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LIVRETO INFORMATIVO portaria 1100/06 Artur Camejo Ricalde Carolina Back Gabriel Nascimento da Silva Lauany Santos da Silva Direito da Criança e do Adolescente

LIVRETO - WordPress.comMinistério da Justiça, regulamentando, de forma genérica e vaga, a classificação indicativa para filmes. Do texto dessa norma, não se extrai qualquer

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LIVRETOINFORMATIVO

portarianº 1100/06

Artur Camejo RicaldeCarolina BackGabriel Nascimento da SilvaLauany Santos da Silva

Direito da Criança e do Adolescente

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PORTARIA 1100/06

CONTEÚDO LIVRE PARA TODOS OS

PÚBLICOS

Santa Maria, RS2019

LIVRETO INFORMATIVO

L

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Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere classificado pelo órgão competente como inadequado às crianças e adolescentes admitidos ao espetáculo:

Pena - multa de 20 (vinte) a 100 (cem) salários de referência; na reincidência, a autoridade poderá determinar a suspensão do espetáculo ou ofechamento do estabelecimento por até 15 (quinze) dias.

Artigo 255, eca

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O objeto da norma é o mesmo, qual seja, o interesse do Estado em tutelar a integridade psíquica de crianças e adolescentes, de modo que não sejam expostos àtemática adulta e somente assistam a filmes, trailer, peças, amostra ou congênere, próprios à sua idade, evitando que sejam influenciados negativamente em sua formação, com respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família, c o n f o r m e d i s p o s t o n a C o n s t i t u i ç ã o F e d e r a l

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não háinfração

administrativa

Quando o filme, trailer, peça, amostra ou congênere,

ainda que classificado como inadequado, seja

exibido pelos pais no recesso do lar.

Mas, neste caso, eventualmente,poderá configurar a infração

administrativa prevista no art. 249 do Estatuto.

*

A infração administrativa

se consuma

Com a exibição do programa inadequado a criança ouadolescente admitido ao

espetáculo.

Note-se que é necessária a entrada, a admissão da

criança ou do adolescente em determinado local próprio para

exibição de espetáculos.Por exemplo: cinemas, estúdios

cinematográficos, de teatro, rádio, televisão, auditórios de

escolas, de clubes.

*

SOBRE A INFRAÇÃO:

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Importante notar que o poder familiar não é absoluto. Pelo princípio da proteção integral, além da família, a sociedade e o Estado também devem participar da p r o t e ç ã o d e c r i a n ç a s e a d o l e s c e n t e s . Note-se que aos pais cabe a criação dos filhos, respeitando as normas de direito público e de proteção à infância. Se os pais não concordam com a classificação dada pelo Ministério da Justiça, não podem exigir que o cinema ou o teatro lhes permita a entrada, pois estes estabelecimentos poderão ser responsabilizados na forma do art. 255 do ECA.

É importante notar que, sendo o Ministério da Justiça o órgão responsável pela classificação, o magistrado não poderá de ofício permitir a exibição a crianças e adolescentes de obras classificadas como inadequadas.

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Feita pelo Ministério da Justiça, a Portaria 1100/06 regulamenta o exercício da classificação indicativa de diversões públicas, especialmente obras audio visuais destinadas a cinema, vídeo, DVD, jogos eletrônicos e

congêneres.

não estão sujeitas àanálise prévia de conteúdo pelo

Ministério da justiça:

-Espetáculos circenses

-Espetáculos teatrais

-Shows musicais

-Outras exibições ou apresentações públicasou abertas ao público

o ministério da justiçarealizará diretamente

a classificaçãoindicativa nas seguintes

diversões públicas:

-Cinema

-Vídeo

-DVD e congêneres

-Jogos eletrônicos

-Jogos de interpretação

A Claificação Indicativa poui natura informativa e pedagógica, voltadas para a promoção dos interees de crianças e adolescentes!

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CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA

L

18

16

14

12

10

Recomendado para todas as idades

Não recomendado para menores de 10 anos

Não recomendado para menores de 12 anos

Não recomendado para menores de 14 anos

Não recomendado para menores de 16 anos

Não recomendado para menores de 18 anos

Entrada livre a partir de 1 ano

Permitido a entrada caso pai ou responsável

acompanhe a criançaou jovem, portando,

também, a autorizaçãoasinada

Não é permitido a entrada de menores de 18 anos em

hipótese alguma

Conforme o art. 14 da Portaria 1100/06

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Sobre o assunto encontra-se relevante julgado na jurisprudência doSuperior Tribunal de Justiça:

DIREITO CIVIL, INFÂNCIA E JUVENTUDE. MENOR ESEU PAI RETIRADOS DO INTERIOR DE SALA DECINEMA. FILME IMPRÓPRIO E NÃO RECOMENDÁVELÀ IDADE DO PRIMEIRO. CLASSIFICAÇÃO INDICATIVAE PROIBITIVA. CONDUTA DO EXIBIDOR DE FILMESQUE SE REVELA ADEQUADA AO PRINCÍPIO DAPREVENÇÃO ESPECIAL. CUMPRIMENTO DO DEVERLEGAL. - Os pais, no exercício do poder familiar, têmliberdade, ressalvados os limites legais, para conduzir aeducação de seus filhos, segundo os preceitos morais,religiosos, científicos e sociais que considerem adequados. - OECA, como a maior parte da legislação contemporânea, não sesatisfaz com a simples tarefa de indicar os meios legais para quese reparem os danos causados a este ou aquele bem jurídico. Olegislador, antes de tudo, quer prevenir a ocorrência de lesãoaos direitos que assegurou. Foi com intuito de criar especialprevenção à criança e ao adolescente que o legislador impôs aopoder público o dever de regular as diversões e espetáculospúblicos, classificando-os por faixas etárias (art. 74, ECA). - Nadata dos fatos, 15.02.03, vigia a Portaria 796, de 08/09/2000, doMinistério da Justiça, regulamentando, de forma genérica evaga, a classificação indicativa para filmes. Do texto dessanorma, não se extrai qualquer regra que expressamenteautorizasse a entrada de menores, em sessão de cinemaimprópria para sua idade, desde que acompanhados dos paise/ou responsáveis. - Era razoável que o empresário, ao explorara cinematografia, vedasse a entrada de menor em espetáculoclassificado como impróprio, ainda que acompanhado de seuspais. Havia motivos para crer que a classificação era impositiva,pois o art. 255 do ECA estabelecia sanções administrativasseveras a quem exibisse “filme, trailer, peça, amostra oucongênere classificado pelo órgão competente como inadequadoàs crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo”. A sançãopoderia variar de 20 a 100 salários mínimos e, na reincidência,poderia resultar na suspensão do espetáculo ou no fechamentodo estabelecimento por até quinze dias. - Não se afigurarazoável exigir que o recorrente, à época, interpretasse o art.255 do ECA, sopesando os princípios próprios desse micro-sistema jurídico, para concluir que poderia eximir-se de sançãoadministrativa sempre que crianças e adolescentes estivessemem exibições impróprias, mas acompanhados de seus pais ouresponsáveis. Com isso, tem-se que eventual erro do recorrentesobre o dever que lhe era imposto por lei é absolutamenteescusável. Recurso especial provido. (RECURSO ESPECIALNº 1.072.035 - RJ 2008/0143814-8)

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KATIA REGINA FERREIRA MACIEL - Curso de Direito da Crianca e do Adolescente -

Aspectos Teóricos e Práticos (2013)

Constituição Federal 1988

Portaria 1100/06

BIBLIOGRAFIA

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