWALD DE ANDRADEOSWALD DE ANDRADEPrincipais Obras

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Primeira geração (1922-1930)

MARIO DE ANDRADEMARIO DE ANDRADE

Poesia:Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917); Paulicéia Desvairada (1922); Losango Cáqui (1926); Clã do Jaboti (1927); Remate de Males (1930); Poesias (1941).

Prosa: Primeiro Andar (1926); Amar, Verbo Intransitivo: idílio (1927); Macunaíma, o herói sem nenhum caráter (1928); Belazarte (1934); Os Filhos da Candinha (1943); Contos Novos (1947).

Ensaios:A Escrava que não é Isaura (1925); Ensaio sobre a Música Brasileira (1928); O Aleijadinho e Álvares de Azevedo (1935); Namoros com a Medicina (1939); O Baile das Quatro Artes (1943); Aspectos da Literatura Brasileira (1943); Padre Jesuíno de Monte Carmelo (1945); O Empalhador de Passarinhos (1946).

Principais Obras

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Possui estilo simples e direto. Aborda temáticas cotidianas e universais, às vezes com uma abordagem de "poema-piada", lidando com formas e inspiração que a tradição acadêmica considera vulgares. Mesmo assim, conhecedor da Literatura, utilizou-se, em temas cotidianos, de formas colhidas nas tradições clássicas e medievais.

Uma certa melancolia, associada a um sentimento de angústia, permeia sua obra, em que procura uma forma de sentir a alegria de viver. Doente dos pulmões, Bandeira sofria de tuberculose e sabia dos riscos que corria diariamente, e a perspectiva de deixar de existir a qualquer momento é uma constante na sua obra.

A imagem de bom homem, terno e em parte amistoso que Bandeira aceitou adotar no final de sua vida tende a produzir enganos: sua poesia, longe de ser uma pequena canção terna de melancolia, está inscrita em um drama que conjuga sua história pessoal e o conflito estilístico vivido pelos poetas de sua época.

Em seus primeiros livros A Cinza das Horas e Carnaval observamos a grande tese: a mágoa, a melancolia, o ressentimento enquadrados pelo estilo mórbido do simbolismo e parnasianismo tardios. Somente em Ritmo Dissoluto é que realmente encontramos os ideais do Modernismo. Também em Libertinagem seus versos livres mostram claramente as tendências modernistas, a linguagem coloquial e o uso de temas folclóricos.

Primeira geração (1922-1930) MANUEL BANDEIRA

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Primeira geração (1922-1930)

MANUEL BANDEIRAMANUEL BANDEIRAPrincipais Obras

PoesiaA cinza das horas, 1917 Carnaval, 1919 O ritmo dissoluto, 1924 Libertinagem, 1930 Estrela da manhã, 1936 Mafuá do malungo, 1948 Estrela da tarde, 1960 Estrela da vida inteira, 1966

ProsaCrônicas da Província do Brasil - Rio de Janeiro, 1936 Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro, 1938 Noções de História das Literaturas - Rio de Janeiro, 1940 Autoria das Cartas Chilenas - Rio de Janeiro, 1940 Apresentação da Poesia Brasileira - Rio de Janeiro, 1946Gonçalves Dias, Biografia - Rio de Janeiro, 1952 Itinerário de Pasárgada - Rio de Janeiro, 1954 De Poetas e de Poesia - Rio de Janeiro, 1954 A Flauta de Papel - Rio de Janeiro, 1957

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Primeira geração (1922-1930)

ALCANTARA MACHADO

Foi jornalista, político e escritor brasileiro. Apesar de não ter participado da Semana de 1922, Alcântara Machado escreveu diversos contos e crônicas modernistas, além de um romance inacabado.

Em 1928, uniu-se a Oswald de Andrade para fundarem a Revista de Antropofagia. Alcântara Machado, juntamente com Raul Bopp, foi co-diretor da revista.

Com outros escritores do movimento, ele investia a favor da ruptura, contra a Literatura dos valores estilísticos clássicos, com vistas a desconstruir as convenções, desmoralizar, evoluir e acabar com a cultura preestabelecida, com o estilo rebuscado que até então vogava dentre os literatos do Brasil.

Na sua prosa, fez uso duma linguagem leve, bem-humorada e espontânea, altamente influenciada pelo seu passado de jornalista. Talvez tenha sido um dos primeiros brasileiros a usar temas urbanos e do cotidiano como expressão literária aplicada à prosa.

Foi continuar a exercer a carreira de crítico literário para o Rio, onde se candidatou ao cargo de deputado federal. Eleito, sequer chegou a ser empossado, dadas complicações duma cirurgia do apêndice que resultariam no seu falecimento, na cidade do Rio de Janeiro em 1935, deixando para trás, inacabado, o seu romance Mana Maria.

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Pathé-Baby (1926), romance Brás, Bexiga e Barra Funda (1927), contos Laranja da China (1928), contos Mana Maria (inacabado), romance Cavaquinho e saxofone (1940, póstuma), crônicas e ensaios Contos Avulsos (1961, póstuma), contos

Primeira geração (1922-1930)

ALCANTARA MACHADOALCANTARA MACHADOPrincipais Obras

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 O Movimento Antropofágico, de 1928, liderado por Oswald de Andrade é uma resposta às questões colocadas pela Semana de Arte Moderna de 1922. Para ele, a renovação da arte nasceria a partir da retomada dos valores indígenas, da liberação do instinto e da valorização da inocência.

O objetivo de Oswald de Andrade era a de uma atitude brasileira de devorar os valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico.

A Semana de 22 marcou uma revolução no modo de ver e pensar o Brasil. Na verdade a idéia era por fim a maneira de falar difícil e não dizer nada, ou seja, eliminar o velho da vida intelectual brasileira.

O manifesto antropofágico colocou em questão o capitalismo do terceiro mundo: a dependência. Denunciou o bacharelismo das camadas cultas que copiavam os países capitalistas hegemônicos. 

O Movimento Antropofágico

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Pintora e desenhista brasileira: é uma das principais artistas modernistas. Estudou até 1902 em São Paulo, quando embarcou para estudar em Barcelona, na Espanha. A primeira viagem a Paris, em 1904 foi fundamental para sua formação artística. Em 1906, casa-se com André Teixeira Pinto, primo de sua mãe, com quem teve sua única filha Dulce. Mas foi em 1917 que  começou seus estudos, com o acadêmico Pedro Alexandrino. Anos mais tarde Tarsila volta a Europa para estudar.

De volta ao Brasil em 1922, Tarsila manteve contato com Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti e Menotti Del Picchia, formando o grupo dos cinco, responsável pelo início do modernismo no Brasil. No ano seguinte casa-se pela segunda vez, desta, com Oswaldo de Andrade. 

Em 1928, Tarsila pintou sua mais conhecida obra, “Abaporu”, que significa “o homem que come carne”, feito de presente de aniversário para seu atual marido.Tal obra inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas.

Tarsila do Amaral

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OBRIGADA !

Caroline Filipak